1) O documento discute vários transtornos psiquiátricos que afetam crianças e adolescentes, incluindo transtorno do espectro autista, ansiedade, depressão e TDAH.
2) Os critérios de diagnóstico para esses transtornos são apresentados de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças.
3) Fatores de risco, diagnóstico diferencial e aspectos culturais relacionados a esses transtornos também são abordados.
1. TTrraannssttoorrnnooss ddaa CCrriiaannççaa ee ddoo
AAddoolleesscceennttee
Manoela Alves Salgado
Médica psiquiatra-UERJ/matriciadora 2.2
Residência em psiquiatria geral e infantil IMPP
Mestrado em Saúde Pública FIOCRUZ/ENSP
2. Transtornos ddoo EEssppeeccttrroo AAuuttiissttaa
Transtorno do Espectro Autista é um termo que engloba
um grupo de afecções do neurodesenvolvimento.
alterações qualitativas e quantitativas da comunicação,
seja linguagem verbal e/ou não verbal
interação social e do comportamento
caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com
gama restrita de interesses.
No espectro, o grau de gravidade varia de pessoas que
apresentam um quadro leve, e com total independência e
discretas dificuldades de adaptação, até aquelas pessoas
que serão dependentes para as atividades de vida diárias
(AVDs), ao longo de toda a vida.
3. Classificação Estatística Internacional
de Doenças - CID X
F84 - Transtornos Globais do Desenvolvimento;
F84.0 - Autismo Infantil;
F84.1 - Autismo Atípico;
F84.5 - Síndrome de Asperger;
F84.8 - Outros Transtornos Globais do
Desenvolvimento;
F84.9 - Transtornos Globais não Especificados do
Desenvolvimento.
4. O diagnóstico dos Transtornos do
Espectro Autista é, iminentemente,
clínico e pode ser feito de acordo
com os critérios do CID 10 (OMS,
1993), pela anamnese com pais e
cuidadores e mediante observação
clínica dos comportamentos.
5. A) Atrasos ou funcionamento anormal
em, pelo menos, uma das seguintes
áreas, com início antes dos 3 anos de
idade: (1) interação social; (2) linguagem
para fins de comunicação social; ou (3)
jogos imaginativos ou simbólicos.
B) Um total de seis (ou mais) itens de
(1), (2) e (3), com pelo menos dois de
(1), um de (2) e um de (3):
6. 1) Prejuízo qualitativo na interação social, manifestado
por, pelo menos, dois dos seguintes aspectos:
(a) prejuízo acentuado no uso de múltiplos
comportamentos não-verbais, tais como contato
visual direto, expressão facial, posturas corporais e
gestos para regular a interação social;
(b) fracasso em desenvolver relacionamentos com
seus pares apropriados ao nível de desenvolvimento;
(c) falta de tentativa espontânea de compartilhar
prazer, interesses ou realizações com outras
pessoas (p.e., não mostrar, trazer ou apontar
objetos de interesse);
(d) falta de reciprocidade social ou emocional.
7. 2) Prejuízos qualitativos na comunicação, manifestados
por, pelo menos, um dos seguintes aspectos:
(a) atraso ou ausência total de desenvolvimento da
linguagem falada (não acompanhado por uma tentativa
de compensar através de modos alternativos de
comunicação, tais como gestos ou mímica);
(b) em indivíduos com fala adequada, acentuado
prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma
conversação;
(c) uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou
linguagem idiossincrática;
(d) falta de jogos ou brincadeiras de imitação social
variados e espontâneos apropriados ao nível de
desenvolvimento.
8. 3) Padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses e atividades, manifestados por, pelo
menos, um dos seguintes aspectos:
(a) preocupação insistente com um ou mais padrões
estereotipados e restritos de interesse, anormais
em intensidade ou foco;
(b) adesão aparentemente inflexível a rotinas ou
rituais específicos e não-funcionais;
(c) maneirismos motores estereotipados e
repetitivos (p.e., agitar ou torcer mãos ou dedos, ou
movimentos complexos de todo o corpo);
(d) preocupação persistente com partes de objetos.
9. RReettaarrddoo MMeennttaall ee QQuuaaddrrooss
OOrrggâânniiccooss
Retardo Mental
Parada do desenvolvimento ou desenvolvimento
incompleto do funcionamento intelectual,
caracterizados essencialmente por um
comprometimento, durante o período de
desenvolvimento, das faculdades que
determinam o nível global de inteligência, isto é,
das funções cognitivas, de linguagem, da
motricidade e do comportamento social.
