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Fundamentos de Proteção
     Radiológica

FUNDAMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
                GUSTAVO VASCONCELOS
           TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA
                         SENAC 2011.1
Fundamentos de Proteção Radiológica


 Módulo 1 – Evolução da Tecnologia Nuclear


 Módulo 2 – Radiações e radioatividade


 Módulo 3 – Fontes naturais e artificiais de radiação


 Módulo 4 – Aplicações das radiações ionizantes


 Módulo 5 – Efeitos biológicos das radiações ionizantes
Evolução da tecnologia nuclear

 A humanidade não conhecia a existência e o poder
 de dano da radiação até o final do século XIX.
Evolução da tecnologia nuclear

 Em 1939 já se sabia que o átomo podia ser rompido e
 que uma grande quantidade de energia era liberada
 na ruptura.
Evolução da tecnologia nuclear

 Infelizmente, ao final dos anos 30 e início dos anos
 40, a busca da hegemonia nuclear levou à construção
 da bomba atômica, envolvendo vários países na 2ª
 guerra mundial.

 Em 1945, a humanidade tomou conhecimento do
 poder destruidor das bombas atômicas lançadas nas
 cidades de Hiroshima e Nagasaki.

 Houve posteriormente a preocupação de se aplicar
 essa energia nuclear em benefício da humanidade.
Evolução da tecnologia nuclear

 Foram construídas então usinas elétricas e os
 materiais radioativos foram aplicados para melhorar
 as condições de vida da população.

 Outros  acontecimentos desagradáveis também
 aconteceram enquanto não se tinha ainda
 conhecimento adequado sobre os efeitos das
 radiações.
Evolução da tecnologia nuclear

 Vários fatos despertaram a atenção da comunidade
 científica, que criou a proteção radiológica.

 Em 1928 foi estabelecida uma comissão de peritos
 em proteção radiológica, a ICRP (International
 Commission on Radiological Protection).

 No Brasil, a utilização das radiações e materiais
 radioativos é regulamentada pela CNEN.
Radiações e radioatividade

 Elementos e átomos
Radiações e radioatividade


 Número de massa e número atômico
   Conceito e simbologia




 Conceito de isótopos
   Elementos químicos iguais (mesmo número atômico),
    que possuem diferentes números de massa.
Radiações e radioatividade

 Conceito de radioatividade
    É a alteração espontânea de um tipo de átomo em outro
     com a emissão de radiação para atingir a estabilidade.


 Radiação não é a mesma coisa que radioativo.


 Existem três tipos de radiação ionizante emitida
 pelos átomos radioativos:
      Alfa
      Beta
      Gama
Radiação e radioatividade

 Radiação Alfa
Radiação e radioatividade

 Radiações Beta (Negativa e Positiva)
Radiação e radioatividade

 Radiação gama
Radiação e radioatividade
Radiação e radioatividade

 Radiação X
    São ondas eletromagnéticas de alta frequência e pequeno
     comprimento de onda, tais como os raios gama.
    Qual a diferença então entre raios-X e raios gama?



 Como os raios-X são gerados?
    Através do efeito da radiação característica

    Através do efeito Bremsstrahlung

    Através do choque nuclear
Radiação característica




                          Efeito Bremsstrahlung




      Choque nuclear
Radiação e radioatividade: Atividade


 É a grandeza utilizada para expressar a quantidade
 de um material radioativo e representa o número de
 átomos que se desintegram, por unidade de tempo.

     Unidade empregada é o Bq (Becquerel).
Radiação e radioatividade

 Decaimento radioativo e meia-vida
Radiação e radioatividade

 Mecanismos de transferência de energia
    Ao atravessar um material, as radiações alfa, beta, X e gama cedem
     parte ou toda sua energia para os átomos do material.
    Essa transferência de energia ocorre principalmente por excitação
     ou ionização.


