2. IDENTIFICANDO A CRIANÇA
GRAVE
AIDIPI neonatal (2m) :
-Está mamando no peito? Está vomitando?
-Febre?
-Letargia ou Irritabilidade?
-Apresentou convulsao?
-Gemido ou Sibilancia?
-Distensao abdominal
- Sangramento? Equimose, Petéquia ou Hemorragia
-Enchimento capilar >2s
-Peso < 2000g
-Ictericia < 24hs de vida
-Secrecao purulenta do ouvido, conjuntiva (edema) ou umbigo?
3. IDENTIFICANDO A CRIANÇA GRAVE
-Ha sinais de esforço espiratorio?
Tiragem subcostal
Retracao furcula esternal
Batimento de asa de nariz
Cianose central
-Frequencia respiratoria:
2m: 60
2m-1a: 50
1a-4a:40
5a: 20
-Frequencia cardiaca (bpm):
Rn: 160
2m a 2a: 120
3a a 6a: 100
7a a 11a:90
4. OTITES
OMA
-30% IVAS em <3a
-Diferenciar entre OMA e OME.
-Febre+ otalgia
irritabilidade
IVAS
- Uso de ATB: otite bilateral, <6m, Tax >39, sem possibilidade
de follow up,
(Dose dobrada de ATB)
Amoxacilina- 50mg/kg/dia, 12/12hs, 7d.
Clavulin- 50-90mg/kg/dia, 12/12, 7d.
5. DOENCAS RESPIRATÓRIAS
O meu filho está com...
-Nunca banalizar a queixa!!!
-Proceder a coleta de dados e ex. fisico sistemático
‘’ muita tosse`` ``ta resfriado``
``cheio de catarro no pulmão’’
`` o nariz ta entupido``
``o catarro ta verde!``
6. SISTEMATIZANDO O MEU EXAME
-Dados da história:
quais sintomas;início;
tempo de duração;
entender bem a evolução;
presença de febre;
padrão alimentar;
hábitos fisiológicos
-NÃO examinar: ao choro, em
decubito, enquanto mama
- Criança maior: pedir para
tossir!
- Frequências respiratória e cardíaca
-Saturação O2: >92%
cianose
- Esforco batimento de asa de nariz,
retracao furcula
tiragem subcostal
-AR estertoracao
roncos grosseiros
sibilos
ronco de transmissao
7. MINHAS PRINCIPAIS HIPÓTESES
PNEUMONIA
Febre,taquipneia, sinal de esforco,
tosse,taquicardia,estertor (roncos)
ATB (idade) :amoxacilina ou
macrolideo (>5a)
Atencao aos a criterios de
internação
Intervalo curto entre revisões
BRONQUIOLITE
Sazonal,
Febre, tosse, sibilancia,
Tto suporte: antitermico, O2,
Controverso- NBZ fenoterol
corticoesteroide
Intervalos entre revisões
AVAL. NIVEL SECUNDARIO/ INTERNAÇÃO:
<6m, Sat O2 < 92%, taquipneia, sinal de esforco, letargia,
desidratacao, falha a terapeutica, imunodeficiencia, dificuldade
de organizacao familiar (BQL- prematuro, dca cardiopulmonar)
8. FEZES DO RECÉM NASCIDO
-Mecônio: ate o 3º dia de vida
-Frequencia >10x/dia
-Consistencia: Amamentada X Leite de vaca
Como diferenciar da diarréia?
Nesta idade, diarréia costuma ser bacteriana. Além dela tambem
haverá: febre, distensao , perda de peso, desidratacao, odor fetido.
9. A CRIANCA ESTÁ COM DIARRÉIA?
Há quanto tempo?
N episodios? (>4)
Há sangue ou muco nas fezes?
OBSERVAR:
-Condição geral da criança: Letargia ou Irritabilidade
- Avaliar hidratação: olhos, língua, sinal da prega
-Oferecer líquidos à criança
⚫ Não consegue beber.
⚫ Bebe avidamente, com sede?
HIDRATACAO (EV ou VO) + AMAMENTAÇÃO
10. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
IMPORTANTE:
• Desvincular a ideia de Intervalo
• Associar ao aspecto das fezes
• Hábito Intestinal
• Entender o que é Constipacão
Funcional
COMO AVALIAR:
• Exame fisico detalhado
• Distensão abdominal
• Fezes endurecidas no abdome
• Fissuras anais
• Localizacao do anus
• Toque retal (5º dedo ou sonda)
• Avaliar Crescimento: mostrar a
familia no cartão - ganho de peso e
altura.
