O documento descreve os procedimentos para preparar amostras de tecidos para análise microscópica em Citologia, Histologia e Embriologia. Inclui detalhes sobre fixação, impregnação, corte, coloração e equipamentos de microscopia utilizados para visualizar e interpretar as amostras.
2. 1. Do que se trata a disciplina de Citologia,
Histologia e Embriologia e o que
estudaremos?
2. Qual a importância desse estudo e qual a
relação com as outras ciências?
3. Como é preparado o material de estudo
das aulas práticas?
4. Que tipo de equipamentos serão
utilizados?
5. Como iremos interpretar as imagens
visualizadas?
3. Citologia
“Cito” – “Kútos”(grego), cytos (latim)
= cavidade, célulacélula
Morfologia,
desenvolvimento e
funções das célulascélulas
e dose dos
componentescomponentes
celularescelulares
8. História
• Bichat (1771-1802), pioneiro
da histologia, pai da histologia
moderna
• Sem o uso de microscópio,
examinou mais de 600 corpos
e identificou 21 tipos de
tecidos humanos
• Com o uso do microscópio
– 4 tecidos básicos
9. Embriologia
“Embrio” – émbruon (grego) – brotar,
crescer com abundância;
Desenvolvimento do ser vivo desde a fecundação até o
final do estado embrionário, que vai da 3a
até a 8a
semana, no entanto a embriologia estuda o
desenvolvimento do embrião e do feto.
14. Procedimentos básicos em histologia
• Estudo das células
– “in vivo”
– “in vitro”
– em cortes histológicos
• Preparação dos tecidosPreparação dos tecidos
– Bloco de tecido
– Fixação
– Impregnação
– Micrótomo – 5 a 10 µm
– Montagem
– Coloração
• Corantes básicos: Eosina
• Corantes ácidos: Hematoxilina
15. • Preparação dos tecidos
– Colheita do material - é a obtenção da peça, por biópsia ou necropsia.
16. – Fixação
– Tratamento que visa impedir a destruição das células por
suas próprias enzimas (autólise), ou bactérias. A fixação visa
ainda endurecer os tecidos, tornando-os mais resistentes e
favoráveis às próximas etapas da técnica histológica.
A fixação pode ser feita por processos físicos ou químicos. A
fixação química, mais usada em Histologia é o formol e o
líquido de Bouin (uma mistura de formol, ácido pícrico e ácido
acético).
Fixador: Formol, líquido de Bouin, etc.
17. Água e etanol (50%) Água e etanol (75%) Água e etanol (100%)Água e etanol (80%)
– Desidratação
– Visa retirar a água dos tecidos, a fim de permitir a
impregnação da peça com parafina. Para isto, a peça é
submetida a banhos sucessivos em álcoois de teor
crescente (ex.: álcool a 70%, 80%, 90% e 100%).
18. Etanol e xilol (75%) Etanol e xilol (100%)Etanol e xilol (80%)Etanol e xilol (50%)
– Diafanização
– Visa impregnar a peça com um solvente de parafina. O mais
usado é o xilol.
19. Xilol e parafina/resina
(75%)
Xilol e parafina/resina
(100%)
Xilol e parafina/resina
(80%)
Xilol e parafina/resina (50%)
– Impregnação
– Tem a finalidade de permitir a obtenção de cortes
suficientemente finos para serem observados ao microscópio.
Para isso os tecidos devem ser submetidos a banhos de parafina
a 60°C, no interior da estufa. Em estado líquido, a parafina
penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificada, certa
dureza.
20. – Inclusão
– É a passagem da peça que estava na estufa para um recipiente
retangular (forma) contendo parafina fundida que, depois de solidificada
à temperatura ambiente, dá origem ao chamado “bloco de parafinabloco de parafina”.
