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Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 
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Apostila Auxiliar de Estudo 
A Evolução do Cristianismo até O Espiritismo e a Umbanda 
Este trabalho é o resultado de pesquisa que proporciona apoio aos estudos dos assuntos abordados. Aqui incluímos também histórico e comentários sobre a Umbanda, no intuito de fornecimento aos expositores espíritas que por falta de fontes confiáveis, lembrando que a mesma não é codificada, algumas vezes acabam expondo pensamentos distorcidos da realidade. Revista Espírita Dr. Bezerra de Menezes
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Índice 
Apostila auxiliar de estudos 
A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 
PG. 
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Introdução 
I - Breve histórico do Cristianismo 
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O Cristianismo entre as crianças espirituais 
6 
A evolução do Cristianismo de acordo com a evolução do ser humano. 
8 
Breves trechos da história do Cristianismo 
8 
A crucificação de Jesus Cristo 
9 
As primeiras comunidades Cristãs 
9 
A Revolta Judaica 
9 
Perseguição dos cristãos 
11 
Concílio de Nicéia 
13 
A importância dos Concílios para o Cristianismo e breves comentários sobre as religiões 
15 
Concílio de Constantinopla 
17 
Dados históricos 
18 
Alguns dos célebres vultos do Cristianismo, no ocidente 
II - Espiritismo 
26 
A implantação do Espiritismo na Terra 
33 
Dança das mesas (Mesas girantes) 
35 
Alguns veneráveis nomes defensores do Espiritismo 
46 
Consideração Inicial 
48 
Expressão filosófica do Espiritismo 
51 
Doutrina Espírita - Conceitos e Princípios Básicos 
III - Mediunidade 
54 
História da Mediunidade 
54 
Mediunidade nos povos primitivos 
56 
Mediunidade na antiguidade 
59 
Detalhando os fenômenos mediúnicos (Dr. Ricardo Di Bernadi) 
65 
Trabalhando com a mediunidade (Herculano Pires) 
67 
Ectoplasma 
72 
Livros indicados
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IV - Umbanda 
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Costumes e tradições no Brasil em 1908 
77 
Análise do Brasil em 1908 
80 
O Cristianismo abre seus braços a todas as raças 
81 
História da Umbanda até os dias atuais - informações históricas 
87 
Quem foi Gabriel Malagrida? 
92 
Análise Histórica 
97 
O Cristianismo abre seus braços a todas as raças 
98 
Desmitificando a formação das linhas de trabalho na Umbanda e Prática Mediúnica 
104 
Finalizando os estudos sobre a Umbanda - Leal de Souza 
V- A evolução inacreditável do Cristianismo 
107 
Mensagens psicográficas de Dr. Bezerra de Menezes 
112 
Conclusão
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Introdução Jesus Não é nosso propósito narrarmos à história de Jesus. Apesar de belíssima e que enriquece qualquer trabalho que a contenha. Nosso intuito é o de colocá-lo em sua exata posição como o Governador Espiritual de todo o planeta Terra. Ele, o governador de todo o nosso planeta e de todos nós que aqui residimos temporariamente nessa casa escola, pessoalmente veio ensinar- nos a como agir pensar e sentir. De conformidade com os desígnios de nosso Pai, visando a nossa evolução espiritual que tem como objetivo levar- nos a um estado progressivo de felicidade pessoal através de nossa evolução espiritual. Evolução espiritual que apenas atestamos estar conseguindo se retiramos de nós, principalmente, o egoísmo e o orgulho de nossas personalidades. A felicidade verdadeira só a temos quando efetuamos o cumprimento das leis de Deus. Mas é pensamento falho por demais o julgarmos que somos nós, moradores de uma parte apenas do planeta os felizardos de termos recebido o Mestre em nosso meio em detrimento a outra parte da Terra que não teve a oportunidade de tê-lo entre eles. Afinal, Jesus é o governador de toda a Terra e não apenas um governador de uma parte do planeta. Se ao longo de sua passagem física pela Terra houve a possibilidade de ele estar entre nós. Pela brevidade de uma existência em comparação a complexidade da tarefa para qual ele veio, que era o de implantar no seio de nosso povo o Cristianismo. Era impossível que estivesse em todos os quatro cantos do mundo. Assim, de uma forma totalmente compreensível, Ele, como governador dos quatro cantos desse planeta coordenou a vinda de seus grandes auxiliares para a implantação no restante do mundo dos conceitos elevados. E assim é que ocorreu o surgimento do Budismo e tantas outras religiões.
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A nós que temos compreensão de como é na parte espiritual, cabe-nos uma pergunta: por qual razão senão de forma puramente pedagógica diferenciamos as religiões que intitulamos de Cristãs, das demais? Uma vez que de diferente, apenas, foram “as mãos” pelas quais elas vieram para o nosso planeta. Apenas isso. Pois sabemos que a coordenação foi de uma única personalidade. Jesus. Nosso governador geral.
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I - Breve histórico do Cristianismo O Cristianismo entre as crianças espirituais Inicialmente, explicando o termo: "O Cristianismo entre as crianças espirituais". Queremos justificá-lo por nos referirmos aos nossos primórdios quando éramos bem mais do que hoje, inferiores. Espíritos ainda mais no início de nossa evolução moral e intelectual graças à lei do progresso que rege a todos. Aos que puderem, será de grande validade escutar os profundos apontamentos do orador Haroldo Dutra Dias: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentro os mortos e o Cristo te esclarecerá. (Paulo, 15:14)II Congresso Espírita Alagoano -Palestra ministrada no dia 27/04/2014 em Maceió/AL A evolução do Cristianismo de acordo com a evolução do ser humano. No livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. No capítulo 1 – Instrução dos Espíritos – A ERA NOVA. Encontramos respaldo a questão da evolução do Cristianismo, na medida certa em relação ao desenvolvimento humano. Observemos: 9. Deus é único, e Moisés, o Espírito que Deus enviou em missão para se fazer conhecer, não somente pelos Hebreus, mas ainda pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação por Moisés e os profetas. As vicissitudes desse povo eram destinadas a impressionar os olhos e fazer cair o véu que escondia a divindade dos homens. Era, na época, o único povo monoteísta.
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Os mandamentos de Deus dados a Moisés trazem o germe da mais ampla moral cristã; os comentários da Bíblia limitavam-lhe o sentido, porque, postos em prática em toda a sua pureza, ela não teria sido, então, compreendida; mas nem por isso, os dez mandamentos de Deus deixaram de permanecer como o frontispício brilhante, como o farol que deveria iluminar a Humanidade no caminho que deveria percorrer. (Moisés pela rudeza do povo foi obrigado a colocar leis suas como, por exemplo: se um animal passar para o seu terreno, ele é seu, ainda outros mandamentos bem materializados). A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento no qual se encontrava o povo a que ele foi chamado a regenerar. Esse povo, semi-selvagem, quanto ao aperfeiçoamento de sua alma, não teria compreendido que se pode adorar a Deus de outro modo e não pelos holocaustos. Muito menos que se precisasse perdoar a um inimigo. As idéias das artes e das ciências eram muito atrasadas. A moralidade ainda engatinhava e não se teriam convertidos sob o império de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes preciso uma representação semi-material, tal qual lhe oferecia, então, a religião hebraica. Assim, os holocaustos falavam aos seus sentidos, enquanto que as ideias de Deus falavam às suas almas. O Cristo foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime moral evangélico- cristã que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos. Só com Jesus foi criada a palavra perdão que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo. Criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Moral, enfim, que deve transformar a Terra, e dela fazer dela uma morada para os Espíritos Superiores que a habitarão amanhã. É a lei do progresso em ação... (Um Espírito Israelita, Mulhouse, 1861)
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Breves trechos da história do Cristianismo O Cristianismo de conformidade com o que até então pensávamos de uma forma restritiva e imperfeita é a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia. A História do cristianismo remonta mais de 2014 anos de história da religião cristã e suas Igrejas, principiando-se no ministério de Jesus e seus apóstolos, até a atualidade. Iniciado no primeiro século d.C. em Jerusalém. Baseada nos ensinamentos deixados por Jesus, que são de cunho monoteísta. Durante a Era dos Descobrimentos ocorridos entre os séculos XV ao XVII, o cristianismo se expandiu para o mundo. Ao longo da sua história os cristãos tem se dividido por disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. A crucificação de Jesus Cristo Segundo a religião judaica o Messias iria um dia restaurar o Reino de Israel. Jesus, que era judeu, ao pregar uma nova doutrina e atrair seguidores acabou aclamado como o Messias. Mas, não aceito por seu próprio povo. Considerado por apóstata pelas autoridades judaicas. Condenado por blasfêmia e executado pelos romanos pela acusação de ser um líder rebelde. Com a morte e a ressurreição de Jesus, os apóstolos reúnem-se numa comunidade religiosa composta principalmente por judeus, em Jerusalém, seguindo as orientações deixadas por Jesus. Praticavam a comunhão dos bens, administrava o batismo aos novos convertidos e celebravam a "partilha do pão" em lembrança da última refeição tomada por Jesus. De lá os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião. Filipe prega aos Samaritanos. Em contato pela primeira vez
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com os pagãos, em Antioquia, os discípulos entram e passam a ser denominados de cristãos. Paulo de Tarso não se contava entre os doze apóstolos. Mas bandeirante do Novo Testamento prega entre os gentios. Entre os anos de 44 e 58 ele fez três viagens que levaram o Cristianismo para a Ásia Menor e a outras regiões da Europa. As primeiras comunidades Cristãs Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os de origem no judaísmo gerava conflitos. Muitos dos provenientes do judaísmo permaneciam fiéis às restrições alimentares, bem como se recusavam a sentarem à mesa com os pagãos. A Revolta Judaica Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus de que enquanto Jerusalém fosse cercada por exércitos a desolação dela estaria próxima. Exilam-se em Pela, na Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura com o judaísmo. Perseguição dos cristãos. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem em especial a partir do século II, no ano de 112, quando Trajano volta-se contra os cristãos. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados, caso contrário podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas. Durante a segunda metade do século II houve o desenvolvimento das primeiras heresias. Marcião rejeitou o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado
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por Cristo. Elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas das epístolas de Paulo e do Evangelho de Lucas. Tatiano, cristão de origem síria, convertido em Roma, gera uma seita agnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia, com água, e não com o vinho. O latim passa a ser usado como língua sagrada. Durante o século III, com o relaxamento da intolerância aos cristãos, a Igreja havia conseguido muitos donativos e bens. Porém, com o fortalecimento da perseguição pelo imperador Diocleciano esses bens foram confiscados. Posteriormente com a derrota de Diocleciano e a ascensão do imperador romano Constantino, o cristianismo foi legalizado pelo Édito de Milão de 313, e os bens da Igreja devolvidos. É de sua própria autoria a ordenação de diversas basílicas e templos e as doou à Igreja. Constantino convocou o Primeiro Concílio de Nicéia em 325, onde se definiu o Credo Niceno, uma manifestação mínima da crença partilhada pelos bispos cristãos.
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Concílio de Nicéia Alguns dos principais pontos discutidos no sínodo foram: A questão ariana e a profissão de Fé Excluindo dois seguidores de Ario, todos os demais envolvidos assinaram as atas do Concílio de Nicéia Profissão de Fé "Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja Católica anatematiza". Os participantes do Cristianismo divergiam quanto à data da Páscoa da ressurreição. Apesar da tentativa efetuada, as diferenças de calendário entre Ocidente e Oriente fez com que esta vontade de festejar a Páscoa em toda a parte no mesmo dia continue não realizado. No concílio de Nicéia decidiu-se a questão estabelecendo que a Páscoa dos cristãos fosse celebrada, sempre, no domingo seguinte ao plenilúnio após o equinócio da primavera.
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* As igrejas da Ásia Menor, que contava com a igreja de Éfeso, celebravam, juntamente com os judeus, no 14º dia da primeira lua da primavera * As igrejas de Roma e de Alexandria, juntamente com muitas outras igrejas tanto ocidentais quanto orientais, celebravam-na no domingo subsequente ao 14º Nisan. Mas, o ponto mais importante desse concílio, referia-se a Doutrina de Arius. Doutrina de Arius A Doutrina da Cristologia, de Arius, defendia: · Que o Logos e o Pai não eram da mesma essência (Opondo-se a Trindade) · Que o Filho era uma criação do Pai · Que houve um tempo em que o Filho (ainda) não existia No ano de 318 ocorreram desavenças entre Arius e o Bispo Alexandre de Alexandria. Uma vez que esse acusava Alexandre de Sabelianismo. Sendo condenado no Concílio. Arius, contudo, encontrando apoio de Eusébio de Cesareia bem como outros apoios, espalhou a desavença da Alexandria por todo o Oriente. Para restabelecer a união entre os cristãos o Imperador Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Nicéia em 325, onde a doutrina de Arius acabou por ser condenada como herética. Arius foi expulso tendo, no entanto, a sua banição anulada pela influência do Bispo Eusébio de Nicomédia no ano de 328, na mesma época em que
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Atanásio se tornou Bispo de Alexandria. No ano de 335 Arius seria supostamente reabilitado. Ele concordou em subscrever a doutrina de Nicéia que havia recusado anteriormente. Contudo, antes de receber a comunhão em Constantinopla, "morreu" subitamente. A importância dos Concílios para o Cristianismo e breves comentários sobre as religiões Apesar de inúmeros absurdos absolutamente normais do ponto de vista da evolução da humanidade ter sido efetuado nos Concílios, há uma observação importante sobre eles que devemos efetuar. Sem eles a unidade cristã não se observaria como observamos ao longo da história. Em síntese: podemos concluir que foi um mal necessário. O Cristianismo, seus ensinamentos, propagava-se entre as comunidades através de diálogos, principalmente. Bem como as comunicações entre as cidades e regiões eram esporádicas e nesse processo rudimentar se espalhava. Normal conceber que foram geradas inúmeras alterações no conteúdo e práticas Cristãs. Os concílios, em fim, tinham a função de estabelecer uma maior padronização na prática e nos ensinamentos Cristãos. E se isso não ocorresse, poderia gerar a fragmentação do Cristianismo. O que é bem diferente do que historicamente veio a ocorrer foi à formação de inúmeras religiões cristãs. Visto que a não fragmentação do Cristianismo proporcionou-nos a preservação da Bíblia seguida pelo Catolicismo. Posteriormente, da Bíblia surgiram os denominados protestantes, iniciados por Lutero que se rebelou contra o catolicismo e suas máximas. Quanto ao surgimento de diversas religiões, em nada tem haver com a fragmentação ou não do Cristianismo. Mas, sim, sendo o resultado da aplicação religiosa do Cristianismo para os diversos graus evolutivos dos espíritos encarnados na Terra. Uma vez que os conhecimentos cristãos ampliam-se ou não em
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cada religião de acordo com a exata capacidade de esses religiosos compreenderem e as praticarem. Apenas ilustrando o que acima foi dito. Acabo de ter uma breve conversa com a proprietária da pensão onde me encontrava até pouco tempo. E, nessa conversa, em determinado momento ela falou: Toda a minha família seja da parte de meu falecido marido e os meus foram e são extremamente religiosos. Até o presente momento nenhum dos nossos mortos veio contar como é do outro lado e, nem poderiam! Estão dormindo, aguardando a volta de Jesus. Aliás, eles estão dormindo em seus aposentos. Apesar de nós utilizarmos o nome errado de túmulos. O certo é falarmos em aposentos. Essa senhora que aqui não vou declinar o nome, pelo tempo que a conheço posso dizer que é uma excelente praticante do cristianismo. Se eu tentasse impor as verdades que o cristianismo aquilatou para a humanidade através do Espiritismo, estaria sendo um péssimo religioso. Pois, se há condições de compreender mais coisas do que essa senhora, também sou obrigado a reconhecer que o grau evolutivo, intelectual, espiritual dela é outro. Portanto, suas considerações devem ser ouvidas e respeitadas. Sem uma ação inútil e equivocada de gerar uma discussão que apenas eu conseguiria magoá-la se tentasse expor que o que ela está a dizer não é o que verdadeiramente ocorre. Que os espíritos de seus entes queridos se encontram em outra dimensão e muito vivos, totalmente livres da matéria. Por fim, necessário expor uma grande diferença entre a evolução espiritual e a evolução intelectual-espiritual que não depende da evolução intelectual acadêmica. A primeira sendo a mais importante permite-nos ao morrer sermos merecedores de estarmos em regiões espirituais mais elevadas. Pois, quem tem determinada evolução espiritual mais apurada faz a prática do bem. Já quem tem apenas a evolução intelectual-espiritual tem maiores condições de compreender as novas revelações Cristãs. (Revelações e não inovações ou descobertas.) Mas, infelizmente, entre ter condições de
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compreender e colocá-la em prática em suas vidas, há uma grande diferença e nem sempre o fazemos. O ideal é que tenhamos as duas evoluções. Para, como dizia em suas palestras meu pai: podermos voar mais alto, com a utilização das duas asas. A asa do conhecimento e a asa da prática do bem que Jesus e todos os seus colaboradores de alta hierarquia espiritual vieram nos ensinar. Concílio de Constantinopla Édito de Justiniano: “Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado!” O Concílio de Constantinopla realizado na cidade de Constantinopla (Istambul, Turquia), de cinco de maio a dois de junho do ano 553. Foi realizado pelo imperador romano Justiniano e participado principalmente por bispos orientais. Sendo apenas seis bispos ocidentais, justamente como manobra para se obter os votos necessários para os interesses de Justiniano. Foi neste concílio que a preexistência da alma deixou de ser aceita e pregada dentro da Igreja Católica, sendo declarada como herética. Afinal, manter a preexistência da alma faria admitir, por exemplo, a possibilidade de que o imperador e sua família, em outra existência, poderiam nascer ou já terem sido pessoas do povo. Além do mais, Justiniano casou-se com Teodora, que era uma prostituta, sendo que ao longo do tempo suas antigas amigas tendo em vista a sua jornada de êxito começaram a se insuflar, e ela, diante do fato, e até para procurar apagar seu passado, mandou matar cerca de 500 outras prostitutas. Depois disso o povo começou a dizer que ela ia pagar na outra vida o crime hediondo realizado. Então ela pediu ao marido para que ele banisse a reencarnação das crenças populares. Coisa que o orgulho de suas posições não admitia,
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jamais. Por outro lado, há de se justificar de o Papa haver assinado esse banimento no Catolicismo das realidades da preexistência da alma visto que se opusesse a vontade do imperador certamente ele estaria colocando o seu poder em perigo, e sua própria vida, uma vez que não estaria atendendo aos interesses políticos de Justiniano que o mantinha no controle da Igreja Católica Apostólica Romana. Na reunião final deste concílio participaram cerca de 165 bispos. Dos quais, 159 bispos orientais. Algo totalmente planejado para o êxito de seus propósitos. Como consequência desse Concílio observamos que o cristianismo que na época representava-se, na Terra, através da Igreja Católica Apostólica Romana, aboliu a preexistência da alma. Sendo que, o mais curioso, foi o fato de os cristãos terem aceitado. Entretanto, nada mais natural. Afinal, nessa época éramos crianças espirituais. E, como tais, facilmente manipuláveis por alguns poucos. Felizmente essa é uma realidade que deixamos para trás. Afinal, hoje, nossa sociedade não admite tal acontecimento ocorrer impunemente. Isso é uma evolução de nossa sociedade. De cada um de nós, Graças a Deus! Finalmente concluímos que se a árvore do Cristianismo foi mutilada através desse Concílio, nada mais foi do que o arrancarmos um de seus galhos que nos orienta. Mas que em momento oportuno, quando a humanidade encontrou-se mais evoluída, assim como ocorre em uma árvore que a mutilamos, através da poda, torna-se mais bela e frondosa expondo para nós toda a sua força e beleza.
