SlideShare a Scribd company logo
1 of 15
FISIOLOGIA VEGETAL | AULA 2
Condução da seiva elaborada
   Parte da água que chega às folhas é perdida por transpiração, parte é
utilizada nos processos vitais das células, em particular a fotossíntese, e
parte irá constituir, juntamente com as substâncias orgânicas fabricadas
na folha e alguns sais, a seiva elaborada. Essa seiva é transportada pelo
líber ou floema.




      Esquema mostrando o deslocamento da
    seiva bruta e da seiva elaborada em uma
                                      planta.
Sistema físico construído com base na
hipótese de Münch para a condução da seiva
elaborada.
Acima, no instante que foi preparado.




Abaixo, algum tempo depois.
Mecanismo de transporte do floema

                            O modelo de Münch
  Em 1927 o botânico alemão E. Münch propôs uma explicação bastante plausível
para o transporte de seiva elaborada, aceita até hoje. Segundo a hipótese de
Münch o transporte da seiva elaborada pelo floema resulta d desequilíbrio
osmótico entre as duas extremidades dos vasos condutores.
 Para testar sua hipótese, Münch desenvolveu um modelo físico semelhante ao
que descreveremos a seguir. Um tudo em forma de "U" cujas extremidades são
conectadas a bolsas de membrana semipermiável. Na situação inicial, uma das
bolsas deve conter uma solução de açúcar e a outra, água pura. Nessa condição,
mergulham-se as bolsas na água pura. Estabelece-se osmose na bolsa que contém
a solução de açúcar, uma vez que a concentração de solutos no interior da bolsa é
maior que a do meio exterior. Através da membrana semipermeável ocorre
passagem de água para dentro da bolsa. A pressão de entrada de água determina
um fluxo líquido em direção a bolsa com água pura, arrastando moléculas de
açúcar pelo tubo que comunica as duas bolsas.
 A analogia desse modelo com a planta viva á a seguinte: a bolsa com a solução
de açúcar representa a extremidade do tubo crivado localizado na folha e a bolsa
com água pura representa a extremidade do tubo crivado localizada na raiz ou
em outro órgão consumidor de seiva elaborada. O tubo em forma de “U"
representa os vasos liberianos.
A retirada de um anel de casca
do caule interrompe o fluxo de
seiva elaborada das folhas para
os órgãos consumidores (caule e
raiz), o que leva à morte da
planta.
Esse experimento foi realizado
pioneiramente em 1675 pelo
biólogo italiano Marcello
Malpighi.
Como as plantas se nutrem
  A nutrição das plantas é autotrófica, nisso diferindo da nutrição
animal, que é heterotrófica. Enquanto os animais obtêm alimento
comendo outros seres vivos, as plantas fabricam elas mesmas a matéria
orgânica que lhes serve de alimento. Para isso utilizam gás carbônico
proveniente do ar e água e sais minerais retirados do solo.
O solo é habitado por uma
grande diversidade de
organismos: vermes,
anelídeos, algas, bactérias,
protozoários, artrópodos,
raízes de plantas, etc. Essa
diversidade é essencial à
fertilidade do solo.
Nutrientes inorgânicos
                  Macronutrientes e micronutrientes
 Um elemento químico é considerado um nutriente essencial quando sua
 presença é indispensável ao desenvolvimento normal da planta. Para se
 determinar se um elemento é essencial ou não, deve-se privar
 experimentalmente uma planta do elemento e acompanhar seu
 desenvolvimento. Se este for normal, isso significa que o elemento não é
 essencial.

         Há dezesseis elementos químicos
     essenciais às plantas já identificados
         pelos cientistas. Desses, nove são
                requeridos em quantidades
    relativamente grandes, sendo por isso
   denominados macronutrientes. Os sete
restantes são necessários em quantidades
           muito pequenas, sendo por isso
            denominados micronutrientes.
Fixação de nitrogênio
   O nitrogênio é um elemento cuja falta acarreta limitação drástica do
crescimento das plantas. O nitrogênio é componente fundamental das
proteínas, dos ácidos nucléicos e de várias outras moléculas orgânicas
fundamentais à arquitetura e ao funcionamento das células.
   É parodoxal que os seres vivos possam apresentar deficiência de
nitrogênio quando esse elemento químico é o mais abundante da
atmosfera. O nitrogênio atmosférico, no entanto, encontra-se na forma
de gás nitrogênio (N2), que não é utilizável pelas plantas. Estas somente
conseguem utilizar nitrogênio nas formas de íons amônio (NH+4) ou de
íons nitrato (NO3-) . Esses dois íons são produzidos a partir do N2 por ação
de diversos tipos de bactérias presentes no solo.


