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ARQUITETURA DO FERRO
 Revolução Industrial, final do século
XVIII e início do XIX;
 Produção barateada e em grande
escala;
 A industrialização acelerou o
processo de urbanização:
 Impulsionando a construção de
novas edificações.
 Antes disso o ferro só era utilizado
como reforço em tirantes, correntes,
etc.
CONTEXTO
 As primeiras construções que se utilizaram do ferro foram os
pavilhões de exposições e estações ferroviárias, e também na
construção de pontes.
 Palácio de Cristal, Londres;
 Joseph Paxton;
 Exposição Universal de 1851.
CONTEXTO
 Mas apenas após a
construção da Torre
Eiffel que
disseminou-se a
utilização do ferro na
arquitetura;
 Torre Eiffel, Paris;
 Gustave Eiffel;
 Exposição Universal
de 1889.
CONTEXTO
 A arquitetura do ferro no Brasil está ligada diretamente a
ampliação das relações comerciais com a Europa.
 Vinda da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808.
“Abertura dos Portos às Nações Amigas”
 Importação de materiais de construção industrializados.
 Revogação do decreto que impedia a instalação de manufaturas
no Brasil.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
 Ornamentos importados da
Europa para o emprego na
arquitetura.
 Com a utilização do ferro
fundido, tudo podia ser
reproduzido com igual
perfeição.
 Possibilidade de reproduzir
qualquer estilo com elegância e
leveza.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
Casa Paris n’América – Centro de
Belém/Pará
 A chegada da Corte provocou rápidas e
intensas transformações urbana, no
comércio, criação de escolas e edifícios
importantes.
 Abandono gradual do empirismo nos
processos construtivos
 Racionalização de materiais.
 Missão francesa – profissionais
qualificados.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
FERROVIAS
 Quando o ferro passou a ser
utilizado na construção das
ferrovias, locomotivas, maquinarias
o mercado deixou de ser somente
interno e passou a ser externo.
Exportação
 Garantindo a rentabilidade dos
investimentos.
ESTACOES E PAVILHOES
 A Estação Ferroviária Bananal
começou a ser construída em
1882.
 Com objetivo de facilitar o
transporte da produção de café da
região para o resto do país.
 Hoje é uma unidade pública e
patrimônio histórico.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
 Localização: Ramal de Barra Mansa – Praça
D. Domiciana – São Paulo
 Inaugurada em 24 de dezembro de 1888.
 Projeto de complementação para as obras
da Companhia Estrada de Ferro de Bananal.
 Foi doada pelo Comendador Domingos
Moitinho
ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
 Projetado e importado da Bélgica (único exemplar
no continente americano.).
 Estruturas desmontáveis e pré-fabricadas de ferro.
 Exceção das esquadrias em madeira e do piso do
2º pavimento, em pinho de Riga.
 Placas duplas almofadadas e ajustadas por
parafusos
 Tombado como patrimônio histórico pelo Estado
de São Paulo.
 Restaurado pelo Condephaat, em 1985.
ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
 Localizado no bairro da luz na cidade de
São Paulo.
 Inaugurada em 1 de março de 1901
 Autor do projeto: Charles Henry Driver
(1832-1900).
• Composição retangular.
• Dois corpos:
• Administrativo e de acolhimento ao
público (alvenaria), e o das plataformas,
cobertas por estrutura metálica.
• Expressão das mais emblemáticas do
processo de industrialização.
ESTACAO DA LUZ - SP
 Estrutura projetada e fabricada na Grã-
Bretanha.
 Vão de aproximadamente 39 m de
altura e com comprimento de 150 m.
 Grande área coberta, sem pontos de
apoio que obstruem a circulação e
propícia melhor funcionamento.
 Abriga o Museu da Língua Portuguesa.
(2006)
ESTACAO DA LUZ EM SP
ESTACAO DA LUZ EM SP
CORETO DE PRACAS
 Coreto pré-fabricado de Liverpool – Praça Dom
Pedro, em Manaus.
 Coreto na Praça da República, em Belém do Pará.
MERCADOS E ARMAZEM
RIO DE JANEIRO
(PRAÇA XV)
MERCADO MUNICIPAL
 O mercado municipal do rio de Janeiro foi o maior de
todos os edifícios de ferro montados no Brasil, de
origem europeia.
 Na década de 1950, o mercado municipal foi destruído
para a construção de um viaduto.
 A única parte poupada do mercado foi o restaurante,
ainda existente porém descaracterizados após diversas
reformas.
MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
 O Mercado Municipal da Praça XV
foi projetado pelo engenheiro
Alfredo Azevedo Marques no início
do Século XX
 Os edifícios que ocupavam uma
área de 12.500m².
 Contendo 24 pavilhões e mais um
pavilhão central ligados por um
sistema de 16 ruas radiais e
paralelas, possuindo
compartimentos voltados para o
exterior da quadra quanto para seu
interior.
MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
 Foi o segundo a ser montado
no Brasil.
 A inauguração do primeiro
dos seus pavilhões de ferro foi
em 1883.
 A construção do edifício foi
arrematada em 6 de janeiro de
1882 e em 2 agosto do
mesmo ano as obras se
iniciaram e foram recebidas e
prontas em 14 de julho de
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
 O edifício tem pouco mais de 45m de
comprimento e 42 de largura.
 Os parapeitos e as duas salas ao lado
da fachada principal são de alvenaria
de pedra e de tijolo; todo o resto é de
ferro, sendo sustentado por 28
colunas.
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
 Em 15 de agosto o edifício foi inaugurado.
 Sua parte interna, com vinte
boxes destinados à exposição
e à venda de mercadorias
 Era calçado com pedras de
Lioz (tipo raro de calcário
originário de Portugal) e
paralelepípedos.
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
 Tombado pelo IPHAN, no dia
1º de julho de 1987, o
Mercado Público Adolpho
Lisboa é um dos mais
significativos exemplares da
arquitetura de ferro do País.
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 É o mais antigo edifício pré-fabricado
em ferro no Brasil, exportado da Europa
para o Recife, no final do século XIX.
 Foi projetado pelo engenheiro da
Câmara Municipal do Recife, J. Louis
Lieuthier, em 1871, que se inspirou no
Mercado de Grenelle, de Paris, e
construído pelo engenheiro francês
Louis Léger Vauthier.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 O Mercado de São José foi
inaugurado no dia 7 de setembro de
1875 e assim chamado por ter sido
edificado no bairro de São José.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 Em novembro de 1989, uma parte do Mercado foi destruída por um incêndio que danificou sua
estrutura.
 As obras de reconstrução só foram iniciadas quatro anos depois, em 1993, e sua reinauguração
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
• Atualmente, com seus
46 pavilhões, 561 boxes
cobertos e 80
compartimentos na sua
área externa, além de 24
outros destinados a
peixes, 12 a crustáceos e
80 para carnes e frutas,
o Mercado de São José é
um local onde se
encontra o melhor do
artesanato regional,
comidas típicas, folhetos
de cordel, ervas
medicinais, artigos para
cultos afro-brasileiros,
sendo também um
importante centro de
abastecimento do bairro
de São José e um ponto
de atração turística na
cidade do Recife.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
MANAUS
ARMAZEM DO PORTO
 O Armazém 15 é uma das mais
antigas construções que integram
o complexo do porto de Manaus.
 Tombado em 1987, juntamente
com as outras edificações que
compõem o conjunto que se
encontra distribuído pela área de
ocupação mais antiga da cidade de
Manaus.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 O edifício do Armazém do Porto foi construído em 1888,
está localizado à margem esquerda do Rio Negro
 Durante muito tempo conhecido como “trapiche 15 de
novembro”.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 Em 1900, o porto
passou a ser
explorado pela
Manaus Harbour
Limited.
 Ainda que seja apenas um armazém em ferro,
com a aparência singela de um galpão, trata-
se de um relevante exemplar da arquitetura de
ferro no Brasil, não somente por ser uma das
primeiras construções no gênero.
 Em 1900, o porto passou a ser explorado pela
Manaus Harbour Limited.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 Os armazéns construídos por essa
empresa, de 1903 a 1910, são todos
em ferro corrugado, tanto paredes
como cobertura, e sua origem estão
gravadas nos próprios edifícios.
 Onde se lê: P & W. Maclellan Ltd Clutha
Works, Glasgow, em pequeninas placas
metálicas soldadas aos perfis da
estrutura vertical portante.
 Iphan restaura armazém de ferro e
edifício do Conjunto Portuário de
Manaus que vai funcionar com
Biblioteca e Casa de Leitura Thiago de
Mello.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
TEATROS E PALACIOS
 Fortaleza - Ceará
 Inaugurado dia 17 de junho de 1910;
 Arquitetura eclética / sala de espetáculo Art Nouveau;
 Projeto arquitetônico do Tenente Bernardo José de Melo;
 Estrutura metálica desenhada por arquitetos e engenheiros escoceses;
 Estrutura de ferro fundido;
 Complexo: auditório, espaço cênico a céu aberto, prédio anexo (centro de artes
cênicas), teatro Morro do Ouro, biblioteca e galerias;
 Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico.
