Mineração e Crise do Sistema Colonial - Professor Medeiros - www.historiasdomedeiros.blogspot.com - CSSG - E. E. Presidente Médici - Cuiabá-MT - História do Brasil - Período Colonial
10. Antecedentes:
Crise na colônia
e na metrópole.
1603: Regimento
das Minas (permitia
a livre extração +
Quinto Real).
11. A Mineração do Ouro:
Intendência das Minas (órgão que
controlava a extração do ouro e a
arrecadação dos impostos).
Datas: lotes das minas.
Impostos: Quinto Real, Capitação
e ... Derrama.
Local: MG/BA/GO/MT.
Casas de Fundição: local o qual o
ouro era fundido e quintado.
12.
13. Ouro de
Aluvião
O ouro brasileiro era encontrado no barranco
das margens dos rios ou em seu leito. Recebe
essa denominação porque se misturava a outras
substancias, argila, areia; acumuladas pela
erosão.
A exploração do ouro de aluvião dispensava
o trabalho de prospecção, sondagem profunda.
Empregava técnicas rudimentares, usando-se
apenas alguns equipamentos.
14. Os Diamantes:
Arraial do Tijuco;
Estanco Régio (monopólio
da Coroa na extração).
Contratadores (particulares que
compravam a concessão, isto é, pelo
direito de explorar as minas de diamantes).
Pagavam-se à Coroa:
- valor da concessão;
- a capitação;
- 50% da extração.
15. Diamantina, o antigo Arraial do Tijuco, é o início da Estrada Real. O seu Centro
Histórico guarda os resquícios do tempo em que a economia se baseava na
extração de diamantes, riqueza que percorria um grande caminho, em lombo de
burro e carroças, até o porto de Paraty, no Rio de Janeiro, onde era embarcada
para Portugal.
22. Declínio da Atividade Mineradora.
Causas:
- técnicas rudimentares de extração;
- esgotamento das jazidas.
Consequências:
- um maior fiscalismo português;
- desenvolvimento do sentimento
antimetropolitano.
23. E Portugal?
Crise:
- decadência da economia açucareira;
- reflexos da União Ibérica;
- dependência com a Inglaterra
através do Tratado de Methuen
(dos panos e vinhos).
D. José I (1750-1777) e Marquês de
Pombal.
25. Marquês de Pombal:
Sebastião José Carvalho e Melo.
Contexto: Despotismo Esclarecido.
Reflexos no Brasil:
- extinguiu as Capitanias Hereditárias;
- centralizou a administração;
- reunificou o Brasil;
- transferiu a capital para o Rio de Janeiro;
- extinguiu a escravidão indígena;
- instituiu a Derrama;
- expulsou os Jesuítas.
26. Consequências e Transformações
trazidas pela Mineração:
interiorização e expansão territorial.
enriquecimento da Colônia.
ampliação do mercado interno.
surgimento de novas cidades.
maior circulação de pessoas e
ideias.
recrudescimento do sentimento
antimetropolitano.
ampliação da atividade cultural.
35. Rebeliões coloniais ocorridas até a primeira
metade do século XVIII, marcadas por um
caráter local e parcial, atentando contra
aspectos isolados da colonização, sem
questionar o Pacto Colonial como um todo.
36. Séculos XVII/XVIII
Movimentos Nativistas:
Aclamação de Amador Bueno (SP-1641);
Revolta de Beckman (MA-1684);
Guerra dos Emboabas (MG-1709/1710);
Guerra dos Mascates (PE-1710);
Revolta de Vila Rica (MG-1720);
Guerras Guaraníticas (RS...-1750/1756).
38. Aclamação de Amador Bueno (SP – 1641)
O Rei D. João IV (dinastia de Bragança)
assume o trono e se preocupa mais com o
nordeste. Os Paulistas estavam insatisfeitos
com os Jesuítas e, como o rei não se
pronunciava, os paulistas resolvem protestar
e aclamar Amador Bueno (comerciante local)
como Rei, mas Bueno não aceita ser coroado
temendo retaliações violentas de Portugal.