                              Os nódulos presentes nas raízes de plantas
                              leguminosas são causados pela invasão das
                              células vegetais por bactérias do gênero
                              Rhizobium. A relação entre a bactéria e a
                              planta traz benefícios a ambas, constituindo
                              um exemplo de mutualismo.
Representação esquemática de processos que ocorrem no solo e que
levam à produção de íons nitrato (NO3-), que as plantas utilizam.
Bactérias fixadoras transformam gás nitrogênio (N2) em íons amônio
(NH4+).
Bactérias amonificantes decompõem restos de matéria orgânica,
produzindo íons amônio. Bactérias nitrificantes transformam amônio em
nitratos.
Fotossíntese
   A grande maioria dos seres vivos depende direta ou indiretamente da
fotossíntese. O produto primário da fotossíntese é a glicose, um açúcar
que, além de servir como fonte de energia para os processos vitais, pode
também ser convertido em diversos tipos de substâncias que a planta
utiliza.


               Fatores que afetam a fotossíntese

   A fotossíntese é afetada por diversos fatores, entre os quais se
destacam a concentração de CO2 na atmosfera, a temperatura e a
intensidade luminosa.
(A) Influência da
    luminosidade sobre a taxa
    de fotossíntese de uma
    planta. Até o ponto
    indicado (PSL, ponto de
    saturação luminosa) a
    fotossíntese não é maior
    porque a intensidade de
    luz está limitando o
    processo.
(B) Influência da temperatura
    sobre a taxa de
    fotossíntese de uma
    planta em intensidade
    luminosa alta (curva em
    azul) e baixa (curva em
    vermelho).
Respiração

   As plantas, como a maioria dos seres vivos, respiram. A respiração é
um processo pelo qual as células extraem energia de moléculas
orgânicas. Na respiração, moléculas orgânicas reagem com moléculas de
gás oxigênio, originando gás carbônico e água.
   Durante o dia a planta executa a fotossíntese, consumindo gás
carbônico e produzindo gás carbônico e produzindo gás oxigênio, que é
eliminado para a atmosfera.
   Durante a noite a planta deixa de fazer fotossíntese, mas não de
respirar. Nesse período, ela absorve gás oxigênio do ar e elimina o gás
carbônico produzido na respiração.
Ponto de compensação luminoso

   A respiração e a fotossíntese são, em última análise, processos
inversos.
   Em determinada intensidade luminosa, as taxas de fotossíntese e de
respiração se equivalem. Todo o gás oxigênio liberado na fotossíntese é
utilizado na respiração e todo o gás carbônico produzido na respiração é
utilizado na fotossíntese. A intensidade luminosa em que isso ocorre é o
ponto de compensação luminosa ou ponto de compensação fótico.
   Uma planta, para crescer, precisa realizar mais fotossíntese que
respiração, caso contrário não poderá acumular matéria orgânica. As
plantas necessitam receber, portanto, intensidade de luz superior à seu
ponto de compensação fótico.
Fisveg aula2

More Related Content

What's hot

Ciclos biogeoquímicos nitrogênio
Ciclos biogeoquímicos   nitrogênioCiclos biogeoquímicos   nitrogênio
Ciclos biogeoquímicos nitrogênioSESI 422 - Americana
 
Hormonios vegetal
Hormonios vegetalHormonios vegetal
Hormonios vegetalURCA
 
Nutricao vegetal
Nutricao vegetalNutricao vegetal
Nutricao vegetalURCA
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoIonara Urrutia Moura
 
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014 2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014 Ionara Urrutia Moura
 
Aula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralAula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralBruno Rodrigues
 
Cicloener
CicloenerCicloener
Cicloeneruendell
 
Apresentação1.pptx f.q
 Apresentação1.pptx  f.q Apresentação1.pptx  f.q
Apresentação1.pptx f.qmdaregalo
 
