Pesquisa realizada nas seguintes fontes:
*Congregacionalismo Brasileiro – M. Porto Filho
*Edição Bíblia Comemorativa – Aliança Congregacional
*Centro de Memória Viva – IEF Igreja Evangélica Fluminense
2. A CHEGADA DO DR. ROBERT REID
KALLEY AO BRASIL SÉC. XIX
Em 10 de Maio de 1855, na Cidade do Rio de Janeiro desembarcou o
casal Robert R. Kalley e Sarah Kalley, porém, antes de chegarem ao
Brasil, o Dr. Kalley já havia desenvolvido um ministério relevante na
Ilha da Madeira, em Portugal, foi expulso diante de grande
perseguição por parte da Igreja Católica Romana.
Em 19 de Agosto deste mesmo ano, na Cidade de Petrópolis, num
domingo à tarde o casal Kalley deu início a 1ª EBD (Escola Bíblica
Dominical) ensinando cinco crianças a história do profeta Jonas.
Em 17 de Novembro de 1861 era publicado a 1ª edição dos Salmos e
Hinos, com cerca de 50 letras vindo a se constituir posteriormente
num dos maiores patrimônios da música sacra do protestantismo
brasileiro.
3. 2ª IGREJA PLANTADA POR KALLEY
Organizador da primeira igreja evangélica brasileira, em
1858 a IGREJA EVANGÉLICA FLUMINENSE, era
homem de espírito pronunciadamente Missionário
disposto na pregação do Evangelho; estendeu suas
atividades até o Nordeste do nosso Brasil, organizando a
Igreja EVANGÉLICA PERNAMBUCANA, em 19 de
Outubro 1873.
4. ZELO PELA DOUTRINA BÍBLICA
Como Pastor zeloso, cuidou para que os crentes das igrejas
que organizara tivessem orientação doutrinária com sólido
embasamento bíblico. Produziu, então, uma súmula de
doutrinas cujos artigos foram discutidos pelos Membros da
Igreja Evangélica Fluminense, que na época eram cerca de
duzentos. Em 02 de Julho 1876 foi assinada a BREVE
EXPOSIÇAO DAS DOUTRINAS FUNDAMENTAIS DO
CRISTIANISMO, contendo 28 Artigos – a primeira
“Declaração de Fé” em termos denominacionais redigida no
Brasil por evangélicos. Não só a Igreja Evangélica
Fluminense, “Igreja-Mãe”, adotou os 28 Artigos, também as
igrejas que dela se originaram; ainda hoje os evangélicos
Congregacionais têm neles a sua base teológica.
5. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DO
CONGREGACIONALISMO
Os Vinte e Oito Artigos da Breve Exposição
das Doutrinas Fundamentais do Congregacionalismo
Art. 1º Do Testemunho da Natureza Quanto à Existência de Deus;
Art. 2º Do Testemunho da Revelação a respeito de Deus e do Homem;
Art. 3º Da Natureza dessa Revelação;
Art. 4º Da Natureza de Deus;
Art. 5º Da Trindade da Unidade;
Art. 6º Da Criação do Homem;
Art. 7º Da Queda do Homem;
Art. 8º Da Consequência da queda;
Art. 9º Da Imortalidade da Alma;
Art. 10º Da Consciência e do Juízo Final;
Art. 11º Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus;
6. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DO
CONGREGACIONALISMO
Art. 12º Da Origem da Salvação;
Art. 13º Do Autor da Salvação;
Art. 14º Da Obra do Espírito Santo no Pecador;
Art. 15º Do Impenitente;
Art. 16º Da Única Esperança de Salvação;
Art. 17º Da Obra do Espírito Santo no Crente;
Art. 18º Da União do Crente com Cristo e do Poder para o Seu Serviço;
Art. 19º Da União do Corpo de Cristo;
Art. 20º Dos Deveres do Crente;
Art. 21º Da Obediência do Crente;
Art. 22º Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito;
Art. 23º Da Relação de Deus com Seu Povo;
7. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DO
CONGREGACIONALISMO
Art. 24º Da Cerimônia e dos Ritos Cristãos;
Art. 25º Do Batismo com Água;
Art. 26º Da Ceia do Senhor;
Art. 27º Da Segunda Vinda do Senhor;
Art. 28º Da Ressurreição para a Vida ou para a Condenação.
8. A CISÃO / SEPARAÇÃO NA DÉCADA
DE 60 SÉCULO XX
O nascimento da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil se
deu a partir da vontade soberana de Deus a partir de um fato histórico relevante
dos anos 60, nesse período, se deu em várias Denominações Históricas
brasileiras o movimento de Renovação Espiritual. A União de Igrejas
Congregacionais, na época, não aceitava a CONTEMPORANEIDADE DOS
DONS ESPIRITUAIS, e doutrinariamente, opunha-se a experiência chamada
de “Batismo com Espírito Santo” (Plenitude ou Enchimento do Espírito), como
decorrência daquele desacordo Doutrinário, Sete Pastores foram expulsos da
União De Igrejas Congregacionais:
Rev. Jonatas Catão, Rev. Isaías Correia, Rev. Raul de Souza (em memória), Rev.
José Severino de Araújo (em memória), Rev. José Quaresma (em memória), Rev.
Roberto de Souza e o Rev. Moisés Francisco, juntou-se a eles também o Jovem
Osmar que na época era Presidente da Federação de Mocidades do Nordeste,
ainda o Rev. Geraldo Batista pediu desligamento do quadro de ministros da
UIECB, e a Missionária Lídia Almeida (em memória) Fundadora do Instituto
Betel Brasileiro (Seminário)
9. A FUNDAÇÃO DA ALIANÇA
CONGREGACIONAL
Na Reunião Realizada em Feira de Santana BA, em 21 de Julho de 1967, tivemos
além da expulsão dos Pastores, houve exclusão das Igrejas:
IEC de João Pessoa/PB, IEC de Campina Grande/PB, IEC de Patos/PB, II
IEC de Campina Grande/PB, IEC de Natal/RN, IEC de Totó (Recife PE), IEC
do Pina (Recife PE).
No dia 10 de Agosto do mesmo ano, na cidade de Campina Grande, numa
reunião muito concorrida, dava-se a Fundação da Aliança de Igrejas
Congregacionais do Brasil.
Já a nove dias após, ocorria a emancipação da Congregação Vale da Bênção de
Caruaru, sendo o primeiro fruto do trabalho da Aliança.
18. FONTES / BIBLIOGRAFIA
Congregacionalismo Brasileiro – M. Porto Filho
Edição Comemorativa – Aliança Congregacional
Centro de Memória Viva – IEF Igreja Evangélica
Fluminense