Este documento descreve a história de 50 anos do Policiamento Rodoviário na região de Assis, sede da 3a Companhia do 2o Batalhão de Polícia Rodoviária. Ele contém seções sobre a história do Policiamento Rodoviário no Estado de São Paulo e na região de Assis, depoimentos de policiais, informações sobre o efetivo atual, e dados sobre o trânsito rodoviário e a atuação do Policiamento Rodoviário para promover a segurança no trânsito.
4. POLICIAMENTO RODOVIÁRIO:
“CINQUENTA ANOS COM SEDE REGIONAL EM ASSIS”
Autor By: 2008
Adilson Luís Franco Nassaro
Designer Gráfico e Diagramação:
Luiz Carlos de Barros
Rodrigo de Souza
Colaboradores:
Amarildo Delfino Dias
Adriano Aranão
Benedito Roberto Meira
Célio Marcos Sampaio
Capa: Luiz Carlos de Barros
Hélio Verza Filho
Ivan Sérgio Alves
Jovelino Castro Pereira
Nelson Garcia Filho
Orlando Santos Marques
Paulo César Lopes Furtado
Roberto Nazareno Ribeiro
Rogério Márcio Donizete da Silva
Sérgio Splicido
Valmir Dionízio
Leonardo Victorino Netto
Wilson de Seixas Pinto
Cap PM Adilson Luís Franco Nassaro
Fotos:
Arquivos familiares
Arquivos institucionais
Jornal de Assis
Jornal Diário de Assis
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Jornal Voz da Terra Bibliotecária: Lucelena Alevato - CRB 8/4063
Lúcio Coelho
Carlos Henrique Nassaro, Adilson Luís Franco
Douglas Reis N265p Policiamento rodoviário: 50 anos com sede regional em
Assis – SP / Adilson Luís Franco Nassaro, com a colaboração
de Amarildo Delfino Dias ... [et.al.]. Assis: Triunfal Gráfica &
Editora, 2008
Apoio Cultural: 102 p. : il. ; 31 cm
Fundação Nova América ISBN: 978-85-61175-01-6
UNIMED - Assis
Banco Nossa Caixa
1. Policia rodoviária. 2. Polícia militar. 3. Segurança de
Prefeitura Municipal de Assis trânsito. 4. Trânsito – Medidas de segurança. I. Título.
Secretaria Municipal da Educação de Assis
CDD 363.2
388.31
5. POLICIAMENTO RODOVIÁRIO:
“CINQUENTA ANOS COM SEDE REGIONAL EM ASSIS”
Í N D I C E
I - APRESENTAÇÃO V – DEPOIMENTOS
Cmt Pol Rod (Sede em São Paulo) ....................................................................... Pág. 06 “Fiscalização intensa na fronteira com o Paraná”: Tenente Coronel Verza .......... Pág. 68
Cmt do 2º BPRv (Sede em Bauru) ........................................................................ Pág. 07 “O Policiamento Rodoviário é diferente”: Major Meira ........................................ Pág. 69
Diretor da DR-7, Assis ........................................................................................... Pág. 08 “Tapete Vermelho”: Major Nelson Garcia .............................................................. Pág. 70
Cmt da 3ª Cia (Sede em Assis) ............................................................................. Pág. 09 “A missão de preservação da vida e o combate à embriaguez ao volante”:
Prefeito de Assis .................................................................................................... Pág. 10 Tenente Aranão ...................................................................................................... Pág. 71
“O trabalho das equipes TOR”: Sargento Paulo .................................................... Pág. 72
II - DESCRIÇÃO Fotos de apreensões das equipes TOR ................................................................ Pág. 74
Dados do Município de Assis .................................................................................. Pág. 11 “Cem mil quilômetros de sucesso!”: Soldado Dias ............................................... Pág. 76
Assis: sede da 3ª Companhia de Policiamento Rodoviário ................................... Pág. 12 “Vivi intensamente essa fase de minha existência”: Tenente Splicido ................ Pág. 78
Descrição das Cias com telefones do CPRv e mapa do Estado ........................... Pág. 13 “Deixo meu filho como representante”: Tenente PM Marques (Marília) .............. Pág. 79
Descrição dos Pelotões e Bases da 3ª Cia ........................................................... Pág. 14 “Vencer não é deixar de cometer erros, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossas
Brasão do Policiamento Rodoviário ....................................................................... Pág. 20 rotas”: Subtenente Castro .................................................................................... Pág. 80
Comandantes da 3ª Companhia ............................................................................ Pág. 21 “Direção defensiva” – Sargento Valmir ................................................................. Pág. 81
III - HISTÓRIA VI - DATAS COMEMORATIVAS
O Policiamento Rodoviário no Estado de São Paulo ............................................ Pág. 22 10 de janeiro, dia do Policiamento Rodoviário ...................................................... Pág. 82
O 2º BPRv, com sede em Bauru ........................................................................... Pág. 26 04 de julho, aniversário de inauguração da primeira sede de
O Policiamento Rodoviário na região de Assis, Destacamento em Assis ........................................................................................ Pág. 83
sede da 3ª Cia do 2º BPRv ................................................................................... Pág. 27 23 de julho, dia do “Policial Rodoviário” ................................................................ Pág. 84
Fotos de apreensões ............................................................................................. Pág. 36 25 de julho, dia de São Cristóvão e dia do Motorista ............................................ Pág. 85
Parceria de sucesso com o DER ........................................................................... Pág. 38 25 de agosto, dia do Soldado ................................................................................ Pág. 86
Associação “PMs de Cristo”, 2º Núcleo em Assis ................................................. Pág. 40
Programa: “Educar para o Trânsito é Educar para a Vida” ................................... Pág. 42 VII - TRÂNSITO RODOVIÁRIO
Escotismo e policiamento rodoviário em Assis ...................................................... Pág. 44 Identificação do cliente alvo e monitoramento de suas
Programas: “BRAV” e “IRCC” ................................................................................ Pág. 46 necessidades ......................................................................................................... Pág. 87
Homenagem ao “Policial Padrão do Ano” ............................................................. Pág. 50 Resultados do Policiamento Rodoviário ................................................................ Pág. 88
Convivência ........................................................................................................... Pág. 51 Velocidade, ultrapassagem e distância de segurança .......................................... Pág. 90
O Grupo de Transporte Canavieiro ....................................................................... Pág. 54 Operação “Cavalo de Aço” .................................................................................... Pág. 91
Os motociclistas, os passageiros e seus capacetes ............................................. Pág. 92
IV - PERSONAGENS O Policiamento Rodoviário e o meio ambiente ..................................................... Pág. 93
O companheiro Marco Brasil ................................................................................. Pág. 55 Solução para a questão dos animais soltos nas rodovias ..................................... Pág. 94
O herói: “Vigilante Rodoviário” ............................................................................... Pág. 58 Por um trânsito mais seguro .................................................................................. Pág. 95
Clóvis Luciano Gomes - o rodoviário Mão-de-Onça ............................................. Pág. 60 Os Dez Mandamentos do trânsito seguro ............................................................. Pág. 96
Major Edson Reis .................................................................................................. Pág. 62 Desenhos de filhos de Policiais Militares Rodoviários da 3ª Cia ........................... Pág. 97
Capitão Domingues ............................................................................................... Pág. 63 Mensagens para segurança no trânsito ................................................................ Pág. 98
Tenente Salviano Gonçalo de Souza, um dos pioneiros ....................................... Pág. 64
Sub Ten Sebastião Wilson de Seixas Pinto ........................................................... Pág. 65 VIII - EFETIVO
Soldado Ramos e outros heróis da 3ª Cia ........................................................... Pág. 66 Efetivo atual da 3ª Cia do 2º BPRv ...................................................................... Pág. 101
6. Apresentação:
Comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo
(CPRv)
Eliziário Ferreira Barbosa na Polícia de Trânsito, hoje atuamos
Coronel PM de forma efetiva como Polícia de Se
gurança, cumprindo a missão consti
No ano em que comemoramos o tucional de preservação da ordem pú
sexagésimo aniversário do Policiamen blica atribuída à Polícia Militar.
to Rodoviário, criado em 10 de janeiro Hoje, atuando numa malha ro
de 1948, enche-nos de satisfação o lan doviária de 24.000 Km de rodovias pa
çamento do livro comemorativo ao vimentadas, com um efetivo de mais
cinquentenário de inauguração da pri 4.000 homens e mulheres, organizados
meira sede de destacamento do muni em unidades operacionais estrategica
cípio de Assis, hoje a 3ª Companhia do mente distribuídas no Estado, o Co
2º Batalhão de Polícia Rodoviária, pois mando de Policiamento Rodoviário da
se trata de mais uma iniciativa impor Polícia Militar do Estado de São Pau
tante para o resgate de fatos memorá lo, integrado por quatro Batalhões de
veis de nossa história. Polícia Rodoviária, sediados respecti
A presença efetiva da força poli vamente em São Bernardo do Campo
cial foi fator preponderante para que o (1º BPRv), em Bauru (2º BPRv), em
desenvolvimento alavancado pelas no Araraquara (3º BPRv) e Jundiaí (4º
vas rodovias da época pudesse alcan BPRv), demonstra ter acompanhado
çar os rincões do nosso Estado, desta- pari passu as rápidas transformações
cando-se na obra o processo histórico em curso na sociedade desde o início
que se deu no sentido oeste, com a ins ção e de suas práticas operacionais que de suas atividades, sendo fundamental
talação do órgão regional do Departa sempre ocorreram em perfeita sintonia reconhecermos o legado que recebe
mento de Estradas de Rodagem e do com o advento das concessões rodoviá mos de nossos antecessores.
