SlideShare a Scribd company logo
1 of 13
O associativismo e sindicalismo
História A
Prof. Cristina Marreiros
Ano letivo 2014/2015
Escola Secundária Gil Eanes
Trabalho realizado por:
Beatriz Pacheco, nº6
Mafalda Batista, nº 18
11ºD
Índice
Introdução ....................................................................................................................... 2
As condições operárias..............................................................................................3/4
Associativismo e sindicalismo...................................................................................... 5
O movimento operário………………………………………………………………...6
As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade ........7/8
Documento……………………………………………………………………………..9
Conclusão .....................................................................................................................10
Bibliografia………………………………………………………………………...….11
1
Introdução
Com a segunda Revolução Industrial, as fábricas fizeram nascer o operariado.
Os operários nada possuem, a não ser o seu trabalho que vendem ao seu
patrão em troco de um salário.
Nesta altura, foram muitas as multidões de camponeses que abandonaram os
campos e procuraram a sua sorte a trabalhar nas cidades.
O operariado constituí uma mão de obra desqualificada, numerosa e mal paga.
É exatamente nisto que o associativismo e o sindicalismo se baseiam: nas
condições de trabalho e nas condições de vida que o operariado procurou
melhorar.
2
A condição operária
No grupo dos assalariados, a classe operária era que apresentava piores
condições de trabalho.
A vida dos operariados era designada de proletariado.
O proletariado designa todos aqueles que não tinham capital nem controlavam
os meios de produção, e por isso dependiam do seu trabalho em troca de um
salário.
Assim, os operários viviam apenas da venda da sua força de trabalho, com
baixos salários. Sujeitavam-se então a condições de trabalho e salários
miseráveis.
A situação deste setor ia agravando-se com o passar do tempo devido às
crises do capitalismo, na medida em que os empresários eram obrigados ou a
reduzir mais ainda os salários, ou a despedir operários. Assim, e como o
operariado vivia no limiar da pobreza, dizia-se que para os operários “viver era
não morrer”.
O trabalho nas fábricas acabou por ser alargado a mulheres e crianças, no
entanto estas recebiam 1/3 ou ½ do que recebiam os homens. Este
alargamento causou um grande desemprego no setor masculino, porque a mão
de obra feminina e infantil era mais barata, e por isso havia a oportunidade de
obter trabalhadoras mais baratas a fazer o mesmo trabalho que os homens
sem quaisquer regalias.
Os horários de trabalho eram longos e prolongavam-se entre as 12 e as 16
horas, dependendo da atividade que estivesse a se desenvolvida. Como não
tinham um horário regulamentado, o operariado acabava por trabalhar dias e
dias, vigiados. Eram multados caso os trabalhadores diminuíssem o seu ritmo
de trabalho.
3
1. Trabalho infantil
2. Trabalho feminino
As condições de trabalho do operariado eram péssimas.
As instalações não eram arejadas, não tinham condições de higiene e os
espaços eram propícios ao aparecimento de doenças e de acidentes de
trabalho. Não havia segurança e as fábricas podiam ser espaços muito frios ou
muito quentes, consoante a altura do ano. Trabalhava-se continuamente, sem
pausas, a não ser ao fim-de-semana, feriados e férias,
Em caso de acidente de trabalho ou de invalidez, o operário era despedido sem
qualquer direito de proteção social.
As condições de vida do operariado também não eram as melhores.
Os baixos salários condicionavam a alimentação, pelo que a subnutrição era
uma agravante neste setor, devido também à falta de higiene. Também as
habitações eram más, com falta de luz e com famílias numerosas a viverem em
espaços pequenos, o que fazia do operariado um mundo de doentes.
A morte neste setor era bastante elevada, assim como a degradação do modo
de vida do operariado que se acentuava nos problemas sociais como o
alcoolismo, a criminalidade, a prostituição, a violência e o analfabetismo.
A partir da segunda metade do século XIX assistiu-se a uma melhoria das