Esse movimento entra para a história pelo
fato de ser a primeira tentativa de se
contestar a autoridade portuguesa.
40. Revolta de Beckman (MA – 1684)
O principal produto comercializado era o algodão com
a mão de obra escrava indígena. Mas atendendo os
Jesuítas, em 1680 a coroa proíbe a escravidão de índios (só
no Maranhão) e isto desagrada os proprietários de terras,
onde se cultiva o algodão. A proibição gera a revolta dos
proprietários e dos comerciantes, que, insatisfeitos com a
Companhia de comércio portuguesa, se aliam à revolta.
Liderados pelos irmãos Beckman, os revoltosos pegam
em armas e dominam o Maranhão, mas a revolta é abafada
pela coroa e seus líderes executados. Mesmo com a revolta
controlada o problema continua, mas de acordo com a
coroa, o índio poderia ser escravizado se fosse pego em
"Guerra Justa“. Como não se estipulava o que seria guerra
justa, o índio continuava sendo escravizado. A lei só
funcionava nos papéis para Jesuítas verem.
42. Guerra dos Emboabas (MG – 1708-1710)
Os paulistas foram os pioneiros na descoberta das
jazidas de metais preciosos (em Minas Gerais). Julgavam-
se no direito de possuir a exclusividade de extração
destes, não aceitando que forasteiros, em sua maioria
baianos e portugueses, também se beneficiassem da
atividade.
Estas discrepâncias entre bandeirantes, colonos da
Bahia e portugueses acabaram desencadeando um conflito
armado. Neste, os emboabas saíram vitoriosos, visto que
estavam em maior número, possuíam mais e melhores
armamentos e tinham o apoio do Estado português, para o
qual interessava que um maior número possível de
mineradores explorasse a região. Afinal, quanto maior
fosse a mineração, mais ouro seria extraído e
conseqüentemente mais lucro teria a metrópole.
44. Guerra dos Mascates (PE – 1710)
A Aristocracia Rural Olindense, produtora de
açúcar, vinha empobrecendo com a crescente
desvalorização deste produto devido à crise
açucareira.
X
Os Comerciantes Recifenses (mascates)
estavam prosperando com o intenso comércio
que se praticava na região e com os
empréstimos que faziam a altos juros aos
olindenses falidos.
45. Guerra dos Mascates (PE – 1710)
À medida que os mascates ganhavam importância
econômica, mais se incomodavam com a condição de subordinação
política a Olinda, estabelecida pelo fato de ser apenas da segunda o
título de Município, implicando que se localizasse e fosse comandada
por esta Câmara Municipal, força política de ambas as regiões.
Muito insatisfeito com a condição de freguesia de Olinda e
com as decisões políticas que barganhavam as crescentes dívidas da
elite rural, Recife busca a autonomia junto a Portugal. Inicialmente a
Coroa pendeu para o lado dos proprietários de terra, mas não
deixando de ignorar a importância cada vez maior dos comerciantes,
o governo luso acabou por, em 1709, privilegiá-los, elevando a fre-
guesia à categoria de município, com sua própria Câmara Municipal.
Os olindenses, inconformados, invadem e dominam os reci-
fenses, nomeando um governador. A reação local gera um conflito
armado que prossegue até a chegada de um novo governador
enviado pelo Reino. Este prende os principais envolvidos na revolta e
mantém a autonomia de Recife, que no ano seguinte viria a ser
elevado a categoria de sede administrativa de Pernambuco.
47. Revolta de Vila Rica ou
Filipe dos Santos (MG – 1720)
Revolta contra a rigorosa política fiscal e
opressiva tributação. A causa imediata foi a
criação das Casas de Fundição, onde 20% do ouro
extraído era confiscado como imposto à Portugal.
Rebeldes fazem suas exigências ao governador,
que fingiu aceitá-las até que conseguisse
organizar uma ofensiva, reunindo forças militares
necessárias. Os rebeldes foram aprisionados e
alguns mandados para o exílio. Filipe dos Santos
foi enforcado, as Casas de Fundição mantidas e
ocorreu a separação das capitanias de São Paulo e
Minas Gerais, aumentando a autoridade real sobre
ambas.