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Dados históricos Em 500 d.C., “criou-se” o purgatório. O que demonstra a modificação dos ensinamentos do Cristianismo através da Igreja Católica Apostólica Romana. Em 1074 d.C, estabeleceu-se o celibato clerical, que é um atentado à natureza humana ocasionando inúmeros sacrifícios, sofrimentos e desvios de religiosos de todos os tipos.
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Alguns dos célebres vultos do Cristianismo, no ocidente. John Wycliffe (1320 — 31 de dezembro 1384) Professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês. Precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, entregando a tradução da Bíblia aos padres. Acreditava que essa deveria ser um bem comum de todos os cristãos e precisaria estar disponível para uso cotidiano, na língua nativa das populações. "a joia do clero tornou-se o brinquedo dos leigos". A influência dos escritos de Wyclif foi fundamental em outros movimentos reformistas, como o movimento liderado por Jan Huss e Jerônimo de Praga. NaBoêmia, Na Universidade, aplicou-se nos estudos de teologia, filosofia e legislação canônica. Tornou-se sacerdote e depois serviu como professor no Balliol College, ainda em Oxford. Por volta de 1365 tornou-se bacharel em teologia e, em 1372, doutor em teologia. Como teólogo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado, ganhando reputação de patriota e reformista. Wycliffe afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser e por isso defendia reformas. Suas idéias apontavam a incompatibilidade entre várias normas do clero. Uma destas incompatibilidades era a questão das propriedades e da riqueza material do clero. Ele pregava o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder temporal do papa e dos cardeais. Para ele o Estado deveria tomar posse de todas as propriedades da Igreja e encarregar-se diretamente do sustento do clero. Logo a cátedra deixou de ser o único meio de propagação de suas
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idéias, ao iniciar a escrita de seu trabalho mais importante, a Summa theologiae. Entre as idéias mais revolucionárias desta obra está a afirmação de que, nos assuntos de ordem material, o rei está acima do papa e que a Igreja deveria renunciar a qualquer tipo de poder temporal. Sua obra seguinte, De civili dominio, aprofunda as críticas ao Papado de Avignon (onde esteve a sede provisória da Igreja de 1309 até 1377), com seu sistema de venda de indulgências e a vida perdulária e luxuosa de muitos padres, bispos e religiosos sustentados com dinheiro do povo. Wycliffe defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que considerava abusos do papado. A obra contém 18 teses que vieram a público em Oxford, no ano de 1376. Em 22 de maio de 1377, o Papa Gregório XI, que em janeiro havia abandonado Avignon para retornar a sede da Igreja a Roma, expediu uma bula contra declarando que suas 18 teses eram errôneas e perigosas para a Igreja e o Estado. Mas o apoio de que Wycliffe desfrutava na corte e no parlamento tornaram a bula sem efeito prático, pois era geral a opinião de que a Igreja estava exaurindo os cofres ingleses. Jan Huss Seus pais eram checos de poucas posses materiais. Esse reformador boêmio, de origem da cidade de Husinec, teve seu nascimento no dia 6 de Julho de 1369. (data provável). Morreu queimado na cidade de Constança, no dia 6 de Julho de 1415. Estudou em Praga, onde esteve por volta dos anos 80. Foi grandemente influenciado por Stanislav ze Znojma, que mais tarde se tornaria seu amigo íntimo e finalmente um grande inimigo. Nos seus escritos usava frequentemente citações de John Wyclif. Em 1393 fez Bacharelado em Letras, em 1394 o Bacharelado em Teologia, e em 1396, finalmente o Mestrado. Em 1400 foi ordenado padre, tornando-se em 1401 reitor da faculdade de Filosofia. No ano seguinte foi
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reitor da Universidade Carlos. Em 1402, nomeado pregador na Igreja de Belém em Praga, onde pregava em língua checa. Não em latim, como costume de sua época. Uma afronta aos costumes de época. A sua inclinação para as reformas eclesiásticas foi despertada pelos escritos teológicos de Wyclif. O que ficou denominado de Hussismo das primeiras décadas do século XV, não era mais do que Wyclifismo transplantado para solo Boémio. Os escritos teológicos de Wycliffe espalharam-se rapidamente pela Boêmia, trazidos em 1402 por Jerônimo de Praga, e que, mais tarde, tornou-se amigo e seguidor de Huss. Esses escritos causaram profunda impressão em Hus. A Universidade decretou-se contra as novas doutrinas. Sob a tutela do Arcebispo Zbyněk Zajíc, Hus gozou nos primeiros tempos de boa reputação e proteção. Em 1405 ele estava ativo como pregador sinodal, mas o bispo foi forçado a depor contra ele devido aos ataques dele contra o sacerdócio. Hus pregava o Sacerdócio Universal dos Crentes, no qual qualquer pessoa pode comunicar-se com Deus sem a mediação sacramental e eclesial. Antes de ser queimado, Hus expôs as seguintes palavras ao carrasco: "Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." Identificamos nessas palavras a vinda de Martinho Lutero, com esta profecia. Pois, 102 anos depois, Lutero pregou suas 95 teses em Wittenberg. Martinho Lutero Martinho Lutero nasceu em Eisleben, no dia 10 de novembro de 1483. Morrendo também em Eisleben, em 18 de fevereiro de 1546. Desenvolveu tradução da Bíblia em outros idiomas gerando um impacto violento tanto na Igreja quanto na cultura germânica. E, também, o que fez desse livro mais acessível e ao alcance de mais pessoas. Seu casamento
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com Catarina von Bora estabeleceu padrão para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimônio dos pastores protestantes. Seus hinos incentivaram a prática do ato de cantar em igrejas. Era padre e professor de teologia. Iniciador da Reforma Protestante. Opôs-se fortemente as compras de indulgências praticada pela Igreja Católica Apostólica Romana. Apresentou suas 95 teses no ano de 1517. E sua recusa em retirar seus escritos em cumprimento ao pedido do Papa Leão X, em 1520, e do Imperador Carlos I de Espanha, na Dieta de Worms, no ano de 1521. Provocou a sua excomunhão pelo papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador. Ele pregava que a salvação não provia de bons feitos, mas de um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça através da fé em Jesus como um redentor do pecado. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana por ensinar que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divino e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um santo e natural sacerdócio. Consideração necessária: No desenvolvimento do Cristianismo, Lutero representa um dos momentos mais importantes dessa evolução. Notemos, contudo, que sua obra representa o fruto de contínua evolução de muitos que o antecederam, em cumprimento dos desígnios de Deus. Entretanto, para os que não visualizam esses acontecimentos, reportando-se as épocas em que ocorreram, lembramos que ele rompeu no iniciar do século XVI, com práticas seculares da Igreja Católica. Exigir naquela época mais realizações e mudanças, impossível. Afinal, a nossa evolução nesse período não comportaria. Nota: Quando falamos em desenvolvimento do Cristianismo, subtende-se que não é ele propriamente dito, que evolui. Mas, sim, o ser humano em seu progresso incessante, como espírito imortal, que lentamente permite ao Cristianismo retirar os véus que antes estavam ocultando verdades que sempre existiram. Mas que o progresso dos espíritos encarnados e desencarnados, na Terra, ainda não permitia que nós tivéssemos acesso a essas informações. Utilizando uma linguagem figurada: O Cristianismo, ao
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longo da história da humanidade mede a intensidade de seu brilho de conformidade com a nossa capacidade de ver e trabalhar com essa luz. E, na atualidade dos nossos desenvolvimentos, quantas verdades ainda não têm condições de compreendermos no atual estágio evolutivo em que estamos? Certamente, dentro de cem ou duzentos anos a mais, quantas coisas teremos condições de saber dessa árvore generosa e que hoje, simplesmente, não temos condições de compreender? Há, contudo, uma exposição que não se pode comprovar. Mas é provável que se antigamente houvesse a necessidade de séculos serem gastos para que pudéssemos ter condições de ampliar nossos conhecimentos em alguma coisa, o período atual em que nos encontramos e dai em diante, permitirá que maiores informações sejam fornecidas pelo Cristianismo, em um menor período de tempo. Hippolyte Léon Denizard Rivail - "Allan Kardec" Nascido em família católica com tradição profissional na advocacia e na magistratura. Efetuou estudos na Escola de Pestalozzi, Suíça. País de formação religiosa tipicamente protestante. Tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que influenciou na reforma do ensino na França e na Alemanha. Em 1824, de volta a França, publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. No dia 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Tinha profundo domínio da língua alemã, traduzindo para este idioma algumas obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon. Conhecia a fundo os idiomas francês, inglês e holandês, alemão, italiano e espanhol. De 1834 em diante passou a lecionar e a publicar diversas obras sobre educação. Tornando-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.
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Como pedagogo dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, residiu na rua de Sèvres. Onde ministrava cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia, Astronomia; entre outras matérias. As matérias que lecionou como pedagogo foram: Astronomia, Química, Matemática, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês. Sobre a utilização do pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Zélio Fernandino de Morais Natural do distrito de São Gonçalo/RJ. Extremamente jovem no ano de 1908, então com dezessete anos de idade. Preparando-se para o ingresso na carreira militar na Marinha de Guerra Brasileira. Foi acometido por inexplicáveis problemas não debelados pela medicina daquela época, certo dia ergueu-se no leito declarando: "Amanhã estarei curado!" No dia seguinte levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada houvesse ocorrido. Sendo, dessa forma, que acabou fundando a Umbanda. Religião de origem 100% nacional. Casou-se com Isabel de Moraes e teve duas filhas, Zélia e Zilméia. Faleceu no dia 3 de outubro de 1975 em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. Sua atividade profissional era como comerciante. Sendo que no ano de 1924, tornou-se vereador. Três anos depois foi reeleito e trabalhou como secretário do Legislativo Gonsalense. No poder público dedicava-se, em especial, à difusão de escolas públicas. Tal a sua preocupação que criou escola gratuita, de curso primário, em seu centro religioso para atender as crianças de Neves.
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Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo/MG, Brasil. Em dois de abril de 1910. Morreu em 30 de Junho de 2002. Considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos. Através, em especial, dos livros produzidos pelo espírito André Luiz, trouxe significativos avanços para os conhecimentos Espíritas. Durante sua existência psicografou 451 livros. Cedeu todos os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade. Vendeu mais de 50 milhões de exemplares em português, com traduções em espanhol, italiano, inglês, mandarim, sueco, russo, japonês, esperanto, romeno e braile.
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II - Espiritismo
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A implantação do Espiritismo na Terra Irmãs Fox A família Fox Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou- se em uma casa modesta na povoação de Hydesville, no estado de Nova Iorque. A família Fox, compunha-se da Sra. Margareth Fox e seu marido. Sr. John D. Fox. Além de suas filhas, Kate e Margareth, respectivamente com 11 e 14 anos de idade. A mais conhecida e divulgada fonte sobre o ocorrido em Hydesville, com a família Fox, é o depoimento da Sra. Margareth Fox que encontra-se no livro História do Espiritismo de Arthur Conan Doyle. Abaixo exposto. O casal possuía mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que escreveria um livro, "The Missing Link" (New York, 1885), no qual abordou às supostas faculdades paranormais de seus antepassados. O fato ocorreu, inicialmente, apenas com Margareth e Kate. Depois, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos acontecimentos ao de Hydesville.
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Depoimento da Sra. Margareth Fox "Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido quase que no mesmo lugar. Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas. Era um movimento em trêmulo, mais que um abalo súbito. Podíamos perceber o abalo quando de pé no solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu não dormi até quase meia-noite. Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo a escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno. Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos: íamos ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a cama – apenas escurecera. Achava-me tão quebrada e sem repouso que quase me sentia doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos. Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor Pé-Rachado, faça o que eu faço". Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro"
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e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: "Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira". Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os separar até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido. Então perguntei: "É um ser humano que me responde tão corretamente?" Não houve resposta. Perguntei: "É um Espírito? Se for dê duas batidas." Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: "Se foi um Espírito assassinado dê duas batidas". Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: "Foi assassinado nesta casa?" A resposta foi como a precedente. "A pessoa que o assassinou ainda vive?" Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: "Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?”A resposta afirmativa foi alta. Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima. É uma senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo. Penso que estava tão calma como estou agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia, pensando que faria rir às meninas. Mas quando as viu pálidas de terror e
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quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes. Deram-lhe a idade exata. Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas e respondidas. Então, Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e várias outras pessoas. Depois, Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell. Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida, indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não tive resposta. Após isso, Mr. Duesler fez perguntas e obteve as respostas: Perguntou: "Foi assassinado?" Resposta afirmativa. "Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta. "Pode ser punido pela lei?" Nenhuma resposta. A seguir, disse: "Se seu assassino não pode ser punido pela lei dê sinais." As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto de leste, há cinco anos passados, e que o assassínio fora cometido à meia-noite de uma terça-feira, por Mr.; que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia sido enterrado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi constatado que o motivo fora o dinheiro. "Qual a quantia: cem dólares?" Nenhuma resposta. "Duzentos? Trezentos?" etc. Quando mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram. Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando no ribeirão. Estes ouviram as mesmas perguntas e respostas. Alguns permaneceram em casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite com Mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia não se ouviram os sons; mas ao anoitecer recomeçaram.
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Diziam que mais de trezentas pessoas achavam-se presentes. No domingo pela manhã os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa. Na noite de sábado, 1º de abril, começaram a cavar na adega; cavaram até dar n'água; então pararam. Os sons não foram ouvidos nem na tarde nem na noite de domingo. Stephen B. Smith e sua esposa, minha filha Marie, bem como meu filho David S. Fox e sua esposa dormiram no quarto aquela noite. Nada mais ouvi desde então até ontem. Antes de meio-dia, ontem, várias perguntas foram respondidas da maneira usual. Hoje ouvi os sons várias vezes. Não acredito em casas assombradas nem em aparições sobrenaturais. Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso. Isto nos causou muitos aborrecimentos. Foi uma infelicidade morarmos aqui neste momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma verificação correta seja procedida. Ouvi as batidas novamente esta manhã, terça-feira, 4 de abril. As meninas também ouviram. Garanto que o depoimento acima me foi lido e que é a verdade; e que, se fosse necessário, prestaria juramento de que é verdadeiro." Assinado Margareth Fox. Construindo uma rudimentar combinação alfabética, com as pancadas produzidas. Foi possível que as irmãs Fox, obtivessem o nome do espírito que era o causador dos sons. E foi dessa forma, que descobriram que seu nome era a do mascate, de 31 anos. De nome Charles B. Rosma. Assassinado há quatro anos, naquela casa e enterrado na adega. E por
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deduções, que seu assassino era antigo inquilino. Sr. Bell. Interessados em esclarecer o caso, algumas pessoas escavaram a adega, em busca de encontrar os restos mortais do suposto assassinado. Não sendo nenhuma prova cabal encontrada. E, por essa razão foram suspensas. Depoimentos já haviam ocorridos. Mais houve em especial um depoimento, com muitos detalhes, de quem se lembrava da passagem pela região de um certo mascate na mesma data em que o suposto espírito indicou como sendo o do seu assassinato. Nesse depoimento descreveu o comportamento dos antigos proprietários da residência em Hydesville, o Sr. Bell e a esposa que, sozinhos, teriam recebido o mascate. No Verão de 1848,o irmão mais velho da família. David Fox. Retomou a busca. Mas a opinião de muitos é que os resultados encontrados, não eram originais. Uma armação. Nessa busca, a uma profundidade das escavações de um metro e meio, encontrou-se inicialmente, uma tábua. Aprofundando o buraco, encontraram cabelos, restos de carvão, cal e alguns fragmentos de ossos que, segundo Doyle, foram reconhecidos por um médico como pertencentes a um esqueleto de um ser humano. Equivocadamente, Margareth e Kate chegaram a ser separadas e afastadas do lar paterno. David Fox ficou com Margareth. E Kate ficou com Leah. Mas essa separação das irmãs não foi suficiente para que os fenômenos deixassem de ocorrer. E, no caso da irmã mais velha, Lea Fish, passou a também apresentar fenômenos catalogados como mediúnicos. Sendo esse episódio narrado no livro História do Espiritismo: "Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de
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Rochester. Pouco depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de Auburn, desenvolveram notável mediunidade (...)."
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Dança das mesas (Mesas girantes) No século XIX ocorreu na Europa e nos Estados Unidos esse fenômeno, mais conhecido como as mesas girantes. A sociedade mundial, inicialmente, apenas levava esses acontecimentos, para o campo do entretenimento. Mas o que desconheciam era que isso ocorria para, justamente, chamar atenção da humanidade. Consistindo no movimento de mesas e outros objetos pesados, sem causa física, em torno dos quais se reuniam nos salões pessoas de todas as classes sociais e culturais. Sem que a princípio fosse levado esse acontecimento em suas reais proporções. Pois, durante sua fase inicial, até meados de 1870. As mesas girantes foram objeto unicamente de curiosidade e divertimento, em especial nos países europeus. Mas, através da seriedade do professor e pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail - "Allan Kardec”. Culminou no estudo e sistematização de conhecimentos que construíram a Doutrina Espirita. O professor Rivail foi convidado pelo amigo Fortier, a verificar o fenômeno das mesas girantes com a disposição de observar e analisar os fenômenos que despertavam curiosidade no século XIX. As primeiras manifestações tidas como mediúnicas aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta. Analisando esses fenômenos, Allan Kardec, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, pois se podia acreditar num
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efeito elétrico, cujas propriedades eram minimamente conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas. Sociedades Científicas de diversas partes do mundo foram criadas para a investigação dos fenômenos. O mundo científico acordou para analisar esses acontecimentos. Personalidades como Oliver Lodge, Friedrich Zöllner, William Crookes, Michael Faraday, Camille Flammarion e Alfred Russel Wallace. Foram umas dos nomes da ciência a confirmarem esses acontecimentos. Bem como o criminologista Cesare Lombroso. Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso. O ser misterioso que e respondia, quando perguntado sobre sua natureza, declarou que era um espírito, fornecendo o seu nome e forneceu outras informações a seu respeito. Apresentando ao mundo, dessa forma, a imortalidade da alma. Que apenas troca, por motivos que o Espiritismo veio ao mundo explicar, a sua existência espiritual pela material. Nota: Construído entre 1900 a 1903, houve um registro cinematográfico sobre este acontecimento: Современный спиритуализм/Spiritisme abracadabrant (1900) 1:14 (tradução literal: Espiritismo Moderno / Espiritismo abracadabra).
