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3 JOÃO
Introdução Esboço Capítulo 1
INTRODUÇÃO
Nem a II nem a III João contêm qualquer indicação de tempo ou do
lugar em que foram escritas. À vista deste silêncio e na falta de qualquer
evidência ao contrário, parece provável que as circunstâncias foram as
mesmas da Primeira Epístola. O destino da Segunda Epístola é
enigmático. Alguns acham que a frase senhora eleita (v. 1) é uma
maneira figurada de designar toda a igreja, ou pelo menos algum grupo
em particular. Tal uso metafórico encontra o paralelo em Ef. 5:22-23 e
em Ap. 21:9. Aceitando tal ponto de vista, a irmã eleita (v. 13) se
referiria a congregação do próprio João. Entretanto, "a simplicidade da
pequena carta impossibilita uma alegoria tão elaborada, enquanto a
ternura do seu tom caracteriza-a como comunicação pessoal" (David
Smith, EXpGT, IV, 162). Outros defendem que a carta foi dirigida a uma
senhora individualmente e a sua família. Se o seu nome era Kyria é uma
questão em aberto (cons, construções alternadas em III Jo. 1 e I Pe. 1:1),
seja qual for o seu nome, evidentemente morava perto de Éfeso e era
bem conhecida na comunidade (talvez o seu lar fosse local de reunião
para a igreja local). Uma irmã sua, presumivelmente falecida, tinha
família residente em Éfeso e estava ligada à congregação de João. Ao
que parece diversos filhos da "senhora eleita" visitaram seus primos em
Éfeso. Tendo feito amizade com eles, João escreveu uma carta à mãe
deles.
ESBOÇO
I. Introdução. 1-4.
A. Saudação Pessoal. 1.
B. Sentimentos Pessoais. 2-4.
3 João (Comentário Bíblico Moody) 2
II. O dever da hospitalidade. 5-8.
A. A recompensa da hospitalidade. 5.
B. Os comentários sobre a hospitalidade. 6.
C. Os motivos para a hospitalidade. 7, 8.
III. O perigo da arrogância. 9-12.
A. A arrogância exemplificada. 9.
B. A arrogância condenada, 10.
C. A arrogância contrastada. 11, 12.
IV. Conclusão. 13, 14.
COMENTÁRIO
3 João cap. 1
Introdução. 1-4.
A epístola apresenta dentro do Novo Testamento, um dos reflexos
mais nítidos de uma igreja no primeiro século. Os caracteres, Gaio,
Diótrefes e Demétrio, são esboçados com fortes traços da pena do
apóstolo. Características da vida da igreja também se vislumbram
claramente na epístola. A independência dos crentes é notável, e suas
personalidades, como também seus problemas doutrinários, são patentes.
Esta curta e muito pessoal carta destrói a noção de que o estado de coisas
era ideal, ou quase, no primeiro século. Por outro lado, revela os
problemas de uma fé vigorosamente crescente.
A. Saudação Pessoal. 1.
1. A saudação é breve em contraste com as saudações de outras
cartas pessoais do N.T. Presbítero. Veja II Jo. 1. Era evidentemente a
maneira costumeira de João designar-se.
3 João (Comentário Bíblico Moody) 3
O amado Gaio. Uma vez que Gaio era um dos nomes mais comuns
daquele tempo, toma-se impossível identificá-lo com qualquer outro
Gaio mencionado no N.T. (cons. Atos 19:29; 20:4; Rm. 16:23; I Co.
1:14). Amado expressa o sentimento comum que outros partilhavam
para com Gaio. A quem eu amo na verdade, expressa os sentimentos
pessoais de João. O eu é enfático, como se implicasse na existência de
outros que lhe eram hostis.
B. Sentimentos Pessoais. 2-4.
2. Acima de tudo. Tal significado para peri panton não se encontra
em outras passagens do N.T, ou na LXX. Refere-se à sentença em geral.
Faço votos. Só aqui, em Rm. 1:10 e em I Co. 16:2. Saúde. Às vezes
Paulo usa esta palavra metaforicamente falando da sã doutrina, mas aqui
o sentido é de boa saúde física, como em Lc. 5:31; 7:10; 15:27. Talvez
indique que Gaio estivera doente. A frase, assim como é próspera a tua
alma prova que "que te vá bem" e "que tenhas saúde" infere-se a
bênçãos temporais, e este versículo dá-nos a autoridade de as pedirmos
para nossos amigos.
