O documento descreve a história da comunidade Santa Lúcia e da Escola Municipal Vinte e Oito de Fevereiro no município de Camargo. Começa com a fundação da comunidade em 1975 e fala sobre a construção da igreja e da escola na década de 1990. Também detalha a evolução da escola ao longo dos anos, com ampliações de séries e estrutura física para atender a crescente população local.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
POLO DE APOIO PRESENCIAL UAB-CAMARGO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
TUTORAS PRESENCIAIS: Dione Meneguzzi Malfatti e Micheli Dallacort
TUTORA A DISTÂNCIA: Elizane Pegoraro Bertineti
PROCESSOS EDUCATIVOS V
MUSEU VIRTUAL
Acadêmica: Maricleusa Folle
Turma 2 /2013/01
CAMARGO
2013
2. HISTÓRIA DA COMUNIDADE SANTA LUCIA
Em 1975 surgiu o Loteamento Vicente Riva de propriedade do Sr. José Dalasta tendo
como primeiros moradores: Osmar Sgarbi, Antônio Gali, Antoninho Mistura, Ivaldino
Saggin, Iraci Mistura e Luizinho Zancan.
Em 1977, surge o Loteamento Bairro Industrial de propriedade do Sr. Antônio Saggin.
Estava assim criado um espaço para uma comunidade que não parou de crescer.
Com a organização paroquial esta comunidade passou a ser o setor 01.
Juntamente com o setor 02, formava a comunidade São José Operário.
Em 19-05-91, foi celebrada uma missa na residência de Paulo Dadalt, onde foram
realizados 12 batizados inclusive de adultos vindos de outros municípios. Ali surgiu a
idéia de construir uma nova igreja nesta comunidade. Em 28-09-91 houve mais uma
celebração com a presença do então prefeito municipal José João Santin, quando a
comunidade reivindicou uma Escola para o bairro. Com isso firmou-se a idéia de formar
uma nova comunidade no setor 01.
Por algum tempo foram realizadas as celebrações no pavilhão junto a Metalúrgica
Tessaro, hoje fábrica de estruturas da Coopmariante. Depois, com a construção da
escola, que entrou em funcionamento em 16-03-92, foi construído pela comunidade o
porão para ser o ponto de encontro da comunidade, que em 1º-06-92, foi celebrada a 1ª
missa no local, por ocasião da Trezena de santo Antônio.
3. Em 12-09-92, o Frei Wilson João introduziu a imagem de Santa Lúcia que ficou como a
padroeira e deu nome à comunidade.
Em 1994, o porão da Escola foi ocupado devido a construção e então as celebrações
passaram a ser realizadas no porão da residência do Sr. Honorino Caetano, que se tornou
em 1993 o primeiro presidente da comunidade, tendo como companheiros: Vlademir
Bortoluzzi, iLuís Bittú e Juvino Trento.
Para os anos de 1997 e 1998, foi reeleito o presidente Honorino Caetano tendo como
companheiros; Wilson Tardetti, Vlademir Bortoluzzi, Luís Tadeu do Nascimento, Alberi
Pedron.
Em 20-01-93, o pároco Frei Wilson João Sperandio, enviou uma carta para o Sr. Nelson
Confortin, solicitando a doação de um terreno para a comunidade. O terreno de 1.086
m2, foi doado. Com grande esforço desta diretoria teve início em abril de 1997 a construção
do salão comunitário, inaugurado na 1ª festa da padroeira em 07-12-97. Neste dia o Sr.
Nelson Confortin, doador do terreno, e fiel devoto de Santa Lucia, pediu que a carta fosse
lida. Estava assim dando sua importante contribuição para a comunidade, que logo adquiriu
o terreno ao lado para construção da Igreja.
Já em 1998, teve início a construção da igreja sendo que na 2ª festa da padroeira em 06-
12-98, foi celebrada a primeira missa nas dependências da igreja em construção. As
obras continuaram e em 12-03-99, as celebrações passaram definitivamente para a
igreja. Em 05-12-98, foi dada a bênção inaugural, a igreja estava concluída.