destacamento de Policiamento Rodo rias, do novo Código de Trânsito Bra
Quando os homens encontram os
viário na região. sileiro e das crescentes demandas por
elementos de sua existência nas reali
O contexto em que os aconteci serviços de segurança pública. Da si
zações dos seus antepassados, a com
mentos se deram era outro e importa- nalização dos locais de acidentes com
preensão do presente e a projeção do fu
nos conhecê-lo para que possamos me a utilização de “latas de fogo”, evoluí
turo são inevitavelmente permeadas por
lhor compreender as nuanças que en mos para a utilização de modernos
sentimentos de respeito e de valoriza
volvem o Policiamento Rodoviário na equipamentos e com a cooperação de
ção de todo o esforço e dedicação em
região. Para tanto nada melhor que uma equipes especializadas do DER,
DERSA e Concessionárias de rodo preendidos. Esse efeito, notadamente
obra resultante da compilação de in
vias. Da atuação das patrulhas como em relação aos integrantes de uma ins
formações sobre a história, persona
verdadeiras ambulâncias improvisadas, tituição devotada à causa pública, tor
gens e depoimentos de pessoas que par
evoluímos para a atuação integrada na-se muito mais relevante, pois nos im
ticiparam dos primórdios da Polícia
Rodoviária Paulista no oeste no Esta com equipes de socorro especializadas pele a continuar a honrar nosso com
do de São Paulo. do Corpo de Bombeiros e das Conces promisso institucional com a defesa da
A legislação de trânsito em vi sionárias de rodovias. Da utilização do vida e da dignidade humana.
gor na época era bem menos comple cronômetro e binóculos para a fiscali Com a certeza de que a obra mui
xa, a frota de veículos em circulação zação do excesso de velocidade, evo to contribuirá para o enaltecimento de
era bem menos expressiva, o que cer luímos para a utilização em larga es nossa história, congratulo-me com o
tamente não tornava a fiscalização mais cala de equipamentos eletrônicos para autor, rendendo nossas homenagens
fácil. Seguramente as dificuldades para essa fiscalização. Da observação no àqueles que nos idos de 1958, mais que
a atuação dos pioneiros eram impostas terreno por parte das patrulhas rodoviá integrar o destacamento de Polícia Ro
por fatores que a realidade atual torna rias, evoluímos para o monitoramento doviária de Assis, lançaram as bases da
quase inimagináveis. eletrônico complementar através dos instituição na região e contribuíram
Com 34 anos de experiência pro sistemas de câmeras dos Centros de para a magnitude do Policiamento Ro
fissional no Policiamento Rodoviário Controle Operacional. Da atuação qua doviário da Polícia Militar do Estado
pude vivenciar a evolução da institui se que exclusivamente com o enfoque de São Paulo.
Pág. 06
7. Companhia de Assis: passado, presente e futuro
Carlos Alberto Paffetti Fantini ligação, entre norte-sul, leste-oeste, com
Tenente Coronel PM sede de Subunidade (3ª Cia) instalada em
Comandante do 2º BPRv (Bauru) 1979. São realizações na área de trânsito
e na área de polícia de segurança, com uma
Com particular satisfação tomei atuação séria no combate à criminalidade.
conhecimento do projeto de lançamento Passei boa parte da carreira
do livro comemorativo do cinquentenário exercendo funções diversas no 2º BPRv
de inauguração da primeira sede de e testemunhei o valor dos integrantes
destacamento no município de Assis, que da Unidade, policiais de extremo
deu origem a atual 3ª Companhia do profissionalismo, trabalhando em pontos
2º Batalhão de Polícia Rodoviária tão distantes, mas unidos no mesmo
(2º BPRv). Sim, pois só conseguimos
ideal de bem servir a comunidade,
projetar um futuro melhor se
garantindo a segurança nas rodovias
compreendemos o nosso passado e
sob sua responsabilidade. Dentre esses
vivemos intensamente o nosso presente.
valorosos profissionais, vários serviram
E esse é o objetivo que se revela
na 3ª Companhia e participaram dessa
na proposta de ordenar informações que,
história de sucesso, que hoje prossegue,
em seu conjunto, apresentam um painel
como uma árvore muito bem cultivada
grandioso que passa por relatos de
que oferece bons frutos.
heroísmo, de amor e dedicação à causa
pública, depoimentos, e também Em conjunto com as Companhia Também destaco o excelente
conhecimentos técnico-profissionais de Bauru, Itapetininga, Araçatuba e relacionamento com os integrantes da
sobre essa tradicional modalidade de Presidente Prudente, Assis integra a área DR-7, engenheiros e funcionários de um
policiamento em São Paulo. do 2º BPRv, que alcança praticamente modo geral, que já é uma marca da
Até 1958, a fiscalização das um terço de todo o Estado de São Paulo. 3ª Companhia e que em muito tem
precursoras rodovias do centro-oeste e Portanto, Assis e Bauru sempre auxiliado na busca de soluções conjuntas
oeste paulistas era realizada de modo estiveram vinculados no tocante à para uma maior segurança no trânsito
itinerante, com patrulheiros vindos de fiscalização rodoviária e hoje o Comando rodoviário na região.
Bauru, sob coordenação do Tenente do Batalhão comemora realizações na Por isso, cumprimento os policiais
Comandante de Destacamento, que importante região que estabelece divisa militares rodoviários da Companhia de
constituía um posto avançado do com o Norte do Paraná e faz estratégica Assis, por essa realização!
Comando de São Paulo. As grandes
distâncias dificultavam muito a atuação
daqueles pioneiros. Somente com
sacrifícios indescritíveis, na época era
possível cobrir tão extensa área e ainda
sem viaturas disponíveis, conforme
relatam os mais antigos.
O Estado de São Paulo cresceu
junto com a expansão das rodovias no
sentido oeste e a chegada da Divisão do
DER em Assis, a DR-7, foi a senha para
a criação do Destacamento de
Policiamento Rodoviário de Assis, com
sede própria e designação de um Tenente
para a coordenação local dos trabalhos.
O Destacamento de Assis permaneceu,
como antes, subordinado ao Comando
Regional de Bauru que foi alçado ao nível
Fiscalização de trânsito rodoviário, no Km 445 da SP 270, em frente da Base de Assis
de Batalhão em 1977 (2º BPRv).
Pág. 07
8. A união faz a nossa força
Jorge Masataka Mori
Engenheiro Diretor da DR-7 (Assis)
O convívio entre o Policiamento Ro
doviário e a Divisão Regional de Assis, re
monta ao ano de 1958, lembrando que, na
época, toda a parte burocrática do contin
gente era desenvolvida por funcionários
civis do DER. Atualmente as atividades bu
rocráticas já são exercidas por policiais
militares, que também se responsabilizam
pela manutenção de algumas Bases
Operacionais, mas a convivência persiste.
Esse congraçamento, que evoluiu
ao longo do tempo, tinha suas
particularidades, pois não apenas a parte
operacional estava intimamente relacionada.
Havia na então Polícia Rodoviária e no DER
caçadores, pescadores e jogadores de futebol
que freqüentemente compartilhavam
interesses mútuos. Destaca-se que a Polícia
Rodoviária usava, para o seu treinamento,
as instalações do DERAC (Departamento
de Estradas de Rodagem - Atlético Clube)
em Assis, e mantinha nas equipes de futebol
alguns elementos conhecidos: o “Tenente
Edson”, o Eduardo “Duardão”, o
Melquiades “Quidão”, o Vicente, já do lado ou do meio ambiente. Somos, na reali litar carreou e abrigou no seu corpo os
do DER, faziam parte da famosa equipe dade, todos colegas. valorosos policiais rodoviários.
do DERAC, o Sergio (Barranco), Zilton Especialmente o policial rodoviá Por esses motivos, não poderia dei
(Pacuzinho), Aristeu, Henrique, José rio é um elemento próximo, é um irmão, xar de parabenizar no ano de 2008 o Co
Carlos (Pó) e tantos outros, que se da mesma casa, com propósitos similares mando do Policiamento Rodoviário pela
mesclavam para formar uma só equipe, no plano rodoviário e relembramos que, passagem dos 60 anos e os Comandos Re
situação que se transferia para as atividades no início, o policial rodoviário era um fun gionais (Batalhão em Bauru e Companhia
funcionais e que permanece até hoje. cionário do DER, nascido dentro do De em Assis), pelos 50 anos de história em
O efetivo do Policiamento Rodo partamento, normatizado militarmente e nossa região. Tenho a certeza de que a Po
viário sempre conviveu harmoniosamen investido da função de fiscalizar e orien lícia Militar, o DER e os usuários de modo
te com o DER em Assis, disponibilizando tar condutores para oferecer ao trânsito a geral, podem contar com um valoroso efe
profissionais em operações nas pistas. segurança necessária. Posteriormente, a tivo que está pronto para proporcionar
A presença do policial fardado impõe res excelente Corporação que é a Polícia Mi maior segurança nas rodovias paulistas.
peito, fazendo com que motoristas
desavisados reduzam a velocidade e se
acautelem, além de respeitarem outras
medidas de segurança, ao mesmo tempo
em que funcionários do Departamento
exercem suas atividades na conservação
e implantação de rodovias. O DER, por
outro lado, envida esforços para atender
às necessidades de instalação e manuten
ção das Bases Operacionais. A comuni
dade ganha com essa parceria.