3. Vinda. Tempo presente; não numa única ocasião, mas em várias.
Da tua verdade, como tu andas . . . Os irmãos testemunharam repetidas
vezes do Cristianismo de Gaio, conforme comprovada por sua doutrina e
maneira de viver. O versículo também pode implicar em que Gaio tenha
resistido a alguma doutrina falsa.
4. A ordem literal é ousada. Maior alegria do que esta (de receber
essas notícias sobre a sua firmeza) não tenho. Alguns manuscritos
trazem graça em lugar de alegria. O resultado de tais notícias foi que
João ficou sabendo que os seus filhos estavam andando (como hábito de
suas vidas) na verdade.
3 João (Comentário Bíblico Moody) 4
II. O Dever da Hospitalidade. 5-8.
Ao que parece, Gaio fora censurado por alguns por causa de
hospitalidade dispensada a irmãos desconhecidos. João aprova sua
atitude e insiste que tal hospitalidade é dever cristão.
A. A Recompensa da Hospitalidade. 5.
5. Amado destaca um novo trecho. Procedes fielmente (piston
poieis). Literalmente, fazes uma coisa fiel, ou não deixes de fazer. Isto é,
qualquer benefício feito aos irmãos será certamente recompensado (cons.
Mt. 26:10; Ap. 14:13). A hospitalidade tem a sua recompensa. Mesmo
quando são estrangeiros. A adição desta frase indicaria que este era o
ponto particular pelo qual Gaio fora reprovado.
B. Os Comentários Sobre a Hospitalidade. 6.
6. Testemunho. Aqueles que experimentaram a hospitalidade de
Gaio deram testemunho dela diante da igreja, provavelmente em Éfeso,
onde estava João. Bem farás. João insiste com Gaio a continuar sua boa
obra. Encaminhando-os em sua jornada por modo digno. Veja Atos
15:3; Tt. 3:13, onde a idéia de fornecimento de provisões para a viagem
está incluída.
C. Os Motivos para a Hospitalidade. 7,8.
7. Três são os motivos apresentados para a hospitalidade. Primeiro,
esses irmãos saíram por amor ao Nome, isto é, Jesus Cristo (cons. Atos
5:41; Tg. 2:7). Segundo, não aceitaram nada dos gentios não
convertidos. O particípio é presente, indicando que era seu costume nada
aceitar.
8. Terceiro, por meio da hospitalidade os cristãos podem se tomar
cooperadores da verdade. Devemos. Somos obrigados, como em I Jo.
2:6.
3 João (Comentário Bíblico Moody) 5
III. O Perigo da Arrogância. 9-12.
A. A Arrogância Exemplificada. 9.
9. A E.R.A. traz, escrevi alguma coisa à igreja, isto é, algumas
poucas palavras. Ti, (alguma coisa) indica que João não dava muita
importância à sua carta. Ela, é claro, não foi preservada. À igreja. À
igreja à qual Gaio pertencia. Mas o propósito da carta não foi alcançado.
Que gosta de exercer a primazia entre eles. A palavra não ocorre em
nenhuma outra passagem do N.T. Implica não em abandono de doutrina
(cons. II Jo. 9), mas antes em arrogante ambição e desejo de promover a
autoridade pessoal. Plummer faz interessante sugestão: "Talvez o
significado seja que Diótrefes queda tomar sua Igreja independente; até
então fora governada por S. João que se encontrava em Éfeso, mas
Diótrefes queria torná-la autônoma para sua própria glorificação"
(Plummer, pág. 149).
Não nos dá acolhida. Isto é, Diótrefes não partilhava da opinião de
João quanto a hospitalidade. A improbabilidade de que qualquer cristão
se opusesse à autoridade do apóstolo é um dos argumentos internos
usados contra a autoria joanina da carta. Pensa-se que é coisa
inconcebível que um cristão ignorasse as ordens de um apóstolo genuíno,
caso ele fosse o autor. Entretanto, a autoridade apostólica de Paulo foi
muitas vezes desafiada.
