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Lições Adultos

O Santuário

Lição 9 - O Juízo pré-advento

23 a 30 de novembro

Sábado à tarde

Ano Bíblico: 1Co 8–10

VERSO PARA MEMORIZAR: "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o Céu serão dados ao povo dos

santos do Altíssimo; o Seu reino será reino eterno, e todos os domínios O servirão e Lhe obedecerão." Dn 7:27.
Leituras da Semana: Dn 7; Gn 3:8-20; 2Tm 2:19; Sl 51:4; 2Co 5:10; Sl 96:11-13
Como o livro de Hebreus mostra claramente, depois de Sua morte e ressurreição, Jesus começou uma nova fase da Sua
obra em nosso favor. Ele Se tornou nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. As visões de Daniel 7 e 8 revelam que,
em algum ponto da História, essa obra celestial de Cristo em nosso favor havia entrado em uma nova fase: o julgamento.
Às vezes, isso é chamado de "Dia Escatológico da Expiação". Escatológico, porque se refere ao tempo do fim; Dia da
Expiação, porque é prefigurado pelo ritual do Dia da Expiação no santuário terrestre.
Daniel 7, nosso foco nesta semana, contém uma sequência de reinos, simbolizados por quatro animais, que correspondem
à sequência de Daniel 2: Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma.
Perceberemos que o julgamento é uma boa notícia, porque o Senhor atua por Seu povo. Ele julga em seu favor diante do
Universo expectante e lhes concede entrada no reino eterno de Cristo, o clímax de todas as suas esperanças como
seguidores do Senhor.
Domingo - A visão e o juízo

Ano Bíblico: 1Co 11–13

"Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades estavam diante
dEle; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros." Dn 7:10.
1. Leia Daniel 7:1-14. O que está acontecendo nessa passagem?
O sonho dos quatro animais
1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então
escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas. 2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que
os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande. 3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da
terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. 5 Continuei olhando, e eis aqui o
segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e
foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. 6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um
leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio. 7
Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o
qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de
todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu
outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como
os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um
ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu
trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares
de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. 11
Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi
morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. 12 Quanto aos outros animais, foi-lhes
tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. 13 Eu estava olhando nas
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minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e
foi apresentado diante dele. 14 E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o
servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Dn 7:1-14 RA
Depois que Daniel viu os quatro animais, ele observou outro chifre surgindo entre os chifres do quarto animal. Esse "chifre
pequeno" se tornou o principal inimigo de Deus e Seus santos. Então, de repente a atenção de Daniel se voltou da Terra
escura para uma resplandecente cena de julgamento na sala do trono celestial (Dn 7:9-14).
A cena do juízo é o ponto central de toda a visão e envolve duas figuras principais, o Ancião de Dias e o Filho do Homem.
Anjos também estão ali, testemunhas do juízo. A cena se desdobra em três etapas: a primeira é a cena do tribunal (v. 9, 10);
a segunda é o resultado do juízo sobre os violentos poderes da Terra (v. 11, 12); a terceira é a transferência do domínio e do
reino para o Filho do Homem (v. 13, 14). Deus, o Pai, é retratado como o majestoso Ancião de Dias, o sábio, justo e
incomparável Juiz. "O Filho do Homem" representa a humanidade, o próprio Jesus, na corte celestial. Jesus usou esse
título muitas vezes para Se referir a Si mesmo e, pelo menos duas vezes, Ele evocou claramente as imagens de Daniel 7
(Mt 24:30; 26:64).
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Mt 24:30 RA
Respondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do
Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Mt 26:64 RA
O Dia da Expiação funciona como o cenário tipológico mais natural para essa cena do templo celestial. Na descrição,
parece que o Sumo Sacerdote celestial vem ao Ancião de Dias cercado por nuvens de incenso (Dn 7:13). Em Daniel 7:10,
os livros foram abertos. Os livros têm um papel importante no julgamento celestial. Há vários livros de origem celestial
conhecidos na Bíblia: o "livro da vida" (Sl 69:28; Fp 4:3; Ap 3:5; 13:8; 17:8), o livro memorial (Ml 3:16), os livros das obras
(Ap 20:12) e o livro de Deus (Êx 32:32, 33; Sl 56:8).
Sejam riscados do livro da vida e não sejam inscritos com os justos. Sl 69:28 RC
E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e
com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. Fp 4:3
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o
seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Ap 3:5 RC
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo. Ap 13:8 RC
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não
estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
Ap 17:8 RC
Então, aqueles que temem ao SENHOR falam cada um com o seu companheiro; e o SENHOR atenta e ouve; e há um
memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. Ml 3:16 RC
E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da
vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. Ap 20:12 RC
Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.
Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro. Ex 32:32-33 RC

33

Então, disse o SENHOR a

Tu contaste as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro? Sl 56:8 RC
Imagine Deus julgando sua vida e todos os seus atos. Se você tiver que confiar no que está escrito nos livros, nos seus atos
e boas obras, terá alguma esperança? Qual, então, é sua única esperança no juízo?
Segunda - Modelo de julgamento

Ano Bíblico: 1Co 14–16

2. Leia Gênesis 3:8-20. O que Deus fez antes de pronunciar Seu julgamento?
E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença
do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. 9 Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? 10
Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. 11 Deus perguntou-lhe
mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Ao que respondeu o
homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi. 13 Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é
isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi. 14 Então o Senhor Deus disse à serpente:
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Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o
teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei
grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17
E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não
comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. 18 Ela te produzirá
espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. 19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra,
porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás. 20 Chamou Adão à sua mulher Eva, porque era a mãe de
todos os viventes. Gn 3:8-29 RA
O conceito de um juízo investigativo é bíblico. O processo judicial de Deus frequentemente inclui uma fase de investigação
e inquérito. O primeiro exemplo é relatado em Gênesis 3, onde Deus investigou antes de pronunciar o veredito (Gn 3:8-19).
A forma pela qual Deus lidou com Caim (Gn 4), Babel (Gn 11) e Sodoma (Gn 18, 19) seguem um padrão semelhante.
Vemos Deus realizando a mesma ação que Ele requeria dos juízes em Israel, ou seja, inquirir, investigar e perguntar com
diligência (Dt 13:14; Dt 19:18).
A investigação implica em consideração e justiça. Muitas vezes ela é pública. Deus permite que outros vejam o que Ele está
fazendo. Dessa forma, quando Ele anuncia o veredito, seja de salvação ou condenação, os espectadores estão certos de
que a ação divina é a melhor. Essa é exatamente a razão pela qual o julgamento celestial em Daniel 7 envolve livros. Os
livros não estão ali por causa de Deus, para ajudá-Lo a Se lembrar com mais facilidade, mas para o benefício dos seres
celestiais que O circundam e que, ao contrário de Deus, não conhecem todas as coisas.
3. Qual será o resultado do julgamento para os santos? Dn 7:22
até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino. Dn
7:22 RA
Ao falar sobre o juízo, Ellen G. White escreveu: "O fato de que os reconhecidos filhos de Deus são representados como
estando na presença do Senhor com vestes sujas, deve levar à humildade e profundo exame do coração, por parte de
todos os que Lhe professam o nome. Os que estão, de fato, purificando o caráter mediante a obediência à verdade, terão
de si mesmos uma opinião muito humilde. [...] Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos de
confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás
contra nós. Somente Cristo pode pleitear eficazmente em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos
fundamentados não em nossos méritos, mas nos dEle" (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 471, 472).
Como essas palavras nos ajudam a entender por que o julgamento é uma notícia muito boa?
Terça - Hora do juízo