Telecurso 2000 aula 16 cuidado das plantas
Telecurso 2000 aula 16   cuidado das plantasTelecurso 2000 aula 16   cuidado das plantas
Telecurso 2000 aula 16 cuidado das plantasnetoalvirubro
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosprofatatiana
 
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)Vania Lima "Somos Físicos"
 
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martins
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martinsGabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martins
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martinsJames Martins
 
Trocas gasosas nas plantas
Trocas gasosas nas plantasTrocas gasosas nas plantas
Trocas gasosas nas plantasTânia Reis
 
741 2811-1-pb
741 2811-1-pb741 2811-1-pb
741 2811-1-pbadeid125
 

What's hot (20)

Ciclos biogeoquímicos nitrogênio
Ciclos biogeoquímicos   nitrogênioCiclos biogeoquímicos   nitrogênio
Ciclos biogeoquímicos nitrogênio
 
Hormonios vegetal
Hormonios vegetalHormonios vegetal
Hormonios vegetal
 
Fotossintese
FotossinteseFotossintese
Fotossintese
 
Nutricao vegetal
Nutricao vegetalNutricao vegetal
Nutricao vegetal
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro ano
 
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014 2S|_ Lista de exercícios de  fisiologia vegetal 12 11 2014
2S|_ Lista de exercícios de fisiologia vegetal 12 11 2014
 
Aula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralAula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineral
 
Biologicos (atual)
Biologicos (atual)Biologicos (atual)
Biologicos (atual)
 
Bioluminase
BioluminaseBioluminase
Bioluminase
 
Aula fisiologia vegetal
Aula fisiologia vegetalAula fisiologia vegetal
Aula fisiologia vegetal
 
Cicloener
CicloenerCicloener
Cicloener
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Apresentação1.pptx f.q
 Apresentação1.pptx  f.q Apresentação1.pptx  f.q
Apresentação1.pptx f.q
 
Ciclos
CiclosCiclos
Ciclos
 
Telecurso 2000 aula 16 cuidado das plantas
Telecurso 2000 aula 16   cuidado das plantasTelecurso 2000 aula 16   cuidado das plantas
Telecurso 2000 aula 16 cuidado das plantas
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)
"Somos Físicos" D.B.O (Demanda Bioquímica do Oxígênio)
 
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martins
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martinsGabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martins
Gabarito - biologia frente 1 - mód 3 até 10 - 2º ano - profo james martins
 
Trocas gasosas nas plantas
Trocas gasosas nas plantasTrocas gasosas nas plantas
Trocas gasosas nas plantas
 
741 2811-1-pb
741 2811-1-pb741 2811-1-pb
741 2811-1-pb
 

Similar to Fisveg aula2

Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicos
Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicosFluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicos
Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicosAlessandra Vieira da Silva
 
2 ciclos biogeoquimicos novos
2 ciclos biogeoquimicos novos2 ciclos biogeoquimicos novos
2 ciclos biogeoquimicos novosguest5b12783
 
Curso de educação ambiental
Curso de educação ambiental Curso de educação ambiental
Curso de educação ambiental Alana Stefany
 
Resumo de química ambiental
Resumo de química ambientalResumo de química ambiental
Resumo de química ambientalJuh Mello
 
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptxSilvana Sanches
 
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoDomingos Oliveira
 
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetal
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetalMetabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetal
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetalElisa SilvaSantos
 
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)Erick Chiavelli
 
A diversidade metabólica das bactérias
A diversidade metabólica das bactériasA diversidade metabólica das bactérias
A diversidade metabólica das bactériasCarlos Alberto Monteiro
 
Condições para a vida na Terra.pptx
Condições para a vida na Terra.pptxCondições para a vida na Terra.pptx
Condições para a vida na Terra.pptxCezanildoSilvadeOliv1
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoIonara Urrutia Moura
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosURCA
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoIonara Urrutia Moura
 

Similar to Fisveg aula2 (20)

Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicos
Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicosFluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicos
Fluxo de energia no ecossistema e Ciclo biogeoquímicos
 
2 ciclos biogeoquimicos novos
2 ciclos biogeoquimicos novos2 ciclos biogeoquimicos novos
2 ciclos biogeoquimicos novos
 
