SlideShare a Scribd company logo
1 of 39
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes
        Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
                Área: Interfaces Sociais da Comunicação
                         Linha: Educomunicação
   Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias
                   Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares



                      Waldomiro Vergueiro e as interfaces da

                                Comunicação / Educação

                                                                                              Autoras
                                                                                  Luci Ferraz de Mello
                                                                                    Maria Izabel Leão

1. Introdução: Formação Acadêmica / Experiência Profissional..................2



2. Atuação e Contribuições no Campo de Interfaces da
    Comunicação/Educação...................................................................3
    2.1 História dos HQ´s: como surgiram..............................................3

    2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais.......................5

    2.3 Renovação da linguagem das HQ’s..............................................8

    2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas...........................................8

    2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação.........9

    2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação...................................11

   2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática..........12

 3. Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs........................14
 4. Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação........15

 5. Perfil do profissional da informação...............................................15

 6. Mudanças desse perfil.................................................................15

  7. Publicações................................................................................16

  8. Bibliografia consultada para elaboração deste trabalho.....................17

  9. Orientações...............................................................................18

  10. Produção literária de Waldomiro Vergueiro...................................20



                                                                                                     1
11. Anexo 1 - Entrevista com Wladomiro Vergueiro.............................32
                                           “Uma imagem fala mais do que mil palavras.”

                                                                                        (Anônimo1)




1) INTRODUÇÃO: FORMAÇÃO ACADÊMICA/EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

                          O Professor Doutor Waldomiro Vergueiro possui graduação em
                          Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de
                          Sociologia e Política de São Paulo (1977), mestrado em Ciências
                          da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
                          Universidade de São Paulo (1985), doutorado em Ciências da
                          Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da

Universidade de São Paulo (1990), pós-doutorado pela Loughborough University Of
Technology (1995) e pós-doutorado pela Universidad Carlos III de Madrid (2004).
Atualmente é professor titular do Departamento de Biblioteconomia da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Membro do Comitê Editorial y
Científico da Universidad de Antioquia. Atua principalmente nos seguintes temas:
Serviços de Informação - Qualidade.

Depois de se graduar em Biblioteconomia, Vergueiro fez mestrado em Comunicação na
área de HQ’s, estudando o seu papel na indústria da comunicação de massa. Após o
curso, foi contratado como professor da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, quando decidiu seguir a carreira acadêmica, sempre
trabalhando os dois eixos. Ou seja, na área de serviços de informação no
departamento de Biblioteconomia e HQ na área de Comunicação. E, então, atendeu ao
doutorado, quando estudou a temática das coleções e a forma como essas são
trabalhadas nas bibliotecas públicas, estas últimas vistas como centro de cultura e
elemento de informação para todas as camadas sociais. E seus pós-doutorados, na
Inglaterra e na Espanha, foram sobre a questão da qualidade no serviço de
informação, apesar de continuar trabalhando paralelamente a questão dos HQ´s na
área de comunicação.




1
 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto, 2006, pg. 09.


                                                                                                        2
Em 1990, criou o Núcleo de Estudos de Histórias em Quadrinhos da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Trata-se de um centro de
pesquisas sobre o tema a partir de diversas linhas de pesquisa das HQ’s, sendo que
um    deles    é   especificamente   sobre   HQ´s   e   sua   utilização   na   Educação.



2) ATUAÇÃO         E   CONTRIBUIÇÕES         NO     CAMPO     DE     INTERFACES       DA
     COMUNICAÇÃO/EDUCAÇÃO

2.1 História dos HQ´s: como surgiram

Vergueiro se interessa pela leitura de Histórias em Quadrinhos desde pequeno, sendo
que atualmente possui uma coleção particular de HQ’s, formada por cerca de 20 mil
histórias. Ressalta que não possui predileção especial por nenhum tema, comprando e
lendo de tudo. De fato, ainda brinca dizendo que, ao ter dedicado sua carreira ao
estudo da comunicação nessa área, pode até se dar ao luxo de dizer que está
trabalhando.

Falar sobre a origem das Histórias em Quadrinhos é, como diz Vergueiro, incorrer no
risco de desagradar algum dos grupos que as estuda. Isso porque há aqueles que
defendem o seu surgimento no final do século XIX e outros que as consideram apenas
como se apresentam hoje.

