1. Abrem-se as cortinas, O espetáculo começa, Com uma luz matutina, Que anuncia um novo dia Na representação da peça. O TEATRO
2. Começa a apresentação, Antes, bem ensaiada, Cada qual tem a função, De desempenhar o papel, De forma mais adequada. Discorrem, placidamente, os dias, Os artistas sentem o que faz, Todo o mundo rir de alegria, Por tudo está sendo feito Com muito amor e paz.
3. A vida se resplandece, Numa explosão de amor, Onde tudo flui e cresce, Os artistas mostram na peça, O que o Alto lhes ensinou. Há tantos outros teatros, Com apresentações distorcidas, Mostram no anverso, belos retratos, No verso, riscos e incrustações, De idéias sujas e apodrecidas.
4. Palcos, luxuosamente montados, Artistas, os mais famosos, Quadros, minuciosamente estudados, Para atingir o que querem, Com atos totalmente enganosos. Peças de bons autores, De privilegiada inteligência, Com estratagemas de doutores, Que desvirtuam a visão, Sem dó, sem leniência.
5. Peças que irradiam maldade, Com técnica avançada, mas imorais, Fere toda nossa dignidade, Alterando padrões e conceitos, Como se fossem normais. Autores que não amam a verdade, Artistas que querem ganhar fama, Criando um mundo de irrealidade, Juntos representam a farsa, Deixando pra trás tanta lama.
6. Os reis da comunicação, Mostram-se toda formosura, Trabalham com a emoção, Ferindo a parte mais sagrada, Sem limites e censura. O globo gira fora de fuso, Portanto, todo excêntrico, Numa rotação de abuso, Num sentido invertido, De um sistema egocêntrico...