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XI CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE
CALDAS
21 A 23 DE MAIO DE 2014 – POÇOS DE CALDAS – MINAS GERAIS
APIFAUNA E SEUS RECURSOS FORRAGEIROS OCORRENTES EM ÁREA DE
BARRAGEM HIDRELÉTRICA NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE - SC
Denise Monique Dubet da Silva Mouga
(1)
; Manuel Warkentin
(2)
; Rogério Nunes Barbosa
(3)
;
Andressa Karine Golinski dos Santos
(4)
Vanessa Feretti
(5)
; Tatiane Beatriz Malinowski Baran
(6)
;
Enderlei Dec
(7)
(1)
Professora Pesquisadora; Departamento de Ciências Biológicas; UNIVILLE - Universidade da Região de
Joinville; Joinville, Santa Catarina; dmouga@terra.com.br; (47) 3461-9072; Rua Paulo Malschitski, 10, Zona
Industrial, Joinville, Santa Catarina, CEP 89219-710
(2)(3)(4)(5)(6)
Estudante; Departamento de Ciências Biológicas; UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville;
Joinville, Santa Catarina, deusconosco92@hotmail.com; (47) 3461-9072; Rua Paulo Malschitski, 10, Zona
Industrial, Joinville, Santa Catarina, CEP 89219-710
(3)
geronbarbosa@gmail.com;
(4)
pedro-
andressa@hotmail.com;
(5)
vanessaferetti@gmail.com;
(6)
tatybmb@yahoo.com.br
(7)
Pós-Graduação em Entomologia, FFCLRP/ USP - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/ SP;
enderlei@hotmail.com; (16) 3602-3704; Avenida Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto, São Paulo,
CEP 14.040-901
RESUMO – Estudos que relacionam abelhas e plantas associadas contribuem para
o entendimento da dinâmica dos ecossistemas. Visando verificar a composição da
apifauna ocorrente na unidade de conservação constituída em torno da represa
hidrelétrica do rio Bracinho, em Joinville/ SC, foi realizado um levantamento, durante
24 meses, utilizando-se redes entomológicas e pratos armadilha. Foram amostradas
96 espécies de abelhas, das cinco subfamílias existentes no Brasil, totalizando 2087
indivíduos. As famílias com mais espécies, na sequência, foram Halictinae, Apinae,
Megachilinae, Andreninae, Colletinae, e com mais indivíduos, Apinae, Halictinae,
Andreninae, Megachilinae, Colletinae. A espécie de abelha introduzida Apis
mellifera, constituiu mais de 30% dos indivíduos. Foram observadas 26 novas
ocorrências de espécies de abelhas. Em termos de recursos forrageiros, as abelhas
interagiram com 110 espécies vegetais, de 50 famílias botânicas, das quais as mais
visitadas foram Asteraceae, Rosaceae e Lythraceae, sendo as espécies mais
apícolas Rubus rosifolius, Sphagneticola trilobata e Cuphea gracilis, esta última
exótica e ornamental. Os valores dos índice de diversidade (Shannon-Wiener) e de
equabilidade (Pielou) foram 3,02 e 0,66, respectivamente. As estimativas de
espécies por jackknife 1 e 2 resultaram em 145 e 172 espécies para o local. A curva
do coletor se mostrou em ascensão. A similaridade com outros ambientes foi maior
com localidade próxima mas também com ambiente distante, possivelmente em
função da formação vegetal pretérita do ambiente estudado. Os níveis de riqueza
indicam um ambiente preservado e, em vista dos números obtidos, a amostragem
deve ser continuada, a fim de se obter uma perspectiva mais próxima da
diversidade.
Palavras-chave: Abelhas nativas. Conservação. PCH. Represa hidrelétrica.
Introdução
Em ambientes subtropicais, que ostentam uma riqueza de espécies alta, a
apreensão da diversidade de espécies animais e vegetais que ocorrem no local
assim como das interações que se estabelecem entre elas, pode ser complexo. As
2
abelhas são, reconhecidamente, os maiores polinizadores de muitas espécies
vegetais, pois dependem de pólen e néctar floral para alimentar a si, às suas larvas
e, no caso de abelhas sociais, suas colônias (BAWA, 1990). Dessa forma, seu
papel, na manutenção da biodiversidade de um ecossistema e na sobrevivência de
algumas espécies, influencia toda a comunidade (SOUZA et al., 2007) e, direta ou
indiretamente, também o ser humano (FARIA-MUCCI et al., 2003). O conhecimento
sobre a riqueza da melissofauna e seus recursos forrageiros constitui, por isso, uma
ferramenta importante para estudar e avaliar o restante do ecossistema. No estado
de Santa Catarina, muitos locais não têm sua apifauna estudada (MOUGA, 2009) e
como muitas espécies de abelha não têm uma distribuição muito ampla, até locais
próximos podem hospedar composições de espécies bastante diferentes
(MICHENER, 2007). Por outro lado, intervenções antrópicas podem causar
distúrbios ambientais, que impactam inclusive as comunidades biológicas
(O’TOOLE, 1993). A Estação Ecológica do Bracinho foi criada em torno da barragem
hidrelétrica do rio Bracinho, no município de Joinville/ SC, para resguardar o
manancial, estratégico corpo hídrico (CELESC, 1984). O local, preservado há
décadas, contem ampla vegetação praticamente intocada. Na região em apreço,
foram realizados estudos sobre apifauna em Floresta Ombrófila Mista (MOUGA,
2004), Floresta Ombrófila Densa Montana (MOUGA e KRUG, 2010) e em área de
transição Floresta Ombrófila Densa com Floresta Ombrófila Mista (MOUGA et al.,
2012). Assim, este estudo objetivou estudar a composição melissofaunística, a
riqueza de plantas associadas às abelhas e suas interações, numa perspectiva
comparativa de níveis de diversidade e conservacionista.