De fato, a nossa responsabilida
de funcional cria vínculos sobremanei
ra fortes, a nos integrar, a nos unir. Pres
tamos juntos serviços públicos de rele
vância, sejamos funcionários do DER,
militares rodoviários ou não, policiais
civis, professores, servidores da saúde Engenheiro Vigilato, Dr. Jorge e Capitão PM Franco, em reunião na DR-7
Pág. 08
9. Parabéns aos nossos policiais
militares rodoviários!
Adilson Luís Franco Nassaro
se não pudéssemos contar com
Capitão PM
a motivação e o empenho de
Comandante da 3ª Companhia
cada um dos nossos “heróis da
do 2º BPRv (Assis)
estrada”, a qualquer hora, no
É justo enaltecer o calor da tarde ou no frio da
excelente trabalho desenvolvido, madrugada, revistando cargas e
quase sempre anonimamente, ônibus suspeitos, transportando
pelos nossos policiais militares órgãos humanos em viaturas
rodoviários atuantes em Assis e para transplantes emergenciais,
ampla região nos últimos despertando motoristas
cinqüenta anos de inauguração sonolentos, participando de
de sua sede própria. Operações em feriados
Cumprindo honrosa enquanto os cidadãos comuns
missão, são eles hoje filhos da passeiam e socorrendo usuários
terra, todos residentes nos que, em desespero, imaginavam
municípios da região. Rodam estar sozinhos na rodovia...
vários quilômetros por dia, O que a Instituição tem
cobertos pelo manto da de mais valioso é exatamente
legalidade, da farda policial- esse profissional. Merecem os
militar e das tradicionais cores policiais militares rodoviários
cinza e amarela de suas viaturas. um profundo reconhecimento
Enérgicos na fiscalização de pelas demonstrações de
trânsito, para evitar acidentes. eficiência ao longo da história,
Perspicazes no combate à com constância e lealdade. Por
criminalidade, para proteger o isso registro o orgulho que tenho
usuário da rodovia e a sociedade, em comandá-los e em poder
de modo geral, que é receptora dedicar a cada um deles o livro
do transporte realizado nas comemorativo ao Jubileu do
estradas. Policiamento Rodoviário com
Hoje mesmo eu observei Sede Regional, em nome da
na rodovia, sobre o asfalto, um comunidade que externa grande
policial de botas, quepe e colete, em pé ao lado da viatura, respeito por tudo o que têm feito.
cobrindo o seu posto e orientando motoristas, embaixo de Também, no plano pessoal, considero uma marcante
um sol escaldante... Suava toda a camisa e mantinha a postura realização comemorar esse “Cinquentenário” na mesma
altiva, de quem cumpre e faz cumprir a lei. Talvez ele não oportunidade em que completo três anos de comando na 3ª
tenha consciência plena de que o seu esforço, em conjunto Companhia do 2º BPRv, por alguns motivos especiais que
com o de outros profissionais, salva muitas vidas. faço questão de consignar: sou assisense e, depois de trabalhar
Como conseqüência desse verdadeiro amor à profissão, vinte anos na Capital do Estado desde que ingressei na Polícia
no fechamento dos balanços parciais de produtividade e de Militar em 1985, recebi com emoção o convite para servir
ocorrências registradas, ano a ano, é possível observar no Policiamento Rodoviário da região; meu pai, Lúcio
positiva evolução na área de segurança do trânsito e também Baptista Nassaro, trabalhou durante trinta e seis anos como
expressivos resultados operacionais no combate à funcionário do DER em Assis e creio que nunca imaginou
criminalidade. que um filho seu atuaria no comando dessa importante fração
O patrulhamento e o posicionamento das equipes e que compartilha tantos momentos em ação nas mesmas
viaturas em módulos e horários específicos - por vezes bem rodovias, com os integrantes do DER, na preconizada
longe das Bases -, é otimizado pelos Comandantes de Pelotão. harmonia entre fiscalização e engenharia.
Eles promovem um planejamento operacional sério, E estamos todos em constante aprendizado nessas
devidamente supervisionado, objetivando primordialmente estradas que sustentam o desenvolvimento e trazem
evitar acidentes, mediante critérios estritamente técnicos, ou esperanças de um futuro ainda melhor, e com segurança.
seja, com base na análise crítica das características das últimas Enfim, desejo que cada um dos companheiros que
ocorrências, para a preservação da vida e da integridade física exercem o já tradicional Policiamento Rodoviário na região
dos usuários das rodovias. também se sinta recompensado no desempenho de tão nobre
Certo é que de nada valeria o melhor dos planejamentos, tarefa. A vida não tem preço!
Pág. 09
10. Polícia Militar Rodoviária:
Cinquenta anos em Assis
Ézio Spera em direção ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Prefeito Municipal de Assis Paraguai e Argentina e igualmente no sentido contrário.
Também por aqui saem os veículos oriundos dos Estados
Assis se constitui, em razão das rodovias por aqui localizados mais ao norte com destino ao Paraná e toda
localizadas, em um dos principais entroncamentos a região Sul.
rodoviários do Estado de São Paulo. Pela nossa região Por essa razão, é destacada a importância da 3ª
passa praticamente todo o tráfego de caminhões, ônibus Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária, que
e automóveis oriundos da Capital e Grande São Paulo comemora 50 anos de inauguração da primeira sede de
Destacamento no município, em 04 de julho.
Tal data se transforma, indubitavelmente, em um
marco e uma comprovação do desenvolvimento
regional, dada a importância que é atribuída ao
transporte rodoviário no Brasil.
Fundamental se louvar, no entanto, a importância
dos POLICIAIS RODOVIÁRIOS nesta data. Tenho
certeza que a criação e a manutenção da atual 3ª
Companhia do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária,
esteve sempre apoiada na competência e na bravura
dos “soldados do asfalto”.
A segurança pública, um dos grandes clamores
da população, tem sido brilhantemente conduzida, no
que diz respeito às rodovias da região, durante essas
últimas cinco decadas.
Resta-nos, portanto, mais que parabenizar os
integrantes da 3ª Cia, cumprimentar a todos os
integrantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo
e agradecer pelo empenho no trabalho dedicado à nossa
cidade e nossa região durante esses 50 anos.
Pág. 10
11. Dados do Município de Assis
DADOS GERAIS CARACTERÍSTICAS
O Município de Assis está localizado na Região Oeste do FÍSICAS E AMBIENTAIS
estado de São Paulo, na Bacia do Médio Paranapanema, dis O Município de Assis, composto por uma área territorial
tante da Capital Paulista 455 Km por via rodoviária e 548 Km de 462,9 Km2, possui as seguintes coordenadas geográficas:
por via Ferroviária. Possui e ocupa uma área territorial de Latitude 22º39’39’, Longitude 50º25’13”com uma altitude
pouco mais de 474 Km2 e seus limites geopolíticos encon média de 556m em relação ao nível do mar.
tram divisas ao Norte, com o Município de Lutécia, ao Sul, Apresenta clima sub-tropical, tendo uma temperatura mé
com os de Tarumã e Cândido Mota, à Leste, com Platina e dia anual de 21,5ºC, com oscilações nos meses quentes entre
Echaporã e, a Oeste, com Maracaí e Paraguaçu Paulista. 21ºC e 23ºC, e nos meses frios, de 13ºC e 18ºC. Tem uma
Apresenta estratégica localização geográfica, tanto pela si precipitação pluviométrica média anual de 1.212mm. Os ín
tuação de localização geográfica em si quanto pela situação dices de umidade relativa do ar variam entre 62% e 84%, apre
de proximidade regional com o Norte do Paraná, com a Re sentando média anual 75,2%.
gião Meridional do Mato Grosso do Sul, e se posicionando O solo predominante é o latosso vermelho escuro, embora
com isso, como importante eixo e rota de entroncamento ro na cidade apresente solo arenoso. Segundo projeções do IBGE,
doviário, no próprio interior do estado, mas também no as ao completar um século, a população de Assis atingia 100 mil
pecto interestadual, inclusive do próprio Mercosul. habitantes.
Com isso, o acesso e ligação, tanto com as cidades mais
importantes do interior paulista, inclusive a capital, tanto com GESTÃO LOCAL
outros estados, são facilitados pela malha rodoviária que ser O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, Ézio
ve o município, em especial a Rodovia Raposo Tavares, que Spera, tendo como vice, João Rosa da Silva Filho.
passa por todo o seu entorno, com próxima ligação à Rodovia O Poder Legislativo apresenta uma Câmara Municipal cons
Castelo Branco. tituída por 10 Vereadores: Márcio Aparecido Martins (Presi
Pertence à Região Administrativa de Marília, e pela sua dente), Arlindo Alves de Sousa, Célio Francisco Diniz, Clau
importância no contexto regional, Assis ocupa a condição decir Rodrigues Martins, Cláudio Augusto Bertolucci, Cristia
de Sede de Sub Região Administrativa, compreendendo atu no Manfio, Eduardo de Camargo Neto, José Luis Garcia, José
almente 22 municípios, que compõe o CIVAP - Consórcio Aparecido Fernandes e Paulo Mattioli Júnior.
