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Lição 4                                                                                                  20 a 27 de outubro
                                                          Salvação: a única solução




Sábado à tarde                                                                                         Ano Bíblico: Lc 1, 2

VERSO PARA MEMORIZAR: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o
que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

Leituras da semana: Jo 2:25; Jr 17:9; Tt 1:1, 2; Rm 3:19-24; At 2:37; Lc 7:47; Ef 2:1-5

Pensamento-chave: O problema do pecado é muito grande. Devemos ser muito gratos porque a solução foi grande o
suficiente para resolvê-lo.

O “problema do pecado” se refere à crise provocada pela queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, que trouxe para a
Terra o grande conflito entre o bem e o mal. A parte de Deus no conflito é conter e, finalmente, eliminar os efeitos
deletérios do pecado, não apenas na Terra, mas sobre a criação como um todo. A ação divina de resgatar a criação dos
resultados destrutivos do pecado constitui a doutrina da salvação. E embora essa batalha, pelo menos em termos de
salvação, seja realizada na Terra, o tema do grande conflito nos mostra que as questões são, literalmente, universais.

É claro, a doutrina da salvação primeiramente diz respeito a Deus e Sua obra de nos salvar. Mas a humanidade também
tem um papel muito importante. Sim, Deus fez uma provisão incrível para a salvação da humanidade. Nossa participação
fundamental é responder à seguinte questão: qual será nossa resposta a essa provisão? Na verdade, o destino eterno
das pessoas depende dessa resposta.

Domingo                                                                 Ano Bíblico: Lc 3–5

A extensão do problema

Visto que a salvação é a solução de Deus para o problema criado pelo pecado, a extensão dos danos do pecado
determina a área de atuação dessa solução. O plano de divino não seria uma solução se não fosse capaz de resolver o
problema do pecado, não importando o tamanho desse problema.

1. O que os textos a seguir revelam sobre a extensão do problema do pecado? Você tem sofrido com esse problema ou
tem percebido a realidade descrita nesses textos?

Jo 2:25 | Sl 59:2 | Jr 17:9 | Rm 5:12 | Tg 5:1-7 | Is 5:23 | 2Ts 2:10

E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a
natureza humana. (João 2:25)

Livra-me dos que praticam a iniquidade e salva-me dos homens sanguinários, (Sal. 59:2)

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jer. 17:9)

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram. (Rom. 5:12)

Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas
estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a
sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros
acumulastes nos últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido
com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Tendes
vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança;
tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência. Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do


                                                                 ramos@advir.com
Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas.
(Tia. 5:1-7)

os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! (Isa. 5:23)

e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. (2 Ts
2:10)

Quem entre nós não conheceu profunda, pessoal e dolorosamente quanto é perverso o problema do pecado?
Enfrentamos a cada momento a realidade do pecado e seus efeitos. Todos os aspectos da existência humana neste
planeta estão em grande parte dominados pela realidade do pecado. Da política aos recessos mais íntimos do coração
humano, o pecado contaminou a humanidade. É tão perverso que, sem a solução divina, não haveria saída. Devemos ser
muito gratos porque a solução foi dada. É chamada de “plano da salvação”, e seu propósito é resolver o problema do
pecado.

Segunda                                                       Ano Bíblico: Lc 6–8

A provisão de Deus: parte 1

Os efeitos do pecado não esperaram por um “período de carência.” Seus resultados foram imediatos e exigiram atenção
imediata. Por isso, era necessário que algum tipo de provisão estivesse estabelecido quando o pecado se manifestasse.
Ellen G. White expressou isso de modo muito claro: “Tão logo o pecado passou a existir, havia um Salvador. Cristo sabia
que teria que sofrer, mas Se tornou substituto do homem. Tão logo Adão pecou, o Filho de Deus Se apresentou como
garantia para a humanidade, com tanto poder para impedir a condenação pronunciada sobre o culpado como quando
morreu na cruz do Calvário” (Comentários de Ellen G. White, Seventh Day Adventist Bible Commentary [Comentário
Bíblico Adventista], v. 1, p. 1.084).

2. O que os textos a seguir dizem sobre o plano da salvação e o tempo em que ele foi estabelecido? Que grande
esperança e promessa podemos encontrar neles?

Tt 1:1, 2 | Ef 1:3-5 | 2Ts 2:13, 14 | Ap 13:8

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da
verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos
eternos (Tito 1:1-2)

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas
regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade, (Efés. 1:3-5)

Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o
princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o
nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. (2 Ts 2:13-14)

e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro
que foi morto desde a fundação do mundo. (Apoc. 13:8)

Pense nas implicações desses textos. O que eles estão dizendo? Basicamente, desde a eternidade, provisões foram feitas
por Deus para resolver o problema do pecado. Embora Deus não tenha predestinado a existência dele (se tivesse, seria o
responsável pelo mal, uma ideia terrível e blasfema), Ele sabia que o pecado existiria. Por isso, na eternidade passada,
Ele fez uma provisão para enfrentá-lo.

Essa é a predestinação bíblica, radicalmente diferente da maneira comum de entender “predestinação”. Foi plano de
Deus, desde a eternidade, que todos os seres humanos tivessem salvação em Jesus. O fato de que alguns rejeitem essa
salvação não anula a força ou a amplitude da provisão feita. Isso apenas aumenta a tragédia do que significa alguém se
perder em face do que foi feito por nós.

Medite na maravilhosa verdade de que, desde a eternidade, o plano de Deus foi que você tivesse salvação. Pense sobre o
que isso significa. De que maneira uma verdade como essa deve afetar sua vida?

Terça                                                         Ano Bíblico: Lc 9–11

A provisão de Deus: parte 2

Ao longo da história da salvação, começando com a primeira promessa evangélica (Gn 3:15), por meio do primeiro sistema
de sacrifícios (Gn 4:4), da aliança com Abrão (Gn 12:1-3) e dos rituais do santuário israelita (Êx 25:8), tudo devia apontar
para Jesus Cristo, e culminar na vida, morte, ressurreição e ministério celestial dEle, a provisão máxima de Deus para
resolver o problema do pecado.

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. (Gên. 3:15)

Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua
oferta; (Gên. 4:4)

                                                    ramos@advir.com
Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gên. 12:1-3)

E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. (Êxo. 25:8)

Talvez, a gravidade desse problema possa ser melhor compreendida apenas quando entendemos o que foi exigido (a
cruz) para que esse assunto fosse resolvido. Somente a cruz prova a incapacidade da humanidade para resolver o
problema do pecado por si mesma. Uma situação extrema exigia uma solução extrema, e a morte de Cristo, Deus
carregando em Si mesmo os nossos pecados, é uma medida quase tão extrema quanto se poderia imaginar.

A morte sacrificial de Cristo é apresentada nas Escrituras como uma expiação pelo pecado, ou seja, o meio pelo qual ele
é tratado em todas as suas manifestações.

