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História e Memória
    Algumas reflexões
Bibliografia de referência
Nacionais
 Bosi, Eclea. Memória e Sociedade: lembrança de

  velhos (1987)
 Seixas, Jacy Alves. Percursos de memória em terras de

  História: problemáticas atuais (2004)
 _________. O Tempo Vivo da Memória (2003)

 Martins, José de Souza. Subúrbio (1992)

 Motta, Marcia Maria Menendes. História e Memórias

  (1998)
 Oriá, Ricardo. Memória e ensino de História (2004)
Internacionais
 Le Goff, Jacques. História e Memória (1996)

 Pollack, Michael. Memória, Esquecimento,

  Silêncio. FGV, (1992)
 _____________. Memória e Identidade

  Social, Revista da FGV, (1992)
Por que memória?
1.   A memória e a formação de profissionais
     em ciências humanas, especialmente em
     História
2.   A memória e a mudança histórica nas
     últimas décadas
3.   A memória como campo de reflexão e
     alimentando o debate historiográfico
4.   A memória e os desafios no mundo atual:
     ética e utopia
A memória e a formação
            profissional
   Presente nas diretrizes curriculares do MEC,
    através da definição do perfil dos formandos e
    suas competências e habilidade: “suprir
    demandas sociais específicas relativas a seu
    campo       de     conhecimento”    (magistério,
    preservação do patrimônio, assessorias a
    entidades públicas e privadas nos setores
    culturais, artísticos, turísticos)
A memória e a mudança histórica nas
          últimas décadas
A destruição do passado- ou melhor, dos mecanismos
 sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das
      gerações passadas- é um dos fenômenos mais
     característicos e lúgubres do final do século XX.
 Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie
 de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica
  com o passado público da época em que vivem. Por
  isso, os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os
    outros esquecem, tornam-se mais importantes que
   nunca no fim do segundo milênio. (Eric Hobsbawn)
   O      mundo        em     deslocamento:
    globalização      (novas     formas    de
    sociabilidade do trabalho, novas formas
    de       comunicação,       deslocamentos
    populacionais     e    desenraízamentos);
    conflitos políticos e religiosos; guerras
    que trazem extermínio e grandes
    migrações.
nt os
        e is
      am na
    oc cio
  sl a
De ul
 pop
Perdas
Materiais
Subjetivas
   Desafio de construir ou reconstruir
    identidades pulverizadas, seja pelas
    configurações     político-sociais  que
    produziram os dramas das minorias
    étnicas e dos diversos “marginalizados”,
    seja pelos processos políticos e
    econômicos, que se traduziram no
    chamado neoliberalismo, reproduzindo
    em escala ampliada a imagem do
    “excluído”.
orias
     m in
As
Memória, identidade e cidadania
      Do vínculo com o passado se extrai a força
    para formação de identidade
      Memória como alimento que permite a
    constituição de novas identidades
      Memória como resistência à pulverização
      Está na raiz de movimentos identitários
    (sociaise/ou políticos) e de afirmação de novas
    subjetividades, de novas cidadanias.
Batalhas da memória

 A memória busca reabilitar “a periferia e a
  marginalidade”, e “entra em disputa”, num
    terreno de conflito e competição entre
   memórias concorrentes (Michael Pollack)

Exemplos: resgate de experiências marginais ou
historicamente traumáticas, localizadas fora das fronteiras
ou na periferia da história oficial ou dominante; estudos
sobre as vítimas do nazismo; anos da ditadura militar;
estudos sobre a escravidão; estudos sobre grupos sociais
atingidos por processos de violência, expropriação.
   Preocupação com a memória histórica é um
    fenômeno que vem caracterizando o trabalho
    de várias instituições, ONG´s, diversos grupos
    sociais.
   Iniciativas destinadas à criação de centros de
    memória, projetos de revitalização de sítios
    históricos, rurais e urbanos, ou de memória
    institucional, núcleos de documentação e
    pesquisa, museus, programas de história,
    elaboração de vídeos e documentários.
A memória e o debate
   historiográfico
  Memória = História



   Memória X História



   Memória e História
A História

   Registro, distanciamento, problematização,
    crítica, reflexão;
   Aposta na descontinuidade presente e passado
   Reconstrução do que não existe mais
   Denuncia e investiga alguns aspectos
    ignorados pela memória
A Memória

   Constrói uma linha reta com passado, se
    alimentando de lembranças vagas, sem crítica
    às fontes.
   Explica-se pelo presente: os apelos do presente
    que nos explicam porque a memória retira do
    passado apenas alguns elementos que possam
    lhe dar forma.
   A memória é seletiva
O Historiador e a memória

   Negação da memória, já que ela é
    fragmentária, e está em relação direta com o
    presente.