 Por que é importante saber disso?
    A absorção pelos tecidos do corpo pode dar origem a danos
     biológicos;
    A absorção pelos materiais é o princípio empregado na detecção da
     radiação;
    O grau de absorção e o tipo de interação da radiação nos materiais
     são os fatores principais na escolha das blindagens.
Radiação e radioatividade


 Ionização
Radiação e radioatividade


 Excitação
Fontes naturais e artificiais de radiação
Fontes naturais e artificiais de radiação
Aplicações na Medicina

 Diagnóstico
Aplicações na Medicina

 Terapia
Aplicações na Indústria
Aplicações na Agricultura
Geração de Energia
Bases físicas

 Energia
   É a habilidade de realizar trabalho. Em radiologia: eV



 Potência
   É a capacidade de realizar trabalho por unidade de tempo.



 Radiação
   Propagação de energia, ocorrendo através de partículas ou
    ondas.
Bases físicas

 A energia de uma onda eletromagnética é dada por
 seu comprimento de onda.

 As radiações são quantizadas e referidas como
 fótons.
    Energia dos fótons -> E = f x h
    h = 6,626 x 10-34 J.s
Irradiação X Contaminação


 Irradiação ocorre quando um material ou pessoa é
 exposta à radiação.

 Contaminação é a presença indesejável de material
 radioativo. Pode ser interna ou externa.

 Equipamentos de raios-X / Radioterapia
Interação da radiação com a matéria

 Efeito Fotoelétrico


 Efeito Compton


 Produção de pares


 Atenuação da radiação


 Camada semirredutora
Produção de pares
Atenuação da radiação


 O fator de atenuação da radiação depende:
     da densidade do material absorvedor;
     da energia da radiação incidente


 É medida por:
     I = I0e-µx
Camada semi-redutora
Camada semirredutora


 É a espessura necessária de material atenuador para reduzir a
  intensidade do feixe incidente de radiação à metade do valor
  inicial.
Unidades e grandezas...


 No campo da radioproteção, há a necessidade de se
 conhecer as grandezas físicas e suas respectivas
 unidades de medida; a partir delas, é possível
 estimar os valores das doses de radiação, e,
 consequentemente, relacionar essas doses com os
 possíveis efeitos deletérios para os operadores e
 pacientes.
Atividade


 A grandeza atividade, cujo símbolo é A, é utilizada
 para expressar a quantidade de material radioativo.
 A atividade de um material radioativo é medida em
 termos de desintegrações por unidade de tempo.

 A unidade atual da grandeza atividade é o becquerel
 (Bq) e 1 Bq corresponde a uma desintegração por
 segundo. A unidade antiga, ainda empregada, é o
 curie (Ci) que corresponde a 3,7 x 1010 desintegrações
 por segundo.
UNIDADES DE RADIAÇÃO

   “Usa-se 4 diferentes unidades para medir
    intensidade de radiação”.


1. Roentgen (R) - Unidade de Exposição - é uma
medida do nº de pares de íons produzido no ar por
radiação g ou c.

                     2.082x109 pares-íon / cm3


           R=        1.61x1012 pares-íon / g


                     2.58x10-4 Coulomb / Kg

 USO: Calibração de instrumentos de produção de radiação.
2.Radiation Absorved Dose ( Rad ): Unidade de dose
absorvida aplicável a todos os tipos de radiação
ionizante (a, b,g , c) e a qualquer tipo de material
absorvedor

                   Absorção de 100 ergs/g
        1 Rad =
                   Absorção de 0,01 Joule/Kg
3. Radiation Equivalent Man (Rem): Unidade de
dosagem equivalente


       Dose Absorvida em Rads vezes um fator
        de qualidade RBE que depende do efeito
        biológico provocado por uma radiação
        em particular.

RBE = 1.0 para raios g, c ou b
RBE = 10.0 para nêutrons e prótons até 10 Mev, e para todas as partículas a
RBE = 5 para nêutrons lentos


 USO: O Rem é usado exclusivamente para medir exposição ocupacional.