condições de trabalho e de vida do operariado. Os progressos técnicos
possibilitaram as melhorias das condições nas fábricas.
A promulgação de legislação social por vários governos dos Estados Unidos da
América e na Europa contribuíram para melhorar os salários e as condições de
trabalho do operariado.
O horário de trabalho foi reduzido e o trabalho infantil e feminino foram
regulamentados.
As melhorias das condições da classe operaria foram resultado de uma luta
para serem reconhecidos os seus direitos, tendo o papel do sindicato sido
determinante para as conquistas sociais e laborais.
43. Manifestação do
operariado
Associativismo e sindicalismo
As duras condições de trabalho e os baixos salários motivaram o
descontentamento do operariado. Em consequência destes fatores, surgiram
as associações mutualistas.
Estas associações estavam destinadas a auxiliar os associados em caso de
acidente, velhice, de desemprego e de doença, e assim os operários tinham
que contribuir com uma determinada quota que lhes garantiria a solidariedade
e entreajuda.
Em 1824, o direito de associação foi aceite em Inglaterra, o que originou a
criação de sindicatos. Estes sindicatos lutaram por melhores salários e
melhores condições de trabalho. Agrupavam trabalhadores por ramo
profissional e procuravam garantir a proteção dos seus associados.
Este movimento sindical deu origem a muitos despedimentos e também a
ações legais nos tribunais contra os operários. Embora os sindicatos não
tenham sido aceites inicialmente, quando foram aceites ganharam mais forças,
sobretudo a partir da década de 60 do século XIX.
5
4. Manifestações do 1º de
Maio
O movimento operário
O sindicalismo tornou-se a base do movimento operário, pois fez das
manifestações e das greves uma forma de luta para que os patrões
reconhecessem e garantissem os direitos dos trabalhadores.
Assim, o movimento operário lutou pela estabilidade do emprego, por melhores
condições materiais de vida, pelo aumento dos salários, por melhores
condições de higiene e de segurança no trabalho, e pela regulamentação do
horário de trabalho.
Este movimento acabou por ser reconhecido internacionalmente e por ser
apoiado quer no sindicalismo, quer por novas ideias políticas que defendiam a
causa social e política do operariado. Essas organizações reuniram-se por
iniciativa dos operários franceses e ingleses, com os objetivos de adquirir uma
maior coesão e capacidade reivindicativa. Nasceu então a primeira Associação
Internacional dos Trabalhadores, designada por I Internacional Operária que
vigorou entre 1864 e 1876 e cuja a acção se prolongou para a II Internacional
Socialista em 1889.
Com este movimento, alargou-se o direito ao voto a partir da década de 1870,
no sentido de sufrágio universal masculino, contribuiu para que os sindicatos
tivessem maior participação política e constituíssem um meio de pressão sobre
o governo.
Criaram-se também partidos de operários como o Partido Trabalhista em
Inglaterra em 1893 e o Partido Social-Democrata da Alemanha em 1875.
A sensibilidade face à péssimas condições de trabalho e de vida dos operários
e o reconhecimento do seu direito de associação, levaram o papa Leão XIII a
denunciar as condições a que estava sujeito o operariado, a condenar os
excessos do capitalismo e a apelar a criação de associações de operários
católicos, na Encíclica Rerum Novarum de 1891.
65. Manchete de um jornal da
época a falar do operariado
As propostas socialistas de
transformação revolucionária da
sociedade
As primeiras propostas socialistas desenvolveram-se na França e na Inglaterra
e integraram-se no chamado socialismo utópico.
Os socialistas utópicos pretendiam criar comunidades ideais, em novos
modelos de organização da sociedade, sem defenderem a apropriação do
estado por parte das classes trabalhadoras. Consideravam que o homem com
educação, poderia construir um mundo melhor. Destacaram-se:
 Saint-Simon foi defensor da criação de um modelo social
liderado pelos industriais e pelos cientistas. Defendia a
propriedade pública dos equipamentos industriais, sob controlo
de “engenheiros sociais”
 Charles Fourier foi defensor da criação de comunidades
marcadas pela cooperação e pela autosuficiência, via na