B. A Arrogância Condenada. 10.
10. Se eu for. Sem dúvida por causa do versículo 14 (cons. I Jo.
2:28 com construção semelhante). Far-lhe-ei lembradas. Lembrar essas
coisas a ele e aos outros. Proferindo. Só aqui, embora a forma adjetiva
ocorra em I Tm. 5:13. Literalmente, falando bobagens. Palavras
maliciosas. A conversa de Diótrefes era sem sentido e maldosa. Suas
atitudes incluíam a falta de hospitalidade, proibindo a que outros a
exercessem a ponto de excluí-los da igreja. Evidentemente tinha
3 João (Comentário Bíblico Moody) 6
autoridade suficiente na congregação para efetuar tal excomungação, ou
seja lá o que era.
C. A Arrogância Contrastada. 11, 12.
11. Amado indica, novamente, uma transição. Sigas, E.R.C.
Literalmente, imites, E.R.A. Mau. Kakos, "o mal". Raramente usado por
João. Procede de Deus. Cons. I Jo. 3:6. A questão da hospitalidade já
não é mais o único assunto específico em vista, mas o fazer o bem ou
mal de modo geral, como hábito de uma vida.
12. Do mau Diótrefes, João muda o assunto para o bom Demétrio.
Tudo o que sabemos a respeito dele é o que encontramos nesta curta
porção. É conjectura de que ele seja o mesmo Demétrio, porém, agora
convertido, de Atos 19:24. O bom testemunho de Demétrio foi
verificado por meio de três fontes: (1) todos os homens, (2) a verdade,
isto é, o padrão do cristianismo, e (3) João e aqueles que estavam
juntamente com ele.
IV. Conclusão. 13, 14.
A semelhança da conclusão de II João sustenta a opinião de que
ambas foram escritas na mesma ocasião.
13. Tinha. Imperfeito, referindo-se ao tempo quando começou a
escrever a carta. Pena. Literalmente, junco.
14. Veja versículo 10.
15. A paz seja contigo. Uma bênção comumente adequada para
saudação e despedida. Amigos. Não se sabe se João se referia aos seus
amigos ou os de Gaio. Nome por nome. A frase ocorre apenas em Jo.
10:3. A saudação devia ser dada a cada um em separado, "S. João, na
qualidade de pastor das Igrejas da Ásia, imitaria o Bom Pastor e
conheceria todas as suas ovelhas pelo nome" (Plummer, pág. 153).

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  • 1. 3 JOÃO Introdução Esboço Capítulo 1 INTRODUÇÃO Nem a II nem a III João contêm qualquer indicação de tempo ou do lugar em que foram escritas. À vista deste silêncio e na falta de qualquer evidência ao contrário, parece provável que as circunstâncias foram as mesmas da Primeira Epístola. O destino da Segunda Epístola é enigmático. Alguns acham que a frase senhora eleita (v. 1) é uma maneira figurada de designar toda a igreja, ou pelo menos algum grupo em particular. Tal uso metafórico encontra o paralelo em Ef. 5:22-23 e em Ap. 21:9. Aceitando tal ponto de vista, a irmã eleita (v. 13) se referiria a congregação do próprio João. Entretanto, "a simplicidade da pequena carta impossibilita uma alegoria tão elaborada, enquanto a ternura do seu tom caracteriza-a como comunicação pessoal" (David Smith, EXpGT, IV, 162). Outros defendem que a carta foi dirigida a uma senhora individualmente e a sua família. Se o seu nome era Kyria é uma questão em aberto (cons, construções alternadas em III Jo. 1 e I Pe. 1:1), seja qual for o seu nome, evidentemente morava perto de Éfeso e era bem conhecida na comunidade (talvez o seu lar fosse local de reunião para a igreja local). Uma irmã sua, presumivelmente falecida, tinha família residente em Éfeso e estava ligada à congregação de João. Ao que parece diversos filhos da "senhora eleita" visitaram seus primos em Éfeso. Tendo feito amizade com eles, João escreveu uma carta à mãe deles. ESBOÇO I. Introdução. 1-4. A. Saudação Pessoal. 1. B. Sentimentos Pessoais. 2-4.