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ALGUNS VENERÁVEIS NOMES DEFENSORES DO ESPIRITISMO Johann Karl Friedrich Zöllner Johann Karl Friedrich Zöllner (Berlim, 8 de Novembro de 1834 — Leipzig, 25 de Abril de 1882). Astrônomo e físico germânico. Membro da Imperial Academia de Ciências Físicas e Naturais de Moscou, da Royal Society, da Sociedade Científica de Estudos Psíquicos de Paris, da Real Sociedade Astronômica de Londres. Além de membro honorário da Associação de Ciências Físicas de Frankfurt. Em 1860, apresentou ao mundo a ilusão de ótica que leva o seu nome: a chamada ilusão de Zöllner. Em 1872 passou a ocupar a cadeira de Astrofísica na Universidade de Leipzig. Zöllner efetuou diversas reuniões com pesquisadores famosos e médiuns no século XIX, em sua própria residência, em Leipzig. Dentro do Espiritismo, desenvolveu a "teoria da quarta dimensão". Com isso, os fenômenos espíritas perdem a sua característica mística e ingressam no campo da Física. Conhecimento esse que defendeu apoiado em posições teóricas e experiências práticas. Por essa teoria, o universo teria uma quarta dimensão até então não visualizada pela física. Através da qual explicam-se os fenômenos de ordem mediúnica. Essa quarta dimensão é uma extensão da própria matéria, apesar de invisível e imperceptível aos sentidos físicos humanos. Faleceu sem conseguir publicar sua segunda obra, que abordava sobre os fenômenos pesquisados. Em reconhecimento de seu trabalho, uma cratera na Lua recebeu o seu nome: a cratera de Zöllner.
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Cesare Lombroso (Verona, 6 de novembro de 1835 — Turim, 19 de outubro de 1909). Médico, cientista e cirurgião italiano. Nasceu em Verona, proveniente de família de posses, que lhe permitiu efetuar os estudos. Estudou Medicina na Universidade de Pavia, no ano de 1858, formou-se. Em 1859, em Cirurgia. Na Universidade de Gênova. Indo para Viena, onde apurou seus conhecimentos, alinhando-se com o pensamento positivista. Desde os vinte anos demonstra a sua linha de interesses, com um estudo sobre a loucura. Servindo como oficial médico, publicou em 1859 estudos sobre os ferimentos das armas de fogo, considerado um dos mais originais. Entre os anos de 1871 a 1876, dirige o manicômio de Pádua. Vindo a ser aprovado para a cadeira de Higiene e Medicina Legal da Universidade de Turim. Também em 1876 publicou "O Homem Delinqüente" - sua primeira obra sobre criminologia, onde faz-se presente a influência da "frenologia”. Referente a mediunidade, estuda o fenômeno sob o aspecto positivista de comprovação factual - tal como fizeram outros cientistas da época, noutras partes. Ao final conclui pela comprovação científica dos fenômenos e doutrina estudados. Tornando-se um fervoroso defensor do Espiritismo na Itália de seu tempo, juntando-se a várias correntes do movimento positivista da época.
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William Crookes William Crookes (Londres, 17 de junho de 1832 — Londres, 4 de abril de 1919). Físico e químico inglês. Em 1861, descobriu um elemento químico ao qual deu o nome de tálio. Posteriormente identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. inventor do radiômetro de Crookes. Bem como desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios canal. Foi um pioneiro na construção e no uso de tubos de vácuo para estudar os fenômenos físicos. Igualmente um dos primeiros cientistas a pesquisar o que hoje é chamado de plasmas. Desenvolveu um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o que acabou denominado de espintariscópio. No ano de 1870, Crookes concluiu que a ciência tinha o dever de estudar os fenômenos associados com o Espiritualismo. Sua forma de condução de sua investigação sempre foi de forma imparcial e descreveu as condições que ele impunha aos médiuns da seguinte forma: "Deve ser na minha própria casa e com minha própria seleção de amigos e espectadores, sob minhas próprias condições e podendo eu fazer o que achar melhor quanto a dispositivos" (Doyle, 1926: volume 1, 177). Entre os médiuns que ele estudou estavam Florence Cook e Kate Fox. William Crookes, através de seus pareceres favoráveis aos fatos espiritualistas, chegou ao ponto de ter o seu nome cancelado da filiação à Royal Society. Apenas não o sendo, pois, tornou-se mais cauteloso. Uma vez que a sociedade científica da época não concordava com as suas afirmações, que comprovavam o espiritualismo. Razão de seu silêncio. Mas, no ano de 1898, em seu discurso de posse na presidência da British Association for the Advacement of Science (Associação Britânica pelo Avanço da Ciência), abordou sobre o assunto: "Já se passaram trinta anos
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desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais... Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto". (Crookes, 1898). Camille Flammarion Nicolas Camille Flammarion. Nasceu em Montigny-le- Roi, em 26 de fevereiro de 1842. Falecendo em Juvisy-sur-Orge, em 3 de junho de 1925). Astrônomo francês. Instruiu-se em Langres e, por quatro anos, entre 1862 até 1866. Trabalhou no Observatório de Paris. De 1866 em diante, começa a escrever vários livros sobre Astronomia que acabaram traduzidos para outras línguas. E, mais tarde, também sobre Física. Fundou o observatório de Juvisy-sur-Orge, dirigindo-o até sua morte. Onde incentivava o trabalho de observadores amadores. No ano de 1887, funda a Sociedade Astronômica da França. Sendo no ano de 1922, agraciado com o premiado da Legião da Honra, graças ao seu trabalho de popularização da Astronomia. Seu apoio as realidades espiritualistas, era total. E,como exemplo, temos a sua entrevista na The International Psychic Gazette, em 1917. Onde textualmente expôs:"Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro". (Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p.70).
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Dr. Bezerra de Menezes Conheceu a Doutrina Espírita quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de O Livro dos Espíritos (sem data, em 1875), através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, o também médico Dr. Joaquim Carlos Travassos. Sobre o contato com a obra, o próprio Bezerra registrou posteriormente: "Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, Deus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos Espíritos'. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença."11 Contribuiu para a sua adesão o contato com as "curas extraordinárias" obtidas pelo médium João Gonçalves do Nascimento (1844-1916), em 1882. Com o lançamento do periódico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários. Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público (estimado, conforme os seus biógrafos, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo. O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo "O Paiz". No ano seguinte, a pedido da Comissão de Propaganda do Centro da União Espírita do Brasil, inicia a publicação de uma série de artigos sobre a Doutrina em O Paiz, periódico de maior circulação da época. Na seção intitulada "Spiritismo - Estudos Philosophicos", os artigos saíram regularmente aos domingos, no período de 23 de outubro de 1887 a dezembro de 1893, assinados sob o pseudônimo "Max". Na década de 1880 o incipiente movimento espírita na capital (e no país) estava marcado pela dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. Já havia também uma clara divisão entre dois "grupos" de
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espíritas: os que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso (maior grupo, o qual se incluía Bezerra) e os que não aceitavam o Espiritismo nesse aspecto. Em 1889, Bezerra foi percebido como o único capaz de superar as divisões, vindo a ser eleito presidente da Federação Espírita Brasileira. Nesse período, iniciou o estudo sistemático de "O Livro dos Espíritos" nas reuniões públicas das sextas-feiras, passando a redigir o Reformador; exerceu ainda a tarefa de doutrinador de espíritos obsessores. Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional (Rio de Janeiro, 14 de abril), com a presença de 34 delegações de instituições de diversos estados. Assumiu a presidência do Centro da União Espírita do Brasil a 21 de abril e, a 22 de dezembro de 1890, oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal Brasileiro de 1890. De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gestão de Francisco de Menezes Dias da Cruz, época em que traduziu o livro "Obras Póstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. Em fins de 1891, registravam-se importantes divergências internas entre os espíritas e fortes ataques exteriores ao movimento. Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reuniões do Grupo Ismael e a redação dos artigos semanais em "O Paiz", que encerrou ao final de 1893. Aprofundando-se as discórdias na instituição, foi convidado em 1895 a reassumir a presidência da FEB (eleito em 3 de Agosto desse ano), função que exerceu até à data de seu falecimento. Nesta gestão iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria espírita no país e ocorreu a vinculação da instituição ao Grupo Ismael e à Assistência aos Necessitados. Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, na manhã de 11 de abril de 1900. Não faltaram aqueles, pobres e ricos, que socorreram a família, liderados pelo Senador Quintino Bocaiúva. No dia seguinte, na primeira página de "O Paiz", foi lhe dedicado um longo necrológio, chamando-o de "eminente brasileiro". Recebeu ainda homenagem da Câmara Municipal do então Distrito Federal pela conduta e pelos serviços dignos. Ao longo da vida acumulou inúmeros títulos de cidadania. Fonte: Wikipédia
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Eurípedes Barsanulfo Nascido em 1º de maio de 1880, na pequena cidade de Sacramento, Estado de Minas Gerais, e desencarnado na mesma cidade, aos 38 anos de idade, em 1º de novembro de 1918. Logo cedo manifestou-se nele profunda inteligência e senso de responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experiências de vidas pretéritas. Era ainda bem moço, porém muito estudioso e com tendências para o ensino, por isso foi incumbido pelo seu mestre-escola de ensinar aos próprios companheiros de aula. Respeitável representante político de sua comunidade, tornou-se secretário da Irmandade de São Vicente de Paula, tendo participado ativamente da fundação do jornal "Gazeta de Sacramento" e do "Liceu Sacramentano". Logo viu-se guindado à posição natural de líder, por sua segura orientação quanto aos verdadeiros valores da vida. Através de informações prestadas por um dos seus tios, tomou conhecimento da existência dos fenômenos espíritas e das obras da Codificação Kardequiana. Diante dos fatos voltou totalmente suas atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até desfazer totalmente suas dúvidas. Despertado e convicto, converteu-se sem delongas e sem esmorecimentos, identificando-se plenamente com os novos ideais, numa atitude sincera e própria de sua personalidade, procurou o vigário da Igreja matriz onde prestava sua colaboração, colocando à disposição do mesmo o cargo de secretário da Irmandade.
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Repercutiu estrondosamente tal acontecimento entre os habitantes da cidade e entre membros de sua própria família. Em poucos dias começou a sofrer as consequências de sua atitude incompreendida. Persistiu lecionando e entre as matérias incluiu o ensino do Espiritismo, provocando reação em muitas pessoas da cidade, sendo procurado pelos pais dos alunos, que chegaram a oferecer-lhe dinheiro para que voltasse atrás quanto à nova matéria e, ante sua recusa, os alunos foram retirados um a um. Sob pressões de toda ordem e impiedosas perseguições, Eurípedes sofreu forte traumatismo, retirando-se para tratamento e recuperação em uma cidade vizinha, época em que nele desabrocharam várias faculdades mediúnicas, em especial a de cura, despertando-o para a vida missionária. Um dos primeiros casos de cura ocorreu justamente com sua própria mãe que, restabelecida, se tornou valiosa assessora em seus trabalhos. A produção de vários fenômenos fez com que fossem atraídas para Sacramento centenas de pessoas de outras paragens, abrigando-se nos hotéis e pensões, e até mesmo em casas de famílias, pois a todos Barsanulfo atendia e ninguém saía sem algum proveito, no mínimo o lenitivo da fé e a esperança renovada e, quando merecido, o benefício da cura, através de bondosos Benfeitores Espirituais. Auxiliava a todos, sem distinção de classe, credo ou cor e, onde se fizesse necessária a sua presença, lá estava ele, houvesse ou não condições materiais. Jamais esmorecia e, humildemente, seguia seu caminho cheio de percalços, porém animado do mais vivo idealismo. Logo sentiu a necessidade de divulgar o Espiritismo, aumentando o número dos seus seguidores. Para
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isso fundou o "Grupo Espírita Esperança e Caridade", no ano de 1905, tarefa na qual foi apoiado pelos seus irmãos e alguns amigos, passando a desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinário, como nas atividades de assistência social. Certa ocasião caiu em transe em meio dos alunos, no decorrer de uma aula. Voltando a si, descreveu a reunião havida em Versailles, França, logo após a 1ª Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da reunião quando foi assinado o célebre tratado. Em 1º de abril de 1907, fundou o Colégio Allan Kardec, que se tornou verdadeiro marco no campo do ensino. Esse instituto de ensino passou a ser conhecido em todo o Brasil, tendo funcionado ininterruptamente desde a sua inauguração, com a média de 100 a 200 alunos, até o dia 18 de outubro, quando foi obrigado a cerrar suas portas por algum tempo, devido à grande epidemia de gripe espanhola que assolou nosso país. Seu trabalho ficou tão conhecido que, ao abrirem-se as inscrições para matrículas, as mesmas se encerravam no mesmo dia, tal a procura de alunos, obrigando um colégio da mesma região, dirigido por freiras da Ordem de S. Francisco, a encerrar suas atividades por falta de frequentadores. Liderado a pulso forte, com diretriz segura, robustecia-se o movimento espírita na região e esse fato incomodava sobremaneira o clero católico, passando este, inicialmente de forma velada e logo após, declaradamente, a desenvolver uma campanha difamatória envolvendo o digno missionário e a doutrina de libertação, que foi galhardamente defendida por Eurípedes, através das colunas do jornal "Alavanca", discorrendo principalmente sobre o tema: "Deus não é Jesus e Jesus não é Deus", com argumentação abalizada e incontestável, determinando fragorosa derrota dos seus
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opositores que, diante de um gigante que não conhecia esmorecimento na luta, mandaram vir de Campinas, Estado de S. Paulo, o reverendo Feliciano Yague, famoso por suas pregações e conhecimentos, convencidos de que com suas argumentações e convicções infringiriam o golpe derradeiro no Espiritismo. Foi assim que o referido padre desafiou Eurípedes para uma polêmica em praça pública, aceita e combinada em termos que foi respeitada pelo conhecido apóstolo do bem. No dia marcado o padre iniciou suas observações, insultando o Espiritismo e os espíritas, "doutrina do demônio e seus adeptos, loucos passíveis das penas eternas", numa demonstração de falso zelo religioso, dando assim testemunho público do ódio, mostrando sua alma repleta de intolerância e de sectarismo. A multidão que se mantinha respeitosa e confiante na réplica do defensor do Espiritismo, antevia a derrota dos ofensores, pela própria fragilidade dos seus argumentos vazios e inconsistentes. O missionário sublime, aguardou serenamente sua oportunidade, iniciando sua parte com uma prece sincera, humilde e bela, implorando paz e tranqüilidade para uns e luz para outros, tornando o ambiente propício para inspiração e assistência do plano maior e em seguida iniciou a defesa dos princípios nos quais se alicerçavam seus ensinamentos. Com delicadeza, com lógica, dando vazão à sua inteligência, descortinou os desvirtuamentos doutrinários apregoados pelo Reverendo, reduzindo-o à insignificância dos seus parcos conhecimentos, corroborado pela manifestação alegre e ruidosa da multidão que desde o princípio confiou naquele que facilmente demonstrava a lógica dos ensinos apregoados pelo Espiritismo.
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Ao terminar a famosa polêmica e reconhecendo o estado de alma do Reverendo, Eurípedes aproximou-se dele e abraçou-o fraterna e sinceramente, como sinceros eram seus pensamentos e suas atitudes Barsanulfo seguiu com dedicação as máximas de Jesus Cristo até o último instante de sua vida terrena, por ocasião da pavorosa epidemia de gripe que assolou o mundo em 1918, ceifando vidas, espalhando lágrimas e aflição, redobrando o trabalho do grande missionário, que a previra muito antes de invadir o continente americano, sempre falando na gravidade da situação que ela acarretaria. Manifestada em nosso continente, veio encontrá-lo à cabeceira de seus enfermos, auxiliando centenas de famílias pobres. Havia chegado ao término de sua missão terrena. Esgotado pelo esforço despendido, desencarnou no dia 1º de novembro de 1918, às 18 horas, rodeado de parentes, amigos e discípulos. Sacramento em peso, em verdadeira romaria, acompanhou-lhe o corpo material até a sepultura, sentindo que ele ressurgia para uma vida mais elevada e mais sublime. Fontes: Paulo Alves de Godoy - Os Grandes Vultos do Espiritismo (www.autoresespiritasclassicos.com)
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Consideração Inicial Quando expomos nesse trabalho que o Cristianismo, em seu princípio, por motivo de interesses políticos e através da Igreja Católica Apostólica Romana, em determinado momento no Concílio de Constantinopla, no ano de 553, deixou de pregar a reencarnação e as suas causas e consequências. Isso foi possível, mais uma vez é colocado nesse trabalho, pois a humanidade daquela época muito mais do que hoje, deve ser considerada composta por crianças espirituais fáceis de serem manipuladas. Mas, apesar dessa realidade, como toda verdade que por algum motivo é encoberta. Um dia, ela reaparece, dessa vez para ficar conosco e nos nortear para sempre! E para tornar-se inquestionável como vimos até o presente nesse trabalho, sendo comprovada por pessoas do mais alto nível intelectual. E, abertamente, em todos os tempos, a disposição de todos nós para a comprovação de suas realidades, como pura verdade. A beleza do Cristianismo, quanto mais à ciência humana se desenvolve mais fica comprovado! O Cristianismo, através do Espiritismo, como o Consolador prometido veio restabelecer a verdade. Veio com essa função através de Allan Kardec. Na prática, a implantação definitiva dos conhecimentos espirituais em nosso planeta, representa um fato da mais alta importância, pois, representa o Cristianismo ampliando os horizontes da humanidade. No caminho inquestionável da imortalidade do espírito e de seu destino que é o de galgar em rumo de sua própria evolução, através de múltiplas encarnações. Proveniente de fenômenos ocasionados por espíritos, como aqui vemos, a humanidade foi chamada a atenção. Mas, se essa mesma humanidade na época, apenas via esses acontecimentos como interessantes para divertimento, isso não ocorreu quando o professor Rivail se deparou com esses intrigantes fenômenos. Rapidamente constatando que havia por detrás desses um princípio inteligente. E através de seu caráter nobre e
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amante da verdade acabou sendo peça fundamental para a implantação do Espiritismo na Terra. O Consolador prometido veio no momento certo, quando a humanidade possuía o mínimo exigido de maturidade para assimilar os conhecimentos que através do Espiritismo, o Cristianismo estava a nos dar. Bem como demonstra a infinita bondade de Deus e nossos orientadores espirituais, incansáveis. Que no momento propício, trazem novamente para a face da Terra o eminente espírito de Jan Huss. Reencarnando, agora, como Hippolyte Léon Denizard Rivail. Para através de sua sólida coordenação material, os espíritos superiores conseguirem implantar na Terra, o Espiritismo. O Espiritismo informa dês de seu início para todos nós, que ele irá ampliar os conhecimentos que através dele a humanidade conhecerá. De acordo com a nossa possibilidade de compreender e colocar em prática, essas verdades. Como exemplo disso vimos no século passado, através do inesquecível médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier, que serviu como ferramenta mediúnica para que o espírito de André Luiz ampliasse os nossos conhecimentos sobre o mundo espiritual e diversos assuntos, de forma impressionante. Para encerrar esses comentários iniciais. Disponibilizamos, na íntegra, matéria publicada em HARMONIA – REVISTA ESPÍRITA Nº 64 – FEVEREIRO/2000.