21. – Microtomia
– É a etapa em que se obtém delgadas fatias de peças
incluídas na parafina, através de um aparelho chamado
micrótomo, que possui navalha de aço. A espessura dos
cortes geralmente varia de 5 a 10 um (micrômetros). (1 um =
0,001 mm)
22. – Extensão - Montagem da lâmina
– Os cortes provenientes da microtomia são
“enrugados”. Para desfazer estas rugas, são
esticados num banho de água a 58°C, e “pescados”
com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37°C,
por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à
lâmina, pela coagulação da gelatina contida na
água quente.
23. - Coloração
- Tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos,
tornando-os visíveis e destacados uns dos outros.
a) Eliminação da parafina - banhos sucessivos em xilol.
b) Hidratação - é executada quando o corante utilizado é solúvel
em água.
c) Coloração - os corantes são compostos químicos com
determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e
apresentam afinidade com estruturas básicas ou ácidas dos
tecidos. Usa-se hematoxilinahematoxilina, corante básico, que se liga aos
radicais ácidos dos tecidos, e eosinaeosina, corante ácido que tem
afinidade por radicais básicos dos tecidos.
24. Coloração
Os componentes que se combinam com corantes ácidoscombinam com corantes ácidos são
chamados acidófilosacidófilos e os componentes que se combinam comcombinam com
corantes básicoscorantes básicos são chamados basófilosbasófilos.
Por exemplo, os núcleos das célulasnúcleos das células, onde predominam
substâncias ácidasácidas (DNA), são basófilosbasófilos, ou seja, coram-se pela
hematoxilinahematoxilina (corante básico de cor roxa); por sua vez, o
citoplasma, onde predominam substâncias básicassubstâncias básicas (proteínas
estruturais), é acidófiloacidófilo, corando-se pela eosinaeosina (corante ácido
de cor rosa).
Corantes básicos:
Hematoxilina
Corantes ácidos: Eosina
25. Desidratação - visa retirar a água, quando os corantes utilizados forem
soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois
a água possui índice de refração diferente do vidro. Para isto usam-se
banhos em álcoois de teor crescente.
Diafanização - a diafanização é feita com xilol, a fim de tornar os cortes
perfeitamente transparentes.
Montagem - é a etapa final da técnica histológica, e consiste na colagem
da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em
xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte
pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se
mantenham estáveis por tempo indefinido.
27. Lâminas de tecido ósseo
• Lâminas ósseas são
confeccionadas de duas
maneiras
– Desgaste
– polimento com lixa
Preparação por desgaste.
Osso em crescimento, disco de
cartilagem.
30. Microscopia Eletrônica
• Os microscópios
eletrônicos utilizam um
feixe de elétrons.
• A resolução é cerca de
mil vezes maior do que a
de um microscópio
óptico, o que permite a
visualização de vírus e
macromoléculas como
DNA.
33. “Eram seis homens do Industão,
ao saber muito inclinados,
que o elefante foram ver,
(apesar de todos cegos)
a fim de que, através da observação,
pudessem satisfazer suas mentes.
34. O primeiro acercou-se do elefante
E, acontecendo tocar
O forte e vasto flanco,
Logo começou a exclamar:
“Abençoai-me! Mas o elefante
a uma parede muito se parece.”
35. O segundo, sentindo a presa,
Gritou: “Oh, o que temos cá tão
Redondo, liso e agudo?
Para mim está claro,
Esta maravilha de elefante
É muito parecida com uma lança.”
36. Os demais versos narram a
experiência dos outros quatro cegos
e, como cada um tocasse diferente
parte do corpo do animal, seu
conceito de um elefante diferia muito
do outro companheiro.
37. “Eles eram como jovens microscopistas
que estudam cortes simples
e imaginam o “todo” a partir de partes
simples
com muitas falsas concepções.
Especialmente se nunca aprenderam
A raciocinar em três dimensões.”
47. Radioautografia de órgãos de ratos
que foi injetado com H3-timidinaH3-timidina.
Radioautografia de órgãos de ratos
que foi injetado com 3H-fucose3H-fucose.
Fotomicrografia de intestino delgado
corado por imunohistoquímica.
48. Histologia
• Materiais para aula prática
–Avental branco
–Apostila da aula prática
–Lápis 2b
–Lápis de cor
–Borracha, apontador