3. Como a morte de Cristo supre a necessidade humana de salvação? Examine essa questão a partir das seguintes
perspectivas:

A) Justificação/reconciliação (ser aprovado diante de Deus): Lc 18:9-14; Is 53:4-7; Rm 3:19-24, 28; Zc 3:1-4

Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os
outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em
pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus,
sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se
exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. (Luc. 18:9-14)

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os
seus tosquiadores, ele não abriu a boca. (Isa. 53:4-7)

Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja
culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o
pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos
profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há
distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:19-24)

Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. (Rom. 3:28)

Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele,
para se lhe opor. Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a
Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo.
Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito
que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. (Zac. 3:1-4)

B) Santificação/regeneração (viver de modo justo diante de Deus): 1Co 6:8-11; Rm 6:1-8

Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos! Ou não sabeis que os injustos não herdarão
o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns
de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no
Espírito do nosso Deus. (1 Cor. 6:8-11)

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como
viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados
em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se
fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não
sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos, (Rom. 6:1-8)

C) Glorificação (certeza da ressurreição para a vida eterna): Jo 5:24, 25; 1Jo 5:9-13; 1Ts 4:16, 17

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não
entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que
os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. (João 5:24-25)

Se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus, que ele dá
acerca do seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz

                                                         ramos@advir.com
mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a
vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não
tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do
Filho de Deus. (1 João 5:9-13)

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre
com o Senhor. (1 Ts 4:16-17)

Pense mais no fato de que o pecado é tão perverso que foi necessária a morte de Cristo na cruz para nos salvar de seu
resultado final, a morte eterna. Manter a cruz sempre diante de nós pode ser um impedimento ao pecado?

Quarta                                                         Ano Bíblico: Lc 12–14

A experiência da salvação: parte 1

O pecador é justificado e reconciliado na base objetiva do sacrifício expiatório de Cristo por todos (Rm 5:6-10). A provisão
que Deus fez para a justificação e reconciliação da humanidade consigo mesmo por meio da morte de Cristo necessita,
no entanto, ser aplicada à experiência do crente. Não basta apenas ter um conhecimento teórico da justificação.
Precisamos experimentar o que ela significa.

Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um
justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu
sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte
do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; (Rom. 5:6-10)

4. Atos 2:36-38 e Atos 3:19 apresentam o arrependimento como o início da experiência de salvação dos pecadores. Como a
natureza do arrependimento como um sentimento de tristeza nos ajuda a conectar a experiência de justificação com a
morte de Cristo?

Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e
Cristo. Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que
faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para
remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:36-38)

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, (Atos 3:19)

Considere o seguinte comentário: “Coisa alguma atinge tão profundamente a alma quanto a sensação do amor
perdoador de Cristo. Quando os pecadores contemplam esse insondável amor divino, exposto na cruz, recebem a mais
poderosa motivação possível para arrepender-se. Essa é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento ( Rm 2:4)”
(Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Nisto Cremos, Casa Publicadora Brasileira,
2010, p. 152).

5. Qual é o papel da fé na experiência da justificação? Rm 3:23-25; Ef 2:8

pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção
que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua
justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; (Rom. 3:23-25)

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; (Efés. 2:8)

A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus ( Rm 10:17). Vimos também que, contemplar o amor de
Cristo motiva a pessoa ao arrependimento. Portanto, o arrependimento não é prerrogativa especial de uns poucos
privilegiados. Em vista desses fatos, a importância do estudo e da contemplação da Palavra de Deus na experiência da
justificação deve ser enfatizada.

E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. (Rom. 10:17)

É a bondade de Deus que conduz ao arrependimento e à justificação. Assim, se eu me arrepender do pecado e
experimentar a justificação, Deus é o único que deve receber o crédito. Salvação, portanto, é verdadeiramente um dom
da graça divina, pois, na verdade, é pela graça mediante a fé que somos salvos (Ef 2:8).

Quais são algumas maneiras tangíveis e práticas pelas quais você pode encher seu coração e mente com a bondade de
Deus, especialmente quando você pensa no que Ele fez por você e nas coisas das quais Ele o poupou?

Quinta                                                         Ano Bíblico: Lc 15–17

A experiência da salvação: parte 2

A experiência da justificação coloca na vida do crente realidades espirituais que dão início a mudanças na vida. Na
justificação, o pecador é perdoado (Lc 7:47; Ef 1:7; Rm 4:7), absolvido das acusações de pecado, considerado justo (Rm
5:16, 18; Rm 8:1), e recebe o dom de uma nova vida (Ef 2:1-5; 2Co 5:17).


                                                      ramos@advir.com
Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se
perdoa, pouco ama. (Luc. 7:47)

no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efés. 1:7)

Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; (Rom. 4:7)

O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para
a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. (Rom. 5:16)

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato
de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. (Rom. 5:18)

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rom. 8:1)

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais
também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por
causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,
pela graça sois salvos, (Efés. 2:1-5)

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Cor.
5:17)

A base dessa nova experiência é a realidade de que, não importa nosso passado, podemos ser perdoados, absolvidos e
purificados diante de Deus.

A morte de Cristo cobre todos os pecados. Não importa se o seu coração o condene ( 1Jo 3:20), quando você se entrega a
Cristo, pela fé, e aceita Sua vida perfeita em lugar de seu “trapo da imundícia” (Is 64:6), você é coberto com a justiça de
Cristo. A vida perfeita dEle é creditada a você como se fosse sua.

pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. (1
João 3:20)

Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a
folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam. (Isa. 64:6)

A questão é: Como uma coisa assim pode acontecer a uma pessoa e não haver uma mudança radical? Essa mudança, ou
“novo nascimento”, é parte essencial da experiência de salvação.

6. Com base nos parágrafos acima, escolha a resposta certa: O que é justificação?

A) Atribuição de justiça com base no desempenho espiritual pessoal.
B) Atribuição de justiça com base na graça de Deus associada ao esforço humano.
C) A experiência de ser perdoado, absolvido e considerado justo, pela fé no sangue de Cristo.
D) O presente de Deus aos que já nasceram com propensão para o bem.

7. Com base nos parágrafos acima, marque “f” para falso e “v” para verdadeiro: Na prática, como experimentamos a
justificação?

A) Praticando a justiça para impressionar a Deus e aos outros. ( )
B) Entregando o coração a Cristo e aceitando, pela fé, Sua perfeição em lugar da nossa impureza. ( )
C) Estando em Cristo e andando de acordo com o Espírito. ( )
D) Fazendo minha parte para completar a obra iniciada por Deus. ( )

A experiência do perdão acaba com a vulnerabilidade do pecador à ira de Deus e afasta as barreiras à reconciliação e à
comunhão entre Deus e os seres humanos. Uma nova vida se abre para o pecador, que tem o privilégio de viver em
comunhão com Cristo, sob a direção e orientação do Espírito Santo.

