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ENRIQUECIMENTO ARBÓREO EM PRAÇAS DE SÃO VICENTE-SP, ATUANDO
COMO TRAMPOLINS ECOLÓGICOS ENTRE O PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ/JAPUI
E PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR.
IMPROVEMENT OF TREES IN SÃO VINCENTE –SP SQUARES, ACTING AS
ECOLOGICAL SPRINGBOARDS BETWEEN XIXOVÁ / JAPUÍ STATE PARK AND
SERRA DO MAR STATE PARK.
Gabriela Sotelo Castan
Pós-graduada em MBA em Gestão e Controle Ambiental pela Universidade Santa Cecília
e Graduada em Biologia pela Universidade Cidade de São Paulo. Consultoria Ambiental
em diversos Empreendimentos Imobiliários no Estado de São Paulo e Indústrias de
grande porte no Estado de Santa Catarina.
gabicastan@hotmail.com
Eliane Marta Quiñones Braz
Doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas, Mestra em
Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas e Graduada em
Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita.
Professora Titular da Universidade Metropolitana de Santos e Professora convidada da
Universidade Santa Cecília no curso de especialização em Meio Ambiente.
elianemqbraz@hotmail.com
Sumário
Resumo 3
Abstract 3
Introdução 4
Legislação pertinente 7
Caracterização florística 8
Metodologia 10
Resultados e Discussão 12
Considerações Finais 13
Referências Bibliográficas 14
Resumo
Este estudo teve como objetivo o levantamento preliminar das espécies utilizadas em 11
praças na Cidade de São Vicente-SP, de forma a identificar a contribuição através de um
corredor ecológico entre o Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ) e o Parque Estadual da
Serra do Mar (PESM- Núcleo Itutinga-Pilões). Os resultados mostraram que as praças, de
uma maneira geral, apresentaram uma cobertura arbórea razoável, com algumas espécies
nativas entre arbustos exóticos limitando assim, o número de espécies que possam
contribuir para a atração e alimentação da avifauna presente nos dois parques. Para sanar
esta deficiência propõe-se o plantio de mudas de espécies nativas do ecossistema restinga
de ocorrência no litoral sul.
Palavras chave: corredor ecológico, arborização urbana, espécies nativas, espécies
exóticas, avifauna.
Abstract
This study aims at the preliminary survey of the species used in 11 squares in the city of
São Vicente, in order to contribute to the ecological corridor between the State Park
Xixová-Japuí (PEXJ) and the State Park of Serra do Mar (PESM-Core Itutinga -pylons).
The results showed that the squares, in general, showed a reasonable tree cover, with
some native species of exotic shrubs thereby limiting the number of species that may
contribute to the attraction and feeding of birds present in both parks. To remedy this
deficiency it is proposed the planting of native species of the restinga ecosystems
occurring in the south coast.
Keywords: ecological corridor, urban forestry, native species, exotic species and birds.
Introdução
A Mata Atlântica é um dos mais importantes ecossistemas do país, recobrindo 98
km² do território nacional, o que equivale a 7,6% de sua extensão. De acordo com
“MORELLATO, 2000”, este complexo bioma, quando comparado com a formação
Amazônica, abriga maior diversidade de espécies e elevado endemismo.
Dentre as alterações recentes que vêm ocorrendo nas florestas mundiais, destaca-
se a fragmentação, resultando em remanescentes naturais com áreas progressivamente
menores, isoladas e tomadas em seu entorno pelo desenvolvimento agrícola, industrial e
urbano. Considera-se a fragmentação como sendo a divisão em partes de uma dada
unidade do ambiente, partes estas que passam a ter condições ambientais diferentes do
entorno “RAMBALDI & OLIVEIRA, 2003”.
De acordo com “REIS et al. 2003”, no contexto atual de valorização da
biodiversidade, o espaço urbano merece ficar incluso de forma a garantir a conservação
do maior número de espécies possível e, ao mesmo tempo, conscientizar as pessoas sobre
o valor da biodiversidade.
A arborização urbana é um quesito importante para proporcionar um ambiente
físico saudável e está relacionada com a presença de espécies vegetais em espaços
públicos como parques, ruas, avenidas, jardins e praças. Atua sobre o conforto humano
no ambiente por meio das características naturais das espécies, sendo desta maneira, um
tema que vem se destacando nas discussões sobre os problemas das cidades, na busca de
maior qualidade de vida para a população “WESTPHAL, 2000”.
Entre os benefícios propiciados pela arborização estão: bem estar psicológico ao
homem, sombra para pedestres e veículos, redução da poluição sonora, proteção e
direcionamento do vento, melhoria na qualidade do ar, redução da amplitude térmica,
abrigo para pássaros e equilíbrio estético que ameniza a diferença entre a escala humana e
outros componentes da cidade. Muitos desses benefícios foram e estão sendo estudados
por pesquisadores de diversas partes do mundo “SILVA FILHO et al. 2002”.
