2. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
As propriedades agrícolas implantadas pelos colonizadores no continente americano ficaram conhecidas
como plantations. Usavam mão de obra escrava e seus produtos abasteciam exclusivamente o mercado europeu.
3. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Para manter seus lucros, os governantes das metrópoles firmaram acordos comerciais
com os grandes fazendeiros das colônias.
Esses acordos previam que as empresas europeias comprariam
toda a produção. Ou seja, os donos das propriedades agrícolas
coloniais não poderiam vender sua produção a mais ninguém.
4. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Na América Central, a exploração colonial não se limitou aos produtos agrícolas das plantations. No fim do
século XIX, vários países que já haviam conquistado sua independência ainda forneciam minério às potências
europeias, que necessitavam dessas matérias-primas para sustentar sua revolução industrial.
5. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
A região esteve historicamente submetida à ingerência estrangeira, primeiro por parte das nações europeias e depois pelos
Estados Unidos, durante a Guerra Fria.
A constante interferência de nações estrangeiras, em especial dos
Estados Unidos, nos projetos nacionais dos países centro-
americanos.
6. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Nos séculos XIX e XX, os Estados Unidos transformaram a América Central em um dos seus maiores
fornecedores de alimentos:
-o país tinha grandes interesses na região
-grande fornecedor de matéria-prima
-empresas estadunidenses, principalmente alimentícias, se instalam no local e buscam conquistar mercados
produtores
-implantam fazendas e transportadoras
7. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
O território que atualmente corresponde ao Panamá fazia parte da Colômbia. Desde o final do século XIX, os Estados Unidos e a
Colômbia mantinham conversações para a construção de um importante canal para ligar o Atlântico ao Pacífico.
9. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
O território que atualmente corresponde ao Panamá fazia parte da Colômbia. Desde o final do século XIX, os Estados Unidos e a
Colômbia mantinham conversações para a construção de um importante canal para ligar o Atlântico ao Pacífico.
Esse canal seria muito
importante, pois uma
passagem interoceânica
de grande porte aceleraria
o comércio entre o oeste
e o leste dos EUA.
Sem o canal, os grandes
navios cargueiros dos EUA
teriam que contornar o
continente (gastando
tempo e dinheiro)
10. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Em 1903, foi assinado o Tratado Hay-Herrán, em que a Colômbia cedia aos EUA o uso do istmo em troca de compensação
financeira. O senado em Washington ratificou o tratado, mas o senado colombiano o rejeitou, temendo perder a soberania sobre
a região.
Diante da resistência em assinar o acordo os EUA
passaram a incentivar a separação do Panamá da
Colômbia.
A Casa Branca passou então a insuflar grupos separatistas,
envolvendo tanto os interessados na construção quanto a
população local.
11. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Até a virada para o século XX ocorrem cinco tentativas de separação da Colômbia e 13 intervenções norte-americanas.
Historiadores argumentam que o medo de uma guerra contra os EUA obrigou os colombianos a evitarem uma oposição séria ao
movimento. Os panamenhos, vitoriosos, retribuíram o favor a Roosevelt, permitindo aos EUA o controle da zona do canal a partir
de 23 de Fevereiro de 1904.
Em 1903, os EUA fomentam a rebelião que leva à
separação da Colômbia e, no mesmo ano, compram do
Panamá a concessão para retomar os trabalhos no
canal, inaugurado em 1914
12. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
A nova República do Panamá foi reconhecido imediatamente pelos Estados Unidos e foi negociado
rapidamente um tratado que autorizou a construção do canal.
Em 17 de novembro, foi firmado um novo tratado, agora com as autoridades do Panamá, cedendo aos EUA o controle
exclusivo da zona do canal em caráter perpétuo, em troca das mesmas compensações financeiras oferecidas à
Colômbia. Também foram cedidos aos norte-americanos outros lugares necessários à defesa do canal, mais o controle sanitário
da Cidade do Panamá.
13. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Após a II Guerra Mundial, cresce a tensão interna com a presença norte-americana no Panamá – onde é instalado o Comando Sul
das Forças Armadas dos EUA.
O presidente José Remón renegocia o tratado, mas é assassinado em 1955.
Sobe ao poder o general Omar Torrijos. Em 1977, ele assina um acordo com os EUA que determina para 2000
a passagem do controle do canal ao Panamá.
Especulações acerca da morte de Torrijos
A morte de Torrijos gerou acusações e especulações de que ele teria sido vítima de uma
conspiração para assassiná-lo. Em Miami, maio de 1991, durante depoimentos anteriores ao
julgamento, o advogado de Manuel Noriega, Frank Rubino, teria dito: "O general Noriega tem a
posse de documentos que mostram tentativas de assassinato contra ele próprio e contra
Torrijos, por parte de agências dos Estados Unidos.“
Esses documentos não foram aceitos como evidências no julgamento, dado que o juiz acolheu
as alegações do governo dos Estados Unidos de que a publicação de tais documentos violaria o
Classified Information Procedures Act (Lei de procedimentos para informações confidenciais) .
Mais recentemente, John Perkins conta, em seu livro Confessions of an Economic Hit Man, que
Torrijos teria sido assassinado por contrariar interesses americanos, e que agentes da CIA
teriam plantado uma bomba a bordo de seu avião
http://www.horadopovo.com.br/2011/maio/2956-06-05-
2011/P8/pag8a.htm
Omar Torrijos
14. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Escrevi este texto em 1982 como as palavras iniciais para um livro ao qual atribuí o título provisório de Conscience of an
Economic Hit Man (: Consciência de um Assassino Econômico).
O livro era dedicado aos presidentes de dois países, homens que haviam sido meus clientes, a quem eu respeitava e considerava
como consciências semelhantes à minha — Jaime Roídos, presidente do Equador, e Ornar Torrijos, presidente do Panamá.
Ambos acabavam de morrer em desastres aéreos. A morte deles não foi acidental.
Eles foram assassinados porque se opunham àquela fraternidade de chefes de
corporações, de governos e de bancos cuja meta é o império mundial .
John Perkins - Confissões de umAssassino Econômico
“
”
15. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
(...)Torrijos não se curvou. (...) ele se recusava a ser intimidado. Ele também expulsou o Summer Institute of
Linguistics e teimosamente se recusava a aceitar as exigências da administração Reagan para renegociar o Tratado
do Canal.
Dois meses depois da morte de Roldós (presid. Equador), o pesadelo de Omar Torrijos se concretizou; ele
morreu num desastre de avião. Foi em 31 de julho de 1981.
A América Latina e o mundo sentiram uma vertigem. Torrijos era conhecido em todo o mundo; ele era
respeitado como o homem que forçara os Estados Unidos a abandonar o Canal do
Panamá aos seus donos de direito e que continuara a fazer frente a Ronald Reagan.
Ele era um defensor dos direitos humanos, o chefe de Estado que abrira os braços para refugiados de ambos os
lados do espectro político, incluindo a xá do Irã, uma voz carismática pela justiça social que, muito se acreditava,
seria indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Agora ele estava morto. “Assassínio da CIA!”, uma vez mais clamavam os
títulos de artigos e editoriais.
Torrijos e Fidel
“
”
John Perkins - Confissões de umAssassino Econômico
17. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
-POPULAÇÃO: 3,9 milhões (2014).
-CAPITAL: Cidade do Panamá.
-GOVERNO: República presidencialista.
-PRESIDENTE:Juan Carlos Varela (PP)
(desde 2014).
-PIB:US$ 42,6 bilhões (2013).
POPULAÇÃO: 3,9 milhões (2014).
Nacionalidade:panamenha.
Capital: Cidade do Panamá.
Cidades: Cidade do Panamá (1.426.110) (aglomeração urbana) (2011). San Miguelito
(315.019), Santiago (88.997), David (82.907), Tocumen (74.952) (2010).