O arrependimento é o pré-requisito para entrar na experiência do perdão e da justificação, e vem acompanhado da
confissão e batismo (At 2:38; 1Jo 1:9).

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos
vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38)

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1
João 1:9)

Onde você estaria se não pudesse confiar na promessa, a cada momento, de que sua aceitação diante de Deus está
fundamentada no que Jesus fez por você, e não em si mesmo nem em seu desempenho e obediência à lei?

Sexta                                                        Ano Bíblico: Lc 18–20

                                                    ramos@advir.com
Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26: “Deus conosco”; Ivan T. Blazen, “Salvation” [Salvação], p.
271-313, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do
Sétimo Dia].

“O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação ‘do
mistério que desde tempos eternos esteve oculto’ (Rm 16:25, RC). Foi um desdobramento dos princípios que têm sido,
desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. [...] Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a,
porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou
entregar Seu Filho unigênito ‘para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’” (Jo 3:16, RC; Ellen
G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 22).

Perguntas para reflexão
1. O pecado é tão perverso que exigiu a morte do próprio Criador para resolvê-lo. O que a cruz nos revela sobre nossa
total incapacidade para nos salvarmos? O que poderíamos acrescentar ao que já foi feito por nós?
2. Alguns acreditam no que é chamado de “expiação subjetiva”, a ideia de que nada a respeito da cruz mudou nossa
posição diante de Deus. Pelo contrário, o objetivo da cruz foi, dizem eles, mudar nossa atitude a respeito de Deus, nada
mais. Qual é a terrível deficiência dessa teologia? Como poderíamos entender o problema do pecado, se fosse necessário
apenas um “ajuste de atitude”, da nossa parte, para resolver essa questão?
3. É possível ter muito conhecimento sobre a salvação e ainda não experimentá-la? O que você acha do comentário de
Ellen G. White de que “a consagração a Deus precisa ser uma questão viva e prática; não uma teoria sobre que se fale,
mas um princípio entrelaçado em toda a nossa vida”? (Nossa Alta Vocação, [Meditações Matinais 1962], p. 241). Como
podemos viver, na prática, a experiência da salvação?
4. Pense no papel da salvação no contexto do grande conflito. Por que Satanás quer impedir tantas pessoas quanto
possível de alcançar a salvação em Jesus? Que meios ele usa contra nós, e como podemos nos proteger contra eles?

Respostas sugestivas: 1. Deus conhece a maldade e o engano do coração humano; o pecado afetou toda a humanidade;
o pecado traz morte; o homem é corrupto, ganancioso e mentiroso, inclusive no mundo religioso. 2. Antes dos tempos
eternos, Deus planejou e prometeu vida eterna; Ele nos escolheu para a salvação antes da fundação do mundo, por meio
de Cristo. 3. (A) Justificação: O Justo morreu pelos injustos e oferece Sua justiça aos que creem; (B) Santificação: O
batismo simboliza a morte para o pecado e o renascimento para uma vida de santificação, pelo poder do Cristo que
morreu para nos salvar. (C) Glorificação: Quem crê no Filho que morreu por nós tem a vida; na volta de Jesus, os mortos
ressuscitarão e os vivos serão glorificados. 4. Quando pensamos no sofrimento e morte de Cristo, por causa dos nossos
pecados, nos arrependemos, confessamos nossas faltas e recebemos a justiça de Deus. 5. Somos justificados pela graça
e pelo sangue de Cristo, mediante a fé. 6. A resposta certa é a letra C. 7. As letras B e C são verdadeiras.


Resumo da lição 4 – Salvação: a única solução

O aluno deverá:
Conhecer: Esboçar tanto os resultados devastadores do pecado como a solução que Deus lhe deu.
Sentir: A bondade e a grandeza do amor redentor de Cristo e do perdão, da justificação e restauração que Ele torna
possível.
Fazer: Arrepender-se e experimentar a nova vida que vem com a aceitação do sacrifício de Cristo.

Esboço do aprendizado
I. Conhecer: Problema grande, Solução maior ainda
A. Como o pecado mudou a natureza humana e a vida neste mundo, bem como no Universo?
B. Qual foi a solução de Deus para o pecado? Quando, no curso da história eterna, foi provida essa solução, e que poder
tem para resolver o problema?

II. Sentir: bondade irresistível
A. Por que é importante que cada seguidor de Cristo reconheça em base diária sua grande necessidade como pecador?
B. Por que também é importante refletir em base diária no que Cristo fez em favor do pecador ao morrer na cruz?
C. Como a aceitação do amoroso sacrifício de Deus e aceitação do perdão, justificação e restauração que Ele torna
possível transforma o coração humano?

III. Fazer: Arrepender-se e crer
A. O que Deus pede que o pecador faça em resposta ao sacrifício de Cristo?
B. Como o pecador pode ter a certeza da salvação?

Resumo: Sem um Salvador, teríamos que enfrentar a destruição eterna por causa do pecado. No entanto, Deus
providenciou uma solução perfeita e abrangente por meio do sacrifício de Cristo, que, se for aceita, oferece perdão,
justificação e restauração.

Ciclo do aprendizado

MOTIVAÇÃO
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Pela morte de Cristo na cruz, Deus providenciou a solução final e única
para o problema do pecado. Sem essa solução divina, não há maneira de sair do pecado.
Só para o professor: Das muitas questões que confrontam a existência humana, uma das mais intrigantes é: "Quem sou
eu? " (2Sm 7:18, NVI). O mundo, em todas as suas confusões, ora nos tenta a nos exaltarmos, ora a nos mergulhar em

                                                    ramos@advir.com
profundo desespero. Qual é o problema com qualquer uma das respostas do mundo, e qual é a solução? Nossa lição
desta semana vai tratar dessa questão.

Atividade de abertura: Quem sou eu? Muitas respostas são possíveis, mas consideraremos quatro. Primeiro, o filósofo diz:
"A vida não questionada não vale a pena viver. Conhecimento é poder, e é o poder que me faz ou me quebra." Segundo,
a "pessoa primitiva” responde em termos de identificação tribal. Minha segurança está no meu grupo, ninguém mais
importa." O problema com o primitivismo é que ele nunca sai da caverna do interesse próprio. Terceiro, pense no
"mundano". No universo do mundano, minha identidade, seja nos negócios, na política ou na profissão sou eu mesmo. O
Poder se torna meu foco. Na sentença dA vida, o sujeito sou "eu", o verbo é "sou", e o objeto é "eu". Eu sou eu. Nada
mais importa.

Nenhuma dessas respostas será suficiente. Assim, voltamos à cruz. Não vemos nossa condição: um pecador procurado
por Deus. Na cruz, o pecador vê duas pessoas: "O Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim" ( Gl
2:20). O Filho e eu. Com essa perspectiva, posso afirmar que não sou um acidente cósmico neste Universo. Não sou o
clímax de um processo evolutivo. Não sou a engrenagem de uma máquina gigante, movendo-se em um ciclo sem
sentido. Sou um filho de Deus que se desviou.