Material e Métodos
A Estação Ecológica do Bracinho (ESEC Bracinho), com área de 46,1 km2
,
localiza-se a oeste do município de Joinville, na Serra do Mar, sob as coordenadas
geográficas 26.2815 S e 49.1038 W, com altitude de 630m acima do nível do mar,
precipitação em torno de 3105,9 mm por ano, vegetação constituída de Floresta
Ombrófila Densa Montana e de transição, bastante preservada e relevo acidentado
(JOINVILLE, 2013). As coletas ocorreram mensalmente, com dois coletores, durante
24 meses (março/ 2012 a fevereiro/ 2014), no horário das 9:00h às 16:00h,
perfazendo 336 horas de esforço de captura. Foi utilizado o método de Sakagami et
al. (1967), adaptado, com redes entomológicas para a coleta de abelhas sobre as
plantas floridas e também armadilhas de Moericke (pratos-armadilha). Após a coleta,
todos os indivíduos de Apidae foram sacrificados, acondicionados, transferidos ao
LABEL – Laboratório de Abelhas da Univille, preparados e identificados assim como
as plantas associadas. Os espécimes encontram-se depositados na Coleção de
Referência de Apidae (CRABEU) e no Herbário do Label. As espécies de abelhas
Apis melífera L. 1758 e Trigona spinipes (Fabricius, 1793) foram, em sua maior
parte, apenas contabilizadas. As informações obtidas foram reunidas em bancos de
dados, abelhas e plantas foram caracterizadas qualitativa e quantitativamente, em
número de indivíduos (abundância) e número de espécies (riqueza). Foram
calculados os índices de diversidade de Shannon-Wiener (KREBS, 1989), de
equabilidade (PIELOU, 1977), de similaridade de Soeresen (MAGURRAN, 1988), a
curva de acumulação de espécies (COLWELL E CODDINGTON, 1994) e os
estimadores de riqueza não paramétricos jackknife 1 e jackknife 2 (PALMER, 1991).
3
Resultados e Discussão
Foram amostrados 2087 indivíduos, dos quais 948 capturados em campo,
pertencentes a 96 espécies de 14 tribos das cinco subfamílias de Apidae presentes
no Brasil (Tabela 1), seguindo a chave de Silveira et al. (2002) e tendo sido utilizada
a classificação de Melo & Gonçalves (2005). Foram verificadas 26 novas ocorrências
de espécies de abelhas (assinaladas com asterisco na Tabela 1)(27%) para o
estado de SC, de acordo com Moure et al. (2012). A maior quantidade se encontra
em Halictinae, seguida por Apinae não corbiculados,Megachilinae, Andreninae e
Apinae corbiculados, Colletinae.
Tabela 1- Lista de espécies de abelhas amostradas na ESEC Bracinho, entre
março/2012 e fevereiro/2014.
Subfamília Tribo Espécie N L
Apinae Apini Apis mellifera L., 1758 681
(Corbiculados
) Bombini Bombus (Fervido.) brasiliensis Lepeletier, 1836 41
Bombus (Fervido.) morio Swederus, 1787 108
Bombus (Fervido.) pauloensis Friese, 1913 23
Meliponini
Melipona (Eom.) bicolor Lepeletier, A. L. M.
1836 7 * SP
Melipona (Eom.) marginata Lepeletier, 1836 3 * SP
Oxytrigona tataira (Smith, 1863) 3
Paratrigona subnuda Moure, 1947 58
Partamona combinata Pedro & Camargo, 2003 1* SP
Partamona helleri (Friese, 1900) 3
Partamona sp. 11
Plebeia emerina (Friese, 1900) 1
Plebeia saiqui Friese, 1900 10
Plebeia sp. 5
Schwarziana quadripunctata (Lepeletier, 1836) 3
Trigona spinipes Fabricius, 1793 649
(Não-
corbiculados) Xylocopini Ceratina (Ceratinula) sp. 01 1
Ceratina (Ceratinula) sp. 02 1
Ceratina (Ceratinula) sp. 1
Ceratina (Crewella) sp. 07 1
Ceratina (Crewella) sp. 7
Ceratina sp. 1
Xylocopa (Neox.) frontalis Olivier, 1789 5*
Centris (Hemisiella) tarsata Smith, 1874 7 *
MT,
Argentina
Centridini Centris (Xanthemisia) bicolor Lepeletier, 1841 2 * RS
Centris sp. 4
Eucerini Melissoptila cnecomala (Moure, 1944) 1* PR
Melissoptila thoracica (Smith, 1854) 8
Thygater (T.) analis (Lepeletier, 1841) 3 * PR
4
Thygater sp. 1
Trichocerapis cf. mirabilis (Smith, 1865) 1
Exomalopsini Exomalopsis (E.) analis Spinola, 1853 2
Exomalopsis sp. 5
Tapinotaspidini Lanthanomelissa betinae Urban, 1995 1
Lanthanomelissa sp. 1
Paratetrapedia fervida (Smith, 1879) 1
Paratetrapedia volatilis (Smith, 1879) 2
Paratetrapedia sp. 1
Halictinae Augochlorini
Augochlora (Augochlora) cydippe (Schrottky,
1910) 1
Augochlora (A.) foxiana Cockerell, 1900 2 *
PR,
Uruguai
Augochlora (A.) sp. 03 2
Augochlora (A.) sp. 07 8
Augochlora sp. 07 3
Augochlora sp. 67
Augochlora (Oxystoglossella) sp. 04 9
Augochlora (O.) sp. 05 7
Augochlorella sp. 14
Augochlorodes turrifaciens Moure, 1958 1* RJ
Augochloropsis cleopatra (Schrottky, 1902) 1
Augochloropsis sp. 01 6
Augochloropsis sp. 03 3
Augochloropsis sp. 04 1
Augochloropsis sp. 07 1
Augochloropsis sp. 23
Ceratalictus sp. 2* PR, RS
Megommation insigne (Smith, 1853) 1
Neocorynura aenigma (Gribodo, 1894) 2 * RS
Neocorynura norops (Vachal, 1904) 1 * GO
Neocorynura oiospermii Schrottky, 1909 21
Neocorynura sp. 5
Paroxystoglossa brachycera Moure, 1960 2 * Argentina
Paroxystoglossa cf. jocasta (Schrottky, 1910) 1
Paroxystoglossa sp. 10
Pseudaugochlora graminea (Fabricius, 1804) 1
Pseudaugochlora simulata Almeida, 2008 1
Pseudaugochlora sp. 7
Halictini Agapostemon sp. 6 * ES
Dialictus sp. 133
Oragapostemon divaricatus (Vachal, 1903) 1