cooperação entre indivíduos, a forma para aumentar a
produtividade da comunidade. Nos falanstérios, o trabalho era
entendido como um prazer, sendo adequado á personalidade
de cada um.
 Robert Owen fundou um modelo de comunidade industrial
organizado segundo os princípios da cooperação mútua, tendo
melhorando os salários e as condições de trabalho. Concedeu
educação aos operários e aos filhos para que, motivados,
produzissem mais.
 Pierre-Joseph Proudhon argumentava que a propriedade,
explorada por outro era um roubo, defendendo que o estado
não era necessário. Defendia a formação de associações de
operários e a concentração da propriedade nas mãos dos
camponeses ou dos operários, administravam por sua conta os
meios de produção.
6. Saint-Simon 7. Charles
Fourier
8. Robert
Owen
9. Pierre-Joseph
Proudhon
Ao socialismo utópico contrapôs-se, uma nova forma de pensamento sobre a
sociedade e a sua transformação, o socialismo científico, um modelo
revolucionário de transformação da sociedade que teve como figuras
destacadas os alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Karl Marx é considerado
o fundado do marxismo, que deriva do seu nome, doutrina económico e política
que centrava a transformação da sociedade na luta de classes e na revolução
que levaria o proletariado ao poder e ao controlo dos meios de produção.
De acordo com o pensamento marxista desenvolvido por Marx e Engels, o
desenvolvimento das sociedades era determinado por uma sucessão de modos
de produção e a passagem de um a outro modo de produção assentava na luta
de classes, como forma de alcançar um novo estádio da evolução social.
Os princípios do marxismo defendiam que as sociedades contemporâneas
eram marcadas pela luta de classes entre a burguesia e o proletariado.
A teoria marxista defendia:
 Abolição da propriedade privada e a tomada do poder por parte do
operário;
 O operário ao aproximar-se dos meios de produção, afastava a
burguesia;
 O capitalismo era substituído pelo comunismo;
As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade,
defendidas por Karl Marx e Friedrich Engels foram revistas, no final do século XIX,
por Eduard Bernstein, um dos líderes do partido social-democrata alemão:
 Rejeitou os argumentos de Marx e Engels sobre o derrube do capitalismo
através da revolução;
 Defendeu a transformação da sociedade pela via reformista;
 As conquistas do socialismo seriam alcançadas de forma progressiva
8
10. Karl Marx
11. Friedrich Engels
Documento
(página 98 – manual)
Podemos ver, a partir deste documento que a 30 de maio de 1877 começaram
a surgir os descontentamentos nos operários e que para o resto da população,
a atitude das greves era nova. Nesta altura, a população já se tinha apercebido
das péssimas condições que os operários se sujeitavam, tanto de trabalho
como de vida e que uma greve no setor do carvão, ia impedir que todos os
outros setores pudessem continuar a industrializar matéria-prima, visto que
tudo dependia do carvão para funcionar. Dava-se então uma paralisação no
trabalho.
No entanto, passados 5 meses, no mês de agosto do mesmo ano, tudo tinha
piorado. O horário de trabalho tinha sido aumentado e os salários reduzidos, o
que deu origem a mais greves. Embora tudo isto que estava a acontecer, nos
Estados Unidos já existia vestígios de movimento do operariado, o que significa
que pouco tempo faltava para que este movimento chegasse à Europa.
9
Conclusão
Após a realização deste trabalho, podemos concluir que a vida que os
operários levavam antes do movimento do operário surgir não era fácil.
No entanto, as suas vozes fizeram-se ouvir e viram as suas condições de
trabalho e de vida melhorarem, bem como os seus salários aumentarem e
também os seus direitos serem aceites.
As propostas socialistas vieram então transformar a sociedade e reforçar a
ideia do sindicalismo.
10
Bibliografia
LINHAS DA HISTÓRIA – História A, 11º ano, Ensino Secundário, P3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_oper%C3%A1rio
http://pt.slideshare.net/luisant/a-sociedade-oitocentista
http://jcb-falardehistoria.blogspot.pt/2009/11/o-operariado-industrial-
pauperismo-e.html
11
O Associativismo e Sindicalismo