Comente: Por que a resposta mais satisfatória para a condição humana só pode ser alcançada se for estudada à luz do
afastamento da cruz e do retorno a ela?

Compreensão
Só para o professor: A Bíblia descreve o ato de "desgarramento" como pecado, afastamento da vontade de Deus,
rebelião contra Sua lei, rejeição a Suas legítimas reivindicações e auto afirmação. Tendo o Céu como ponto de partida e o
pecado como o fio de prumo que nos desvia desse ideal, essa descida tem uma dimensão vertical. O "desgarramento"
também traz uma ruptura horizontal dos relacionamentos – ruptura na família e na comunidade, expressa em forma de
atos de orgulho, crueldade, inveja e outros semelhantes. Conduza a classe a uma discussão geral sobre as dimensões
verticais e horizontais do pecado.

Comentário Bíblico

Resumo: As formas de lidar com o pecado são variadas. Alguns negam o pecado. Outros consideram o pecado um
simples acidente biológico, um acidente sociológico, ou um subdesenvolvimento psicológico. Outros ainda o tratam como
uma deficiência moral ou privação econômica. Mas que diz a Bíblia? A lição desta semana aponta para a natureza do
pecado, mostra o que Deus tem feito com ele e o que precisamos fazer.

I. O pecado: sua natureza e essência (Leia com a classe Romanos 7:23-25.)

O pecado é uma intromissão. A Bíblia começa descrevendo o pecado como uma intromissão na perfeita criação de Deus,
surgida com a escolha de nossos primeiros pais de lançar sua sorte ao lado de Satanás, em oposição ao lado de Deus
(Gênesis 3). A Bíblia termina com o juízo de Deus destruindo o pecado e Satanás e criando um novo Céu e uma nova Terra
(Ap 20:11-15, 21:1-5). Entre a abertura e o fechamento, a Bíblia narra a história do pecado da forma como é evidenciado na
vida das pessoas e das nações.

O pecado é rebelião contra Deus. No Céu, o pecado começou com a rebelião de Lúcifer contra Deus ( Is 14:12-15; Jo 8:44).
Na Terra, ela começou com a desobediência de Adão e Eva (Gn 3; Rm 5:12). "O pecado é a transgressão da lei" (1Jo 3:4).
Assim, o pecado não é simplesmente um ato ilícito, como avançar um sinal vermelho, mas uma revolta real contra Deus
(Sl 51:4; Is 1:2). Além disso, é também a recusa de se submeter a Ele (Rm 8:7) e a escolha de viver em inimizade com Ele
(Rm 5:10; Cl 1:21).

O pecado é universal e leva à morte. "Todos pecaram", e todos estão sujeitos à morte ( Rm 3:23, 6:23). Isaías dá um
prognóstico sombrio da depravação humana: "A cabeça toda está ferida, todo o coração está sofrendo. Da sola do pé ao
alto da cabeça não há nada são" (Is 1:5-7, NVI). O significado é claro: toda a pessoa, física, mental, espiritual, emocional,
está poluída pelo o pecado (Rm 1:23-25; 7:23-25; 5:8, 12) e, conosco, toda a criação geme sob o peso do mal (Rm 8:22). Assim,
uma humanidade depravada, uma comunhão distante e uma natureza que geme são testemunhas de um Universo em
batalha com as forças do pecado.

Pense nisto: Pecado não é simplesmente revolta, é uma recusa e uma escolha. O que recusamos quando escolhemos o
pecado? Em que medida o pecado poluiu a humanidade, e qual é a única cura?

II. Pecado: o que Deus fez? (Leia com a classe João 3:16.)

Em um texto poderoso, a Bíblia resume o que Deus fez para lidar com o problema do pecado: " “Porque Deus tanto amou
o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16,
NVI). O ato de Deus dar Seu Filho para morrer na cruz não foi um acidente nem uma decisão tardia. Ele foi concebido em
Sua mente "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4-7).

A provisão de Deus para o problema do pecado é ao mesmo tempo redentora e cirúrgica. É redentora no sentido de que
Deus proveu a redenção da humanidade do pecado pela cruz de Cristo, que reconcilia Deus com o ser humano (2Co 5:19).
É cirúrgica no sentido de que aguarda uma hora final em que o pecado e seus resultados serão completamente
extirpados da Terra, dando lugar à criação de "novos céus e nova terra" (Is 65:17).

Pense nisto: Como a cruz revela ao Universo tanto a verdadeira maldição do pecado como o verdadeiro sentido da vida?

III. Pecado: O que precisamos fazer (Leia com a classe Efésios 2:8.)


                                                      ramos@advir.com
Por nós mesmos, não podemos fazer nada para nos salvar. A doutrina de que podemos salvar a nós mesmos por meio de
boas obras ou rituais é tão antiga quanto o próprio pecado. A cruz, e não a folha da figueira, é a solução para o problema.
"O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que jaz à base de toda religião pagã. ...
Implantara-o Satanás. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado" (Ellen G. White, O
Desejado de Todas as Nações, p 35, 36).

Só Cristo é nosso Redentor. Esta declaração não é resultado de arrogância ou orgulho espiritual ou doutrinário, mas é um
reconhecimento da singularidade do que aconteceu na cruz. O caminho escolhido por Deus para lidar com o pecado, pela
manifestação de Sua graça, custou a vida de Seu Filho. "Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos
receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para
que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que
recebêssemos a vida que a Ele pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Is. 53:5; O Desejado de Todas as Nações, p. 25).

Assim, deve-se notar que o amor e a graça de Deus tornaram possível nossa salvação por meio da cruz (Jo 3:16: Rm
1:16: Ef 2:8; Tt 2:11). Nossa parte é crer e aceitar o que Deus fez em Cristo. Como pecadores, tudo o que precisamos fazer é
ir com fé para a cruz. Ali, devemos ver nEle nosso substituto. Devemos nos arrepender de nossos pecados e reconhecer
que Ele morreu por nós (Mc 1:15; At 3:19; 16:31; Rm 5:8, 14:15). Pela fé nEle, temos o perdão dos pecados e a redenção (Ef 1:7,
8), justificação (Gl 2:16) e "justiça, e santificação, e redenção" (1Co 1:30). Nada que seja essencial a uma nova vida é
negado, e nos tornamos filhos de Deus (Rm 8:14). Recebemos o dom da vida eterna (Rm 5:21, 6:23,1Jo 2:25).

Pense nisto: Por que a doutrina da salvação pelas obras é tão perigosa? Como procura minar a teologia da cruz, de que
podemos ser salvos unicamente por Cristo?

Aplicação
Só para o professor: Toda religião exige que seus seguidores façam o bem, quer como meio de alcançar a salvação, quer
para escapar de um ciclo ou dois no processo de reencarnação. Mas, no cristianismo, a salvação não pode ser adquirida
por meio de obras. Ellen G. White escreve que o manto de justiça, “tecido no tear do Céu, não tem em si um único
segmento de concepção humana." (Parábolas de Jesus, p. 311). Em Cristo, Deus nos aceita como somos, perdoa nossos
pecados, nos habilita a fazer o bem e nos adota como Seus filhos.