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EXPRESSÃO FILOSÓFICA DO ESPIRITISMO O lastro experimental, com a apresentação de fatos comprobatórios, ainda é uma necessidade, pois estamos muito longe, por enquanto, daquele estágio evolutivo em que a mediunidade ficará no puro domínio da intuição , como diz a própria Doutrina. Será uma expressão muito elevada em função, porém do tempo e do melhoramento espiritual do ser humano. Claro que a prática mediúnica, como geralmente falamos, precisa de condições básicas: honestidade pessoal, perseverança, lucidez e prudência do verdadeiro espírito científico. A mediunidade exercitada a esmo, embora bem intencionada, como acontece muitas vezes, tem os seus riscos. Então, sem perder de vista o valor do estudo filosófico, a que Kardec atribui influência decisiva, é lógico entender que o aspecto mediúnico sempre teve e tem o seu momento de necessidade e relevância, seja pelo consolo das mensagens, seja pelos elementos de estudo e reflexões que oferece. Mas o Espiritismo não se contém todo ele no campo mediúnico, conquanto este lhe tenha servido de ponto de partida, como se sabe. O fenômeno por si só não nos levaria a consequências profundas, ou seria apenas objeto de observação ou motivo de deslumbramento, sem a formulação filosófica. Justamente por isso - repetimos Kardec - "a força do Espiritismo está em sua filosofia". E por que não está no fato mediúnico? Porque o fato prova e convence objetivamente, não há dúvida, porém não elucida os problemas mais graves de nossa vida, por si mesmo, se não tomar a direção filosófica que conduz à inquirição das causas, dos porquês e das consequências. A comunicação dos espíritos demonstra praticamente a sobrevivência da alma "após a morte". É o elemento básico. Mas é preciso partir daí para as indagações que compreendem essencialmente o destino humano e as consequências morais do Espiritismo. A esta altura já é esfera da filosofia e a força do Espiritismo - não faz mal insistir neste ponto - está exatamente nesse corpo de princípios em cuja homogeneidade e coerência e encontramos respostas às mais complexas e momentosas questões de
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nossa vida: a existência de Deus, a justiça divina e as desigualdades morais, intelectuais e sociais, livre arbítrio e determinismo, a reparação do mal pelas provas, o reajuste de compromissos do passado através das experiências reencarnatórias. São temas de reflexão filosófica. Entretanto, a Doutrina estaria incompleta e não decorresse daí as consequências morais com que nos defrontamos a cada passo. Quem, por exemplo, gosta apenas de ver sessões mediúnicas, porque acha interessante ouvir os conselhos dos espíritos ou conversar com os médiuns, mas não vai além desse hábito, que se transforma em rotina com o decorrer do tempo, naturalmente não tem uma visão global do ensino Espírita. Conhece o Espiritismo apenas pela parte fenomênica, que é muito rica de lições e sempre tem o que oferecer para estudo e meditação, porém não abre horizonte mais amplo a respeito das leis e causas, a que o fenômeno está sujeito. Há pessoas, por exemplo, que se interessam muito pelo lado experimental do Espiritismo e fazem realmente estudos sérios, mas encaram o fenômeno do intercâmbio entre dois mundos com a mesma neutralidade ou frieza com que os especialistas lidam com os fenômenos da Física ou da Eletrônica, e assim, por diante. A preocupação é exclusivamente com o fenômeno puro e simples. E daí?... Que resulta de tudo isso? Sim, o fenômeno da comunicação entre vivos e mortos é neutro até certo ponto, uma vez que sempre ocorreu no mundo, muito antes das civilizações e, portanto, do Espiritismo. E pode ser observado e registrado em ambientes não espíritas como também pode ser discutido à luz de critérios diversos, nas áreas da Parapsicologia, Psiquiatria, Antropologia, etc., sem nenhuma cogitação quanto às causas e consequências. Se o psiquiatra se volta para a procura da anormalidade, já o antropólogo vê o fenômeno dentro de um contexto cultural sem implicações de ordem transcendental, como se costuma dizer. Quando, porém, o fenômeno está situado no contexto espírita, já não é tão neutro, porque assume um valor moral muito especial e, por isso mesmo, não pode ser considerado indiferentemente, como se estivesse em
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laboratório de Física ou Química. O fato de o espírito entrar em comunicação com o nosso mundo pela via mediúnica já pressupõe muita responsabilidade para o médium e também para quantos tenham de lidar com esse tipo de trabalho. Há necessidade, portanto, de um preparo moral indispensável. Já se vê que a situação, agora, é bem diferente. E porque, finalmente, o Espiritismo engloba o fato mediúnico numa contextura filosófica de consequências tão acentuadas? Exatamente porque a verificação de que os mortos continuam vivos e vêm até nós, identificando- se, interferindo-se, interferindo em nossos atos, "chorando as suas mágoas" ou trazendo alegria e esperança, confirma a tese capital de que a vida continua no tempo e no espaço. Partimos daí, desse princípio essencial, para a especulação filosófica das origens e do chamado sobrenatural. O próprio impulso da sede de saber nos leva a propor questões dessa natureza: que significa esse intercâmbio em nossa vida? Qual o ponto inicial, a causa primária dessa força ou inteligência aparentemente misteriosa? Que benefício poderá esse tipo de conhecimento trazer para a humanidade? Começamos a sentir o conteúdo ético e filosófico do Espiritismo desde o momento em que lhe avaliamos a profundidade e a integridade como Doutrina capaz de corresponder às nossas preocupações com o desconhecido e o nosso destino. Mas a especulação filosófica, embora necessária e valiosa, ainda não é suficiente para atender satisfatoriamente às necessidades do ser humano quando desperta para os problemas espirituais; torna-se necessário, senão indispensável, além deste passo no conhecimento, procurar as consequências dos princípios espíritas na vivência individual e coletiva. E aí, principalmente, que se sente força do Espiritismo em sua filosofia.
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DOUTRINA ESPÍRITA - CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS  Existência de Deus;  Imortalidade da Alma;  Comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material Reencarnação;  Evolução Universal e Infinita. O Espiritismo não possui dogmas, bem como nenhum ritual. Fundamentando-se na razão e nos fatos. Sendo uma Doutrina Tríplice, estruturada na Ciência, Filosofia e Religião. 1- Ciência: Enquanto fundamentada na parte experimental. Formou-se idéias organizadas a partir dos fatos, dos fenômenos mediúnicos e das manifestações em geral. 2- Filosofia: Sua temática abrange essencialmente objetos de conhecimento que estão além dos sentidos. Tais como:  A existência de Deus;  As Leis Morais;
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Os Princípios formadores do Universo. 3- Religião A sua função de “religare”, como elemento de ligação entre Criador e Criatura. Ensinando a renovação definitiva do homem para a grandeza e evolução de seu imenso futuro espiritual.
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III - Mediunidade
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HISTÓRIA DA MEDIUNIDADE No oriente e ocidente sempre observamos ao longo da história a comunicabilidade de nós, encarnados, com o mundo espiritual. Servindo como exemplos claros dessa comunicabilidade, o Código de Manu e o Código de Vedas. Igualmente, são exemplos vivos de personalidades tais como: Hermes, Buda,Sócrates, Platão e Pitágoras, que plenamente foram favoráveis sobre os fenômenos mediúnicos. Outros exemplos de conhecimento de todos, tais como, Joana D´Arc foi que atuou em prol da Franca, como grande médium. MEDIUNIDADE NOS POVOS PRIMITIVOS O xamanismo é a forma mais antiga que a humanidade teve para se conectar com o mundo espiritual. As origens do xamanismo data entre 40.000 a 50.000 anos. Ainda na Idade da Pedra. Sendo caminho de autoconhecimento, através de rituais, cerimônias, preces, meditação e, acima de tudo, vivência. Povos primitivos e civilizações milenares já praticavam rituais, onde o sacerdote da tribo, geralmente conhecido por xamã ou pajé, através de estados alterados de consciência, viajava ao mundo dos espíritos, na busca de orientações de ordem espirituais e materiais, de grande importância para a tribo.
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O xamanismo é uma prática espiritual de povos nativos, e para sobreviverem, eram caçadores. Necessitavam, assim, eliminar vidas a fim de ter meios de garantir suas próprias vidas. A visão xamânica do equilíbrio cósmico baseia-se na necessidade de pagar pelas almas dos animais abatidos para a sobrevivência de sua aldeia. Esses povos nativos acreditavam em um espírito senhor dos animais, guardião de todas as espécies, representante de sua alma ou essência coletiva. Sendo esse o Grande Espírito que concede a caça aos caçadores. Mas, exigindo em troca, princípios morais a serem seguidos. Cabendo ao xamã, estabelecer essa negociação, visando a perfeita harmonia do cosmo. Sendo considerado o mais antigo conjunto de tradições, crenças, disciplinas espirituais e métodos de cura de toda a humanidade. É, uma prática espiritual, onde se entra em contato com espíritos ancestrais, através de estados alterados de consciência, na busca de esclarecimentos das mais diversas ordens. Historicamente observa-se que o xamanismo não é uma prática exclusiva de povos indígenas. Sendo uma técnica de êxtase à disposição de um grupo considerado “especial” em relação a tudo o que é sagrado, sendo encontrado em muitas religiões. O Xamã é um intermediário entre o céu e a terra. O mundo dos espíritos ancestrais acreditavam ter influência no mundo dos vivos. Segundo eles, tal como os homens caçam os animais, também os espíritos caçam almas humanas e é exatamente essa perda da alma que caracteriza a doença ou a morte. Cabendo ao xamã, através do uso de certos rituais e objetos sagrados, atingirem estados alterados de consciência e entrar em contato com o mundo dos espíritos, na procura, nem sempre atingida, de resgatar
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essa alma e devolvê-la, sadia, ao corpo. Resumidamente pode-se concluir que o xamã é o grande especialista da alma humana, uma vez que conhece sua forma e seu destino. MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE CELTAS: Os celtas constituíam-se por um povo altamente avançado. Sua sociedade culturalmente evoluída e estruturada a partir da religião que tinha uma evoluída cosmovisão. Tinham nos druidas, seus sacerdotes. Sendo que esses pregavam o monoteísmo, reencarnação, livre arbítrio, imortalidade da alma, Lei de causa e efeito e o mundo espiritual. Inclusive, não se cultuando as penas eternas. No primeiro século antes de Cristo esse povo se encontrava na Grã- Bretanha, Galha e Irlanda. Com a invasão romana a Grã-Bretanha teve uma parte pequena de seu território conquistada. Mas a Gália sofreu fortemente com os romanos. É curiosamente muito semelhante os princípios religiosos dos celtas com os princípios Espíritas. Infelizmente, contudo, pela ausência da prática da escrita, há uma insuficiência de documentos sobre esse maravilhoso povo bem como sua religião e cultura.
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EGITO: Igual às práticas religiosas na Índia antiga, as faculdades mediúnicas no Antigo Egito eram efetuadas no interior dos templos sagrados e em total proibição que outras pessoas viessem a saber. Qualquer indiscrição acarretaria na execução da pena de morte, ao infrator. Os magos dos faraós, no antigo Egito, eram os que efetuavam a comunicação com os mortos, através de evocações. Sendo essa prática comercializada, comumente. O que obrigou Moisés a proibir tal prática, como consta no Livro do Deuteronômio: “Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade.” Por saberem manipular os potenciais mediúnicos que possuíam, eram os Sacerdotes os verdadeiros mandatários do Egito. Visto que eram eles que, verdadeiramente, escolhiam os seus governantes. Eles conheciam assuntos tais como o sonambulismo, magnetismo, processos de curas através do sono induzido, clarividência. Prática de magias, entre outros. Facilmente concluímos que eram de uma evolução científica extraordinária. GRÉCIA: A figura da pitonisa, encarregada de proferir oráculos evocando os deuses era presença frequente em todos os templos gregos.
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GRECO-ROMANO: Em Roma cultuavam-se os oráculos, que eram conhecidos como ARÚSPICES. Esses interpretavam as respostas dos deuses pelo exame das vísceras de animais sacrificados e os fenômenos da natureza. Na Grécia, O mais famoso oráculo foi o santuário de Apolo, em Delfos. ÍNDIA Sacerdotes brâmanes preparavam pessoas denominadas, faquires, para atingirem os mais diversos fenômenos mediúnicos. Tais como a levitação, insensibilidade hipnótica para impedir a sensação de dor, a evocação dos espíritos. O primeiro código religioso, o Código de Vedas, encontram-se registros referentes a existência do mundo espiritual. Como a seguir colocamos nesse trabalho: “Os espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos brâmanes convidados para a cerimônia em comemoração dos mortos, sob uma forma aérea; seguem-no e tomam lugar ao seu lado, quando eles se assentam.” SUMÉRIA Na Suméria a medicina era baseada numa curiosa mistura de ervas e magia, cujas receitas baseavam-se em feitiços para exorcizar os maus espíritos aos quais se atribuía a causa das doenças. 
Analisar: Mediunidade com Jesus – Haroldo Dutra Dias
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Detalhando os fenômenos mediúnicos. As formas de manifestações mediúnicas são diversas. E, para melhor compreensão devem ser divididos em dois grupos. Os denominados de efeitos físicos e os denominados efeitos intelectuais. Os de efeitos físicos, os menos comuns de ocorrerem, necessita que ocorra a captação ou doação do médium do ectoplasma. Para que haja condições de ocorrer. EFEITOS FÍSICOS ECTOPLASMA O texto abaixo é fragmento do que encontramos publicado pela Revista Cristã de Espiritismo De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos Para a ciência acadêmica, ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo ou a porção periférica do citoplasma. Para o cientista Charles Richet, é uma substância que se acredita ser a força nervosa e possui propriedades químicas semelhantes às do corpo físico, de onde provém. Apresenta-se sob um aspecto viscoso, esbranquiçado, quase transparente, com reflexos leitosos, bem como esvanescentes sob a luz. É considerada a base dos efeitos mediúnicos chamados físicos, pois é através dele que os espíritos podem atuar sobre a matéria. Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem
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sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos. CONSIDERAÇÕES DO DR. RICARDO DI BERNARDI (www.icefaovivo.com.br) 1- ECTOPLASMA ALGUMAS TERMINOLOGIAS Ectoplasmia: Do grego ectós, "fora"; plasma, "coisa formada". Ectoplasmia designa o fenômeno; ectoplasma designa a substância. Ectocoloplasmia: Termo que foi utilizado para definir a "modelagem" do ectoplasma para formar membros ou partes de pessoas, animais ou objetos. Fantasmogênese: A produção ectoplasmática de um fantasma de pessoa, animal ou coisa, pelo menos aparentemente inteiro. Transfiguração: A transformação do próprio corpo do médium por meio do ectoplasma. 2- EFEITOS FÍSICOS MATERIALIZAÇÃO É o fenômeno mediúnico no qual um espírito desencarnado ou qualquer objeto, não proveniente do mundo físico, torna-se visível e tangível. Para que um espírito desencarnado consiga materializar o seu perispírito ou um objeto inexistente no mundo físico, ele tem que fazer uso do ectoplasma.
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PNEUMATOGRAFIA É a escrita direta do espírito, sem a necessidade de utilização das mãos do médium. Terminologia utilizada por Allan Kardec para denominar esse fenômeno mediúnico. PNEUMATOFONIA Quando os sons parecem surgir no ar, por vezes entre os que testemunham o fenômeno, que, quando se trata de palavras ou frases, é também chamado de voz direta. LEVITAÇÃO É o fenômeno em que, graças à AÇÃO DOS ESPÍRITOS, que se valem dos FLUIDOS de ENCARNADOS e DESENCARNADOS, LEVITAM, suspendem, elevam, total ou parcialmente coisas ou seres humanos ou mesmo animais. (JOÃO TEIXEIRA DE PAULA, in: “DICIONÁRIO DE ESPIRITISMO, METAPSÍQUICA E PARAPSICOLOGIA”). TRANSPORTE Deslocamento físico de objetos de outra região para outra. Ocorre por força de intensa combinação fluídica dos Espíritos e do médium. CURA A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o perispírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico. TRANSFIGURAÇÃO Mudança do aspecto de um corpo vivo AGENERE É uma aparição em que o desencarnado se reveste de forma mais precisa, das aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão ao observador, que supõe ter diante de si um ser corpóreo.
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FORMA-PENSAMENTO ("Evolução em dois mundos" Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira Ditado pelo espírito André Luiz.) São as ideias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual, construções substanciais na esfera da alma que se mantêm pela força de sustentação de nossos pensamentos. Considerando que toda e qualquer ação e todo e qualquer pensamento fica registrado na memória vital do espírito e no éter-cósmico, pode-se caracterizar as formas-pensamento como concretizações de pensamentos. Por exemplo: um homem, num ambiente de trabalho, sente inveja de um colega por este se mostrar mais competente, mais esforçado , portanto, mais solicitado e admirado, a inveja do primeiro cria no éter cósmico uma forma-pensamento própria do sentimento. Essa forma-pensamento pode possuir forma específica, como a de uma faca, de um homem morto, ou pode possuir forma indefinida caracterizando apenas o sentimento pelo qual ela foi gerada. A forma-pensamento pode se depositar no éter cósmico, ou pode colar-se ao indivíduo invejado, no caso do exemplo supracitado, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos. Está aí a explicação científica do famoso "mau-olhado", agouro direcionado a uma pessoa que efetivamente, na maioria dos casos logra prejuízos a outros. Porém as formas-pensamento não se resumem a sentimentos baixos. Elas podem se originar de sentimentos nobres como o amor ou a benevolência. Por exemplo: uma mãe, amando profundamente seus filhos, ao assistir o
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progresso dos mesmos se enche de alegria e envia formas-pensamento benéficas a eles que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um rosto sorrindo, ou por formas indefinidas, mas de cores vivazes e alegres. EFEITOS INTELECTUAIS PSICOGRAFIA É o movimento das mãos do médium, escrevendo sob a influência direta dos Espíritos, sem interferência da própria vontade. Agem como máquinas a transmitir do invisível para o mundo material. PSICOFONIA É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium XENOGLOSSIA É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium, em língua que o médium não domina, em seu estado normal.
Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 
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VIDÊNCIA MEDIÚNICA Possibilita a visualização das coisas e ambientes do mundo espiritual AUDIÊNCIA MEDIÚNICA Quando o médium é capaz de escutar a voz dos espíritos INTUIÇÃO Essa é uma faculdade mediúnica que todos nós, encarnados, possuímos. Com o conhecimento de sua existência, funcionamento, ou não. Resume-se como sendo a nossa capacidade de captar dos espíritos, sugestões benéficas ou não. Ficando ao nosso critério e responsabilidade, praticá-la ou não.