• Alimentacão Mista: incentivar suco
de fruta (ameixa, pera ou maca
• NÃO orientar uso de óleo mineral,
laxativo ou enema
• Preservar uso de supositório de
glicerina
Atenção : AM + fezes duras+
volumosas +distensão
11. CÓLICAS DO LACTENTE
Quando pensar em cólica?
``Episódios repetidos de choro e irritação em intensidade suficientes para
causar dificuldade e apreensao familiar``
→Comum! Mas, sem causas estabelecidas!
1) alergia ao leite de vaca? intolerancia a lactose? excesso de gases?
2) Pouco vínculo mãe- bebe?
3) choro extremo da criança?
4)entidades clinicas de dificil diferenciacao
12. CÓLICAS DO LACTENTE
Tratamento: Empirico.
Retirar leite de vaca da mae (complementacao calcio)
Retirar ovos, trigo, nozes e frutas citricas
Indicar uso de chá (cuidado com amamentacao exclusiva)
Nao esta indicado: antiespasmódico, analgesico, supositorio.
IMPORTANTE: Orientação aos pais- desaparecem nos primeiros meses, não
deixam sequelas!
Anamnese e exame fisico detalhados: diagnostico de exclusao!
Afastar: ITU, RGE, otoscopia, lesões cutâneas…
13. MONILÍASE ORAL
• “Sapinho”: placas esbranquicadas, halo hiperemiado.
• Contaminação: canal do parto, mãos contaminadas, bicos de mamadeira e
chupetas- C. albicans
• Área acometida: língua, lábios, gengiva, bochechas
• Diagnostico clinico.
• Tratamento: nistatina- 1ml/ 6hrs, 7dias.
miconazol gel- 4x/dia, 7dias ( se resistência)
• Tratar a mãe?- Inspecionar as mamas
• Recorrencia ou dificil tratamento: imunodeficiencia?
14. PROBLEMAS DA PELE
-Descamação da pele do Rn :
furfuracea.
- pós maduro
-resolução espontânea (2 semanas)
- Atentar a bolhas e exsudacao
MILIÁRIA: ‘’brotoejas’’
-Áreas de calor
-Protejer do calor
solucao acetato de aluminio (maceração)
tratar infecção secundária (bact. ou fungo)
15. DERMATITE SEBORREICA
- Fungo Malassesia furfur
-Em geral ocorre no 1 ano de vida
-Exantema eritematoso oleoso: areas com concentracao de gl.
sebaceas
- Inicia em couro cabeludo, dispersando por face, retroauricular
- Conduta expectante- autolimitada
-Recorrência: oleo vegetal pela noite - remocao das crostas pela
manha
16. IMPETIGO
BOLHOSO
S. aureus
Rn face e periumbilical
Pouco sinal sistemico
Cefalexina ou clavulin-
90mg/kg/dia,12/12,10d
NAO BOLHOSO
S. pyogenes
MMII
Precedido por cocadura, picada
Pen.benzatina 50.000UI
Contagioso
Macula eritematosa- bolha ou vesicula- secrecao amarela- crosta
15 dias: remissao espontanea
Tto Topico: tirar bolhas e vesiculas- agua quente e sabao +
neomicna- ate cicatrizacao
Higiene do cuidador
Tto sistemico: lesao extensa ou sinal sistemico
21. DERMATITE SEBORRÉICA DERMATITE POR PSORÍASE
Lesao gordurosa
Couro cabeludo, face, pescoco
CE tópico
1a de vida: inicia em area da fralda
Descamacao intensa
Cotovelo, joelho
22. RGE- REFLUXO GASTROESOFAGICO
• Caracterizado por retorno de conteúdo gastrico para o esôfago,
com ou sem regurgitação (sem esforco, pós prandial, ruminacao).
• Como se apresenta?
Lactente: refluxo e/ ou vomito.
Pre escolares e Escolares: epigastalgia e pirose
• 50% : epsiodio diario ate os 3m.
• Ansiedade dos pais = maior N de consultas.
• 100% resolucao espontanea ate os 18m (sem sequelas).
24. RGE- Como abordar?
- Explorar preocupacoes dos pais; experiencia com sintomas;
esclarecer carater benigno e evolucao autolimitada.
- Dados importantes da entrevista:
-Historia alimentar: tipo, quantidade, frequencia, posicao,
comportamento da crianca.
-``Diario de sintomas``: correlacionar sintomas com alimentacao.
-Sintomas respiratorios:
sibilancia? estridor laringeo? PNM aspiracao? apneia?