Perguntas de aplicação
1. Como você pode tornar essa cruz o centro de sua vida?
2. Qual é a responsabilidade dos filhos de Deus para com Seus outros filhos, dentro e fora do redil de salvação?

Criatividade
Só para o professor: A experiência redentora torna possível termos uma mente transformada, que pode considerar a vida
e seu entorno a partir de uma perspectiva holística, de conformidade com o plano original de Deus.

Atividade: Tendo em vista essa experiência redentora, como você vai se relacionar com aqueles que estão ao seu redor –
seu vizinho que tem uma fé diferente, seu colega de trabalho, que muitas vezes parece desagradável, e aqueles que
discordam de você em cultura, política ou raça?




                                                      ramos@advir.com

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Salvação: a única solução_Lição da Escola Sabatina_original_com_textos

  • 1. Lição 4 20 a 27 de outubro Salvação: a única solução Sábado à tarde Ano Bíblico: Lc 1, 2 VERSO PARA MEMORIZAR: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Leituras da semana: Jo 2:25; Jr 17:9; Tt 1:1, 2; Rm 3:19-24; At 2:37; Lc 7:47; Ef 2:1-5 Pensamento-chave: O problema do pecado é muito grande. Devemos ser muito gratos porque a solução foi grande o suficiente para resolvê-lo. O “problema do pecado” se refere à crise provocada pela queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, que trouxe para a Terra o grande conflito entre o bem e o mal. A parte de Deus no conflito é conter e, finalmente, eliminar os efeitos deletérios do pecado, não apenas na Terra, mas sobre a criação como um todo. A ação divina de resgatar a criação dos resultados destrutivos do pecado constitui a doutrina da salvação. E embora essa batalha, pelo menos em termos de salvação, seja realizada na Terra, o tema do grande conflito nos mostra que as questões são, literalmente, universais. É claro, a doutrina da salvação primeiramente diz respeito a Deus e Sua obra de nos salvar. Mas a humanidade também tem um papel muito importante. Sim, Deus fez uma provisão incrível para a salvação da humanidade. Nossa participação fundamental é responder à seguinte questão: qual será nossa resposta a essa provisão? Na verdade, o destino eterno das pessoas depende dessa resposta. Domingo Ano Bíblico: Lc 3–5 A extensão do problema Visto que a salvação é a solução de Deus para o problema criado pelo pecado, a extensão dos danos do pecado determina a área de atuação dessa solução. O plano de divino não seria uma solução se não fosse capaz de resolver o problema do pecado, não importando o tamanho desse problema. 1. O que os textos a seguir revelam sobre a extensão do problema do pecado? Você tem sofrido com esse problema ou tem percebido a realidade descrita nesses textos? Jo 2:25 | Sl 59:2 | Jr 17:9 | Rm 5:12 | Tg 5:1-7 | Is 5:23 | 2Ts 2:10 E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana. (João 2:25) Livra-me dos que praticam a iniquidade e salva-me dos homens sanguinários, (Sal. 59:2) Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jer. 17:9) Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. (Rom. 5:12) Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência. Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do ramos@advir.com
  • 2. Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. (Tia. 5:1-7) os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! (Isa. 5:23) e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. (2 Ts 2:10) Quem entre nós não conheceu profunda, pessoal e dolorosamente quanto é perverso o problema do pecado? Enfrentamos a cada momento a realidade do pecado e seus efeitos. Todos os aspectos da existência humana neste planeta estão em grande parte dominados pela realidade do pecado. Da política aos recessos mais íntimos do coração humano, o pecado contaminou a humanidade. É tão perverso que, sem a solução divina, não haveria saída. Devemos ser muito gratos porque a solução foi dada. É chamada de “plano da salvação”, e seu propósito é resolver o problema do pecado. Segunda Ano Bíblico: Lc 6–8 A provisão de Deus: parte 1 Os efeitos do pecado não esperaram por um “período de carência.” Seus resultados foram imediatos e exigiram atenção imediata. Por isso, era necessário que algum tipo de provisão estivesse estabelecido quando o pecado se manifestasse. Ellen G. White expressou isso de modo muito claro: “Tão logo o pecado passou a existir, havia um Salvador. Cristo sabia que teria que sofrer, mas Se tornou substituto do homem. Tão logo Adão pecou, o Filho de Deus Se apresentou como garantia para a humanidade, com tanto poder para impedir a condenação pronunciada sobre o culpado como quando morreu na cruz do Calvário” (Comentários de Ellen G. White, Seventh Day Adventist Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 1, p. 1.084). 2. O que os textos a seguir dizem sobre o plano da salvação e o tempo em que ele foi estabelecido? Que grande esperança e promessa podemos encontrar neles? Tt 1:1, 2 | Ef 1:3-5 | 2Ts 2:13, 14 | Ap 13:8 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos (Tito 1:1-2) Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, (Efés. 1:3-5) Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. (2 Ts 2:13-14) e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apoc. 13:8) Pense nas implicações desses textos. O que eles estão dizendo? Basicamente, desde a eternidade, provisões foram feitas por Deus para resolver o problema do pecado. Embora Deus não tenha predestinado a existência dele (se tivesse, seria o responsável pelo mal, uma ideia terrível e blasfema), Ele sabia que o pecado existiria. Por isso, na eternidade passada, Ele fez uma provisão para enfrentá-lo. Essa é a predestinação bíblica, radicalmente diferente da maneira comum de entender “predestinação”. Foi plano de Deus, desde a eternidade, que todos os seres humanos tivessem salvação em Jesus. O fato de que alguns rejeitem essa salvação não anula a força ou a amplitude da provisão feita. Isso apenas aumenta a tragédia do que significa alguém se perder em face do que foi feito por nós. Medite na maravilhosa verdade de que, desde a eternidade, o plano de Deus foi que você tivesse salvação. Pense sobre o que isso significa. De que maneira uma verdade como essa deve afetar sua vida? Terça Ano Bíblico: Lc 9–11 A provisão de Deus: parte 2 Ao longo da história da salvação, começando com a primeira promessa evangélica (Gn 3:15), por meio do primeiro sistema de sacrifícios (Gn 4:4), da aliança com Abrão (Gn 12:1-3) e dos rituais do santuário israelita (Êx 25:8), tudo devia apontar para Jesus Cristo, e culminar na vida, morte, ressurreição e ministério celestial dEle, a provisão máxima de Deus para resolver o problema do pecado. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gên. 3:15) Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; (Gên. 4:4) ramos@advir.com