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Cristianismo até Espiritismo e Umbanda

  • 1. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 1 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Apostila Auxiliar de Estudo A Evolução do Cristianismo até O Espiritismo e a Umbanda Este trabalho é o resultado de pesquisa que proporciona apoio aos estudos dos assuntos abordados. Aqui incluímos também histórico e comentários sobre a Umbanda, no intuito de fornecimento aos expositores espíritas que por falta de fontes confiáveis, lembrando que a mesma não é codificada, algumas vezes acabam expondo pensamentos distorcidos da realidade. Revista Espírita Dr. Bezerra de Menezes
  • 2. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 2 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Índice Apostila auxiliar de estudos A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda PG. 4 Introdução I - Breve histórico do Cristianismo 6 O Cristianismo entre as crianças espirituais 6 A evolução do Cristianismo de acordo com a evolução do ser humano. 8 Breves trechos da história do Cristianismo 8 A crucificação de Jesus Cristo 9 As primeiras comunidades Cristãs 9 A Revolta Judaica 9 Perseguição dos cristãos 11 Concílio de Nicéia 13 A importância dos Concílios para o Cristianismo e breves comentários sobre as religiões 15 Concílio de Constantinopla 17 Dados históricos 18 Alguns dos célebres vultos do Cristianismo, no ocidente II - Espiritismo 26 A implantação do Espiritismo na Terra 33 Dança das mesas (Mesas girantes) 35 Alguns veneráveis nomes defensores do Espiritismo 46 Consideração Inicial 48 Expressão filosófica do Espiritismo 51 Doutrina Espírita - Conceitos e Princípios Básicos III - Mediunidade 54 História da Mediunidade 54 Mediunidade nos povos primitivos 56 Mediunidade na antiguidade 59 Detalhando os fenômenos mediúnicos (Dr. Ricardo Di Bernadi) 65 Trabalhando com a mediunidade (Herculano Pires) 67 Ectoplasma 72 Livros indicados
  • 3. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 3 rebezerrademeneses.blogspot.com.br IV - Umbanda 75 Costumes e tradições no Brasil em 1908 77 Análise do Brasil em 1908 80 O Cristianismo abre seus braços a todas as raças 81 História da Umbanda até os dias atuais - informações históricas 87 Quem foi Gabriel Malagrida? 92 Análise Histórica 97 O Cristianismo abre seus braços a todas as raças 98 Desmitificando a formação das linhas de trabalho na Umbanda e Prática Mediúnica 104 Finalizando os estudos sobre a Umbanda - Leal de Souza V- A evolução inacreditável do Cristianismo 107 Mensagens psicográficas de Dr. Bezerra de Menezes 112 Conclusão
  • 4. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 4 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Introdução Jesus Não é nosso propósito narrarmos à história de Jesus. Apesar de belíssima e que enriquece qualquer trabalho que a contenha. Nosso intuito é o de colocá-lo em sua exata posição como o Governador Espiritual de todo o planeta Terra. Ele, o governador de todo o nosso planeta e de todos nós que aqui residimos temporariamente nessa casa escola, pessoalmente veio ensinar- nos a como agir pensar e sentir. De conformidade com os desígnios de nosso Pai, visando a nossa evolução espiritual que tem como objetivo levar- nos a um estado progressivo de felicidade pessoal através de nossa evolução espiritual. Evolução espiritual que apenas atestamos estar conseguindo se retiramos de nós, principalmente, o egoísmo e o orgulho de nossas personalidades. A felicidade verdadeira só a temos quando efetuamos o cumprimento das leis de Deus. Mas é pensamento falho por demais o julgarmos que somos nós, moradores de uma parte apenas do planeta os felizardos de termos recebido o Mestre em nosso meio em detrimento a outra parte da Terra que não teve a oportunidade de tê-lo entre eles. Afinal, Jesus é o governador de toda a Terra e não apenas um governador de uma parte do planeta. Se ao longo de sua passagem física pela Terra houve a possibilidade de ele estar entre nós. Pela brevidade de uma existência em comparação a complexidade da tarefa para qual ele veio, que era o de implantar no seio de nosso povo o Cristianismo. Era impossível que estivesse em todos os quatro cantos do mundo. Assim, de uma forma totalmente compreensível, Ele, como governador dos quatro cantos desse planeta coordenou a vinda de seus grandes auxiliares para a implantação no restante do mundo dos conceitos elevados. E assim é que ocorreu o surgimento do Budismo e tantas outras religiões.
  • 5. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 5 rebezerrademeneses.blogspot.com.br A nós que temos compreensão de como é na parte espiritual, cabe-nos uma pergunta: por qual razão senão de forma puramente pedagógica diferenciamos as religiões que intitulamos de Cristãs, das demais? Uma vez que de diferente, apenas, foram “as mãos” pelas quais elas vieram para o nosso planeta. Apenas isso. Pois sabemos que a coordenação foi de uma única personalidade. Jesus. Nosso governador geral.
  • 6. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 6 rebezerrademeneses.blogspot.com.br I - Breve histórico do Cristianismo O Cristianismo entre as crianças espirituais Inicialmente, explicando o termo: "O Cristianismo entre as crianças espirituais". Queremos justificá-lo por nos referirmos aos nossos primórdios quando éramos bem mais do que hoje, inferiores. Espíritos ainda mais no início de nossa evolução moral e intelectual graças à lei do progresso que rege a todos. Aos que puderem, será de grande validade escutar os profundos apontamentos do orador Haroldo Dutra Dias: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentro os mortos e o Cristo te esclarecerá. (Paulo, 15:14)II Congresso Espírita Alagoano -Palestra ministrada no dia 27/04/2014 em Maceió/AL A evolução do Cristianismo de acordo com a evolução do ser humano. No livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. No capítulo 1 – Instrução dos Espíritos – A ERA NOVA. Encontramos respaldo a questão da evolução do Cristianismo, na medida certa em relação ao desenvolvimento humano. Observemos: 9. Deus é único, e Moisés, o Espírito que Deus enviou em missão para se fazer conhecer, não somente pelos Hebreus, mas ainda pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação por Moisés e os profetas. As vicissitudes desse povo eram destinadas a impressionar os olhos e fazer cair o véu que escondia a divindade dos homens. Era, na época, o único povo monoteísta.
  • 7. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 7 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Os mandamentos de Deus dados a Moisés trazem o germe da mais ampla moral cristã; os comentários da Bíblia limitavam-lhe o sentido, porque, postos em prática em toda a sua pureza, ela não teria sido, então, compreendida; mas nem por isso, os dez mandamentos de Deus deixaram de permanecer como o frontispício brilhante, como o farol que deveria iluminar a Humanidade no caminho que deveria percorrer. (Moisés pela rudeza do povo foi obrigado a colocar leis suas como, por exemplo: se um animal passar para o seu terreno, ele é seu, ainda outros mandamentos bem materializados). A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento no qual se encontrava o povo a que ele foi chamado a regenerar. Esse povo, semi-selvagem, quanto ao aperfeiçoamento de sua alma, não teria compreendido que se pode adorar a Deus de outro modo e não pelos holocaustos. Muito menos que se precisasse perdoar a um inimigo. As idéias das artes e das ciências eram muito atrasadas. A moralidade ainda engatinhava e não se teriam convertidos sob o império de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes preciso uma representação semi-material, tal qual lhe oferecia, então, a religião hebraica. Assim, os holocaustos falavam aos seus sentidos, enquanto que as ideias de Deus falavam às suas almas. O Cristo foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime moral evangélico- cristã que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos. Só com Jesus foi criada a palavra perdão que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo. Criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Moral, enfim, que deve transformar a Terra, e dela fazer dela uma morada para os Espíritos Superiores que a habitarão amanhã. É a lei do progresso em ação... (Um Espírito Israelita, Mulhouse, 1861)
  • 8. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 8 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Breves trechos da história do Cristianismo O Cristianismo de conformidade com o que até então pensávamos de uma forma restritiva e imperfeita é a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia. A História do cristianismo remonta mais de 2014 anos de história da religião cristã e suas Igrejas, principiando-se no ministério de Jesus e seus apóstolos, até a atualidade. Iniciado no primeiro século d.C. em Jerusalém. Baseada nos ensinamentos deixados por Jesus, que são de cunho monoteísta. Durante a Era dos Descobrimentos ocorridos entre os séculos XV ao XVII, o cristianismo se expandiu para o mundo. Ao longo da sua história os cristãos tem se dividido por disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. A crucificação de Jesus Cristo Segundo a religião judaica o Messias iria um dia restaurar o Reino de Israel. Jesus, que era judeu, ao pregar uma nova doutrina e atrair seguidores acabou aclamado como o Messias. Mas, não aceito por seu próprio povo. Considerado por apóstata pelas autoridades judaicas. Condenado por blasfêmia e executado pelos romanos pela acusação de ser um líder rebelde. Com a morte e a ressurreição de Jesus, os apóstolos reúnem-se numa comunidade religiosa composta principalmente por judeus, em Jerusalém, seguindo as orientações deixadas por Jesus. Praticavam a comunhão dos bens, administrava o batismo aos novos convertidos e celebravam a "partilha do pão" em lembrança da última refeição tomada por Jesus. De lá os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião. Filipe prega aos Samaritanos. Em contato pela primeira vez
  • 9. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 9 rebezerrademeneses.blogspot.com.br com os pagãos, em Antioquia, os discípulos entram e passam a ser denominados de cristãos. Paulo de Tarso não se contava entre os doze apóstolos. Mas bandeirante do Novo Testamento prega entre os gentios. Entre os anos de 44 e 58 ele fez três viagens que levaram o Cristianismo para a Ásia Menor e a outras regiões da Europa. As primeiras comunidades Cristãs Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os de origem no judaísmo gerava conflitos. Muitos dos provenientes do judaísmo permaneciam fiéis às restrições alimentares, bem como se recusavam a sentarem à mesa com os pagãos. A Revolta Judaica Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus de que enquanto Jerusalém fosse cercada por exércitos a desolação dela estaria próxima. Exilam-se em Pela, na Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura com o judaísmo. Perseguição dos cristãos. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem em especial a partir do século II, no ano de 112, quando Trajano volta-se contra os cristãos. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados, caso contrário podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas. Durante a segunda metade do século II houve o desenvolvimento das primeiras heresias. Marcião rejeitou o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado
  • 10. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 10 rebezerrademeneses.blogspot.com.br por Cristo. Elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas das epístolas de Paulo e do Evangelho de Lucas. Tatiano, cristão de origem síria, convertido em Roma, gera uma seita agnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia, com água, e não com o vinho. O latim passa a ser usado como língua sagrada. Durante o século III, com o relaxamento da intolerância aos cristãos, a Igreja havia conseguido muitos donativos e bens. Porém, com o fortalecimento da perseguição pelo imperador Diocleciano esses bens foram confiscados. Posteriormente com a derrota de Diocleciano e a ascensão do imperador romano Constantino, o cristianismo foi legalizado pelo Édito de Milão de 313, e os bens da Igreja devolvidos. É de sua própria autoria a ordenação de diversas basílicas e templos e as doou à Igreja. Constantino convocou o Primeiro Concílio de Nicéia em 325, onde se definiu o Credo Niceno, uma manifestação mínima da crença partilhada pelos bispos cristãos.
  • 11. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 11 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Concílio de Nicéia Alguns dos principais pontos discutidos no sínodo foram: A questão ariana e a profissão de Fé Excluindo dois seguidores de Ario, todos os demais envolvidos assinaram as atas do Concílio de Nicéia Profissão de Fé "Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja Católica anatematiza". Os participantes do Cristianismo divergiam quanto à data da Páscoa da ressurreição. Apesar da tentativa efetuada, as diferenças de calendário entre Ocidente e Oriente fez com que esta vontade de festejar a Páscoa em toda a parte no mesmo dia continue não realizado. No concílio de Nicéia decidiu-se a questão estabelecendo que a Páscoa dos cristãos fosse celebrada, sempre, no domingo seguinte ao plenilúnio após o equinócio da primavera.
  • 12. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 12 rebezerrademeneses.blogspot.com.br * As igrejas da Ásia Menor, que contava com a igreja de Éfeso, celebravam, juntamente com os judeus, no 14º dia da primeira lua da primavera * As igrejas de Roma e de Alexandria, juntamente com muitas outras igrejas tanto ocidentais quanto orientais, celebravam-na no domingo subsequente ao 14º Nisan. Mas, o ponto mais importante desse concílio, referia-se a Doutrina de Arius. Doutrina de Arius A Doutrina da Cristologia, de Arius, defendia: · Que o Logos e o Pai não eram da mesma essência (Opondo-se a Trindade) · Que o Filho era uma criação do Pai · Que houve um tempo em que o Filho (ainda) não existia No ano de 318 ocorreram desavenças entre Arius e o Bispo Alexandre de Alexandria. Uma vez que esse acusava Alexandre de Sabelianismo. Sendo condenado no Concílio. Arius, contudo, encontrando apoio de Eusébio de Cesareia bem como outros apoios, espalhou a desavença da Alexandria por todo o Oriente. Para restabelecer a união entre os cristãos o Imperador Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Nicéia em 325, onde a doutrina de Arius acabou por ser condenada como herética. Arius foi expulso tendo, no entanto, a sua banição anulada pela influência do Bispo Eusébio de Nicomédia no ano de 328, na mesma época em que
  • 13. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 13 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Atanásio se tornou Bispo de Alexandria. No ano de 335 Arius seria supostamente reabilitado. Ele concordou em subscrever a doutrina de Nicéia que havia recusado anteriormente. Contudo, antes de receber a comunhão em Constantinopla, "morreu" subitamente. A importância dos Concílios para o Cristianismo e breves comentários sobre as religiões Apesar de inúmeros absurdos absolutamente normais do ponto de vista da evolução da humanidade ter sido efetuado nos Concílios, há uma observação importante sobre eles que devemos efetuar. Sem eles a unidade cristã não se observaria como observamos ao longo da história. Em síntese: podemos concluir que foi um mal necessário. O Cristianismo, seus ensinamentos, propagava-se entre as comunidades através de diálogos, principalmente. Bem como as comunicações entre as cidades e regiões eram esporádicas e nesse processo rudimentar se espalhava. Normal conceber que foram geradas inúmeras alterações no conteúdo e práticas Cristãs. Os concílios, em fim, tinham a função de estabelecer uma maior padronização na prática e nos ensinamentos Cristãos. E se isso não ocorresse, poderia gerar a fragmentação do Cristianismo. O que é bem diferente do que historicamente veio a ocorrer foi à formação de inúmeras religiões cristãs. Visto que a não fragmentação do Cristianismo proporcionou-nos a preservação da Bíblia seguida pelo Catolicismo. Posteriormente, da Bíblia surgiram os denominados protestantes, iniciados por Lutero que se rebelou contra o catolicismo e suas máximas. Quanto ao surgimento de diversas religiões, em nada tem haver com a fragmentação ou não do Cristianismo. Mas, sim, sendo o resultado da aplicação religiosa do Cristianismo para os diversos graus evolutivos dos espíritos encarnados na Terra. Uma vez que os conhecimentos cristãos ampliam-se ou não em
  • 14. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 14 rebezerrademeneses.blogspot.com.br cada religião de acordo com a exata capacidade de esses religiosos compreenderem e as praticarem. Apenas ilustrando o que acima foi dito. Acabo de ter uma breve conversa com a proprietária da pensão onde me encontrava até pouco tempo. E, nessa conversa, em determinado momento ela falou: Toda a minha família seja da parte de meu falecido marido e os meus foram e são extremamente religiosos. Até o presente momento nenhum dos nossos mortos veio contar como é do outro lado e, nem poderiam! Estão dormindo, aguardando a volta de Jesus. Aliás, eles estão dormindo em seus aposentos. Apesar de nós utilizarmos o nome errado de túmulos. O certo é falarmos em aposentos. Essa senhora que aqui não vou declinar o nome, pelo tempo que a conheço posso dizer que é uma excelente praticante do cristianismo. Se eu tentasse impor as verdades que o cristianismo aquilatou para a humanidade através do Espiritismo, estaria sendo um péssimo religioso. Pois, se há condições de compreender mais coisas do que essa senhora, também sou obrigado a reconhecer que o grau evolutivo, intelectual, espiritual dela é outro. Portanto, suas considerações devem ser ouvidas e respeitadas. Sem uma ação inútil e equivocada de gerar uma discussão que apenas eu conseguiria magoá-la se tentasse expor que o que ela está a dizer não é o que verdadeiramente ocorre. Que os espíritos de seus entes queridos se encontram em outra dimensão e muito vivos, totalmente livres da matéria. Por fim, necessário expor uma grande diferença entre a evolução espiritual e a evolução intelectual-espiritual que não depende da evolução intelectual acadêmica. A primeira sendo a mais importante permite-nos ao morrer sermos merecedores de estarmos em regiões espirituais mais elevadas. Pois, quem tem determinada evolução espiritual mais apurada faz a prática do bem. Já quem tem apenas a evolução intelectual-espiritual tem maiores condições de compreender as novas revelações Cristãs. (Revelações e não inovações ou descobertas.) Mas, infelizmente, entre ter condições de
  • 15. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 15 rebezerrademeneses.blogspot.com.br compreender e colocá-la em prática em suas vidas, há uma grande diferença e nem sempre o fazemos. O ideal é que tenhamos as duas evoluções. Para, como dizia em suas palestras meu pai: podermos voar mais alto, com a utilização das duas asas. A asa do conhecimento e a asa da prática do bem que Jesus e todos os seus colaboradores de alta hierarquia espiritual vieram nos ensinar. Concílio de Constantinopla Édito de Justiniano: “Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado!” O Concílio de Constantinopla realizado na cidade de Constantinopla (Istambul, Turquia), de cinco de maio a dois de junho do ano 553. Foi realizado pelo imperador romano Justiniano e participado principalmente por bispos orientais. Sendo apenas seis bispos ocidentais, justamente como manobra para se obter os votos necessários para os interesses de Justiniano. Foi neste concílio que a preexistência da alma deixou de ser aceita e pregada dentro da Igreja Católica, sendo declarada como herética. Afinal, manter a preexistência da alma faria admitir, por exemplo, a possibilidade de que o imperador e sua família, em outra existência, poderiam nascer ou já terem sido pessoas do povo. Além do mais, Justiniano casou-se com Teodora, que era uma prostituta, sendo que ao longo do tempo suas antigas amigas tendo em vista a sua jornada de êxito começaram a se insuflar, e ela, diante do fato, e até para procurar apagar seu passado, mandou matar cerca de 500 outras prostitutas. Depois disso o povo começou a dizer que ela ia pagar na outra vida o crime hediondo realizado. Então ela pediu ao marido para que ele banisse a reencarnação das crenças populares. Coisa que o orgulho de suas posições não admitia,
  • 16. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 16 rebezerrademeneses.blogspot.com.br jamais. Por outro lado, há de se justificar de o Papa haver assinado esse banimento no Catolicismo das realidades da preexistência da alma visto que se opusesse a vontade do imperador certamente ele estaria colocando o seu poder em perigo, e sua própria vida, uma vez que não estaria atendendo aos interesses políticos de Justiniano que o mantinha no controle da Igreja Católica Apostólica Romana. Na reunião final deste concílio participaram cerca de 165 bispos. Dos quais, 159 bispos orientais. Algo totalmente planejado para o êxito de seus propósitos. Como consequência desse Concílio observamos que o cristianismo que na época representava-se, na Terra, através da Igreja Católica Apostólica Romana, aboliu a preexistência da alma. Sendo que, o mais curioso, foi o fato de os cristãos terem aceitado. Entretanto, nada mais natural. Afinal, nessa época éramos crianças espirituais. E, como tais, facilmente manipuláveis por alguns poucos. Felizmente essa é uma realidade que deixamos para trás. Afinal, hoje, nossa sociedade não admite tal acontecimento ocorrer impunemente. Isso é uma evolução de nossa sociedade. De cada um de nós, Graças a Deus! Finalmente concluímos que se a árvore do Cristianismo foi mutilada através desse Concílio, nada mais foi do que o arrancarmos um de seus galhos que nos orienta. Mas que em momento oportuno, quando a humanidade encontrou-se mais evoluída, assim como ocorre em uma árvore que a mutilamos, através da poda, torna-se mais bela e frondosa expondo para nós toda a sua força e beleza.
  • 17. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 17 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Dados históricos Em 500 d.C., “criou-se” o purgatório. O que demonstra a modificação dos ensinamentos do Cristianismo através da Igreja Católica Apostólica Romana. Em 1074 d.C, estabeleceu-se o celibato clerical, que é um atentado à natureza humana ocasionando inúmeros sacrifícios, sofrimentos e desvios de religiosos de todos os tipos.