Fragmentos florestais urbanos ou próximos às cidades são cada vez mais comuns,
mas as diretrizes para sua conservação ou mesmo a importância de sua manutenção como
reservas naturais são dúvidas frequentes. Florestas tropicais extensas e pouco perturbadas
são cada vez mais raras e há premência de sua preservação, pois abrigam alta diversidade
de espécies que estão em seu estado natural “MORELLATO & LEITÃO-FILHO, 1995”.
Desta forma, em 1993 foi criado o Parque Estadual do Xixová/Japuí (PEXJ) com
o objetivo de resguardar o grande valor histórico, cultural, paisagístico e ambiental
concentrados na sua pequena área, sendo este, fruto de um trabalho de diversos idealistas,
pesquisadores, ambientalistas, e da sociedade local, que na época se preocuparam com o
acelerado processo de especulação imobiliária que ameaçava a área “LEONEL et al.
2010”.
De acordo com o Plano de Manejo do PEXJ, elaborado e aprovado em abril de
2010, o grau de isolamento do parque varia de forma significativa na paisagem, sendo
que nas vizinhanças mais antropizadas há menor fluxo genético entre as populações. Esse
tipo de vizinhança somado ao histórico de perturbações da área potencializa os efeitos de
borda junto ao PEXJ, o que, provavelmente, poderá levar as populações de espécies
vegetais ao declínio e a extinção local, e para evitar este cenário, é fundamental que
sejam propostas ações e medidas que aumentem a porosidade da vizinhança e a
conectividade entre o PEXJ e as demais áreas naturais da região.
Neste contexto, o presente trabalho visa à recuperação vegetal de praças de forma
a ampliar o campo de conectividade dentro dos corredores previstos no Plano de Manejo
supracitado entre o PEXJ e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM).
Ainda de acordo com o documento retrosupracitado, a efetiva proteção de
espécies vegetais ao longo de áreas estratégicas, localizadas entre as UC’s, constitui um
mecanismo mais eficiente e menos oneroso do que se buscar conectar fisicamente os
remanescentes vegetais. Um conjunto de pequenos fragmentos isolados, porém próximos,
pode efetivamente proporcionar vias de acesso, funcionando como stepping stones ou
caminho das pedras “FONSECA et al. 2004 apud LEONEL et al. 2010”. O corredor
ecológico proposto no mesmo é constituído por duas áreas, predominante florestadas
entre São Vicente, Praia Grande e Santos, desde morros costeiros até planície interior,
incluindo também parte das áreas urbanas que possibilitem a conexão com outras áreas
naturais.
As interações entre os indivíduos e/ou populações com os fatores limitantes é
responsável pela manutenção do equilíbrio do ecossistema, sendo responsáveis diretos
pela regulação da população, seu declínio ou seu sucesso. Esse tipo de controle externo
faz com que o tamanho efetivo da população seja diretamente proporcional à quantia de
recursos disponíveis que, por sua vez, é diretamente proporcional ao tamanho do habitat
“METZGER, 1999”. Um habitat fragmentado é um habitat com quantidade limitada de
recursos que obriga os indivíduos a emigrarem do fragmento ou, na impossibilidade de
movimentação para fora do habitat, implica num aumento das competições
intraespecíficas diminuindo o número de indivíduos dentro da população “CORNELIUS
et al. 2000”.
A conectividade é caracterizada pela capacidade da paisagem em facilitar ou
impedir o fluxo entre fragmentos de habitat, sendo dessa forma, uma propriedade vital
para a sobrevivência das comunidades em um ambiente fragmentado “METZGER &
DÉCAMPS, 1997”.
Legislação pertinente
O Parque Estadual de Serra do Mar (PESM) foi criado em 30 de agosto de 1977,
através do Decreto n°10.251/77 e constitui um verdadeiro corredor ecológico, conectando
os mais significativos remanescentes de Mata Atlântica do país abrangendo uma área de
315.390 hectares “BRITO et al. 2006”.
Na proposta do Zoneamento Ecológico Econômico da Baixada Santista a área
correspondente ao remanescente natural denominado Morro Itararé, que faz a ligação
entre os dois parques está classificada como Zona Terrestre Especial (ZTE), é definida
em seu Artigo 34 como áreas ainda não ocupadas ou parcialmente ocupadas que por suas
peculiaridades, ambientais e socioeconômicas, se apresentem de interesse ao
desenvolvimento e à expansão urbana; proximidade a equipamentos urbanos existentes e
infra estrutura; interesse urbanístico quanto à conexão viária e proximidade de
equipamentos urbanos com vocação regional. Em seu Artigo 35 a gestão da ZTE objetiva
as seguintes diretrizes: promover a criação de áreas verdes; otimizar a ocupação dos
empreendimentos já aprovados; estimular a ocupação dos vazios urbanos garantindo a
melhoria da qualidade ambiental; promover a implantação de empreendimentos
habitacionais de interesse social; e conservar ou recuperar as áreas verdes, incluídas as
Áreas de Preservação Permanente e as áreas verdes de uso público.