51. Movimentos coloniais ocorridos já num quadro
de crise do Sistema Colonial, caracterizados
por um ideal de nação e por possuírem a
consciência de que a solução para os
problemas coloniais só poderia vir com a
independência.
52. Fatores:
crescimento interno da colônia;
declínio português e aumento da exploração;
Revolução Industrial;
influência das idéias iluministas;
o exemplo do EUA (independência).
53.
54. Conjuração Mineira (1789)
Causas
Econômicas:
Cobrança de impostos, principalmente com a
instituição da Derrama (medidas autoritárias que
provocaram descontentamento e revoltou os proprietários
mineiros).
Ideológicas:
O Iluminismo e a Independência dos EUA em 1776 ou
Revolução Americana.
55. Conjuração Mineira (1789)
Objetivos
Sonhavam ver o Brasil independente, uma luta pela
independência local de Minas Gerais e a capital seria São João
Del Rey.
Implantar uma República Presidencialista (1787 - Constituição
de George Washington).
Pretendiam implantar universidades que ainda não existia no
Brasil, o fato deve-se a alguns líderes serem intelectuais.
Modernização com indústrias, a preocupação era consequência
do documento Alvará (proíbe a instalação de indústrias no
Brasil), de 1785, assinado pela Rainha D. Maria I (a louca).
56. Conjuração Mineira (1789)
O Desfecho
O primeiro movimento emancipacionista, mas não saiu do
papel. Joaquim Silvério traiu o movimento com medo de dar
errado e futuras repressões de Portugal, delatou a revolta que
ocorreria na cobrança da derrama ao governador Visconde de
Barbacena em troca de favores pessoais.
A derrama foi cancelada e todos os envolvidos foram
presos, e assim começa a devassa que seria o julgamento
para descobrir o líder. O processo se arrastou por 2 anos, um
dos principais líderes Cláudio Manoel da Costa morre
torturado, mas na versão oficial se suicidou, mesmo com as
torturas todos negaram participação, ...
57. Conjuração Mineira (1789)
O Desfecho (continuação)
... mas o único a assumir participação durante a devassa foi
o Alferes (aspirante a militar) Joaquim da Silva Xavier
(Tiradentes) que seria o mais humilde e apaixonado pela
revolta. O governo concluiu a devassa e condenou todos a
pena de morte, mas a sentença não foi executada.
Provavelmente a rainha D. Maria foi pressionada pela
maçonaria portuguesa e, com isto, a pena foi substituída
pelo degredo perpétuo de trabalho forçado na África.
A rainha não altera a sentença de Tiradentes (foi
enforcado no dia 21/04/1792 no Rio de Janeiro) porque
alguém teria que pagar e servir de exemplo para que novas
rebeliões não ocorressem.
58. Conjuração Mineira (1789)
Mais uma consideração
Concluindo, é importante perceber que a Inconfidência
Mineira foi uma revolta típica de proprietários, extremamente
elitista nos seus objetivos, pois não apresenta proposta para
mudar a estrutura social do Brasil, em nenhum momento
atacou a escravidão.
59. Conjuração Baiana (1798) – “Revolta dos Alfaiates”
Tem origem e liderança popular. Buscavam principalmente
mudanças sociais e foi o primeiro movimento no Brasil a se
posicionar contra a escravidão.
1797 - Abre a primeira loja maçônica do Brasil "Cavaleiros da Luz"
de Cipriano Barata, médico dos pobres que procurava divulgar em
Salvador as ideias da Revolução Francesa que estava acontecendo
na época. A maçonaria divulga as ideias, mas não participa da
conjuração.
Líderes: todos mulatos de classe baixa que viviam na periferia de
Salvador. Influenciados pelas ideias da Revolução, começam a
planejar a revolta, mas ingênuos espalham cartazes chamando as
pessoas para a luta. Com isso o governo vê e descobre tudo, enforca
os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino e os soldados Lucas
Dantas e Luiz Gonzaga. O movimento fracassou por ser popular
demais.