5. INTRODUÇÃO
Definição de musicoterapia
Origem da musicoterapia
Importância da música em nossas
vidas
A melhor idade
Musicoterapia e a melhor idade
6. DEFINIÇÃO
Musicoterapia é “a utilização da música e/ou de seus
elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um
profissional qualificado, em um paciente ou grupo, num
processo para facilitar e promover a comunicação,
relação, aprendizagem, mobilização, expressão,
organização, e outros objetivos terapêuticos relevantes
para alcançar necessidades físicas, emocionais,
mentais, sociais e cognitivas. Objetiva desenvolver
potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para
que possa alcançar melhor integração intra e/ou
interpessoal e, em consequência, melhor qualidade de
vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento”
(NASCIMENTO, 2009, p. 21).
7. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
Alguns estudiosos dão como primeiras
escritas sobre a terapêutica musical
realizada por David, com sua harpa, para
aliviar o rei Saul da depressão, que o
punha em constante fúria, segundo a
Bíblia (I Samuel capítulo VI, versículo 23).
9. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
Platão e Aristóteles os precursores
da musicoterapia.
Platão recomendava música para
saúde mental e do corpo.
Aristóteles descrevia os benefícios
nas emoções incontroláveis.
10. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
Após a Primeira Guerra
Mundial, os hospitais de
veteranos nos Estados Unidos,
passaram a contratar músicos
profissionais para distraírem os
pacientes.
11. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
Os resultados positivos de algumas destas
experiências atraíram a atenção dos
médicos, despertando-lhes o interesse
pela musicoterapia e a partir daí, passa-se
a compreender a necessidade de um
treinamento para fazer do músico um
terapeuta. (LEINIG, 1977)
12. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
Em 1950, foi criada a NATIONAL ASSOCIATION
FOR MUSIC THERAPY, com as finalidades:
Colaborar no desenvolvimento progressivo
do uso da música na medicina
Preparação profissional do musicoterapeuta
Estabelecimento de um trabalho aliado à
profissão médica.
13. ORIGEM DA MUSICOTERAPIA
A partir da associação, muitas universidades
americanas incluíram em seus departamentos
musicais, cursos para treinamento de
musicoterapeutas, juntamente com escolas
medicas e hospitais.
Outros países começaram suas próprias
associações e cursos de musicoterapia.
14. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
A música, eu a considero, em princípio,
como um indispensável alimento da alma
humana. Por conseguinte, um elemento
e fator imprescindível à educação do
caráter da juventude.
LOBOS, Villa apud Fonseca (1999)
15. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
A música sempre esteve presente na
vida do homem.
Povos antigos atribuíam valor
inestimável no campo da religião,
sociedade e medicina.
16. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
Segundo BAÑOL (1993), “Tudo o que é acompanhado com
música fica gravado com mais profundidade.”
A música é espacial:
“Corpos sonoros movendo-se no espaço”.
Edgar Varése: (1883-1965)
17. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
A música acontece em todos os lugares, instantes,
condições, situações e de diferentes formas em um
determinado espaço físico ou espaço de tempo,
portanto ela apenas acontece.
Situações diferentes
Nos projeta a lugares distintos
A música é atemporal
Usamos a música no trabalho, vida pessoal,
relacionamento no dia-a-dia
18. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
COMO SENTIMOS ESTA
MÚSICA????????????
Através da audição, percepção,
vibração, sensação, ela nos faz
experimentar momentos únicos, os
quais nós usamos para viver o
cotidiano.
19. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
IDENTIDADE MUSICAL
Segundo Schaeffer “Ouvir música é uma experiência
profundamente pessoal e hoje com a sociedade caminhando
para o convencional e uniforme é realmente corajoso descobrir
que você é um indivíduo com uma mente e gostos individuais
em arte. Ouvir música cuidadosamente vai ajudá-lo a descobrir
como você é único.”
Pierre Henri Marie Schaeffer (Nancy, 14 de agosto de 1910 - 19
de agosto de 1995) foi um compositor da França, conhecido por
ter inventado a música concreta (musique concrète, no original
fem francês).
20. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
BRIAN ENO e a “Ambient Music”
(MÚSICA AMBIENTE)
ESCUTA DIFERENCIADA
MÚSICA COMO PARTE DA AMBIÊNCIA DA VIDA
ENVOLVENTE
CONTINUUM (CONTINUIDADE)
FOCO: TEXTURAS SONORAS (CORES)
INVENÇÃO DE NOVAS COMBINAÇÕES SONORAS
21. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
...“A música acompanha cada homem desde antes de seu
nascimento até o momento em que morre[...]; é utilizada
como elemento de expressão individual e coletiva e se
insere em quase todas as atividades do homem.“
Barcellos, 1992
22. A MELHOR IDADE
“Na sociedade contemporânea, a
velhice não é algo raro, mas sim, um
fenômeno cada vez mais presente. No
início do séc. XIX a expectativa de vida
era de aproximadamente 35 anos. Hoje
ultrapassa os 70”. (GÖRGEN, 1991)
23. A MELHOR IDADE
NOVO PERFIL DO IDOSO
Numero cada vez maior de pessoas da terceira
idade;
Maior atenção para esta categoria;
Seja por parte do governo, ou da sociedade;
Vida ativa, social, financeira, política e até
amorosa, necessariamente altera as relações
familiares e profissionais;
Essa nova atitude diante da vida e da sociedade
implica também em alterações políticas
econômicas, sociais e de saúde.
