1) O documento discute fontes de informação para pesquisadores, incluindo a literatura cinzenta, sua definição, classificação, características e instituições que a produzem no Brasil e no exterior.
2) A literatura cinzenta é definida como documentos não convencionais produzidos no âmbito acadêmico, governamental e industrial, que não são controlados por editores comerciais.
3) Importantes redes internacionais que tratam da literatura cinzenta são a GreyNet e o SIGLE na Europa, enquanto nos EUA dest
1. JÚLIA GONÇALVES DA SILVEIRA ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO BIBLIOTECONOMIA FONTES DE INFORMAÇÃO PARA PESQUISADORES E PROFISSIONAIS DISCIPLINA: PROFESSORA: GRUPO: 6 4º PERÍODO - NOTURNO CONCEIÇÃO EGRÉGIA GESNER XAVIER LUCIÉLIA MACEDO NOEMI SANTANA SAMUEL PROENÇA TACIANE GOMES
2. ESTRUTURA DO TRABALHO 1. Etimologia 2. Conceito 3. Histórico 4. Classificação 5. Tipologia 6. Características 7. Geração e Divulgação 8. Controle Bibliográfico e Acesso 9. Documentos Cinzentos Eletrônicos 10. A Literatura Cinzenta na Europa 11. A Literatura Cinzenta nos Estados Unidos 12. GreyNet 13. A Literatura Cinzenta no Brasil 14. Bibliotecário: gestor de literatura cinzenta 15. Considerações Finais 16. Referências
3. LIVRO BASE: Belo Horizonte - UFMG, 2010. Literatura Cinzenta: teoria e prática Maria do Rosário Guimarães Almeida
5. GreyNet. Definition of grey literature: / www.konbib.nl/infolev/greynet/definition.htm. Acesso em: 15 abr. 1999. “ ” Aquela que é produzida em todos os níveis de governo, nas áreas acadêmica, do comércio e da indústria, nos formatos impresso e eletrônico, mas que não é controlada por editores comerciais REFERÊNCIA Conceito 2 Literatura Cinzenta
6. CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia R. (Cordélia Robalinho). Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008. xvi, p.230. “ ” Conjunto de documentos impressos ou multicópiados que não são nem editados, nem difundidos comercialmente. Circulam, geralmente, na administração pública e privada, em congressos, reuniões e centros de pesquisa. REFERÊNCIA Literatura Cinzenta
7. ALMEIDA, Maria do Rosário Guimarães. Literatura cinzenta: teoria e prática. São Luis: UFMA, 2000 p.37. ” O conjunto de documentos, independentemente de sua tipologia e suporte, ou formato, impresso ou eletrônico, emitidos por centros universitários de pesquisa, empresas, indústrias, sociedades acadêmicas, públicas e privadas, sem intenção de ser publicados e que são de vital importância na transferência do conhecimento. REFERÊNCIA “ Literatura Cinzenta
8. Histórico 3 O termo grey literature foi consagrado em 1978 no Seminário de York organizada pela antiga British Library Lending Division (BLLD). A literatura Cinzenta remonta desde o papiro e era conhecida por “Pequena Literatura” na Alemanha em 1920. De acesso restrito e disponibilidade limitada, recebeu diversas denominações: documento escuro, invisível, informal, fugitivo, efêmero, subterrâneo. Literatura Cinzenta
9. 1ª Conferência Internacional de Literatura Cinzenta – de 13 a 15 de Dez. de 1993 foi estabelecida a GreyNet criada em 1992. 2ª Conferência – tema “Explorações Cinzentas para O séc. XXI”, em Washington, D.C. de 2 a 3 Nov. 1995. 3ª Conferência - tema “Perspectivas sobre o desenho e transferência da Informação Científica e Tecnológica”, em Luxemburgo, 13 a 14 Nov. 1997. 4ª Conferência – tema “As novas fronteiras da Literatura Cinzenta”, em Washington, 4 a 5 Dez. 1999. Literatura Cinzenta
10. 5ª Conferência – Grey Matters no mundo da informação em rede. KNAW Amsterdam (NL), de 4 a 5 de dezembro de 2003. 6ª Conferência – O trabalho em Grey in Progress. - New York Academy of Medicine (E.U.A.), 6 a 7 de dezembro, 2004. 7ª Conferência – Livre acesso aos recursos cinzento - INIST / CNRS, Nancy (FR), 5 a 6 de dezembro de 2005. 8ª Conferência – Aproveitando o poder de Grey. - University of New Orleans (E.U.A.), de 4 a 05 de dezembro de 2006. Literatura Cinzenta
