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Tema: A cruz de Cristo, uma manifestação da justiça e da graça divina
Texto: Rm. 3.21-26

1. Introdução
No capítulo 1.18 Paulo expressa que a “ira de Deus se revela do céu contra toda a
impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.” Paulo já havia
demonstrado de tanto os judeus quanto os gentios estão debaixo do pecado, basicamente
por dois motivos: (i) são pecadores por natureza, ou seja, já nascem sob a ira de Deus, por
causa do pecado herdado do “cabeça” da humanidade, Adão; (ii) são pecadores, pois esses
mesmos homens vivem na pratica continua do pecado, aumentando ainda mais o furor do
Senhor contra eles mesmos. Paulo fala dos gentios que, mesmo recebendo uma revelação
menor, não vivem de acordo com essa revelação de Deus; Paulo fala dos judeus, os quais
receberam uma porção maior da revelação divina, mas também não vivem de acordo com
ela. Homens que são depravados, idólatras, soberbos, injustos, cheios de malícia,
homossexuais, homicidas, presunçosos, sem misericórdia.

2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça
a. Deus como fonte da nossa justificação (24) – Sendo justificados gratuitamente,
por sua graça...
A salvação é obra de Deus do começo ao fim. Trata-se de um plano eterno, perfeito e
infalível de Deus Pai. Deus planejou nossa salvação antes de lançar os fundamentos da
terra. Não foi a cruz que tornou o coração de Deus favorável a nós, foi o coração terno de
Deus que providenciou a cruz. O sacrifício de Cristo no calvário não foi a causa da graça,
mas o resultado.
Justificar é o oposto de condenar. O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser
inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A justificação é gracioso ato de Deus por
meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador,
e este aceita o benefício com um coração crente.
Justificação é uma questão de imputação: a culpa do pecador é imputada a Cristo; a justiça
deste é imputada ao pecador.
Citação: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus
Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da
reconciliação.
O verbo imputar traduz o termo grego logizomai e significa: “computar, atribuir, levar em
conta”.
O dom da justificação é concedido ao cristão como antecipação do grande dia quando
compareceremos diante do tribunal de Deus e seremos declarados justo diante de Deus,
dos anjos e dos demais homens, é uma benção escatológica vivida por antecipação nesta
vida.
E essa justificação, segundo Paulo, é concedida “gratuitamente, por sua graça”. A palavra
“gratuitamente” traduz o termo dorean; este termo é utilizado, por exemplo, por Paulo
quando escreve aos coríntios dizendo que ele não tinha pecado pelo fato de lhes anunciar o
evangelho de graça; também é utilizado pelo próprio Jesus em Apocalipse, quando o
mesmo convida as pessoas para tomarem de graça da água da vida. Trás a ideia de algo que
não custou esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada. O outro termo que o apóstolo
utiliza é “graça” que traduz o termo charis. É o amor de Deus direcionado para o culpado.
O atributo que levou Deus a realizar a justificação e salvação do homem foi o seu amor
gracioso, demonstrado em Cristo.

3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz
Se Deus justifica gratuitamente os pecadores por sua graça, por que Ele faz isso? Baseado
em quê? Como é que esse Deus justo pode declarar justo o injusto, sem comprometer a sua
própria justiça nem condescender com a injustiça deste? Em Rm. 4.5 Paulo afirma que
“Deus... justifica o ímpio”. No Antigo Testamento, repetidas vezes Deus diz aos juízes
israelitas que eles devem justificar os íntegros e condenar os ímpios. Quem é inocente deve
ser declarado inocente e quem é culpado deve ser declarado culpado. Isso é uma regra
elementar de justiça. Como Deus pode declarar justo aquele que é injusto e ainda
permanecer sendo o Deus todo justiça? Essas são as nossas perguntas. A Resposta de Deus
é a cruz. Paulo afirma que a cruz de Cristo reflete três aspectos da obra de Deus, e ele faz
isso utilizando três palavras distintas.