O retardo mental pode acompanhar um outro
transtorno mental ou físico, ou ocorrer de modo
independentemente.
11. TTrraannssttoorrnnooss AAnnssiioossooss
ANSIEDADE
Conceito –
“Reação do organismo infantil frente a situações de
ameaça, que se caracteriza por vivências
desagradáveis, com formas de expressão diversas
através de sintomas e sinais somáticos ou
comportamentos variados, com valor defensivo,
dinamizante, organizador e evolutivo, que se
aprende e constitui na infância.”
(Sacristán, 1995)
12. ANSIEDADE NORMAL
1. De estranhos, reconhecendo
familiares 6 meses
2. De separação 8-10 meses
3. De desintegração com perda ou
destruição total dos pais 18 meses
4. De lesão corporal e morte 3 anos
5. De desaprovação (Super-Ego) 4-5
a n o s . (Gemelli; 1995)
13. ANSIEDADE NORMAL
Entre 6/7 e 12 anos de idade, através das interações
sociais, estabelece-se que
1. O desenvolvimento da ansiedade não indica nem
impede fatos ruins,
2. Mecanismos de defesa podem auxiliar no
enfrentamento da ansiedade;
3. As ansiedades normais auxiliam o enfrentamento de
futuras experiências ansiosas;
4. Ação (locomoção), fala, jogos simbólicos, podem ser
utilizados para controlar ou elaborar eventos geradores
de ansiedade.
(Gemelli; 1995)
14. FATORES PRECIPITANTES DA ANSIEDADE
NA INFÂNCIA
1. Enfermidades e cirurgias
2. Morte de amigos e parentes
3. Dificuldades escolares
4. Ataques ou experiências sexuais
5. Problemas intrafamiliares
6. Situações de mêdo
7. Preocupações frente a perigos imaginários
8. Acidentes
9. Experiências traumáticas específicas
(Sacristán; 1995)
15. TTrraannssttoorrnnooss DDeepprreessssiivvooss
A expressão clínica da depressão infantil pode
passar despercebida ou ser confundida com uma fase
de temperamento difícil ou retraído da criança.
Muitas vezes, o comportamento da criança ou do
adolescente é alvo de críticas ou até mesmo de
punições.
As formas de apresentação da depressão dependem
da fase em que ocorrem, e encontramos
características próprias do Transtorno Depressivo
Maior (TDM) em crianças menores, pré-puberes (9-
12 anos) e em adolescentes.
16. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS - DSM-IV
A- Cinco ou mais dos seguintes sintomas durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma
alteração a partir do funcionamento anterior; pelo
menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou
(2) perda do interesse ou prazer.
-1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase
todos os dias, indicado por relato subjetivo. Em
crianças e adolescentes humor irritável.
-2) interesse ou prazer acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as atividades
na maior parte do dia, quase todos os dias.
17. 3) perda ou ganho de peso significativo sem estar de
dieta (mais de 5% do peso corporal)
4) insônia ou hipersônia quase todos os dias
5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias
6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias
7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou
inadequada quase todos os dias
8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar -se, ou
indecisão, quase todos os dias
9) pensamentos de morte recorrentes, ideação suicida
recorrente sem um plano específico, tentativa de
suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
18. Diagnóstico Diferencial (Depressão)
Pré-Escolares: negligência/abuso; falência do
desenvolvimento, ansiedade de separação,
transtornos de ajustamento com humor
deprimido
Escolares: Transtornos de ajustamento com
humor deprimido, transtorno de ansiedade
Adolescentes: abuso álcool/drogas, transtorno
de ansiedade, esquizofrenia
19. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (T. BIPOLAR E
MANIA)
1. Uso de substâncias psicoativas
2. Hipertiroidismo
3. Trauma craniano e esclerose múltipla
4. TDAH
5. Transtornos de conduta
6. Esquizofrenia
20. CRITÉRIOS PPAARRAA DDIISSTTIIMMIIAA -- DDSSMM IIVV
A - Humor deprimido na maior parte do dia, na
maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou
observação feita por outros por pelo menos 2 anos
B - Presença enquanto deprimido de pelo menos 2
das seguintes características:
(1) apetite diminuído ou hiperfagia
(2) insônia ou hipersonia
(3) baixa energia ou fadiga
(4) baixa auto estima
(5) fraca concentração
21. C - Durante o período de 2 anos de perturbação,