NOTA: O relacionamento entre R, Rad e Rem é muito complexo. Requer o
conhecimento do tipo e energia da radiação, além da densidade e número
atômico do material alvo.
Dose equivalente


 A quantidade de radiação absorvida pelo indivíduo
 depende:
    do tipo de tecido irradiado;
    do tipo de radiação;
    da energia da radiação incidente.


 Unidade: Sievert (Sv)
Na maioria dos casos de exposição ocupacional:

1 R = 1 Rad = 1 Rem (Simplificação usada universalmente
   para diagnóstico médico de exposição à radiação).



 4. Curie (Ci) - Unidade de Atividade

     – 1 Ci é a atividade de uma amostra que dá lugar a 3,7x1010
     desintegrações por segundo.

                  1Ci = 3,7x1010 desint./seg
   Obs:
       Em 1975 a ICRU (Comissão. Inter. para Unid. e Med.
   Rad.)
       * Gray (Gy): Unidade de dose absorvida, 1Gy = 1 J/Kg
       * Dose absorvida (D): Quantidade de energia cedida a
   matéria pelas partículas ou radiação ioniozantes, por
    unidade
   de massa.

           1 Rad = 1 Rem = 10-2 J/kg = 10-2 Gy
           Dose equivalente >>> Unidade adotada : Sievert (Sv) = Gray (Gy)

                         1 Sv = 1 Gy = 100 Rem
Detectores de radiação ionizante


 São equipamentos capazes de captar a “quantidade”
  de radiação que passa pela região de detecção.

 Podem ser de dois tipos:
   Detectores de leitura direta

   Detectores de leitura indireta
Detectores de leitura direta


 Câmara de ionização – para voltagens entre 50 e
 200V;

 Contador proporcional – para voltagens entre 250 e
 600V;

 Contador Geiger-Müller – para voltagens entre 800 e
 1000V.
Câmara de ionização
Contador proporcional
Contador Geiger-Müller
Detectores de leitura indireta


 Filme radiográfico:
Detectores de leitura indireta

 TLD – detectores termoluminescentes

    O volume sensível de um material termoluminescente consiste
     de uma pequena massa (1 a 100mg) de um material cristalino
     dielétrico contendo ativadores convenientes;

    No Brasil, em geral utiliza-se Fluoreto de Lítio LiF100(Mg,Ti);

    O material é escolhido de acordo com faixa de energia de
     trabalho, que deve estar dentro da região de linearidade do
     material.
TLD
Regras de utilização dos dosímetros individuais