Composição:eurameríndios 70%, ameríndios 20%, europeus ibéricos 10% (1996).
Idioma:espanhol (oficial).
EDUCAÇÃO: Gastos com educação: 3,5% do PIB (2011).
GOVERNO: República presidencialista.
Div. administrativa:9 províncias e 3 reservas indígenas autônomas.
Presidente:Juan Carlos Varela (PP) (desde 2014).
Partidos:coalizão Aliança por mais Mudanças (Mudança Democrática – CD,
Movimento Liberal Republicano Nacionalista – Molirena), Partido Revolucionário
Democrático (PRD), coalizão O Povo Primeiro (Partido Panamense – PP, Partido
Popular).
Legislativo:unicameral – Assembleia Legislativa, com 71 membros: Aliança por mais
Mudanças (45,1%); PRD (35,2%); O Povo Primeiro (18,3%).*
Constituição:1978.
ECONOMIA
Moeda:balboa.
PIB:US$ 42,6 bilhões (2013).
Inflação anual:4% (2013).
Reservas internacionais:US$ 2,8 bilhões (2013).
Dívida externa: US$ 12,3 bilhões (2012).
Desemprego:4,1% (2013).
DEFESA
Gastos:US$ 637 milhões (2013).
19. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Torna-se independente da Espanha em 1821 e, no ano seguinte, une-se ao México.
Separa-se em 1823 para formar a Federação Centro-Americana, da qual se proclama independente em 1838.
No poder alternam-se conservadores e liberais até a Revolução Liberal, de 1871, uma ditadura que favorece a
expansão de empresas norte-americanas na região e perdura até 1944, quando é derrubada por revolta
popular.
20. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Jacobo Arbenz, presidente eleito em 1950 com o apoio dos comunistas, promove a reforma agrária e expropria terras das
empresas estrangeiras.
Os Estados Unidos (EUA) fornecem armas e apoio logístico ao golpe do coronel Carlos Castillo
Armas contra Arbenz, em 1954.
Os militares governam o país ditatorialmente até 1965, quando nova Constituição é aprovada. As garantias constitucionais são
suspensas outra vez em 1968, após o assassinato do embaixador e de dois militares dos EUA por grupos de esquerda.
24. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
El Salvador também teve seu período de guerra civil em 1980.
Como em Cuba e na Guatemala, ocorreu interferência de forças norte-americanas, que apoiavam o governo militar
salvadorenho.
Vários grupos de esquerda se uniram contra a ditadura militar que governava o
país e fundaram a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN),
dando início à guerrilha.
25. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Agustín Farabundo Martí Rodríguez
(1853-1932), líder comunista que
inspirou a criação da FMLN.
A Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional também conhecida pelo acrônimo FMLN, é um
partido político socialista de El Salvador.
A guerrilha conseguiu ocupar boa parte do território salvadorenho e só não chegou à vitória, na visão de alguns especialistas,
devido ao apoio norte-americano ao governo.
26. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
-POPULAÇÃO: 6,4 milhões (2014).
-CAPITAL: San Salvador.
-GOVERNO: República presidencialista.
-PRESIDENTE:Salvador Sanchez Cerén
(FMLN) (desde 2014).
-PIB:US$ 24,3 bilhões (2013).
POPULAÇÃO: 6,4 milhões (2014).
Nacionalidade:salvadorenha.
Capital: San Salvador.
Cidades: San Salvador (281.870), Soyapango (275.868), Santa Ana (265.518), San
Miguel (249.638), Apopa (165.897) (2014).
Composição:mestiços 86,3%, brancos 12,7%, outros 1% (2007).
Idioma:espanhol (oficial).
Religião: cristianismo 96,3% (católicos 76%, independentes 18,5%, protestantes
14,3%, outros 0,4% – dupla filiação 12,9%), agnosticismo e ateísmo 2,6%, outras
1,1% (2015).
EDUCAÇÃO: Gastos com educação: 3,4% do PIB (2011).