A comunidade continuou crescendo. No dia 29 de outubro de 1999, quando
houve uma sessão da Câmara de Vereadores na comunidade, foi aprovado
oficialmente, por unanimidade, o nome Bairro Santa Lucia, incluindo os Loteamentos
Vicente Riva, Loteamento Bairro Industrial e Loteamento Santa Teresa, criado recentemente.
4. A COMUNIDADE ATUAL
A comunidade Santa Lucia é formada por grande parte de pessoas oriundas de
comunidades do interior do município, que trouxeram consigo um sólido espírito
comunitário, que faz parte da vida da comunidade.
Grande número de pessoas são participativas, solidárias e fazem questão de prestar
serviços à comunidade. Resultado desta situação é o grande envolvimento de pessoas a
serviço quando a comunidade está em festa, o que gera também um bom resultado
financeiro.
A organização dos serviços comunitários seguem a organização paroquial católica, que
designou como setor “UM” o espaço que envolve a comunidade.
Dentro dos setores, com uma coordenação geral, funcionam diversos serviços
comunitários.
O “setor um” agrega mais de 500 famílias, distribuídas em 21 Grupos Eclesiais,
cada um com um coordenador que além de reunir o grupo de famílias vizinhas, participa
da escolha do Conselho Comunitário (a cada dois anos), indica pessoas que gostam de
trabalhar nas festas (principalmente pessoas novas na comunidade), e também realiza
a limpeza da igreja pelo período de um mês. Os grupos têm uma coordenação geral
5. HISTÓRICO DA ESCOLA PARCEIRA
Em 1991, o então vereador Higino Coelho Portela, enviou um ofício ao Sr
prefeito municipal, José João Santin, reivindicando em nome da comunidade
uma Escola no Loteamento Vicente Riva, hoje Bairro Santa Lucia, tendo em
vista a falta de espaço na Escola Darvin Marosin que até então vinha
atendendo a clientela de alunos da comunidade, também considerando a
periculosidade pela travessia da RS 324 por parte das crianças.
Em 28 de setembro de 1991, o prefeito municipal, esteve no local por
ocasião de uma celebração religiosa, e anunciou que já estava decidida a
construção da nova Escola.
Em janeiro de 1992 teve início a construção, que em 72 dias ficou pronta,
entrando em funcionamento em 16 de março de 1992, atendendo 82 alunos,
de pré a 3ª série, com um quadro funcional de 04 professores e uma
servente. Surgiu então a Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Darvin
Marosin Extensão.
A responsabilidade pelo 1º ano de funcionamento da extensão ficou à
cargo da professora Igraci da Luz Risson que trabalhava em conjunto com a
direção da Escola Darvin Marosin.
6. Em 1993 foi nomeada a 1ª diretora Isabel Poletto Setti.
No dia 30-07-93, houve uma inspeção na Escola, verificando a possibilidade de
desmembramento da Escola. O Conselho Municipal de Educação deu parecer favorável.
A Escola Municipal de 1º grau Vinte e Oito de Fevereiro, foi criada e denominada pelo
decreto municipal nº 1.329, de 23 de junho de 1993. Aprovada pelo Conselho Estadual de
Educação com o parecer nº 476/ 94. Em 1999 o nome da Escola foi alterado para Escola
Municipal de Ensino Fundamental Vinte e Oito de Fevereiro.
Com a ampliação do prédio, em 1995, a Escola passou a atender até a 6ª série,
aumentando gradativamente uma série por ano até completar o 1º grau em 1997.
Em 2003 a Escola recebeu mais uma ala com 04 novas salas de aula.
Hoje a Escola atende o ensino fundamental, de pré a 8ª série, com 460 alunos
matriculados. O quadro funcional é composto de 40 professores, 04 serventes.
O nível econômico e cultural das famílias dos alunos é baixo, sendo que a maioria possui
casa própria e emprego, o que garante a subsistência.
Apesar do nível econômico e social ser razoavelmente baixo, temos uma boa participação
dos pais na vida da escola.