Pereirapis rhizophila Moure, 1943 2 * SP
Pereirapis sp. 10 * SP
5
Pseudagapostemon olivaceosplendens Strand,
1910 1
Pseudagapostemon pruinosus Moure &
Sakagami, 1984 1
Pseudagapostemon sp. 2
Ptilocleptis sp. 3
Sphecodes sp. 1* Argentina
Andreninae Protandrenini Anthrenoides meridionalis (Schrottky, 1906) 15
Anthrenoides sp. 9
Psaenythia bergii Holmberg, 1884 2 * PR
Rhophitulus flavitarsis (Schlindwein & Moure,
1998) 1 * RS
Rhophitulus sp. 02 1
Rhophitulus sp. 15 * SP
Calliopsini
Callonychium cf. (Callonychium) petuniae Cure
& Wittmann, 1990 1
Megachilinae Megachilini Coelioxys mesopotamica Holmberg, 1918 1
Coelioxys zapoteca Cresson, 1878 1
Coelioxys sp. 1
Megachile (Austromegachile) susurrans
Haliday, 1837 1 * PR, RS
Megachile (Chrysosarus) pseudanthidioides
Moure, 1944 1
Megachile (Dactylomegachile) sp. 1
Megachile (Moureapis) pleuralis Vachal, 1910 1
Megachile (Pseudocentron) sp. 1
Megachile (Ptilosarus) sp. 1* PR
Megachile (Trichurochile) cachoeirensis
Schrottky, 1920 1* ES
Megachile (Trichurochile) thygaterella
Schrottky, 1913 1* PR
Megachile sp. 3
Colletinae Paracolletini Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) 2* PR, RS
5 Subfamílias 14 Tribos 96 Espécies 2087 indivíduos
Legenda: N= Número de indivíduos, *=espécie com nova ocorrência, L=Estado ou país mais próximo
de ocorrência descrita conforme Moure et al. (2012), ES=Espírito Santo, GO=Goiás, MT=Mato
Grosso, PR=Paraná, RJ=Rio de Janeiro, RS=Rio Grande do Sul, SP=São Paulo.
A maioria dos novos registros foi para espécies presentes nos estados
vizinhos embora também tenham sido coletados táxons com ocorrência apenas para
locais distantes, por
exemplo, ES, MT, GO, Uruguai, Argentina. Estas espécies, se cotejadas a outros
registros de ocorrência de levantamentos de apifauna do sul e sudeste do Brasil,
podem permitir preencher hiatos em padrões de distribuição (MOUGA e DEC, 2011).
Em relação à riqueza de espécies por subfamília (1) e à abundância de
indivíduos (2), (Figura 2), observa-se que a riqueza de espécies, a sequência das
subfamílias seguiu o padrão usualmente reportado para a região biogeográfica
Neotropical (temperada e subtropical), de acordo com Martins (1994) e também
Steiner et al. (2006), que atribui este padrão a regiões interiores de SC. Em termos
6
de quantidade de indivíduos, observa-se que a espécie introduzida Apis mellifera
representou 32,77 % dos indivíduos amostrados. Esta espécie, com maior
abundância de indivíduos por colônia, é, sinecologicamente, muito ativa, sendo uma
espécie exótica, altamente adaptável, e que tem desenvolvido, em geral, relações
interespecíficas concorrenciais, que podem promover a redução dos recursos
forrageiros e locais de nidificação (SILVEIRA et al., 2002).
A curva de acumulação de espécies ("curva do coletor")(Figura 3) mostra-se
ainda em ascensão após 24 meses de coleta, o que indica ainda há probabilidade
de se encontrar espécies ainda não amostradas. O cálculo dos estimadores de
riqueza resultou em 145,96 espécies esperadas e, para jackknife de segunda ordem,
em 172,46 espécies esperadas, tendo sido amostradas 96 espécies, o que indica
que restam, ainda, aproximadamente, entre 50 e 75% de espécies a serem
coletadas. Como a unidade de conservação está inserida em uma vasta extensão de
vegetação florestal, é possível que a apifauna não se encontre concentrada nos
locais de amostragem, o que pode ter moderado os números. Para alcançar uma
amostragem mais integral da apifauna presente, seriam necessárias mais coletas ou
então métodos diferenciados (KRUG e ALVES-DOS-SANTOS, 2008). Em relação à
diversidade biológica encontrada, o valor do índice de Shannon-Wiener (SW) (cujo
valor oscila entre 2,5 e 3,5 em ecossistemas de Mata Atlântica similares ao
estudado), resultou em 3,02, Segundo Durigan (1999), o SW varia entre 2,5 e 3,5
em ecossistemas de Mata Atlântica similares ao estudado. Já o índice de
equabilidade de Pielou (que varia entre 0 e 1) resultou em 0,66, valor possivelmente
atribuível ao fato de muitas espécies terem sido representadas apenas por um único
indivíduo, enquanto que algumas poucas espécies foram muito abundantes (a saber,
Apis mellifera com 681 indivíduos e Trigona spinipes com 649 indivíduos) (BARROS,
2007).
Figura 2 - Frequência relativa do número de espécies e do número de indivíduos
amostrados. Legenda: *=sem Apis mellifera .Legenda: * - sem Apis mellifera.
7
Figura 3: Curva de acumulação de espécies ao longo das coletas de março/ 2012 a
fevereiro/ 2014.
As plantas, com as quais as abelhas foram observadas interagindo,
pertencem a 110 espécies de 507 famílias, sendo as famílias com maior número de
interações verificadas Asteraceae, Rosaceae e Lythraceae. As três espécies mais
visitadas pelas abelhas foram Rubus rosifolius Sm. (Rosaceae), Sphagneticola
trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) e Cuphea gracilis Kunth (Lythraceae), com 204,
123 e 103 interações registradas, espécies estas também relatadas por Maia-Silva
et al. (2012), entre outros autores, como apícolas.