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12. Classificação de Documentos Cinzentos 4 Literatura Cinzenta CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÕES Atas de Congresso “ ...são compilações de conferências, palestras, comunicações, workingshops ou atividades de caráter similar, apresentadas em reuniões de intelectuais procedentes das áreas de Humanidades, Ciências Sociais, da Saúde ou de ciência e Tecnologia, registrados em qualquer tipo de suporte.” (MARTIN VEGA, 1995, p.170) Normas “ São documentos aprovados por organismos competentes, que estabelecem as regras que devem cumprir os distintos produtos fabricados para que possam ser distribuídos ou utilizados.” (MARTIN VEGA, 1995, p.173) Boletins “ ...publicação em série editada por entidades oficiais ou organizações privadas.” (MARTIN VEGA, 1995, p.53
13. Patentes É o direito que se concede a uma pessoa, através de um documento oficial chamado “Carta-Patente”, de uso exclusivo, durante certo período de tempo, de algo que tenha inventado, criado ou aperfeiçoado. (INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL apud ARAÚJO (1981, p.27) Literatura Comercial “ ...constitui-se de material produzido por uma empresa com o objetivo de divulgar seus produtos e serviços.” (CAMPELLO E CAMPOS, 1993, p.95) Teses Doutorais “ ...é uma ‘exposição de investigação ou pesquisa apresentando o resultado do autor, e algumas conclusões, submetidas pelo autor para aprovação de sua candidatura para alcançar o grau de doutor, qualificação profissional ou outro título.” (BRITISH STANDARDAS INSTITUTION apud AUGER, 1994, p.59) Relatórios “ ...um documento que apresenta os resultados ou progressos alcançados em um estudo ou pesquisa, com conclusões e recomendações, que inicialmente é submetida individualmente ou a uma comissão onde o trabalho foi desenvolvido.” (AUGER, 1994, p.50) Publicações Oficiais “ ...aquelas editadas por órgãos da administração direta, indireta, economia mista ou entidades mantidas ou subordinadas de qualquer forma aos governo federais, estaduais ou municipais.” BIASOTTI (1976, p. 79)
14. Tipologia 5 Comunicações privadas, material não publicado preparação de manuscritos Relatórios e Teses “ Meeting papers”, atas e notas de reuniões para publicar em forma de manuscrito Segundo WILLMOTT (2002, p.1) compara a literatura cinzenta “com a massa cinzenta do cérebro, caracterizada pela sua intelectualidade”. Utilizada para representar o conteúdo e importância dos documentos. REFERÊNCIA Literatura Cinzenta Cinza Escura Cinza Média Cinza Clara
15. Características 6 Documento não convencional, semipublicado, produzido no âmbito governamental, acadêmico, comercial e industrial. O aspecto de comercialização não é levado em conta por seus editores. Nesse sentido, tem pouca possibilidade de serem adquiridos através dos canais usais de vendas de publicações. Publicação que não foi “publicada” em mídia que submeta o conteúdo a avaliação por pares. Não recebem numeração padronizada (ISSN ou ISBN). Literatura Cinzenta
16. Circulação normalmente muito restrita com limitações geográficas de distribuição Independe da formalização exigida para apresentação dos documentos convencionais Pode ser impressa ou apresentada em mídia eletrônica. Estima-se que sua produção seja de 3 a 4 vezes maior que a convencional A informação que veiculam é mais detalhada e são de caráter provisório e preliminar Literatura Cinzenta
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18. Dessa maneira, os problemas relatados de controle bibliográfico não serão resolvidos somente com o uso de novas tecnologias. Por esse motivo, se fazem necessárias normas para facilitar a identificação e acesso da informação desejada. “ ” Apesar do desenvolvimento dos meios de controle bibliográfico ainda é possível encontrar dificuldades ao acesso do documento cinzento. Com relação a crescente expansão da literatura cinzenta DI CESARE (1993, p.64) assegura: Controle e Acesso 8 Literatura Cinzenta
19. Algumas instituições seguem as normas e regras: ISO - Organização Internacional de Normalização; COSATI - Comitê de Informação Científica e Técnica; INIS - Sistema Internacional de Informação Nuclear; CDD – Classificação Decimal de Dewey; AACR2 – Código de Catalogação Anglo-Americano e Tesauros. Literatura Cinzenta
20. Documentos Cinzentos Eletrônicos 9 O desenvolvimento da internet proporcionou o surgimento de novos documentos cinzentos em meio eletrônico: Correios eletrônicos impressos Arquivos cinzentos Documentação técnica recuperada na Web Banco de Dados Literatura Cinzenta