  • 3. Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gên. 12:1-3) E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. (Êxo. 25:8) Talvez, a gravidade desse problema possa ser melhor compreendida apenas quando entendemos o que foi exigido (a cruz) para que esse assunto fosse resolvido. Somente a cruz prova a incapacidade da humanidade para resolver o problema do pecado por si mesma. Uma situação extrema exigia uma solução extrema, e a morte de Cristo, Deus carregando em Si mesmo os nossos pecados, é uma medida quase tão extrema quanto se poderia imaginar. A morte sacrificial de Cristo é apresentada nas Escrituras como uma expiação pelo pecado, ou seja, o meio pelo qual ele é tratado em todas as suas manifestações. 3. Como a morte de Cristo supre a necessidade humana de salvação? Examine essa questão a partir das seguintes perspectivas: A) Justificação/reconciliação (ser aprovado diante de Deus): Lc 18:9-14; Is 53:4-7; Rm 3:19-24, 28; Zc 3:1-4 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. (Luc. 18:9-14) Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. (Isa. 53:4-7) Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Rom. 3:19-24) Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. (Rom. 3:28) Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. (Zac. 3:1-4) B) Santificação/regeneração (viver de modo justo diante de Deus): 1Co 6:8-11; Rm 6:1-8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos! Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (1 Cor. 6:8-11) Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, (Rom. 6:1-8) C) Glorificação (certeza da ressurreição para a vida eterna): Jo 5:24, 25; 1Jo 5:9-13; 1Ts 4:16, 17 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. (João 5:24-25) Se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca do seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz ramos@advir.com
  • 4. mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. (1 João 5:9-13) Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. (1 Ts 4:16-17) Pense mais no fato de que o pecado é tão perverso que foi necessária a morte de Cristo na cruz para nos salvar de seu resultado final, a morte eterna. Manter a cruz sempre diante de nós pode ser um impedimento ao pecado? Quarta Ano Bíblico: Lc 12–14 A experiência da salvação: parte 1 O pecador é justificado e reconciliado na base objetiva do sacrifício expiatório de Cristo por todos (Rm 5:6-10). A provisão que Deus fez para a justificação e reconciliação da humanidade consigo mesmo por meio da morte de Cristo necessita, no entanto, ser aplicada à experiência do crente. Não basta apenas ter um conhecimento teórico da justificação. Precisamos experimentar o que ela significa. Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; (Rom. 5:6-10) 4. Atos 2:36-38 e Atos 3:19 apresentam o arrependimento como o início da experiência de salvação dos pecadores. Como a natureza do arrependimento como um sentimento de tristeza nos ajuda a conectar a experiência de justificação com a morte de Cristo? Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:36-38) Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, (Atos 3:19) Considere o seguinte comentário: “Coisa alguma atinge tão profundamente a alma quanto a sensação do amor perdoador de Cristo. Quando os pecadores contemplam esse insondável amor divino, exposto na cruz, recebem a mais poderosa motivação possível para arrepender-se. Essa é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento ( Rm 2:4)” (Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Nisto Cremos, Casa Publicadora Brasileira, 2010, p. 152). 5. Qual é o papel da fé na experiência da justificação? Rm 3:23-25; Ef 2:8 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; (Rom. 3:23-25) Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; (Efés. 2:8) A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus ( Rm 10:17). Vimos também que, contemplar o amor de Cristo motiva a pessoa ao arrependimento. Portanto, o arrependimento não é prerrogativa especial de uns poucos privilegiados. Em vista desses fatos, a importância do estudo e da contemplação da Palavra de Deus na experiência da justificação deve ser enfatizada. E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. (Rom. 10:17) É a bondade de Deus que conduz ao arrependimento e à justificação. Assim, se eu me arrepender do pecado e experimentar a justificação, Deus é o único que deve receber o crédito. Salvação, portanto, é verdadeiramente um dom da graça divina, pois, na verdade, é pela graça mediante a fé que somos salvos (Ef 2:8). Quais são algumas maneiras tangíveis e práticas pelas quais você pode encher seu coração e mente com a bondade de Deus, especialmente quando você pensa no que Ele fez por você e nas coisas das quais Ele o poupou? Quinta Ano Bíblico: Lc 15–17 A experiência da salvação: parte 2 A experiência da justificação coloca na vida do crente realidades espirituais que dão início a mudanças na vida. Na justificação, o pecador é perdoado (Lc 7:47; Ef 1:7; Rm 4:7), absolvido das acusações de pecado, considerado justo (Rm 5:16, 18; Rm 8:1), e recebe o dom de uma nova vida (Ef 2:1-5; 2Co 5:17). ramos@advir.com
  • 5. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. (Luc. 7:47) no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efés. 1:7) Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; (Rom. 4:7) O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. (Rom. 5:16) Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. (Rom. 5:18) Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rom. 8:1) Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, (Efés. 2:1-5) E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Cor. 5:17) A base dessa nova experiência é a realidade de que, não importa nosso passado, podemos ser perdoados, absolvidos e purificados diante de Deus. A morte de Cristo cobre todos os pecados. Não importa se o seu coração o condene ( 1Jo 3:20), quando você se entrega a Cristo, pela fé, e aceita Sua vida perfeita em lugar de seu “trapo da imundícia” (Is 64:6), você é coberto com a justiça de Cristo. A vida perfeita dEle é creditada a você como se fosse sua. pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. (1 João 3:20) Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam. (Isa. 64:6) A questão é: Como uma coisa assim pode acontecer a uma pessoa e não haver uma mudança radical? Essa mudança, ou “novo nascimento”, é parte essencial da experiência de salvação. 6. Com base nos parágrafos acima, escolha a resposta certa: O que é justificação? A) Atribuição de justiça com base no desempenho espiritual pessoal. B) Atribuição de justiça com base na graça de Deus associada ao esforço humano. C) A experiência de ser perdoado, absolvido e considerado justo, pela fé no sangue de Cristo. D) O presente de Deus aos que já nasceram com propensão para o bem. 7. Com base nos parágrafos acima, marque “f” para falso e “v” para verdadeiro: Na prática, como experimentamos a justificação? A) Praticando a justiça para impressionar a Deus e aos outros. ( ) B) Entregando o coração a Cristo e aceitando, pela fé, Sua perfeição em lugar da nossa impureza. ( ) C) Estando em Cristo e andando de acordo com o Espírito. ( ) D) Fazendo minha parte para completar a obra iniciada por Deus. ( ) A experiência do perdão acaba com a vulnerabilidade do pecador à ira de Deus e afasta as barreiras à reconciliação e à comunhão entre Deus e os seres humanos. Uma nova vida se abre para o pecador, que tem o privilégio de viver em comunhão com Cristo, sob a direção e orientação do Espírito Santo. O arrependimento é o pré-requisito para entrar na experiência do perdão e da justificação, e vem acompanhado da confissão e batismo (At 2:38; 1Jo 1:9). Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38) Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 João 1:9) Onde você estaria se não pudesse confiar na promessa, a cada momento, de que sua aceitação diante de Deus está fundamentada no que Jesus fez por você, e não em si mesmo nem em seu desempenho e obediência à lei? Sexta Ano Bíblico: Lc 18–20 ramos@advir.com