A comparação com outros ambientes (Mafra e Vila da Glória em Mouga,
2004; Mata Atlântica em Gonçalves e Brandão, 2008; São Bento do Sul em Mouga
et al. 2010; Caetezal em Mouga et al. 2012), por meio do índice de similaridade de
Soerensen evidenciou os maiores valores com o município de Joinville (localidade
Caetezal) e Mafra. A similaridade com Caetezal é esperada, sendo a distância entre
os ambientes pequena, a altitude semelhante e a vegetação similar. O fato de se ter
obtido similaridade com ambiente de Floresta Ombrófila Mista (município de Mafra),
que não é a formação vegetal dominante atual da localidade, é sugestivo de que o
local, anteriormente, ostentava matas de araucária já que composições biológicas
específicas refletem o cenário de condições ambientais prevalentes (AB' SABER,
1996). Estas gimnospermas foram bastante exploradas no passado recente (séculos
XIX e XX), havendo diversas serrarias desativadas na região, que cortavam os
exemplares de Araucaria angustifolia(Bertol.) Kuntze 1898 e Podocarpus lambertii
Klotzsch. Por outro lado, a composição de espécies encontrada pode ser um indício
das condições climáticas e vegetacionais que prevaleciam na região no passado
mais remoto (IBGE, 1990), a saber, um local com clima mais frio e seco, ao qual
estas comunidades de abelhas estavam adaptadas, e do qual não se afastaram
quando as condições climáticas se amenizaram (KLEIN, 1978), pois a alteração se
deu para condições menos inóspitas portanto mais favoráveis.
Conclusões
No ambiente estudado, foi verificada uma riqueza de espécies de abelhas
relevante, uma equabilidade mediana, estimativas de riqueza indicando que deve
8
haver ainda cerca de 50-75% de espécies a serem amostradas. As novas
ocorrências de espécies de abelhas para SC chegam a 27% dos táxons amostrados.
Apis mellifera constituiu mais de 30% dos indivíduos. Em termos de recursos
forrageiros, as famílias botânicas mais visitadas foram Asteraceae, Rosaceae e
Lythraceae. A similaridade com outros ambientes se revelou maior com localidade
próxima mas também com ambiente distante, possivelmente em função da formação
vegetal pretérita do ambiente estudado. A amostragem do ambiente deve ser
prosseguida a fim de ampliar o conhecimento sobre a composição de espécies,
numa perspectiva de busca mais exata da diversidade. O estudo da apifauna se
confirma como um balizador da conservação, seu inventariamento podendo ser
indicativo das transformações ambientais e climáticas da biosfera.
Agradecimento(s)
Aos especialistas Osmar dos Santos Ribas, Juarez Cordeiro e Eraldo Barboza
do Museu Botânico da Cidade de Curitiba pela identificação das plantas, aos
especialistas Gabriel Augusto Rodrigues de Melo e Danúncia Urban da Universidade
Federal do Paraná pela ajuda na identificação das abelhas, à CELESC-Centrais
Elétricas de Santa Catarina pelo acesso ao local das coletas, à Univille pelo apoio e
a todos que contribuíram ao desenvolvimento do projeto.
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9
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PALMER, M. W. Estimating species richness: The second-order jackknife
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PIELOU, E. C. Mathematical ecology. London: John Wiley & Sons, 1977. 385p.
SAKAGAMI, S. F.; LAROCA, S.; MOURE, J. S. Wild bees biocenotics in São José dos
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University (Series 6, Zoology) v.19, p. 253-291, 1967.
SILVEIRA, F. A.; MELO, G. A. R.; ALMEIDA, E. B. Abelhas brasileiras: sistemática e
identificação. Belo Horizonte: Fernando A. Silveira, 2002. 253 p.
SOUZA, D. L.; EVANGELISTA-RODRIGUES, A.; PINTO, M. do S. de C. As abelhas como
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2007. STEINER, J.; HARTER-MARQUES, B.; ZILLIKENS, A.; FEJA, E. P. Bees of Santa
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  • 1. XI CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS 21 A 23 DE MAIO DE 2014 – POÇOS DE CALDAS – MINAS GERAIS APIFAUNA E SEUS RECURSOS FORRAGEIROS OCORRENTES EM ÁREA DE BARRAGEM HIDRELÉTRICA NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE - SC Denise Monique Dubet da Silva Mouga (1) ; Manuel Warkentin (2) ; Rogério Nunes Barbosa (3) ; Andressa Karine Golinski dos Santos (4) Vanessa Feretti (5) ; Tatiane Beatriz Malinowski Baran (6) ; Enderlei Dec (7) (1) Professora Pesquisadora; Departamento de Ciências Biológicas; UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville; Joinville, Santa Catarina; dmouga@terra.com.br; (47) 3461-9072; Rua Paulo Malschitski, 10, Zona Industrial, Joinville, Santa Catarina, CEP 89219-710 (2)(3)(4)(5)(6) Estudante; Departamento de Ciências Biológicas; UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville; Joinville, Santa Catarina, deusconosco92@hotmail.com; (47) 3461-9072; Rua Paulo Malschitski, 10, Zona Industrial, Joinville, Santa Catarina, CEP 89219-710 (3) geronbarbosa@gmail.com; (4) pedro- andressa@hotmail.com; (5) vanessaferetti@gmail.com; (6) tatybmb@yahoo.com.br (7) Pós-Graduação em Entomologia, FFCLRP/ USP - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/ SP; enderlei@hotmail.com; (16) 3602-3704; Avenida Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto, São Paulo, CEP 14.040-901 RESUMO – Estudos que relacionam abelhas e plantas associadas contribuem para o entendimento da dinâmica dos ecossistemas. Visando verificar a composição da apifauna