21. Literatura Cinzenta na Europa 10 Na Europa o tratamento da literatura cinzenta se dá através de sistemas que dedicam a área. SIGLE - http://opensigle.inist.fr/ BLDSC - http://blpc.bl.uk NIST – http://www.inist.fr CINDOC - http://www.cindoc.csic.es/ FUNDESCO – OPOCE - http://publications.europa.eu/index_pt.htm Literatura Cinzenta
22. O EAGLE - Associação Européia para Exploração da Literatura Cinzenta - coordena o SIGLE (Sistema de Informação da Literatura Cinzenta na Europa). O SIGLE estabelece: Normas e padrões para uso deste tipo de literatura É constituído por centros nacionais participantes Seu objetivo é tornar o acesso público da literatura cinzenta Literatura Cinzenta
23. Literatura Cinzenta nos EUA 11 O Serviço de Informação Técnica Nacional - NITS - é o mais abrangente dos Estados Unidos, estabelecida a partir de 1970 é mais influente e importante organização sobre literatura cinzenta. Conta com a participação das seguintes agências federais: Gestão Nacional de Espaço e Aeronáutica – NASA, Departamento de Energia – DoE Departamento de Comércio – DoC Departamento de Defesa – DoD Biblioteca Nacional de Medicina – NLM Literatura Cinzenta
24. Sitio: www.nits.gov LINK INVÁLIDO Características do NTIS: Seus objetivos: Negociar com base de dados estrangeiras Dar relevância ao intercâmbio internacional de informação Participar do desenvolvimento dos serviços de informação Dedicar-se a busca de informação técnica. Constitui-se na maior coleção de relatórios do mundo É produtor de várias fontes de informação de literatura cinzenta Conta com o apoio do governo federal e com mais de duzentas agências participantes Literatura Cinzenta
25. Instituições Sigla Cidade País Centro de Empréstimo de Documentos da Biblioteca Britânica BLDSC Reino Unido Boston, Spa. Inglaterra Estados Unidos Centro de Informação e Documentação Científica CINDOC Madri Espanha Centro Latino-americano e do caribe de Informação em Ciências da Saúde BIREME São Paulo Brasil Centro Nacional de Informação Ambiental CNIA Brasília Brasil Coordenação de Informação Documental Agrícola CENAGRI Brasília Brasil Fundação Escola Nacional de Administração Pública ENAP Brasília Brasil Fundação para o Desenvolvimento da Função Social e das Comunicações FUNDESCO Madri Espanha Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IBCT Brasília Brasil Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo IPT São Paulo Brasil Instituto Nacional de Informação Científica e Tecnológica INIST Nancy França Serviço Nacional de Informação Técnica NTIS Virgínia, Spg Estados Unidos Setor de Informação Tecnológica CETEC Belo Horizonte Brasil Subsecretaria de Documentação e Informação do Senado Federal SDIDF Brasília Brasil Literatura Cinzenta
26. GreyNet 12 É uma importante rede de âmbito internacional com sede na Holanda, estabelecida com a finalidade de promover e apoiar o trabalho de autores, pesquisadores, bibliotecários e intermediários de informação no campo da literatura cinzenta. Ela compila e distribui informação bibliográfica, documentária e factual sobre pessoas e organizações e seus respectivos produtos e serviços. Literatura Cinzenta
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28. Literatura Cinzenta no Brasil 13 No Brasil há alguns centros nacionais de informação que contém este tipo de literatura que abrangem as seguintes áreas do conhecimento: SAÚDE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIREITO POLÍTICA MEIO AMBIENTE ENERGIA NUCLEAR AGRONOMIA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Literatura Cinzenta