Ano Bíblico: 2Co 1–4

4. Leia Daniel 7:7-10, 21, 22, 25, 26. Quando acontece o julgamento de Daniel 7?
7

Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o
qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de
todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu
outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como
os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um
ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu
trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares
de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.
Dn 7:7-10 RA
Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, 22 até que veio o ancião
de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. (Dn
7:21-22 RA
Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe
serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. 26 Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe
tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. Dn 7:25-26 RA
Tanto na visão quanto na interpretação do anjo, o julgamento segue como resposta de Deus à presunção do chifre pequeno
e culmina com a transferência do reino para os santos de Deus. A Bíblia descreve o julgamento como ocorrendo no tempo
em que o poder do chifre ainda existe (Dn 7:8, 9). O domínio do chifre é retirado somente depois que o tribunal julga.
Quando o processo judicial termina, todos os reinos da Terra são destruídos (v. 26).
Evidentemente, isso significa que o juízo deve ocorrer antes da segunda vinda de Jesus. É um juízo pré-advento, que
começa algum tempo depois do período de "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (v. 25). Como poderia haver
recompensa ou punição final se não houvesse julgamento prévio?
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De fato, os santos serão recompensados no momento da vinda de Cristo, o que pressupõe que eles já terão sido julgados.
Da mesma forma, os ímpios, incluindo os poderes demoníacos, serão julgados durante o milênio, antes da execução do
juízo final (Ap 20).
5. Por que Deus precisa realizar um julgamento? O Senhor não "conhece os que Lhe pertencem"? 2Tm 2:19
Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe
pertence" e "afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor. 2Tm 2:19 NVI
É claro que o Deus onisciente está plenamente consciente de quem é o Seu povo. Ele não precisa de julgamento para
decidir quem será salvo. O juízo pré-advento, em vez disso, mostra que o Juiz é justo na salvação do Seu povo. Os seres
celestiais precisam ter certeza de que os santos são aptos para a salvação. À medida que procuramos entender o
significado do juízo, devemos nos lembrar do cenário do grande conflito, sugerido nesse texto, porque vemos as hostes
angelicais testemunhando o julgamento. Outros seres têm interesse no resultado final do plano da salvação.
"O Senhor conhece os que Lhe pertencem." Como você pode ter certeza de ser um dos "que Lhe pertencem"? Qual é a
única maneira de ter certeza? (Rm 8:1).
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Rm 8:1 RA
Quarta - No fim do julgamento

Ano Bíblico: 2Co 5–7

6. Quais serão os resultados do juízo pré-advento? Dn 7
O sonho dos quatro animais
1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu
logo o sonho e relatou a suma das coisas. 2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os
quatro ventos do céu combatiam no mar grande. 3 E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. 4
O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e
posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. 5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal,
semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito
assim: Levanta-te, devora muita carne. 6 Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e
tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. 7 Depois
disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha
dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os
animais que apareceram antes dele e tinha dez pontas. 8 Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu
outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como
olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um
ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça, como a limpa lã; o seu trono,
chamas de fogo, e as rodas dele, fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o
serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. 11 Então, estive olhando,
por causa da voz das grandes palavras que provinha da ponta; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo,
desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo. 12 E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foilhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo. 13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que
vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 14 E foi-lhe
dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio
eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído. 15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido
dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me espantavam. 16 Cheguei-me a um dos que estavam perto e pedi-lhe a
verdade acerca de tudo isso. E ele me disse e fez-me saber a interpretação das coisas.
A interpretação do sonho
17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. 18 Mas os santos do Altíssimo
receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade. 19 Então, tive desejo de conhecer
a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, e as
suas unhas, de metal; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; 20 e também das dez pontas que
tinha na cabeça e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que
falava grandiosamente, e cuja aparência era mais firme do que o das suas companheiras. 21 Eu olhava, e eis que essa
ponta fazia guerra contra os santos e os vencia. 22 Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do
Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. 23 Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na
terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. 24 E,
quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente
dos primeiros e abaterá a três reis. 25 E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará
em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. 26
Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. 27 E o reino, e o
domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será
um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. 28 Aqui findou a visão. Quanto a mim, Daniel, os meus
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pensamentos muito me espantavam, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei essas coisas no meu coração.
Dn 7:1-28 RC
Considere os resultados do juízo em diversas ações de longo alcance:
O Filho do Homem será coroado. Ele receberá "domínio, e glória, e o reino" (Dn 7:14).
Os santos receberão o reino para sempre. O julgamento é para benefício dos santos que receberão o reino de Deus (Dn
7:22). Inequivocamente, o Filho do Homem e os santos têm um relacionamento muito próximo. Quando o Filho do Homem
receber Seu reino, convidará os santos para Se unirem a Ele. Seu reino é o reino deles (Dn 7:27). Esse julgamento levará a
um tempo em que o Rei eterno estará reunido com Seu povo. Essa será a maior recompensa dos santos e de Cristo.
A rebelião será derrotada e destruída. Os inimigos do povo de Deus serão julgados. Depois de fazer "guerra contra os
santos", o chifre pequeno será derrotado e destruído para sempre (Dn 7:25, 26).
A absoluta justiça de Deus será demonstrada. Uma vez que o julgamento nas cortes celestiais será público e os anjos
participam das investigações sobre os assuntos humanos, todos podem ver por si mesmos que Deus é justo em Suas
ações. Ele é capaz de manter tanto o amor quanto a justiça. Assim, no fim, o próprio Deus será vindicado, e todos
reconhecerão que Ele é justo e amoroso. Todo o processo garantirá que o Universo será um lugar seguro para a eternidade
(Sl 51:4; Rm 3:4).
Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando
julgares. Sl 51:4 RC
De maneira nenhuma! Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito: Para que sejas
justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado. Rm 3:4 RC
O juízo pré-advento resultará na concretização da esperança de Deus e dos cristãos. O desejo de Deus é salvar Seu povo
e erradicar o pecado, não deixando nenhuma dúvida sobre Seu amor e justiça. O anseio dos seres humanos é a salvação
do pecado, da sua opressão em todas as formas e desfrutar vida eterna na presença dAquele que os ama. Assim, o
julgamento será a garantia de um relacionamento eterno e confiante entre Deus e Sua criação.
"O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única
palpitação de harmonia e júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos
os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e
inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678).
Quinta - Certeza responsável