jamais a pessoa esteve sem sintomas dos
critérios A e B por mais de 2 meses
D - Ausência de episódio depressivo maior durante
os 2 primeiros anos da perturbação
E - Jamais houve um episódio maníaco, episódio
misto ou episódio hipomaníaco e jamais foram
satisfeitos critérios para Transtorno Ciclotímico
22. F - A perturbação não ocorre exclusivamente
durante o curso de um Transtorno Psicótico
crônico
G - Sintomas não se devem a efeitos fisiológicos
diretos de uma substância ou a condição
médica geral
H - Sintomas causam sofrimento significativo
ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional
23. FFAATTOORREESS DDEE RRIISSCCOO PPAARRAA OO SSUUIICCÍÍDDIIOO
1. Tentativa de suicídio anterior
2. Perda recente de figuras significativas
3. Baixo limite de resistência a frustração
4. Morte de pessoas próximas
5. Preocupação exagerada com a morte
6. Tentativa de suicídio em pessoas próximas
7. Acidentes frequentes
24. FFAATTOORREESS CCUULLTTUURRAAIISS
1. Estresse aculturativo (reações psicológicas
para a transição cross-cultural)
2. Grau de assimilação da cultura dominante
3. Estresse sócio-econômico – violência
doméstica e da comunidade, desintegração
familiar, abuso e negligência da criança
4. Marginalização da cultura
25. Esquizofrenia ddee iinníícciioo pprreeccooccee
A esquizofrenia com início na infância geralmente se refere ao
desenvolvimento de alucinações, delírios, e desorganização da
linguagem em crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade.
É um transtorno incomum, e o início na pré-puberdade é
extremamente raro.
Os critérios diagnósticos de esquizofrenia são semelhantes exceto
pela idade de início – infância, adolescência ou idade adulta.
O diagnóstico exige a presença de alucinações incongruentes do
humor, delírios e linguagem desorganizada, associados a deterioração
do funcionamento.
A esquizofrenia é definida na criança como no adulto, à base de
sintomas psicóticos, déficit da função adaptativa e duração de no
mínimo seis meses.
A prevalência da esquizofrenia com início na infância é relatada como
2% da prevalência da esquizofrenia com início na idade adulta. Outros
estudos têm indicado que a prevalência da esquizofrenia na infância é
menor que 1 por 1000 habitantes e que a prevalência da esquizofrenia
em crianças menores de 15 anos é 0,14 por 1000 habitantes.
26. TTDDAA//HH
O Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade é um problema de ordem
neurológica, que traz consigo sinais evidentes de
inquietude, desatenção, falta de concentração e
impulsividade.
Hoje em dia é muito comum vermos crianças e
adolescentes sendo rotulados como DDA
(Distúrbio de Déficit de Atenção), porque
apresentam alguma agitação, nervosismo e
inquietação, fatores que podem advir de causas
emocionais.
27. Decidir se uma criança possui
diagnóstico de TDA/H é um processo
em várias etapas.
Não existe um teste único para tal
diagnóstico, e muitos outros
transtornos como ansiedade,
depressão e certos tipos de
dificuldades de aprendizagem podem
apresentar os mesmo sintomas.
28. DDSSMM--55 CCrriitteerriiaa ffoorr AADDHHDD
People with ADHD show a persistent pattern of inattention and/or hyperactivity-impulsivity
that interferes with functioning or development:
Inattention: Six or more symptoms of inattention for children up to age 16, or
five or more for adolescents 17 and older and adults; symptoms of inattention
have been present for at least 6 months, and they are inappropriate for
developmental level:
◦ Often fails to give close attention to details or makes careless mistakes in
schoolwork, at work, or with other activities.
◦ Often has trouble holding attention on tasks or play activities.
◦ Often does not seem to listen when spoken to directly.
◦ Often does not follow through on instructions and fails to finish schoolwork,
chores, or duties in the workplace (e.g., loses focus, side-tracked).
◦ Often has trouble organizing tasks and activities.
◦ Often avoids, dislikes, or is reluctant to do tasks that require mental effort over a
long period of time (such as schoolwork or homework).
◦ Often loses things necessary for tasks and activities (e.g. school materials, pencils,
books, tools, wallets, keys, paperwork, eyeglasses, mobile telephones).
◦ Is often easily distracted
◦ Is often forgetful in daily activities.
