O documento descreve a evolução do desenho infantil segundo vários pesquisadores, como Luquet, Piaget, Berson e psicólogos. A evolução é dividida em estágios que vão do rabisco sem intenção até o realismo visual, passando por estágios de realismo fortuito, fracassado e intelectual. Cada estágio apresenta características do desenvolvimento motor, cognitivo e da representação.
2. A evolução do desenhoA evolução do desenho
infantilinfantil
3. História do desenho
●
Os primeiros estudos sobre a produção
gráfica das crianças datam do final do século
passado e estão fundados nas concepções
psicológicas e estéticas de então.
4. Evolução do desenho deEvolução do desenho de
acordo com Luquetacordo com Luquet
5. Realismo fortuito
●
Começa por volta dos 2 anos e põe fim ao
período chamado rabisco.
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A criança que começou por traçar signos
sem desejo de representação e descobre
por acaso uma analogia com um objeto e
passa a nomear seu desenho.
6. 2- Realismo fracassado
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Geralmente entre 3 e 4 anos tendo
descoberto a identidade forma-objeto, a
criança procura reproduzir esta forma.
●
Tenta reproduzir o que existe.
7. Realismo intelectual
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Estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos,
caracteriza-se pelo fato que a criança
desenha do objeto não aquilo que vê, mas
aquilo que sabe.
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Nesta fase ela mistura diversos pontos de
vista ( perspectivas ).
8. Realismo visual
●
É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela
descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí
um empobrecimento, um enxugamento progressivo do
grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
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Imita o que o adulto desenha. Decora formas e enriquece
na estética.
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Na maioria das vezes deixa de lado a representação por
meio do desenho.
9. A evolução do desenhoA evolução do desenho
segundosegundo Marthe BersonMarthe Berson
10. Estágio vegetativo motor
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Por volta dos 18 meses,
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O traçado e mais ou menos arredondado,
conexo ou alongado e o lápis não sai da
folha formando turbilhões.
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A criança desenha círculos
11. Estágio representativo:
●
Entre dois e 3 anos,
●
Caracteriza-se pelo aparecimento de
formas isoladas, a criança passa do traço
continuo para o traço descontinuo,
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Pode haver comentário verbal do desenho.
12. Estágio comunicativo
●
Começa entre 3 e 4 anos, se traduz por
uma vontade de escrever e de comunicar-
se com outros.
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Traçado em forma de dentes de serra, que
procura reproduzir a escrita dos adultos.
13. A evolução do desenhoA evolução do desenho
segundo Piagetsegundo Piaget
14. Garatuja
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Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e
parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos).
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A criança demonstra extremo prazer nesta fase.
A figura humana é inexistente ou pode aparecer
da maneira imaginária.
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A cor tem um papel secundário, aparecendo o
interesse pelo contraste, mas não há intenção
consciente.
15. Garatuja pode ser dividida
em...
• Desordenada: movimentos amplos e
desordenados.
Com relação a expressão, vemos a
imitação "eu imito, porém não represento".
Ainda é um exercício.
16. Garatuja pode ser dividida
em...
●
Ordenada: movimentos longitudinais e
circulares; coordenação viso-motora.
A figura humana pode aparecer de maneira
imaginária, pois aqui existe a exploração do
traçado;
Interesse pelas formas (Diagrama).
17. Pré- Esquematismo
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Dentro da fase pré-operatória, aparece a
descoberta da relação entre desenho,
pensamento e realidade.
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Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos
inicialmente, não relacionados entre si.
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Aparecem as primeiras relações espaciais,
surgindo devido à vínculos emocionais.
18. Pré- Esquematismo
●
A figura humana, torna-se uma procura de um
conceito que depende do seu conhecimento
ativo, inicia a mudança de símbolos.
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Quanto a utilização das cores, pode usar, mas
não há relação ainda com a realidade, dependerá
do interesse emocional.
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Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece
como: "nós representamos juntos".
19. Esquematismo
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Faz parte da fase das operações concretas (7 a
10 anos).
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Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido
de espaço: linha de base.
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Já tem um conceito definido quanto a figura
humana, porém aparecem desvios do esquema
como: exagero, negligência, omissão ou
mudança de símbolo.
20. Esquematismo
●
Aqui existe a descoberta das relações quanto a
cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do
esquema de cor expressa por experiência
emocional.