   As memórias são fontes históricas: nos ajudam
    a saber o que tem sido lembrado por vários
    grupos sociais.
As várias memórias
   Memória individual: a recordação de uma
    pessoa só se torna fato social quando ela a
    expressa verbalmente para alguém.
   Memória coletiva: pertence a um determinado
    grupo, assegurando coesão e solidariedade a
    seus componentes (gênero, etnia, grupo social
    etc)
   Memória nacional: unificadora e integradora,
    procurando a harmonia e sublimando o
    conflito.
Da memória
  individual à
memória coletiva
Os personagens e
 os fatos sociais
Memória coletiva/ lugares-tempo de
            memória
Memória Nacional
Os lugares de memória
Modos de vida
Elementos constitutivos da memória
   Acontecimentos vividos pessoalmente
   Vividos “por tabela”, ou seja vividos pelo
    grupo ou coletividade da qual a pessoa se sente
    pertencer; “memória herdada”.
   Memória      constituída   por    personagens
    (encontrados pessoalmente e “por tabela”.)
   Os lugares de memória: ligados à lembrança,
    “lugares de comemoração”.
O esquecimento
   Construção de memória implica em escolhas
    entre os fatos do passado que devem/podem ser
    lembrados; fatos “esquecidos”, o “não dito”.
   “Projetos de esquecimento”: fatos que não
    devem ser lembrados, sob pena de ameaçar a
    unidade do grupo, questionando sua identidade.
   Processos de repressão e violência social e
    política: sofrimento e ressentimento.
Avanços no debate História e
Memória
   Novos campos e temas de pesquisa
   Reflexão sobre o individual e o coletivo na história;
    vida pública e privada.
   Reflexão sobre a temporalidade: relação passado e
    presente; tempo cronológico; o cotidiano.
   Estudos     interdisciplinares:    psicologia     social;
    sociologia e antropologia; literatura; linguística;
   Novas fontes
   Metodologia da História Oral
A memória e os desafios no
       mundo atual: ética e utopia
    Função ética
     Diante dos desafios do mundo atual,
     particularmente aqueles que dizem respeito à
     falta de projetos de futuro, a memória cumpre
     a função de atualizar as lembranças agindo.
    Lembramos menos para conhecer do que para
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   Memória e utopia

    O “frenesi da memória’ representa um
    contraponto à timidez, recuo ou crise das
    utopias racionalistas.
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Memória como alimento para agregação

As lembranças grupais se apóiam umas às outras
    formando um sistema que subsiste enquanto
     puder sobreviver a memória grupal. Se por
    acaso, esquecemos, não basta que os outros
  testemunhem o que vivemos. É preciso mais: é
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  comunicando e recebendo impressões para que
      nossas lembranças ganhem consistência

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História e memória marize cunha