Ano Bíblico: 2Co 8–10

7. Leia o Salmo 96:11-13. Qual é a razão para que toda a criação se alegre?
Alegrem-se os céus, e a terra exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas
as árvores do bosque, na presença do SENHOR, porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos,
consoante a sua fidelidade. Sl 96:11-13 RA
Por que alguém clamaria "Julga-me, Senhor" (Sl 7:8)? A razão é simples. Julgamento significa salvação: "Ó Deus, salvame, pelo Teu nome, e faze-me justiça, pelo Teu poder" (Sl 54:1). O Salmo 26 é um apelo comovente por justiça e retidão.
Davi expressou maravilhosamente a ideia de que Deus, o Juiz, está sempre ao lado de Seu povo fiel, e que Seu julgamento
é mais do que desejável (Sl 26:1; 35:24; 43:1; 54:1). Julgamento implica vindicação.
Salmo de Davi.
1 Julga-me, SENHOR, pois tenho andado em minha sinceridade; tenho confiado também no SENHOR; não vacilarei.
2 Examina-me, SENHOR, e prova-me; esquadrinha a minha mente e o meu coração.
3 Porque a tua benignidade está diante dos meus olhos; e tenho andado na tua verdade.
4 Não me tenho assentado com homens vãos, nem converso com os homens dissimulados.
5 Tenho aborrecido a congregação de malfeitores; não me ajunto com os ímpios.
6 Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar,
7 para publicar com voz de louvor e contar todas as tuas maravilhas.
8 SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.
9 Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinolentos,
10 em cujas mãos há malefício, e cuja mão direita está cheia de subornos.
11 Mas eu ando na minha sinceridade; livra-me e tem piedade de mim.
12 O meu pé está posto em caminho plano; nas congregações louvarei ao SENHOR.
Julga-me segundo a tua justiça, SENHOR, Deus meu, e não deixes que se alegrem de mim. Sl 35:24 RC
Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a gente ímpia; livra-me do homem fraudulento e injusto. Sl 43:1
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RC
Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder. Sl 54:1 RC
O juízo pré-advento ameaça nossa certeza de salvação? Não, porque o resultado desse julgamento é certo. Ele favorece os
santos (Dn 7:22). A obra de Deus no juízo reafirma nosso perdão e intensifica nossa certeza, tornando nossos pecados
eternamente irrelevantes. O julgamento é, na verdade, outra manifestação da nossa salvação. O julgamento não é o tempo
em que Deus decide nos aceitar ou nos rejeitar, mas, em vez disso, é o momento em que Ele define se O escolhemos
verdadeiramente ou não, uma escolha revelada pelas nossas obras.
Para o cristão, o julgamento aumenta a certeza. Colocando de maneira mais radical, o julgamento está no centro da
doutrina da segurança cristã.
8. Leia Romanos 14:10-12 e 2 Coríntios 5:10. Como a realidade do juízo deve impactar nossa maneira de viver?
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o
tribunal de Cristo. 11 Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua
confessará a Deus. 12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Rm 14:10-12 RC
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o
mal que tiver feito por meio do corpo. 2 Co 5:10 RA
O ensinamento bíblico não isenta o justo do julgamento. Embora os justos sejam defendidos no julgamento e seus pecados
sejam apagados para sempre, a expectativa do julgamento os incentiva a ter uma vida de lealdade e responsabilidade. A
certeza da salvação é, portanto, acompanhada pelo ímpeto motivacional para o comportamento correto. Visto que Deus fez
tanto por nós, O amamos e procuramos expressar esse amor sendo fiéis em tudo o que Ele nos pede.
Um amigo expressa seu medo de Deus e, especialmente, do juízo. Como você pode ajudar essa pessoa a entender a boa
notícia sobre o juízo e a desenvolver a certeza da salvação?
Sexta - Estudo adicional