TEATRO JOSE DE ALENCAR
TEATRO JOSE DE ALENCAR
TEATRO JOSE DE ALENCAR
 Teatro em Curitiba - Paraná
 Nome deriva do estilo construtivo
(lembra a fragilidade de uma construção em arame)
 Arquiteto Domingos Bongestabs – professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPR
 A construção demorou 75 dias. Inaugurada no dia 18 de março de 1992
OPERA DE ARAME
OPERA DE ARAME
 Jardim Botânico;
 Inaugurado 5 de outubro de 1991;
 Inspirado no Palácio de Cristal de Londres
do século XIX;
 Projeto do arquiteto Abrão Assad;
 Estufa de ferro e vidro, as 3 abóbodas no
estilo Art Nouveau.
PALACIO DE CRISTAL
CURITIBA
PALACIO DE CRISTAL DE
CURITIBA
 Localizado na cidade de Petrópolis - Rio
de Janeiro;
 Inaugurado em 1884;
 Encomendado pelo Conde d’Eu
 Estrutura feita na França;
PALACIO DE CRISTAL PETROPOLIS
 Inspirado no Palácio de Cristal de
Londres e do Porto;
 Espaço para exposição de flores, frutos,
pássaros e foi um presente para a
Princesa Isabel
 1957 tombado pelo IPHAN.
PALACIO DE CRISTAL DE PETROPOLIS
 Belém – Pará;
 Pertenceu ao Álvaro Adlpho
– deputado de Pará;
 Já funcionou a faculdade de
Arquitetura e Urbanismo;
 Planta simples;
 Complexidade no telhado;
 Piso em madeira apoiado em
perfis de Ferro
 Forro interno de ferro, com
pequenas chapas
estampadas;
 Paredes duplas, ocas e de
painéis também
CASA DA AVENIDA GENERALISSIMO DEODORO
CASA DA AV GENERALISSIMO DEODORO, 152
REFERENCIAS
 Arquitetura do Ferro no Brasil. SILVA, Geraldo Gomes da. 1986 Editora Nobel.
 Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo. KUHL, Beatriz Mugayar.
São Paulo: Atelie Editorial. 1998

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  • 2.  Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX;  Produção barateada e em grande escala;  A industrialização acelerou o processo de urbanização:  Impulsionando a construção de novas edificações.  Antes disso o ferro só era utilizado como reforço em tirantes, correntes, etc. CONTEXTO
  • 3.  As primeiras construções que se utilizaram do ferro foram os pavilhões de exposições e estações ferroviárias, e também na construção de pontes.  Palácio de Cristal, Londres;  Joseph Paxton;  Exposição Universal de 1851. CONTEXTO
  • 4.  Mas apenas após a construção da Torre Eiffel que disseminou-se a utilização do ferro na arquitetura;  Torre Eiffel, Paris;  Gustave Eiffel;  Exposição Universal de 1889. CONTEXTO
  • 5.  A arquitetura do ferro no Brasil está ligada diretamente a ampliação das relações comerciais com a Europa.  Vinda da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. “Abertura dos Portos às Nações Amigas”  Importação de materiais de construção industrializados.  Revogação do decreto que impedia a instalação de manufaturas no Brasil. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 6.  Ornamentos importados da Europa para o emprego na arquitetura.  Com a utilização do ferro fundido, tudo podia ser reproduzido com igual perfeição.  Possibilidade de reproduzir qualquer estilo com elegância e leveza. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL Casa Paris n’América – Centro de Belém/Pará
  • 7.  A chegada da Corte provocou rápidas e intensas transformações urbana, no comércio, criação de escolas e edifícios importantes.  Abandono gradual do empirismo nos processos construtivos  Racionalização de materiais.  Missão francesa – profissionais qualificados. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 8. FERROVIAS  Quando o ferro passou a ser utilizado na construção das ferrovias, locomotivas, maquinarias o mercado deixou de ser somente interno e passou a ser externo. Exportação  Garantindo a rentabilidade dos investimentos.