ocorrente na unidade de conservação constituída em torno da represa hidrelétrica do rio Bracinho, em Joinville/ SC, foi realizado um levantamento, durante 24 meses, utilizando-se redes entomológicas e pratos armadilha. Foram amostradas 96 espécies de abelhas, das cinco subfamílias existentes no Brasil, totalizando 2087 indivíduos. As famílias com mais espécies, na sequência, foram Halictinae, Apinae, Megachilinae, Andreninae, Colletinae, e com mais indivíduos, Apinae, Halictinae, Andreninae, Megachilinae, Colletinae. A espécie de abelha introduzida Apis mellifera, constituiu mais de 30% dos indivíduos. Foram observadas 26 novas ocorrências de espécies de abelhas. Em termos de recursos forrageiros, as abelhas interagiram com 110 espécies vegetais, de 50 famílias botânicas, das quais as mais visitadas foram Asteraceae, Rosaceae e Lythraceae, sendo as espécies mais apícolas Rubus rosifolius, Sphagneticola trilobata e Cuphea gracilis, esta última exótica e ornamental. Os valores dos índice de diversidade (Shannon-Wiener) e de equabilidade (Pielou) foram 3,02 e 0,66, respectivamente. As estimativas de espécies por jackknife 1 e 2 resultaram em 145 e 172 espécies para o local. A curva do coletor se mostrou em ascensão. A similaridade com outros ambientes foi maior com localidade próxima mas também com ambiente distante, possivelmente em função da formação vegetal pretérita do ambiente estudado. Os níveis de riqueza indicam um ambiente preservado e, em vista dos números obtidos, a amostragem deve ser continuada, a fim de se obter uma perspectiva mais próxima da diversidade. Palavras-chave: Abelhas nativas. Conservação. PCH. Represa hidrelétrica. Introdução Em ambientes subtropicais, que ostentam uma riqueza de espécies alta, a apreensão da diversidade de espécies animais e vegetais que ocorrem no local assim como das interações que se estabelecem entre elas, pode ser complexo. As
  • 2. 2 abelhas são, reconhecidamente, os maiores polinizadores de muitas espécies vegetais, pois dependem de pólen e néctar floral para alimentar a si, às suas larvas e, no caso de abelhas sociais, suas colônias (BAWA, 1990). Dessa forma, seu papel, na manutenção da biodiversidade de um ecossistema e na sobrevivência de algumas espécies, influencia toda a comunidade (SOUZA et al., 2007) e, direta ou indiretamente, também o ser humano (FARIA-MUCCI et al., 2003). O conhecimento sobre a riqueza da melissofauna e seus recursos forrageiros constitui, por isso, uma ferramenta importante para estudar e avaliar o restante do ecossistema. No estado de Santa Catarina, muitos locais não têm sua apifauna estudada (MOUGA, 2009) e como muitas espécies de abelha não têm uma distribuição muito ampla, até locais próximos podem hospedar composições de espécies bastante diferentes (MICHENER, 2007). Por outro lado, intervenções antrópicas podem causar distúrbios ambientais, que impactam inclusive as comunidades biológicas (O’TOOLE, 1993). A Estação Ecológica do Bracinho foi criada em torno da barragem hidrelétrica do rio Bracinho, no município de Joinville/ SC, para resguardar o manancial, estratégico corpo hídrico (CELESC, 1984). O local, preservado há décadas, contem ampla vegetação praticamente intocada. Na região em apreço, foram realizados estudos sobre apifauna em Floresta Ombrófila Mista (MOUGA, 2004), Floresta Ombrófila Densa Montana (MOUGA e KRUG, 2010) e em área de transição Floresta Ombrófila Densa com Floresta Ombrófila Mista (MOUGA et al., 2012). Assim, este estudo objetivou estudar a composição melissofaunística, a riqueza de plantas associadas às abelhas e suas interações, numa perspectiva comparativa de níveis de diversidade e conservacionista. Material e Métodos A Estação Ecológica do Bracinho (ESEC Bracinho), com área de 46,1 km2 , localiza-se a oeste do município de Joinville, na Serra do Mar, sob as coordenadas geográficas 26.2815 S e 49.1038 W, com altitude de 630m acima do nível do mar, precipitação em torno de 3105,9 mm por ano, vegetação constituída de Floresta Ombrófila Densa Montana e de transição, bastante preservada e relevo acidentado (JOINVILLE, 2013). As coletas ocorreram mensalmente, com dois coletores, durante 24 meses (março/ 2012 a fevereiro/ 2014), no horário das 9:00h às 16:00h, perfazendo 336 horas de esforço de captura. Foi utilizado o método de Sakagami et al. (1967), adaptado, com redes entomológicas para a coleta de abelhas sobre as plantas floridas e também armadilhas de Moericke (pratos-armadilha). Após a coleta, todos os indivíduos de Apidae foram sacrificados, acondicionados, transferidos ao LABEL – Laboratório de Abelhas da Univille, preparados e identificados assim como as plantas associadas. Os espécimes encontram-se depositados na Coleção de Referência de Apidae (CRABEU) e no Herbário do Label. As espécies de abelhas Apis melífera L. 1758 e Trigona spinipes (Fabricius, 1793) foram, em sua maior parte, apenas contabilizadas. As informações obtidas foram reunidas em bancos de dados, abelhas e plantas foram caracterizadas qualitativa e quantitativamente, em número de indivíduos (abundância) e número de espécies (riqueza). Foram calculados os índices de diversidade de Shannon-Wiener (KREBS, 1989), de equabilidade (PIELOU, 1977), de similaridade de Soeresen (MAGURRAN, 1988), a curva de acumulação de espécies (COLWELL E CODDINGTON, 1994) e os estimadores de riqueza não paramétricos jackknife 1 e jackknife 2 (PALMER, 1991).