Vergueiro reflete que as HQ’s vão de encontro às necessidades humanas, uma vez que
utilizam a imagem gráfica, um elemento de comunicação que sempre esteve presente
na história da humanidade. Lembra os desenhos do homem primitivo nas paredes das
cavernas, com os registros de seu dia-a-dia como caçadas, animais selvagens
existentes, indicação de seu paradeiro, entre outras informações. Pondera que, ao se
fazer um exercício, imaginando esses relatos enquadrados, obtém-se algo muito
similar às HQ’s atuais.

O surgimento das HQ’s como meio de comunicação de massa se deu com a evolução
da indústria tipográfica e o aparecimento das grandes cadeias jornalísticas, esses
embasados em consistente tradição iconográfica, no final do século XIX. Apesar de sua
presença em diversos países, observa-se que seu grande florescimento foi nos Estados
Unidos da América, uma vez que todos os elementos sociais e tecnológicos ali já se
haviam consolidado, fortalecendo o processo de transformação das HQ´s em um
produto de consumo massivo.




                                                                                        3
Iniciou nas páginas dominicais dos jornais voltados às populações de migrantes,
apresentando temáticas predominantemente cômicas, “com desenhos satíricos e
personagens caricaturais”2. Evoluiu às célebres “tiras” e diversificaram os conteúdos,
discorrendo      sobre    protagonistas       femininas,     núcleos      familiares    e    animais
antropomorfizados, porém, ainda com abordagem mais cômica. Vergueiro destaca a
interessante disseminação da cultura norte-americana através da disseminação desse
meio de comunicação massivo, destacando que as HQ’s eram levadas “a todo mundo
pelos syndicates, grandes organizações distribuidoras de notícias e material de
entretenimento para jornais de todo o planeta, colaborando, conjuntamente com o
cinema, para a globalização e cultura daquele país” 3.

Ao final da década de 1920 observa-se uma nova tendência – a naturalista -, onde os
desenhos passam a adotar uma apresentação mais fiel de pessoas e objetos, o que
resultou na ampliação do impacto junto ao público. São os conhecidos “comic books”,
nos EUA, ou “gibis”, no Brasil. A Segunda Grande Guerra também influencia
diretamente os enredos das HQ´s, sendo que é nessa época que surgem as histórias
dos super-heróis nos conflitos armamentistas, e seu consumo massivo se estende para
os adolescentes norte-americanos principalmente.

Vergueiro aponta Fredric Wertham, psiquiatra alemão radicado nos EUA, como grande
responsável pela disseminação do ambiente de preconceito e desconfiança quanto aos
efeitos que as HQ’s poderiam surtir nas crianças e adolescentes em seu processo de
aprendizagem. Wertham chegou a publicar um livro, “A sedução dos inocentes”, onde
apontava para os quadrinhos como os grandes responsáveis pelo surgimento de
anomalias de comportamentos sociais desses públicos. Essas críticas foram seguidas
de outras em vários países da Europa e mesmo no Brasil, especialmente por
representantes das áreas cultural, educacional e científica. Esse movimento fez surgir
algumas legislações restritivas quanto aos temas e forma de abordagem dos
quadrinhos, que resultou na elaboração de um Código de Ética dos Quadrinhos nos
EUA.

Em entrevista a Eloyr Pacheco4, Vergueiro destaca que, nos EUA, o Código de Ética
tem restringido os temas e a forma de abordagem dos quadrinhos. Especificamente no


2
  VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 10.
3
  VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 10.
4
  PACHECO, Eloyr. Entrevista com Waldomiro Vergueiro, realizada em 18/11/2004 e publicada no site “O
Bigorna”, em 03/07/2005.


                                                                                                     4
Brasil, seguindo a tendência dos grandes países industrializados, houve também a
publicação de um Código de Ética para Quadrinhos, voltado a regular as atividades do
setor. Ele destaca, porém, que o mesmo foi desenvolvido com tópicos expressos de
maneira mais ampla. E observa que “talvez em virtude das próprias características da
sociedade brasileira, bem menos vigilante em relação à norte-americana”, não há
grande preocupação por parte dos autores e editores em respeitá-lo. Pondera que a
produção nacional de quadrinhos parece ter sido muito mais afetada pela invasão de
material do exterior e pelas condições de produção para manter o mercado frente a tal
fluxo.