Ano Bíblico: 2Co 11–13

"Aquele que mora no santuário celestial, julga justamente. Ele tem mais prazer em Seus filhos que pelejam com as
tentações [...] do que na multidão de anjos que Lhe circunda o trono" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 176).
"Satanás tem [...] conhecimento dos pecados que tem levado o povo de Deus a cometer, e lança contra ele suas
acusações, declarando que, por seus pecados, perdeu o direito à proteção divina e afirmando que tem o direito de destruí- lo. [...]
"Mas conquanto os seguidores de Cristo tenham pecado, eles não se entregaram ao controle das forças satânicas.
Arrependeram-se de seus pecados e procuraram o Senhor em humildade e contrição; e o Advogado divino pleiteia por eles.
Aquele que tem sido insultado ao máximo pela ingratidão deles, Aquele que conhece seus pecados e também sua
contrição, declara: "O Senhor te repreenda, ó Satanás. Eu dei a Minha vida por essas pessoas. Elas estão gravadas na
palma das Minhas mãos. Elas podem ter imperfeições de caráter; podem ter falhado em seus esforços; mas se
arrependeram, e Eu os perdoei e aceitei" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 588, 589).
Perguntas para reflexão
1. Onde surgiram as questões sobre a justiça, a lei e a retidão de Deus: na Terra ou no Céu? A resposta a essa pergunta
explica por que há um julgamento celestial?
2. A Igreja Adventista tem proclamado a mensagem do Juízo por muitos anos. Cristo ainda não voltou. Como devemos
reagir a essa aparente demora? Por que é importante lembrar que temos uma compreensão limitada do tempo? Pense em
algumas das profecias de tempo muito longas e como alguém que viveu naqueles tempos poderia facilmente ter sido
desencorajado acerca do que, de sua perspectiva, parecia estar demorando.
3. Muitos acreditam no conceito do Juízo, que está em toda a Bíblia. Como a ligação entre o Juízo e o santuário revela
verdades sobre a natureza do Juízo e a certeza que ele oferece?
Respostas sugestivas: 1. A cena do juízo, em que os poderes da Terra e seus habitantes são julgados pelo justo Juiz, que
estabelecerá a justiça eterna. 2. Deus estabelece um processo de investigação, de modo que Adão e Eva são levados a se
deparar com seu pecado. A finalidade divina é que a consciência do pecado leve à confissão, ao perdão e à reconciliação.
3. Para os que reconhecem seu pecado e são cobertos pela graça de Cristo, o juízo divino significa libertação do pecado e
dos poderes do mal para uma nova vida no reino da glória. 4. No tempo do fim, antes da segunda vinda. Nesse juízo préadvento, Deus vindicará diante do Universo o nome dos salvos. Durante o milênio, a segunda fase do juízo analisará o caso
dos ímpios. Após o milênio, ocorrerá o juízo executivo. 5. Deus não apenas conhece os que são Seus, mas também
apresenta diante do Universo os efeitos de Sua graça na vida deles. Assim, a justiça do caráter de Deus será comprovada.
6. O seres criados serão reconciliados com o Criador; a justiça de Deus será comprovada; os remidos serão libertados do
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pecado e do mal; o reino de Cristo será estabelecido; os santos reinarão com Ele; a rebelião será destruída. 7. Porque o
juízo estabelece a vitória da justiça e da verdade. A mentira e a injustiça serão superadas. 8. Devemos ter consciência de
que prestaremos contas de nossa vida a Deus. Por isso, não devemos julgar nem desprezar os outros. Nossos atos e
palavras revelam na prática se aceitamos ou rejeitamos a justiça de Cristo em nossa vida.
Auxiliar – Resumo
Texto-chave: Daniel 7:27
E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu
reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. Dn 7:27 RC
O aluno deverá...
Conhecer: A boa notícia do juízo pré-advento, que dá ao fiel a certeza da salvação porque Jesus Cristo tomou a iniciativa
de afirmar, diante do tribunal celestial, que nós pertencemos a Ele.
Sentir: Promover o sentimento de amor para com Deus, que pronuncia a sentença em favor dos santos, lhes dá coragem e
força para viver, e condena o poder representado pelo chifre pequeno com seus seguidores.
Fazer: Submeter-se ao plano de Deus e fazer parte de Sua solução para a humanidade.
Esboço
I. Conhecer: Jesus Cristo, nosso Juiz
A. Como saber que Jesus está em seu favor e não contra você?
B. Por que a verdade é realmente importante?
C. Por que é tão importante desmascarar as atividades do anticristo?
II. Sentir: Jesus Cristo assegura o nosso lugar no Céu
A. Como você se sente ao saber que Cristo não é apenas nosso Juiz, mas também nosso Advogado?
B. Quando e como Jesus pronunciará julgamento em favor de Seus filhos?
C. O que é tão destrutivo, repugnante e perverso nas atividades do "chifre pequeno"?
III. Fazer: Alegrar-se no Senhor, seu Juiz
A. Como Deus pode garantir Sua vitória sobre Satanás e o mal por toda a eternidade?
B. Jesus pode ser "subornado" pelo nosso comportamento moral exemplar, boas ações ou excelente serviço? Por quê? Por
que as diferentes atividades éticas não tornam Deus mais misericordioso para conosco?
Resumo: Quando Deus julga Seu povo, Ele justifica, liberta e defende, mas, por outro lado, condena, castiga e destrói o
mal.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Daniel 7:9, 10, 13, 14, 22-27
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Existe mais certeza de salvação com o juízo pré-advento do que se ele não
ocorresse. Deus toma os casos de Seus fiéis seguidores e os apresenta na corte celestial. O objetivo é confirmar nossa
decisão por Ele durante nossa vida diante dos representantes de todo o Universo e, assim, garantir nosso lugar no Céu por
toda a eternidade. Esse julgamento também condena o "chifre pequeno" e todos os que o seguem, confirmando assim que
o mal deixará de existir.
Somente para o professor: A lição desta semana oferece informações para a compreensão do juízo pré-advento. A
explicação é dada a partir da perspectiva de um cristão e é muito positiva, porque Deus é por nós e jamais contra nós. O
julgamento é parte integrante do evangelho, uma unidade que precisa ser apresentada de forma correta, para não assustar
as pessoas, mas trazer-lhes esperança.
Discussão de abertura:
Qual é a primeira reação e o sentimento dos membros da classe quando ouvem que Deus irá julgá-los? Essa pergunta foi
feita em todos os continentes para pessoas de várias origens, e a resposta sempre foi: "medo". Por que tememos o
julgamento de Deus? Uma das principais razões é que temos uma compreensão limitada da natureza do Juízo e uma
definição unilateral. O que, realmente, é o julgamento divino, e como deve ser definido biblicamente?
Compreensão
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Somente para o professor: O capítulo 7 de Daniel foi escrito em uma bela estrutura literária que ajuda na compreensão dos
pontos principais do capítulo. Após uma introdução (v. 1), segue-se uma visão (v. 2-14), então, a sua interpretação (v. 1527), e finalmente a conclusão (v. 28). A visão é dividida em diferentes partes, expressas num quiasma:
(A) Definindo o pano de fundo (v. 2, 3)
(B) Descrição dos três animais (v. 4-6)
(C) O terrível quarto animal (v. 7)
(D) Atividade do chifre pequeno (v. 8)
(E) Julgamento celestial (v. 9, 10)
(D') Chifre pequeno (v. 11a)
(C') O destino do quarto animal (v. 11b)
(B') O destino dos três primeiros animais (v. 12)
(E') O glorioso triunfo no Juízo (v. 13, 14).
Assim, o juízo pré-advento celestial está no centro da visão, sendo o seu clímax. No capítulo 7, há três passagens-chave
escritas em poesia: as duas cenas celestiais (v. 9, 10, 13, 14) e a importante interpretação da visão (v. 23-27).
Comentário Bíblico
O julgamento de Deus é geralmente percebido como condenação, punição ou destruição. Esse significado negativo do
julgamento também está presente na Bíblia, mas o ensino bíblico básico sobre essa atividade divina é muito positivo,
porque, para Deus, julgar significa justificar, salvar, libertar e defender Seu povo. Somente quando o sentido positivo
primário não pode ser aplicado, devido ao contexto imediato, ocorre o julgamento negativo.
I. Juízo divino como evangelho – O sorriso de Deus para Seu povo (Recapitule com a classe Dn 7:22.)
Daniel explica o que ocorrerá no juízo pré-advento do capítulo 7 e aponta para dois tipos de julgamento:
1. Juízo de condenação em conexão com o chifre pequeno (Dn 7:26).
2. Julgamento de salvação. Antes de Daniel ressaltar o julgamento de destruição, ele interpreta claramente o que
acontecerá aos fiéis. O julgamento será proclamado em seu favor: "Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos
do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Dn 7:22). Glória e aleluia a Deus!
Atividade: Compare diferentes traduções de João 5:24. Jesus afirma: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a
Minha palavra e crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida"
(ênfase do autor). A NVI coloca essa declaração com as seguintes palavras: "Eu lhes asseguro: Quem ouve a Minha
palavra e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida"
(ênfase do autor). Qual tradução está correta? De acordo com o original grego, ambas as versões estão corretas, e há boa
razão para se acreditar que essa ambiguidade textual seja intencional.
A verdade é que aqueles que creem em Cristo e Seu evangelho não serão condenados, e eles nem mesmo entrarão em
juízo.
Como entender isso? Jesus estaria em contradição com Paulo, que assegura que "todos nós devemos comparecer perante
o tribunal de Cristo" (2Co 5:10, NVI)? O que Jesus quis dizer quando afirmou que os que creem não entrarão em Juízo?
Significa que eles não entrarão no julgamento de condenação. Apenas um Juízo será cem por cento de condenação, o
Juízo final, depois do milênio, quando todos os ímpios serão aniquilados. Naquele tempo, todos os remidos já estarão na
Nova Jerusalém com Cristo. Por isso, eles não entrarão nesse Juízo (Ap 20:6, 9-15). Os crentes em Cristo não precisam
temer nenhum julgamento divino, porque "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:1).
Pergunta para discussão: Como você pode treinar sua mente para ver o julgamento divino como sendo positivo e não
assustador?
II. Juízo de Deus em favor de Seu povo (Recapitule com a classe Is 35:4.)
Considere cuidadosamente os seguintes textos, que provam que nossa definição de julgamento é bíblica. Há muitos
exemplos bíblicos de julgamentos divinos positivos, mas estude pelo menos estes exemplos:
1. O livro de Juízes. Quando o povo de Deus estava sob a opressão de seus inimigos, eles clamaram a Deus por ajuda, e
Ele enviou juízes, ou seja, libertadores que os libertavam e protegiam.
2. Davi orou várias vezes a Deus dizendo: "Julga-me, Senhor" (Sl 7:8; 26:1; 35:24). Ele não pediu a condenação, mas
proteção contra seus inimigos que estavam contra ele e queriam destruí-lo.
3. Para Deus, julgar significa, de fato, salvar: "Desde os céus fizeste ouvir o Teu juízo; tremeu a Terra e se aquietou, ao
levantar-se Deus para julgar e salvar todos os humildes da Terra" (Sl 76:8, 9).
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4. Por intermédio do profeta Isaías, Deus encorajou de modo poderoso: "Digam aos desanimados de coração: "Sejam
fortes, não temam! Seu Deus virá, virá com vingança; com divina retribuição virá para salvá-los" (Is 35:4, NVI). Esse texto
explica de maneira clara e linda que precisamos confiar no Senhor (e não em nós mesmos), a fim de ter certeza da
salvação.
Pergunta para discussão: Quando Paulo explicou o tema "em Cristo", ele afirmou que, depois que nos entregamos a Deus e
nEle acreditamos, em Sua rica misericórdia, Deus "juntamente com [Cristo], nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:6). O que significa já estar assentado pela fé com Cristo nos lugares celestiais, ou seja, à
direita do Pai celestial (Ef 1:20)? Por que não precisamos estar preocupados, nem duvidar de que um dia estaremos
fisicamente com Ele no Céu?
III. Julgamento divino e alegria (Recapitule com a classe Sl 96:11-13.)
Costumamos associar o Juízo divino ao medo e à condenação, mas o salmista colocou o julgamento juntamente com a
alegria. Estude os verbos que ele usou no Salmo 96:11-13 e ele dá a razão: "Alegrem-se os céus, e a Terra exulte; ruja o
mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do
Senhor, porque vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a Sua fidelidade" (ênfase do
autor). O julgamento divino trará a vitória final para o povo de Deus e o fim do mal. Os remidos cantarão com alegria na
segunda vinda de Jesus: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem
aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos" (Is 25:9).
Pergunta para discussão: Por que os que creem em Cristo podem se regozijar acerca do julgamento divino? Sua alegria
está relacionada com sua atitude altruísta?
Aplicação
Somente para o professor: Explique à sua classe por que é necessário que Deus defenda a justiça ao executar julgamentos
de condenação. Por que o amor e a verdade não podem existir sem a justiça?
Atividades práticas
Somente para o professor: Contraste as dimensões positivas e negativas das atividades divinas de julgamento. Convide os
alunos a dar exemplos bíblicos e aplique-os à vida moderna.