a. Redenção (24)
A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de
volta, libertação, resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo
cativo para libertá-lo. É um termo comercial emprestado dos mercados, da mesma maneira
que “justificação” é um termo legal emprestado dos tribunais. No Antigo Testamento ela
era usada para escravos que eram comprados para serem libertados. O termo também era
usado metaforicamente com referência ao povo de Israel que foi “remido” do cativeiro do
Egito. Jesus mesmo diz que “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir dar a sua
vida em resgate de muitos.” Paulo ainda diz que Cristo “se deu a si mesmo como preço de redenção por
todos...”. Paulo ainda escreve em Cl. 1.13,14: “Ele nos libertou do império das trevas e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” E no
capítulo 2.14,15 escreve: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de
ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os
principados e pás potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
b. Propiciação (25)
A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação. Essa palavra era utilizada no Antigo
Testamento para referir-se à tampa de ouro da arca, na qual o sumo sacerdote aspergia o
sangue do sacrifício. Mas também essa palavra significa aplacar a ira divina, ou tornar Deus
propício. O comentarista John Murray tem razão em salientar que a propiciação pressupõe
a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o propósito da propiciação é remover esse
desprazer. A morte de Cristo na cruz é muito mais que um evento histórica, ali na cruz
Deus Pai está descarregando toda a sua ira santa contra o pecado sobre seu Filho Jesus.
c. Manifestação (25,26)
A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa
literalmente “prova”, mas também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação
pública da cruz, anunciando a redenção do homem, a propiciação da ira de Deus e a
vindicação da justiça divina.
O quê Deus estava demonstrando através da cruz de Cristo? O versículo 25 diz que Deus
propôs a Cristo como propiciação da sua ira, com objetivo de manifestar a sua justiça, por
ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Durante
o período do Antigo Testamento, Deus perdoava pecados. Através da Lei cerimonial, Deus
prometia, aos ofertantes dos sacrifícios, que seus pecados seriam perdoados. Todavia o
autor da epistola aos Hebreus, capítulo 10.4, diz que “é impossível o sangue dos touros e dos bodes
tire os pecados”. Então Deus estava perdoando os pecados sem que houvesse a punição por
eles. Concordo com a conclusão do pastor Hernandes Dias Lopes quando o mesmo diz:
“Os crentes que viveram antes de Cristo não foram perdoados por causa dos sacrifícios que ofereceram.
Foram perdoados porque olhavam para Cristo. Foi a fé em Cristo que os salvou, exatamente como é a fé
em Cristo que nos salva agora.”. Então, Deus estava parecendo ser injusto e negando assim o
seu atributo de justiça, pois ele estava passando a “mão sobre a cabeça de algumas
pessoas”. Então na cruz Deus estava punindo, em Cristo, todos os pecados anteriormente
cometidos e os que seriam cometidos, o sacrifício de Cristo é tanto retroativo como
prospectivo, olha para trás como olha também para frente.
4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26)
Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é
Cristo e sua cruz, então o meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé
cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma espada com dois fios. Ela é um dom
subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do homem.
a. A fé como dom de Deus
Somos justificados não por causa da fé, mas por meio da fé. A fé não é a base da
justificação, mas seu instrumento. Somos justificados pela obra de Cristo na cruz, mas
recebemos os benefícios dessa obra por meio da fé. A fé olha para o que Deus faz; as obras
têm a ver com o que nós somos. Quando o evangelho afirma que a salvação é pela fé e não
pelas obras, não está colocando um tipo de mérito “fé” em lugar de outro “obras”. A graça
não admite contribuições. Concordo com John Stott no sentido de que o valor da fé não
reside nela mesma, mas inteira e exclusivamente em seu objeto, a saber, Jesus Cristo, e este
crucificado.
A justificação (cuja fonte é Deus e sua graça, cuja base é Cristo e a cruz e cujo meio é
somente a fé, completamente à parte das obras) constitui o cerne do evangelho e é uma
característica singular do cristianismo.