2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais

Vergueiro    lembra     que   as   últimas    décadas     do   século    XX   trouxeram      maiores
esclarecimentos sobre os meios de comunicação, com análises de qualidade sobre sua
especificidade e seu impacto sobre a cultura da sociedade. Destaca que isso ocorreu
com todos eles, como cinema, rádio, televisão, jornais, entre outros. E atingiu também
as HQ’s, que passaram a receber melhor atenção das elites intelectuais e a serem
aceitas como “um elemento de destaque do sistema global de comunicação e como
uma forma de manifestação artística com características próprias”5.

Vergueiro6 ressalta que essa nova visão em relação aos quadrinhos trouxe uma
renovação da sua imagem junto à sociedade como um todo, na medida que é a partir
dessa nova abordagem que eles passam a ser encarados com especificidade narrativa,
analisados sob uma ótica própria e mais positiva (v, 2006, pg 17). E que isso resultou
no início da aceitação das HQ´s como elemento integrante de algumas práticas
pedagógicas. Vergueiro lembra que esse processo foi lento em seu início, mas que
esse já era um aspecto conhecido:

         “... a percepção de que as histórias em quadrinhos podiam ser utilizadas de
         forma eficiente para a transmissão de conhecimentos específicos, ou seja,
         desempenhando uma função utilitária e não apenas de entretenimento, já era
         corrente no meio “quadrinhístico” desde muito antes de seu “descobrimento”
         pelos estudiosos de comunicação. As primeiras revistas de quadrinhos de
         caráter educacional publicadas nos Estados Unidos, ..., editadas durante a



5
  VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pág. 17.
6
  VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006,


                                                                                                     5
década de 1940, traziam antologias de histórias em quadrinhos sobre
        personagens famosos da histórias, figuras, literárias e eventos históricos”.7

Os manuais foram uma das mais fortes utilizações das HQ’s. De fato, Vergueiro
destaca que os quadrinhos são realmente muito didáticos para esse fim. Na época da
Segunda Grande Guerra eles foram amplamente utilizados na elaboração de manuais
para ensinar os soldados sobre como montar e desmontar metralhadoras, por
exemplo. Já nesse período se constatara que a utilização de apenas um texto escrito
não obtinha tanto sucesso em termos didáticos quanto a 2-3 páginas em quadrinhos
conseguiam. Elas propiciam um entendimento muito mais rápido do processo. Daí ser
até hoje utilizado na elaboração de manuais das mais variadas áreas de estudo.

Importante esclarecer que os quadrinhos se utilizam de dois códigos distintos de
transmissão de mensagem, o lingüístico e o pictórico. O lingüístico é aquele “presente
nas palavras utilizadas          nos elementos narrativos, na expressão dos diversos
personagens e na representação de diversos sons”8. Já o pictórico é “constituído pela
representação de pessoas objetos, meio ambiente, idéias abstratas e/ou esotéricas,
etc”9. E Vergueiro complementa dizendo que:

        “além desses dois códigos, as histórias em quadrinhos desenvolveram também
        diversos elementos que lhes são hoje característicos e constituem elementos
        característicos de sua linguagem, como o balão, as onomatopéias, as parábolas
        visuais etc, todos eles concorrendo para a expressar uma narrativa, por mais
        breve que esta seja”10.

Outro fato interessante que Vergueiro comenta refere-se exatamente ao uso que os
próprios governos faziam das HQ's para educar o povo sobre as novas diretrizes do
governo, como foi o caso, por exemplo do governo de Mao Tse-Tung, na China dos
anos 50, que se utilizava deles para retratar o dia-a-dia de um soldado que trabalhava
em defesa e apoio à sociedade chinesa.


7
  VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006, pg. 17.
8
  SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO,
Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição.
DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
9
  SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO,
Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição.
DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
10
   VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.


                                                                                                           6
Ainda sobre essa renovação das HQ’s, Vergueiro11 esclarece que eles:

         “ Resistiram aos novos meios de comunicação, utilizando a indústria em seu
         benefício, viraram filmes, desenhos animados, programas de rádio, jogos de
         videogames, RPG’s, romances, brinquedos, etc. Aos poucos, deixaram o mundo
         do entretenimento e invadiram as escolas, driblando os preconceitos de pais e
         educadores. Hoje, com a internet e os meios de comunicação eletrônicos,
         tentam se adaptar a uma situação ainda indefinida”.