 Observe a data correta de início do período de uso do crachá.
    Alguns são dia 1º, outros dia 15, utilize-o até o final do
    período;
   O crachá deve ser usado na altura do tórax;
   Caso se use avental de chumbo, o dosímetro deve ser colocado
    sobre o avental, nunca por baixo;
   Cuide para não pingar substâncias “estranhas” sobre os
    crachás – podem danificá-lo;
   Não escreva nos crachás nem cole etiquetas nos mesmos;
   Não abra o crachá para “ver como é”. Isto danifica o dosímetro
    e impede a correta leitura da dose;
 O dosímetro padrão deve ficar no quadro ou suporte onde são
    guardados os dosímetros individuais. Este quadro deve ficar
    em local não exposto à radiação (fora das áreas controladas);
   O dosímetro padrão não deve ser exposto à radiação;
   Cada pessoa só pode usar o seu dosímetro particular – o
    dosímetro padrão não é “coringa” para ser usado em caso de
    perda do original;
   Não leve o dosímetro para casa nem saia com ele na rua. Ele
    existe para medir a dose recebida por uma pessoa, num
    determinado local, não em todos os locais onde o usuário
    trabalha;
   Quando não em uso, o dosímetro deve ser guardado junto aos
    demais, em suporte específico e junto ao dosímetro padrão;
 Dosímetros que não estão em uso devem ficar em ambiente
    livre de radiação; do contrário, registrarão doses que não
    foram absorvidas pelo usuário;
   Antes de colocar o guarda-pó para lavar, certificar-se de que o
    crachá foi retirado; a máquina de lavar e, principalmente, a de
    secar destroem os dosímetros;
   O dosímetro não deve ser usado por mais de 30 dias;
   No final do período de uso, o dosímetro deve ser devolvido à
    ProRad para que seja lido; não há sentido usar dosímetro se as
    doses não puderem ser conhecidas...
   Todos os dosímetros de uma mesma remessa devem ser
    devolvidos em conjunto, inclusive o dosímetro padrão;
 Devolva todos os dosímetros, mesmo que atrasados. A não-
  devolução implica em ressarcimento (com multa) à ProRad,
  prejudica o bom andamento do serviço e as doses de radiação
  acabam não sendo conhecidas;
 Não devolva dosímetros adiantadamente, mesmo que o
  usuário tenha parado de trabalhar durante o mês. Devolva
  com a remessa ao final do período;
 Devolva as listas de acompanhamento junto com a remessa e
  cuidar para que seja a lista do mês correto – trocas deste tipo
  são mais comuns do que se imagina; conferir se o período da
  lista é o mesmo dos crachás (impresso na etiqueta);
 As remessas devem ser enviadas à ProRad por carta registrada
  ou SEDEX; correio comum não é adequado, pois podem
  ocorrer extravios e o cliente será responsabilizado pelos
  mesmos, conforme o contrato;
 Os relatórios de dose devem ficar armazenados na empresa,
    não devendo ser devolvidos à ProRad;
   Relatórios de dose são documentos importantes. Por isso, não
    devem ser jogados fora nem largados em qualquer canto. A
    legislação obriga que se mantenham os registros de dose por
    30 anos, mesmo que o profissional não trabalhe mais na
    empresa;
   Doses elevadas serão comunicadas juntamente com os
    relatórios de dose;
   A segunda via de relatórios de dose só será enviada mediante
    solicitação por carta, com assinatura do responsável pela
    entidade com firma reconhecida em cartório. Esta é uma
    exigência da CNEN.
   Não pode ser por fax nem por e-mail;
 Inclusões ou exclusões de usuários poderão ser feitas por fax
  (0-XX-51-3287-3536) ou através do site www.prorad.com.br;
 Só serão aceitas inclusões de usuários em que sejam
  informados o CPF e a data de nascimento;
 Quando se quiser obter qualquer informação junto à ProRad,
  tenha em mãos o código da entidade, que são os quatro
  primeiros algarismos do código do dosímetro. Por exemplo: se
  o código do dosímetro é 4051006, o código da entidade é
  4051.
Radiação: proteja-se




                            Óculos de Proteção RX
    Aventais de proteção




Dosímetro tipo pen
                           Medidor de exposição Raios-X
Cuidados pessoais com radiação

   Use sempre dosímetro – para controle do usuário à exposição radioativa.
   Use luvas impermeáveis que devem ser descartadas de maneira apropriada,
    imediatamente após o uso.
   Use sempre avental de manga comprida. Após o uso, o avental deve ser
    monitorado e deixado na sala de manipulação.
   Use óculos de segurança.
   Toda fonte de material radioativa deve estar blindada.
   Use sempre pipetas automáticas e ponteiras descartáveis. Nunca pipete com
    a boca.
   Evite manipular material radioativo quando tiver qualquer ferimento ou
    lesão na pele das mãos.
   Faça a descontaminação sempre que forem detectados sinais de
    contaminação.
   FONTE: MANUAL DE SEGURANÇA DO PRORESÍDUOS p. 49
Proteção radiológica


 Definir padrões e métodos de proteção para o
 homem e o Ambiente, que permitam o emprego
 benéfico das radiações ionizantes.

