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Modelos de Desenvolvimento e de
Produção do Ambiente Construído
• A vida humana só pode se sustentar e se
desenvolver a partir de um contexto onde se
encontrem todos os meios necessários a
sobrevivência
fatores climáticos
disponibilidade de recursos
equilíbrio dos ciclos naturais
• As ações antrópicas sempre interferiram neste
equilíbrio, de acordo com:
o modo de produção;
a estrutura de classes;
o aparato tecnológico;
o universo cultural de cada sociedade.
O progresso permanente se baseou na
aparente disponibilidade de recursos naturais
ilimitados
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Atualmente...
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Aumento crescente da atividade
econômica
• As tecnologias desenvolvidas recentemente possibilitaram o desenvolvimento
dos transportes modernos, o acesso fácil aos combustíveis fósseis e o
barateamento da energia disponível;
• Modelo de desenvolvimento consolidado após a Segunda Guerra Mundial:
crescimento econômico;
• A hegemonia na qual se baseava esse modelo, possibilitou um crescimento
sem precedentes na história, e também sem precedentes foram os impactos
ambientais dela decorrentes (SILVA; SHIMBO, 2000).
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Aumento da população mundial
década de 50
2,5 bilhões de pessoas
consumo per capita de
energia e de recursos
teve
crescimento ainda
maior que o da década de 90
população
(WACKERNAGEL; REES,
1995) 5,8 bilhões de pessoas
2050 ??????
10 bilhões de pessoas
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Aumento das relações causais
Poluição atmosférica Super-população Crise Energética Mudanças climáticas
Poluição das águas Contaminação do solo Desmatamento Lixo
Concentração
Demográfica
Exclusão social Centros urbanos Consumo materiais Desertificação
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Aumento das relações causais
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Aumento das relações causais
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Aumento das relações causais
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Representatividade impacto cidades
ALIMENTO:41%
ENERGIA:10%
TRANSPORTE:5%
MATERIAIS E
RESÍDUOS:44%
Exemplo categorias de impactos ambientais Cidade de Londres
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Representatividade impacto da
construção
• 50% dos RECURSOS NATURAIS
extraídos da crosta terrestre
• 40% a 50% da ENERGIA
consumida em cada país
• 50% dos RESÍDUOS SÓLIDOS
urbanos;
• PROBLEMAS SAÚDE
Habitantes de áreas
urbanas passam 90% de seu
tempo em ambientes
fechados.
• PROBLEMAS SOCIAIS
Déficit habitacional de
6.656.000 habitações
(Fundação João
Pinheiro, 2002)
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MODELO DE PLANEJAMENTO
PREDOMINANTE
MODELO INDUSTRIAL
> busca alto nível de produtividade e
eficiência operacional
MODELOS DEGENERATIVOS
> métodos determinativos: conhecimento
apenas das partes e mecanismos de
cada elemento
> tecnologia é o motor que dirige o
processo
> excluem variáveis humanas, ambientais...
> separação nítida AMBIENTE NATURAL E
CONSTRUÍDO
> sistemas naturais CONCORREM com os
sistemas humanos
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MODELO DE PLANEJAMENTO
PREDOMINANTE
40.000 unidades
habitacionais
Movimento de terra
equivalente a 21% do
necessário para a
implantação da usina
de Itaipu
O custo de cada residência,
ante as obras de recuperação
necessárias, equivaleria a de
um apartamento na Av. Paulista,
na cidade de São Paulo.
Conj. Hab. Sta. Etelvina (COHAB/SP, 1983)
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Fonte: FARAH (1998)
MODELO DE PLANEJAMENTO
PREDOMINANTE
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MODELO DE PLANEJAMENTO
PREDOMINANTE
Controle do metabolismo urbano
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CONTEXTO PLANEJAMENTO
nossas ações profissionais estão
diariamente transformando a
vida das pessoas...causando
maior ou menor impacto
ambiental, assim como, maior
ou menor qualidade social e
efeito econômico!!!
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“Os problemas que nos deparamos HOJE não
podem ser resolvidos no mesmo nível de
pensamento que estávamos quando os
criamos”
(EINSTEIN APUD LYLE, 1994)
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> A abordagem dos projetos ambientais deve ser aplicada
na estruturação do problema de projeto, de forma que
todos os elementos e funções do projeto sejam
considerados desde o inicio de acordo com suas inter-
relações com o projeto como um todo e com o ambiente
em que ele se insere. (YEANG, 1999 e HANDLER, 1970)
Esta estruturação pode proporcionar ao projetista uma visualização
mais ampla e completa das variáveis de projeto, e assim possibilitar
uma tomada de decisão de projeto mais equilibrada.