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  • 1. Lições Adultos O Santuário Lição 9 - O Juízo pré-advento 23 a 30 de novembro Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Co 8–10 VERSO PARA MEMORIZAR: "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o Céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o Seu reino será reino eterno, e todos os domínios O servirão e Lhe obedecerão." Dn 7:27. Leituras da Semana: Dn 7; Gn 3:8-20; 2Tm 2:19; Sl 51:4; 2Co 5:10; Sl 96:11-13 Como o livro de Hebreus mostra claramente, depois de Sua morte e ressurreição, Jesus começou uma nova fase da Sua obra em nosso favor. Ele Se tornou nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. As visões de Daniel 7 e 8 revelam que, em algum ponto da História, essa obra celestial de Cristo em nosso favor havia entrado em uma nova fase: o julgamento. Às vezes, isso é chamado de "Dia Escatológico da Expiação". Escatológico, porque se refere ao tempo do fim; Dia da Expiação, porque é prefigurado pelo ritual do Dia da Expiação no santuário terrestre. Daniel 7, nosso foco nesta semana, contém uma sequência de reinos, simbolizados por quatro animais, que correspondem à sequência de Daniel 2: Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma. Perceberemos que o julgamento é uma boa notícia, porque o Senhor atua por Seu povo. Ele julga em seu favor diante do Universo expectante e lhes concede entrada no reino eterno de Cristo, o clímax de todas as suas esperanças como seguidores do Senhor. Domingo - A visão e o juízo Ano Bíblico: 1Co 11–13 "Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades estavam diante dEle; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros." Dn 7:10. 1. Leia Daniel 7:1-14. O que está acontecendo nessa passagem? O sonho dos quatro animais 1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas. 2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande. 3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar. 4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. 5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. 6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio. 7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. 11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. 12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. 13 Eu estava olhando nas ramos@advir.com
  • 2. minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. 14 E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Dn 7:1-14 RA Depois que Daniel viu os quatro animais, ele observou outro chifre surgindo entre os chifres do quarto animal. Esse "chifre pequeno" se tornou o principal inimigo de Deus e Seus santos. Então, de repente a atenção de Daniel se voltou da Terra escura para uma resplandecente cena de julgamento na sala do trono celestial (Dn 7:9-14). A cena do juízo é o ponto central de toda a visão e envolve duas figuras principais, o Ancião de Dias e o Filho do Homem. Anjos também estão ali, testemunhas do juízo. A cena se desdobra em três etapas: a primeira é a cena do tribunal (v. 9, 10); a segunda é o resultado do juízo sobre os violentos poderes da Terra (v. 11, 12); a terceira é a transferência do domínio e do reino para o Filho do Homem (v. 13, 14). Deus, o Pai, é retratado como o majestoso Ancião de Dias, o sábio, justo e incomparável Juiz. "O Filho do Homem" representa a humanidade, o próprio Jesus, na corte celestial. Jesus usou esse título muitas vezes para Se referir a Si mesmo e, pelo menos duas vezes, Ele evocou claramente as imagens de Daniel 7 (Mt 24:30; 26:64). Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Mt 24:30 RA Respondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Mt 26:64 RA O Dia da Expiação funciona como o cenário tipológico mais natural para essa cena do templo celestial. Na descrição, parece que o Sumo Sacerdote celestial vem ao Ancião de Dias cercado por nuvens de incenso (Dn 7:13). Em Daniel 7:10, os livros foram abertos. Os livros têm um papel importante no julgamento celestial. Há vários livros de origem celestial conhecidos na Bíblia: o "livro da vida" (Sl 69:28; Fp 4:3; Ap 3:5; 13:8; 17:8), o livro memorial (Ml 3:16), os livros das obras (Ap 20:12) e o livro de Deus (Êx 32:32, 33; Sl 56:8). Sejam riscados do livro da vida e não sejam inscritos com os justos. Sl 69:28 RC E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. Fp 4:3 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Ap 3:5 RC E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Ap 13:8 RC A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já não é, mas que virá. Ap 17:8 RC Então, aqueles que temem ao SENHOR falam cada um com o seu companheiro; e o SENHOR atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. Ml 3:16 RC E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. Ap 20:12 RC Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro. Ex 32:32-33 RC 33 Então, disse o SENHOR a Tu contaste as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro? Sl 56:8 RC Imagine Deus julgando sua vida e todos os seus atos. Se você tiver que confiar no que está escrito nos livros, nos seus atos e boas obras, terá alguma esperança? Qual, então, é sua única esperança no juízo? Segunda - Modelo de julgamento Ano Bíblico: 1Co 14–16 2. Leia Gênesis 3:8-20. O que Deus fez antes de pronunciar Seu julgamento? E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. 9 Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? 10 Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. 11 Deus perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi. 13 Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi. 14 Então o Senhor Deus disse à serpente: ramos@advir.com
  • 3. Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. 18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. 19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás. 20 Chamou Adão à sua mulher Eva, porque era a mãe de todos os viventes. Gn 3:8-29 RA O conceito de um juízo investigativo é bíblico. O processo judicial de Deus frequentemente inclui uma fase de investigação e inquérito. O primeiro exemplo é relatado em Gênesis 3, onde Deus investigou antes de pronunciar o veredito (Gn 3:8-19). A forma pela qual Deus lidou com Caim (Gn 4), Babel (Gn 11) e Sodoma (Gn 18, 19) seguem um padrão semelhante. Vemos Deus realizando a mesma ação que Ele requeria dos juízes em Israel, ou seja, inquirir, investigar e perguntar com diligência (Dt 13:14; Dt 19:18). A investigação implica em consideração e justiça. Muitas vezes ela é pública. Deus permite que outros vejam o que Ele está fazendo. Dessa forma, quando Ele anuncia o veredito, seja de salvação ou condenação, os espectadores estão certos de que a ação divina é a melhor. Essa é exatamente a razão pela qual o julgamento celestial em Daniel 7 envolve livros. Os livros não estão ali por causa de Deus, para ajudá-Lo a Se lembrar com mais facilidade, mas para o benefício dos seres celestiais que O circundam e que, ao contrário de Deus, não conhecem todas as coisas. 3. Qual será o resultado do julgamento para os santos? Dn 7:22 até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino. Dn 7:22 RA Ao falar sobre o juízo, Ellen G. White escreveu: "O fato de que os reconhecidos filhos de Deus são representados como estando na presença do Senhor com vestes sujas, deve levar à humildade e profundo exame do coração, por parte de todos os que Lhe professam o nome. Os que estão, de fato, purificando o caráter mediante a obediência à verdade, terão de si mesmos uma opinião muito humilde. [...] Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos de confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás contra nós. Somente Cristo pode pleitear eficazmente em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos fundamentados não em nossos méritos, mas nos dEle" (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 471, 472). Como essas palavras nos ajudam a entender por que o julgamento é uma notícia muito boa? Terça - Hora do juízo Ano Bíblico: 2Co 1–4 4. Leia Daniel 7:7-10, 21, 22, 25, 26. Quando acontece o julgamento de Daniel 7? 