More Related Content

What's hot

Memorial do Convento - linguagem e estilo
Memorial do Convento - linguagem e estiloMemorial do Convento - linguagem e estilo
Memorial do Convento - linguagem e estiloFilipaFonseca
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
As características da rede urbana
As características da rede urbanaAs características da rede urbana
As características da rede urbanaIlda Bicacro
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoFatima Mendonca
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoAlexandra Canané
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisDina Baptista
 
Características do Romantismo
Características do RomantismoCaracterísticas do Romantismo
Características do RomantismoAnabela Fernandes
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"gracacruz
 
Singularidades de uma rapariga loura
Singularidades de uma rapariga louraSingularidades de uma rapariga loura
Singularidades de uma rapariga louraAline Araújo
 
Características da população agrícola
Características da população agrícolaCaracterísticas da população agrícola
Características da população agrícolaMaria Adelaide
 
A Sociedade Oitocentista
A Sociedade OitocentistaA Sociedade Oitocentista
A Sociedade Oitocentistaluisant
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaDina Baptista
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
 

What's hot (20)

Memorial do Convento - linguagem e estilo
Memorial do Convento - linguagem e estiloMemorial do Convento - linguagem e estilo
Memorial do Convento - linguagem e estilo
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
Capítulo i
Capítulo iCapítulo i
Capítulo i
 
As Cidades Cbd
As Cidades CbdAs Cidades Cbd
As Cidades Cbd
 
As características da rede urbana
As características da rede urbanaAs características da rede urbana
As características da rede urbana
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo Reis
 
Características do Romantismo
Características do RomantismoCaracterísticas do Romantismo
Características do Romantismo
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"
 
Mensagem - Fernando Pessoa
Mensagem - Fernando Pessoa Mensagem - Fernando Pessoa
Mensagem - Fernando Pessoa
 
Singularidades de uma rapariga loura
Singularidades de uma rapariga louraSingularidades de uma rapariga loura
Singularidades de uma rapariga loura
 
O problema da indução
O problema da induçãoO problema da indução
O problema da indução
 
"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise
 
Características da população agrícola
Características da população agrícolaCaracterísticas da população agrícola
Características da população agrícola
 
A Sociedade Oitocentista
A Sociedade OitocentistaA Sociedade Oitocentista
A Sociedade Oitocentista
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 

Viewers also liked

Viewers also liked (11)

Trabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - SindicalismoTrabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - Sindicalismo
 
Piquenique
PiqueniquePiquenique
Piquenique
 
Gil Eanes
Gil EanesGil Eanes
Gil Eanes
 
Biografia De Gil Eanes
Biografia De Gil EanesBiografia De Gil Eanes
Biografia De Gil Eanes
 
Sindicalismo
SindicalismoSindicalismo
Sindicalismo
 
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
Caderno diário As propostas socialistas n.º12 1415
 
"O Bojador" - Apresentação
"O Bojador" - Apresentação"O Bojador" - Apresentação
"O Bojador" - Apresentação
 
Anarquismo e Socialismo Utópico
Anarquismo e Socialismo UtópicoAnarquismo e Socialismo Utópico
Anarquismo e Socialismo Utópico
 
Operariado
OperariadoOperariado
Operariado
 
Socialismo utópico
Socialismo utópicoSocialismo utópico
Socialismo utópico
 
Teorias Socialistas
Teorias SocialistasTeorias Socialistas
Teorias Socialistas
 

Similar to O Associativismo e Sindicalismo

A vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixA vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixeb23ja
 
A vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixA vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixeb23ja
 
Trabalho de historia
Trabalho de historiaTrabalho de historia
Trabalho de historiaeb23ja
 
Aula 3 E 4 Gestao E Adm De Pessoal 2010 1
Aula 3 E 4   Gestao E Adm De Pessoal 2010 1Aula 3 E 4   Gestao E Adm De Pessoal 2010 1
Aula 3 E 4 Gestao E Adm De Pessoal 2010 1Angelo Peres
 
David 8ºd trabalho
David 8ºd trabalhoDavid 8ºd trabalho
David 8ºd trabalhoeb23ja
 
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe piresTrabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe pireseb23ja
 
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe piresTrabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe pireseb23ja
 
4 o mundo industrializado no século xix
4   o mundo industrializado no século xix4   o mundo industrializado no século xix
4 o mundo industrializado no século xixsofiasimao
 
Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Carla Prestes
 
Aula 11 rev. industrial e socialismo
Aula 11   rev. industrial e socialismoAula 11   rev. industrial e socialismo
Aula 11 rev. industrial e socialismoJonatas Carlos
 
Aula 2 - Gestão de Benefícios - Histórico
Aula 2 - Gestão de Benefícios - HistóricoAula 2 - Gestão de Benefícios - Histórico
Aula 2 - Gestão de Benefícios - HistóricoAngelo Peres
 
As bases do trabalho
As bases do trabalhoAs bases do trabalho
As bases do trabalhoRicardo739
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aeb23ja
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aeb23ja
 
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educação
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educaçãoSindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educação
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educaçãoEmerson Mathias
 
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptxPP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx600RuiDrioTeixeiraSo
 

Similar to O Associativismo e Sindicalismo (20)

A vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixA vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xix
 
A vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xixA vida do oper+írio no s+®culo xix
A vida do oper+írio no s+®culo xix
 
Trabalho agosto 2011
Trabalho agosto 2011Trabalho agosto 2011
Trabalho agosto 2011
 
Trabalho de historia
Trabalho de historiaTrabalho de historia
Trabalho de historia
 
Aula 3 E 4 Gestao E Adm De Pessoal 2010 1
Aula 3 E 4   Gestao E Adm De Pessoal 2010 1Aula 3 E 4   Gestao E Adm De Pessoal 2010 1
Aula 3 E 4 Gestao E Adm De Pessoal 2010 1
 
David 8ºd trabalho
David 8ºd trabalhoDavid 8ºd trabalho
David 8ºd trabalho
 
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe piresTrabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
 
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe piresTrabalho de hugo soeiro & filipe pires
Trabalho de hugo soeiro & filipe pires
 
4 o mundo industrializado no século xix
4   o mundo industrializado no século xix4   o mundo industrializado no século xix
4 o mundo industrializado no século xix
 
A revolução industrial fez com que economia e a noção dos valores humanos se ...
A revolução industrial fez com que economia e a noção dos valores humanos se ...A revolução industrial fez com que economia e a noção dos valores humanos se ...
A revolução industrial fez com que economia e a noção dos valores humanos se ...
 
Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2
 
Aula 11 rev. industrial e socialismo
Aula 11   rev. industrial e socialismoAula 11   rev. industrial e socialismo
Aula 11 rev. industrial e socialismo
 
Aula 2 - Gestão de Benefícios - Histórico
Aula 2 - Gestão de Benefícios - HistóricoAula 2 - Gestão de Benefícios - Histórico
Aula 2 - Gestão de Benefícios - Histórico
 
As bases do trabalho
As bases do trabalhoAs bases do trabalho
As bases do trabalho
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
O movimento operário
O movimento operárioO movimento operário
O movimento operário
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
 
Jr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.aJr e jt 8º.a
Jr e jt 8º.a
 
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educação
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educaçãoSindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educação
Sindicalismo e associativismo dos trabalhadores em educação
 
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptxPP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
 

