O documento discute a avaliação ultrassonográfica do fígado e vasos hepáticos, incluindo parâmetros normais, sinais de hipertensão portal, avaliação de TIPS e transplante hepático. É apresentado o protocolo completo de exame com ênfase na análise Doppler para avaliar fluxos sanguíneos. Complicações pós-transplante também são revisadas.
2. Revisão da técnica de exame
Parâmetros normais
Sinais de hipertensão portal
Avaliação do TIPS
Introdução à avaliação com Doppler para o
Transplante Hepático.
3. Preparo – jejum de 6 - 12 horas
Transdutor convexo 2 – 5 MHz
Iniciar o exame em decúbito dorsal
Decúbitos laterais
4. Exame completo do abdome superior ao modo “B”
Medir os lobos hepáticos direito e esquerdo
Medir o baço
Ao menos os diâmetros longitudinal e ântero-posterior – Índice Esplênico
Medir o calibre da veia porta e da veia esplênica
Avaliar a vesícula e as vias biliares
Avaliar o pâncreas
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7.
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9.
10. Presença e direção de fluxo
Localização de pontos de aliasing
Identificação de vasos de pequeno calibre
Veia porta e ramos direito e esquerdo
Veia esplênica
Identificar a artéria hepática
Verificar a presença e o padrão de fluxo nas veias hepáticas
Rastrear colaterais postossistêmicas e intra-hepáticas
Auxílio para a correção do ângulo e medidas das velocidades
11.
12.
13.
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15. Documentar o fluxo das veias hepáticas
Documentar o fluxo da veia porta e medir a velocidade
de fluxo
Documentar o fluxo da artéria hepática e medir os
índices de resistência e pulsatilidade (IR e IP)
16.
17. Fazer o UABS completo modo B
Medir calibres V. Porta e V. Esplênica
Documentar Doppler Color da V. Porta e V.
Esplênica
Documentar Veias Hepáticas Doppler Color
Documentar Espectral da Veia Hepática Direita
Documentar Espectral da V. Porta, com medida
da velocidade média (corrigir o ângulo!!)
Documentar Espectral da Artéria Hepática com
Índice de Resistência
18. Veia porta
Calibre até 13 mm
Aumento de calibre com a inspiração profunda:
normal ≥20%
Fluxo hepatopetal, discretamente fásico, com
pulstatilidade (venosa) inferior a 0,5.
Velocidade média: 16-40 cm/s
19. Veia esplênica e veia mesentérica superior
Calibre até 9 mm
Fluxo hepatopetal, semelhante ao da veia porta
21. Veias hepáticas
Calibre de até 10 mm
VCI - calibre de até 20 mm
Fluxo fásico (geralmente bi ou tretrafásico – tetra-
inflexional) – transmissão retrógrada das
variações pressóricas do átrio direito
22. Relação de fluxo
veia porta / artéria hepática
70% : 30%
23. Pressão da veia porta
normal: 6-10 mmHg
Diferença de pressão
VP - VCI: normal ≤ 5 mmHg
24. VP > 13 mm
VE > 9,5 mm
Aumento do diâmetro da VP<20% com a
inspiração profunda
Esplenomegalia
avaliar no contexto
25. Velocidade de fluxo na VP < 16 cm/s
Fluxo de direção variável ou retrógrado na VP
Perda / redução da fasicidade nas veias
hepáticas
avaliar no contexto
Circulação colateral
34. Cirrose hepática
Esquistossomose
Trombose da veia porta
Doença venoclusiva
Síndrome de Budd-Chiari
Trombose da VCI
ICC - câmaras direitas
Doença valvar mitral
35.
36.
37.
38.
39.
40. Avaliação prévia ao procedimento
Fluxo na VP < 20cm/s ou retrógrado
Ramos portais intra-hepáticos
Fluxo anterógrado ou retrógrado
41. TIPS funcionando normalmente
Fluxo na VP hepatopetal > 30 cm/s
Aumento >50% velocidade de fluxo VP
Ramos portais intra-hepáticos
Fluxo retrógrado ou estagnado
Velocidade no TIPS entre 50 e 250 cm/s
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48. TIPS funcionando mal
Aumento de velocidade da v. porta inferior a 50% da avaliação
prévia
Redução da velocidade da v. porta em dois exames
subsequentes após o procedimento, superior a 2/3
Ramos portais intra-hepáticos
Conversão de fluxo retrógrado para anterógrado
TIPS sem fluxo; ou velocidade <50 cm/s ou > 250 cm/s
Gradiente de velocidades em dois pontos do TIPS > 100 cm/s
53. Quatro anastomoses vasculares
Uma anastomose biliar
Geralmente – colecistectomia
Anastomose arterial
Término-terminal (boca de peixe)
Veia porta
Término-terminal
Pode haver necessidade de enxerto
Veia cava inferior
Tipo convencional (anastomose supra e infra-hepática)
Tipo piggy back (confluência das veias hepáticas para a VCI)
54.