  • 18. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 18 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Alguns dos célebres vultos do Cristianismo, no ocidente. John Wycliffe (1320 — 31 de dezembro 1384) Professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês. Precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, entregando a tradução da Bíblia aos padres. Acreditava que essa deveria ser um bem comum de todos os cristãos e precisaria estar disponível para uso cotidiano, na língua nativa das populações. "a joia do clero tornou-se o brinquedo dos leigos". A influência dos escritos de Wyclif foi fundamental em outros movimentos reformistas, como o movimento liderado por Jan Huss e Jerônimo de Praga. NaBoêmia, Na Universidade, aplicou-se nos estudos de teologia, filosofia e legislação canônica. Tornou-se sacerdote e depois serviu como professor no Balliol College, ainda em Oxford. Por volta de 1365 tornou-se bacharel em teologia e, em 1372, doutor em teologia. Como teólogo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado, ganhando reputação de patriota e reformista. Wycliffe afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser e por isso defendia reformas. Suas idéias apontavam a incompatibilidade entre várias normas do clero. Uma destas incompatibilidades era a questão das propriedades e da riqueza material do clero. Ele pregava o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder temporal do papa e dos cardeais. Para ele o Estado deveria tomar posse de todas as propriedades da Igreja e encarregar-se diretamente do sustento do clero. Logo a cátedra deixou de ser o único meio de propagação de suas
  • 19. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 19 rebezerrademeneses.blogspot.com.br idéias, ao iniciar a escrita de seu trabalho mais importante, a Summa theologiae. Entre as idéias mais revolucionárias desta obra está a afirmação de que, nos assuntos de ordem material, o rei está acima do papa e que a Igreja deveria renunciar a qualquer tipo de poder temporal. Sua obra seguinte, De civili dominio, aprofunda as críticas ao Papado de Avignon (onde esteve a sede provisória da Igreja de 1309 até 1377), com seu sistema de venda de indulgências e a vida perdulária e luxuosa de muitos padres, bispos e religiosos sustentados com dinheiro do povo. Wycliffe defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que considerava abusos do papado. A obra contém 18 teses que vieram a público em Oxford, no ano de 1376. Em 22 de maio de 1377, o Papa Gregório XI, que em janeiro havia abandonado Avignon para retornar a sede da Igreja a Roma, expediu uma bula contra declarando que suas 18 teses eram errôneas e perigosas para a Igreja e o Estado. Mas o apoio de que Wycliffe desfrutava na corte e no parlamento tornaram a bula sem efeito prático, pois era geral a opinião de que a Igreja estava exaurindo os cofres ingleses. Jan Huss Seus pais eram checos de poucas posses materiais. Esse reformador boêmio, de origem da cidade de Husinec, teve seu nascimento no dia 6 de Julho de 1369. (data provável). Morreu queimado na cidade de Constança, no dia 6 de Julho de 1415. Estudou em Praga, onde esteve por volta dos anos 80. Foi grandemente influenciado por Stanislav ze Znojma, que mais tarde se tornaria seu amigo íntimo e finalmente um grande inimigo. Nos seus escritos usava frequentemente citações de John Wyclif. Em 1393 fez Bacharelado em Letras, em 1394 o Bacharelado em Teologia, e em 1396, finalmente o Mestrado. Em 1400 foi ordenado padre, tornando-se em 1401 reitor da faculdade de Filosofia. No ano seguinte foi
  • 20. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 20 rebezerrademeneses.blogspot.com.br reitor da Universidade Carlos. Em 1402, nomeado pregador na Igreja de Belém em Praga, onde pregava em língua checa. Não em latim, como costume de sua época. Uma afronta aos costumes de época. A sua inclinação para as reformas eclesiásticas foi despertada pelos escritos teológicos de Wyclif. O que ficou denominado de Hussismo das primeiras décadas do século XV, não era mais do que Wyclifismo transplantado para solo Boémio. Os escritos teológicos de Wycliffe espalharam-se rapidamente pela Boêmia, trazidos em 1402 por Jerônimo de Praga, e que, mais tarde, tornou-se amigo e seguidor de Huss. Esses escritos causaram profunda impressão em Hus. A Universidade decretou-se contra as novas doutrinas. Sob a tutela do Arcebispo Zbyněk Zajíc, Hus gozou nos primeiros tempos de boa reputação e proteção. Em 1405 ele estava ativo como pregador sinodal, mas o bispo foi forçado a depor contra ele devido aos ataques dele contra o sacerdócio. Hus pregava o Sacerdócio Universal dos Crentes, no qual qualquer pessoa pode comunicar-se com Deus sem a mediação sacramental e eclesial. Antes de ser queimado, Hus expôs as seguintes palavras ao carrasco: "Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." Identificamos nessas palavras a vinda de Martinho Lutero, com esta profecia. Pois, 102 anos depois, Lutero pregou suas 95 teses em Wittenberg. Martinho Lutero Martinho Lutero nasceu em Eisleben, no dia 10 de novembro de 1483. Morrendo também em Eisleben, em 18 de fevereiro de 1546. Desenvolveu tradução da Bíblia em outros idiomas gerando um impacto violento tanto na Igreja quanto na cultura germânica. E, também, o que fez desse livro mais acessível e ao alcance de mais pessoas. Seu casamento
  • 21. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 21 rebezerrademeneses.blogspot.com.br com Catarina von Bora estabeleceu padrão para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimônio dos pastores protestantes. Seus hinos incentivaram a prática do ato de cantar em igrejas. Era padre e professor de teologia. Iniciador da Reforma Protestante. Opôs-se fortemente as compras de indulgências praticada pela Igreja Católica Apostólica Romana. Apresentou suas 95 teses no ano de 1517. E sua recusa em retirar seus escritos em cumprimento ao pedido do Papa Leão X, em 1520, e do Imperador Carlos I de Espanha, na Dieta de Worms, no ano de 1521. Provocou a sua excomunhão pelo papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador. Ele pregava que a salvação não provia de bons feitos, mas de um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça através da fé em Jesus como um redentor do pecado. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana por ensinar que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divino e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um santo e natural sacerdócio. Consideração necessária: No desenvolvimento do Cristianismo, Lutero representa um dos momentos mais importantes dessa evolução. Notemos, contudo, que sua obra representa o fruto de contínua evolução de muitos que o antecederam, em cumprimento dos desígnios de Deus. Entretanto, para os que não visualizam esses acontecimentos, reportando-se as épocas em que ocorreram, lembramos que ele rompeu no iniciar do século XVI, com práticas seculares da Igreja Católica. Exigir naquela época mais realizações e mudanças, impossível. Afinal, a nossa evolução nesse período não comportaria. Nota: Quando falamos em desenvolvimento do Cristianismo, subtende-se que não é ele propriamente dito, que evolui. Mas, sim, o ser humano em seu progresso incessante, como espírito imortal, que lentamente permite ao Cristianismo retirar os véus que antes estavam ocultando verdades que sempre existiram. Mas que o progresso dos espíritos encarnados e desencarnados, na Terra, ainda não permitia que nós tivéssemos acesso a essas informações. Utilizando uma linguagem figurada: O Cristianismo, ao
  • 22. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 22 rebezerrademeneses.blogspot.com.br longo da história da humanidade mede a intensidade de seu brilho de conformidade com a nossa capacidade de ver e trabalhar com essa luz. E, na atualidade dos nossos desenvolvimentos, quantas verdades ainda não têm condições de compreendermos no atual estágio evolutivo em que estamos? Certamente, dentro de cem ou duzentos anos a mais, quantas coisas teremos condições de saber dessa árvore generosa e que hoje, simplesmente, não temos condições de compreender? Há, contudo, uma exposição que não se pode comprovar. Mas é provável que se antigamente houvesse a necessidade de séculos serem gastos para que pudéssemos ter condições de ampliar nossos conhecimentos em alguma coisa, o período atual em que nos encontramos e dai em diante, permitirá que maiores informações sejam fornecidas pelo Cristianismo, em um menor período de tempo. Hippolyte Léon Denizard Rivail - "Allan Kardec" Nascido em família católica com tradição profissional na advocacia e na magistratura. Efetuou estudos na Escola de Pestalozzi, Suíça. País de formação religiosa tipicamente protestante. Tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que influenciou na reforma do ensino na França e na Alemanha. Em 1824, de volta a França, publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. No dia 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Tinha profundo domínio da língua alemã, traduzindo para este idioma algumas obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon. Conhecia a fundo os idiomas francês, inglês e holandês, alemão, italiano e espanhol. De 1834 em diante passou a lecionar e a publicar diversas obras sobre educação. Tornando-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.
  • 23. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 23 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Como pedagogo dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, residiu na rua de Sèvres. Onde ministrava cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia, Astronomia; entre outras matérias. As matérias que lecionou como pedagogo foram: Astronomia, Química, Matemática, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês. Sobre a utilização do pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Zélio Fernandino de Morais Natural do distrito de São Gonçalo/RJ. Extremamente jovem no ano de 1908, então com dezessete anos de idade. Preparando-se para o ingresso na carreira militar na Marinha de Guerra Brasileira. Foi acometido por inexplicáveis problemas não debelados pela medicina daquela época, certo dia ergueu-se no leito declarando: "Amanhã estarei curado!" No dia seguinte levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada houvesse ocorrido. Sendo, dessa forma, que acabou fundando a Umbanda. Religião de origem 100% nacional. Casou-se com Isabel de Moraes e teve duas filhas, Zélia e Zilméia. Faleceu no dia 3 de outubro de 1975 em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. Sua atividade profissional era como comerciante. Sendo que no ano de 1924, tornou-se vereador. Três anos depois foi reeleito e trabalhou como secretário do Legislativo Gonsalense. No poder público dedicava-se, em especial, à difusão de escolas públicas. Tal a sua preocupação que criou escola gratuita, de curso primário, em seu centro religioso para atender as crianças de Neves.
  • 24. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 24 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo/MG, Brasil. Em dois de abril de 1910. Morreu em 30 de Junho de 2002. Considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos. Através, em especial, dos livros produzidos pelo espírito André Luiz, trouxe significativos avanços para os conhecimentos Espíritas. Durante sua existência psicografou 451 livros. Cedeu todos os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade. Vendeu mais de 50 milhões de exemplares em português, com traduções em espanhol, italiano, inglês, mandarim, sueco, russo, japonês, esperanto, romeno e braile.
  • 25. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 25 rebezerrademeneses.blogspot.com.br II - Espiritismo
  • 26. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 26 rebezerrademeneses.blogspot.com.br A implantação do Espiritismo na Terra Irmãs Fox A família Fox Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou- se em uma casa modesta na povoação de Hydesville, no estado de Nova Iorque. A família Fox, compunha-se da Sra. Margareth Fox e seu marido. Sr. John D. Fox. Além de suas filhas, Kate e Margareth, respectivamente com 11 e 14 anos de idade. A mais conhecida e divulgada fonte sobre o ocorrido em Hydesville, com a família Fox, é o depoimento da Sra. Margareth Fox que encontra-se no livro História do Espiritismo de Arthur Conan Doyle. Abaixo exposto. O casal possuía mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que escreveria um livro, "The Missing Link" (New York, 1885), no qual abordou às supostas faculdades paranormais de seus antepassados. O fato ocorreu, inicialmente, apenas com Margareth e Kate. Depois, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos acontecimentos ao de Hydesville.
  • 27. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 27 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Depoimento da Sra. Margareth Fox "Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido quase que no mesmo lugar. Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas. Era um movimento em trêmulo, mais que um abalo súbito. Podíamos perceber o abalo quando de pé no solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu não dormi até quase meia-noite. Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo a escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno. Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos: íamos ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a cama – apenas escurecera. Achava-me tão quebrada e sem repouso que quase me sentia doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos. Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor Pé-Rachado, faça o que eu faço". Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro"
  • 28. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 28 rebezerrademeneses.blogspot.com.br e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: "Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira". Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os separar até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido. Então perguntei: "É um ser humano que me responde tão corretamente?" Não houve resposta. Perguntei: "É um Espírito? Se for dê duas batidas." Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: "Se foi um Espírito assassinado dê duas batidas". Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: "Foi assassinado nesta casa?" A resposta foi como a precedente. "A pessoa que o assassinou ainda vive?" Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: "Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?”A resposta afirmativa foi alta. Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima. É uma senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo. Penso que estava tão calma como estou agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia, pensando que faria rir às meninas. Mas quando as viu pálidas de terror e
  • 29. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 29 rebezerrademeneses.blogspot.com.br quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes. Deram-lhe a idade exata. Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas e respondidas. Então, Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e várias outras pessoas. Depois, Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell. Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida, indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não tive resposta. Após isso, Mr. Duesler fez perguntas e obteve as respostas: Perguntou: "Foi assassinado?" Resposta afirmativa. "Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta. "Pode ser punido pela lei?" Nenhuma resposta. A seguir, disse: "Se seu assassino não pode ser punido pela lei dê sinais." As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto de leste, há cinco anos passados, e que o assassínio fora cometido à meia-noite de uma terça-feira, por Mr.; que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia sido enterrado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi constatado que o motivo fora o dinheiro. "Qual a quantia: cem dólares?" Nenhuma resposta. "Duzentos? Trezentos?" etc. Quando mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram. Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando no ribeirão. Estes ouviram as mesmas perguntas e respostas. Alguns permaneceram em casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite com Mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia não se ouviram os sons; mas ao anoitecer recomeçaram.
  • 30. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 30 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Diziam que mais de trezentas pessoas achavam-se presentes. No domingo pela manhã os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa. Na noite de sábado, 1º de abril, começaram a cavar na adega; cavaram até dar n'água; então pararam. Os sons não foram ouvidos nem na tarde nem na noite de domingo. Stephen B. Smith e sua esposa, minha filha Marie, bem como meu filho David S. Fox e sua esposa dormiram no quarto aquela noite. Nada mais ouvi desde então até ontem. Antes de meio-dia, ontem, várias perguntas foram respondidas da maneira usual. Hoje ouvi os sons várias vezes. Não acredito em casas assombradas nem em aparições sobrenaturais. Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso. Isto nos causou muitos aborrecimentos. Foi uma infelicidade morarmos aqui neste momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma verificação correta seja procedida. Ouvi as batidas novamente esta manhã, terça-feira, 4 de abril. As meninas também ouviram. Garanto que o depoimento acima me foi lido e que é a verdade; e que, se fosse necessário, prestaria juramento de que é verdadeiro." Assinado Margareth Fox. Construindo uma rudimentar combinação alfabética, com as pancadas produzidas. Foi possível que as irmãs Fox, obtivessem o nome do espírito que era o causador dos sons. E foi dessa forma, que descobriram que seu nome era a do mascate, de 31 anos. De nome Charles B. Rosma. Assassinado há quatro anos, naquela casa e enterrado na adega. E por
  • 31. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 31 rebezerrademeneses.blogspot.com.br deduções, que seu assassino era antigo inquilino. Sr. Bell. Interessados em esclarecer o caso, algumas pessoas escavaram a adega, em busca de encontrar os restos mortais do suposto assassinado. Não sendo nenhuma prova cabal encontrada. E, por essa razão foram suspensas. Depoimentos já haviam ocorridos. Mais houve em especial um depoimento, com muitos detalhes, de quem se lembrava da passagem pela região de um certo mascate na mesma data em que o suposto espírito indicou como sendo o do seu assassinato. Nesse depoimento descreveu o comportamento dos antigos proprietários da residência em Hydesville, o Sr. Bell e a esposa que, sozinhos, teriam recebido o mascate. No Verão de 1848,o irmão mais velho da família. David Fox. Retomou a busca. Mas a opinião de muitos é que os resultados encontrados, não eram originais. Uma armação. Nessa busca, a uma profundidade das escavações de um metro e meio, encontrou-se inicialmente, uma tábua. Aprofundando o buraco, encontraram cabelos, restos de carvão, cal e alguns fragmentos de ossos que, segundo Doyle, foram reconhecidos por um médico como pertencentes a um esqueleto de um ser humano. Equivocadamente, Margareth e Kate chegaram a ser separadas e afastadas do lar paterno. David Fox ficou com Margareth. E Kate ficou com Leah. Mas essa separação das irmãs não foi suficiente para que os fenômenos deixassem de ocorrer. E, no caso da irmã mais velha, Lea Fish, passou a também apresentar fenômenos catalogados como mediúnicos. Sendo esse episódio narrado no livro História do Espiritismo: "Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos físicos irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de
  • 32. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 32 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Rochester. Pouco depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de Auburn, desenvolveram notável mediunidade (...)."
  • 33. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 33 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Dança das mesas (Mesas girantes) No século XIX ocorreu na Europa e nos Estados Unidos esse fenômeno, mais conhecido como as mesas girantes. A sociedade mundial, inicialmente, apenas levava esses acontecimentos, para o campo do entretenimento. Mas o que desconheciam era que isso ocorria para, justamente, chamar atenção da humanidade. Consistindo no movimento de mesas e outros objetos pesados, sem causa física, em torno dos quais se reuniam nos salões pessoas de todas as classes sociais e culturais. Sem que a princípio fosse levado esse acontecimento em suas reais proporções. Pois, durante sua fase inicial, até meados de 1870. As mesas girantes foram objeto unicamente de curiosidade e divertimento, em especial nos países europeus. Mas, através da seriedade do professor e pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail - "Allan Kardec”. Culminou no estudo e sistematização de conhecimentos que construíram a Doutrina Espirita. O professor Rivail foi convidado pelo amigo Fortier, a verificar o fenômeno das mesas girantes com a disposição de observar e analisar os fenômenos que despertavam curiosidade no século XIX. As primeiras manifestações tidas como mediúnicas aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta. Analisando esses fenômenos, Allan Kardec, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, pois se podia acreditar num
  • 34. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 34 rebezerrademeneses.blogspot.com.br efeito elétrico, cujas propriedades eram minimamente conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas. Sociedades Científicas de diversas partes do mundo foram criadas para a investigação dos fenômenos. O mundo científico acordou para analisar esses acontecimentos. Personalidades como Oliver Lodge, Friedrich Zöllner, William Crookes, Michael Faraday, Camille Flammarion e Alfred Russel Wallace. Foram umas dos nomes da ciência a confirmarem esses acontecimentos. Bem como o criminologista Cesare Lombroso. Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso. O ser misterioso que e respondia, quando perguntado sobre sua natureza, declarou que era um espírito, fornecendo o seu nome e forneceu outras informações a seu respeito. Apresentando ao mundo, dessa forma, a imortalidade da alma. Que apenas troca, por motivos que o Espiritismo veio ao mundo explicar, a sua existência espiritual pela material. Nota: Construído entre 1900 a 1903, houve um registro cinematográfico sobre este acontecimento: Современный спиритуализм/Spiritisme abracadabrant (1900) 1:14 (tradução literal: Espiritismo Moderno / Espiritismo abracadabra).