29. Hyperactivity and Impulsivity: Six or more symptoms of
hyperactivity-impulsivity for children up to age 16, or five or more
for adolescents 17 and older and adults; symptoms of
hyperactivity-impulsivity have been present for at least 6 months
to an extent that is disruptive and inappropriate for the person’s
developmental level:
Often fidgets with or taps hands or feet, or squirms in seat.
Often leaves seat in situations when remaining seated is expected.
Often runs about or climbs in situations where it is not appropriate (adolescents
or adults may be limited to feeling restless).
Often unable to play or take part in leisure activities quietly.
Is often "on the go" acting as if "driven by a motor".
Often talks excessively.
Often blurts out an answer before a question has been completed.
Often has trouble waiting his/her turn.
Often interrupts or intrudes on others (e.g., butts into conversations or games)
30. In addition, the following ccoonnddiittiioonnss mmuusstt bbee mmeett::
In addition, the following conditions must be met:
Several inattentive or hyperactive-impulsive symptoms
were present before age 12 years.
Several symptoms are present in two or more setting,
(e.g., at home, school or work; with friends or relatives; in
other activities).
There is clear evidence that the symptoms interfere with,
or reduce the quality of, social, school, or work
functioning.
The symptoms do not happen only during the course of
schizophrenia or another psychotic disorder. The
symptoms are not better explained by another mental
disorder (e.g. Mood Disorder, Anxiety Disorder,
Dissociative Disorder, or a Personality Disorder).
31. AAuuttoo--ffllaaggeellaaççããoo
Reação ao estresse e ansiedade
Relacionado aos Transtornos dos controles dos
impulsos.
A autoflagelação atinge principalmente adolescentes
e jovens adultos e mais mulheres do que homens.
Na automutilação o paciente luta contra a ideia de se
ferir, mas muitas vezes vê nessa atitude uma forma
de aliviar a tensão e a angústia que sente", disse o
psiquiatra. "É um comportamento diferente da
tentativa de suicídio."
32. BBuullllyyiinngg
O bullying é uma realidade em todo o país. O
Estado não executa políticas públicas efetivas
de prevenção e combate a essas práticas.
Por definição, bullying compreende todas as
atitudes agressivas, intencionais e repetidas,
que ocorrem sem motivação evidente, adotadas
por um ou mais estudante contra outro(s),
causando dor e angústia, sendo executadas
dentro de uma relação desigual de poder
33. TTiiqquueess,, eesstteerreeoottiippiiaass
-TIQUES
Definição
Descreve uma variedade de movimentos motores
involuntários, rápidos e repetitivos, habitualmente
circunscritos a grupos musculares e que não têm um
propósito aparente (Shapiro, 1987).
Podem envolver face, pescoço, tronco e membros
superiores e inferiores, também podendo apresentar
vocalizações e frases faladas e complexas.
34. EESSTTEERREEOOTTIIPPIIAASS
- Movimentos voluntários, repetitivos,
rítmicos, estereotipados, não funcionais,
não fazendo parte de nenhuma condição
neurológica ou psiquiátrica.
Variam de sem a com auto agressão
- Mais frequentes na infância, condição
autolimitada, benigna, associada ao
desenvolvimento normal, terminando ao
redor do segundo ano de vida.
35. AAggrreessssiivviiddaaddee
a) “conduta intencionalmente dirigida a provocar lesão ou
destruição de um objetivo (pessoal, animal ou objeto)”;
b) agressões físicas ou verbais contra os demais
(ameaça, empurrões, dirigir-se aos demais com insultos
ou gritos);
c) agressões contra objetos (quebra ou jogar objetos ao
chão, dar pontapés);
d) e auto-agressão (bate a cabeça, arranhar-se, fazer
pequenos cortes em si mesmo).
Todas estas definições podem formar uma possível
classificação de comportamento agressivo.
36. Transtorno OOppoossiittiivvoo DDeessaaffiiaaddoorr
Os principais sintomas do transtorno desafiador
opositivo são:
perda freqüente da paciência
discussões com adultos
desafio e recusa a obedecer solicitações ou
regras
implicância com as pessoas, podendo
responsabilizá-las por seus erros ou mau
comportamento
se aborrece com facilidade e comumente
apresenta-se enraivecido, irritado, ressentido,
mostrando-se com rancor e com idéias de
vingança.
37. TTrraannssttoorrnnoo ddee CCoonndduuttaa
padrão repetitivo e persistente de conduta
agressiva, desafiadora, anti-social, onde os
direitos básicos alheios, regras e normas
sociais são violados.
