1. O documento discute o significado de ser feito à imagem e semelhança de Deus segundo a Bíblia. Isso significa que o homem é semelhante a Deus e o representa, tendo traços como moralidade, espiritualidade e inteligência.
2. A queda distorceu a imagem, mas não a apagou completamente. A redenção em Cristo significa a recuperação gradual da imagem de Deus.
3. Essa recuperação será completa quando Cristo voltar e nos transformará em sua imagem glorific
3. Edições
Perguntas Normativas
Por que Deus
Para a glória de Deus.
Jo 17.5, 24; Is 43.7;
criou o homem?
Ef 1.11-12; 1Co 10.31
Qual o Cumprir com o objetivo
propósito da de nossa criação.
existência Jo 10.10; Sl 16.11; Rm 5.2-3; Fp 4.4;
humana? 1Ts 5.16-18; Tg 1.2; 1Pe 1.6, 8
4. Edições
Perguntas Normativas
O que significa
Significa que o homem tem
ser a imagem e
traços do criador e o
semelhança de
representa. Gn 1.26
Deus?
O que ocorreu Vários elementos de sua
na queda do semelhança com Deus se
homem? perderam. Ec 7.29
5. Edições
Perguntas Normativas
Qual o plano de Nossa gradual recuperação da
Deus para nós, em semelhança com Deus.
Cristo? Cl 3.10; 2Co 3.18; Rm 8.29
Quando isso se Na volta de nosso Senhor,
dará Jesus Cristo.
completamente? 1Co 15.49; Cl 1.15; Rm 8.29; 1Jo 3.2
6. Edições
As Semelhanças do Homem em Relação a Deus
Moralidade Espiritualidade
Sensibilidade Inteligência
Capacidade de Relacionamento
7. 1. O significado de “imagem de Deus”.
De todas as criaturas que Deus fez, só de uma delas, o homem, diz-se ter sido
feita “à imagem de Deus”. O que isso significa? Podemos usar a seguinte
definição: o fato de ser o homem à imagem de Deus significa que ele é semelhante
a Deus e o representa.
2. A queda: a imagem de Deus se distorce, mas não se perde.
Podemos nos perguntar se é possível conceber que o homem, mesmo depois de pecar,
ainda é como Deus. Essa pergunta é respondida ainda no início de Gênesis, onde Deus
dá a Noé a autoridade de estabelecer a pena de morte para o homicídio logo depois da
enchente; Deus diz: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se
derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gn 9.6). Mesmo
sendo os homens pecadores, ainda resta neles bastante semelhança a Deus, tanto que
assassinar outra pessoa (“derramar o sangue” é uma expressão do Antigo Testamento
que significa tirar a vida humana) é atacar a parte da criação que mais se parece com
Deus, e revela uma tentativa ou desejo (se isso fosse possível ao homem) de atacar o
próprio Deus.
8. 3. A redenção em Cristo: a recuperação gradual da imagem de Deus.
No entanto, é animador abrir o Novo Testamento e ver que nossa redenção em
Cristo significa que podemos, mesmo nesta vida, gradualmente crescer cada vez
mais na semelhança de Deus. Por exemplo, Paulo diz que como cristãos temos
uma nova natureza, que “se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem
daquele que o criou” (Cl 3.10). À medida que vamos crescendo no verdadeiro
conhecimento de Deus, da sua Palavra e do seu mundo, começamos a pensar cada
vez mais os pensamentos que o próprio Deus tem.
4. Na volta de Cristo: a completa restauração da imagem de Deus.
A admirável promessa do Novo Testamento é que, assim como somos hoje como
Adão (sujeitos à morte e ao pecado), também seremos como Cristo no futuro
(moralmente puros, jamais sujeitos à morte de novo): “Assim como trouxemos a
imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial” (1Co
15.49). A plena medida da nossa criação à imagem de Deus não se vê na vida de
Adão, que pecou, nem na nossa própria vida hoje, pois somos imperfeitos.
9. 5. Aspectos específicos da nossa semelhança a Deus.
Embora tenhamos argumentado acima que seria difícil definir todos os aspectos em
que somos semelhantes a Deus, podemos assim mesmo mencionar vários aspectos que
nos revelam mais parecidos com Deus do que todo o restante da criação.
ASPECTOS MORAIS
a.Somos criaturas moralmente responsáveis pelos nossos atos perante Deus.