Além disso, com as modificações ocorridas nos últimos anos junto ao mercado
editorial, inclusive com a abertura das chamadas “Grandes Livrarias / MegaStores” que
apresentam diversos departamentos, elas já são aceitas e comercializadas com locais
de destaque. De fato, algumas delas oferecem as HQ´s como coleções para públicos
bem específicos. Antes disso, o local de venda das HQ´s eram as bancas de jornais,
enquanto as livrarias eram voltadas a um material dito mais erudito. No Brasil é um
fenômeno mais recente, com cerca de menos de dez anos, mas nos EUA e Europa já
ocorre há mais tempo.

Em seu texto sobre HQ´s e os serviços de informação 12, Vergueiro destaca a
montagem da Gibiteca de Curitiba como um importante iniciativa para essa mudança,
ainda que envolta por todo o estigma de ser uma leitura dita muitas vezes de menor
valor:

         “A Gibiteca de Curitiba constituiu, durante um bom tempo, uma iniciativa
         isolada, fruto do interesse de um grupo de idealistas e amantes das histórias
         em quadrinhos. Embora ela jamais tenha estado inserida no âmbito de um
         serviço de informação tradicional e nem tenha contado com um profissional de
         informação para gerenciá-la, uma situação que ainda persiste, isso não impediu
         que se tornasse o ponto central de uma intensa atividade relacionada às
         histórias em quadrinhos, indo muito além de uma coleção especializada”13.

Esses novos espaços de vendas fizeram com que surgisse uma produção específica
para esse circuito, mais cuidada, a qual utiliza a linguagem trabalhada de forma mais

11
   VERGUEIRO, Waldomiro. Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs. Publicado em 26/10/2004 na
edição especial do site do jornal Folha de S.Paulo.
12
   VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.
13
   VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em
fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 -
14, 03 abr. 2005.



                                                                                                               7
inteligente e um material mais crítico em relação à sociedade e aos seus vários
costumes sociais. Elas trazem uma visão de mundo mais contestadora e, exatamente
por isso, as HQ´s passam a ser vistas de outra forma.

Complementarmente a esse aumento de pontos de vendas das HQ´s, há o
investimento significativo na divulgação do tema em feiras, workshops e outros
eventos, como a Bienal do Livro de Fortaleza de 2006, onde Vergueiro ministrou
inclusive algumas oficinas sobre a utilização das HQ´s em sala de aula.

2.3 Renovação da linguagem das HQ’s

Ao aprofundar um pouco mais suas reflexões sobre a renovação da linguagem das
HQ’s, Vergueiro concorda que houve uma renovação muito grande, destacando que os
últimos dez anos foram muito importantes em termos de avanço. Passa-se a ter uma
produção mais ambiciosa, com muito mais visibilidade, no sentido de se atingir o
público.

Vergueiro não mais as vê como meio de comunicação de massa, como ocorre com a
televisão, por exemplo. Ele vê o seu futuro a partir de uma produção segmentada e
não mais em grandes tiragens. Ou seja, HQ’s para adultos, HQ’s para mulher, HQ’s
para trabalhador. Parecido com o que existe no Japão. Haverá poucas HQ’s voltadas ao
grande público, muito provavelmente sendo algumas delas relacionadas com super-
heróis. Talvez os super-heróis continuem por muito tempo buscando o grande público.
Poderá haver também a produção infantil, como a “Mônica” do Maurício de Souza, mas
sempre em paralelo a uma boa parcela da produção voltada para públicos específicos.
Um exemplo atual é a “Maitena”, publicada na Argentina, que são HQ’s voltadas
especificamente ao público feminino, apesar de haver homens que a lêem. Há histórias
específicas, com fundo histórico e, inclusive, uma produção específica para educação.
Vergueiro destaca que já existem vários trabalhos que são produzidos em quadrinhos,
pensando na aplicação na educação formal. Como foi o caso da publicação recente de
“Os Lusíadas” em quadrinhos, já pensando em uma utilização em educação.

2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas

Um outro campo que tem incentivado o mercado das HQ´s é exatamente o setor do
cinema. As HQ’s fazem parte de um grande sistema de comunicação. Atualmente não
se pode pensar nos meios de comunicação de forma isolada, sendo que Vergueiro
defende que se trata de um grande sistema que abarca várias formas de manifestação
e que pensam os produtos de uma forma aditiva.