25. RGE- O que fazer?
• Exame fisico, em geral sem
alteracoes.
• Buscar sempre por sinais de
alerta.
-Tecnica aleitamento :posicao e
quantidade.
-Sinais vitas (Tax e Fr)
-Graficos: peso e altura
-Irritabilidade e Choro: Esofagite?
-Opistotono ou Torcicolo: SINAIS
ESPECIFICOS
-Sinais cutaneos de atopia: alergia
alimentar
• Investigacao Complementar:
1) pHmetria: frequencia e
duracao episodios, resposta ao
tratamento medicamentoso.
2) Rx do trato digestivo superiror:
hernia hiatal, estenose piloro,
acalasia. Baixa sensibilidade e
especificidade- DRGE.
3) EDA: nenhum achado endo ou
histo e especifico.
26. RGE- Tratamento
NAO MEDICAMENTOSO
*Quem tem bom crescimento
e ausencia de sinais de
alerta.
-Espessamento da dieta, nao
amamentado.
- Alimento Frequencia
- Ambiente tranquilo
- Posicao vertical apos
- Decubito Lateral ou
pronacao para dormir
- Nao alimentar no choro
MEDICAMENTOSO E
ENCAMINHAMENTO
*TTO: Sem beneficio para RGE
nao complicado
*ENCAMINHAMENTO :
- suspeita DRGE
-persistencia do RGE apos 18m
-recorrencia apos 18m, mesmo
com medidas nao
farmacologicas
27. FIMOSE E PARAFIMOSE
FIMOSE
• Dificuldade na exposicao da
glande (anel prepucial)
• 96% nasce com fimose
• Descolamento fisiologico:
• -25%- 6m
• -50%-1a
• -80%- 2a
• -94%- 5a
• 6%: correcao cirurgica
Massagem no penis???
PARAFIMOSE
-Quando o prepucio nao recobre
a glande
-Perigo: comprometer retorno
venoso e linfatico da glande
-Tto: reducao manual com
anestesico topico ou reducao
cirurgica
28. ICTERICIA
-Hiperbilirrubinemia
-98%>1mg/dL nas 1as semanas- adaptacao ao metabolismo Bb
-Principal complicacao: Kernicterus- sequela neurologica permanente
- Periodo neonatal: pre termo e termo sadios
-Nosso papel: estar atento a identificacao da ictericia neonatal
avaliacao de sua gravidade.
Sinais de alerta: ictericia nas primeiras 24 hs, Bb> 12mg/dl.
29. UMBIGO DO RN
-Queda entre a 2 e 3 semana
de vida
-potencial porta de entrada
-manter limpo: alcool 70%
-apos queda: agua + sabao
-lesao vegetante, umida, rosa-
palido
-sol nitrato de prata 10%
-S. pyogenes e estafilo- grave
-edema, hiperemia, calor local,
sinais sistemicos- ao redor
umbigo
-requer internacao
-ausente ao nascer, surge 1-2m
-remissao espontaneo 4 m
-correcao:apos 3-4 ano de vida
-NAO: moeda, faixas e cintos
Cuidados com o coto:
Granuloma umbilical:
Onfalite:
Hernia:
30. HERNIA INGUINAL E HIDROCELE
-Presente ao nascimento ou
surgir apos.
-Abaulamento, massa ou nodulo
em regiao inguinal com esforco
ou choro.
-Correcao cirurgica imediata: 17%
encarceramento
Cirurgia + comum da infancia!
- Dificuldade para palpar
testiculo
- Lanterna em ambiente escuro:
tranluminacao do escroto
-Correcao cirurgica, se:
esvaziamento do escroto
durante a compressao-
comunicacao com peritoneo.
-Expectante- remissao aos 12m.
31. TESTICULO RETIDO
-Uni ou bilateral, D>E (70%)
-Por onde procurar: canal inguinal (72%), pre escrotal (20%), intra
abdominal (8%)
-Descida espontanea: ate 3m- a termo e ate 6m- prematuros
(pode estender ate 1a)
-Potencial para tumor testicular
-Apos prazo: avaliacao cirurgia pediatrica
32. DISPLASIA DO QUADRIL
-Cabeca do femur esta fora da fossa acetabular
-Fatores de risco: cesariana, apresentacao pelvica, macrossomia
-Pesquisa atraves da manobra de Ortolani : abducao do quadril
repetir ao longo do 1 semestre: pode manifestar se tardiamente
estar atento a correta posicao das maos
-Suspeita: USG- <6m ou Rx- >6m → Avaliacao Ortopedica