As religiões não-cristãs tem uma dificuldade de entenderem essa questão. No Kardecismo,
por exemplo, a justiça é merecida e aplicada diretamente segundo a lei do carma. O
catolicismo Romano ensina que o homem é justificado pela fé e pelas prática de boas
obras, um casamento inseparável. A religião islã, também ensina que a justificação é
resultado do abandono do mal e da prática do bem.
b. A fé como evidência da nossa justificação
Todavia, o reformador João Calvino ensina que essa fé é uma fé acompanhada. A
justificação pela fé não dá o direito de agirmos de qualquer maneira. Essa fé não
antinomianismo.
5. Conclusão
Cristo convida a igreja é realizar o sacramento da ceia como um memorial, “fazei isto em
memória de mim”. A ceia é o anuncio da morte de Cristo, um anuncio constante até o dia
em que Ele voltar. É o anuncio do Evangelho, das boas novas, da notícia de que, na cruz,
Deus estava nos perdoando e purificando de todo pecado, na cruz Deus estava despejando
sobre Cristo toda a sua ira contra o pecado, na cruz de Cristo Deus estava revelando o seu
grande e infinito amor, e por meio da cruz nos justificando diante d’Ele e nos reconciliando
consigo mesmo por meio da fé em Cristo Jesus. E para concluir cito Rm. 11.33-36: Ó
profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus
juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu
conselheiro? Ou quem primeiro deu a Ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele,
e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
Tema: Justificação em Cristo, uma manifestação da graça divina
Texto: Rm. 3.21-26

1. Introdução
2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça (22a, 24a)
O termo dorean, traduzido por gratuitamente e charis traduzido por “graça” trazem a ideia de algo que não custou
esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada.
O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A
justificação é o gracioso ato de Deus por meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação
efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador, e este aceita o benefício com um coração crente.
Citação 2Co. 5.18,19: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu
o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.

3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz
a. Redenção (24)
A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de volta, libertação,
resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo cativo para libertá-lo.
Citação: Mc. 10.45 “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de
muitos.”
Citação: Cl. 1.13,14 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,
no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”
Citação: 2.14,15: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos
era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e pás potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
b. Propiciação (25)
A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação, também pode significa tornar propício.
Citação: Segundo John Murray que a propiciação pressupõe a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o
propósito da propiciação é remover esse desprazer.
c. Manifestação (25,26)
A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa literalmente “prova”, mas
também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação pública da cruz, anunciando a redenção do homem,
a propiciação da ira de Deus e a vindicação da justiça divina.
Citação: Hb. 10.4 “é impossível o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados”
4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26)
Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é Cristo e sua cruz, então o
meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma
espada com dois fios. Ela é um dom subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do
homem.
5. Conclusão
Citação: Rm. 11.33-36
Tema: Justificação em Cristo, uma manifestação da graça divina
Texto: Rm. 3.21-26

1. Introdução
2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça (22a, 24a)
O termo dorean, traduzido por gratuitamente e charis traduzido por “graça” trazem a ideia de algo que não custou
esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada.
O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A
justificação é o gracioso ato de Deus por meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação
efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador, e este aceita o benefício com um coração crente.
Citação 2Co. 5.18,19: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu
o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.

3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz
a. Redenção (24)
A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de volta, libertação,
resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo cativo para libertá-lo.
Citação: Mc. 10.45 “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de
muitos.”
Citação: Cl. 1.13,14 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,
no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”
Citação: 2.14,15: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos
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A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação, também pode significa tornar propício.
Citação: Segundo John Murray que a propiciação pressupõe a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o
propósito da propiciação é remover esse desprazer.
c. Manifestação (25,26)
A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa literalmente “prova”, mas
também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação pública da cruz, anunciando a redenção do homem,
a propiciação da ira de Deus e a vindicação da justiça divina.
Citação: Hb. 10.4 “é impossível o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados”
4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26)
Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é Cristo e sua cruz, então o
meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma
espada com dois fios. Ela é um dom subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do
homem.