                                                                                   8
Especificamente no caso das HQ’s, ele destaca que elas são pensadas no contexto da
comunicação de massas dessa indústria como no seu potencial para extrapolar o
produto quadrinhístico. Ela precisa ser pensada dentro desse contexto mais complexo,
como um futuro desenho animado, jogo de videogame ou mesmo série, para depois
retornar aos quadrinhos e se realimentar. Ou seja, atualmente não dá para se pensar
em HQ’s por ela mesma, pois elas já não se sustentam por si só. Seu produtor, ao
criá-la, tem que fazê-lo pensando em todo um modelo industrial já considerando todo
o seu potencial de replicação para outras mídias.

Ele observa que pensar um personagem novo sem considerar todo esse potencial, é
trabalhar em algo que muito rapidamente vai se exaurir. É fundamental para o ciclo de
vida do personagem que ele possa se transformar num brinquedo, num jogo, ir para o
desenho animado, que possa se transformar em vários outros produtos. Pelo menos
potencialmente.

2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação

Vergueiro comenta que há muito tempo reflete sobre a inter-relação das HQ’s como
veículo de Comunicação e a Educação. Esclarece que foi a partir da criação no seu
departamento de uma linha de pesquisa específica em Comunicação junto à área de
Biblioteconomia – a área chamada Comunicação, Informação e Educação – que
efetuou a ligação da informação com a educação. Ou seja, essa área trabalha essa
aproximação a partir da Biblioteconomia enquanto ciência da informação e estuda
como a informação se coloca a serviço da educação, e como essas duas questões se
interligam. E, dentro desse enfoque, Vergueiro, como coordenador do núcleo, escolheu
como elemento de trabalho as HQ’s, em função da grande familiaridade que tem com o
tema.

Vergueiro lembra que há cerca de 4-5 anos apresentou uma disciplina a ser ministrada
no curso de pós-graduação sob o nome “HQ, Comunicação e Educação”, ainda como
ciência da comunicação, mas na área de concentração de biblioteconomia e
documentação. Nessa disciplina Vergueiro trabalhava exatamente esse aspecto de
reflexão das HQ’s dentro do processo educativo. Ou seja, como as HQ’s afetavam o
processo didático e como poderia contribuir, entre outros aspectos. Lembra que foi
durante a sua segunda ou terceira turma que surgiu a idéia de preparar um material
específico, pois se aperceberam da falta de um material que fosse instrumento para a
atuação   dos   professores.   Vergueiro,   então,   juntou-se   com   seus   alunos   para




                                                                                         9
desenvolver o livro “Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula”14, o qual
já está em sua terceira edição. Vergueiro enfatiza que sua aproximação com o tema é
no sentido de refletir sobre formas de aplicar as HQ’s em sala de aula.

Vergueiro defende que não há nenhum tema que não possa ser trabalhado através das
HQ’s. Em função da sua abordagem lúdica, considera sua utilização muito apropriada
em    campanhas       de   educação      popular,    especialmente       aquelas     que    visam    a
conscientização de um público mais simples, sem muita formação educacional, como
campanhas de prevenção de AIDS , drogas, eleição e cidadania, entre outros temas.
Sua maior vantagem é o baixo custo de produção em função da editoração eletrônica,
frente aos demais veículos e formatos.

Discorrendo especificamente sobre a área educacional, Vergueiro enfatiza que as HQ’s
podem ser aplicadas em qualquer uma das disciplinas das áreas de exatas, humanas e
biomédicas. E esclarece que o maior desafio é fazer com que o educador encontre e
identifique as histórias em quadrinhos que se encaixem à área temática que deseja
trabalhar: Filosofia, Ciências, Física, Geografia, História, entre outras. A utilização das
HQ´s em qualquer dessas áreas amplia o imaginário e faz com que o processo didático
se torne algo diferente, muito mais vivo e com uma maior participação dos alunos.

Vergueiro lembra que o reconhecimento e aceitação formal da sua utilização como um
objeto que pode contribuir para a educação formal, como material didático ou pára-
didático, ocorreu com a liberação e incentivo ao seu uso em sala de aula pelos PCN´s,
da Lei 9.394, de Diretrizes e Bases, promulgada em 199615. Por isso, Vergueiro
considera que este é um momento muito apropriado para trabalha-las na área de
Educação. Por outro lado, complementa ainda que através das pesquisas sobre essa
interface entre as HQ’s e a Educação realizadas pelo NPHQ da ECA-USP, observa-se
que não há resistência quanto a esse uso por parte dos educadores. Há, de um lado,
muita curiosidade e vontade de utilizar e, de outro lado, muita indecisão e incerteza
sobre como faze-lo.