    Proteger as pessoas e o ambiente.
    Garantir o uso seguro em benefício das pessoas.
Organizações internacionais


 ICRU (“International
 Commission on Radiological
 Units and Measurements”):

     Criado em 1925, este órgão
      propõe grandezas e unidades
      relacionadas aos níveis de
      radiação    estabelecidos  e
      recomenda      procedimentos
      para sua medição.
Organizações internacionais


 ICRP         (“International
 Commission on Radiological
 Protection”):

    Criado em 1928, este órgão
     estabelece limites de dose e
     princípios    básicos   para
     proteção contra a radiação.

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Aula de introdução à proteção radiológica

  • 1. Fundamentos de Proteção Radiológica FUNDAMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA GUSTAVO VASCONCELOS TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA SENAC 2011.1
  • 2. Fundamentos de Proteção Radiológica  Módulo 1 – Evolução da Tecnologia Nuclear  Módulo 2 – Radiações e radioatividade  Módulo 3 – Fontes naturais e artificiais de radiação  Módulo 4 – Aplicações das radiações ionizantes  Módulo 5 – Efeitos biológicos das radiações ionizantes
  • 3. Evolução da tecnologia nuclear  A humanidade não conhecia a existência e o poder de dano da radiação até o final do século XIX.
  • 4. Evolução da tecnologia nuclear  Em 1939 já se sabia que o átomo podia ser rompido e que uma grande quantidade de energia era liberada na ruptura.
  • 5. Evolução da tecnologia nuclear  Infelizmente, ao final dos anos 30 e início dos anos 40, a busca da hegemonia nuclear levou à construção da bomba atômica, envolvendo vários países na 2ª guerra mundial.  Em 1945, a humanidade tomou conhecimento do poder destruidor das bombas atômicas lançadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.  Houve posteriormente a preocupação de se aplicar essa energia nuclear em benefício da humanidade.
  • 6. Evolução da tecnologia nuclear  Foram construídas então usinas elétricas e os materiais radioativos foram aplicados para melhorar as condições de vida da população.  Outros acontecimentos desagradáveis também aconteceram enquanto não se tinha ainda conhecimento adequado sobre os efeitos das radiações.
  • 7.
  • 8. Evolução da tecnologia nuclear  Vários fatos despertaram a atenção da comunidade científica, que criou a proteção radiológica.  Em 1928 foi estabelecida uma comissão de peritos em proteção radiológica, a ICRP (International Commission on Radiological Protection).  No Brasil, a utilização das radiações e materiais radioativos é regulamentada pela CNEN.
  • 9. Radiações e radioatividade  Elementos e átomos
  • 10. Radiações e radioatividade  Número de massa e número atômico  Conceito e simbologia  Conceito de isótopos  Elementos químicos iguais (mesmo número atômico), que possuem diferentes números de massa.
  • 11. Radiações e radioatividade  Conceito de radioatividade  É a alteração espontânea de um tipo de átomo em outro com a emissão de radiação para atingir a estabilidade.  Radiação não é a mesma coisa que radioativo.  Existem três tipos de radiação ionizante emitida pelos átomos radioativos:  Alfa  Beta  Gama
  • 12.
  • 14. Radiação e radioatividade  Radiações Beta (Negativa e Positiva)
  • 17.
  • 18. Radiação e radioatividade  Radiação X  São ondas eletromagnéticas de alta frequência e pequeno comprimento de onda, tais como os raios gama.  Qual a diferença então entre raios-X e raios gama?  Como os raios-X são gerados?  Através do efeito da radiação característica  Através do efeito Bremsstrahlung  Através do choque nuclear
  • 19. Radiação característica Efeito Bremsstrahlung Choque nuclear