  • 6. Estudo adicional Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26: “Deus conosco”; Ivan T. Blazen, “Salvation” [Salvação], p. 271-313, em Raoul Dederen (editor), Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia]. “O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação ‘do mistério que desde tempos eternos esteve oculto’ (Rm 16:25, RC). Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. [...] Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu Filho unigênito ‘para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’” (Jo 3:16, RC; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 22). Perguntas para reflexão 1. O pecado é tão perverso que exigiu a morte do próprio Criador para resolvê-lo. O que a cruz nos revela sobre nossa total incapacidade para nos salvarmos? O que poderíamos acrescentar ao que já foi feito por nós? 2. Alguns acreditam no que é chamado de “expiação subjetiva”, a ideia de que nada a respeito da cruz mudou nossa posição diante de Deus. Pelo contrário, o objetivo da cruz foi, dizem eles, mudar nossa atitude a respeito de Deus, nada mais. Qual é a terrível deficiência dessa teologia? Como poderíamos entender o problema do pecado, se fosse necessário apenas um “ajuste de atitude”, da nossa parte, para resolver essa questão? 3. É possível ter muito conhecimento sobre a salvação e ainda não experimentá-la? O que você acha do comentário de Ellen G. White de que “a consagração a Deus precisa ser uma questão viva e prática; não uma teoria sobre que se fale, mas um princípio entrelaçado em toda a nossa vida”? (Nossa Alta Vocação, [Meditações Matinais 1962], p. 241). Como podemos viver, na prática, a experiência da salvação? 4. Pense no papel da salvação no contexto do grande conflito. Por que Satanás quer impedir tantas pessoas quanto possível de alcançar a salvação em Jesus? Que meios ele usa contra nós, e como podemos nos proteger contra eles? Respostas sugestivas: 1. Deus conhece a maldade e o engano do coração humano; o pecado afetou toda a humanidade; o pecado traz morte; o homem é corrupto, ganancioso e mentiroso, inclusive no mundo religioso. 2. Antes dos tempos eternos, Deus planejou e prometeu vida eterna; Ele nos escolheu para a salvação antes da fundação do mundo, por meio de Cristo. 3. (A) Justificação: O Justo morreu pelos injustos e oferece Sua justiça aos que creem; (B) Santificação: O batismo simboliza a morte para o pecado e o renascimento para uma vida de santificação, pelo poder do Cristo que morreu para nos salvar. (C) Glorificação: Quem crê no Filho que morreu por nós tem a vida; na volta de Jesus, os mortos ressuscitarão e os vivos serão glorificados. 4. Quando pensamos no sofrimento e morte de Cristo, por causa dos nossos pecados, nos arrependemos, confessamos nossas faltas e recebemos a justiça de Deus. 5. Somos justificados pela graça e pelo sangue de Cristo, mediante a fé. 6. A resposta certa é a letra C. 7. As letras B e C são verdadeiras. Resumo da lição 4 – Salvação: a única solução O aluno deverá: Conhecer: Esboçar tanto os resultados devastadores do pecado como a solução que Deus lhe deu. Sentir: A bondade e a grandeza do amor redentor de Cristo e do perdão, da justificação e restauração que Ele torna possível. Fazer: Arrepender-se e experimentar a nova vida que vem com a aceitação do sacrifício de Cristo. Esboço do aprendizado I. Conhecer: Problema grande, Solução maior ainda A. Como o pecado mudou a natureza humana e a vida neste mundo, bem como no Universo? B. Qual foi a solução de Deus para o pecado? Quando, no curso da história eterna, foi provida essa solução, e que poder tem para resolver o problema? II. Sentir: bondade irresistível A. Por que é importante que cada seguidor de Cristo reconheça em base diária sua grande necessidade como pecador? B. Por que também é importante refletir em base diária no que Cristo fez em favor do pecador ao morrer na cruz? C. Como a aceitação do amoroso sacrifício de Deus e aceitação do perdão, justificação e restauração que Ele torna possível transforma o coração humano? III. Fazer: Arrepender-se e crer A. O que Deus pede que o pecador faça em resposta ao sacrifício de Cristo? B. Como o pecador pode ter a certeza da salvação? Resumo: Sem um Salvador, teríamos que enfrentar a destruição eterna por causa do pecado. No entanto, Deus providenciou uma solução perfeita e abrangente por meio do sacrifício de Cristo, que, se for aceita, oferece perdão, justificação e restauração. Ciclo do aprendizado MOTIVAÇÃO Conceito-chave para o crescimento espiritual: Pela morte de Cristo na cruz, Deus providenciou a solução final e única para o problema do pecado. Sem essa solução divina, não há maneira de sair do pecado. Só para o professor: Das muitas questões que confrontam a existência humana, uma das mais intrigantes é: "Quem sou eu? " (2Sm 7:18, NVI). O mundo, em todas as suas confusões, ora nos tenta a nos exaltarmos, ora a nos mergulhar em ramos@advir.com
  • 7. profundo desespero. Qual é o problema com qualquer uma das respostas do mundo, e qual é a solução? Nossa lição desta semana vai tratar dessa questão. Atividade de abertura: Quem sou eu? Muitas respostas são possíveis, mas consideraremos quatro. Primeiro, o filósofo diz: "A vida não questionada não vale a pena viver. Conhecimento é poder, e é o poder que me faz ou me quebra." Segundo, a "pessoa primitiva” responde em termos de identificação tribal. Minha segurança está no meu grupo, ninguém mais importa." O problema com o primitivismo é que ele nunca sai da caverna do interesse próprio. Terceiro, pense no "mundano". No universo do mundano, minha identidade, seja nos negócios, na política ou na profissão sou eu mesmo. O Poder se torna meu foco. Na sentença dA vida, o sujeito sou "eu", o verbo é "sou", e o objeto é "eu". Eu sou eu. Nada mais importa. Nenhuma dessas respostas será suficiente. Assim, voltamos à cruz. Não vemos nossa condição: um pecador procurado por Deus. Na cruz, o pecador vê duas pessoas: "O Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim" ( Gl 2:20). O Filho e eu. Com essa perspectiva, posso afirmar que não sou um acidente cósmico neste Universo. Não sou o clímax de um processo evolutivo. Não sou a engrenagem de uma máquina gigante, movendo-se em um ciclo sem sentido. Sou um