Trata-se de uma condição mais grave quando
comparada ao transtorno desafiador opositivo e
é responsável por freqüente encaminhamento
aos serviços de psiquiatria infanto-juvenil.
38. PPrroobblleemmaass ddee AApprreennddiizzaaggeemm
A dificuldade de aprendizagem se manifesta
em áreas da leitura, da escrita, do raciocínio
ou da matemática, sendo essa dificuldade
proveniente de uma disfunção interna no
processamento
de informação, principalmente, envolvendo o
funcionamento da linguagem, do pensamento,
da percepção, da memória e da inteligência
39. Neste caso pode estar em jogo
alterações do interesse e da atenção.
Problemas domésticos que causam
preocupação excessiva à criança podem
comprometer fortemente o grau de
interesse e de atenção, assim como
também as dificuldades na adaptação ao
ambiente escolar que ocorrem em
mudanças de escola.
40. - Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser
fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura
lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa
vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas
e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além
disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e
desorganização ao produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os
portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los,
não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer
comparações, não entendem sequências lógicas. Esse problema é um dos mais
sérios, porém ainda pouco conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada
das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas.
Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou
lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer
como consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de
grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das
palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e
acentuação.
42. ffaarrmmaaccoocciinnééttiiccaa
Conteúdo gástrico menos ácido
Menor qualidade e quantidade da flora
intestinal
Metabolização hepática maior
Clearance renal mais rápido
Absorção mais rápida por maior peristálse
Menor quantidade de proteínas circulantes
pode deixar uma maior concentração da
droga circulante
Maior fluido corporal extracelular
Maior permeabilidade hematoencefálica
43. ffaarrmmaaccoocciinnééttiiccaa
Biodisponibilidade menor
Absorção mais rápida da medicação
Meia-vida diminuída
Necessita de intervalos menores
entre as tomadas
Pode necessitar de uma dosagem
maior comparado aos adultos
Sempre começar com dose baixa e
titular conforme as queixas clínicas
44. ttddaahh
Primeira linha: estimulantes
Inibição do transportador de
dopamina, melhorando a modulação na
quantidade de dopamina disponível
Pico plasmático 1-2 horas, com mei-vida
de 3 horas
Dose média: 0,3-1 mg/kg/dia
Efeitos colaterais: perda do apetite,
alteração do sono, irritabilidade,
cefaléia, fadiga, alteração do humor
45. TTrraannssttoorrnnooss ppssiiccóóttiiccooss
Antipsicóticos primeira geração: ação
em receptores D2
(Haloperidol, clorpromaziam, tioridazina)
Antipsicóticos segunda geração: ação
maior em 5-HT2 em comparação com
D2
(risperidona, olanzapina, ziprazidona,
clozapina)
Efeitos colaterais: sintomas
extrapiarmidais e de movimento,
galactorréia, ganho de peso
46. TTrraannssttoorrnnoo ddee hhuummoorr bbiippoollaarr
Lítio-boa resposta na mania aguda,
comportamento agressivo e na agitação
Solicitar: dosagem sérica (0,6-1,2),
função renal, função tiroidiana, função
cardíaca
Dosagem média: 900-1200 mg/dia
Valproato: 10-60 mg/kg/dia
Risco de hepatoxicidade
Carbamazepina: 10-20 mg/kg/dia
Risco de discrasia sanguínia
48. TTrraannssttoorrnnoo ddeepprreessssiivvoo
Primeira linha: ISRS-menos efeitos
colaterais, boa resposta
Segunda linha: Tricíclico-dose deve
ser fracionada, evitar picos
plasmáticos altos por causa de
cardiotoxicidade
Avaliação da eficácia após 8-12
semanas
Manter tratamento pro pelo menos
6 meses
49. TTrraannssttoorrnnoo iinnvvaassiivvoo ddoo
ddeesseennvvoollvviimmeennttoo
Medicações auxiliam em certos sintomas,
mas não nem curativas nem substitutivas
de outras formas de intervenção
Possibilitam que convivam nas escolas e nos
espaços terapêuticos
Fluoxetina: melhora do humor e de
condutas obsessivas-compulsivas
Sertralina: melhora ansiedade e agitação
Haloperidol e risperidona: reduz
estereotipias, hiperatividade e inquietude
50. TTrraannssttoorrnnoo ddoo ttiiqquuee
Medicação para alívio dos sintomas
Antagonistas dos receptores D2-
haloperidol e pimozida
Também pode usar risperidona e
olanzapina
Resolução completa ou parcial ao
final da adolescência