De acordo com a Lei Orgânica do Município de São Vicente, Capítulo II, Artigo
nº291, o município instituirá um sistema de áreas verdes, constituído pelo conjunto de
áreas de propriedade pública, delimitadas pela Prefeitura, com objetivo de implantar ou
preservar arborização e ajardinamento.
A Lei Complementar nº270 que Institui o Plano Diretor de São Vicente dispõe em
seu Artigo 4º que constituem diretrizes físico-territoriais do município, realizar estudos e
pesquisas visando à implantação de projetos de valorização da paisagem urbana, por
meio de elaboração de políticas que assegurem a preservação do ajardinamento do
Sistema de Áreas Verdes e da arborização de logradouros, assim como que incentivem a
implantação de arborização e ajardinamento em áreas privadas.
De modo a contribuir com a realização das obrigações do município em relação à
preservação do meio ambiente, de acordo com a Lei Municipal nº 2475, a Prefeitura
Municipal de São Vicente lançou em junho de 2011 o Guia de Arborização Urbana
Cidade Verde.
Caracterização florística
A cobertura da vegetação natural predominante no PEXJ é formada por Floresta
Ombrófila Densa Submontana (FODSM), seguido de Floresta Ombrófila Densa de Terras
Baixas (FODTB). As áreas mais íntegras se encontram nos topos de morro e
compreendem a FODSM, sendo que a maior parte da vegetação é secundária, em
diversos estágios de sucessão. Porém, alguns trechos da UC considerados como
secundários na literatura “SÃO PAULO, 2005; 2007 apud LEONEL et al. 2010” estão
em sua maioria em estágio inicial de regeneração e altamente degradados, sendo que a
formação é representada, na maioria, por áreas abertas com predomínio de gramíneas,
com espécies arbóreas isoladas, muitas vezes representadas por Psidium guajava e/ou
Tibouchina mutabilis.Essas áreas estão distribuídas em formação original de FODSM,
FODTB e Formação Arbórea/Arbustiva-herbácea sobre Sedimentos Marinhos Recentes.
Estas variações fisionômicas ocorrem devido a fatores distintos como o isolamento de
alguns trechos, áreas voltadas ao oceano, áreas com acesso controlado, áreas de fácil
acesso, áreas com práticas militares, além de fatores relacionados ao próprio histórico de
ocupação, que data da época da colonização.
Em relação à estratégia de dispersão de sementes estudada no do PEXJ, foi
observado um predomínio de espécies vegetais zoocóricas (64%), seguido de plantas com
estratégias de dispersão anemocórica (25%) e autocórica (11%). Esse predomínio de
espécies zoocóricas é um indicativo do potencial da área para interações ecológicas entre
a flora e a fauna, contudo os processos relacionados à fragmentação podem favorecer o
endocruzamento. Caso as populações de polinizadores sejam eliminadas ou fortemente
reduzidas no PEXJ, os processos reprodutivos das espécies vegetais poderão estar
seriamente comprometidos.
Segundo “ZILLER, 2001”, a invasão por plantas exóticas tende a alterar
propriedades ecológicas essenciais (ciclo de nutrientes, produtividade, cadeias tróficas,
estrutura da comunidade vegetal, distribuição de biomassa, acúmulo de serapilheira, taxas
de decomposição, processos evolutivos e relação entre plantas e polinizadores).
Diante do exposto, o adensamento arbóreo com espécies nativas nas praças
encontradas entre os dois parques, funcionando como um corredor ecológico será muito
importante para a manutenção tanto das espécies animais como vegetais além de
contribuir com as diretrizes previstas no Plano Diretor do município.
O objetivo deste estudo foi o enriquecimento com espécies vegetais nativas
atrativas à fauna em praças de São Vicente visando o reforço de trampolins ecológicos a
partir do Parque Estadual Xixová/Japuí (PEXJ) em direção ao Parque Estadual da Serra
do Mar (PESM). Além de a proposta resultar em maior conectividade entre as áreas
naturais, favorecendo a zona de amortecimento do PEXJ em relação à intensa
urbanização do município, que causa barreiras para o fluxo gênico, poderá haver também,
consequentemente, uma melhoria da qualidade de vida da população através da
arborização urbana.
Metodologia
No primeiro momento foram realizadas revisões bibliográficas relacionadas ao
município estudado além de artigos referentes à arborização urbana, corredores
ecológicos e consultas às legislações vigentes e à Prefeitura de São Vicente.
As praças foram selecionadas através de imagem de satélite extraída no softwear
gratuito Google Earth, localizadas no corredor ecológico CE-2 previsto no mapa 6.3 do
Plano de Manejo do PEXJ, de modo a atuar como um trampolim ligando o PEXJ ao
PESM através deste corredor (Figura 1) são elas: Praça 22 de janeiro, João Pessoa,
Bernardino de Campos, Barão do Rio Branco, Cel. Lopes, da Bandeira, Visconde de
Carvalho, Ns. Das Graças, 1º de maio, Vitória e Poços de Caldas.