  • 1. História e Memória Algumas reflexões
  • 2. Bibliografia de referência Nacionais  Bosi, Eclea. Memória e Sociedade: lembrança de velhos (1987)  Seixas, Jacy Alves. Percursos de memória em terras de História: problemáticas atuais (2004)  _________. O Tempo Vivo da Memória (2003)  Martins, José de Souza. Subúrbio (1992)  Motta, Marcia Maria Menendes. História e Memórias (1998)  Oriá, Ricardo. Memória e ensino de História (2004)
  • 3. Internacionais  Le Goff, Jacques. História e Memória (1996)  Pollack, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. FGV, (1992)  _____________. Memória e Identidade Social, Revista da FGV, (1992)
  • 4. Por que memória? 1. A memória e a formação de profissionais em ciências humanas, especialmente em História 2. A memória e a mudança histórica nas últimas décadas 3. A memória como campo de reflexão e alimentando o debate historiográfico 4. A memória e os desafios no mundo atual: ética e utopia
  • 5. A memória e a formação profissional  Presente nas diretrizes curriculares do MEC, através da definição do perfil dos formandos e suas competências e habilidade: “suprir demandas sociais específicas relativas a seu campo de conhecimento” (magistério, preservação do patrimônio, assessorias a entidades públicas e privadas nos setores culturais, artísticos, turísticos)
  • 6. A memória e a mudança histórica nas últimas décadas A destruição do passado- ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas- é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso, os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio. (Eric Hobsbawn)
  • 7. O mundo em deslocamento: globalização (novas formas de sociabilidade do trabalho, novas formas de comunicação, deslocamentos populacionais e desenraízamentos); conflitos políticos e religiosos; guerras que trazem extermínio e grandes migrações.
  • 8. nt os e is am na oc cio sl a De ul pop
  • 10. Desafio de construir ou reconstruir identidades pulverizadas, seja pelas configurações político-sociais que produziram os dramas das minorias étnicas e dos diversos “marginalizados”, seja pelos processos políticos e econômicos, que se traduziram no chamado neoliberalismo, reproduzindo em escala ampliada a imagem do “excluído”.
  • 11. orias m in As
  • 12. Memória, identidade e cidadania  Do vínculo com o passado se extrai a força para formação de identidade  Memória como alimento que permite a constituição de novas identidades  Memória como resistência à pulverização  Está na raiz de movimentos identitários (sociaise/ou políticos) e de afirmação de novas subjetividades, de novas cidadanias.
  • 13. Batalhas da memória A memória busca reabilitar “a periferia e a marginalidade”, e “entra em disputa”, num terreno de conflito e competição entre memórias concorrentes (Michael Pollack) Exemplos: resgate de experiências marginais ou historicamente traumáticas, localizadas fora das fronteiras ou na periferia da história oficial ou dominante; estudos sobre as vítimas do nazismo; anos da ditadura militar; estudos sobre a escravidão; estudos sobre grupos sociais atingidos por processos de violência, expropriação.
  • 14. Preocupação com a memória histórica é um fenômeno que vem caracterizando o trabalho de várias instituições, ONG´s, diversos grupos sociais.  Iniciativas destinadas à criação de centros de memória, projetos de revitalização de sítios históricos, rurais e urbanos, ou de memória institucional, núcleos de documentação e pesquisa, museus, programas de história, elaboração de vídeos e documentários.
  • 15. A memória e o debate historiográfico Memória = História Memória X História Memória e História
  • 16. A História  Registro, distanciamento, problematização, crítica, reflexão;  Aposta na descontinuidade presente e passado  Reconstrução do que não existe mais  Denuncia e investiga alguns aspectos ignorados pela memória
  • 17. A Memória  Constrói uma linha reta com passado, se alimentando de lembranças vagas, sem crítica às fontes.  Explica-se pelo presente: os apelos do presente que nos explicam porque a memória retira do passado apenas alguns elementos que possam lhe dar forma.  A memória é seletiva
  • 18. O Historiador e a memória  Negação da memória, já que ela é fragmentária, e está em relação direta com o presente.  As memórias são fontes históricas: nos ajudam a saber o que tem sido lembrado por vários grupos sociais.
  • 19. As várias memórias  Memória individual: a recordação de uma pessoa só se torna fato social quando ela a expressa verbalmente para alguém.  Memória coletiva: pertence a um determinado grupo, assegurando coesão e solidariedade a seus componentes (gênero, etnia, grupo social etc)  Memória nacional: unificadora e integradora, procurando a harmonia e sublimando o conflito.
  • 20. Da memória individual à memória coletiva Os personagens e os fatos sociais
  • 23. Os lugares de memória
  • 25. Elementos constitutivos da memória  Acontecimentos vividos pessoalmente  Vividos “por tabela”, ou seja vividos pelo grupo ou coletividade da qual a pessoa se sente pertencer; “memória herdada”.  Memória constituída por personagens (encontrados pessoalmente e “por tabela”.)  Os lugares de memória: ligados à lembrança, “lugares de comemoração”.
  • 26. O esquecimento  Construção de memória implica em escolhas entre os fatos do passado que devem/podem ser lembrados; fatos “esquecidos”, o “não dito”.  “Projetos de esquecimento”: fatos que não devem ser lembrados, sob pena de ameaçar a unidade do grupo, questionando sua identidade.  Processos de repressão e violência social e política: sofrimento e ressentimento.
  • 27. Avanços no debate História e Memória  Novos campos e temas de pesquisa  Reflexão sobre o individual e o coletivo na história; vida pública e privada.  Reflexão sobre a temporalidade: relação passado e presente; tempo cronológico; o cotidiano.  Estudos interdisciplinares: psicologia social; sociologia e antropologia; literatura; linguística;  Novas fontes  Metodologia da História Oral
  • 28. A memória e os desafios no mundo atual: ética e utopia  Função ética Diante dos desafios do mundo atual, particularmente aqueles que dizem respeito à falta de projetos de futuro, a memória cumpre a função de atualizar as lembranças agindo. Lembramos menos para conhecer do que para agir “Direito à memória” e “dever de memória”
  • 29. Memória e utopia O “frenesi da memória’ representa um contraponto à timidez, recuo ou crise das utopias racionalistas. A memória apontando os lugares de realização histórica. Construção de mitos identitários que tem informado as ações de reconhecimento social e político.
  • 30. Memória como alimento para agregação As lembranças grupais se apóiam umas às outras formando um sistema que subsiste enquanto puder sobreviver a memória grupal. Se por acaso, esquecemos, não basta que os outros testemunhem o que vivemos. É preciso mais: é preciso estar sempre confrontando, comunicando e recebendo impressões para que nossas lembranças ganhem consistência