  • 35. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 35 rebezerrademeneses.blogspot.com.br ALGUNS VENERÁVEIS NOMES DEFENSORES DO ESPIRITISMO Johann Karl Friedrich Zöllner Johann Karl Friedrich Zöllner (Berlim, 8 de Novembro de 1834 — Leipzig, 25 de Abril de 1882). Astrônomo e físico germânico. Membro da Imperial Academia de Ciências Físicas e Naturais de Moscou, da Royal Society, da Sociedade Científica de Estudos Psíquicos de Paris, da Real Sociedade Astronômica de Londres. Além de membro honorário da Associação de Ciências Físicas de Frankfurt. Em 1860, apresentou ao mundo a ilusão de ótica que leva o seu nome: a chamada ilusão de Zöllner. Em 1872 passou a ocupar a cadeira de Astrofísica na Universidade de Leipzig. Zöllner efetuou diversas reuniões com pesquisadores famosos e médiuns no século XIX, em sua própria residência, em Leipzig. Dentro do Espiritismo, desenvolveu a "teoria da quarta dimensão". Com isso, os fenômenos espíritas perdem a sua característica mística e ingressam no campo da Física. Conhecimento esse que defendeu apoiado em posições teóricas e experiências práticas. Por essa teoria, o universo teria uma quarta dimensão até então não visualizada pela física. Através da qual explicam-se os fenômenos de ordem mediúnica. Essa quarta dimensão é uma extensão da própria matéria, apesar de invisível e imperceptível aos sentidos físicos humanos. Faleceu sem conseguir publicar sua segunda obra, que abordava sobre os fenômenos pesquisados. Em reconhecimento de seu trabalho, uma cratera na Lua recebeu o seu nome: a cratera de Zöllner.
  • 36. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 36 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Cesare Lombroso (Verona, 6 de novembro de 1835 — Turim, 19 de outubro de 1909). Médico, cientista e cirurgião italiano. Nasceu em Verona, proveniente de família de posses, que lhe permitiu efetuar os estudos. Estudou Medicina na Universidade de Pavia, no ano de 1858, formou-se. Em 1859, em Cirurgia. Na Universidade de Gênova. Indo para Viena, onde apurou seus conhecimentos, alinhando-se com o pensamento positivista. Desde os vinte anos demonstra a sua linha de interesses, com um estudo sobre a loucura. Servindo como oficial médico, publicou em 1859 estudos sobre os ferimentos das armas de fogo, considerado um dos mais originais. Entre os anos de 1871 a 1876, dirige o manicômio de Pádua. Vindo a ser aprovado para a cadeira de Higiene e Medicina Legal da Universidade de Turim. Também em 1876 publicou "O Homem Delinqüente" - sua primeira obra sobre criminologia, onde faz-se presente a influência da "frenologia”. Referente a mediunidade, estuda o fenômeno sob o aspecto positivista de comprovação factual - tal como fizeram outros cientistas da época, noutras partes. Ao final conclui pela comprovação científica dos fenômenos e doutrina estudados. Tornando-se um fervoroso defensor do Espiritismo na Itália de seu tempo, juntando-se a várias correntes do movimento positivista da época.
  • 37. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 37 rebezerrademeneses.blogspot.com.br William Crookes William Crookes (Londres, 17 de junho de 1832 — Londres, 4 de abril de 1919). Físico e químico inglês. Em 1861, descobriu um elemento químico ao qual deu o nome de tálio. Posteriormente identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. inventor do radiômetro de Crookes. Bem como desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios canal. Foi um pioneiro na construção e no uso de tubos de vácuo para estudar os fenômenos físicos. Igualmente um dos primeiros cientistas a pesquisar o que hoje é chamado de plasmas. Desenvolveu um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o que acabou denominado de espintariscópio. No ano de 1870, Crookes concluiu que a ciência tinha o dever de estudar os fenômenos associados com o Espiritualismo. Sua forma de condução de sua investigação sempre foi de forma imparcial e descreveu as condições que ele impunha aos médiuns da seguinte forma: "Deve ser na minha própria casa e com minha própria seleção de amigos e espectadores, sob minhas próprias condições e podendo eu fazer o que achar melhor quanto a dispositivos" (Doyle, 1926: volume 1, 177). Entre os médiuns que ele estudou estavam Florence Cook e Kate Fox. William Crookes, através de seus pareceres favoráveis aos fatos espiritualistas, chegou ao ponto de ter o seu nome cancelado da filiação à Royal Society. Apenas não o sendo, pois, tornou-se mais cauteloso. Uma vez que a sociedade científica da época não concordava com as suas afirmações, que comprovavam o espiritualismo. Razão de seu silêncio. Mas, no ano de 1898, em seu discurso de posse na presidência da British Association for the Advacement of Science (Associação Britânica pelo Avanço da Ciência), abordou sobre o assunto: "Já se passaram trinta anos
  • 38. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 38 rebezerrademeneses.blogspot.com.br desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais... Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto". (Crookes, 1898). Camille Flammarion Nicolas Camille Flammarion. Nasceu em Montigny-le- Roi, em 26 de fevereiro de 1842. Falecendo em Juvisy-sur-Orge, em 3 de junho de 1925). Astrônomo francês. Instruiu-se em Langres e, por quatro anos, entre 1862 até 1866. Trabalhou no Observatório de Paris. De 1866 em diante, começa a escrever vários livros sobre Astronomia que acabaram traduzidos para outras línguas. E, mais tarde, também sobre Física. Fundou o observatório de Juvisy-sur-Orge, dirigindo-o até sua morte. Onde incentivava o trabalho de observadores amadores. No ano de 1887, funda a Sociedade Astronômica da França. Sendo no ano de 1922, agraciado com o premiado da Legião da Honra, graças ao seu trabalho de popularização da Astronomia. Seu apoio as realidades espiritualistas, era total. E,como exemplo, temos a sua entrevista na The International Psychic Gazette, em 1917. Onde textualmente expôs:"Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro". (Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p.70).
  • 39. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 39 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Dr. Bezerra de Menezes Conheceu a Doutrina Espírita quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de O Livro dos Espíritos (sem data, em 1875), através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, o também médico Dr. Joaquim Carlos Travassos. Sobre o contato com a obra, o próprio Bezerra registrou posteriormente: "Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, Deus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos Espíritos'. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença."11 Contribuiu para a sua adesão o contato com as "curas extraordinárias" obtidas pelo médium João Gonçalves do Nascimento (1844-1916), em 1882. Com o lançamento do periódico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários. Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público (estimado, conforme os seus biógrafos, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo. O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo "O Paiz". No ano seguinte, a pedido da Comissão de Propaganda do Centro da União Espírita do Brasil, inicia a publicação de uma série de artigos sobre a Doutrina em O Paiz, periódico de maior circulação da época. Na seção intitulada "Spiritismo - Estudos Philosophicos", os artigos saíram regularmente aos domingos, no período de 23 de outubro de 1887 a dezembro de 1893, assinados sob o pseudônimo "Max". Na década de 1880 o incipiente movimento espírita na capital (e no país) estava marcado pela dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. Já havia também uma clara divisão entre dois "grupos" de
  • 40. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 40 rebezerrademeneses.blogspot.com.br espíritas: os que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso (maior grupo, o qual se incluía Bezerra) e os que não aceitavam o Espiritismo nesse aspecto. Em 1889, Bezerra foi percebido como o único capaz de superar as divisões, vindo a ser eleito presidente da Federação Espírita Brasileira. Nesse período, iniciou o estudo sistemático de "O Livro dos Espíritos" nas reuniões públicas das sextas-feiras, passando a redigir o Reformador; exerceu ainda a tarefa de doutrinador de espíritos obsessores. Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional (Rio de Janeiro, 14 de abril), com a presença de 34 delegações de instituições de diversos estados. Assumiu a presidência do Centro da União Espírita do Brasil a 21 de abril e, a 22 de dezembro de 1890, oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal Brasileiro de 1890. De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gestão de Francisco de Menezes Dias da Cruz, época em que traduziu o livro "Obras Póstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. Em fins de 1891, registravam-se importantes divergências internas entre os espíritas e fortes ataques exteriores ao movimento. Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reuniões do Grupo Ismael e a redação dos artigos semanais em "O Paiz", que encerrou ao final de 1893. Aprofundando-se as discórdias na instituição, foi convidado em 1895 a reassumir a presidência da FEB (eleito em 3 de Agosto desse ano), função que exerceu até à data de seu falecimento. Nesta gestão iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria espírita no país e ocorreu a vinculação da instituição ao Grupo Ismael e à Assistência aos Necessitados. Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, na manhã de 11 de abril de 1900. Não faltaram aqueles, pobres e ricos, que socorreram a família, liderados pelo Senador Quintino Bocaiúva. No dia seguinte, na primeira página de "O Paiz", foi lhe dedicado um longo necrológio, chamando-o de "eminente brasileiro". Recebeu ainda homenagem da Câmara Municipal do então Distrito Federal pela conduta e pelos serviços dignos. Ao longo da vida acumulou inúmeros títulos de cidadania. Fonte: Wikipédia
  • 41. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 41 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Eurípedes Barsanulfo Nascido em 1º de maio de 1880, na pequena cidade de Sacramento, Estado de Minas Gerais, e desencarnado na mesma cidade, aos 38 anos de idade, em 1º de novembro de 1918. Logo cedo manifestou-se nele profunda inteligência e senso de responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experiências de vidas pretéritas. Era ainda bem moço, porém muito estudioso e com tendências para o ensino, por isso foi incumbido pelo seu mestre-escola de ensinar aos próprios companheiros de aula. Respeitável representante político de sua comunidade, tornou-se secretário da Irmandade de São Vicente de Paula, tendo participado ativamente da fundação do jornal "Gazeta de Sacramento" e do "Liceu Sacramentano". Logo viu-se guindado à posição natural de líder, por sua segura orientação quanto aos verdadeiros valores da vida. Através de informações prestadas por um dos seus tios, tomou conhecimento da existência dos fenômenos espíritas e das obras da Codificação Kardequiana. Diante dos fatos voltou totalmente suas atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até desfazer totalmente suas dúvidas. Despertado e convicto, converteu-se sem delongas e sem esmorecimentos, identificando-se plenamente com os novos ideais, numa atitude sincera e própria de sua personalidade, procurou o vigário da Igreja matriz onde prestava sua colaboração, colocando à disposição do mesmo o cargo de secretário da Irmandade.
  • 42. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 42 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Repercutiu estrondosamente tal acontecimento entre os habitantes da cidade e entre membros de sua própria família. Em poucos dias começou a sofrer as consequências de sua atitude incompreendida. Persistiu lecionando e entre as matérias incluiu o ensino do Espiritismo, provocando reação em muitas pessoas da cidade, sendo procurado pelos pais dos alunos, que chegaram a oferecer-lhe dinheiro para que voltasse atrás quanto à nova matéria e, ante sua recusa, os alunos foram retirados um a um. Sob pressões de toda ordem e impiedosas perseguições, Eurípedes sofreu forte traumatismo, retirando-se para tratamento e recuperação em uma cidade vizinha, época em que nele desabrocharam várias faculdades mediúnicas, em especial a de cura, despertando-o para a vida missionária. Um dos primeiros casos de cura ocorreu justamente com sua própria mãe que, restabelecida, se tornou valiosa assessora em seus trabalhos. A produção de vários fenômenos fez com que fossem atraídas para Sacramento centenas de pessoas de outras paragens, abrigando-se nos hotéis e pensões, e até mesmo em casas de famílias, pois a todos Barsanulfo atendia e ninguém saía sem algum proveito, no mínimo o lenitivo da fé e a esperança renovada e, quando merecido, o benefício da cura, através de bondosos Benfeitores Espirituais. Auxiliava a todos, sem distinção de classe, credo ou cor e, onde se fizesse necessária a sua presença, lá estava ele, houvesse ou não condições materiais. Jamais esmorecia e, humildemente, seguia seu caminho cheio de percalços, porém animado do mais vivo idealismo. Logo sentiu a necessidade de divulgar o Espiritismo, aumentando o número dos seus seguidores. Para
  • 43. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 43 rebezerrademeneses.blogspot.com.br isso fundou o "Grupo Espírita Esperança e Caridade", no ano de 1905, tarefa na qual foi apoiado pelos seus irmãos e alguns amigos, passando a desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinário, como nas atividades de assistência social. Certa ocasião caiu em transe em meio dos alunos, no decorrer de uma aula. Voltando a si, descreveu a reunião havida em Versailles, França, logo após a 1ª Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da reunião quando foi assinado o célebre tratado. Em 1º de abril de 1907, fundou o Colégio Allan Kardec, que se tornou verdadeiro marco no campo do ensino. Esse instituto de ensino passou a ser conhecido em todo o Brasil, tendo funcionado ininterruptamente desde a sua inauguração, com a média de 100 a 200 alunos, até o dia 18 de outubro, quando foi obrigado a cerrar suas portas por algum tempo, devido à grande epidemia de gripe espanhola que assolou nosso país. Seu trabalho ficou tão conhecido que, ao abrirem-se as inscrições para matrículas, as mesmas se encerravam no mesmo dia, tal a procura de alunos, obrigando um colégio da mesma região, dirigido por freiras da Ordem de S. Francisco, a encerrar suas atividades por falta de frequentadores. Liderado a pulso forte, com diretriz segura, robustecia-se o movimento espírita na região e esse fato incomodava sobremaneira o clero católico, passando este, inicialmente de forma velada e logo após, declaradamente, a desenvolver uma campanha difamatória envolvendo o digno missionário e a doutrina de libertação, que foi galhardamente defendida por Eurípedes, através das colunas do jornal "Alavanca", discorrendo principalmente sobre o tema: "Deus não é Jesus e Jesus não é Deus", com argumentação abalizada e incontestável, determinando fragorosa derrota dos seus
  • 44. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 44 rebezerrademeneses.blogspot.com.br opositores que, diante de um gigante que não conhecia esmorecimento na luta, mandaram vir de Campinas, Estado de S. Paulo, o reverendo Feliciano Yague, famoso por suas pregações e conhecimentos, convencidos de que com suas argumentações e convicções infringiriam o golpe derradeiro no Espiritismo. Foi assim que o referido padre desafiou Eurípedes para uma polêmica em praça pública, aceita e combinada em termos que foi respeitada pelo conhecido apóstolo do bem. No dia marcado o padre iniciou suas observações, insultando o Espiritismo e os espíritas, "doutrina do demônio e seus adeptos, loucos passíveis das penas eternas", numa demonstração de falso zelo religioso, dando assim testemunho público do ódio, mostrando sua alma repleta de intolerância e de sectarismo. A multidão que se mantinha respeitosa e confiante na réplica do defensor do Espiritismo, antevia a derrota dos ofensores, pela própria fragilidade dos seus argumentos vazios e inconsistentes. O missionário sublime, aguardou serenamente sua oportunidade, iniciando sua parte com uma prece sincera, humilde e bela, implorando paz e tranqüilidade para uns e luz para outros, tornando o ambiente propício para inspiração e assistência do plano maior e em seguida iniciou a defesa dos princípios nos quais se alicerçavam seus ensinamentos. Com delicadeza, com lógica, dando vazão à sua inteligência, descortinou os desvirtuamentos doutrinários apregoados pelo Reverendo, reduzindo-o à insignificância dos seus parcos conhecimentos, corroborado pela manifestação alegre e ruidosa da multidão que desde o princípio confiou naquele que facilmente demonstrava a lógica dos ensinos apregoados pelo Espiritismo.
  • 45. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 45 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Ao terminar a famosa polêmica e reconhecendo o estado de alma do Reverendo, Eurípedes aproximou-se dele e abraçou-o fraterna e sinceramente, como sinceros eram seus pensamentos e suas atitudes Barsanulfo seguiu com dedicação as máximas de Jesus Cristo até o último instante de sua vida terrena, por ocasião da pavorosa epidemia de gripe que assolou o mundo em 1918, ceifando vidas, espalhando lágrimas e aflição, redobrando o trabalho do grande missionário, que a previra muito antes de invadir o continente americano, sempre falando na gravidade da situação que ela acarretaria. Manifestada em nosso continente, veio encontrá-lo à cabeceira de seus enfermos, auxiliando centenas de famílias pobres. Havia chegado ao término de sua missão terrena. Esgotado pelo esforço despendido, desencarnou no dia 1º de novembro de 1918, às 18 horas, rodeado de parentes, amigos e discípulos. Sacramento em peso, em verdadeira romaria, acompanhou-lhe o corpo material até a sepultura, sentindo que ele ressurgia para uma vida mais elevada e mais sublime. Fontes: Paulo Alves de Godoy - Os Grandes Vultos do Espiritismo (www.autoresespiritasclassicos.com)
  • 46. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 46 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Consideração Inicial Quando expomos nesse trabalho que o Cristianismo, em seu princípio, por motivo de interesses políticos e através da Igreja Católica Apostólica Romana, em determinado momento no Concílio de Constantinopla, no ano de 553, deixou de pregar a reencarnação e as suas causas e consequências. Isso foi possível, mais uma vez é colocado nesse trabalho, pois a humanidade daquela época muito mais do que hoje, deve ser considerada composta por crianças espirituais fáceis de serem manipuladas. Mas, apesar dessa realidade, como toda verdade que por algum motivo é encoberta. Um dia, ela reaparece, dessa vez para ficar conosco e nos nortear para sempre! E para tornar-se inquestionável como vimos até o presente nesse trabalho, sendo comprovada por pessoas do mais alto nível intelectual. E, abertamente, em todos os tempos, a disposição de todos nós para a comprovação de suas realidades, como pura verdade. A beleza do Cristianismo, quanto mais à ciência humana se desenvolve mais fica comprovado! O Cristianismo, através do Espiritismo, como o Consolador prometido veio restabelecer a verdade. Veio com essa função através de Allan Kardec. Na prática, a implantação definitiva dos conhecimentos espirituais em nosso planeta, representa um fato da mais alta importância, pois, representa o Cristianismo ampliando os horizontes da humanidade. No caminho inquestionável da imortalidade do espírito e de seu destino que é o de galgar em rumo de sua própria evolução, através de múltiplas encarnações. Proveniente de fenômenos ocasionados por espíritos, como aqui vemos, a humanidade foi chamada a atenção. Mas, se essa mesma humanidade na época, apenas via esses acontecimentos como interessantes para divertimento, isso não ocorreu quando o professor Rivail se deparou com esses intrigantes fenômenos. Rapidamente constatando que havia por detrás desses um princípio inteligente. E através de seu caráter nobre e
  • 47. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 47 rebezerrademeneses.blogspot.com.br amante da verdade acabou sendo peça fundamental para a implantação do Espiritismo na Terra. O Consolador prometido veio no momento certo, quando a humanidade possuía o mínimo exigido de maturidade para assimilar os conhecimentos que através do Espiritismo, o Cristianismo estava a nos dar. Bem como demonstra a infinita bondade de Deus e nossos orientadores espirituais, incansáveis. Que no momento propício, trazem novamente para a face da Terra o eminente espírito de Jan Huss. Reencarnando, agora, como Hippolyte Léon Denizard Rivail. Para através de sua sólida coordenação material, os espíritos superiores conseguirem implantar na Terra, o Espiritismo. O Espiritismo informa dês de seu início para todos nós, que ele irá ampliar os conhecimentos que através dele a humanidade conhecerá. De acordo com a nossa possibilidade de compreender e colocar em prática, essas verdades. Como exemplo disso vimos no século passado, através do inesquecível médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier, que serviu como ferramenta mediúnica para que o espírito de André Luiz ampliasse os nossos conhecimentos sobre o mundo espiritual e diversos assuntos, de forma impressionante. Para encerrar esses comentários iniciais. Disponibilizamos, na íntegra, matéria publicada em HARMONIA – REVISTA ESPÍRITA Nº 64 – FEVEREIRO/2000.