MORRO ITARARÉ
PEXJ
Logo após foi iniciado o levantamento através de vistorias in loco, realizando
análise qualitativa da vegetação incidente nas praças selecionadas.
A área a ser proposta para o enriquecimento vegetal é circundada pelo Parque
Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual Xixová-Japuí, estabelecendo, desta forma,
conexão entre estas áreas de relevância ecológica, proporcionando o fluxo gênico de
espécies vegetais e animais.
Resultados e Discussão
De um modo geral, as praças apresentaram cobertura vegetal razoável,
apresentando algumas espécies nativas em meio a arbustos exóticos. As espécies nativas
mais encontradas foram: Psidium guajava, Tabebuia heptaphylla, Calophyllum
brasiliense, Trema micranta, Tibouchina granulosa, Licania tomentosa, Cecropia sp.,
Eugenia uniflora., Rapanea ferruginea, Inga sp., Hibiscus permabucensis, Caesalpinia
echinata, Senna multijuga e Solanum sp.
As espécies Bauhinia forticata, Terminalia catappa, Spathodea campanulata e
Delonix regia, apesar de serem espécies exóticas, considerando sua estrutura bastante
avantajada, não seriam espécies alvo de substituição, já que as mesmas contribuem para
densa cobertura vegetal e realizam suas funções naturais em meio urbano.
Já as espécies arbustivas exóticas encontradas como: Schefflera arborícola,
Dypsis lutescens, Citrus sp., Impatiens walleriana, Monstera deliciosa, entre outras, por
apresentarem menor porte, sugere-se a substituição por espécies nativas de ocorrência no
litoral sul de São Paulo, com síndrome de dispersão zoocórica, de acordo com a lista de
espécies da Resolução SMA 08/2008, como: Schinus terebinthifolius, Tapirira
guianensis, Annona glabra, Ilex theezans, Didymopanax calvum, Euterpe edulis,
Geonoma schottiana, Syagrus romanzoffiana, Cordia sellowiana, Cecropia
pachystachya, Garcinia gardneriana, Alchornea triplinervia, Pera glabrata, Nectandra
oppositifolia, Senna multijuga, Inga marginata, Andira fraxinifolia, Ormosia arbórea,
Cabralea canjerana, Rapanea ferrugínea, Blepharocalyx salicifolius, Guapira opposita,
Cupania oblongifolia e Trema micranta.
Considerações Finais
Com o adensamento e substituição de espécies exóticas nas praças atuando como
corredor ecológico haverá um ganho muito grande por parte do município em relação
tanto da visão ambiental quanto da própria melhoria da qualidade de vida dos habitantes
do entorno.
Este projeto pode ser aplicado em qualquer município a fim de trabalhar o
conceito conservacionista e de sustentabilidade para as gerações seguintes, fazendo com
que as mesmas ainda tenham a oportunidade de apreciar a diversidade nativa de sua
região, bem como as relações e interações animal-planta, que atualmente correm grande
risco de extinção.
Referências Bibliográficas
BRITO, M.C.W. et al. Parque Estadual da Serra do Mar – Plano de Manejo. Instituto
Florestal do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
São Paulo; 2006. 441p.
CORNELIUS, C.; COFRÉ, H.; MARQUET, P.A. Effects of habitat fragmentation on
bird species in a relict temperate forest in semiarid Chile. Conservation Biology, v. 14, n.
2; 2000. p. 534-543.
LEONEL, C. et al. Parque Estadual Xixová/Japuí – Plano de Manejo. Fundação
Florestal do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
São Paulo; 2010. 136p.
METZGER, J.P. Estrutura da Paisagem e Fragmentação: Análise Bibliográfica. Anual
da Academia Brasileira de Ciências, v. 71, n. 3-I; 1999. p. 445-463.
METZGER, J.P.; DÉCAMPS, H. The structural connectivity threshold: an hypothesis in
conservation biology at the landscape scale. Acta Oecologica, v. 18, n. 1; 1997. p. 1-12.
MORELLATO, L.P.C. The Brazilian Atlantic Forest. Biotropica, v.32, n.4b; 2000. p.
786-792.
MORELLATO, P.C.; LEITÂO-FILHO, H.F. (Org.). Ecologia e Preservação de uma
Floresta Tropical Urbana: Reserva Santa Genebra; 1995.
RAMBALDI, D.M.; OLIVEIRA, D.A.S. (Org.). Fragmentação de Ecossistemas: causas,
efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Brasília: MMA/
SBF; 2003.
REIS, A. et al. Critérios para a seleção de espécies na arborização urbana. Sellowia,
Itajaí, n. 53-55; 2003. p. 51-67.
SILVA FILHO, D.F. da. Cadastramento informatizado, sistematização e análise da
arborização das vias públicas da área urbana do município de Jaboticabal, SP. 81p.
Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Jaboticabal; 2002.