24. A MELHOR IDADE
No Brasil, o crescimento da população de
idosos vem ocorrendo de maneira muito
rápida, e estima-se que no ano de 2020 o
número de pessoas com mais de 65 anos de
idade será em torno de 9%, podendo alcançar a
cifra de 30 milhões de idosos. Atualmente, o
número de pessoas acima de 60 anos atinge a
marca de 15 milhões, segundo dados do IBGE
referentes ao Censo 2000.
25. A MELHOR IDADE
Os desafios trazidos pelo envelhecimento é um processo normal,
inevitável e irreversível e, portanto, deve-se levar em conta a
condição saudável do idoso para que ele tenha uma melhor
qualidade de vida;
Praticar atividade física;
Ter uma alimentação saudável;
Buscar ajuda médica e de especialistas;
Manutenção de uma boa saúde.
Chegar Aos 100 Anos Não É Mais Algo Tão Utópico.
26. A MELHOR IDADE
Porém, envelhecer no Brasil não é algo tão
fácil assim. Além das limitações físicas que
o idoso enfrenta, no aspecto social,
preconceito e rejeição também são
desafios constantes que levam o idoso ao
isolamento e à depressão.
27. A MELHOR IDADE
Portanto, ter um olhar cuidadoso para
com o idoso pois eles refletem nossa
existência amanhã, somos nós em
breve nesta caminhada.
ESPELHO
28. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A musicoterapia pode ser de grande valia para passar
com dignidade e ter bom aproveitamento na terceira
idade, é só fazer bom uso do processo
musicoterápico.
O processo cognitivo é complexo, e a percepção
musical às envolve de maneira relevante e com forte
impacto.
29. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
INICIAÇÃO SONORA
No desenvolver intra-uterino, a acústica que
o feto é exposto é bem dinâmica, pois, o
mesmo começa a registrar passivamente os
sons do ambiente interno. Estes tipos de
sons, são percebidos, analisados e
armazenados pelo feto.
30. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Segundo o autor Oliver Sacks em seu livro
Alucinações musicais, relata bem este evento
quando afirma que a música para maioria das
pessoas, é uma parte significante e em geral
agradável a nossas vidas, pois ele se refere não só a
música externa que ouvimos com nossos ouvidos,
mas as que já estão no interior de seu ambiente
intra-uterino, já é percebido. (SACKS, 2007).
31. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
De acordo com o pensamento
Benenzoniano, ouvir um certo tipo de
música limita-nos em observar um todo um
mundo de fenômenos acústicos que são
extraídos do ambiente externo e enviados
percebidos internamente pelo ser.
(BENZON, 1988)
32. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A MÚSICA INVADE
SER
ALMA
CORPO
FUNÇÕES COGNITIVAS
33. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
AFETIVIDADE E SONORIDADE
A afetividade é transmitida através da
música, ela pode contribuir e muito
para a equalização de estados
emocionais, seja de uma pessoa ou
varias , ou seja, um grupo ouvindo uma
mesma música.
36. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
É uma doença que afeta o humor;
Disposição e os sentimentos;
Prevalência alta;
Várias formas clínicas;
Predisposição genética;
Intensidade variável.
37. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A depressão é caracterizada por uma
multiplicidade de sintomas, os quais,
agrupados caracterizam a depressão como
uma doença que afeta as relações
interpessoais, levando o indivíduo a
prejuízos sociais e pessoais, por isso, é
considerada uma doença biopsicossocial.
(SILVA, e col. p. 28)
38. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
QUADRO CLÍNICO
Tristeza
Angústia, ansiedade
Irritabilidade
Diminuição da capacidade de sentir
alegria
Falta de energia
Diminuição da libido
39. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Alterações do sono e do apetite
Dores pelo corpo e outras somatizações
Dificuldade de concentração, memória e
raciocínio
Pensamentos de culpa, morte, fracasso,
medo e outros
Pensamentos negativos.
40. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A Musicoterapia tem como objetivo
oferecer melhor qualidade de vida,
oportunizando a auto expressão, a
descoberta e o desenvolvimento de
possibilidades, o resgate da
autoestima, e a valorização do lado
saudável do indivíduo.
41. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A Musicoterapia vai propiciar a
possibilidade do indivíduo se manifestar
sem necessariamente ter que verbalizar
suas angústias, seus anseios, seus
medos, através da música, música que o
próprio indivíduo pode trazer ou o que
o musicoterapeuta pode propor.
42. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
A música é um estímulo potente
para a evocação de lembranças e
é lembrando que podemos avivar
fatos inconscientes que ampliam
o significado do "ser velho".
43. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Perceber o nosso corpo, nossos sons internos e externos,
os sons que nos cercam, para mantermos nosso equilíbrio.