Recently uploaded

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 

Recently uploaded (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 

O Associativismo e Sindicalismo

  • 1. O associativismo e sindicalismo História A Prof. Cristina Marreiros Ano letivo 2014/2015 Escola Secundária Gil Eanes Trabalho realizado por: Beatriz Pacheco, nº6 Mafalda Batista, nº 18 11ºD
  • 2. Índice Introdução ....................................................................................................................... 2 As condições operárias..............................................................................................3/4 Associativismo e sindicalismo...................................................................................... 5 O movimento operário………………………………………………………………...6 As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade ........7/8 Documento……………………………………………………………………………..9 Conclusão .....................................................................................................................10 Bibliografia………………………………………………………………………...….11 1
  • 3. Introdução Com a segunda Revolução Industrial, as fábricas fizeram nascer o operariado. Os operários nada possuem, a não ser o seu trabalho que vendem ao seu patrão em troco de um salário. Nesta altura, foram muitas as multidões de camponeses que abandonaram os campos e procuraram a sua sorte a trabalhar nas cidades. O operariado constituí uma mão de obra desqualificada, numerosa e mal paga. É exatamente nisto que o associativismo e o sindicalismo se baseiam: nas condições de trabalho e nas condições de vida que o operariado procurou melhorar. 2
  • 4. A condição operária No grupo dos assalariados, a classe operária era que apresentava piores condições de trabalho. A vida dos operariados era designada de proletariado. O proletariado designa todos aqueles que não tinham capital nem controlavam os meios de produção, e por isso dependiam do seu trabalho em troca de um salário. Assim, os operários viviam apenas da venda da sua força de trabalho, com baixos salários. Sujeitavam-se então a condições de trabalho e salários miseráveis. A situação deste setor ia agravando-se com o passar do tempo devido às crises do capitalismo, na medida em que os empresários eram obrigados ou a reduzir mais ainda os salários, ou a despedir operários. Assim, e como o operariado vivia no limiar da pobreza, dizia-se que para os operários “viver era não morrer”. O trabalho nas fábricas acabou por ser alargado a mulheres e crianças, no entanto estas recebiam 1/3 ou ½ do que recebiam os homens. Este alargamento causou um grande desemprego no setor masculino, porque a mão de obra feminina e infantil era mais barata, e por isso havia a oportunidade de obter trabalhadoras mais baratas a fazer o mesmo trabalho que os homens sem quaisquer regalias. Os horários de trabalho eram longos e prolongavam-se entre as 12 e as 16 horas, dependendo da atividade que estivesse a se desenvolvida. Como não tinham um horário regulamentado, o operariado acabava por trabalhar dias e dias, vigiados. Eram multados caso os trabalhadores diminuíssem o seu ritmo de trabalho. 3 1. Trabalho infantil 2. Trabalho feminino
  • 5. As condições de trabalho do operariado eram péssimas. As instalações não eram arejadas, não tinham condições de higiene e os espaços eram propícios ao aparecimento de doenças e de acidentes de trabalho. Não havia segurança e as fábricas podiam ser espaços muito frios ou muito quentes, consoante a altura do ano. Trabalhava-se continuamente, sem pausas, a não ser ao fim-de-semana, feriados e férias, Em caso de acidente de trabalho ou de invalidez, o operário era despedido sem qualquer direito de proteção social. As condições de vida do operariado também não eram as melhores. Os baixos salários condicionavam a alimentação, pelo que a subnutrição era uma agravante neste setor, devido também à falta de higiene. Também as habitações eram más, com falta de luz e com famílias numerosas a viverem em espaços pequenos, o que fazia do operariado um mundo de doentes. A morte neste setor era bastante elevada, assim como a degradação do modo de vida do operariado que se acentuava nos problemas sociais como o alcoolismo, a criminalidade, a