  • 20. Radiação e radioatividade: Atividade  É a grandeza utilizada para expressar a quantidade de um material radioativo e representa o número de átomos que se desintegram, por unidade de tempo.  Unidade empregada é o Bq (Becquerel).
  • 21. Radiação e radioatividade  Decaimento radioativo e meia-vida
  • 22. Radiação e radioatividade  Mecanismos de transferência de energia  Ao atravessar um material, as radiações alfa, beta, X e gama cedem parte ou toda sua energia para os átomos do material.  Essa transferência de energia ocorre principalmente por excitação ou ionização.  Por que é importante saber disso?  A absorção pelos tecidos do corpo pode dar origem a danos biológicos;  A absorção pelos materiais é o princípio empregado na detecção da radiação;  O grau de absorção e o tipo de interação da radiação nos materiais são os fatores principais na escolha das blindagens.
  • 25. Fontes naturais e artificiais de radiação
  • 26. Fontes naturais e artificiais de radiação
  • 32. Bases físicas  Energia  É a habilidade de realizar trabalho. Em radiologia: eV  Potência  É a capacidade de realizar trabalho por unidade de tempo.  Radiação  Propagação de energia, ocorrendo através de partículas ou ondas.
  • 33. Bases físicas  A energia de uma onda eletromagnética é dada por seu comprimento de onda.  As radiações são quantizadas e referidas como fótons.  Energia dos fótons -> E = f x h  h = 6,626 x 10-34 J.s
  • 34. Irradiação X Contaminação  Irradiação ocorre quando um material ou pessoa é exposta à radiação.  Contaminação é a presença indesejável de material radioativo. Pode ser interna ou externa.  Equipamentos de raios-X / Radioterapia
  • 35.
  • 36. Interação da radiação com a matéria  Efeito Fotoelétrico  Efeito Compton  Produção de pares  Atenuação da radiação  Camada semirredutora
  • 37.
  • 38.
  • 40. Atenuação da radiação  O fator de atenuação da radiação depende:  da densidade do material absorvedor;  da energia da radiação incidente  É medida por:  I = I0e-µx
  • 42. Camada semirredutora  É a espessura necessária de material atenuador para reduzir a intensidade do feixe incidente de radiação à metade do valor inicial.
  • 43. Unidades e grandezas...  No campo da radioproteção, há a necessidade de se conhecer as grandezas físicas e suas respectivas unidades de medida; a partir delas, é possível estimar os valores das doses de radiação, e, consequentemente, relacionar essas doses com os possíveis efeitos deletérios para os operadores e pacientes.
  • 44. Atividade  A grandeza atividade, cujo símbolo é A, é utilizada para expressar a quantidade de material radioativo. A atividade de um material radioativo é medida em termos de desintegrações por unidade de tempo.  A unidade atual da grandeza atividade é o becquerel (Bq) e 1 Bq corresponde a uma desintegração por segundo. A unidade antiga, ainda empregada, é o curie (Ci) que corresponde a 3,7 x 1010 desintegrações por segundo.
  • 45. UNIDADES DE RADIAÇÃO  “Usa-se 4 diferentes unidades para medir intensidade de radiação”. 1. Roentgen (R) - Unidade de Exposição - é uma medida do nº de pares de íons produzido no ar por radiação g ou c. 2.082x109 pares-íon / cm3 R= 1.61x1012 pares-íon / g 2.58x10-4 Coulomb / Kg USO: Calibração de instrumentos de produção de radiação.
  • 46. 2.Radiation Absorved Dose ( Rad ): Unidade de dose absorvida aplicável a todos os tipos de radiação ionizante (a, b,g , c) e a qualquer tipo de material absorvedor Absorção de 100 ergs/g 1 Rad = Absorção de 0,01 Joule/Kg