filho de Deus que se desviou. Comente: Por que a resposta mais satisfatória para a condição humana só pode ser alcançada se for estudada à luz do afastamento da cruz e do retorno a ela? Compreensão Só para o professor: A Bíblia descreve o ato de "desgarramento" como pecado, afastamento da vontade de Deus, rebelião contra Sua lei, rejeição a Suas legítimas reivindicações e auto afirmação. Tendo o Céu como ponto de partida e o pecado como o fio de prumo que nos desvia desse ideal, essa descida tem uma dimensão vertical. O "desgarramento" também traz uma ruptura horizontal dos relacionamentos – ruptura na família e na comunidade, expressa em forma de atos de orgulho, crueldade, inveja e outros semelhantes. Conduza a classe a uma discussão geral sobre as dimensões verticais e horizontais do pecado. Comentário Bíblico Resumo: As formas de lidar com o pecado são variadas. Alguns negam o pecado. Outros consideram o pecado um simples acidente biológico, um acidente sociológico, ou um subdesenvolvimento psicológico. Outros ainda o tratam como uma deficiência moral ou privação econômica. Mas que diz a Bíblia? A lição desta semana aponta para a natureza do pecado, mostra o que Deus tem feito com ele e o que precisamos fazer. I. O pecado: sua natureza e essência (Leia com a classe Romanos 7:23-25.) O pecado é uma intromissão. A Bíblia começa descrevendo o pecado como uma intromissão na perfeita criação de Deus, surgida com a escolha de nossos primeiros pais de lançar sua sorte ao lado de Satanás, em oposição ao lado de Deus (Gênesis 3). A Bíblia termina com o juízo de Deus destruindo o pecado e Satanás e criando um novo Céu e uma nova Terra (Ap 20:11-15, 21:1-5). Entre a abertura e o fechamento, a Bíblia narra a história do pecado da forma como é evidenciado na vida das pessoas e das nações. O pecado é rebelião contra Deus. No Céu, o pecado começou com a rebelião de Lúcifer contra Deus ( Is 14:12-15; Jo 8:44). Na Terra, ela começou com a desobediência de Adão e Eva (Gn 3; Rm 5:12). "O pecado é a transgressão da lei" (1Jo 3:4). Assim, o pecado não é simplesmente um ato ilícito, como avançar um sinal vermelho, mas uma revolta real contra Deus (Sl 51:4; Is 1:2). Além disso, é também a recusa de se submeter a Ele (Rm 8:7) e a escolha de viver em inimizade com Ele (Rm 5:10; Cl 1:21). O pecado é universal e leva à morte. "Todos pecaram", e todos estão sujeitos à morte ( Rm 3:23, 6:23). Isaías dá um prognóstico sombrio da depravação humana: "A cabeça toda está ferida, todo o coração está sofrendo. Da sola do pé ao alto da cabeça não há nada são" (Is 1:5-7, NVI). O significado é claro: toda a pessoa, física, mental, espiritual, emocional, está poluída pelo o pecado (Rm 1:23-25; 7:23-25; 5:8, 12) e, conosco, toda a criação geme sob o peso do mal (Rm 8:22). Assim, uma humanidade depravada, uma comunhão distante e uma natureza que geme são testemunhas de um Universo em batalha com as forças do pecado. Pense nisto: Pecado não é simplesmente revolta, é uma recusa e uma escolha. O que recusamos quando escolhemos o pecado? Em que medida o pecado poluiu a humanidade, e qual é a única cura? II. Pecado: o que Deus fez? (Leia com a classe João 3:16.) Em um texto poderoso, a Bíblia resume o que Deus fez para lidar com o problema do pecado: " “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16, NVI). O ato de Deus dar Seu Filho para morrer na cruz não foi um acidente nem uma decisão tardia. Ele foi concebido em Sua mente "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4-7). A provisão de Deus para o problema do pecado é ao mesmo tempo redentora e cirúrgica. É redentora no sentido de que Deus proveu a redenção da humanidade do pecado pela cruz de Cristo, que reconcilia Deus com o ser humano (2Co 5:19). É cirúrgica no sentido de que aguarda uma hora final em que o pecado e seus resultados serão completamente extirpados da Terra, dando lugar à criação de "novos céus e nova terra" (Is 65:17). Pense nisto: Como a cruz revela ao Universo tanto a verdadeira maldição do pecado como o verdadeiro sentido da vida? III. Pecado: O que precisamos fazer (Leia com a classe Efésios 2:8.) ramos@advir.com
  • 8. Por nós mesmos, não podemos fazer nada para nos salvar. A doutrina de que podemos salvar a nós mesmos por meio de boas obras ou rituais é tão antiga quanto o próprio pecado. A cruz, e não a folha da figueira, é a solução para o problema. "O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que jaz à base de toda religião pagã. ... Implantara-o Satanás. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p 35, 36). Só Cristo é nosso Redentor. Esta declaração não é resultado de arrogância ou orgulho espiritual ou doutrinário, mas é um reconhecimento da singularidade do que aconteceu na cruz. O caminho escolhido por Deus para lidar com o pecado, pela manifestação de Sua graça, custou a vida de Seu Filho. "Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Is. 53:5; O Desejado de Todas as Nações, p. 25). Assim, deve-se notar que o amor e a graça de Deus tornaram possível nossa salvação por meio da cruz (Jo 3:16: Rm 1:16: Ef 2:8; Tt 2:11). Nossa parte é crer e aceitar o que Deus fez em Cristo. Como pecadores, tudo o que precisamos fazer é ir com fé para a cruz. Ali, devemos ver nEle nosso substituto. Devemos nos arrepender de nossos pecados e reconhecer que Ele morreu por nós (Mc 1:15; At 3:19; 16:31; Rm 5:8, 14:15). Pela fé nEle, temos o perdão dos pecados e a redenção (Ef 1:7, 8), justificação (Gl 2:16) e "justiça, e santificação, e redenção" (1Co 1:30). Nada que seja essencial a uma nova vida é negado, e nos tornamos filhos de Deus (Rm 8:14). Recebemos o dom da vida eterna (Rm 5:21, 6:23,1Jo 2:25). Pense nisto: Por que a doutrina da salvação pelas obras é tão perigosa? Como procura minar a teologia da cruz, de que podemos ser salvos unicamente por Cristo? Aplicação Só para o professor: Toda religião exige que seus seguidores façam o bem, quer como meio de alcançar a salvação, quer para escapar de um ciclo ou dois no processo de reencarnação. Mas, no cristianismo, a salvação não pode ser adquirida por meio de obras. Ellen G. White escreve que o manto de justiça, “tecido no tear do Céu, não tem em si um único segmento de concepção humana." (Parábolas de Jesus, p. 311). Em Cristo, Deus nos aceita como somos, perdoa nossos pecados, nos habilita a fazer o bem e nos adota como Seus filhos. Perguntas de aplicação 1. Como você pode tornar essa cruz o centro de sua vida? 2. Qual é a responsabilidade dos filhos de Deus para com Seus outros filhos, dentro e fora do redil de salvação? Criatividade Só para o professor: A experiência redentora torna possível termos uma mente transformada, que pode considerar a vida e seu entorno a partir de uma perspectiva holística, de conformidade com o plano original de Deus. Atividade: Tendo em vista essa experiência redentora, como você vai se relacionar com aqueles que estão ao seu redor – seu vizinho que tem uma fé diferente, seu colega de trabalho, que muitas vezes parece desagradável, e aqueles que discordam de você em cultura, política ou raça? ramos@advir.com