55. Artéria hepática
Fluxo monofásico bi-inflexional
IR = 0,50 a 0,80 (nas primeiras 72h pode ser >0,80)
VPS de até 200 cm/s
Tempo de aceleração < 0,08
56. Veia porta
Discrepância de calibres dos vasos doador/receptor
Fluxo hepatopetal
Monofásico/contínuo. Pode ou não ser levemente variável com a
respiração
57. Veias hepáticas
Fluxo fásico tetrainflexional
Nos primeiros dias pode haver variações
59. Estenose da artéria hepática
5% a 11% dos casos
Fluxo turbulento
VPS > 2 vezes a velocidade pré estenótica
Fluxos tardus parvus nas artérias intrahepáticas
Tempo de aceleração > 0,08
IR < 0,50
60. Oclusão da artéria hepática
4% a 12% em adultos
mais de 42% em crianças
Ausência de fluxo ao Doppler
Em casos crônicos pode haver fluxos de baixa
amplitude devido a colaterais para artérias intra-
hepáticas
71. Estenose de veia hepática
<1% dos casos
Precoce ou tardia
Hemorragia (3% dos casos)
Síndrome de Budd-Chiari (0,3% a 1,5% dos
casos)
72.
73. Outras
Fístulas arteriovenosas
Pseudo-aneurismas
Infarto hepático
Complicações da anastomose biliar
Rejeição
Infecção
Recorrência de neoplasia
Doença linfoproliferativa
74. Padronização da técnica de exame
Utilizar recursos do modo B, Doppler color e análise
espectral
Parâmetros normais
Sinais de hipertensão portal
Rastreamento de colaterais portossistêmicas
Avaliação de TIPS
Avaliação do Fígado transplantado
Editor's Notes
CV = VEIA CORONÁRIA = NOME ANTIGO DA VEIA GÁSTRICA ESQUERDA
Normal anatomy of the umbilical vein remnant. A, Transverse view of the left lobe of the liver shows the hyperechoic ligamentum teres (black arrow). Within the ligament is a small hypoechoic structure representing the fibrous remnant of the umbilical vein (white arrow). B, Longitudinal view through the left lobe of the liver shows the hyperechoic ligamentum teres (black arrows). Within the ligamentum teres is the hypoechoic remnant of the umbilical vein (white arrows), which communicates with the umbilical segment of the left portal vein (LPV). C, Longitudinal color Doppler view shows anatomy similar to that shown in B, with no detectable flow within the remnant of the umbilical vein.
Enlarged recanalized umbilical vein. A, Sagittal view of the left lobe of the liver shows a dilated umbilical vein (arrow) measuring more than 10 mm in diameter. The left portal vein (LPV) is also seen. B, Similar color Doppler view confirming hepatofugal flow within the recanalized umbilical vein (arrow).
Paraumbilical collaterals. Magnified sagittal color Doppler view of the inferior aspect of the left lobe of the liver
Sonographic caput medusa. Sagittal panoramic view of the anterior abdomen shows a recanalized umbilical vein (white arrows) traveling inferiorly to the periumbilical region where it becomes quite tortuous (black arrows). This is the sonographic equivalent of a caput medusa.
Varizes pericolecísticas
Trombose da v porta com transformação cavernomatosa
Circulação colateral através da veia gástrica esquerda
Alterações compatíveis com hepatopatia crônica - cirrose
Esquistossomose – diferentes graus de fibrose
Budd-Chiari
Peripheral portal vein flow reversal. A, Duplex Doppler view shows a waveform from the peripheral aspect of the liver with arterial flow above the baseline traveling in an antegrade direction. Portal venous flow is displayed below the baseline traveling in a retrograde direction. B, Color Doppler view of the same area confirms retrograde flow in the portal vein (PV) and antegrade flow in the hepatic artery (HA).
1 – Padrão de fluxo normal na artéria hepática pós transplante
2 – Índice de resistência aumentado nos primeiros dias de pós-operatório – normalizou depois
3 – Trombose da artéria hepática – complicação mais temida. A cada hora que passa, aumenta em 10% a probabilidade de perda do enxerto segundo alguns autores
1 – Padrão de fluxo normal na artéria hepática pós transplante
2 – Índice de resistência aumentado nos primeiros dias de pós-operatório – normalizou depois
3 – Trombose da artéria hepática – complicação mais temida. A cada hora que passa, aumenta em 10% a probabilidade de perda do enxerto segundo alguns autores
1 – Padrão de fluxo normal na artéria hepática pós transplante
2 – Índice de resistência aumentado nos primeiros dias de pós-operatório – normalizou depois
3 – Trombose da artéria hepática – complicação mais temida. A cada hora que passa, aumenta em 10% a probabilidade de perda do enxerto segundo alguns autores
1 – Padrão de fluxo normal na artéria hepática pós transplante
2 – Índice de resistência aumentado nos primeiros dias de pós-operatório – normalizou depois
3 – Trombose da artéria hepática – complicação mais temida. A cada hora que passa, aumenta em 10% a probabilidade de perda do enxerto segundo alguns autores
Anastomose v porta. Um dos aspectos possíveis. Não havia estenose.