  • 2. 3 João (Comentário Bíblico Moody) 2 II. O dever da hospitalidade. 5-8. A. A recompensa da hospitalidade. 5. B. Os comentários sobre a hospitalidade. 6. C. Os motivos para a hospitalidade. 7, 8. III. O perigo da arrogância. 9-12. A. A arrogância exemplificada. 9. B. A arrogância condenada, 10. C. A arrogância contrastada. 11, 12. IV. Conclusão. 13, 14. COMENTÁRIO 3 João cap. 1 Introdução. 1-4. A epístola apresenta dentro do Novo Testamento, um dos reflexos mais nítidos de uma igreja no primeiro século. Os caracteres, Gaio, Diótrefes e Demétrio, são esboçados com fortes traços da pena do apóstolo. Características da vida da igreja também se vislumbram claramente na epístola. A independência dos crentes é notável, e suas personalidades, como também seus problemas doutrinários, são patentes. Esta curta e muito pessoal carta destrói a noção de que o estado de coisas era ideal, ou quase, no primeiro século. Por outro lado, revela os problemas de uma fé vigorosamente crescente. A. Saudação Pessoal. 1. 1. A saudação é breve em contraste com as saudações de outras cartas pessoais do N.T. Presbítero. Veja II Jo. 1. Era evidentemente a maneira costumeira de João designar-se.
  • 3. 3 João (Comentário Bíblico Moody) 3 O amado Gaio. Uma vez que Gaio era um dos nomes mais comuns daquele tempo, toma-se impossível identificá-lo com qualquer outro Gaio mencionado no N.T. (cons. Atos 19:29; 20:4; Rm. 16:23; I Co. 1:14). Amado expressa o sentimento comum que outros partilhavam para com Gaio. A quem eu amo na verdade, expressa os sentimentos pessoais de João. O eu é enfático, como se implicasse na existência de outros que lhe eram hostis. B. Sentimentos Pessoais. 2-4. 2. Acima de tudo. Tal significado para peri panton não se encontra em outras passagens do N.T, ou na LXX. Refere-se à sentença em geral. Faço votos. Só aqui, em Rm. 1:10 e em I Co. 16:2. Saúde. Às vezes Paulo usa esta palavra metaforicamente falando da sã doutrina, mas aqui o sentido é de boa saúde física, como em Lc. 5:31; 7:10; 15:27. Talvez indique que Gaio estivera doente. A frase, assim como é próspera a tua alma prova que "que te vá bem" e "que tenhas saúde" infere-se a bênçãos temporais, e este versículo dá-nos a autoridade de as pedirmos para nossos amigos. 3. Vinda. Tempo presente; não numa única ocasião, mas em várias. Da tua verdade, como tu andas . . . Os irmãos testemunharam repetidas vezes do Cristianismo de Gaio, conforme comprovada por sua doutrina e maneira de viver. O versículo também pode implicar em que Gaio tenha resistido a alguma doutrina falsa. 4. A ordem literal é ousada. Maior alegria do que esta (de receber essas notícias sobre a sua firmeza) não tenho. Alguns manuscritos trazem graça em lugar de alegria. O resultado de tais notícias foi que João ficou sabendo que os seus filhos estavam andando (como hábito de suas vidas) na verdade.
  • 4. 3 João (Comentário Bíblico Moody) 4 II. O Dever da Hospitalidade. 5-8. Ao que parece, Gaio fora censurado por alguns por causa de hospitalidade dispensada a irmãos desconhecidos. João aprova sua atitude e insiste que tal hospitalidade é dever cristão. A. A Recompensa da Hospitalidade. 5. 5. Amado destaca um novo trecho. Procedes fielmente (piston poieis). Literalmente, fazes uma coisa fiel, ou não deixes de fazer. Isto é, qualquer benefício feito aos irmãos será certamente recompensado (cons. Mt. 26:10; Ap. 14:13). A hospitalidade tem a sua recompensa. Mesmo quando são estrangeiros. A adição desta frase indicaria que este era o ponto particular pelo qual Gaio fora reprovado. B. Os Comentários Sobre a Hospitalidade. 6. 6. Testemunho. Aqueles que experimentaram a hospitalidade de Gaio deram testemunho dela diante da igreja, provavelmente em Éfeso, onde estava João. Bem farás. João insiste com Gaio a continuar sua boa obra. Encaminhando-os em sua jornada por modo digno. Veja Atos 15:3; Tt. 3:13, onde a idéia de fornecimento de provisões para a viagem está incluída. C. Os Motivos para a Hospitalidade. 7,8. 7. Três são os motivos apresentados para a hospitalidade. Primeiro, esses irmãos saíram por amor ao Nome, isto é, Jesus Cristo (cons. Atos 5:41; Tg. 2:7). Segundo, não aceitaram nada dos gentios não convertidos. O particípio é presente, indicando que era seu costume nada aceitar. 8. Terceiro, por meio da hospitalidade os cristãos podem se tomar cooperadores da verdade. Devemos. Somos obrigados, como em I Jo. 2:6.