WESTPHAL, M.F. O Movimento Cidades/Municípios Saudáveis: um compromisso com
a qualidade de vida. Ciência e saúde coletiva, v.5, n.1; 2000. p.39-51.
ZILLER, S.R. Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Ciência
Hoje, São Paulo, v. 30, n. 178; 2001. p. 77-79.

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Recuperação de praças para conectar parques estaduais

  • 1. ENRIQUECIMENTO ARBÓREO EM PRAÇAS DE SÃO VICENTE-SP, ATUANDO COMO TRAMPOLINS ECOLÓGICOS ENTRE O PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ/JAPUI E PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR. IMPROVEMENT OF TREES IN SÃO VINCENTE –SP SQUARES, ACTING AS ECOLOGICAL SPRINGBOARDS BETWEEN XIXOVÁ / JAPUÍ STATE PARK AND SERRA DO MAR STATE PARK. Gabriela Sotelo Castan Pós-graduada em MBA em Gestão e Controle Ambiental pela Universidade Santa Cecília e Graduada em Biologia pela Universidade Cidade de São Paulo. Consultoria Ambiental em diversos Empreendimentos Imobiliários no Estado de São Paulo e Indústrias de grande porte no Estado de Santa Catarina. gabicastan@hotmail.com Eliane Marta Quiñones Braz Doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas, Mestra em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas e Graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita. Professora Titular da Universidade Metropolitana de Santos e Professora convidada da Universidade Santa Cecília no curso de especialização em Meio Ambiente. elianemqbraz@hotmail.com
  • 2. Sumário Resumo 3 Abstract 3 Introdução 4 Legislação pertinente 7 Caracterização florística 8 Metodologia 10 Resultados e Discussão 12 Considerações Finais 13 Referências Bibliográficas 14 Resumo Este estudo teve como objetivo o levantamento preliminar das espécies utilizadas em 11 praças na Cidade de São Vicente-SP, de forma a identificar a contribuição através de um corredor ecológico entre o Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ) e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM- Núcleo Itutinga-Pilões). Os resultados mostraram que as praças, de uma maneira geral, apresentaram uma cobertura arbórea razoável, com algumas espécies nativas entre arbustos exóticos limitando assim, o número de espécies que possam contribuir para a atração e alimentação da avifauna presente nos dois parques. Para sanar esta deficiência propõe-se o plantio de mudas de espécies nativas do ecossistema restinga de ocorrência no litoral sul.
  • 3. Palavras chave: corredor ecológico, arborização urbana, espécies nativas, espécies exóticas, avifauna. Abstract This study aims at the preliminary survey of the species used in 11 squares in the city of São Vicente, in order to contribute to the ecological corridor between the State Park Xixová-Japuí (PEXJ) and the State Park of Serra do Mar (PESM-Core Itutinga -pylons). The results showed that the squares, in general, showed a reasonable tree cover, with some native species of exotic shrubs thereby limiting the number of species that may contribute to the attraction and feeding of birds present in both parks. To remedy this deficiency it is proposed the planting of native species of the restinga ecosystems occurring in the south coast. Keywords: ecological corridor, urban forestry, native species, exotic species and birds. Introdução A Mata Atlântica é um dos mais importantes ecossistemas do país, recobrindo 98 km² do território nacional, o que equivale a 7,6% de sua extensão. De acordo com “MORELLATO, 2000”, este complexo bioma, quando comparado com a formação Amazônica, abriga maior diversidade de espécies e elevado endemismo. Dentre as alterações recentes que vêm ocorrendo nas florestas mundiais, destaca-
  • 4. se a fragmentação, resultando em remanescentes naturais com áreas progressivamente menores, isoladas e tomadas em seu entorno pelo desenvolvimento agrícola, industrial e urbano. Considera-se a fragmentação como sendo a divisão em partes de uma dada unidade do ambiente, partes estas que passam a ter condições ambientais diferentes do entorno “RAMBALDI & OLIVEIRA, 2003”. De acordo com “REIS et al. 2003”, no contexto atual de valorização da biodiversidade, o espaço urbano merece ficar incluso de forma a garantir a conservação do maior número de espécies possível e, ao mesmo tempo, conscientizar as pessoas sobre o valor da biodiversidade. A arborização urbana é um quesito importante para proporcionar um ambiente físico