O documento descreve a história e características arquitetônicas do Centro Histórico de Santa Luzia, Minas Gerais. Detalha alguns dos principais pontos do Centro Histórico, como a Igreja Nossa Senhora do Rosário do século XVIII, a Casa da Rua Direita no 101 também do século XVIII e o Santuário Arquidiocesano de Santa Luzia com pinturas rococó dos séculos XVIII.
1. Santa Luzia, uma cidade da
região metropolitana de Belo
Horizonte - MG, tendo em torno,
no momento presente, de 200 mil
habitantes, teve seu início
como povoado a partir da
segunda década de setecentos, e
sua elevação em 1858. Mesmo
após tantas décadas, a cidade
deixou como principal registro
o seu conhecido e nomeado
Centro Histórico - com
tombamento validado pela
Secretaria de Estado de Cultura
(SEC), em 28 de dezembro de
1998.
Igreja Nossa Senhora do
Rosário
Casa da Rua Direita, nº 101
Santuário arquidiocesano de
Santa Luzia
A respeito dessa região, pode-
se mencionar tanto a Rua
Direita, quanto a Rua Floriano
Peixoto como as duas principais
vias com as mais distintas
obras que compões esse ambiente
simplesmente histórico.
Para essa composição, foram
realizados alguns apontamentos
e levantamentos a respeito das
seguintes obras:
CENTROHISTÓRICO
SANTALUZIA-MG
DÉBORA
VILELA
E
STEFANY
ANCASSUERD
|
IFMG
-
SANTA
LUZIA
FONTES:
Guia de bens tombados IEPHA/MG / Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. – 2. ed. – Belo Horizonte:
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2014.
2. Há acessos laterais e o
interior bem espaçoso
(contando com uma espécie
de mezanino, nave,
corredores laterais e
altar.
A estrutura conta com
fechamentos em madeira nas
janelas, portas e forro;
além de um detalhe da
presença de tirantes
conectados as vigas do
teto. Já as ornamentações
são: Elementos talhados em
madeira, observados no
balaústre e detalhes do
altar (em estilo
rococó/barroco), além dos
vitrais das janelas.
IGREJA
NOSSASENHORA
DOROSÁRIO
DÉBORA
VILELA
E
STEFANY
ANCASSUERD
|
IFMG
-
SANTA
LUZIA
A Igreja Nossa Senhora do
Rosário, localizada na Rua
Direita já se destaca por sua
implantação: No topo de um
morro, em uma altura acima da
via de circulação dos
carros. A volumetria segue o
padrão de duas torres
laterais na fachada, como
outras igrejas locais.A
fachada conta com cobertura
em telha cerâmica nas duas
torres laterais e 6
aberturas, sendo uma delas a
grande porta.
R. Direita, s/n (esquina R.do Rosário)
3. CASADA
R.DIREITA
Nº101
A arquitetura aqui
destacada remete ao
século XVIII, uma vez que
há a presença de
estruturas de madeira com
vedação em barro (adobe) e
telhado de duas águas, com
cumeeira paralela a rua. O
telhado é composto de
telhas cerâmicas e
estrutura de madeira,
além de beiral com guarda
pó e cachorros. Dessa
forma, é notável o estilo
barroco.
A edificação passou por
reformas na fachada
principal em 1994 e outra
em 1977 para restauro.
Assim, a fachada
principal passa a ter
novos elementos na
composição que remetem ao
século XIX.
DÉBORA
VILELA
E
STEFANY
ANCASSUERD
|
IFMG
-
SANTA
LUZIA
A Casa da Rua Direita, é
composta por 1 bloco
principal, com 5 janelas
frontais de pinásios
ornamentados em madeira
(rendilhados) e dispostas
assimetricamente em
relação a porta, que assim
como as janelas, é de
fechamento em folhas de
madeira em calha.
Implantada ao nível do
passeio, essa construção
apresenta porão e o
pavimento principal.
R. Direita, nº 101
4. SANTUÁRIO
ARQUIDIOCESANO
DESANTALUZIA
O interior é bem
ornamentado e talhado em
madeira, principalmente no
altar-mor e altares
laterais. Tendo pinturas
setecentistas do estilo
rococó da segunda metade
do século XVIII, que estão
localizados no teto e
paredes que criam um
caráter ilusionista. Cria-
se um destaque para a
pintura com temática da
Santa Luzia no teto sob o
altar-mor e a pintura com
temática da Assunção da
Virgem no forro da nave.
DÉBORA
VILELA
E
STEFANY
ANCASSUERD
|
IFMG
-
SANTA
LUZIA
A Matriz de Santa Luzia tem 2
torres quadradas com
cobertura em forma piramidal e
dispostas na lateral da
fachada da edificação; o corpo
da igreja é de formato
retangular. A planta
arquitetônica segue o padrão
das outras matrizes mineiras
do século XVIII: Planta
composta por duas sessões
retangulares, com divisões em
nave, sacristia transversal,
capela-mor, coro, consistório
e corredores laterais
encimados por tribunas.
R. Direita, s/n