  • 5. 3 João (Comentário Bíblico Moody) 5 III. O Perigo da Arrogância. 9-12. A. A Arrogância Exemplificada. 9. 9. A E.R.A. traz, escrevi alguma coisa à igreja, isto é, algumas poucas palavras. Ti, (alguma coisa) indica que João não dava muita importância à sua carta. Ela, é claro, não foi preservada. À igreja. À igreja à qual Gaio pertencia. Mas o propósito da carta não foi alcançado. Que gosta de exercer a primazia entre eles. A palavra não ocorre em nenhuma outra passagem do N.T. Implica não em abandono de doutrina (cons. II Jo. 9), mas antes em arrogante ambição e desejo de promover a autoridade pessoal. Plummer faz interessante sugestão: "Talvez o significado seja que Diótrefes queda tomar sua Igreja independente; até então fora governada por S. João que se encontrava em Éfeso, mas Diótrefes queria torná-la autônoma para sua própria glorificação" (Plummer, pág. 149). Não nos dá acolhida. Isto é, Diótrefes não partilhava da opinião de João quanto a hospitalidade. A improbabilidade de que qualquer cristão se opusesse à autoridade do apóstolo é um dos argumentos internos usados contra a autoria joanina da carta. Pensa-se que é coisa inconcebível que um cristão ignorasse as ordens de um apóstolo genuíno, caso ele fosse o autor. Entretanto, a autoridade apostólica de Paulo foi muitas vezes desafiada. B. A Arrogância Condenada. 10. 10. Se eu for. Sem dúvida por causa do versículo 14 (cons. I Jo. 2:28 com construção semelhante). Far-lhe-ei lembradas. Lembrar essas coisas a ele e aos outros. Proferindo. Só aqui, embora a forma adjetiva ocorra em I Tm. 5:13. Literalmente, falando bobagens. Palavras maliciosas. A conversa de Diótrefes era sem sentido e maldosa. Suas atitudes incluíam a falta de hospitalidade, proibindo a que outros a exercessem a ponto de excluí-los da igreja. Evidentemente tinha
  • 6. 3 João (Comentário Bíblico Moody) 6 autoridade suficiente na congregação para efetuar tal excomungação, ou seja lá o que era. C. A Arrogância Contrastada. 11, 12. 11. Amado indica, novamente, uma transição. Sigas, E.R.C. Literalmente, imites, E.R.A. Mau. Kakos, "o mal". Raramente usado por João. Procede de Deus. Cons. I Jo. 3:6. A questão da hospitalidade já não é mais o único assunto específico em vista, mas o fazer o bem ou mal de modo geral, como hábito de uma vida. 12. Do mau Diótrefes, João muda o assunto para o bom Demétrio. Tudo o que sabemos a respeito dele é o que encontramos nesta curta porção. É conjectura de que ele seja o mesmo Demétrio, porém, agora convertido, de Atos 19:24. O bom testemunho de Demétrio foi verificado por meio de três fontes: (1) todos os homens, (2) a verdade, isto é, o padrão do cristianismo, e (3) João e aqueles que estavam juntamente com ele. IV. Conclusão. 13, 14. A semelhança da conclusão de II João sustenta a opinião de que ambas foram escritas na mesma ocasião. 13. Tinha. Imperfeito, referindo-se ao tempo quando começou a escrever a carta. Pena. Literalmente, junco. 14. Veja versículo 10. 15. A paz seja contigo. Uma bênção comumente adequada para saudação e despedida. Amigos. Não se sabe se João se referia aos seus amigos ou os de Gaio. Nome por nome. A frase ocorre apenas em Jo. 10:3. A saudação devia ser dada a cada um em separado, "S. João, na qualidade de pastor das Igrejas da Ásia, imitaria o Bom Pastor e conheceria todas as suas ovelhas pelo nome" (Plummer, pág. 153).