  • 47. 3. Radiation Equivalent Man (Rem): Unidade de dosagem equivalente  Dose Absorvida em Rads vezes um fator de qualidade RBE que depende do efeito biológico provocado por uma radiação em particular. RBE = 1.0 para raios g, c ou b RBE = 10.0 para nêutrons e prótons até 10 Mev, e para todas as partículas a RBE = 5 para nêutrons lentos USO: O Rem é usado exclusivamente para medir exposição ocupacional. NOTA: O relacionamento entre R, Rad e Rem é muito complexo. Requer o conhecimento do tipo e energia da radiação, além da densidade e número atômico do material alvo.
  • 48. Dose equivalente  A quantidade de radiação absorvida pelo indivíduo depende:  do tipo de tecido irradiado;  do tipo de radiação;  da energia da radiação incidente.  Unidade: Sievert (Sv)
  • 49. Na maioria dos casos de exposição ocupacional: 1 R = 1 Rad = 1 Rem (Simplificação usada universalmente para diagnóstico médico de exposição à radiação). 4. Curie (Ci) - Unidade de Atividade – 1 Ci é a atividade de uma amostra que dá lugar a 3,7x1010 desintegrações por segundo. 1Ci = 3,7x1010 desint./seg
  • 50. Obs:  Em 1975 a ICRU (Comissão. Inter. para Unid. e Med.  Rad.)  * Gray (Gy): Unidade de dose absorvida, 1Gy = 1 J/Kg  * Dose absorvida (D): Quantidade de energia cedida a  matéria pelas partículas ou radiação ioniozantes, por unidade  de massa.  1 Rad = 1 Rem = 10-2 J/kg = 10-2 Gy  Dose equivalente >>> Unidade adotada : Sievert (Sv) = Gray (Gy)  1 Sv = 1 Gy = 100 Rem
  • 51.
  • 52. Detectores de radiação ionizante  São equipamentos capazes de captar a “quantidade” de radiação que passa pela região de detecção.  Podem ser de dois tipos:  Detectores de leitura direta  Detectores de leitura indireta
  • 53. Detectores de leitura direta  Câmara de ionização – para voltagens entre 50 e 200V;  Contador proporcional – para voltagens entre 250 e 600V;  Contador Geiger-Müller – para voltagens entre 800 e 1000V.
  • 57. Detectores de leitura indireta  Filme radiográfico:
  • 58. Detectores de leitura indireta  TLD – detectores termoluminescentes  O volume sensível de um material termoluminescente consiste de uma pequena massa (1 a 100mg) de um material cristalino dielétrico contendo ativadores convenientes;  No Brasil, em geral utiliza-se Fluoreto de Lítio LiF100(Mg,Ti);  O material é escolhido de acordo com faixa de energia de trabalho, que deve estar dentro da região de linearidade do material.
  • 59. TLD
  • 60. Regras de utilização dos dosímetros individuais  Observe a data correta de início do período de uso do crachá. Alguns são dia 1º, outros dia 15, utilize-o até o final do período;  O crachá deve ser usado na altura do tórax;  Caso se use avental de chumbo, o dosímetro deve ser colocado sobre o avental, nunca por baixo;  Cuide para não pingar substâncias “estranhas” sobre os crachás – podem danificá-lo;  Não escreva nos crachás nem cole etiquetas nos mesmos;  Não abra o crachá para “ver como é”. Isto danifica o dosímetro e impede a correta leitura da dose;
  • 61.  O dosímetro padrão deve ficar no quadro ou suporte onde são guardados os dosímetros individuais. Este quadro deve ficar em local não exposto à radiação (fora das áreas controladas);  O dosímetro padrão não deve ser exposto à radiação;  Cada pessoa só pode usar o seu dosímetro particular – o dosímetro padrão não é “coringa” para ser usado em caso de perda do original;  Não leve o dosímetro para casa nem saia com ele na rua. Ele existe para medir a dose recebida por uma pessoa, num determinado local, não em todos os locais onde o usuário trabalha;  Quando não em uso, o dosímetro deve ser guardado junto aos demais, em suporte específico e junto ao dosímetro padrão;
  • 62.  Dosímetros que não estão em uso devem ficar em ambiente livre de radiação; do contrário, registrarão doses que não foram absorvidas pelo usuário;  Antes de colocar o guarda-pó para lavar, certificar-se de que o crachá foi retirado; a máquina de lavar e, principalmente, a de secar destroem os dosímetros;  O dosímetro não deve ser usado por mais de 30 dias;  No final do período de uso, o dosímetro deve ser devolvido à ProRad para que seja lido; não há sentido usar dosímetro se as doses não puderem ser conhecidas...  Todos os dosímetros de uma mesma remessa devem ser devolvidos em conjunto, inclusive o dosímetro padrão;