Intermunicipal do Vale Paranapanema: Borá, Campos No O Município de Assis conta com os seguintes instrumen
vos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Echaporã, Florínea, tos legais e institucionais de auxílio à administração local:
Ibirarema, Iepê, João Ramalho, Lutécia, Maracaí, Martinó Plano Plurianual, Orçamento Anual, Planta de Valores, LDO
polis, Nantes, Oscar Bressane, Palmital, Paraguaçu Paulis – Lei de Diretrizes Orçamentárias, e no momento, trabalha na
ta, Pedrinhas Paulista, Platina, Rancharia, Quatá e Tarumã. elaboração de seu Plano Diretor.
Forma uma “macro-região” que conta com
aproximadamente 330.000 habitantes.
A condição de Sede de Região do
Governo, faz com que a cidade con
gregue e conte com a presença de
vários órgãos e instituições que
atuam e executam atividades de
forma regionalizadas.
ASSIS
O nome da cidade originou-se
do sobrenome do doador das terras,
Capitão Francisco de Assis Nogueira.
Pág. 11
12. Assis: sede da Terceira Companhia de
Policiamento Rodoviário (2º BPRv)
Base Operacional de Assis, no Km 445 da SP 270 (Rodovia Raposo Tavares)
Basta olharmos para o mapa do Es ção geográfica são nove as Bases Tudo o que é de bom - e também o
tado de São Paulo, cortado por diversas ro Operacionais em funcionamento que é de ruim - circula nessas rodovias. Coi
dovias, para notarmos que a cidade de As ininterrupto: duas no 1o Pelotão (Assis e sas boas e também as nocivas são transpor
sis é um importante entroncamento rodovi Florínea), três no 2 o Pelotão (Marília, tadas para chegar até o consumidor, nas ci
ário. Caminhos para o norte, sul, leste e oeste Tupã e Garça) e quatro no 3o Pelotão (duas dades. Pessoas viajam, em razão do traba
do estado cruzam-se, passando pelo muni em Ourinhos, mais Santa Cruz do Rio lho, por diversão e também por inúmeros
cípio. Pardo e Pirajú). outros motivos. Vidas e esperanças circu
Naturalmente, junto a esse pólo re Assis possui localização privilegia lam incessantemente sobre o asfalto. Daí a
gional, o trabalho de fiscalização nas rodo da e, mesmo não sendo a cidade mais po importância de um trabalho forte de fiscali
vias foi se fortalecendo ao mesmo tempo pulosa dessa extensa área, centraliza e co zação, na esfera da preservação da ordem
em que o asfalto tornou-se alvo de investi ordena, por meio da 3a Companhia de Po pública, que é competência constitucional
mentos estratégicos para o desenvolvimen liciamento Rodoviário, o trabalho de fis da Polícia Militar. Certamente, nesse pla
to de toda a região, a partir da década de calização de importantes trechos de rodo no, a sensação de segurança na rodovia de
cinquenta. vias, para a garantia de um trânsito seguro pende, além do respeito às regras de trânsi
Nesse contexto, além de contar com na interligação entre diversos municípios. to por parte dos usuários - que são fiscali
a Divisão do DER (DR-7), Assis é sede da As principais rodovias são: Raposo Tavares zados para esse fim - também do permanente
3a Companhia de Policiamento Rodoviário, (SP 270), Engº João Baptista Cabral Rennó combate à criminalidade realizado com a
Subunidade vinculada ao 2º Batalhão de Po (SP 225), Cmt João Ribeiro de Barros (SP presença ostensiva do policiamento rodo
lícia Rodoviária, em Bauru. As outras Com 294), Manilio Gobbi (SP 284), Orlando viário.
panhias do mesmo Batalhão são as seguin Quagliato (SP 327), Miguel Jubran (SP Assis pode se orgulhar por constituir
tes: 1a em Bauru, 2a em Itapetininga, 4a em 333) e um pequeno trecho (11 km) do fi importante pólo rodoviário. Dezenas de po
Araçatuba e 5a em Presidente Prudente. Im nal da Castelo Branco (SP 280). liciais militares rodoviários moram no mu
portante destacar que são quatro os Bata A responsabilidade é grande. Como nicípio e trabalham vinculados à 3a Compa
lhões da Polícia Militar que desenvolvem o transporte ferroviário foi perdendo espa nhia de Policiamento Rodoviário, com sede
atividade especializada de policiamento ro ço durante as últimas décadas e os trans no Km 445 da SP 270 (Rodovia Raposo
doviário, subordinados ao Comando de Po portes aéreo e o marítimo não representam Tavares), representando hoje uma das mais
liciamento Rodoviário (sede na Capital), grande volume por diversos motivos, espe operantes subunidades do estado de São Pau
para cobrir toda a malha de rodovias esta cialmente a falta de infra-estrutura, o abas lo, na estrutura organizacional da Polícia Mi
duais de São Paulo. tecimento dos centros urbanos depende litar, desenvolvendo ininterruptas atividades
A área de circunscrição da 3a Com hoje, quase em sua plenitude, do trans de polícia de trânsito e de combate à
panhia (Assis), abrange hoje 57 municí porte rodoviário. Podemos afirmar, por criminalidade.
pios e a extensão de rodovias estaduais tanto, que o desenvolvimento passa obri O trabalho desses policiais mili
fiscalizadas alcança 1.342,51 Km. Para gatoriamente pelas rodovias, que são tares rodoviários tem sido reconhecido
desenvolver sua missão, a 3a Companhia verdadeiras artérias que ligam os ór pelo Comando da Instituição e tem trazi
conta com 178 homens distribuídos em gãos (municípios) que compõem o do inúmeros benefícios aos usuários das
três Pelotões: o 1 o em Assis, o 2 o em Estado, viabilizando a integração e a rodovias estaduais responsáveis pelo de
Marília e o 3o em Ourinhos. Na distribui evolução dos núcleos regionais. senvolvimento de toda a região.
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13. Descrição das Companhias e telefones no
âmbito do CPRv
Sede do Comando de Policiamento Rodoviário:
Av. do Estado, 777 – 1º andar – Ponte Pequena
CEP 01107-000 – São Paulo-SP.
Tel: (11) 3327-2727 – Fax: (11) 3327-2653
cprv@polmil.sp.gov.br
site: www.polmil.sp.gov.br/unidades/cprv
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14. Descrição da área da Companhia de Assis,
Pelotões e Bases Operacionais
COMANDANTES DOS PELOTÕES:
ASSIS: MARÍLIA: OURINHOS:
2º TENENTE PM 2º TENENTE PM 1º TENENTE PM
GILBERTO ANTÔNIO AUGUSTO JOSÉ DE ADRIANO ARANÃO
DE OLIVEIRA CARVALHO FILHO
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18. OURINHOS
Instrução de Tiro
Encontro TOR
em Assis, instrução
de Bastão Tonfa
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19. Bases
Operacionais
3ª Companhia do 2º BPRv
ASSIS: SP 270, Km 445 (270/9). ASSIS - SP
Atrás da base está a sede do 1º Pelotão.
A sede da Companhia se encontra na parte posterior.
FLORÍNEA: SP 333, Km 450+500m (333/3). MARÍLIA: SP 294, Km 452+600m (294/2).
Divisa de São Paulo com o Paraná. Atrás da base está a sede do 2º Pelotão.
GARÇA: SP 294, Km 411+700m (294/2). TUPÃ: SP 294, Km 529+700m (294/3).
OURINHOS: SP 327, Km 28+400m (327/1). OURINHOS - trecho urbano: SP 270, Km 373 (270/8).
Junto com a base está a sede do 3º Pelotão.
SANTA CRUZ DO RIO PARDO: SP 225, Km 310 (225/3). PIRAJÚ: SP 270, Km 309 (270/7).
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20. Brasão símbolo do
Policiamento Rodovíario
Todos os policiais militares Força Pública. A aproximação "POLICIAMENTO RODOVIÁRIO"
rodoviários de São Paulo transportam operacional e inclusive o controle da em letras brancas e, nos dois terços
com orgulho, no ombro direito de atividade que ensejou formação inferiores, escudo em tamanho
suas camisas, o símbolo da atividade técnica e organização militar sob os reduzido, de cor azul clara, contendo
especializada de policiamento cuidados de instrutores habilitados em seu centro um mapa estilizado, em
rodoviário, que também corresponde para esse fim, manteve naturalmente linhas retas, do Estado de São Paulo,
ao brasão do Comando de a Milícia Paulista diretamente ligada sobre campo oval azul. As linhas do
Policiamento Rodoviário (CPRv), ao patrulhamento nas rodovias em mapa são douradas e de um ponto
com sede em São Paulo. plena expansão em São Paulo. dele, correspondente à Capital partem
O símbolo traz, em seu centro, Também, durante todo esse oito halos, também dourados, que se
o mapa estilizado que ainda hoje é a período, vários integrantes da então abrem gradativamente e morrem nos
marca do Departamento de Estradas Força Pública foram cedidos para a contornos do mapa, simbolizando as
de Rodagem (DER), evocando o atividade de fiscalização nas direções gerais das principais
tempo em que o policiamento rodovias, atuando em conjunto com rodovias do Estado. O campo oval é
rodoviário se vinculava a esse órgão profissionais contratados pelo DER. envolvido por uma coroa de louro
(1948 a 1962), por meio da então Não por acaso, portanto, em 1962 culminada por uma estrela de cinco
Secretaria de Viação e Obras Públicas. a Força Pública acabou absorvendo a pontas, tudo em cor dourada.