É em função dessa demanda que Vergueiro e seu grupo de pesquisadores do Núcleo
estão organizando e ministrando oficinas, palestras e outros eventos, todos voltados
ao esclarecimento sobre como fazer uso desse meio de comunicação em sala de aula.
Foi com o objetivo de orientar esses educadores das mais diversas áreas que Vergueiro



14
   VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo:
Contexto: 2006.
15
   Lei 9.394, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20/12/1996.


                                                                                                    10
e um grupo de pesquisadores publicou a obra “Como usar as Histórias em Quadrinhos
em sala de aula”, a qual já está em sua terceira edição.

Vergueiro lembra que é fundamental que trace uma estratégia para essa utilização. E
destaca que as HQ’s devem ser inseridas dentro do contexto de aula enquanto uma
das ferramentas de aprendizagem a serem utilizadas. Ressalta que os educadores não
devem passar a impressão de que se trata de um mero passatempo ou mesmo fazer
com que toda sua didática se baseie exclusivamente nas HQ’s. Isso pode fazer com
que o aluno desconfie da ferramenta e do meio, deixando de interagir com o meio de
comunicação, o que resultaria no não atingimento de seu objetivo didático16.

2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação

Vergueiro esclarece que o Núcleo de Pesquisas sobre HQ’s tem vários aspectos
relacionados com a área de educação. Lembra que boa parte de seus membros são
professores que trabalham nos diversos níveis de ensino e que já se utilizam das HQ’s
em aula. Ele mesmo e vários de seus orientandos – mais de mestrado do que de
doutorado – já desenvolveram e aplicaram HQ’s em sala de aula, sendo esta a linha de
discussão.

Vergueiro e seus colegas autores do livro17 pretendem ampliar o enfoque que foi feito
no mesmo. Em suas primeiras edições já publicadas, as HQ’s são trabalhadas primeiro
a partir de uma visão geral de suas aplicações. E numa segunda parte é que se faz a
ligação de seu uso com áreas específicas como Geografia, Língua Portuguesa, História
e Artes, entre outras. Para a próxima edição, pensam em acrescentar outros capítulos
específicos.

Com relação aos estudos desenvolvidos pelo Núcleo, Vergueiro destaca ainda aqueles
que trabalham a questão das temáticas tratadas em várias das HQ’s voltadas ao
consumo massivo e suas ligações com              o conteúdo cultural ali inserido. Revela que
trabalha muito essa área de estudo a partir de teóricos como Stuart Hall e Raymond
Williams, demonstrando a forte influência inglesa que tem em suas pesquisas.

De fato, ao discorrer sobre os aspectos culturais na atual sociedade da informação,
Williams18 destaca as mudanças que estão ocorrendo, pois não só o nível de consumo
cultural está bastante ampliado, apresentando uma mudança qualitativa quando



16
   VERGUEIRO, Waldomiro et al. 2006
17
   VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula.
18
   WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.


                                                                                          11
comparada com formas anteriores mais limitadas e mais ocasionais, como também se
observa essa transformação ao nível de formas de produção e distribuição cultural.

Quanto a Hall19, ele aponta que as velhas identidades que simbolizaram a estabilidade
do mundo social por tanto tempo estão em declínio. E ressalta o surgimento de novas
identidades, as quais estão tornando o indivíduo, antes voltado ao consumo massivo,
fragmentado. Ele observa que a “crise da modernidade” está inserida num processo
mais amplo de mudança, o qual está provocando o deslocamento das estruturas e
processos centrais das sociedades modernas e, conseqüentemente, abalando os
quadros referenciais que propiciavam ao homem uma referência, uma ancoragem
estável no mundo social.

Um trabalho muito interessante desenvolvido recentemente sobre a utilização dos
quadrinhos como reflexo dos aspectos culturais e suas mudanças na pós-modernidade
foi a monografia da estudante Agda Dias Baeta, sob o título Disney Pós-Moderna – A
presença do discurso pós-moderno nas histórias em quadrinhos da personagem
Margarida. Seu trabalho trata da personagem Margarida, da Disney e a mudança
cultural de seu personagem ocorrida a partir dos anos 60, com o movimento da
emancipação feminina. A personagem abandona a imagem de dona-de-casa e assume
um papel de jornalista, juntamente com o Donald e Peninha, sendo que, em alguns
episódios dos HQ´s, é considerada a melhor profissional do jornal onde os três
trabalham. Ela passa a assumir                a postura / imagem de uma “patinha / mulher”
independente, que tem sua vida, seu dinheiro, e ainda opta por ter um namorado com
quem se encontra regularmente, o Donald. Sempre mantendo sua feminilidade e
independência.