Mecanismo da fotossintese
Mecanismo da fotossinteseMecanismo da fotossintese
Mecanismo da fotossintese
 
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
 
Fisiologia Vegetal
Fisiologia VegetalFisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
 
Curso de educação ambiental
Curso de educação ambiental Curso de educação ambiental
Curso de educação ambiental
 
Resumo de química ambiental
Resumo de química ambientalResumo de química ambiental
Resumo de química ambiental
 
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx
_ciclos biogeoquímicos ppt.pptx
 
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
Fotossintese
FotossinteseFotossintese
Fotossintese
 
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetal
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetalMetabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetal
Metabolismo do Nitrogênio- fisiologia vegetal
 
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)
Nutrição Orgânica (Trabalho escolar apresentado à disciplina de Biologia)
 
Ciclos
CiclosCiclos
Ciclos
 
A diversidade metabólica das bactérias
A diversidade metabólica das bactériasA diversidade metabólica das bactérias
A diversidade metabólica das bactérias
 
Condições para a vida na Terra.pptx
Condições para a vida na Terra.pptxCondições para a vida na Terra.pptx
Condições para a vida na Terra.pptx
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro ano
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
Exercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro anoExercicios fotossintese primeiro ano
Exercicios fotossintese primeiro ano
 
Cefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco IvCefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco Iv
 