5. Conclusão
Citação: Rm. 11.33-36

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A cruz de Cristo: justiça, graça e fé

  • 1. Tema: A cruz de Cristo, uma manifestação da justiça e da graça divina Texto: Rm. 3.21-26 1. Introdução No capítulo 1.18 Paulo expressa que a “ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.” Paulo já havia demonstrado de tanto os judeus quanto os gentios estão debaixo do pecado, basicamente por dois motivos: (i) são pecadores por natureza, ou seja, já nascem sob a ira de Deus, por causa do pecado herdado do “cabeça” da humanidade, Adão; (ii) são pecadores, pois esses mesmos homens vivem na pratica continua do pecado, aumentando ainda mais o furor do Senhor contra eles mesmos. Paulo fala dos gentios que, mesmo recebendo uma revelação menor, não vivem de acordo com essa revelação de Deus; Paulo fala dos judeus, os quais receberam uma porção maior da revelação divina, mas também não vivem de acordo com ela. Homens que são depravados, idólatras, soberbos, injustos, cheios de malícia, homossexuais, homicidas, presunçosos, sem misericórdia. 2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça a. Deus como fonte da nossa justificação (24) – Sendo justificados gratuitamente, por sua graça... A salvação é obra de Deus do começo ao fim. Trata-se de um plano eterno, perfeito e infalível de Deus Pai. Deus planejou nossa salvação antes de lançar os fundamentos da terra. Não foi a cruz que tornou o coração de Deus favorável a nós, foi o coração terno de Deus que providenciou a cruz. O sacrifício de Cristo no calvário não foi a causa da graça, mas o resultado. Justificar é o oposto de condenar. O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A justificação é gracioso ato de Deus por meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador, e este aceita o benefício com um coração crente. Justificação é uma questão de imputação: a culpa do pecador é imputada a Cristo; a justiça deste é imputada ao pecador. Citação: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. O verbo imputar traduz o termo grego logizomai e significa: “computar, atribuir, levar em conta”. O dom da justificação é concedido ao cristão como antecipação do grande dia quando compareceremos diante do tribunal de Deus e seremos declarados justo diante de Deus, dos anjos e dos demais homens, é uma benção escatológica vivida por antecipação nesta vida.
  • 2. E essa justificação, segundo Paulo, é concedida “gratuitamente, por sua graça”. A palavra “gratuitamente” traduz o termo dorean; este termo é utilizado, por exemplo, por Paulo quando escreve aos coríntios dizendo que ele não tinha pecado pelo fato de lhes anunciar o evangelho de graça; também é utilizado pelo próprio Jesus em Apocalipse, quando o mesmo convida as pessoas para tomarem de graça da água da vida. Trás a ideia de algo que não custou esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada. O outro termo que o apóstolo utiliza é “graça” que traduz o termo charis. É o amor de Deus direcionado para o culpado. O atributo que levou Deus a realizar a justificação e salvação do homem foi o seu amor gracioso, demonstrado em Cristo. 3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz Se Deus justifica gratuitamente os pecadores por sua graça, por que Ele faz isso? Baseado em quê? Como é que esse Deus justo pode declarar justo o injusto, sem comprometer a sua própria justiça nem condescender com a injustiça deste? Em Rm. 4.5 Paulo afirma que “Deus... justifica o ímpio”. No Antigo Testamento, repetidas vezes Deus diz aos juízes israelitas que eles devem justificar os íntegros e condenar os ímpios. Quem é inocente deve ser declarado inocente e quem é culpado deve ser declarado culpado. Isso é uma regra elementar de justiça. Como Deus pode declarar justo aquele que é injusto e ainda permanecer sendo o Deus todo justiça? Essas são as nossas perguntas. A Resposta de Deus é a cruz. Paulo afirma que a cruz de Cristo reflete três aspectos da obra de Deus, e ele faz isso utilizando três palavras distintas. a. Redenção (24) A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de volta, libertação, resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo cativo para libertá-lo. É um termo comercial emprestado dos mercados, da mesma maneira que “justificação” é um termo legal emprestado dos tribunais. No Antigo Testamento ela era usada para escravos que eram comprados para serem libertados. O termo também era usado metaforicamente com referência ao povo de Israel que foi “remido” do cativeiro do Egito. Jesus mesmo diz que “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir dar a sua vida em resgate de muitos.” Paulo ainda diz que Cristo “se deu a si mesmo como preço de redenção por todos...”