  • 48. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 48 rebezerrademeneses.blogspot.com.br EXPRESSÃO FILOSÓFICA DO ESPIRITISMO O lastro experimental, com a apresentação de fatos comprobatórios, ainda é uma necessidade, pois estamos muito longe, por enquanto, daquele estágio evolutivo em que a mediunidade ficará no puro domínio da intuição , como diz a própria Doutrina. Será uma expressão muito elevada em função, porém do tempo e do melhoramento espiritual do ser humano. Claro que a prática mediúnica, como geralmente falamos, precisa de condições básicas: honestidade pessoal, perseverança, lucidez e prudência do verdadeiro espírito científico. A mediunidade exercitada a esmo, embora bem intencionada, como acontece muitas vezes, tem os seus riscos. Então, sem perder de vista o valor do estudo filosófico, a que Kardec atribui influência decisiva, é lógico entender que o aspecto mediúnico sempre teve e tem o seu momento de necessidade e relevância, seja pelo consolo das mensagens, seja pelos elementos de estudo e reflexões que oferece. Mas o Espiritismo não se contém todo ele no campo mediúnico, conquanto este lhe tenha servido de ponto de partida, como se sabe. O fenômeno por si só não nos levaria a consequências profundas, ou seria apenas objeto de observação ou motivo de deslumbramento, sem a formulação filosófica. Justamente por isso - repetimos Kardec - "a força do Espiritismo está em sua filosofia". E por que não está no fato mediúnico? Porque o fato prova e convence objetivamente, não há dúvida, porém não elucida os problemas mais graves de nossa vida, por si mesmo, se não tomar a direção filosófica que conduz à inquirição das causas, dos porquês e das consequências. A comunicação dos espíritos demonstra praticamente a sobrevivência da alma "após a morte". É o elemento básico. Mas é preciso partir daí para as indagações que compreendem essencialmente o destino humano e as consequências morais do Espiritismo. A esta altura já é esfera da filosofia e a força do Espiritismo - não faz mal insistir neste ponto - está exatamente nesse corpo de princípios em cuja homogeneidade e coerência e encontramos respostas às mais complexas e momentosas questões de
  • 49. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 49 rebezerrademeneses.blogspot.com.br nossa vida: a existência de Deus, a justiça divina e as desigualdades morais, intelectuais e sociais, livre arbítrio e determinismo, a reparação do mal pelas provas, o reajuste de compromissos do passado através das experiências reencarnatórias. São temas de reflexão filosófica. Entretanto, a Doutrina estaria incompleta e não decorresse daí as consequências morais com que nos defrontamos a cada passo. Quem, por exemplo, gosta apenas de ver sessões mediúnicas, porque acha interessante ouvir os conselhos dos espíritos ou conversar com os médiuns, mas não vai além desse hábito, que se transforma em rotina com o decorrer do tempo, naturalmente não tem uma visão global do ensino Espírita. Conhece o Espiritismo apenas pela parte fenomênica, que é muito rica de lições e sempre tem o que oferecer para estudo e meditação, porém não abre horizonte mais amplo a respeito das leis e causas, a que o fenômeno está sujeito. Há pessoas, por exemplo, que se interessam muito pelo lado experimental do Espiritismo e fazem realmente estudos sérios, mas encaram o fenômeno do intercâmbio entre dois mundos com a mesma neutralidade ou frieza com que os especialistas lidam com os fenômenos da Física ou da Eletrônica, e assim, por diante. A preocupação é exclusivamente com o fenômeno puro e simples. E daí?... Que resulta de tudo isso? Sim, o fenômeno da comunicação entre vivos e mortos é neutro até certo ponto, uma vez que sempre ocorreu no mundo, muito antes das civilizações e, portanto, do Espiritismo. E pode ser observado e registrado em ambientes não espíritas como também pode ser discutido à luz de critérios diversos, nas áreas da Parapsicologia, Psiquiatria, Antropologia, etc., sem nenhuma cogitação quanto às causas e consequências. Se o psiquiatra se volta para a procura da anormalidade, já o antropólogo vê o fenômeno dentro de um contexto cultural sem implicações de ordem transcendental, como se costuma dizer. Quando, porém, o fenômeno está situado no contexto espírita, já não é tão neutro, porque assume um valor moral muito especial e, por isso mesmo, não pode ser considerado indiferentemente, como se estivesse em
  • 50. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 50 rebezerrademeneses.blogspot.com.br laboratório de Física ou Química. O fato de o espírito entrar em comunicação com o nosso mundo pela via mediúnica já pressupõe muita responsabilidade para o médium e também para quantos tenham de lidar com esse tipo de trabalho. Há necessidade, portanto, de um preparo moral indispensável. Já se vê que a situação, agora, é bem diferente. E porque, finalmente, o Espiritismo engloba o fato mediúnico numa contextura filosófica de consequências tão acentuadas? Exatamente porque a verificação de que os mortos continuam vivos e vêm até nós, identificando- se, interferindo-se, interferindo em nossos atos, "chorando as suas mágoas" ou trazendo alegria e esperança, confirma a tese capital de que a vida continua no tempo e no espaço. Partimos daí, desse princípio essencial, para a especulação filosófica das origens e do chamado sobrenatural. O próprio impulso da sede de saber nos leva a propor questões dessa natureza: que significa esse intercâmbio em nossa vida? Qual o ponto inicial, a causa primária dessa força ou inteligência aparentemente misteriosa? Que benefício poderá esse tipo de conhecimento trazer para a humanidade? Começamos a sentir o conteúdo ético e filosófico do Espiritismo desde o momento em que lhe avaliamos a profundidade e a integridade como Doutrina capaz de corresponder às nossas preocupações com o desconhecido e o nosso destino. Mas a especulação filosófica, embora necessária e valiosa, ainda não é suficiente para atender satisfatoriamente às necessidades do ser humano quando desperta para os problemas espirituais; torna-se necessário, senão indispensável, além deste passo no conhecimento, procurar as consequências dos princípios espíritas na vivência individual e coletiva. E aí, principalmente, que se sente força do Espiritismo em sua filosofia.
  • 51. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 51 rebezerrademeneses.blogspot.com.br DOUTRINA ESPÍRITA - CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS PRINCÍPIOS BÁSICOS  Existência de Deus;  Imortalidade da Alma;  Comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material Reencarnação;  Evolução Universal e Infinita. O Espiritismo não possui dogmas, bem como nenhum ritual. Fundamentando-se na razão e nos fatos. Sendo uma Doutrina Tríplice, estruturada na Ciência, Filosofia e Religião. 1- Ciência: Enquanto fundamentada na parte experimental. Formou-se idéias organizadas a partir dos fatos, dos fenômenos mediúnicos e das manifestações em geral. 2- Filosofia: Sua temática abrange essencialmente objetos de conhecimento que estão além dos sentidos. Tais como:  A existência de Deus;  As Leis Morais;
  • 52. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 52 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Os Princípios formadores do Universo. 3- Religião A sua função de “religare”, como elemento de ligação entre Criador e Criatura. Ensinando a renovação definitiva do homem para a grandeza e evolução de seu imenso futuro espiritual.
  • 53. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 53 rebezerrademeneses.blogspot.com.br III - Mediunidade
  • 54. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 54 rebezerrademeneses.blogspot.com.br HISTÓRIA DA MEDIUNIDADE No oriente e ocidente sempre observamos ao longo da história a comunicabilidade de nós, encarnados, com o mundo espiritual. Servindo como exemplos claros dessa comunicabilidade, o Código de Manu e o Código de Vedas. Igualmente, são exemplos vivos de personalidades tais como: Hermes, Buda,Sócrates, Platão e Pitágoras, que plenamente foram favoráveis sobre os fenômenos mediúnicos. Outros exemplos de conhecimento de todos, tais como, Joana D´Arc foi que atuou em prol da Franca, como grande médium. MEDIUNIDADE NOS POVOS PRIMITIVOS O xamanismo é a forma mais antiga que a humanidade teve para se conectar com o mundo espiritual. As origens do xamanismo data entre 40.000 a 50.000 anos. Ainda na Idade da Pedra. Sendo caminho de autoconhecimento, através de rituais, cerimônias, preces, meditação e, acima de tudo, vivência. Povos primitivos e civilizações milenares já praticavam rituais, onde o sacerdote da tribo, geralmente conhecido por xamã ou pajé, através de estados alterados de consciência, viajava ao mundo dos espíritos, na busca de orientações de ordem espirituais e materiais, de grande importância para a tribo.
  • 55. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 55 rebezerrademeneses.blogspot.com.br O xamanismo é uma prática espiritual de povos nativos, e para sobreviverem, eram caçadores. Necessitavam, assim, eliminar vidas a fim de ter meios de garantir suas próprias vidas. A visão xamânica do equilíbrio cósmico baseia-se na necessidade de pagar pelas almas dos animais abatidos para a sobrevivência de sua aldeia. Esses povos nativos acreditavam em um espírito senhor dos animais, guardião de todas as espécies, representante de sua alma ou essência coletiva. Sendo esse o Grande Espírito que concede a caça aos caçadores. Mas, exigindo em troca, princípios morais a serem seguidos. Cabendo ao xamã, estabelecer essa negociação, visando a perfeita harmonia do cosmo. Sendo considerado o mais antigo conjunto de tradições, crenças, disciplinas espirituais e métodos de cura de toda a humanidade. É, uma prática espiritual, onde se entra em contato com espíritos ancestrais, através de estados alterados de consciência, na busca de esclarecimentos das mais diversas ordens. Historicamente observa-se que o xamanismo não é uma prática exclusiva de povos indígenas. Sendo uma técnica de êxtase à disposição de um grupo considerado “especial” em relação a tudo o que é sagrado, sendo encontrado em muitas religiões. O Xamã é um intermediário entre o céu e a terra. O mundo dos espíritos ancestrais acreditavam ter influência no mundo dos vivos. Segundo eles, tal como os homens caçam os animais, também os espíritos caçam almas humanas e é exatamente essa perda da alma que caracteriza a doença ou a morte. Cabendo ao xamã, através do uso de certos rituais e objetos sagrados, atingirem estados alterados de consciência e entrar em contato com o mundo dos espíritos, na procura, nem sempre atingida, de resgatar
  • 56. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 56 rebezerrademeneses.blogspot.com.br essa alma e devolvê-la, sadia, ao corpo. Resumidamente pode-se concluir que o xamã é o grande especialista da alma humana, uma vez que conhece sua forma e seu destino. MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE CELTAS: Os celtas constituíam-se por um povo altamente avançado. Sua sociedade culturalmente evoluída e estruturada a partir da religião que tinha uma evoluída cosmovisão. Tinham nos druidas, seus sacerdotes. Sendo que esses pregavam o monoteísmo, reencarnação, livre arbítrio, imortalidade da alma, Lei de causa e efeito e o mundo espiritual. Inclusive, não se cultuando as penas eternas. No primeiro século antes de Cristo esse povo se encontrava na Grã- Bretanha, Galha e Irlanda. Com a invasão romana a Grã-Bretanha teve uma parte pequena de seu território conquistada. Mas a Gália sofreu fortemente com os romanos. É curiosamente muito semelhante os princípios religiosos dos celtas com os princípios Espíritas. Infelizmente, contudo, pela ausência da prática da escrita, há uma insuficiência de documentos sobre esse maravilhoso povo bem como sua religião e cultura.
  • 57. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 57 rebezerrademeneses.blogspot.com.br EGITO: Igual às práticas religiosas na Índia antiga, as faculdades mediúnicas no Antigo Egito eram efetuadas no interior dos templos sagrados e em total proibição que outras pessoas viessem a saber. Qualquer indiscrição acarretaria na execução da pena de morte, ao infrator. Os magos dos faraós, no antigo Egito, eram os que efetuavam a comunicação com os mortos, através de evocações. Sendo essa prática comercializada, comumente. O que obrigou Moisés a proibir tal prática, como consta no Livro do Deuteronômio: “Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade.” Por saberem manipular os potenciais mediúnicos que possuíam, eram os Sacerdotes os verdadeiros mandatários do Egito. Visto que eram eles que, verdadeiramente, escolhiam os seus governantes. Eles conheciam assuntos tais como o sonambulismo, magnetismo, processos de curas através do sono induzido, clarividência. Prática de magias, entre outros. Facilmente concluímos que eram de uma evolução científica extraordinária. GRÉCIA: A figura da pitonisa, encarregada de proferir oráculos evocando os deuses era presença frequente em todos os templos gregos.
  • 58. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 58 rebezerrademeneses.blogspot.com.br GRECO-ROMANO: Em Roma cultuavam-se os oráculos, que eram conhecidos como ARÚSPICES. Esses interpretavam as respostas dos deuses pelo exame das vísceras de animais sacrificados e os fenômenos da natureza. Na Grécia, O mais famoso oráculo foi o santuário de Apolo, em Delfos. ÍNDIA Sacerdotes brâmanes preparavam pessoas denominadas, faquires, para atingirem os mais diversos fenômenos mediúnicos. Tais como a levitação, insensibilidade hipnótica para impedir a sensação de dor, a evocação dos espíritos. O primeiro código religioso, o Código de Vedas, encontram-se registros referentes a existência do mundo espiritual. Como a seguir colocamos nesse trabalho: “Os espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos brâmanes convidados para a cerimônia em comemoração dos mortos, sob uma forma aérea; seguem-no e tomam lugar ao seu lado, quando eles se assentam.” SUMÉRIA Na Suméria a medicina era baseada numa curiosa mistura de ervas e magia, cujas receitas baseavam-se em feitiços para exorcizar os maus espíritos aos quais se atribuía a causa das doenças. Analisar: Mediunidade com Jesus – Haroldo Dutra Dias
  • 59. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 59 rebezerrademeneses.blogspot.com.br Detalhando os fenômenos mediúnicos. As formas de manifestações mediúnicas são diversas. E, para melhor compreensão devem ser divididos em dois grupos. Os denominados de efeitos físicos e os denominados efeitos intelectuais. Os de efeitos físicos, os menos comuns de ocorrerem, necessita que ocorra a captação ou doação do médium do ectoplasma. Para que haja condições de ocorrer. EFEITOS FÍSICOS ECTOPLASMA O texto abaixo é fragmento do que encontramos publicado pela Revista Cristã de Espiritismo De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos Para a ciência acadêmica, ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo ou a porção periférica do citoplasma. Para o cientista Charles Richet, é uma substância que se acredita ser a força nervosa e possui propriedades químicas semelhantes às do corpo físico, de onde provém. Apresenta-se sob um aspecto viscoso, esbranquiçado, quase transparente, com reflexos leitosos, bem como esvanescentes sob a luz. É considerada a base dos efeitos mediúnicos chamados físicos, pois é através dele que os espíritos podem atuar sobre a matéria. Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem
  • 60. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 60 rebezerrademeneses.blogspot.com.br sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos. CONSIDERAÇÕES DO DR. RICARDO DI BERNARDI (www.icefaovivo.com.br) 1- ECTOPLASMA ALGUMAS TERMINOLOGIAS Ectoplasmia: Do grego ectós, "fora"; plasma, "coisa formada". Ectoplasmia designa o fenômeno; ectoplasma designa a substância. Ectocoloplasmia: Termo que foi utilizado para definir a "modelagem" do ectoplasma para formar membros ou partes de pessoas, animais ou objetos. Fantasmogênese: A produção ectoplasmática de um fantasma de pessoa, animal ou coisa, pelo menos aparentemente inteiro. Transfiguração: A transformação do próprio corpo do médium por meio do ectoplasma. 2- EFEITOS FÍSICOS MATERIALIZAÇÃO É o fenômeno mediúnico no qual um espírito desencarnado ou qualquer objeto, não proveniente do mundo físico, torna-se visível e tangível. Para que um espírito desencarnado consiga materializar o seu perispírito ou um objeto inexistente no mundo físico, ele tem que fazer uso do ectoplasma.
  • 61. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 61 rebezerrademeneses.blogspot.com.br PNEUMATOGRAFIA É a escrita direta do espírito, sem a necessidade de utilização das mãos do médium. Terminologia utilizada por Allan Kardec para denominar esse fenômeno mediúnico. PNEUMATOFONIA Quando os sons parecem surgir no ar, por vezes entre os que testemunham o fenômeno, que, quando se trata de palavras ou frases, é também chamado de voz direta. LEVITAÇÃO É o fenômeno em que, graças à AÇÃO DOS ESPÍRITOS, que se valem dos FLUIDOS de ENCARNADOS e DESENCARNADOS, LEVITAM, suspendem, elevam, total ou parcialmente coisas ou seres humanos ou mesmo animais. (JOÃO TEIXEIRA DE PAULA, in: “DICIONÁRIO DE ESPIRITISMO, METAPSÍQUICA E PARAPSICOLOGIA”). TRANSPORTE Deslocamento físico de objetos de outra região para outra. Ocorre por força de intensa combinação fluídica dos Espíritos e do médium. CURA A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o perispírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico. TRANSFIGURAÇÃO Mudança do aspecto de um corpo vivo AGENERE É uma aparição em que o desencarnado se reveste de forma mais precisa, das aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão ao observador, que supõe ter diante de si um ser corpóreo.
  • 62. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 62 rebezerrademeneses.blogspot.com.br FORMA-PENSAMENTO ("Evolução em dois mundos" Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira Ditado pelo espírito André Luiz.) São as ideias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual, construções substanciais na esfera da alma que se mantêm pela força de sustentação de nossos pensamentos. Considerando que toda e qualquer ação e todo e qualquer pensamento fica registrado na memória vital do espírito e no éter-cósmico, pode-se caracterizar as formas-pensamento como concretizações de pensamentos. Por exemplo: um homem, num ambiente de trabalho, sente inveja de um colega por este se mostrar mais competente, mais esforçado , portanto, mais solicitado e admirado, a inveja do primeiro cria no éter cósmico uma forma-pensamento própria do sentimento. Essa forma-pensamento pode possuir forma específica, como a de uma faca, de um homem morto, ou pode possuir forma indefinida caracterizando apenas o sentimento pelo qual ela foi gerada. A forma-pensamento pode se depositar no éter cósmico, ou pode colar-se ao indivíduo invejado, no caso do exemplo supracitado, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos. Está aí a explicação científica do famoso "mau-olhado", agouro direcionado a uma pessoa que efetivamente, na maioria dos casos logra prejuízos a outros. Porém as formas-pensamento não se resumem a sentimentos baixos. Elas podem se originar de sentimentos nobres como o amor ou a benevolência. Por exemplo: uma mãe, amando profundamente seus filhos, ao assistir o
  • 63. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 63 rebezerrademeneses.blogspot.com.br progresso dos mesmos se enche de alegria e envia formas-pensamento benéficas a eles que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um rosto sorrindo, ou por formas indefinidas, mas de cores vivazes e alegres. EFEITOS INTELECTUAIS PSICOGRAFIA É o movimento das mãos do médium, escrevendo sob a influência direta dos Espíritos, sem interferência da própria vontade. Agem como máquinas a transmitir do invisível para o mundo material. PSICOFONIA É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium XENOGLOSSIA É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium, em língua que o médium não domina, em seu estado normal.
  • 64. Apostila: A Evolução do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda 64 rebezerrademeneses.blogspot.com.br VIDÊNCIA MEDIÚNICA Possibilita a visualização das coisas e ambientes do mundo espiritual AUDIÊNCIA MEDIÚNICA Quando o médium é capaz de escutar a voz dos espíritos INTUIÇÃO Essa é uma faculdade mediúnica que todos nós, encarnados, possuímos. Com o conhecimento de sua existência, funcionamento, ou não. Resume-se como sendo a nossa capacidade de captar dos espíritos, sugestões benéficas ou não. Ficando ao nosso critério e responsabilidade, praticá-la ou não.