O algodão é uma das culturas mais importantes do mundo, movimentando US$12 bilhões anualmente. É produzido por mais de 60 países, com China, Índia, EUA, Paquistão e Brasil sendo os maiores produtores. O Brasil é o terceiro maior exportador mundial e o primeiro em produtividade em sequeiro, produzindo cerca de 1,7 milhões de toneladas por safra. O documento fornece detalhes sobre a produção, comércio e preços do algodão no Brasil e no mundo.
2. ALGODÃO NO MUNDO
• O algodão está entre as mais importantes culturas de fibras no
mundo.
• O comércio mundial do algodão movimenta anualmente cerca
de US$ 12 bilhões e envolve mais de 350 milhões de pessoas em
sua produção, desde as fazendas até a logística, o
descaroçamento, o processamento e a embalagem.
Atualmente, o algodão é produzido por mais de 60 países, nos
cinco continentes. Cinco países – China, Índia, Estados Unidos,
Paquistão e Brasil – despontam como os principais produtores
da fibra
3. Situação do Mercado Internacional
• O desaquecimento da economia norte-americana nos fins
da década de 90, com a conseqüente queda no consumo
de algodão, fez com que os principais mercados europeus
começassem a sentir os efeitos da retração da maior
economia do mundo e os preços do algodão iniciassem
uma trajetória de baixa, a partir de dezembro de 2000. Na
bolsa de Nova York, o contrato para vencimento em
outubro de 2001 estava cotado, em centavos de dólar por
libra peso, entre 39,00 e 40,00, uma queda de
praticamente 40% em 6 meses. Ao contrário dos anos
anteriores, este ano o mercado vem demonstrando
firmeza nos preços
(CONAB CONJUNTURA SEMANAL).
9. ALGODÃO NO BRASIL
• Nas últimas três safras, com volume médio
próximo de 1,7 milhão de toneladas de pluma, o
país se coloca entre os cinco maiores produtores
mundiais, ao lado de países como China, Índia,
EUA e Paquistão.
• O Brasil é o terceiro país exportador e o primeiro
em produtividade em sequeiro. O cenário interno
também é promissor: somos o quinto maior
consumidor, com quase 1 milhão toneladas/ano.
11. Subprodutos
• O algodoeiro não é somente uma planta fibrosa e oleaginosa mas
também, produtora de proteína de qualidade, podendo funcionar como
suplemento protéico na alimentação animal e humana, na ausência
de gossipol.(Gossipol e o uso de caroço e farelo de algodão para vacas
leiteiras)
• A fibra do algodão não traz fortes impactos se descartada indevidamente
no meio ambiente, é orgânico, Uma das fibras naturais mais usadas do
mundo.
• Além da fibra, seu principal produto, o algodoeiro produz diversos
subprodutos.
• Logo após a separação da fibra, seu principal produto, é em escala de
importância o óleo comestível. No processamento de extração do óleo
obtêm-se os subprodutos primários, que são: o línter, a casca e a
amêndoa; os secundários, farinha integral, óleo bruto, torta e farelo; os
terciários, óleo refinado, borra, farinha desengordurada.
12. Projeções do Agronegócio Brasil 2011/12
a 2021/22
• Apesar de que o algodão no país venha tendo
alguma expansão em outros estados brasileiros,
atualmente a produção ocorre
predominantemente em três estados, Mato
Grosso, Bahia e Goiás, como pode ser visto no
mapa abaixo. A liderança pertence ao Mato
Grosso que com produziu 46,9% do algodão em
pluma, seguido pela Bahia com 31,8% e Goiás,
8,2%. Com projeção de nos tornamos ate 2022 os
maiores produtores de algodão do mundo
13. Projeções do Agronegócio Brasil
2011/12 a 2021/22
• As projeções para o algodão em pluma indicam produção
de 2,15 milhões de toneladas em 2011/2012 e de 2,24
milhões de toneladas em 2021/2022. Essa expansão
corresponde a uma taxa de crescimento de 3,3% ao ano
durante o período da projeção. O consumo desse produto
no Brasil deve crescer a uma taxa anual de 1,4% nos
próximos dez anos alcançando um total de 1,1 milhão de
toneladas consumidas em 2021/2022. Com relação as
exportações projeta-se um crescimento de 4,8% ao ano nos
próximos anos. A estimativa de área plantada com algodão
indica que no final do período da projeção serão cultivados
967 mil de hectares. Isto equivale a um aumento na área
da ordem de 0,8% ao ano nos próximos anos.
14. Por que Investir?
• O setor têxtil e de confecção brasileiro tem destaque no
cenário mundial atual.
• é a quinta maior indústria têxtil do mundo e a quarta
maior em confecção;
• o segundo maior produtor de denim e o terceiro na
produção de malhas.
• Auto-suficiente na produção de algodão e com grandes
investimentos na produção de fibras químicas,
• o Brasil produz 9,8 bilhões de peças confeccionadas ao ano
(destas, cerca de 6,5 bilhões em peças de vestuário), sendo
referência mundial em beachwear, jeanswear e
homewear.
15. Oportunidades de investimento:
vantagens
• A Bahia importa 80% das confecções que consome o que demonstra que
existe uma demanda interna que potencializa enormemente a oferta;
(SECTI,2008)
Adensamento da cadeia petroquímica com a implantação do Polo Acrílico
em Camaçari e a possibilidade de transformação de fios no estado;
A Bahia produz 90% da fibra de sisal do Brasil, essa fibra pode ser usada
pela indústria automotiva para produção de compósitos;
• Produção da fibra de UTEC, que devido ao seu peso e resistência deverá
ser utilizada principalmente na confecção de cabos de amarração das
plataformas em substituição aos cabos de aço e na confecção de coletes à
prova de balas na Bahia;
Adensamento da cadeia de fiação e tecelagem devido ao excesso de
oferta em matéria-prima.