. Paulo ainda escreve em Cl. 1.13,14: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” E no capítulo 2.14,15 escreve: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e pás potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” b. Propiciação (25) A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação. Essa palavra era utilizada no Antigo Testamento para referir-se à tampa de ouro da arca, na qual o sumo sacerdote aspergia o sangue do sacrifício. Mas também essa palavra significa aplacar a ira divina, ou tornar Deus propício. O comentarista John Murray tem razão em salientar que a propiciação pressupõe a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o propósito da propiciação é remover esse
  • 3. desprazer. A morte de Cristo na cruz é muito mais que um evento histórica, ali na cruz Deus Pai está descarregando toda a sua ira santa contra o pecado sobre seu Filho Jesus. c. Manifestação (25,26) A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa literalmente “prova”, mas também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação pública da cruz, anunciando a redenção do homem, a propiciação da ira de Deus e a vindicação da justiça divina. O quê Deus estava demonstrando através da cruz de Cristo? O versículo 25 diz que Deus propôs a Cristo como propiciação da sua ira, com objetivo de manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Durante o período do Antigo Testamento, Deus perdoava pecados. Através da Lei cerimonial, Deus prometia, aos ofertantes dos sacrifícios, que seus pecados seriam perdoados. Todavia o autor da epistola aos Hebreus, capítulo 10.4, diz que “é impossível o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados”. Então Deus estava perdoando os pecados sem que houvesse a punição por eles. Concordo com a conclusão do pastor Hernandes Dias Lopes quando o mesmo diz: “Os crentes que viveram antes de Cristo não foram perdoados por causa dos sacrifícios que ofereceram. Foram perdoados porque olhavam para Cristo. Foi a fé em Cristo que os salvou, exatamente como é a fé em Cristo que nos salva agora.”. Então, Deus estava parecendo ser injusto e negando assim o seu atributo de justiça, pois ele estava passando a “mão sobre a cabeça de algumas pessoas”. Então na cruz Deus estava punindo, em Cristo, todos os pecados anteriormente cometidos e os que seriam cometidos, o sacrifício de Cristo é tanto retroativo como prospectivo, olha para trás como olha também para frente. 4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26) Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é Cristo e sua cruz, então o meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma espada com dois fios. Ela é um dom subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do homem. a. A fé como dom de Deus Somos justificados não por causa da fé, mas por meio da fé. A fé não é a base da justificação, mas seu instrumento. Somos justificados pela obra de Cristo na cruz, mas recebemos os benefícios dessa obra por meio da fé. A fé olha para o que Deus faz; as obras têm a ver com o que nós somos. Quando o evangelho afirma que a salvação é pela fé e não pelas obras, não está colocando um tipo de mérito “fé” em lugar de outro “obras”. A graça não admite contribuições. Concordo com John Stott no sentido de que o valor da fé não reside nela mesma, mas inteira e exclusivamente em seu objeto, a saber, Jesus Cristo, e este crucificado. A justificação (cuja fonte é Deus e sua graça, cuja base é Cristo e a cruz e cujo meio é somente a fé, completamente à parte das obras) constitui o cerne do evangelho e é uma característica singular do cristianismo.