  • 10.  A Estação Ferroviária Bananal começou a ser construída em 1882.  Com objetivo de facilitar o transporte da produção de café da região para o resto do país.  Hoje é uma unidade pública e patrimônio histórico. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 11.  Localização: Ramal de Barra Mansa – Praça D. Domiciana – São Paulo  Inaugurada em 24 de dezembro de 1888.  Projeto de complementação para as obras da Companhia Estrada de Ferro de Bananal.  Foi doada pelo Comendador Domingos Moitinho ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
  • 12.  Projetado e importado da Bélgica (único exemplar no continente americano.).  Estruturas desmontáveis e pré-fabricadas de ferro.  Exceção das esquadrias em madeira e do piso do 2º pavimento, em pinho de Riga.  Placas duplas almofadadas e ajustadas por parafusos  Tombado como patrimônio histórico pelo Estado de São Paulo.  Restaurado pelo Condephaat, em 1985. ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
  • 13.  Localizado no bairro da luz na cidade de São Paulo.  Inaugurada em 1 de março de 1901  Autor do projeto: Charles Henry Driver (1832-1900). • Composição retangular. • Dois corpos: • Administrativo e de acolhimento ao público (alvenaria), e o das plataformas, cobertas por estrutura metálica. • Expressão das mais emblemáticas do processo de industrialização. ESTACAO DA LUZ - SP
  • 14.  Estrutura projetada e fabricada na Grã- Bretanha.  Vão de aproximadamente 39 m de altura e com comprimento de 150 m.  Grande área coberta, sem pontos de apoio que obstruem a circulação e propícia melhor funcionamento.  Abriga o Museu da Língua Portuguesa. (2006) ESTACAO DA LUZ EM SP
  • 15. ESTACAO DA LUZ EM SP
  • 16. CORETO DE PRACAS  Coreto pré-fabricado de Liverpool – Praça Dom Pedro, em Manaus.  Coreto na Praça da República, em Belém do Pará.
  • 18. RIO DE JANEIRO (PRAÇA XV) MERCADO MUNICIPAL
  • 19.  O mercado municipal do rio de Janeiro foi o maior de todos os edifícios de ferro montados no Brasil, de origem europeia.  Na década de 1950, o mercado municipal foi destruído para a construção de um viaduto.  A única parte poupada do mercado foi o restaurante, ainda existente porém descaracterizados após diversas reformas. MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
  • 20.  O Mercado Municipal da Praça XV foi projetado pelo engenheiro Alfredo Azevedo Marques no início do Século XX  Os edifícios que ocupavam uma área de 12.500m².  Contendo 24 pavilhões e mais um pavilhão central ligados por um sistema de 16 ruas radiais e paralelas, possuindo compartimentos voltados para o exterior da quadra quanto para seu interior. MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
  • 22. (MERCADO ADOLPHO LISBOA)  Foi o segundo a ser montado no Brasil.  A inauguração do primeiro dos seus pavilhões de ferro foi em 1883.  A construção do edifício foi arrematada em 6 de janeiro de 1882 e em 2 agosto do mesmo ano as obras se iniciaram e foram recebidas e prontas em 14 de julho de MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
  • 23.  O edifício tem pouco mais de 45m de comprimento e 42 de largura.  Os parapeitos e as duas salas ao lado da fachada principal são de alvenaria de pedra e de tijolo; todo o resto é de ferro, sendo sustentado por 28 colunas. (MERCADO ADOLPHO LISBOA) MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS  Em 15 de agosto o edifício foi inaugurado.
  • 24.  Sua parte interna, com vinte boxes destinados à exposição e à venda de mercadorias  Era calçado com pedras de Lioz (tipo raro de calcário originário de Portugal) e paralelepípedos. MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS (MERCADO ADOLPHO LISBOA)
  • 25.  Tombado pelo IPHAN, no dia 1º de julho de 1987, o Mercado Público Adolpho Lisboa é um dos mais significativos exemplares da arquitetura de ferro do País. MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS (MERCADO ADOLPHO LISBOA)
  • 26. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 27.  É o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, exportado da Europa para o Recife, no final do século XIX.  Foi projetado pelo engenheiro da Câmara Municipal do Recife, J. Louis Lieuthier, em 1871, que se inspirou no Mercado de Grenelle, de Paris, e construído pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 28.  O Mercado de São José foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1875 e assim chamado por ter sido edificado no bairro de São José. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 29.  Em novembro de 1989, uma parte do Mercado foi destruída por um incêndio que danificou sua estrutura.  As obras de reconstrução só foram iniciadas quatro anos depois, em 1993, e sua reinauguração MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 30. • Atualmente, com seus 46 pavilhões, 561 boxes cobertos e 80 compartimentos na sua área externa, além de 24 outros destinados a peixes, 12 a crustáceos e 80 para carnes e frutas, o Mercado de São José é um local onde se encontra o melhor do artesanato regional, comidas típicas, folhetos de cordel, ervas medicinais, artigos para cultos afro-brasileiros, sendo também um importante centro de abastecimento do bairro de São José e um ponto de atração turística na cidade do Recife. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 32.  O Armazém 15 é uma das mais antigas construções que integram o complexo do porto de Manaus.  Tombado em 1987, juntamente com as outras edificações que compõem o conjunto que se encontra distribuído pela área de ocupação mais antiga da cidade de Manaus. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS  O edifício do Armazém do Porto foi construído em 1888, está localizado à margem esquerda do Rio Negro  Durante muito tempo conhecido como “trapiche 15 de novembro”.