Atividade muscular, a respiração, a pressão sangüínea, a
pulsação cardíaca, o humor e o metabolismo são afetados
pela música e pelo som.
O corpo funciona como caixa de ressonância onde o som é
produzido e de onde é lançado no espaço.
O Corpo É Um Instrumento
44. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Na musicoterapia com o idoso, utilizamos a
bagagem musical que o indivíduo experimenta
no decorrer do envelhecimento (infância,
adolescência, vida adulta e velhice) assim como
também dos ritos de passagem, tais como:
aniversários, casamentos nascimentos, mortes,
acontecimentos políticos.
(Souza et al, 1988 ).
45. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
O processo de recordação não é fazer com
que o idoso se isole no passado, porque esse
era o "bom tempo ". É resgatar do passado os
pontos saudáveis para que ele possa reutilizá-los
no presente.
A musicoterapia auxilia no processo de vida e
também quando esse processo está
"perturbado
46. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
INSTRUMENTOS
MUSICAIS
E
SUA IMPORTÂNCIA
47. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
O instrumento musical é o objeto que
intermediará a relação terapêutica
(Benenzon, 1981). É a partir dele que o
paciente, em grande parte, pode
expressar, sob a forma da linguagem
musical, seus sentimentos e emoções.
48. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
No trabalho com a terceira idade, é
importante que o instrumento tenha
características como maleabilidade,
grande potência sonora, ser de fácil
manuseio e proporcionar uma
amplitude de movimentos corporais
gradativos na ação de tocar.
51. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
O trabalho preventivo em musicoterapia visa à
melhora da qualidade de vida do idoso. A
musicoterapia busca reativar o processo de
ressocialização do indivíduo, potencializando a
força criativa do mesmo a partir do prazer de
cantar, tocar, improvisar, criar, movimentar–se
ao som das canções, partilhando experiências.
52. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
CRIATIVIDADE
O processo musicoterapêutico permite
ao idoso, através da criatividade, da livre
expressão e da comunicação através dos
sons, da música e dos movimentos,
resgatar e fortalecer características
pessoais e sociais que lhe proporcionem
um envelhecimento saudável e com
melhor qualidade de vida.
53. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Uma das premissas básicas da musicoterapia é que pelo fato de a
experiência musical envolver e afetar tantas facetas do ser humano,
cada mudança musical que o cliente faz é indicativa de mudanças
não musicais de algum tipo. (BRUSCIA. 2000. p.163)
Melhora da condição da saúde
Aumentar as resistências contra os problemas de saúde
Compensar capacidades que foram perdidas
Contra-atacar, alterar ou eliminar a etiologia do problema de saúde,
entre outros.
54. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
MUSICOTERAPIA E MEMÓRIA
A memória, reativada pela música, faz a
senescência ser encarada como tempo de
lembrar. Momento em que o idoso pode
reconstruir e reviver passagens significativas
de sua mocidade e resgatar sua identidade.
Lembrar, muitas vezes, não é reviver, mas
refazer, reconstruir, repensar com as imagens e
idéias de hoje as experiências do passado.
55. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
MUSICOTERAPIA E MEMÓRIA
Memória não é só sonho, é trabalho. Esse
trabalho que emerge através do fazer
musical, além de prazeroso, nos leva a
elaboração consciente de material
inconsciente que vem à tona,
impulsionado pela música.
56. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
Musicoterapia e Doença de Alzheimer
Musicoterapia e Doença de Parkinson
Musicoterapia e Seqüelas de Acidente
Vascular Encefálico
57. MUSICOTERAPIA E A MELHOR IDADE
“A MÚSICA NOS LIBERTA, NOS
ENSINA E NOS DIVERTE, A CADA
INSTANTE SONORO QUE NOS
PERMITIMOS OUVI-LA”
Marcelo Perestrelo
Novembro de 2011
58. Referências
MENUHIN, Yehudi e DAVIS, Curtis W. A música do homem. São
Paulo: Martins fontes, 1981.
SCHAFER, Murray. O ouvido pensando. São Paulo: Unesp, 1991.
FONSECA, Manoel. O violão por música: ao alcance de todos.
São Paulo: Editora musica brasileira moderna,1999. v.1.
Guia Serasa de orientação ao cidadão: Saiba como amadurecer
mantendo a saúde, os direitos, o prazer e o bom humor. São
Paulo: Serasa, 2003.
59. Referências
ROEDERER, Juan, introdução à física e psicofísica da música, 1929 /
tradução Alberto Luiz da Cunha. – 1 . Ed. 1 reimpr.. São Paulo:
Editora da Universidade de Aão Paulo, 2002.
SACKS, Oliver, Alucinações musicais: relatos sobre a música e o
cérebro; tradução Laura Teixeira Motta-São Paulo:
Companhia das Letras, 2007
BENZON, Rolando. Teoria da musicoterapia: contribuição ao
conhecimento do contexto não-verbal / Rolando Benenzon-tradução
de Ana Sheila M. Uricoechea. – São Paulo: Summus, 1988