22. China
Vantagem: A China ainda tem a vantagem do custo de
produção do algodão ser inferior ao dos Estados Unidos e
Austrália, porém maior que Paquistão e Índia.
Desvantagem: Atualmente a China enfrenta limitações para
crescimento da área colhida e do rendimento da cultura.
Neste
sentido, já se registra um grande esforço, materializado em
investimentos em pesquisa e transferência de tecnologia,
para superar o gargalo produtivo e reduzir os graves
problemas de poluição e uso do solo e da água, entre outros.
23. India
Vantagem: Atualmente a cadeia desempenha papel central na
economia, sociedade e cultura indianas. A indústria têxtil e de
confecções têm destaque dentre os setores industriais indianos,
contribuindo significativamente para o produto e
principalmente para as exportações. Observa-se que a cadeia de
algodão tem recebido especial atenção do Estado indiano com
resultados promissores quanto à inserção da Índia no mercado
mundial de têxteis e confecções, confirmando que o livre
comércio não exclui o exercício de políticas setoriais ativas para
promover segmentos portadores de competitividade potencial
Desvantagens: Entretanto, tanto a cotonicultura quanto a
indústria têxtil e
de confecções do país estão entre as mais ineficientes do
mundo, implicando a reduzida participação no comercio
internacional dessa cadeia da ordem.
24. EUA
Vantagens: A cadeia do algodão nos Estados Unidos é
intensiva em capital em todos os segmentos,da produção
primária à comercialização final. A integração e
coordenação são asseguradas, fundamentalmente, pelos
vários instrumentos de política agrícola disponíveis para o
setor.
Desvantagens: Em razão do baixo rendimento da cultura,
comparado com outros países como o Brasil, e do custo da
mão-de-obra, é possível inferir que o setor tem pouca
capacidade de competição no mercado internacional de
fibra de algodão em sistema de livre concorrência.
25. Paquistão
Vantagens: No Paquistão, a cadeia de algodão apresenta grande
diversidade quanto ao tamanho, estrutura industrial e estrutura de
mercado dos setores têxtil e de confecções, que sofrem forte influencia
das corporações internacionais. O setor industrial é intensivo em mão-
de-obra barata, o que lhe confere
competitividade internacional.
Desvantagens: A cadeia do algodão no Paquistão, quando comparada às
da China e Estados Unidos, é desorganizada e não vem se transformando
para responder aos desafios de um comércio mundial mais liberalizado.
Se considerarmos a sua estrutura fundiária e as limitações de suas
instituições envolvidas com essa atividade, não é possível projetar um
futuro imediato promissor para a cotonicultura nesse país.
26. Brasil
Vantagens: Um preço competitivo é sempre um fator dos
mais importantes para os clientes. Pouca contaminação. E
bom frisar que este item é super importante e que não
pode haver nenhum descuido; alguns casos isolados já
podem seriamente prejudicar a reputação de uma origem.
Já tivemos casos de contaminação de plástica proveniente
da cobertura dos “modules” de algodão em carroço. Isso
simplesmente não deve acontecer!Comprimento,
resistência e micronaire geralmente estão dentro dos
padrões
preferidos da industria.
27. Desvantagens: O grau do algodão brasileiro ainda não é o equivalente do
algodão da Austrália.Simplesmente limpar mais nas usinas de beneficiamento,
estraga a fibra e não é uma boa solução; precisa melhorar a colheita para obter
uma melhor qualidade do algodão em caroço.
A presença de córtice (talos) das plantas na fibra é a razão mais indicada pelos
clientes que não querem usar o algodão brasileiro. Aqui também a origem do
problema está na colheita. Possivelmente será necessário modificar as maquinas
de colheita.
Acontece que o comprimento, o micronaire e a resistência da fibra são bastante
irregulares dentro do mesmo lote, até às vezes dentro do mesmo fardo.
Os fardos brasileiros tradicionalmente só estão parcialmente cobertos, usando
uma tela bastante fraca. Isso não da suficiente proteção no longo transporte e
no porto, e pode causar contaminação. Aí está um aspecto que tem melhorado.
Hoje em dia já tem muitas usinas donde os fardos são ensacados. Um saco de
algodão é sempre a melhor cobertura para proteger os fardos, mas é importante
que a capa de fardo seja de boa qualidade e bastante resistente.
Os problemas logísticos estão nos afetando de forma direta e bastante onerosa.
No entanto, muito poderia ser feito com investimentos relativamente
moderados. Por exemplo, produzir fardos de um peso mínimo de duzentos
quilos já ajudaria, permitindo de carregar 20 toneladas num container normal de
40 pés, ou de quase 25 toneladas num container de alta cubagem. Também não
seria muito difícil de melhorar as facilidades de armazenagem no interior, para
evitar country damage.
28. Bibliografia
• www.agricultura.gov.br
• agricultura.cptec.inpe.br
• SICM - Secretaria da Indústria, Comércio e
Mineração
• CONAB. www.conab.gov.br
• COTTON: Review of the World Situation.
Washington, ICAC, v.53, n.1, p.1-21, 1999.
• http://www.abrapa.com.br/
• www.cepea.org.br
• https://www.icac.org/