saudável e está relacionada com a presença de espécies vegetais em espaços públicos como parques, ruas, avenidas, jardins e praças. Atua sobre o conforto humano no ambiente por meio das características naturais das espécies, sendo desta maneira, um tema que vem se destacando nas discussões sobre os problemas das cidades, na busca de maior qualidade de vida para a população “WESTPHAL, 2000”. Entre os benefícios propiciados pela arborização estão: bem estar psicológico ao homem, sombra para pedestres e veículos, redução da poluição sonora, proteção e direcionamento do vento, melhoria na qualidade do ar, redução da amplitude térmica, abrigo para pássaros e equilíbrio estético que ameniza a diferença entre a escala humana e outros componentes da cidade. Muitos desses benefícios foram e estão sendo estudados por pesquisadores de diversas partes do mundo “SILVA FILHO et al. 2002”. Fragmentos florestais urbanos ou próximos às cidades são cada vez mais comuns, mas as diretrizes para sua conservação ou mesmo a importância de sua manutenção como reservas naturais são dúvidas frequentes. Florestas tropicais extensas e pouco perturbadas são cada vez mais raras e há premência de sua preservação, pois abrigam alta diversidade de espécies que estão em seu estado natural “MORELLATO & LEITÃO-FILHO, 1995”. Desta forma, em 1993 foi criado o Parque Estadual do Xixová/Japuí (PEXJ) com
  • 5. o objetivo de resguardar o grande valor histórico, cultural, paisagístico e ambiental concentrados na sua pequena área, sendo este, fruto de um trabalho de diversos idealistas, pesquisadores, ambientalistas, e da sociedade local, que na época se preocuparam com o acelerado processo de especulação imobiliária que ameaçava a área “LEONEL et al. 2010”. De acordo com o Plano de Manejo do PEXJ, elaborado e aprovado em abril de 2010, o grau de isolamento do parque varia de forma significativa na paisagem, sendo que nas vizinhanças mais antropizadas há menor fluxo genético entre as populações. Esse tipo de vizinhança somado ao histórico de perturbações da área potencializa os efeitos de borda junto ao PEXJ, o que, provavelmente, poderá levar as populações de espécies vegetais ao declínio e a extinção local, e para evitar este cenário, é fundamental que sejam propostas ações e medidas que aumentem a porosidade da vizinhança e a conectividade entre o PEXJ e as demais áreas naturais da região. Neste contexto, o presente trabalho visa à recuperação vegetal de praças de forma a ampliar o campo de conectividade dentro dos corredores previstos no Plano de Manejo supracitado entre o PEXJ e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Ainda de acordo com o documento retrosupracitado, a efetiva proteção de espécies vegetais ao longo de áreas estratégicas, localizadas entre as UC’s, constitui um mecanismo mais eficiente e menos oneroso do que se buscar conectar fisicamente os remanescentes vegetais. Um conjunto de pequenos fragmentos isolados, porém próximos, pode efetivamente proporcionar vias de acesso, funcionando como stepping stones ou caminho das pedras “FONSECA et al. 2004 apud LEONEL et al. 2010”. O corredor ecológico proposto no mesmo é constituído por duas áreas, predominante florestadas entre São Vicente, Praia Grande e Santos, desde morros costeiros até planície interior, incluindo também parte das áreas urbanas que possibilitem a conexão com outras áreas naturais. As interações entre os indivíduos e/ou populações com os fatores limitantes é
  • 6. responsável pela manutenção do equilíbrio do ecossistema, sendo responsáveis diretos pela regulação da população, seu declínio ou seu sucesso. Esse tipo de controle externo faz com que o tamanho efetivo da população seja diretamente proporcional à quantia de recursos disponíveis que, por sua vez, é diretamente proporcional ao tamanho do habitat “METZGER, 1999”. Um habitat fragmentado é um habitat com quantidade limitada de recursos que obriga os indivíduos a emigrarem do fragmento ou, na impossibilidade de movimentação para fora do habitat, implica num aumento das competições intraespecíficas diminuindo o número de indivíduos dentro da população “CORNELIUS et al. 2000”. A conectividade é caracterizada pela capacidade da paisagem em facilitar ou impedir o fluxo entre fragmentos de habitat, sendo dessa forma, uma propriedade vital para a sobrevivência das comunidades em um ambiente fragmentado “METZGER & DÉCAMPS, 1997”.