A própria formação do “Grupo então Polícia Rodoviária, para
Especial de Polícia Rodoviária”, em estabelecer em seus quadros o “Corpo MEDIDAS:
10 de janeiro de 1948, deu-se com o de Policiamento Rodoviário”. Altura: 90 mm
emprego de 60 homens, dentre ex Descrição: o distintivo é bordado Largura: 80 mm
combatentes da Força Expedicionária em tecido de fundo azul escuro, com o
Brasileira, comandados pelo 1º formato de escudo misto, contendo Descrição publicada no item 28
Tenente José de Pina Figueiredo, da no terço superior a inscrição do Boletim Geral PM nº 167, de 1989.
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21. Comandantes da 3ª Companhia
do 2º BPRv - Assis
André Boicenco Neto David Fernandes Pedrosa José Carlos Pires Alcides Coelho
Ramiro de Oliveira Nelson Garcia Filho Adilson Luís Franco Nassaro
Domingos
1. Capitão PM André Boicenco Neto, a partir de 30 de março de 1979.
O oficial veio a exercer a função de Comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo, como Coronel
PM, no período de 04/02/94 a 04/01/95.
2. Capitão PM David Fernandes Pedrosa, assumiu em 1983.
Depois dele, permaneceram interinamente no comando, o 1º Tenente José Koki Kato e o 1º Tenente Edmilson Valter
do Nascimento.
3. Capitão PM José Carlos Pires, de 1985 a 1992.
4. Capitão PM Alcides Coelho, de 1992 a 1996.
5. Capitão PM Ramiro de Oliveira Domingos, de 1997 a 2000.
O oficial, natural de Assis, exerce hoje a função de Comandante do 4º BPRv (sede em Jundiaí), como Tenente-
Coronel PM.
6. Capitão PM Nelson Garcia Filho, de 2001 a 2002.
O oficial exerce hoje a função de Subcomandante do 4º BPM/I (sede em Bauru), como Major PM.
Depois dele, permaneceram interinamente no comando o 1º Tenente Núncio Aparecido Chiampi e o 1º Tenente
Adriano Aranão.
7. Capitão PM Adilson Luís Franco Nassaro, a partir de 15 de junho de 2005.
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22. O Policiamento Rodoviário no Estado de São Paulo
Já naquela época o trânsito se en
contrava em situação caótica, em ra
zão do período pós-guerra. Ocorreu que
muitos dos veículos se encontravam até
então recolhidos por falta de combus
tível e naturalmente surgiram proble
mas quando estes voltaram a circular,
situação que impôs aos órgãos de se
gurança a adoção de medidas para
manter a disciplina do trânsito.
Em 10 de janeiro de 1948, com a
edição do Decreto 17.868, foi instituída
a “Polícia Rodoviária do Estado”, com o
efetivo inicial de 60 homens e sob o co
mando daquele Oficial, atuante na con
dição de comissionado ao Departamen
to de Estradas de Rodagem, isto porque
a competência para exercer a polícia de
tráfego nas rodovias era daquele Depar
Década de 70: fiscalização em caminhões tamento. O objetivo inicial seria a ope
Este fato motivou, em setembro de ração na Via Anchieta, rodovia mais im
Na década de 30, São Paulo viu
1947, o Presidente do Conselho Rodovi portante e moderna da época.
a necessidade de criar e organizar seu
ário do Estado, Órgão deliberativo das Por meio da Lei nº 7.455, de 16
Órgão Rodoviário para poder fazer jus
atividades do Departamento de Estradas de novembro de 1962, a então Força Pú
aos recursos do Fundo Rodoviário Fe
de Rodagem, Engº Hipólito Rego, a man blica (hoje PMESP) absorveu a Polícia
deral. Foi criado o Departamento de
ter contato com o Oficial da Força Pú Rodoviária, criando em sua organiza
Estradas de Rodagem, com uma gama ção o Corpo de Policia Rodoviária, ini
blica, Tenente José de Pina Figueiredo,
de atribuições dentre elas, a de exercer cialmente composto por oficiais e pra
que naquela época comandava o 1º Gru
a polícia de tráfego, ou seja, realizar o pamento, responsável pelo policiamen ças que já exerciam a função na Polícia
policiamento de trânsito nas estradas to de trânsito na cidade de São Paulo, Rodoviária na condição de comissiona
de rodagem, uma atividade completa sendo ele também o autor do Plano de dos, juntamente com os Guardas Rodo
mente estranha aos engenheiros. Policiamento de Trânsito para a Capital. viários do DER, estes civis.
Década de 60: apoio com motocicletas
em mini-maratona, na cidade de São Paulo
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23. Década de 60: instrução para operação com motocicletas
A partir deste momento o Poli ficada na legislação de trânsito, desta- ao mandamento contido no artigo 2º do
ciamento Rodoviário começou a atuar cando-se o Código Nacional de Trân Decreto-Lei Federal nº 667, de 02 de
com poderes delegados pelo Departa sito de 1966, lei 5.108/66 que dispu julho de 1969 e Decreto Lei Federal nº
mento de Estradas de Rodagem, tor nha em seu artigo 34, inciso IV, a com 1.072, de 30 de outubro de 1969, que
nando-se necessária a celebração de petência do Órgão Rodoviário Estadu estabeleceram que à Polícia Militar do
convênios para ajustar a competência al para exercer a polícia de trânsito nas Estado competia executar com exclu
delegada e a sua respectiva atuação. estradas sob sua circunscrição. sividade o policiamento fardado, das
Em 1963 foi celebrado o primei O Decreto-Lei Estadual nº 217, vias de comunicação rodoviária, a fim
ro convênio, restando estabelecido que: de 8 de abril de 1970, dava execução de assegurar o cumprimento da lei.
“I - A Força Pública do Estado
de São Paulo coloca o Corpo de Poli
ciamento Rodoviário (C.P.R.), à dispo
sição da Diretoria Geral do Departa
mento de Estradas de Rodagem para
exercer as funções de policiamento e
fiscalização de trânsito e do tráfego na
rede de estradas de rodagem estadual
e federal, situada no território do Esta
do, quando esta atribuição couber ao
DER, por delegação da autoridade fe
deral competente;
II – O DER fixará as sedes dos
destacamentos regionais e distritais do
C.P.R, de acordo com as necessidades
técnicas dos serviços rodoviários e porá
à disposição do comando deste os imó
veis e instalações necessários, inclusi
ve viaturas, rádio-comunicação, para o
cumprimento das atribuições cometi
dos aos destacamentos do C.P.R.”
Essa competência do Departa
mento de Estrada de Rodagem foi rati Soldado Pereira, operador de rádio na Base de Tupã, em 1975
Pág. 23
24. (...) Cláusula nona: No sistema
rodoviário ‘Anchieta-Imigrantes’, a
DERSA fica sub-rogada nos direitos e
deveres do Departamento de Estrada
de Rodagem”
Com a modificação legal, o Cor
po de Polícia Rodoviária passou a ser de
nominado 39º Batalhão de Polícia Mili
tar até 1975, quando passou a chamar-se
1º BPRv, conforme o Decreto 7.296, de
15 de dezembro de 1975, que aprovou o
Regulamento Geral da Polícia Militar e
o Decreto 7.289, do mesmo ano. Na se
qüência, foram criados os 2º e 3º BPRv,
respectivamente em 1977 e 1979, sendo
instituído junto a este último, o Coman
do de Policiamento Rodoviário, ao qual
ficaram subordinadas, a partir de então,
as três Unidades Operacionais.
A Constituição Federal de 1988,
mais precisamente em seu artigo 144,
parágrafo 5º, estabelece a exclusivida
de do Policiamento Ostensivo e a Pre
servação da Ordem Pública à Polícia
Militar. Esse dispositivo combinado
Soldado Marques, na Base de Tupã, em 1975 com o disposto no Decreto Federal
88.777/83, que instituiu o Regulamen
Em 29 de março de 1971 sobre dência, colocar servidores do DER à dis to Geral para as Policias Militares, re
veio a celebração de novo convênio posição do referido órgão, para presta sultou na definição de que o policiamen
destacando que: rem serviços administrativos, e à Polícia to rodoviário é uma das modalidades de
“Cláusula primeira: A Secretaria Militar as despesas com vencimentos, policiamento ostensivo fardado.
da Segurança Pública, coloca à disposi abonos de transferências, passagem para A partir dessa definição, formou-
ção do Superintendente do Departamen a reserva ou reforma, assistência social, se a convicção de que a competência
to de Estradas de Rodagem, o Corpo de médico-hospitalar, e outras vantagens para o exercício da polícia de tráfego
Policiamento Rodoviário da Polícia Mi funcionais, tudo dentro das disponi ou de trânsito, passou a ser exclusiva
litar do Estado, para fins de mútua coo bilidades orçamentárias. da Polícia Militar.
peração e colaboração no policiamento
rodoviário, com a observância de normas
técnicas e administrativas, na forma pre
vista em instruções a serem baixadas pela
Superintendência da autarquia e de modo
a observar-se um policiamento planeja
do e integrado das normas de trânsito e
tráfego nas rodovias.