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CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO (1972)
COMISSÃO MUNDIAL (1983)
A21
NOSSO FUTURO COMUM (1987) Construção
Sustentável
- CIB (1999)
ECO – 92 (1992)
AGENDA 21
GLOBAL FORUM (1994)
CITIES SUSTAINABLE
HABITAT II (1996)
“CITY SUMMIT” A21
ASSENTAMENTOS Construções
Sustentáveis
HUMANOS em Países em
Desenvolviment
o - CIB e– UNEP
(2002)
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O processo de desenvolvimento da sustentabilidade
tem ocorrido em diferentes níveis:
ECONOMIA VERDE
TECNOLOGIAS VERDES
PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL
Como definir objetivos para o
desenvolvimento de projetos
mais sustentáveis?
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PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
É viver dentro da capacidade de suporte do planeta!
É aquele desenvolvimento que conduz à sustentabilidade!
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PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
MODELO REGENERATIVO
> busca alto nível de
cooperação entre todos os
envolvidos no processo
MODELOS NATURAIS
> métodos para lidar com
questões complexas:
conhecimento das relações
entre os elementos
> são atrelados a processos
sociais e naturais
> tecnologia é mais um fator
de contexto social e ecológico
> integração AMBIENTE NATURAL
E CONSTRUÍDO
> sistemas naturais INTERAGEM
com os sistemas humanos
PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
“Construção é um extenso processo ou mecanismo
para a realização de assentamentos humanos e
criação de infra-estrutura de suporte ao
desenvolvimento” (Agenda 21 for Sustainable Construction
in Developing Countries, 2002)
“A arquitetura sustentável é uma contribuição para
diminuição da pobreza e aumento das condições de
uma vida digna” (International Council for Research and
Innovation in Building and Construction, 1999)
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PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
Orr, David W. EARTH
IN MIND: On
Education,
Environment and the
Human Prospect.
Island Press, 1994, p.
Desafios e Inspirações 1.
PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
Socolow e Pacala (2006)
apontam duas possibilidades
de futuro...
A opção sustentável está
alinhada com a presença, no
contexto urbano, de vegetação,
meios de locomoção
energeticamente eficientes e
menos impactantes, fontes
sustentáveis de energia
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PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
Pretoria, Africa do Sul
A cidade de células florestadas - Tóquio, Japão
aumento da densidade populacional, porém com melhor utilização dos espaços
(ecologicamente funcionais);
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PLANEJAMENTO + SUSTENTÁVEL
CIDADES DO FUTURO (segundo John Lyle)
• Edifícios com não mais que seis a oito andares
Londres, Calthorpe,
Camden1(984-1.2 acres)
Comprado pela
comunidade com o
propósito de estabelecer
um jardim comunitário.
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REFERÊNCIAS
> LYLE, J. T. Regenerative design for sustainable development. Nova York: John
Wiley & Sons,1994.
MEADOWS, D.H. et alli. Limites do Crescimento. São Paulo: Ed. Perspectiva,
1972.
> Ministério do Meio Ambiente. Disponível em <www.mma.gov.br>. Acesso em
Dezembro de 1999.
> MANZINI, EZIO. O desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
> Menegat, Rualdo; Almeida, Gerson; Satterthwaite, David. Desenvolvimento
sustentável e gestão ambiental nas cidades: estratégias a partir de Porto Alegre.
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
> McHarg, Ian. Proyectar con la naturaleza. Ed. Gustavo Gili, SA. Barcelona, 2000.
> Mollison , Bill; Slay, Reny Mia. Introdução à permacultura. Brasília: 1998.
204p. Traduzido por André Luis Jaeger Soares.
> SATTLER, M.A. Habitação de baixo custo mais sustentáveis: a casa Alvorada e o
Centro Experimental de tecnologias habitacionais sustentáveis. Porto Alegre:
ANTAC, 2007. Coleção Habitare.
> ORNSTEIN, S. W.; ROMÉRO, M. (Col.). Avaliação pós-ocupação do ambiente
construído. São Paulo: Studio Nobel/Edusp, 1992.
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