7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. Dn 7:7-10 RA Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, 22 até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. (Dn 7:21-22 RA Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. 26 Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. Dn 7:25-26 RA Tanto na visão quanto na interpretação do anjo, o julgamento segue como resposta de Deus à presunção do chifre pequeno e culmina com a transferência do reino para os santos de Deus. A Bíblia descreve o julgamento como ocorrendo no tempo em que o poder do chifre ainda existe (Dn 7:8, 9). O domínio do chifre é retirado somente depois que o tribunal julga. Quando o processo judicial termina, todos os reinos da Terra são destruídos (v. 26). Evidentemente, isso significa que o juízo deve ocorrer antes da segunda vinda de Jesus. É um juízo pré-advento, que começa algum tempo depois do período de "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (v. 25). Como poderia haver recompensa ou punição final se não houvesse julgamento prévio? ramos@advir.com
  • 4. De fato, os santos serão recompensados no momento da vinda de Cristo, o que pressupõe que eles já terão sido julgados. Da mesma forma, os ímpios, incluindo os poderes demoníacos, serão julgados durante o milênio, antes da execução do juízo final (Ap 20). 5. Por que Deus precisa realizar um julgamento? O Senhor não "conhece os que Lhe pertencem"? 2Tm 2:19 Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor. 2Tm 2:19 NVI É claro que o Deus onisciente está plenamente consciente de quem é o Seu povo. Ele não precisa de julgamento para decidir quem será salvo. O juízo pré-advento, em vez disso, mostra que o Juiz é justo na salvação do Seu povo. Os seres celestiais precisam ter certeza de que os santos são aptos para a salvação. À medida que procuramos entender o significado do juízo, devemos nos lembrar do cenário do grande conflito, sugerido nesse texto, porque vemos as hostes angelicais testemunhando o julgamento. Outros seres têm interesse no resultado final do plano da salvação. "O Senhor conhece os que Lhe pertencem." Como você pode ter certeza de ser um dos "que Lhe pertencem"? Qual é a única maneira de ter certeza? (Rm 8:1). Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Rm 8:1 RA Quarta - No fim do julgamento Ano Bíblico: 2Co 5–7 6. Quais serão os resultados do juízo pré-advento? Dn 7 O sonho dos quatro animais 1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas. 2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu combatiam no mar grande. 3 E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. 4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. 5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. 6 Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. 7 Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez pontas. 8 Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente. 9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça, como a limpa lã; o seu trono, chamas de fogo, e as rodas dele, fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. 11 Então, estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que provinha da ponta; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo. 12 E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foilhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo. 13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído. 15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me espantavam. 16 Cheguei-me a um dos que estavam perto e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isso. E ele me disse e fez-me saber a interpretação das coisas. A interpretação do sonho 17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. 18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade. 19 Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, e as suas unhas, de metal; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; 20 e também das dez pontas que tinha na cabeça e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que falava grandiosamente, e cuja aparência era mais firme do que o das suas companheiras. 21 Eu olhava, e eis que essa ponta fazia guerra contra os santos e os vencia. 22 Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. 23 Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. 24 E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis. 25 E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. 26 Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. 27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. 28 Aqui findou a visão. Quanto a mim, Daniel, os meus ramos@advir.com
  • 5. pensamentos muito me espantavam, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei essas coisas no meu coração. Dn 7:1-28 RC Considere os resultados do juízo em diversas ações de longo alcance: O Filho do Homem será coroado. Ele receberá "domínio, e glória, e o reino" (Dn 7:14). Os santos receberão o reino para sempre. O julgamento é para benefício dos santos que receberão o reino de Deus (Dn 7:22). Inequivocamente, o Filho do Homem e os santos têm um relacionamento muito próximo. Quando o Filho do Homem receber Seu reino, convidará os santos para Se unirem a Ele. Seu reino é o reino deles (Dn 7:27). Esse julgamento levará a um tempo em que o Rei eterno estará reunido com Seu povo. Essa será a maior recompensa dos santos e de Cristo. A rebelião será derrotada e destruída. Os inimigos do povo de Deus serão julgados. Depois de fazer "guerra contra os santos", o chifre pequeno será derrotado e destruído para sempre (Dn 7:25, 26). A absoluta justiça de Deus será demonstrada. Uma vez que o julgamento nas cortes celestiais será público e os anjos participam das investigações sobre os assuntos humanos, todos podem ver por si mesmos que Deus é justo em Suas ações. Ele é capaz de manter tanto o amor quanto a justiça. Assim, no fim, o próprio Deus será vindicado, e todos reconhecerão que Ele é justo e amoroso. Todo o processo garantirá que o Universo será um lugar seguro para a eternidade (Sl 51:4; Rm 3:4). Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares. Sl 51:4 RC De maneira nenhuma! Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado. Rm 3:4 RC O juízo pré-advento resultará na concretização da esperança de Deus e dos cristãos. O desejo de Deus é salvar Seu povo e erradicar o pecado, não deixando nenhuma dúvida sobre Seu amor e justiça. O anseio dos seres humanos é a salvação do pecado, da sua opressão em todas as formas e desfrutar vida eterna na presença dAquele que os ama. Assim, o julgamento será a garantia de um relacionamento eterno e confiante entre Deus e Sua criação. "O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonia e júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678). Quinta - Certeza responsável Ano Bíblico: 2Co 8–10 7. Leia o Salmo 96:11-13. Qual é a razão para que toda a criação se alegre? Alegrem-se os céus, e a terra exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do SENHOR, porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade. Sl 96:11-13 RA Por que alguém clamaria "Julga-me, Senhor" (Sl 7:8)? A razão é simples. Julgamento significa salvação: "Ó Deus, salvame, pelo Teu nome, e faze-me justiça, pelo Teu poder" (Sl 54:1). O Salmo 26 é um apelo comovente por justiça e retidão. Davi expressou maravilhosamente a ideia de que Deus, o Juiz, está sempre ao lado de Seu povo fiel, e que Seu julgamento é mais do que desejável (Sl 26:1; 35:24; 43:1; 54:1). Julgamento implica vindicação. Salmo de Davi. 1 Julga-me, SENHOR, pois tenho andado em minha sinceridade; tenho confiado também no SENHOR; não vacilarei. 2 Examina-me, SENHOR, e prova-me; esquadrinha a minha mente e o meu coração. 3 Porque a tua benignidade está diante dos meus olhos; e tenho andado na tua verdade. 4 Não me tenho assentado com homens vãos, nem converso com os homens dissimulados. 5 Tenho aborrecido a congregação de malfeitores; não me ajunto com os ímpios. 6 Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar, 7 para publicar com voz de louvor e contar todas as tuas maravilhas. 8 SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória. 9 Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinolentos, 10 em cujas mãos há malefício, e cuja mão direita está cheia de subornos. 11 Mas eu ando na minha sinceridade; livra-me e tem piedade de mim. 12 O meu pé está posto em caminho plano; nas congregações louvarei ao SENHOR. Julga-me segundo a tua justiça, SENHOR, Deus meu, e não deixes que se alegrem de mim. Sl 35:24 RC Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a gente ímpia; livra-me do homem fraudulento e injusto. Sl 43:1 ramos@advir.com