Cláusula segunda: Competirá ao
Departamento de Estradas de Rodagem
e mediante proposta do Comando do Po
liciamento Rodoviário o fornecimento de
rádio-comunicação, viaturas e outros
meios de locomoção, suas manutenções,
combustível, uniformes de serviços, ar
mamento leve e munição, material per
manente, material de consumo e equipa
mentos específicos necessários para a ins
talação da Sede do Comando das Com
panhias e Destacamentos, o pagamento
de diárias de diligências, e, mediante so
licitação do Corpo de Policiamento Ro
doviário com a anuência da Superinten Formatura no Gabinete de Treinamento (GT) do CPRv, São Paulo, em abril de 2008
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25. Assim sendo, os convênios fir
mados cuidaram de definir a destinação
de recursos do DER para a Polícia
Militar executar a fiscalização e poli
ciamento de trânsito e, até mesmo, ope
ração viária.
Em 23 de setembro de 1997 foi
sancionada a lei 9.503, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro, estabe
lecendo a composição e a competên
cia dos Órgãos e Entidades do Sistema
Nacional de Trânsito, definindo no ar
tigo 21 a competência do DER, en
quanto Órgão Executivo Rodoviário do
Estado e no artigo 23 e anexo I a com
petência da Polícia Militar no trânsito.
Em decorrência da Lei Comple
mentar 960, de 09DEZ04 e das altera
ções organizacionais realizadas por
meio do Decreto nº 49.248, de Cena do filme “O Craque”, com Eva Wilma e a participação de Policiais Rodoviários-1954
15DEZ04, publicado no Diário Ofi
cial do Estado nº 236, de 16DEZ04,
foram processadas várias modificações
na estrutura da organização. Dentre
elas destaca-se a criação do 4º Bata
lhão de Polícia Rodoviária (4º BPRv),
sediado em Jundiaí, subordinado ao
CPRv, responsável pelas rodovias com
preendidas pelo cinturão rodoviário ao
redor da Capital, abrangendo as saídas
para as Regiões Norte, Oeste e Sudo
este do Estado, dividindo as áreas de
atuação dos 1º, 2º e 3º BPRv.
Até 2005, além do convênio da
PMESP e o DER, havia uma sub
rogação do convênio com a DERSA,
porém já vencido há vários anos, e es
tabelecido um Termo de Compromis Desfile do Corpo de Policiamento Rodoviário da Força Pública, na Vale do Anhangabaú-1964
so Específico entre cada Concessioná
ria e o policiamento rodoviário.
Objetivando agrupar todas as
partes envolvidas, em outubro de 2006,
novo convênio foi celebrado, cujo ob
jeto é a execução dos serviços de poli
ciamento e fiscalização de trânsito e
transporte nas rodovias estaduais, pela
Polícia Militar do Estado de São Pau
lo, por meio do Comando de Policia
mento Rodoviário.
Caracteriza-se o compromisso
firmado pela cooperação técnica e
material entre os partícipes e as em
presas concessionárias intervenientes
anuentes, com prazo de vigência de
05 (cinco) anos, podendo ser prorro
gado por igual período, em face da sua
natureza e objeto, mediante prévia
autorização do Secretário da Seguran
ça Pública. Cabo PM Mariano e sua Harley Davidson no Pátio do DER de Bragança Paulista-1960
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26. O 2º Batalhão de Polícia Rodoviária
2º BPRv, com sede em Bauru
Sede do 2º BPRv, em Bauru
Equipe TOR
Distribuição das áreas das cinco Companhias do 2º BPRv
O Segundo Batalhão de Polícia Ro to de Estradas de Rodagem na área. cando desta forma a presença da mulher
doviária (2º BPRv), com sede em Bauru, O Tático Ostensivo Rodoviário no Policiamento Rodoviário.
foi criado em 07 de agosto de 1977, por for (TOR) foi criado em 30 de setembro de Hoje são quinze policiais femininas,
ça do Decreto nº 8684 de 30 de setembro de 1987, como nos demais Batalhões, com cinco delas servindo no Pelotão de
1976. A cidade de Bauru foi estrategicamen a missão de intensificar as ações de poli Marília, vinculado à Companhia de Assis.
te escolhida pelo comando da Polícia Mili ciamento ostensivo preventivo repressi Atualmente o 2º BPRv é coman
tar para sediar o 2º BPRv devido a sua po vo nas rodovias estaduais, principalmen dado pelo Ten Cel PM Carlos Alberto
sição geográfica, região central do Estado, te voltado à prevenção e repressão ime Paffetti Fantini e possui uma área de
e também por possuir o maior entroncamen diata às ocorrências de maior vulto, so atuação nos eixos que interligam 223
to rodo-ferroviário de São Paulo. bretudo referentes ao tráfico de entorpe municípios paulistas, num total de
Desse modo, a cidade “Sem Limi centes e ao roubo e furto de carga. Os aproximadamente 6.867 Km de rodo
tes” começava a despontar ainda mais no policiais militares rodoviários que com vias policiadas pelo efetivo distribuí
cenário policial, com um contingente de põem as equipes de TOR procuram se do nas cinco companhias operacionais,
450 policiais militares rodoviários, 95 vi especializar diariamente, criando assim com sedes respectivas nas cidades de
aturas e 04 radares para a manutenção da doutrina própria de emprego e apoio às Bauru, Itapetininga, Assis, Araçatuba
ordem pública e a fiscalização de trânsito ações do Policiamento Rodoviário. e Presidente Prudente.
rodoviário nas regiões de Bauru, Ribei Em 04 de dezembro de 1992, por As funções administrativas ficam a
rão Preto, São José do Rio Preto, força da Lei nº 8.160, o 2º Batalhão de cargo do Estado Maior, composto por qua
Araçatuba, Presidente Prudente e Marília, Polícia Rodoviária passou a denominar- tro oficiais e da Companhia de Comando e
atuando nas interligações de 316 municí se “Ten Cel PM Levy Lenotti”, uma ini Serviços, hoje com 44 policiais sob o co
pios paulistas. ciativa do então deputado estadual Os mando de um Capitão, responsáveis pela
Com o passar dos anos, em razão valdo Sbeghen, em homenagem póstu elaboração dos planos e normas de ação a
da necessidade de acompanhar o cresci ma ao ex-comandante da Unidade, ofi serem desenvolvidas no âmbito das
mento demográfico e industrial das regi cial de raras qualidades e que deixou subunidades, tanto no campo propriamen
ões abrangidas, o 2º BPRv passou por marca de excelente administração. te policial como no de trânsito rodoviário.
várias modificações até alcançar a dimen Em 15 de agosto de 2003, uma se
são atual. O efetivo aumentou para 840 mana após o 2º BPRv completar vinte e Sede do 2º BPRv: Avenida Cru
policiais militares rodoviários, incluídos os seis anos de existência, apresentou-se na zeiro do Sul, 14-71 - Jardim Cruzeiro
23 soldados temporários; as viaturas já so sede da Unidade o 2º Sgt Fem PM Sel do Sul - Bauru/SP - CEP 17.030-743,
mam 218 entre 02 e 04 rodas; e o número ma Yaskara Gonçalves, a primeira poli fone/fax (14) 3203-1311 e 3203-1304,
de radares operando na malha viária passa cial feminina a servir no Batalhão; na e-mail 2bprv@polmil.sp.gov.br.
de 14 se considerarmos aqueles operados seqüência vieram o Cb Fem PM Danielle Site: http://www.polmil.sp.gov.br/
pelas concessionárias e pelo Departamen e os Sd Fem PM Raquel e Simone, mar unidades/cprv/index.asp.
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27. O Policiamento Rodoviário
na região de Assis,
sede da 3ª Cia do 2º BPRv
Base Operacional de Assis, década de 60, acesso da SP 333
Primórdios...