  • 63.  Devolva todos os dosímetros, mesmo que atrasados. A não- devolução implica em ressarcimento (com multa) à ProRad, prejudica o bom andamento do serviço e as doses de radiação acabam não sendo conhecidas;  Não devolva dosímetros adiantadamente, mesmo que o usuário tenha parado de trabalhar durante o mês. Devolva com a remessa ao final do período;  Devolva as listas de acompanhamento junto com a remessa e cuidar para que seja a lista do mês correto – trocas deste tipo são mais comuns do que se imagina; conferir se o período da lista é o mesmo dos crachás (impresso na etiqueta);  As remessas devem ser enviadas à ProRad por carta registrada ou SEDEX; correio comum não é adequado, pois podem ocorrer extravios e o cliente será responsabilizado pelos mesmos, conforme o contrato;
  • 64.  Os relatórios de dose devem ficar armazenados na empresa, não devendo ser devolvidos à ProRad;  Relatórios de dose são documentos importantes. Por isso, não devem ser jogados fora nem largados em qualquer canto. A legislação obriga que se mantenham os registros de dose por 30 anos, mesmo que o profissional não trabalhe mais na empresa;  Doses elevadas serão comunicadas juntamente com os relatórios de dose;  A segunda via de relatórios de dose só será enviada mediante solicitação por carta, com assinatura do responsável pela entidade com firma reconhecida em cartório. Esta é uma exigência da CNEN.  Não pode ser por fax nem por e-mail;
  • 65.  Inclusões ou exclusões de usuários poderão ser feitas por fax (0-XX-51-3287-3536) ou através do site www.prorad.com.br;  Só serão aceitas inclusões de usuários em que sejam informados o CPF e a data de nascimento;  Quando se quiser obter qualquer informação junto à ProRad, tenha em mãos o código da entidade, que são os quatro primeiros algarismos do código do dosímetro. Por exemplo: se o código do dosímetro é 4051006, o código da entidade é 4051.
  • 66. Radiação: proteja-se Óculos de Proteção RX Aventais de proteção Dosímetro tipo pen Medidor de exposição Raios-X
  • 67. Cuidados pessoais com radiação  Use sempre dosímetro – para controle do usuário à exposição radioativa.  Use luvas impermeáveis que devem ser descartadas de maneira apropriada, imediatamente após o uso.  Use sempre avental de manga comprida. Após o uso, o avental deve ser monitorado e deixado na sala de manipulação.  Use óculos de segurança.  Toda fonte de material radioativa deve estar blindada.  Use sempre pipetas automáticas e ponteiras descartáveis. Nunca pipete com a boca.  Evite manipular material radioativo quando tiver qualquer ferimento ou lesão na pele das mãos.  Faça a descontaminação sempre que forem detectados sinais de contaminação.  FONTE: MANUAL DE SEGURANÇA DO PRORESÍDUOS p. 49
  • 68. Proteção radiológica  Definir padrões e métodos de proteção para o homem e o Ambiente, que permitam o emprego benéfico das radiações ionizantes.  Proteger as pessoas e o ambiente.  Garantir o uso seguro em benefício das pessoas.
  • 69. Organizações internacionais  ICRU (“International Commission on Radiological Units and Measurements”):  Criado em 1925, este órgão propõe grandezas e unidades relacionadas aos níveis de radiação estabelecidos e recomenda procedimentos para sua medição.
  • 70. Organizações internacionais  ICRP (“International Commission on Radiological Protection”):  Criado em 1928, este órgão estabelece limites de dose e princípios básicos para proteção contra a radiação.