  • 4. As religiões não-cristãs tem uma dificuldade de entenderem essa questão. No Kardecismo, por exemplo, a justiça é merecida e aplicada diretamente segundo a lei do carma. O catolicismo Romano ensina que o homem é justificado pela fé e pelas prática de boas obras, um casamento inseparável. A religião islã, também ensina que a justificação é resultado do abandono do mal e da prática do bem. b. A fé como evidência da nossa justificação Todavia, o reformador João Calvino ensina que essa fé é uma fé acompanhada. A justificação pela fé não dá o direito de agirmos de qualquer maneira. Essa fé não antinomianismo. 5. Conclusão Cristo convida a igreja é realizar o sacramento da ceia como um memorial, “fazei isto em memória de mim”. A ceia é o anuncio da morte de Cristo, um anuncio constante até o dia em que Ele voltar. É o anuncio do Evangelho, das boas novas, da notícia de que, na cruz, Deus estava nos perdoando e purificando de todo pecado, na cruz Deus estava despejando sobre Cristo toda a sua ira contra o pecado, na cruz de Cristo Deus estava revelando o seu grande e infinito amor, e por meio da cruz nos justificando diante d’Ele e nos reconciliando consigo mesmo por meio da fé em Cristo Jesus. E para concluir cito Rm. 11.33-36: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a Ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
  • 5. Tema: Justificação em Cristo, uma manifestação da graça divina Texto: Rm. 3.21-26 1. Introdução 2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça (22a, 24a) O termo dorean, traduzido por gratuitamente e charis traduzido por “graça” trazem a ideia de algo que não custou esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada. O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A justificação é o gracioso ato de Deus por meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador, e este aceita o benefício com um coração crente. Citação 2Co. 5.18,19: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. 3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz a. Redenção (24) A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de volta, libertação, resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo cativo para libertá-lo. Citação: Mc. 10.45 “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Citação: Cl. 1.13,14 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” Citação: 2.14,15: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e pás potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” b. Propiciação (25) A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação, também pode significa tornar propício. Citação: Segundo John Murray que a propiciação pressupõe a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o propósito da propiciação é remover esse desprazer. c. Manifestação (25,26) A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa literalmente “prova”, mas também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação pública da cruz, anunciando a redenção do homem, a propiciação da ira de Deus e a vindicação da justiça divina. Citação: Hb. 10.4 “é impossível o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” 4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26) Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é Cristo e sua cruz, então o meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma espada com dois fios. Ela é um dom subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do homem. 5. Conclusão Citação: Rm. 11.33-36
  • 6. Tema: Justificação em Cristo, uma manifestação da graça divina Texto: Rm. 3.21-26 1. Introdução 2. A fonte da nossa justificação: Deus e a sua graça (22a, 24a) O termo dorean, traduzido por gratuitamente e charis traduzido por “graça” trazem a ideia de algo que não custou esforço nem preço à pessoa que foi beneficiada. O verbo “justificar” (24) significa “tratar como justo, ser inocentado, ser pronunciado e tratado como justo”. A justificação é o gracioso ato de Deus por meio do qual, sobre a base unicamente da obra de mediação efetuada por Cristo, ele declara justo o pecador, e este aceita o benefício com um coração crente. Citação 2Co. 5.18,19: E tudo isto provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. 3. A base da nossa justificação: Cristo e a sua cruz a. Redenção (24) A primeira palavra é redenção que traz o termo grego apolutrosis que significa “comprar de volta, libertação, resgate”. Segundo F.F. Bruce, “redenção” é o ato de comprar um escravo cativo para libertá-lo. Citação: Mc. 10.45 “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Citação: Cl. 1.13,14 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” Citação: 2.14,15: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e pás potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” b. Propiciação (25) A segunda palavra é hilasterion, ou seja, propiciação, também pode significa tornar propício. Citação: Segundo John Murray que a propiciação pressupõe a ira e o desprazer de Deus contra o pecado, e o propósito da propiciação é remover esse desprazer. c. Manifestação (25,26) A terceira palavra é “manifestar”, a qual traduz o termo grego endeixis, que significa literalmente “prova”, mas também pode significar “demonstração”. Isso fala da revelação pública da cruz, anunciando a redenção do homem, a propiciação da ira de Deus e a vindicação da justiça divina. Citação: Hb. 10.4 “é impossível o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” 4. O meio de justificação: a fé (22, 25-26) Se a fonte da nossa justificação é Deus e sua graça e a base para a nossa justificação é Cristo e sua cruz, então o meio e o instrumento para a justificação é a fé em Cristo. A fé cristã é uma estrada bilateral, dois lados, é uma espada com dois fios. Ela é um dom subjetivo da parte de Deus, mas é evidenciada através da responsabilidade do homem. 5. Conclusão Citação: Rm. 11.33-36