Correspondente a essa responsabilidade, temos
b.um senso íntimo de certo e errado que nos separa dos animais (que têm
pouco ou nenhum senso inato de moralidade ou justiça, mas simplesmente
reagem ao medo do castigo ou à esperança da recompensa). Quando agimos
segundo os parâmetros morais divinos, nossa semelhança a Deus se espelha
numa
c.conduta santa e justa perante ele, mas, por outro lado, nossa dessemelhança a
Deus se revela sempre que pecamos.
10. ASPECTOS ESPIRITUAIS
(4) Não temos somente corpos físicos, mas também espíritos imateriais, e podemos
portanto agir de modos significativos no plano de existência imaterial, espiritual. Isso
significa que temos
(5) uma vida espiritual que possibilita que nos relacionemos pessoalmente com
Deus, que oremos a ele e o louvemos, e ouçamos as palavras que ele nos diz. Animal
nenhum jamais passou uma hora absorto em oração intercessória pela salvação de um
parente ou de um amigo! Vinculado a essa vida espiritual está o fato de possuirmos
(6) imortalidade; não cessaremos de existir, mas viveremos para sempre.
ASPECTOS MENTAIS.
(7) Temos a capacidade de raciocinar e pensar logicamente e de conhecer o que nos
distingue do mundo animal. Os animais às vezes exibem conduta admirável na
solução de complicações e problemas no mundo físico, mas certamente não se ocupam
do raciocínio abstrato — não há algo como a “história da filosofia canina”, por
exemplo, nem nenhum animal desde a criação evoluiu na compreensão de problemas
éticos ou no uso de conceitos filosóficos, etc.
(8) O uso que fazemos da linguagem complexa, abstrata, nos distingue dos animais.
Pude pedir ao meu filho de quatro anos de idade que fosse pegar a chave de fenda
grande e vermelha lá na caixa de ferramentas no porão. Mesmo que jamais a tivesse
visto antes, poderia facilmente executar a tarefa, pois já conhecia os significados de
“ir”, “pegar”, “grande”, “vermelha”, “chave de fenda”, “caixa de ferramentas” e
“porão”.
11. (9) Outra diferença intelectual entre seres humanos e animais é que temos uma
noção de futuro distante, até um senso íntimo de que sobreviveremos à nossa morte
física, senso que a muitos proporciona o desejo de tentar mostrar-se retos diante de
Deus antes de morrer (Deus “pôs a eternidade no coração do homem”, Ec 3.11).
(10) Nossa semelhança a Deus também se percebe na criatividade humana em
áreas como a arte, a música e a literatura, e na engenhosidade científica e tecnológica.
Não devemos pensar que essa criatividade se restringe aos músicos ou artistas
mundialmente famosos; também se reflete de maneira muito bela nas peças ou
brincadeiras inventadas pelas crianças, na destreza que há no preparo de uma
refeição, na decoração de um lar ou no cultivo de um jardim, e na criatividade exibida
por todo ser humano que conserta algo que simplesmente não funcionava bem.
(11) No aspecto das emoções, nossa semelhança a Deus se percebe numa grande
diferença de grau e complexidade. É claro que os animais também exibem algumas
emoções (qualquer pessoa que já tenha tido um cachorro certamente se lembra de
evidentes expressões de alegria, tristeza, medo de castigo diante do erro, raiva se
outro animal invade seu “território”, contentamento e afeto, por exemplo). Mas na
complexidade das emoções que vivenciamos, novamente somos bem diferentes do
resto da criação.
12. ASPECTOS RELACIONAIS
Além da capacidade única de nos relacionarmos com Deus, há outros aspectos
relacionais ligados à imagem de Deus.
(12) Embora os animais sem sombra de dúvida tenham alguma noção de
comunidade, a profundeza de harmonia interpessoal que se vivencia no casamento
humano, numa família humana que funcione segundo os princípios divinos, e numa
igreja em que a comunidade de crentes ande em comunhão com o Senhor e uns com
os outros, é muito maior do que a harmonia interpessoal vivenciada pelos animais.
Na nossas relações familiares e na igreja também somos superiores aos anjos, que
não se casam nem geram filhos nem vivem na companhia dos filhos e filhas remidos
de Deus.
(13) No próprio casamento, espelhamos a natureza de Deus no fato de os homens e
as mulheres gozarem de igualdade de importância mas diversidade de papéis, desde
que Deus nos criou.
(14) O homem é como Deus no seu relacionamento com o restante da criação.
Especificamente, o homem recebeu o direito de reger a criação, e quando Cristo
voltar receberá até autoridade para julgar os anjos (1Co 6.3; Gn 1.26, 28; Sl 8.6-8).