No início dos anos 50, a fiscali cal em que permanecia um policial de de 50 o povo interiorano somente ouvia
zação das rodovias do centro-oeste Itapetininga atuando sozinho), prossegui falar de asfalto como “material neces
paulista, incluindo-se as regiões de As am para Rancharia e Iepê, Presidente Pru sário para pista de avião”.
sis, Marília e Ourinhos, era desenvol dente e Pirapozinho, encerrando desse Periodicamente, uma equipe
vida de modo itinerante por patrulheiros modo o ciclo de fiscalização. itinerante passava duas semanas ba
integrantes do Destacamento de Bauru, Nessa época, as estradas do inte seada em Assis e depois retornava para
criado 25 de julho de 1950. rior apresentavam-se construídas em Bauru. Enquanto baseados nesse muni
Para enfrentar as grandes distân cascalho e outras, ainda em terra bati cípio, os patrulheiros permaneciam alo
cias, o modo de operação impunha enor da. Quando chovia, era necessário pas jados em uma pensão na Rua Brasil, pré
mes sacrifícios aos patrulheiros. As equi sar a máquina moto-niveladora para dio que veio a abrigar a agência local
pes atuavam, em seqüência, na primeira aplainar o leito carroçável, a exemplo do Banco do Brasil.
semana em Bauru, de Bauru para São do que ocorria no prolongamento da Av. Muitas das estradas da região eram
Manoel, Arealva, Lençóis Paulista, Agu Rui Barbosa, na saída da cidade de As “construídas” apenas em terra batida, para
dos e por toda essa região. Depois pros sis e o mesmo no seu trecho urbano. No interligar municípios (as estradas deno
seguiam até Iacanga, Ibitinga, depois para oeste paulista somente existia asfalto em minadas vicinais), onde a fiscalização não
Lins, Birigui e Araçatuba, até Valparaíso. algumas quadras do centro da cidade de chegava em razão de que o policiamento
Na outra semana deslocavam-se para As Santa Cruz do Rio Pardo e também de rodoviário atuava, como hoje, somente
sis (mas não fiscalizavam Ourinhos, lo Araçatuba. Aliás, no começo da década nas rodovias estaduais.
Pág. 27
28. desbravado oeste paulista, onde o asfal
to era uma grande novidade.
Ainda no início da década de 50,
foi inaugurado um trecho oficial de ro
dovia ligando Assis até Echaporã (SP
333), em 31 quilômetros de terra bati
da. Mesmo sem asfalto, a rodovia esta
dual possuía qualidade inédita, com pis
tas largas, um motivo de orgulho para a
região naquele contexto viário primiti
vo. Então, para chegar até Assis, as equi
pes itinerantes do Destacamento de
Bauru passavam por Presidente Alves,
por Gália, por Garça, por Vera Cruz,
sempre cruzando por trechos de estrada
de terra até chegar em Marília e passa
vam pela serra de Echaporã até alcan
çar a rodovia recém inaugurada, para
então alcançar Assis. Por isso, as cida
des de Assis e Presidente Prudente eram
Fiscalização de trânsito rodoviário, década de 60. Região de Assis conhecidas pelos patrulheiros como o
“fim-do-mundo”.
Por essas paragens, o DER dava não, isso aqui é um paraíso...” pouco O trecho de Marília até Echaporã
suporte mediante um serviço de “Resi antes de perder o controle da direção e apresentava maior dificuldade para ser
dência”, que já funcionava em Assis na provocar o capotamento da viatura. transposto em razão das serras. Passa
década de 50, para a manutenção das Normalmente os patrulheiros vi vam por cima de morros, em trechos de
rodovias regionais mediante reparos bá ajavam de carona e faziam grandes ca terra mal conservados, ao lado de ver
sicos, colocando cascalho em terrenos minhadas, de dia ou de noite, enfren dadeiros abismos, com curvas extrema
arenosos ou construindo aterros com tando situações difíceis em rodovias mente perigosas. Temia-se especialmen
transporte de terra por meio de burros, pouco movimentadas. Por vezes, pela te a “Serra do Gavião”, em razão de que,
procedimento comum na época. Solta falta de outros meios, se sujeitavam a no final do declive sem acostamentos,
vam-se os animais a distâncias de até aceitar a condução no próprio veículo os veículos encontravam uma curva fe
mil metros, carregados de terra em duas fiscalizado e eventualmente multado. À chada com as laterais escoradas por ele
caçambas amarradas ao lombo numa noite, quase sempre longe de casa e dos vados muros de madeira que dissimula
cangalha, para destino certo e, depois entes queridos, em pensões, ao tomar vam um grande precipício. Caminhões
de descarregada a terra por portinholas banho, tiravam poeira do nariz ou dos carregados de algodão, de cereais ou de
na parte inferior das caçambas, os bur cabelos e penavam para lavar a farda outros produtos, por vezes não conse
ros eram despachados para retornar ao cáqui, em razão da força e da cor da ter guiam fazer a manobra, protagonizando
ponto inicial - também sem guia - para ra vulcânica (chamada “terra roxa”) do trágicos acidentes.
novo carregamento, sempre com uma
chibatada na ida e outra na volta...
No início da fiscalização rodovi
ária no interior do Estado, os
patrulheiros não dispunham de viaturas.
Durante quase toda a década de cin
qüenta apenas uma viatura atuava no
âmbito do Destacamento de Bauru, sob
responsabilidade direta do comandante
regional para traslado das patrulhas.
Essa viatura, inclusive, foi seriamente
danificada em 1951 quando um Tenen
te da capital, de nome Arantes, passan
do pela região, resolveu dirigi-la sobre
uma estrada de terra, em alta velocida
de. Apesar de alertado pelos patrulheiros
- que se encontravam no interior do ve
ículo - quanto à técnica de direção no
solo diverso do asfalto, o Tenente res
pondeu, no meio do poeirão: “tem nada Viatura acidentada do Destacamento de Assis, década de 60
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29. Descentralização do efetivo
Em razão das dificuldades de nome do Tenente Comandante do Des
constantes viagens, ainda no ano 1951, tacamento de Bauru. Por vezes o
em data não identificada, foram desig patrulheiro destacado cumpria escala de
nados dois policiais, soldados da Força apresentação na sede do Destacamen
Pública atuando no Destacamento de to, oportunidade em que prestava con
“Polícia Rodoviária” de Bauru, para ser tas pessoalmente ao Comando, tornan
virem de modo fixo em Assis, quais se do-se desnecessário, no respectivo pe
jam, Manoel Fernandes Neto e Custó ríodo mensal, o deslocamento de al
dio Ferreira de Souza. Passaram a mo guém de Bauru para contato.
rar na cidade, inicialmente na mesma Quanto às figuras da época, lem
pensão da Rua Brasil, e a trabalhar ex bradas em relatos, merece destaque um
clusivamente nas rodovias próximas. No patrulheiro que atuou em Garça duran
mesmo movimento de descentralização, te algum tempo na década de 50 e ficou
mais dois patrulheiros foram designa muito conhecido pela sua apresentação
dos para Lins: José Rodrigues e Renato pessoal e uniforme impecável: Marcos
Plazi; outros dois: Salviano Gonçalo de Celso Dias Penha. Era paraguaio, natu
Souza e Sebastião Garcia foram desig ralizado brasileiro e, orgulhoso da fun
nados para Araçatuba. Outros dois fo ção pública que exercia, fez questão de
ram para Rancharia: o policial Antonio apresentar-se todo equipado com luvas,
Coelho Cristino (conhecido por “King”) viseiras sobrepostas ao quepe e outros
e o Silveira. Mais três patrulheiros fo acessórios próprios da fiscalização com
ram destacados para Presidente Pruden motocicletas, como era de seu costume,
te: Flávio de Campos Melo, José Ricarti para registro fotográfico de 1953 (foto
e Bittencourt. hoje recuperada), apesar de sequer exis
Além de lavrarem as “multas” du tirem motos em funcionamento na fis
rante as fiscalizações, atuando em ro calização rodoviária da região, naquela
dovias ou em trechos pré-estabelecidos, época. As dificuldades no exercício da
esses patrulheiros também se responsa função, entretanto, não comprometiam
bilizavam pelo recebimento dos valo o seu sucesso, especialmente junto ao
res correspondentes, bem como pela público feminino e a expressiva imagem
prestação de contas ao rondante - ou do herói “vigilante rodoviário” - que se
simples emissário -, que vinha com vi ria imortalizada por Carlos Miranda no
atura de Bauru uma vez por mês tam primeiro seriado da televisão brasileira
bém para trazer talões de multa, de apre - já se mostrava forte no imaginário da
ensão, recibos de dinheiro e outros im população local.
pressos necessários e, ainda, para trans Patrulheiro Marcos Celso
mitir orientações e receber notícias em Dias Penha. Garça, 1953
Policiais rodoviários atendendo acidente de trânsito na região de Assis, década de 60
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30. Dentre os fatos históricos dessa
época, destaca-se uma ocorrência que
teve muita divulgação. Em 19 de maio
de 1951, os patrulheiros em serviço na
cidade de Rancharia acompanharam os
registros de um grave acidente aéreo que
resultou na morte de todas as pessoas
que viajavam em um avião (vinte e três
vítimas) que seguia em vôo comercial.
O avião caiu às 19 horas, próximo da
rodovia, a cinco quilômetros da entrada
da cidade, provavelmente em razão de
relâmpago que teria atingido as suas
asas. Na hora do acidente, surgiu um
enorme clarão e um forte estampido vin
do da direção da rodovia; os
patrulheiros, que se encontravam na ci
dade, imaginaram tratar-se de um ca
minhão de transporte de combustível
que teria explodido. Houve uma grande
correria e toda a população quis ver de Patrulheiros em serviço itinerante na cidade de Rancharia acompanharam os registros de um grave
acidente aéreo que resultou na morte de todas as pessoas que viajavam em um avião, em 1951
perto o ocorrido, algo inédito para aque
la comunidade. Uma foto tirada no dia
foi preservada.