  • 7. Legislação pertinente O Parque Estadual de Serra do Mar (PESM) foi criado em 30 de agosto de 1977, através do Decreto n°10.251/77 e constitui um verdadeiro corredor ecológico, conectando os mais significativos remanescentes de Mata Atlântica do país abrangendo uma área de 315.390 hectares “BRITO et al. 2006”. Na proposta do Zoneamento Ecológico Econômico da Baixada Santista a área correspondente ao remanescente natural denominado Morro Itararé, que faz a ligação entre os dois parques está classificada como Zona Terrestre Especial (ZTE), é definida em seu Artigo 34 como áreas ainda não ocupadas ou parcialmente ocupadas que por suas peculiaridades, ambientais e socioeconômicas, se apresentem de interesse ao desenvolvimento e à expansão urbana; proximidade a equipamentos urbanos existentes e infra estrutura; interesse urbanístico quanto à conexão viária e proximidade de equipamentos urbanos com vocação regional. Em seu Artigo 35 a gestão da ZTE objetiva as seguintes diretrizes: promover a criação de áreas verdes; otimizar a ocupação dos empreendimentos já aprovados; estimular a ocupação dos vazios urbanos garantindo a melhoria da qualidade ambiental; promover a implantação de empreendimentos habitacionais de interesse social; e conservar ou recuperar as áreas verdes, incluídas as
  • 8. Áreas de Preservação Permanente e as áreas verdes de uso público. De acordo com a Lei Orgânica do Município de São Vicente, Capítulo II, Artigo nº291, o município instituirá um sistema de áreas verdes, constituído pelo conjunto de áreas de propriedade pública, delimitadas pela Prefeitura, com objetivo de implantar ou preservar arborização e ajardinamento. A Lei Complementar nº270 que Institui o Plano Diretor de São Vicente dispõe em seu Artigo 4º que constituem diretrizes físico-territoriais do município, realizar estudos e pesquisas visando à implantação de projetos de valorização da paisagem urbana, por meio de elaboração de políticas que assegurem a preservação do ajardinamento do Sistema de Áreas Verdes e da arborização de logradouros, assim como que incentivem a implantação de arborização e ajardinamento em áreas privadas. De modo a contribuir com a realização das obrigações do município em relação à preservação do meio ambiente, de acordo com a Lei Municipal nº 2475, a Prefeitura Municipal de São Vicente lançou em junho de 2011 o Guia de Arborização Urbana Cidade Verde. Caracterização florística A cobertura da vegetação natural predominante no PEXJ é formada por Floresta Ombrófila Densa Submontana (FODSM), seguido de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (FODTB). As áreas mais íntegras se encontram nos topos de morro e compreendem a FODSM, sendo que a maior parte da vegetação é secundária, em diversos estágios de sucessão. Porém, alguns trechos da UC considerados como secundários na literatura “SÃO PAULO, 2005; 2007 apud LEONEL et al. 2010” estão em sua maioria em estágio inicial de regeneração e altamente degradados, sendo que a formação é representada, na maioria, por áreas abertas com predomínio de gramíneas, com espécies arbóreas isoladas, muitas vezes representadas por Psidium guajava e/ou Tibouchina mutabilis.Essas áreas estão distribuídas em formação original de FODSM, FODTB e Formação Arbórea/Arbustiva-herbácea sobre Sedimentos Marinhos Recentes.
  • 9. Estas variações fisionômicas ocorrem devido a fatores distintos como o isolamento de alguns trechos, áreas voltadas ao oceano, áreas com acesso controlado, áreas de fácil acesso, áreas com práticas militares, além de fatores relacionados ao próprio histórico de ocupação, que data da época da colonização. Em relação à estratégia de dispersão de sementes estudada no do PEXJ, foi observado um predomínio de espécies vegetais zoocóricas (64%), seguido de plantas com estratégias de dispersão anemocórica (25%) e autocórica (11%). Esse predomínio de espécies zoocóricas é um indicativo do potencial da área para interações ecológicas entre a flora e a fauna, contudo os processos relacionados à fragmentação podem favorecer o endocruzamento. Caso as populações de polinizadores sejam eliminadas ou fortemente reduzidas no PEXJ, os processos reprodutivos das espécies vegetais poderão estar seriamente comprometidos. Segundo “ZILLER, 2001”, a invasão por plantas exóticas tende a alterar propriedades ecológicas essenciais (ciclo de nutrientes, produtividade, cadeias tróficas, estrutura da comunidade vegetal, distribuição de biomassa, acúmulo de serapilheira, taxas de decomposição, processos evolutivos e relação entre plantas e polinizadores). Diante do exposto, o adensamento arbóreo com espécies nativas nas praças encontradas entre os dois parques, funcionando como um corredor ecológico será muito importante para a manutenção tanto das espécies animais como vegetais além de contribuir com as diretrizes previstas no Plano Diretor do município. O objetivo deste estudo foi o enriquecimento com espécies vegetais nativas atrativas à fauna em praças de São Vicente visando o reforço de trampolins ecológicos a partir do Parque Estadual Xixová/Japuí (PEXJ) em direção ao Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Além de a proposta resultar em maior conectividade entre as áreas naturais, favorecendo a zona de amortecimento do PEXJ em relação à intensa urbanização do município, que causa barreiras para o fluxo gênico, poderá haver também, consequentemente, uma melhoria da qualidade de vida da população através da
  • 11. Metodologia No primeiro momento foram realizadas revisões bibliográficas relacionadas ao município estudado além de artigos referentes à arborização urbana, corredores ecológicos e consultas às legislações vigentes e à Prefeitura de São Vicente. As praças foram selecionadas através de imagem de satélite extraída no softwear gratuito Google Earth, localizadas no corredor ecológico CE-2 previsto no mapa 6.3 do Plano de Manejo do PEXJ, de modo a atuar como um trampolim ligando o PEXJ ao PESM através deste corredor (Figura 1) são elas: Praça 22 de janeiro, João Pessoa, Bernardino de Campos, Barão do Rio Branco, Cel. Lopes, da Bandeira, Visconde de Carvalho, Ns. Das Graças, 1º de maio, Vitória e Poços de Caldas. MORRO ITARARÉ PEXJ Logo após foi iniciado o levantamento através de vistorias in loco, realizando análise qualitativa da vegetação incidente nas praças selecionadas. A área a ser proposta para o enriquecimento vegetal é circundada pelo Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual Xixová-Japuí, estabelecendo, desta forma, conexão entre estas áreas de relevância ecológica, proporcionando o fluxo gênico de espécies vegetais e animais.