  • 3. 3 Resultados e Discussão Foram amostrados 2087 indivíduos, dos quais 948 capturados em campo, pertencentes a 96 espécies de 14 tribos das cinco subfamílias de Apidae presentes no Brasil (Tabela 1), seguindo a chave de Silveira et al. (2002) e tendo sido utilizada a classificação de Melo & Gonçalves (2005). Foram verificadas 26 novas ocorrências de espécies de abelhas (assinaladas com asterisco na Tabela 1)(27%) para o estado de SC, de acordo com Moure et al. (2012). A maior quantidade se encontra em Halictinae, seguida por Apinae não corbiculados,Megachilinae, Andreninae e Apinae corbiculados, Colletinae. Tabela 1- Lista de espécies de abelhas amostradas na ESEC Bracinho, entre março/2012 e fevereiro/2014. Subfamília Tribo Espécie N L Apinae Apini Apis mellifera L., 1758 681 (Corbiculados ) Bombini Bombus (Fervido.) brasiliensis Lepeletier, 1836 41 Bombus (Fervido.) morio Swederus, 1787 108 Bombus (Fervido.) pauloensis Friese, 1913 23 Meliponini Melipona (Eom.) bicolor Lepeletier, A. L. M. 1836 7 * SP Melipona (Eom.) marginata Lepeletier, 1836 3 * SP Oxytrigona tataira (Smith, 1863) 3 Paratrigona subnuda Moure, 1947 58 Partamona combinata Pedro & Camargo, 2003 1* SP Partamona helleri (Friese, 1900) 3 Partamona sp. 11 Plebeia emerina (Friese, 1900) 1 Plebeia saiqui Friese, 1900 10 Plebeia sp. 5 Schwarziana quadripunctata (Lepeletier, 1836) 3 Trigona spinipes Fabricius, 1793 649 (Não- corbiculados) Xylocopini Ceratina (Ceratinula) sp. 01 1 Ceratina (Ceratinula) sp. 02 1 Ceratina (Ceratinula) sp. 1 Ceratina (Crewella) sp. 07 1 Ceratina (Crewella) sp. 7 Ceratina sp. 1 Xylocopa (Neox.) frontalis Olivier, 1789 5* Centris (Hemisiella) tarsata Smith, 1874 7 * MT, Argentina Centridini Centris (Xanthemisia) bicolor Lepeletier, 1841 2 * RS Centris sp. 4 Eucerini Melissoptila cnecomala (Moure, 1944) 1* PR Melissoptila thoracica (Smith, 1854) 8 Thygater (T.) analis (Lepeletier, 1841) 3 * PR
  • 4. 4 Thygater sp. 1 Trichocerapis cf. mirabilis (Smith, 1865) 1 Exomalopsini Exomalopsis (E.) analis Spinola, 1853 2 Exomalopsis sp. 5 Tapinotaspidini Lanthanomelissa betinae Urban, 1995 1 Lanthanomelissa sp. 1 Paratetrapedia fervida (Smith, 1879) 1 Paratetrapedia volatilis (Smith, 1879) 2 Paratetrapedia sp. 1 Halictinae Augochlorini Augochlora (Augochlora) cydippe (Schrottky, 1910) 1 Augochlora (A.) foxiana Cockerell, 1900 2 * PR, Uruguai Augochlora (A.) sp. 03 2 Augochlora (A.) sp. 07 8 Augochlora sp. 07 3 Augochlora sp. 67 Augochlora (Oxystoglossella) sp. 04 9 Augochlora (O.) sp. 05 7 Augochlorella sp. 14 Augochlorodes turrifaciens Moure, 1958 1* RJ Augochloropsis cleopatra (Schrottky, 1902) 1 Augochloropsis sp. 01 6 Augochloropsis sp. 03 3 Augochloropsis sp. 04 1 Augochloropsis sp. 07 1 Augochloropsis sp. 23 Ceratalictus sp. 2* PR, RS Megommation insigne (Smith, 1853) 1 Neocorynura aenigma (Gribodo, 1894) 2 * RS Neocorynura norops (Vachal, 1904) 1 * GO Neocorynura oiospermii Schrottky, 1909 21 Neocorynura sp. 5 Paroxystoglossa brachycera Moure, 1960 2 * Argentina Paroxystoglossa cf. jocasta (Schrottky, 1910) 1 Paroxystoglossa sp. 10 Pseudaugochlora graminea (Fabricius, 1804) 1 Pseudaugochlora simulata Almeida, 2008 1 Pseudaugochlora sp. 7 Halictini Agapostemon sp. 6 * ES Dialictus sp. 133 Oragapostemon divaricatus (Vachal, 1903) 1 Pereirapis rhizophila Moure, 1943 2 * SP Pereirapis sp. 10 * SP
  • 5. 5 Pseudagapostemon olivaceosplendens Strand, 1910 1 Pseudagapostemon pruinosus Moure & Sakagami, 1984 1 Pseudagapostemon sp. 2 Ptilocleptis sp. 3 Sphecodes sp. 1* Argentina Andreninae Protandrenini Anthrenoides meridionalis (Schrottky, 1906) 15 Anthrenoides sp. 9 Psaenythia bergii Holmberg, 1884 2 * PR Rhophitulus flavitarsis (Schlindwein & Moure, 1998) 1 * RS Rhophitulus sp. 02 1 Rhophitulus sp. 15 * SP Calliopsini Callonychium cf. (Callonychium) petuniae Cure & Wittmann, 1990 1 Megachilinae Megachilini Coelioxys mesopotamica Holmberg, 1918 1 Coelioxys zapoteca Cresson, 1878 1 Coelioxys sp. 1 Megachile (Austromegachile) susurrans Haliday, 1837 1 * PR, RS Megachile (Chrysosarus) pseudanthidioides Moure, 1944 1 Megachile (Dactylomegachile) sp. 1 Megachile (Moureapis) pleuralis Vachal, 1910 1 Megachile (Pseudocentron) sp. 1 Megachile (Ptilosarus) sp. 1* PR Megachile (Trichurochile) cachoeirensis Schrottky, 1920 1* ES Megachile (Trichurochile) thygaterella Schrottky, 1913 1* PR Megachile sp. 3 Colletinae Paracolletini Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) 2* PR, RS 5 Subfamílias 14 Tribos 96 Espécies 2087 indivíduos Legenda: N= Número de indivíduos, *=espécie com nova ocorrência, L=Estado ou país mais próximo de ocorrência descrita conforme Moure et al. (2012), ES=Espírito Santo, GO=Goiás, MT=Mato Grosso, PR=Paraná, RJ=Rio de Janeiro, RS=Rio Grande do Sul, SP=São Paulo. A maioria dos novos registros foi para espécies presentes nos estados vizinhos embora também tenham sido coletados táxons com ocorrência apenas para locais distantes, por exemplo, ES, MT, GO, Uruguai, Argentina. Estas espécies, se cotejadas a outros registros de ocorrência de levantamentos de apifauna do sul e sudeste do Brasil, podem permitir preencher hiatos em padrões de distribuição (MOUGA e DEC, 2011). Em relação à riqueza de espécies por subfamília (1) e à abundância de indivíduos (2), (Figura 2), observa-se que a riqueza de espécies, a sequência das subfamílias seguiu o padrão usualmente reportado para a região biogeográfica Neotropical (temperada e subtropical), de acordo com Martins (1994) e também Steiner et al. (2006), que atribui este padrão a regiões interiores de SC. Em termos
  • 6. 6 de quantidade de indivíduos, observa-se que a espécie introduzida Apis mellifera representou 32,77 % dos indivíduos amostrados. Esta espécie, com maior abundância de indivíduos por colônia, é, sinecologicamente, muito ativa, sendo uma espécie exótica, altamente adaptável, e que tem desenvolvido, em geral, relações interespecíficas concorrenciais, que podem promover a redução dos recursos forrageiros e locais de nidificação (SILVEIRA et al., 2002). A curva de acumulação de espécies ("curva do coletor")(Figura 3) mostra-se ainda em ascensão após 24 meses de coleta, o que indica ainda há probabilidade de se encontrar espécies ainda não amostradas. O cálculo dos estimadores de riqueza resultou em 145,96 espécies esperadas e, para jackknife de segunda ordem, em 172,46 espécies esperadas, tendo sido amostradas 96 espécies, o que indica que restam, ainda, aproximadamente, entre 50 e 75% de espécies a serem coletadas. Como a unidade de conservação está inserida em uma vasta extensão de vegetação florestal, é possível que a apifauna não se encontre concentrada nos locais de