  • 6. RC Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder. Sl 54:1 RC O juízo pré-advento ameaça nossa certeza de salvação? Não, porque o resultado desse julgamento é certo. Ele favorece os santos (Dn 7:22). A obra de Deus no juízo reafirma nosso perdão e intensifica nossa certeza, tornando nossos pecados eternamente irrelevantes. O julgamento é, na verdade, outra manifestação da nossa salvação. O julgamento não é o tempo em que Deus decide nos aceitar ou nos rejeitar, mas, em vez disso, é o momento em que Ele define se O escolhemos verdadeiramente ou não, uma escolha revelada pelas nossas obras. Para o cristão, o julgamento aumenta a certeza. Colocando de maneira mais radical, o julgamento está no centro da doutrina da segurança cristã. 8. Leia Romanos 14:10-12 e 2 Coríntios 5:10. Como a realidade do juízo deve impactar nossa maneira de viver? Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. 11 Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. 12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Rm 14:10-12 RC Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. 2 Co 5:10 RA O ensinamento bíblico não isenta o justo do julgamento. Embora os justos sejam defendidos no julgamento e seus pecados sejam apagados para sempre, a expectativa do julgamento os incentiva a ter uma vida de lealdade e responsabilidade. A certeza da salvação é, portanto, acompanhada pelo ímpeto motivacional para o comportamento correto. Visto que Deus fez tanto por nós, O amamos e procuramos expressar esse amor sendo fiéis em tudo o que Ele nos pede. Um amigo expressa seu medo de Deus e, especialmente, do juízo. Como você pode ajudar essa pessoa a entender a boa notícia sobre o juízo e a desenvolver a certeza da salvação? Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 2Co 11–13 "Aquele que mora no santuário celestial, julga justamente. Ele tem mais prazer em Seus filhos que pelejam com as tentações [...] do que na multidão de anjos que Lhe circunda o trono" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 176). "Satanás tem [...] conhecimento dos pecados que tem levado o povo de Deus a cometer, e lança contra ele suas acusações, declarando que, por seus pecados, perdeu o direito à proteção divina e afirmando que tem o direito de destruí- lo. [...] "Mas conquanto os seguidores de Cristo tenham pecado, eles não se entregaram ao controle das forças satânicas. Arrependeram-se de seus pecados e procuraram o Senhor em humildade e contrição; e o Advogado divino pleiteia por eles. Aquele que tem sido insultado ao máximo pela ingratidão deles, Aquele que conhece seus pecados e também sua contrição, declara: "O Senhor te repreenda, ó Satanás. Eu dei a Minha vida por essas pessoas. Elas estão gravadas na palma das Minhas mãos. Elas podem ter imperfeições de caráter; podem ter falhado em seus esforços; mas se arrependeram, e Eu os perdoei e aceitei" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 588, 589). Perguntas para reflexão 1. Onde surgiram as questões sobre a justiça, a lei e a retidão de Deus: na Terra ou no Céu? A resposta a essa pergunta explica por que há um julgamento celestial? 2. A Igreja Adventista tem proclamado a mensagem do Juízo por muitos anos. Cristo ainda não voltou. Como devemos reagir a essa aparente demora? Por que é importante lembrar que temos uma compreensão limitada do tempo? Pense em algumas das profecias de tempo muito longas e como alguém que viveu naqueles tempos poderia facilmente ter sido desencorajado acerca do que, de sua perspectiva, parecia estar demorando. 3. Muitos acreditam no conceito do Juízo, que está em toda a Bíblia. Como a ligação entre o Juízo e o santuário revela verdades sobre a natureza do Juízo e a certeza que ele oferece? Respostas sugestivas: 1. A cena do juízo, em que os poderes da Terra e seus habitantes são julgados pelo justo Juiz, que estabelecerá a justiça eterna. 2. Deus estabelece um processo de investigação, de modo que Adão e Eva são levados a se deparar com seu pecado. A finalidade divina é que a consciência do pecado leve à confissão, ao perdão e à reconciliação. 3. Para os que reconhecem seu pecado e são cobertos pela graça de Cristo, o juízo divino significa libertação do pecado e dos poderes do mal para uma nova vida no reino da glória. 4. No tempo do fim, antes da segunda vinda. Nesse juízo préadvento, Deus vindicará diante do Universo o nome dos salvos. Durante o milênio, a segunda fase do juízo analisará o caso dos ímpios. Após o milênio, ocorrerá o juízo executivo. 5. Deus não apenas conhece os que são Seus, mas também apresenta diante do Universo os efeitos de Sua graça na vida deles. Assim, a justiça do caráter de Deus será comprovada. 6. O seres criados serão reconciliados com o Criador; a justiça de Deus será comprovada; os remidos serão libertados do ramos@advir.com
  • 7. pecado e do mal; o reino de Cristo será estabelecido; os santos reinarão com Ele; a rebelião será destruída. 7. Porque o juízo estabelece a vitória da justiça e da verdade. A mentira e a injustiça serão superadas. 8. Devemos ter consciência de que prestaremos contas de nossa vida a Deus. Por isso, não devemos julgar nem desprezar os outros. Nossos atos e palavras revelam na prática se aceitamos ou rejeitamos a justiça de Cristo em nossa vida. Auxiliar – Resumo Texto-chave: Daniel 7:27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. Dn 7:27 RC O aluno deverá... Conhecer: A boa notícia do juízo pré-advento, que dá ao fiel a certeza da salvação porque Jesus Cristo tomou a iniciativa de afirmar, diante do tribunal celestial, que nós pertencemos a Ele. Sentir: Promover o sentimento de amor para com Deus, que pronuncia a sentença em favor dos santos, lhes dá coragem e força para viver, e condena o poder representado pelo chifre pequeno com seus seguidores. Fazer: Submeter-se ao plano de Deus e fazer parte de Sua solução para a humanidade. Esboço I. Conhecer: Jesus Cristo, nosso Juiz A. Como saber que Jesus está em seu favor e não contra você? B. Por que a verdade é realmente importante? C. Por que é tão importante desmascarar as atividades do anticristo? II. Sentir: Jesus Cristo assegura o nosso lugar no Céu A. Como você se sente ao saber que Cristo não é apenas nosso Juiz, mas também nosso Advogado? B. Quando e como Jesus pronunciará julgamento em favor de Seus filhos? C. O que é tão destrutivo, repugnante e perverso nas atividades do "chifre pequeno"? III. Fazer: Alegrar-se no Senhor, seu Juiz A. Como Deus pode garantir Sua vitória sobre Satanás e o mal por toda a eternidade? B. Jesus pode ser "subornado" pelo nosso comportamento moral exemplar, boas ações ou excelente serviço? Por quê? Por que as diferentes atividades éticas não tornam Deus mais misericordioso para conosco? Resumo: Quando Deus julga Seu povo, Ele justifica, liberta e defende, mas, por outro lado, condena, castiga e destrói o mal. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Daniel 7:9, 10, 13, 14, 22-27 Conceito-chave para o crescimento espiritual: Existe mais certeza de salvação com o juízo pré-advento do que se ele não ocorresse. Deus toma os casos de Seus fiéis seguidores e os apresenta na corte celestial. O objetivo é confirmar nossa decisão por Ele durante nossa vida diante dos representantes de todo o Universo e, assim, garantir nosso lugar no Céu por toda a eternidade. Esse julgamento também condena o "chifre pequeno" e todos os que o seguem, confirmando assim que o mal deixará de existir. Somente para o professor: A lição desta semana oferece informações para a compreensão do juízo pré-advento. A explicação é dada a partir da perspectiva de um cristão e é muito positiva, porque Deus é por nós e jamais contra nós. O julgamento é parte integrante do evangelho, uma unidade que precisa ser apresentada de forma correta, para não assustar as pessoas, mas trazer-lhes esperança. Discussão de abertura: Qual é a primeira reação e o sentimento dos membros da classe quando ouvem que Deus irá julgá-los? Essa pergunta foi feita em todos os continentes para pessoas de várias origens, e a resposta sempre foi: "medo". Por que tememos o julgamento de Deus? Uma das principais razões é que temos uma compreensão limitada da natureza do Juízo e uma definição unilateral. O que, realmente, é o julgamento divino, e como deve ser definido biblicamente? Compreensão ramos@advir.com
  • 8. Somente para o professor: O capítulo 7 de Daniel foi escrito em uma bela estrutura literária que ajuda na compreensão dos pontos principais do capítulo. Após uma introdução (v. 1), segue-se uma visão (v. 2-14), então, a sua interpretação (v. 1527), e finalmente a conclusão (v. 28). A visão é dividida em diferentes partes, expressas num quiasma: (A) Definindo o pano de fundo (v. 2, 3) (B) Descrição dos três animais (v. 4-6) (C) O terrível quarto animal (v. 7) (D) Atividade do chifre pequeno (v. 8) (E) Julgamento celestial (v. 9, 10) (D') Chifre pequeno (v. 11a) (C') O destino do quarto animal (v. 11b) (B') O destino dos três primeiros animais (v. 12) (E') O glorioso triunfo no Juízo (v. 13, 14). Assim, o juízo pré-advento celestial está no centro da visão, sendo o seu clímax. No capítulo 7, há três passagens-chave escritas em poesia: as duas cenas celestiais (v. 9, 10, 13, 14) e a importante interpretação da visão (v. 23-27). Comentário Bíblico O julgamento de Deus é geralmente percebido como condenação, punição ou destruição. Esse significado negativo do julgamento também está presente na Bíblia, mas o ensino bíblico básico sobre essa atividade divina é muito positivo, porque, para Deus, julgar significa justificar, salvar, libertar e defender Seu povo. Somente quando o sentido positivo primário não pode ser aplicado, devido ao contexto imediato, ocorre o julgamento negativo. I. Juízo divino como evangelho – O sorriso de Deus para Seu povo (Recapitule com a classe Dn 7:22.) Daniel explica o que ocorrerá no juízo pré-advento do capítulo 7 e aponta para dois tipos de julgamento: 1. Juízo de condenação em conexão com o chifre pequeno (Dn 7:26). 2. Julgamento de salvação. Antes de Daniel ressaltar o julgamento de destruição, ele interpreta claramente o que acontecerá aos fiéis. O julgamento será proclamado em seu favor: "Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Dn 7:22). Glória e aleluia a Deus! Atividade: Compare diferentes traduções de João 5:24. Jesus afirma: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (ênfase do autor). A NVI coloca essa declaração com as seguintes palavras: "Eu lhes asseguro: Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida" (ênfase do autor). Qual tradução está correta? De acordo com o original grego, ambas as versões estão corretas, e há boa razão para se acreditar que essa ambiguidade textual seja intencional. A verdade é que aqueles que creem em Cristo e Seu evangelho não serão condenados, e eles nem mesmo entrarão em juízo. Como entender isso? Jesus estaria em contradição com Paulo, que assegura que "todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo" (2Co 5:10, NVI)? O que Jesus quis dizer quando afirmou que os que creem não entrarão em Juízo? Significa que eles não entrarão no julgamento de condenação. Apenas um Juízo será cem por cento de condenação, o Juízo final, depois do milênio, quando todos os ímpios serão aniquilados. Naquele tempo, todos os remidos já estarão na Nova Jerusalém com Cristo. Por isso, eles não entrarão nesse Juízo (Ap 20:6, 9-15). Os crentes em Cristo não precisam temer nenhum julgamento divino, porque "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:1). Pergunta para discussão: Como você pode treinar sua mente para ver o julgamento divino como sendo positivo e não assustador? II. Juízo de Deus em favor de Seu povo (Recapitule com a classe Is 35:4.) Considere cuidadosamente os seguintes textos, que provam que nossa definição de julgamento é bíblica. Há muitos exemplos bíblicos de julgamentos divinos positivos, mas estude pelo menos estes exemplos: 1. O livro de Juízes. Quando o povo de Deus estava sob a opressão de seus inimigos, eles clamaram a Deus por ajuda, e Ele enviou juízes, ou seja, libertadores que os libertavam e protegiam. 2. Davi orou várias vezes a Deus dizendo: "Julga-me, Senhor" (Sl 7:8; 26:1; 35:24). Ele não pediu a condenação, mas proteção contra seus inimigos que estavam contra ele e queriam destruí-lo. 3. Para Deus, julgar significa, de fato, salvar: "Desde os céus fizeste ouvir o Teu juízo; tremeu a Terra e se aquietou, ao levantar-se Deus para julgar e salvar todos os humildes da Terra" (Sl 76:8, 9). ramos@advir.com
  • 9. 4. Por intermédio do profeta Isaías, Deus encorajou de modo poderoso: "Digam aos desanimados de coração: "Sejam fortes, não temam! Seu Deus virá, virá com vingança; com divina retribuição virá para salvá-los" (Is 35:4, NVI). Esse texto explica de maneira clara e linda que precisamos confiar no Senhor (e não em nós mesmos), a fim de ter certeza da salvação. Pergunta para discussão: Quando Paulo explicou o tema "em Cristo", ele afirmou que, depois que nos entregamos a Deus e nEle acreditamos, em Sua rica misericórdia, Deus "juntamente com [Cristo], nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:6). O que significa já estar assentado pela fé com Cristo nos lugares celestiais, ou seja, à direita do Pai celestial (Ef 1:20)? Por que não precisamos estar preocupados, nem duvidar de que um dia estaremos fisicamente com Ele no Céu? III. Julgamento divino e alegria (Recapitule com a classe Sl 96:11-13.) Costumamos associar o Juízo divino ao medo e à condenação, mas o salmista colocou o julgamento juntamente com a alegria. Estude os verbos que ele usou no Salmo 96:11-13 e ele dá a razão: "Alegrem-se os céus, e a Terra exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do Senhor, porque vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a Sua fidelidade" (ênfase do autor). O julgamento divino trará a vitória final para o povo de Deus e o fim do mal. Os remidos cantarão com alegria na segunda vinda de Jesus: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos" (Is 25:9). Pergunta para discussão: Por que os que creem em Cristo podem se regozijar acerca do julgamento divino? Sua alegria está relacionada com sua atitude altruísta? Aplicação Somente para o professor: Explique à sua classe por que é necessário que Deus defenda a justiça ao executar julgamentos de condenação. Por que o amor e a verdade não podem existir sem a justiça? Atividades práticas Somente para o professor: Contraste as dimensões positivas e negativas das atividades divinas de julgamento. Convide os alunos a dar exemplos bíblicos e aplique-os à vida moderna. ramos@advir.com