  • 12.
  • 13. Resultados e Discussão De um modo geral, as praças apresentaram cobertura vegetal razoável, apresentando algumas espécies nativas em meio a arbustos exóticos. As espécies nativas mais encontradas foram: Psidium guajava, Tabebuia heptaphylla, Calophyllum brasiliense, Trema micranta, Tibouchina granulosa, Licania tomentosa, Cecropia sp., Eugenia uniflora., Rapanea ferruginea, Inga sp., Hibiscus permabucensis, Caesalpinia echinata, Senna multijuga e Solanum sp. As espécies Bauhinia forticata, Terminalia catappa, Spathodea campanulata e Delonix regia, apesar de serem espécies exóticas, considerando sua estrutura bastante avantajada, não seriam espécies alvo de substituição, já que as mesmas contribuem para densa cobertura vegetal e realizam suas funções naturais em meio urbano. Já as espécies arbustivas exóticas encontradas como: Schefflera arborícola, Dypsis lutescens, Citrus sp., Impatiens walleriana, Monstera deliciosa, entre outras, por apresentarem menor porte, sugere-se a substituição por espécies nativas de ocorrência no litoral sul de São Paulo, com síndrome de dispersão zoocórica, de acordo com a lista de espécies da Resolução SMA 08/2008, como: Schinus terebinthifolius, Tapirira guianensis, Annona glabra, Ilex theezans, Didymopanax calvum, Euterpe edulis, Geonoma schottiana, Syagrus romanzoffiana, Cordia sellowiana, Cecropia pachystachya, Garcinia gardneriana, Alchornea triplinervia, Pera glabrata, Nectandra oppositifolia, Senna multijuga, Inga marginata, Andira fraxinifolia, Ormosia arbórea, Cabralea canjerana, Rapanea ferrugínea, Blepharocalyx salicifolius, Guapira opposita, Cupania oblongifolia e Trema micranta.
  • 14. Considerações Finais Com o adensamento e substituição de espécies exóticas nas praças atuando como corredor ecológico haverá um ganho muito grande por parte do município em relação tanto da visão ambiental quanto da própria melhoria da qualidade de vida dos habitantes do entorno. Este projeto pode ser aplicado em qualquer município a fim de trabalhar o conceito conservacionista e de sustentabilidade para as gerações seguintes, fazendo com que as mesmas ainda tenham a oportunidade de apreciar a diversidade nativa de sua região, bem como as relações e interações animal-planta, que atualmente correm grande risco de extinção.
  • 15. Referências Bibliográficas BRITO, M.C.W. et al. Parque Estadual da Serra do Mar – Plano de Manejo. Instituto Florestal do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo; 2006. 441p. CORNELIUS, C.; COFRÉ, H.; MARQUET, P.A. Effects of habitat fragmentation on bird species in a relict temperate forest in semiarid Chile. Conservation Biology, v. 14, n. 2; 2000. p. 534-543. LEONEL, C. et al. Parque Estadual Xixová/Japuí – Plano de Manejo. Fundação
  • 16. Florestal do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo; 2010. 136p. METZGER, J.P. Estrutura da Paisagem e Fragmentação: Análise Bibliográfica. Anual da Academia Brasileira de Ciências, v. 71, n. 3-I; 1999. p. 445-463. METZGER, J.P.; DÉCAMPS, H. The structural connectivity threshold: an hypothesis in conservation biology at the landscape scale. Acta Oecologica, v. 18, n. 1; 1997. p. 1-12. MORELLATO, L.P.C. The Brazilian Atlantic Forest. Biotropica, v.32, n.4b; 2000. p. 786-792. MORELLATO, P.C.; LEITÂO-FILHO, H.F. (Org.). Ecologia e Preservação de uma Floresta Tropical Urbana: Reserva Santa Genebra; 1995. RAMBALDI, D.M.; OLIVEIRA, D.A.S. (Org.). Fragmentação de Ecossistemas: causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Brasília: MMA/ SBF; 2003. REIS, A. et al. Critérios para a seleção de espécies na arborização urbana. Sellowia, Itajaí, n. 53-55; 2003. p. 51-67. SILVA FILHO, D.F. da. Cadastramento informatizado, sistematização e análise da arborização das vias públicas da área urbana do município de Jaboticabal, SP. 81p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Jaboticabal; 2002. WESTPHAL, M.F. O Movimento Cidades/Municípios Saudáveis: um compromisso com
  • 17. a qualidade de vida. Ciência e saúde coletiva, v.5, n.1; 2000. p.39-51. ZILLER, S.R. Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Ciência Hoje, São Paulo, v. 30, n. 178; 2001. p. 77-79.