amostragem, o que pode ter moderado os números. Para alcançar uma amostragem mais integral da apifauna presente, seriam necessárias mais coletas ou então métodos diferenciados (KRUG e ALVES-DOS-SANTOS, 2008). Em relação à diversidade biológica encontrada, o valor do índice de Shannon-Wiener (SW) (cujo valor oscila entre 2,5 e 3,5 em ecossistemas de Mata Atlântica similares ao estudado), resultou em 3,02, Segundo Durigan (1999), o SW varia entre 2,5 e 3,5 em ecossistemas de Mata Atlântica similares ao estudado. Já o índice de equabilidade de Pielou (que varia entre 0 e 1) resultou em 0,66, valor possivelmente atribuível ao fato de muitas espécies terem sido representadas apenas por um único indivíduo, enquanto que algumas poucas espécies foram muito abundantes (a saber, Apis mellifera com 681 indivíduos e Trigona spinipes com 649 indivíduos) (BARROS, 2007). Figura 2 - Frequência relativa do número de espécies e do número de indivíduos amostrados. Legenda: *=sem Apis mellifera .Legenda: * - sem Apis mellifera.
  • 7. 7 Figura 3: Curva de acumulação de espécies ao longo das coletas de março/ 2012 a fevereiro/ 2014. As plantas, com as quais as abelhas foram observadas interagindo, pertencem a 110 espécies de 507 famílias, sendo as famílias com maior número de interações verificadas Asteraceae, Rosaceae e Lythraceae. As três espécies mais visitadas pelas abelhas foram Rubus rosifolius Sm. (Rosaceae), Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) e Cuphea gracilis Kunth (Lythraceae), com 204, 123 e 103 interações registradas, espécies estas também relatadas por Maia-Silva et al. (2012), entre outros autores, como apícolas. A comparação com outros ambientes (Mafra e Vila da Glória em Mouga, 2004; Mata Atlântica em Gonçalves e Brandão, 2008; São Bento do Sul em Mouga et al. 2010; Caetezal em Mouga et al. 2012), por meio do índice de similaridade de Soerensen evidenciou os maiores valores com o município de Joinville (localidade Caetezal) e Mafra. A similaridade com Caetezal é esperada, sendo a distância entre os ambientes pequena, a altitude semelhante e a vegetação similar. O fato de se ter obtido similaridade com ambiente de Floresta Ombrófila Mista (município de Mafra), que não é a formação vegetal dominante atual da localidade, é sugestivo de que o local, anteriormente, ostentava matas de araucária já que composições biológicas específicas refletem o cenário de condições ambientais prevalentes (AB' SABER, 1996). Estas gimnospermas foram bastante exploradas no passado recente (séculos XIX e XX), havendo diversas serrarias desativadas na região, que cortavam os exemplares de Araucaria angustifolia(Bertol.) Kuntze 1898 e Podocarpus lambertii Klotzsch. Por outro lado, a composição de espécies encontrada pode ser um indício das condições climáticas e vegetacionais que prevaleciam na região no passado mais remoto (IBGE, 1990), a saber, um local com clima mais frio e seco, ao qual estas comunidades de abelhas estavam adaptadas, e do qual não se afastaram quando as condições climáticas se amenizaram (KLEIN, 1978), pois a alteração se deu para condições menos inóspitas portanto mais favoráveis. Conclusões No ambiente estudado, foi verificada uma riqueza de espécies de abelhas relevante, uma equabilidade mediana, estimativas de riqueza indicando que deve
  • 8. 8 haver ainda cerca de 50-75% de espécies a serem amostradas. As novas ocorrências de espécies de abelhas para SC chegam a 27% dos táxons amostrados. Apis mellifera constituiu mais de 30% dos indivíduos. Em termos de recursos forrageiros, as famílias botânicas mais visitadas foram Asteraceae, Rosaceae e Lythraceae. A similaridade com outros ambientes se revelou maior com localidade próxima mas também com ambiente distante, possivelmente em função da formação vegetal pretérita do ambiente estudado. A amostragem do ambiente deve ser prosseguida a fim de ampliar o conhecimento sobre a composição de espécies, numa perspectiva de busca mais exata da diversidade. O estudo da apifauna se confirma como um balizador da conservação, seu inventariamento podendo ser indicativo das transformações ambientais e climáticas da biosfera. Agradecimento(s) Aos especialistas Osmar dos Santos Ribas, Juarez Cordeiro e Eraldo Barboza do Museu Botânico da Cidade de Curitiba pela identificação das plantas, aos especialistas Gabriel Augusto Rodrigues de Melo e Danúncia Urban da Universidade Federal do Paraná pela ajuda na identificação das abelhas, à CELESC-Centrais Elétricas de Santa Catarina pelo acesso ao local das coletas, à Univille pelo apoio e a todos que contribuíram ao desenvolvimento do projeto. Referências Bibliográficas AB’SABER, A. N. Paleoclimas quaternários e pré-história da América Tropical. II. Revista Brasileira de Biologia v. 50, p. 821–831. 1996. BARROS, R. S. M. Medidas de diversidade biológica. Juiz de Fora/ MG: Universidade Federal de Juiz de Fora, 2007. 13 p. (Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação de Recursos Naturais). BAWA, K. S. Plant-pollinator interactions in tropical rain forests. Ann. Rev. Ecol. Syst.,v. 21, p. 399-422. 1990. CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina. Programa de Meio Ambiente: Estação Ecológica do Bracinho/ Projeto Acqua Viva. Florianópolis, 1984. 4 p.(Circular técnica). COLWELL, R. K.; CODDINGTON, J. A. Estimating terrestrial biodiversity through extrapolation. Philosophical Transactions of the Royal Society of London B, v. 345, p. 101- 118, 1994. DURIGAN, M. E. Florística, dinâmica e análise proteica de uma Floresta Ombrófila Mista em São João do Triunfo - PR. 1999. 125 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba. FARIA-MUCCI, G. M.; MELO, M. A.; CAMPOS, L. A. O. A fauna de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas utilizadas como fonte de recursos florais, em um ecossistema de campos rupestres em Lavras Novas, Minas Gerais, Brasil. p. 241-256. In: MELO, G. A. R.; ALVES- DOS-SANTOS, I. Apoidea Neotropica: Homenagem aos 90 Anos de Jesus Santiago Moure. Criciúma: Editora UNESC, 2003. 320 p. GONÇALVES, R. B.; BRANDÃO, C. R. F. Diversidade de abelhas (Hymenoptera, Apidae) ao longo de um gradiente latitudinal na Mata Atlântica. Biota Neotropica, v.08, n. 04, p. 051- 061, 2008. IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Geografia do Brasil: Região Sul. Rio de Janeiro: 1990. p.151-187. JOINVILLE - Prefeitura Municipal/ SEPLAN – Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. Joinville, 2013. Mapa topográfico. Acesso em 11/12/13. Disponível em: http://simgeo.joinville.sc.gov.br/ KLEIN, R. M. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. Itajaí: SUDESUL/ FATMA/ HBR. 1978. 25 pp.