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Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo
ou jogo dramático e a regra.
21. Realismo
●
Também faz parte da fase das operações
concretas, mas já no final desta fase.
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Existe uma consciência maior do sexo e
autocrítica pronunciada.
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No espaço é descoberto o plano e a
superposição. Abandona a linha de base.
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Na figura humana aparece o abandono das
linhas.
22. Realismo
●
As formas geométricas aparecem.
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Maior rigidez e formalismo.
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Acentuação das roupas diferenciando os sexos.
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Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a
acentuação será de enfoque emocional.
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Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo
simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.
23. Pseudo-Naturalismo
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Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em
diante)
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É o fim da arte como atividade espontânea.
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Inicia a investigação de sua própria personalidade.
●
Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo,
objetividade); háptico ( expressão subjetividade)
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No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação
com experiências emocionais (espaço subjetivo).
24. Pseudo-Naturalismo
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Na figura humana as características sexuais são
exageradas, presença das articulações e proporções.
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A consciência visual (realismo) ou acentuação da
expressão, também fazem parte deste período.
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Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser
objetiva ou subjetiva.
●
A expressão aparece como: "eu represento e você vê"
Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.
25. A evolução do desenho deA evolução do desenho de
acordo com psicólogos eacordo com psicólogos e
pedagogospedagogos
26. De 1 a 3 anos
●
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda
desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites
do papel e mexe todo o corpo para desenhar, avançando
os traçados pelas paredes e chão.
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As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o
tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham
em formas independentes, que ficam soltas na página.
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No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros
indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos
27. De 3 a 4 anos
●
Já conquistou a forma e seus desenhos
têm a intenção de reproduzir algo.
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Ela também respeita melhor os limites do
papel. Mas o grande salto é ser capaz de
desenhar um ser humano reconhecível,
com pernas, braços, pescoço e tronco.
28. De 4 a 5 anos
●
É uma fase de temas clássicos do desenho
infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-
heróis, veículos e animais, varia no uso das
cores, buscando um certo realismo.
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Suas figuras humanas já dispõem de novos
detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a
distribuição dos desenhos no papel obedecem a
uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha.
29. De 4 a 5 anos
●
Aparece ainda a tendência à
antropomorfização, ou seja, a emprestar
características humanas a elementos da
natureza, como o famoso sol com olhos e
boca.
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Esta tendência deve se estender até 7 ou
8 anos.
30. De 5 a 6 anos
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Os desenhos sempre se baseiam em roteiros
com começo, meio e fim.
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As figuras humanas aparecem vestidas e a
criança dá grande atenção a detalhes como as
cores.
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Os temas variam e o fato de não terem nada a
ver com a vida dela são um indício de
desprendimento e capacidade de contar histórias
sobre o mundo
31. De 7 a 8 anos
●
O realismo é a marca desta fase, em que surge
também a noção de perspectiva. Ou seja, os
desenhos da criança já dão uma impressão de
profundidade e distância.
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Extremamente exigentes, muitas deixam de
desenhar, se acham que seus trabalhos não
ficam bonitos.
33. ●
Como podemos perceber a linha de
evolução é similar entre os pesquisadores,
mudando com maior ênfase o enfoque em
alguns aspectos.
34. ●
O importante é respeitar os ritmos de cada
criança e permitir que ela possa desenhar
livremente, sem intervenção direta,
explorando diversos materiais, suportes e
situações.
35. ●
Para tentarmos entender melhor o universo
infantil muitas vezes buscamos interpretar
os seus desenhos, devemos porém
lembrar que a interpretação de um
desenho isolada do contexto em que foi
elaborado não faz sentido.
36. ●
É aconselhável, ao professor, que ofereça às
crianças o contato com diferentes tipos de
desenhos e obras de artes, que elas façam à
leitura de suas produções e escutem a de outros e
também que sugira a criança desenhar a partir de
observações diversas (cenas, objetos, pessoas)
para que possamos ajudá-la a nutrisse de
informações e enriquecer o seu grafismo.
●
Assim elas poderão reformular suas idéias e
construir novos conhecimentos.
37. Enfim, o desenho infantil é umEnfim, o desenho infantil é um
universo cheio de mundos auniverso cheio de mundos a
serem explorados!serem explorados!