  • 33. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS  Em 1900, o porto passou a ser explorado pela Manaus Harbour Limited.
  • 34.  Ainda que seja apenas um armazém em ferro, com a aparência singela de um galpão, trata- se de um relevante exemplar da arquitetura de ferro no Brasil, não somente por ser uma das primeiras construções no gênero.  Em 1900, o porto passou a ser explorado pela Manaus Harbour Limited. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
  • 35.  Os armazéns construídos por essa empresa, de 1903 a 1910, são todos em ferro corrugado, tanto paredes como cobertura, e sua origem estão gravadas nos próprios edifícios.  Onde se lê: P & W. Maclellan Ltd Clutha Works, Glasgow, em pequeninas placas metálicas soldadas aos perfis da estrutura vertical portante.  Iphan restaura armazém de ferro e edifício do Conjunto Portuário de Manaus que vai funcionar com Biblioteca e Casa de Leitura Thiago de Mello. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
  • 37.  Fortaleza - Ceará  Inaugurado dia 17 de junho de 1910;  Arquitetura eclética / sala de espetáculo Art Nouveau;  Projeto arquitetônico do Tenente Bernardo José de Melo;  Estrutura metálica desenhada por arquitetos e engenheiros escoceses;  Estrutura de ferro fundido;  Complexo: auditório, espaço cênico a céu aberto, prédio anexo (centro de artes cênicas), teatro Morro do Ouro, biblioteca e galerias;  Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 38. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 39. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 40.  Teatro em Curitiba - Paraná  Nome deriva do estilo construtivo (lembra a fragilidade de uma construção em arame)  Arquiteto Domingos Bongestabs – professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPR  A construção demorou 75 dias. Inaugurada no dia 18 de março de 1992 OPERA DE ARAME
  • 42.  Jardim Botânico;  Inaugurado 5 de outubro de 1991;  Inspirado no Palácio de Cristal de Londres do século XIX;  Projeto do arquiteto Abrão Assad;  Estufa de ferro e vidro, as 3 abóbodas no estilo Art Nouveau. PALACIO DE CRISTAL CURITIBA
  • 43. PALACIO DE CRISTAL DE CURITIBA
  • 44.  Localizado na cidade de Petrópolis - Rio de Janeiro;  Inaugurado em 1884;  Encomendado pelo Conde d’Eu  Estrutura feita na França; PALACIO DE CRISTAL PETROPOLIS  Inspirado no Palácio de Cristal de Londres e do Porto;  Espaço para exposição de flores, frutos, pássaros e foi um presente para a Princesa Isabel  1957 tombado pelo IPHAN.
  • 45. PALACIO DE CRISTAL DE PETROPOLIS
  • 46.  Belém – Pará;  Pertenceu ao Álvaro Adlpho – deputado de Pará;  Já funcionou a faculdade de Arquitetura e Urbanismo;  Planta simples;  Complexidade no telhado;  Piso em madeira apoiado em perfis de Ferro  Forro interno de ferro, com pequenas chapas estampadas;  Paredes duplas, ocas e de painéis também CASA DA AVENIDA GENERALISSIMO DEODORO
  • 47. CASA DA AV GENERALISSIMO DEODORO, 152
  • 48. REFERENCIAS  Arquitetura do Ferro no Brasil. SILVA, Geraldo Gomes da. 1986 Editora Nobel.  Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo. KUHL, Beatriz Mugayar. São Paulo: Atelie Editorial. 1998