  • 9. 9 KREBS, C. J. Ecological methodology. New York: Harper & Row. 1989. 652 p. KRUG, C.; ALVES-DOS-SANTOS, I. O uso de diferentes métodos para amostragem da fauna de abelhas (Hymenoptera: Apoidea), um estudo em Floresta Ombrófila Mista em Santa Catarina. Neotropical Entomology, v. 37, n.03, p. 265-278. 2008. MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton University Press, 1988. 179p. MAIA-SILVA, C.; SILVA, C. I.; HRNCIR, M.; QUEIROZ, R. T.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga. Fortaleza: Fundação Brasil Cidadão. 2012. 191p. MARTINS, C. F. Comunidade de abelhas (Hym., Apoidea) da caatinga e do cerrado com elementos de campos rupestres do estado da Bahia, Brasil. Revista Nordestina de Biologia, v.09, n.02, p.225-257. 1994. MELO, G. A. R.; GONÇALVES, R. B. Higher-level bee classifications (Hymenoptera, Apoidea, Apidae sensu lato). Revista Brasileira de Zoologia v. 22, p. 153-159, 2005. MICHENER, C. D. The bees of the world. 2 ed. Baltimore: The John Hopkins University Press, 2007. 992p. MOUGA, D. M. D. S. As comunidades de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) em Mata Atlântica na Região Nordeste do estado de Santa Catarina, Brasil. 2004. 253 p. Tese (Doutorado em Ciências, área Zoologia) - Universidade de São Paulo. MOUGA, D. M. D. S. Abelhas de Santa Catarina: histórico das coletas e lista das espécies. Revista Univille v. 14, p. 75–112. 2009. MOUGA, D. M. D. S.; KRUG, C. As comunidades de abelhas (Apidae) na Floresta Ombrófila Densa Montana em Santa Catarina, Brasil. Zoologia, v. 27, n. 01, p. 70-80, 2010. MOUGA, D. M. D. S.; DEC, E. Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no Parque Nacional São Joaquim, Santa Catarina, Brasil. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 10., 2011, São Lourenço. Resumos....São Paulo: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2011. Acesso em 21 mar. 2014. Online. Disponível em: http://www.xceb.com.br/site/. MOUGA, D. M. D. S.; NOBLE, C. F.; BUSSMANN, D. B. G. KRUG, C. Bees and plants in a transition area between atlantic rain forest and araucaria forest in southern Brazil. Revue d´Écologie (Terre et Vie), v. 67, p. 313 – 327, 2012. MOUGA, D. M. D. S.; NOGUEIRA NETO, P. A high grassland bee community in southern Brazil: survey and annotated checklist (Insecta: Apidae). Journal of the Kansas Entomological Society, v. 85, n. 04, p. 295-308. 2012. MOURE, J. S.; URBAN, D.; MELO, G. A. R. 2012. Catalogue of Bees (Hymenoptera, Apoidea) in the Neotropical Region. Curitiba, 23 Jul 2008. Acesso: 29 abr. 2013. Disponível em http://www.moure.cria.org.br/catalogue. O’TOOLE, C. Diversity of native bees and agroecosystems. In: LaSalle, J.; Gauld, I. D. (editors). Hymenoptera and biodiversity. In: QUADRENNIAL SYMPOSIUM OF THE INTERNATIONAL SOCIETY OF HYMENOPTERISTS, 3., 1993, London. Annals ...Wallingford (UK): Commonwealth Agricultural Bureau International, 1993. p.69-106. PALMER, M. W. Estimating species richness: The second-order jackknife reconsidered. Ecology, v. 72, p. 1512-1513, 1991. PIELOU, E. C. Mathematical ecology. London: John Wiley & Sons, 1977. 385p. SAKAGAMI, S. F.; LAROCA, S.; MOURE, J. S. Wild bees biocenotics in São José dos Pinhais (PR), South Brazil - preliminary report. Journal of the Faculty of Science Hokkaido University (Series 6, Zoology) v.19, p. 253-291, 1967. SILVEIRA, F. A.; MELO, G. A. R.; ALMEIDA, E. B. Abelhas brasileiras: sistemática e identificação. Belo Horizonte: Fernando A. Silveira, 2002. 253 p. SOUZA, D. L.; EVANGELISTA-RODRIGUES, A.; PINTO, M. do S. de C. As abelhas como agentes polinizadores. REDVET - Revista electrónica de Veterinária, v. 08, n. 03, p. 01-07, 2007. STEINER, J.; HARTER-MARQUES, B.; ZILLIKENS, A.; FEJA, E. P. Bees of Santa
  • 10. 10 Catarina Island, Brazil - a first survey and check-list (Insect, Apoidea). Zootaxa, v. 1220, p. 1- 18. 2006.