GOVERNO: República presidencialista.
Div. administrativa:14 departamentos.
Presidente:Salvador Sanchez Cerén (FMLN) (desde 2014).
Partidos:Aliança Republicana Nacionalista (Arena), Frente Farabundo Martí de
Libertação Nacional (FMLN).
Legislativo:unicameral – Assembleia Nacional, com 84 membros: Arena (39,3%);
FMLN (36,9%).
Constituição:1983.
ECONOMIA
Moedas: colón salvadorenho e dólar americano.
PIB:24,3 bilhões (2013).
Dívida externa: US$ 13,3 bilhões (2012).
Desemprego: 6,3% (2013).
DEFESA
Exército:13,9 mil (2013);
Marinha:700 (2013);
Aeronáutica:750 (2013).
Gastos:US$ 154 milhões (2013).
28. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
A Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) nasceu nos anos 1960 para lutar contra o governo da família Somoza, dona de
grande parte das terras do país. Em janeiro de 1978 foi assassinado Pedro Joaquin Chamorro, diretor do jornal La Prensa,
principal veículo da oposição. A violenta ditadura fez com que a família Somoza perdesse apoio da burguesia nacional e até dos
Estados Unidos, então seu principal parceiro político.
Foi nesse contexto que o presidente foi destituído pela Revolução Sandinista, que tomou o poder em 1979 sob a liderança de
Daniel Ortega.
O número de mortos no conflito ultrapassou 30 mil.
30. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
O Haiti foi, desde sua independência, palco de diferentes instabilidades naturais, políticas e econômicas.
Por isso os ideais de independência e igualdade não prevaleceram e a insatisfação popular passou a ser frequente. Durante a
Guerra Fria, o medo de uma revolução socialista fez com que o médico François Duvalier (Papa Doc) ocupasse o poder (1957-
1971) e instalasse um regime de terror com o apoio dos Estados Unidos.
Papa Doc criou a Milícia de Voluntários da Segurança, cujos membros, mais conhecidos como Tonton Macoutes (“bichos-papões”,
no dialeto local), eliminaram a oposição.
Embora não tivesse crenças religiosas, ele usou o vodu para amedrontar a população descontente e ameaçar a Igreja católica.
Papa Doc
31. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
Com a morte de Papa Doc, em 1971, seu filho Jean-Claude Duvalier (ou Baby Doc) assumiu o poder e continuou com os mesmos
métodos de controle e repressão. O desgoverno ditatorial gerou aumento do desemprego e da pobreza. A insatisfação popular
cresceu a ponto do Baby Doc ser forçado a abandonar o país em 1986.
Uma junta governou até as eleições de 1990, vencidas pelo ex-padre de esquerda Jean Bertrand Aristide, que sofreu um golpe
de Estado e se refugiou no Canadá. Muitos refugiados, aliados de Aristide, se dirigiram aos Estados Unidos e países vizinhos,
levando o governo americano de Bill Clinton e a ONU a reivindicar o retorno de Aristide ao poder.
Ao retornar ao Haiti, Aristide dissolveu o exército haitiano e governou até 1995, quando elegeu seu sucessor, René Préval. Nas
eleições de 2000, Aristide venceu novamente, com 92% dos votos, e seu partido ganhou todas as cadeiras de
deputados e senadores em disputa.
Baby Doc
32. Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia
A independência do Haiti foi a primeira e mais surpreendente da América Central.
Chamada então de São Domingos, teve sua independência proclamada em 1791, quando os escravos liderados por Toussaint
Louverture queimaram os canaviais e expulsaram os franceses e os espanhóis.
A França mandou tropas e Toussaint foi preso e levado à Europa, mas em 1804, sob a liderança de Jean-Jacques Dessalines, que
se autoproclamou governador vitalício, os franceses foram novamente expulsos e foi implantado o primeiro Estado soberano
da América Latina e a primeira república afrodescendente do mundo, após a morte de Dessalines em 1806.