prostituição, a violência e o analfabetismo. A partir da segunda metade do século XIX assistiu-se a uma melhoria das condições de trabalho e de vida do operariado. Os progressos técnicos possibilitaram as melhorias das condições nas fábricas. A promulgação de legislação social por vários governos dos Estados Unidos da América e na Europa contribuíram para melhorar os salários e as condições de trabalho do operariado. O horário de trabalho foi reduzido e o trabalho infantil e feminino foram regulamentados. As melhorias das condições da classe operaria foram resultado de uma luta para serem reconhecidos os seus direitos, tendo o papel do sindicato sido determinante para as conquistas sociais e laborais. 43. Manifestação do operariado
  • 6. Associativismo e sindicalismo As duras condições de trabalho e os baixos salários motivaram o descontentamento do operariado. Em consequência destes fatores, surgiram as associações mutualistas. Estas associações estavam destinadas a auxiliar os associados em caso de acidente, velhice, de desemprego e de doença, e assim os operários tinham que contribuir com uma determinada quota que lhes garantiria a solidariedade e entreajuda. Em 1824, o direito de associação foi aceite em Inglaterra, o que originou a criação de sindicatos. Estes sindicatos lutaram por melhores salários e melhores condições de trabalho. Agrupavam trabalhadores por ramo profissional e procuravam garantir a proteção dos seus associados. Este movimento sindical deu origem a muitos despedimentos e também a ações legais nos tribunais contra os operários. Embora os sindicatos não tenham sido aceites inicialmente, quando foram aceites ganharam mais forças, sobretudo a partir da década de 60 do século XIX. 5 4. Manifestações do 1º de Maio
  • 7. O movimento operário O sindicalismo tornou-se a base do movimento operário, pois fez das manifestações e das greves uma forma de luta para que os patrões reconhecessem e garantissem os direitos dos trabalhadores. Assim, o movimento operário lutou pela estabilidade do emprego, por melhores condições materiais de vida, pelo aumento dos salários, por melhores condições de higiene e de segurança no trabalho, e pela regulamentação do horário de trabalho. Este movimento acabou por ser reconhecido internacionalmente e por ser apoiado quer no sindicalismo, quer por novas ideias políticas que defendiam a causa social e política do operariado. Essas organizações reuniram-se por iniciativa dos operários franceses e ingleses, com os objetivos de adquirir uma maior coesão e capacidade reivindicativa. Nasceu então a primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, designada por I Internacional Operária que vigorou entre 1864 e 1876 e cuja a acção se prolongou para a II Internacional Socialista em 1889. Com este movimento, alargou-se o direito ao voto a partir da década de 1870, no sentido de sufrágio universal masculino, contribuiu para que os sindicatos tivessem maior participação política e constituíssem um meio de pressão sobre o governo. Criaram-se também partidos de operários como o Partido Trabalhista em Inglaterra em 1893 e o Partido Social-Democrata da Alemanha em 1875. A sensibilidade face à péssimas condições de trabalho e de vida dos operários e o reconhecimento do seu direito de associação, levaram o papa Leão XIII a denunciar as condições a que estava sujeito o operariado, a condenar os excessos do capitalismo e a apelar a criação de associações de operários católicos, na Encíclica Rerum Novarum de 1891. 65. Manchete de um jornal da época a falar do operariado
  • 8. As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade As primeiras propostas socialistas desenvolveram-se na França e na Inglaterra e integraram-se no chamado socialismo utópico. Os socialistas utópicos pretendiam criar comunidades ideais, em novos modelos de organização da sociedade, sem defenderem a apropriação do estado por parte das classes trabalhadoras. Consideravam que o homem com educação, poderia construir um mundo melhor. Destacaram-se:  Saint-Simon foi defensor da criação de um modelo social liderado pelos industriais e pelos cientistas. Defendia a propriedade pública dos equipamentos industriais, sob controlo de “engenheiros sociais”  Charles Fourier foi defensor da criação de comunidades marcadas pela cooperação e pela autosuficiência, via na cooperação entre indivíduos, a forma para aumentar a produtividade da comunidade. Nos falanstérios, o trabalho era entendido como um prazer, sendo adequado á personalidade de cada um.  