Vergueiro aponta que a percepção dos elementos culturais e conseqüente absorção de
várias manifestações humanas surge já na década de 1950, sendo que a preocupação
com a continuidade desses estudos continua plenamente atual. Esses dois autores
parecem ter uma percepção da mídia e de sua contribuição social junto aos aspectos
culturais da sociedade muito mais avançada que em outras áreas. É exatamente a
partir dessa abordagem que Vergueiro trabalha a questão da cultura.

2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática

Vergueiro comenta sobre as vantagens da utilização das HQ’s e o quais os aspectos
que mais atraem seu público leitor. Destaca que elas fazem parte do cotidiano das



19
     HALL, Stuart. 7a. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.


                                                                                       12
crianças e adolescentes, o que faz com que não agrida a realidade do aluno. Ou seja, é
algo com que ele já está familiarizado.

Vergueiro destaca como exemplo o cinema. Ou seja, nem todos os alunos têm
familiaridade com o cinema, especialmente aqueles que vivem nas pequenas cidades
ou mesmo na periferia dos grandes centros urbanos. Elas não vão ao cinema com
freqüência.

Já no caso das HQ’s, o cenário é diferente. Elas estão muito mais presentes já que
podem ser encontradas em diferentes locais, como bancas de jornal. Ele esclarece que
mesmo as famílias mais humildes acabam tendo contato com os quadrinhos. O
encontro se dá até por acaso, na rua, no barbeiro, no médico, ou seja, em qualquer
lugar. É nesse sentido que Vergueiro defende que não agridem o leitor, uma vez que
fazem parte do seu cotidiano por serem muito fáceis de localizar e serem
transportadas. Não é algo estranho que está entrando forçosamente em seu universo.
Uma outra vantagem é seu custo de aquisição que é muito baixo, comparado com
outras coisas, como entretenimentos e até meios de comunicação.

Além disso, tem a questão da imagem desenhada associada à linguagem escrita, que
propiciam uma série de benefícios, como o estímulo à criatividade e ampliação da
compreensão do conteúdo a ser transmitido, entre outros aspectos cognitivos.

E falar de um meio de comunicação que desenvolva todas essas capacidades num país
que apresenta uma população com altos índices de analfabetismo, aliado a grande
dificuldade de compreensão da palavra escrita, é algo para ser analisado com carinho e
atenção. As HQ’s conseguem efetivamente levar a mensagem de uma maneira muito
mais efetiva.

Ao compara-la com alguns outros meios de comunicação, observa-se que sua
linguagem é bastante simples de ser compreendida, pois seus principais códigos ou
símbolos já são familiares a seus leitores. Qualquer criança sabe o que é um balão de
pensamento e um balão de fala, sabe ler uma história, sabe a ordem de como os
quadrinhos são lidos (da esquerda para a direita e de cima para baixo, nos países
ocidentais, por exemplo). Ou seja, são coisas que a criança facilmente desenvolve e,
conseqüentemente, são coisas que o educador pode desenvolver em sala de aula.

Há várias opções para se trabalhar com os quadrinhos. Tanto se pode utilizar aqueles
já produzidos no mercado, buscando em jornais velhos, revistas ou mesmo
comprando, dependendo do poder aquisitivo, como pode desenvolver com os alunos
determinados temas utilizando a própria linguagem dos quadrinhos. Vergueiro aponta


                                                                                   13
que há algumas iniciativas muito bem sucedidas nesse sentido, sendo que os alunos
até pediram para fazer determinada descrição. Lembra do caso de uma aluna sua que
levou os próprios alunos ao zoológico e, ao final, pediu a eles que fizessem uma
redação sobre a visita. E, para sua surpresa, vários deles pediram para montar HQ’s,
narrando o passeio ao zoológico. Ele esclarece que, nesse caso, a preocupação estava
na narrativa aliada à lógica dos desenhos e não no desenvolvimento de uma obra de
arte. Ou seja, as HQ’s como linguagem se apresentam como um meio muito efetivo de
informação e comunicação. Elas ajudam os educadores no processo educativo.