Com o passar dos anos, outros
Formação do Destacamento
patrulheiros foram designados para traba
lhar em Assis, junto com Manoel e Pelotão de Assis
Fernandes Neto e Custódio Ferreira de
Souza; foram eles: Paulo Novaes, Mário O final dos anos 50 confirmou a pressiva malha para interligação com a
Carboneli Marques, Simoneli e o Sargento tendência de transformação da cidade de capital e cidades do interior de São Pau
Vanderlei de Paula, que havia trabalhado Assis em importante eixo e rota de en lo e com os Estados do Mato Grosso do
troncamento rodoviário, em substituição Sul e do Paraná. Nesse contexto,
no Regimento de Polícia Montada (Ca
ao transporte ferroviário predominante em justificadamente, Assis recebeu uma Di
valaria) da Força Pública e também no
sua origem, com a inauguração de diver visão do DER (atual DR-7) oficialmente
setor de Capturas, em que ficou conheci sos trechos de estradas, especialmente o instituída em 1958, com sede no prolon
do pelas inúmeras prisões realizadas. O da SP-270 - Rodovia Raposo Tavares -, gamento da Av. Rui Barbosa, onde já fun
aumento do efetivo se fazia mesmo ne que contorna a cidade, formando-se ex- cionava o seu serviço de Residência.
cessário em razão da expansão das rodo
vias estaduais. Todavia, os patrulheiros
ainda não possuíam sede no município,
permanecendo alojados em pensão e sob
ordens de um Tenente (da Força Pública)
do Destacamento de Bauru: Renato No
gueira Magalhães, professor de educação
física, de compleição robusta, conhecido
pelo rigoroso tratamento dispensado aos
subordinados.
Em 02 de fevereiro de 1958, esse
mesmo Tenente designou o patrulheiro
Salviano Gonçalo de Souza para fiscali
zar exclusivamente a rodovia que ligava
Assis, partindo do Posto Marajó, a Porto
Areia, na direção de Londrina (Paraná), o
primeiro trecho de asfalto da região que
seria ainda inaugurado naquele mesmo
ano, no aniversário do município de As
sis, então comemorado durante a primei
ra semana de julho. Policiais rodoviários em patrulhamento na região de Assis, década de 60
Pág. 30
31. Vista parcial de Assis, no final dos anos 50
No mesmo ano de 1958, finalmen go em fiscalização no trecho de
te, o Tenente Milton de Almeida Pupo foi Ourinhos até Presidente Prudente. Não
designado para formar um “Destacamen obstante, na maioria das vezes os
to Rodoviário”, com sede permanente em patrulheiros trabalhavam mesmo a pé.
Assis. O oficial visitou o município du Somando inicialmente quatorze ho
rante o mês de junho, junto com o Tenen mens, a equipe atuava com a seguinte
te Renato - então comandante regional -, distribuição: Cléber em Ourinhos; Sar
para conhecer as estradas e os patrulheiros gento Vanderlei, Salviano, Carboneli,
que já serviam na área; pouco tempo de José Celso de Melo, Simoneli e mais um
pois se mudou com a esposa e um filho de nome desconhecido em Assis; outros
para fixar residência na cidade. dois em Iepê; mais dois em Rancharia e
A inauguração do Destacamento três em Presidente Prudente.
de Assis, com instalação provisória na No final de 1958, mediante con
Rua Ângelo Bertoncini, em uma traves curso do DER, foram designados outros
sa logo depois do velho Correio, deu-se patrulheiros, como reforço, dentre eles
exatamente no dia 04 de julho daquele quatro com vínculos às tradicionais fa
ano, na mesma oportunidade em que foi mílias Luciano Gomes e Carneiro (de
inaugurado o trecho de asfalto ligando Assis): Clóvis Luciano Gomes (o “Mão
José Santilli Sobrinho, Deputado Estadual na
Assis a Porto Areia, durante as festivi década de cinquenta, atuou politicamente para
de-Onça”, conhecido jogador de bola-
dades da semana do aniversário do mu a instalação da DR-7 e do Policiamento ao-cesto) e seu irmão Otacílio Luciano
nicípio (a partir de 1º de julho). Rodoviário em Assis Gomes; “Zizinho” (irmão de Lodomiro
A Divisão do DER e a sede do Carneiro, professor de educação física
Destacamento Rodoviário significaram Na direção oeste, a extensa área de e instrutor de bola-ao-cesto) e Lízias
importantes conquistas para a cidade, circunscrição do Destacamento chegava até Anderson (genro de Teodomiro Carnei
possíveis graças à atuação do então De Presidente Prudente - inclusive -, ainda o ro). Vieram também Lindolfo Biúdes,
putado José Santilli Sobrinho, expres ponto limite das rodovias estaduais. Ernesto Bernardino, Ribeiro e demais
sivo nome da política da região. Essa Quanto aos meios, o Destaca integrantes de uma turma recém-forma
mesma personalidade exerceu o cargo mento foi montado com os homens que da em Jundiaí, toda direcionada para
de prefeito do município em dois mo já trabalhavam na região e recebeu uma completar o novo Destacamento de As
mentos distintos de sua história. viatura “Land Roover” (tipo “Jeep”) sis. Com isso, foram somados aproxi
Pouco tempo depois da inaugura com tração nas quatro rodas, para rodar madamente vinte ao efetivo inicial de
ção, a sede do Destacamento foi muda com o comandante. Aos poucos, o DER quatorze, resultando um grupo sufici
da para uma grande casa alugada pelo foi adquirindo outras viaturas: um Jeep ente, à época, para uma atuante fiscali
DER perto da escola Tomás Menk. e uma Ford F1 (camionete) para empre zação rodoviária na região.
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32. O Tenente Pupo permaneceu pou DER, exercendo outras funções. Nesse algumas escoltas de Ministros em
co tempo no comando do Destacamen momento alguns patrulheiros deixaram visita na região. Para uma das co
to. Assumiu, logo depois, o Tenente Hé a fiscalização rodoviária, dentre eles Cló mitivas, em especial, o patrulheiro
lio Jardim da Silveira (Tenente Jardim) vis Luciano Gomes, que havia termina Salviano - da Força Pública e em
que providenciou a locação de uma sede do no mesmo ano o curso superior de Di serviço na rodoviária - recebeu ori
- conhecida como “escritório” - na Ave reito e prosseguiu carreira como bem su entações para acompanhar a autori
nida Rui Barbosa, em frente ao DER. cedido Procurador do DER, vindo a ocu dade (Ministro Andreaza), de viatu
A sede foi mudada, em 1963, para par o cargo de Chefe do Departamento ra, do aeroporto até a entrada de Pre
uma construção providenciada pelo Jurídico, em São Paulo. sidente Prudente, quando passaria o
DER no aterro entre a Rodovia Raposo Já inserido na organização da serviço para a Guarda Civil local
Tavares e o acesso para Marília (Km Polícia Militar de São Paulo, o antigo prosseguir.
444 da SP 270, trevo do Posto Mode Destacamento manteve-se com a deno Não concordou com essa orien
lo), durante o comando do Tenente Cân minação de Pelotão de Assis. Na se tação e conversou com o Capitão Paes
dido Ferreira Pinho. Foi essa a pri qüência dos comandos, assumiram in
Lemes, então Comandante do Polici
terinamente vários Sargentos e Subte
meira instalação construída pelo DER amento de Presidente Prudente, aler
nentes e, também, passageiramente, o
especificamente para funcionar como tando-o de que não passaria a escolta
Tenente Fabiano (de Sorocaba), o Te
sede própria de fiscalização rodovi salvo para o efetivo da Força Públi
nente Gorreri (de Itapetininga) e o Te
ária no interior, com características ca, o que foi feito com a anuência do
nente Barbosa (de Bauru), até a desig
até então insuperáveis quanto às re nação do Tenente Américo Borba. Es referido Comandante (que recepcio
partições do espaço, banheiros e qua teve no comando, depois, o Tenente nou a autoridade no quartel) ignoran
lidade da obra em si. Uma foto da Osmar Ferreira Cândido e, ainda, o Te do a presença dos guarda civis que
inauguração, com formatura militar, nente Edson Reis, que permaneceu a aguardavam a comitiva. Esse episó
foi recentemente recuperada. frente do efetivo durante quase doze dio ilustra bem certa rivalidade obser
Importante destacar que, confor anos até sua passagem para a reserva vada entre as duas Instituições (For
me exposto, em 1962 a Força Pública em 1976, quando transmitiu o cargo, in ça Pública e Guarda Civil), com al
absorvera a “Polícia Rodoviária”, esta terinamente, para o Subtenente Emer gumas atribuições superpostas, e que
belecendo em seus quadros o Corpo de son Pratis Simões. foram unificadas em 1970 para dar
Policiamento Rodoviário, oportunidade Dentre as diversas missões de forma a um único órgão de policia
em que os patrulheiros civis concursa senvolvidas pelo efetivo de Assis nas mento ostensivo: a Polícia Militar do
dos, puderam optar pela permanência no décadas de 60 e 70, sobressaem-se Estado de São Paulo.
Inauguração da Sede do Pelotão de Assis, em 1963, entre a Rodovia Raposo Tavares e o acesso para Marília (SP 333)
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