Robert Owen fundou um modelo de comunidade industrial organizado segundo os princípios da cooperação mútua, tendo melhorando os salários e as condições de trabalho. Concedeu educação aos operários e aos filhos para que, motivados, produzissem mais.  Pierre-Joseph Proudhon argumentava que a propriedade, explorada por outro era um roubo, defendendo que o estado não era necessário. Defendia a formação de associações de operários e a concentração da propriedade nas mãos dos camponeses ou dos operários, administravam por sua conta os meios de produção. 6. Saint-Simon 7. Charles Fourier 8. Robert Owen 9. Pierre-Joseph Proudhon
  • 9. Ao socialismo utópico contrapôs-se, uma nova forma de pensamento sobre a sociedade e a sua transformação, o socialismo científico, um modelo revolucionário de transformação da sociedade que teve como figuras destacadas os alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Karl Marx é considerado o fundado do marxismo, que deriva do seu nome, doutrina económico e política que centrava a transformação da sociedade na luta de classes e na revolução que levaria o proletariado ao poder e ao controlo dos meios de produção. De acordo com o pensamento marxista desenvolvido por Marx e Engels, o desenvolvimento das sociedades era determinado por uma sucessão de modos de produção e a passagem de um a outro modo de produção assentava na luta de classes, como forma de alcançar um novo estádio da evolução social. Os princípios do marxismo defendiam que as sociedades contemporâneas eram marcadas pela luta de classes entre a burguesia e o proletariado. A teoria marxista defendia:  Abolição da propriedade privada e a tomada do poder por parte do operário;  O operário ao aproximar-se dos meios de produção, afastava a burguesia;  O capitalismo era substituído pelo comunismo; As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade, defendidas por Karl Marx e Friedrich Engels foram revistas, no final do século XIX, por Eduard Bernstein, um dos líderes do partido social-democrata alemão:  Rejeitou os argumentos de Marx e Engels sobre o derrube do capitalismo através da revolução;  Defendeu a transformação da sociedade pela via reformista;  As conquistas do socialismo seriam alcançadas de forma progressiva 8 10. Karl Marx 11. Friedrich Engels
  • 10. Documento (página 98 – manual) Podemos ver, a partir deste documento que a 30 de maio de 1877 começaram a surgir os descontentamentos nos operários e que para o resto da população, a atitude das greves era nova. Nesta altura, a população já se tinha apercebido das péssimas condições que os operários se sujeitavam, tanto de trabalho como de vida e que uma greve no setor do carvão, ia impedir que todos os outros setores pudessem continuar a industrializar matéria-prima, visto que tudo dependia do carvão para funcionar. Dava-se então uma paralisação no trabalho. No entanto, passados 5 meses, no mês de agosto do mesmo ano, tudo tinha piorado. O horário de trabalho tinha sido aumentado e os salários reduzidos, o que deu origem a mais greves. Embora tudo isto que estava a acontecer, nos Estados Unidos já existia vestígios de movimento do operariado, o que significa que pouco tempo faltava para que este movimento chegasse à Europa. 9
  • 11. Conclusão Após a realização deste trabalho, podemos concluir que a vida que os operários levavam antes do movimento do operário surgir não era fácil. No entanto, as suas vozes fizeram-se ouvir e viram as suas condições de trabalho e de vida melhorarem, bem como os seus salários aumentarem e também os seus direitos serem aceites. As propostas socialistas vieram então transformar a sociedade e reforçar a ideia do sindicalismo. 10
  • 12. Bibliografia LINHAS DA HISTÓRIA – História A, 11º ano, Ensino Secundário, P3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_oper%C3%A1rio http://pt.slideshare.net/luisant/a-sociedade-oitocentista http://jcb-falardehistoria.blogspot.pt/2009/11/o-operariado-industrial- pauperismo-e.html 11