Fisveg aula2

  • 2. Condução da seiva elaborada Parte da água que chega às folhas é perdida por transpiração, parte é utilizada nos processos vitais das células, em particular a fotossíntese, e parte irá constituir, juntamente com as substâncias orgânicas fabricadas na folha e alguns sais, a seiva elaborada. Essa seiva é transportada pelo líber ou floema. Esquema mostrando o deslocamento da seiva bruta e da seiva elaborada em uma planta.
  • 3. Sistema físico construído com base na hipótese de Münch para a condução da seiva elaborada. Acima, no instante que foi preparado. Abaixo, algum tempo depois.
  • 4. Mecanismo de transporte do floema O modelo de Münch Em 1927 o botânico alemão E. Münch propôs uma explicação bastante plausível para o transporte de seiva elaborada, aceita até hoje. Segundo a hipótese de Münch o transporte da seiva elaborada pelo floema resulta d desequilíbrio osmótico entre as duas extremidades dos vasos condutores. Para testar sua hipótese, Münch desenvolveu um modelo físico semelhante ao que descreveremos a seguir. Um tudo em forma de "U" cujas extremidades são conectadas a bolsas de membrana semipermiável. Na situação inicial, uma das bolsas deve conter uma solução de açúcar e a outra, água pura. Nessa condição, mergulham-se as bolsas na água pura. Estabelece-se osmose na bolsa que contém a solução de açúcar, uma vez que a concentração de solutos no interior da bolsa é maior que a do meio exterior. Através da membrana semipermeável ocorre passagem de água para dentro da bolsa. A pressão de entrada de água determina um fluxo líquido em direção a bolsa com água pura, arrastando moléculas de açúcar pelo tubo que comunica as duas bolsas. A analogia desse modelo com a planta viva á a seguinte: a bolsa com a solução de açúcar representa a extremidade do tubo crivado localizado na folha e a bolsa com água pura representa a extremidade do tubo crivado localizada na raiz ou em outro órgão consumidor de seiva elaborada. O tubo em forma de “U" representa os vasos liberianos.
  • 5. A retirada de um anel de casca do caule interrompe o fluxo de seiva elaborada das folhas para os órgãos consumidores (caule e raiz), o que leva à morte da planta. Esse experimento foi realizado pioneiramente em 1675 pelo biólogo italiano Marcello Malpighi.
  • 6. Como as plantas se nutrem A nutrição das plantas é autotrófica, nisso diferindo da nutrição animal, que é heterotrófica. Enquanto os animais obtêm alimento comendo outros seres vivos, as plantas fabricam elas mesmas a matéria orgânica que lhes serve de alimento. Para isso utilizam gás carbônico proveniente do ar e água e sais minerais retirados do solo.
  • 7. O solo é habitado por uma grande diversidade de organismos: vermes, anelídeos, algas, bactérias, protozoários, artrópodos, raízes de plantas, etc. Essa diversidade é essencial à fertilidade do solo.
  • 8. Nutrientes inorgânicos Macronutrientes e micronutrientes Um elemento químico é considerado um nutriente essencial quando sua presença é indispensável ao desenvolvimento normal da planta. Para se determinar se um elemento é essencial ou não, deve-se privar experimentalmente uma planta do elemento e acompanhar seu desenvolvimento. Se este for normal, isso significa que o elemento não é essencial. Há dezesseis elementos químicos essenciais às plantas já identificados pelos cientistas. Desses, nove são requeridos em quantidades relativamente grandes, sendo por isso denominados macronutrientes. Os sete restantes são necessários em quantidades muito pequenas, sendo por isso denominados micronutrientes.
  • 9. Fixação de nitrogênio O nitrogênio é um elemento cuja falta acarreta limitação drástica do crescimento das plantas. O nitrogênio é componente fundamental das proteínas, dos ácidos nucléicos e de várias outras moléculas orgânicas fundamentais à arquitetura e ao funcionamento das células. É parodoxal que os seres vivos possam apresentar deficiência de nitrogênio quando esse elemento químico é o mais abundante da atmosfera. O nitrogênio atmosférico, no entanto, encontra-se na forma de gás nitrogênio (N2), que não é utilizável pelas plantas. Estas somente conseguem utilizar nitrogênio nas formas de íons amônio (NH+4) ou de íons nitrato (NO3-) . Esses dois íons são produzidos a partir do N2 por ação de diversos tipos de bactérias presentes no solo. Os nódulos presentes nas raízes de plantas leguminosas são causados pela invasão das células vegetais por bactérias do gênero Rhizobium. A relação entre a bactéria e a planta traz benefícios a ambas, constituindo um exemplo de mutualismo.
  • 10. Representação esquemática de processos que ocorrem no solo e que levam à produção de íons nitrato (NO3-), que as plantas utilizam. Bactérias fixadoras transformam gás nitrogênio (N2) em íons amônio (NH4+). Bactérias amonificantes decompõem restos de matéria orgânica, produzindo íons amônio. Bactérias nitrificantes transformam amônio em nitratos.
  • 11. Fotossíntese A grande maioria dos seres vivos depende direta ou indiretamente da fotossíntese. O produto primário da fotossíntese é a glicose, um açúcar que, além de servir como fonte de energia para os processos vitais, pode também ser convertido em diversos tipos de substâncias que a planta utiliza. Fatores que afetam a fotossíntese A fotossíntese é afetada por diversos fatores, entre os quais se destacam a concentração de CO2 na atmosfera, a temperatura e a intensidade luminosa.
  • 12. (A) Influência da luminosidade sobre a taxa de fotossíntese de uma planta. Até o ponto indicado (PSL, ponto de saturação luminosa) a fotossíntese não é maior porque a intensidade de luz está limitando o processo. (B) Influência da temperatura sobre a taxa de fotossíntese de uma planta em intensidade luminosa alta (curva em azul) e baixa (curva em vermelho).
  • 13. Respiração As plantas, como a maioria dos seres vivos, respiram. A respiração é um processo pelo qual as células extraem energia de moléculas orgânicas. Na respiração, moléculas orgânicas reagem com moléculas de gás oxigênio, originando gás carbônico e água. Durante o dia a planta executa a fotossíntese, consumindo gás carbônico e produzindo gás carbônico e produzindo gás oxigênio, que é eliminado para a atmosfera. Durante a noite a planta deixa de fazer fotossíntese, mas não de respirar. Nesse período, ela absorve gás oxigênio do ar e elimina o gás carbônico produzido na respiração.
  • 14. Ponto de compensação luminoso A respiração e a fotossíntese são, em última análise, processos inversos. Em determinada intensidade luminosa, as taxas de fotossíntese e de respiração se equivalem. Todo o gás oxigênio liberado na fotossíntese é utilizado na respiração e todo o gás carbônico produzido na respiração é utilizado na fotossíntese. A intensidade luminosa em que isso ocorre é o ponto de compensação luminosa ou ponto de compensação fótico. Uma planta, para crescer, precisa realizar mais fotossíntese que respiração, caso contrário não poderá acumular matéria orgânica. As plantas necessitam receber, portanto, intensidade de luz superior à seu ponto de compensação fótico.