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30. INSTITUIÇOES PRODUTOS Brasília ENAP – Fundação Escola Nacional de Administração Publica Ainda não disponível SRD – Ministério da Agricultura e do Abastecimento AGROBASE, BDTA, Vídeos Rurais, THESAGRO CNIA – Centro Nacional de Informação Ambiental - Ministério do Meio Ambiente DOMA, LEMA, REMA, REMATEC, COSUPE IBICT – Instituto Brasileiro de Informação Cientifica e Tecnológica LICI, CIENTE, TESES, EVENTOS, TITULO, TITCCN, BIBLO, LIDO CJF – Conselho da Justiça Federal JUSNRM, JUSDOC SENADO FEDERAL BIBR, NJUR1 e 2, DISC, PREV, NADM, MEMO, COS, MATE, CAFE ANABB – Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil Artigos no próprio sitio CPAC – Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado GREYLET São Paulo BIREME – Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde LILACS IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológico do Estado de São Paulo INTEC Belo Horizonte CETEC – Setor de Informação Tecnológica Memória Técnica Rio de Janeiro PETROBRAS – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras Mantém uma Biblioteca com o material gerado CIN / CNEN – Centro de Informação Nacional Comissão Nacional de Energia Nuclear INIS, INSPEC, ISMEC, WELDASEARCH, METADEX, FONTE, ENVILOLINE, MBF, ANAIS, NORMAS Literatura Cinzenta
31. Base de Dados para divulgação de teses/dissertações produzidas pelas instituições de origem ou entidades afins DEDALUS - Base de dados que mantém o registro das teses e dissertações defendidas na universidade. Acesso: http://www.teses.usp.br UNIBILI – Base produzida pelas universidades paulistas (USP, UNESP, UICAMP) contendo informações sobre as teses defendidas nestas instituições. Acesso: http://bibliotecas-creusp.usp.br/unibibliweb BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES – Base produzida pelo IBICT como catálogo coletivo de universidades do país. Acesso: http://bibliotecas-creusp.usp.br/unibibliweb Literatura Cinzenta
32. BIBLIOTECA DIGITAL DA UFMG - Base de dados que mantém o registro das teses e dissertações defendidas na universidade. Acesso: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br Literatura Cinzenta
34. Toda comunidade científica Pesquisadores Gestores de diferentes áreas Usuários, em potencial, da literatura cinzenta como fonte de informação: Literatura Cinzenta
36. DISSEMINAÇÃO PRODUÇÃO USO Literatura Cinzenta Relatórios Técnicos Teses Dissertações Anais Atas Publicações oficiais Patentes Normas L ITERATURA CINZ ENTA
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38. A característica não convencional, de uma cor cinzenta pouco definida, não seja justificativa para ser mantida como uma "literatura fugitiva" e consequentemente penalizada. Pelo contrário, deve-se impor como força propulsora da velocidade que caracteriza a comunicação eletrônica, a qual dominará o século XXI. Considerações Finais 15 POBLACION, Dinah Aguiar. Literatura cinzenta ou não convencional: um desafio a ser enfrentado. Ci. Inf., Brasília, 21 (3): 246-246, set./dez. 1992. REFERÊNCIA “ ” Literatura Cinzenta
39. ALMEIDA, Maria do Rosário Guimarães. Literatura cinzenta : teoria e prática. São Luis: UFMA, 2000 173 p. ALMEIDA, Maria do Rosário Guimarães. Gerenciamento da literatura cinzenta para construção de uma base de dados da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Disponível em: <ww.cid.unb.br/.../Ma%20do%20Rosário%20G%20Almeida%20- %20Gerenc%20da%20literatura.pdf. Acesso em: 24 set. de 2010> ANABB. www.anabb.org.br . Acesso em: 24 set. 2010. BIREME. www.bireme.br . Acesso em: 24 set. 2010. CAVALCANTI, Ilce Gonçalves Milet et al. Análise comparativa da produção científica entre as áreas sociais e tecnológicas. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 2000, Florianópolis, SC. Anais... Florianópolis, 2000. CD-ROM. Referências 15 Literatura Cinzenta
40. CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Marguerite; CAMPELLO, Bernadete Santos. Fontes de informação para pesquisadores e profissionais . Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000. 319p . CETEC. www.cetec.br. Acesso em: 24 set. 2010. CNIA. www.ibama.gov.br/ . Acesso em: 24 set. 2010. CPAC. www.cpac.embrapa.br/ . Acesso em: 24 set. 2010. CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia R. (Cordélia Robalinho). Dicionário de biblioteconomia e arquivologia . Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008. xvi, 451 p. DI CESARE, Rosa. The evaluation of Grey Literatura impact in Phisicalsciences using bibliometric indicators... In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON GREY LITERATURE, 1., Amsterdam, 1993. Conference Proceedings ... Amsterdam: TransAtlantic, 1994. ENAP. Disponível em: < www.enap.gov.br >. Acesso em: 24 set. 2010. FARACE, Dominic J. Note book on grey literature . Amsterdam: TransAtlantic, 1997. p. 74. Literatura Cinzenta