Finalizando, Vergueiro resume como principais vantagens de sua utilização os tópicos
que seguem:

      -   os estudantes querem ler os quadrinhos;

      -   palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente;

      -   existe um alto nível de informação nos quadrinhos;

      -   as possibilidades de comunicação são enriquecidas pela familiaridade com as
          histórias em quadrinhos;

      -   os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura;

      -   eles enriquecem o vocabulário dos estudantes;

      -   o caráter elíptico da linguagem quadrinhística obriga o leitor a pensar e
          imaginar;

      -   têm um caráter globalizador;

      -   podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema.20

3) Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs

Ao tratar da questão do sujeito receptor e do processo de mediações nas HQ’s,
Vergueiro aponta que há uma rede de consumidores que se interessam por HQ’s,
sendo que esse universo de leitores se concentra basicamente num período específico
do desenvolvimento da pessoa. A princípio, o grande grupo de leitores de HQ’s se
concentra entre o início da adolescência até o começo da idade adulta, ou seja, entre
os 11 e 25 anos. É o público dessa faixa etária que movimenta o mercado. E ressalta
que, contudo, observa-se atualmente um interesse geral da própria sociedade, do
mercado, dos editores, dos produtores, em ampliar esse público, sendo que,


20
     VERGUEIRO, Waldomiro. Pgs 21-25.


                                                                                  14
conseqüentemente, há uma produção bastante grande de quadrinhos voltada a outros
perfis de faixa etária.

Ele complementa dizendo que o desenvolvimento de novos mercados de HQ’s passa
necessariamente     pelo   conteúdo       das   mesmas,   pela      qualidade    dos   desenhos
apresentados    e   pelo   perfil   dos   heróis   representados,    qualidade    impressão    e
acabamento da peça, entre outros aspectos pertinentes. Portanto, há que se pensar e
analisar exatamente no perfil do público com o qual se deseja falar para se
desenvolver HQ’s específicas para eles.

4) Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação

A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências da
informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser apropriada
pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é trabalhar a
administração das questões de informação antes delas se tornarem explícitas. Parte-se
do pressuposto que o conhecimento existe nas organizações de uma forma explícita,
ou seja, transcrito em documentos, estabelecido em manuais, em livros, em todas as
manifestações físicas, existindo também de forma tática, na cabeça das pessoas que
estão atuando nessas organizações. A gestão do conhecimento vai se preocupar
exatamente com o gerenciamento do conhecimento tático/prático e do conhecimento
explícito. E o trabalho que Vergueiro tem feito na área da informação é exatamente no
sentido de que o profissional da informação tenha uma contribuição a dar nessa área.
Porque a técnica de gerenciamento do conhecimento já é dominada e pode contribuir
bastante nesse sentido.

Atualmente a empresa bem-sucedida é aquela que sabe administrar bem o seu capital
intelectual, o conhecimento dos funcionários. Isso dá rapidez de resposta, habilidade
de analisar corretamente as tendências de mercado, e tudo mais. Também faz com
que os trabalhadores se sintam motivados pela organização. Segundo Vergueiro, esse
tema tem sido trabalhado pelos pesquisadores na área de ciências da informação.

5) Perfil do profissional da informação

Para Vergueiro o profissional da informação com boa formação para trabalhar na
gestão da informação pode ser um bibliotecário, um administrador de um centro de
informações, um administrador de um museu, de um arquivo. São pessoas que têm
conhecimento e informação para administrar toda a produção registrada. Tanto é o
bibliotecário tradicional que está trabalhando na biblioteca pública, na biblioteca




                                                                                              15
escolar como é o gerente de informações de uma empresa que está trabalhando num
serviço de informação de ponta, apenas identificando novos produtos, novas
estratégias, novas linhas de atuação dos concorrentes das empresas. É o que se
chama de datamind, por exemplo.

6) Mudanças desse perfil

Vergueiro destaca que o perfil do profissional de informação está mudando muito. Ele
tem que ter o domínio das tecnologias, ser muito mais pró-ativo, ir além daquilo que
se espera dele. Antes se pensava esse profissional deveria ser um educador no sentido
de educar os usuários a utilizar os meios de comunicação, os produtos de informação,
as fontes de referência e tudo mais. Hoje em dia o cliente corporativo não tem tempo
para aprender. Ele busca um profissional que já traga as respostas. É nesse sentido
que o profissional tem que ser muito mais do que um fornecedor de informação, mais
que um sintetizador do que existe no mercado e trazer a informação mastigada,
trabalhada e analisada, para que o dono da empresa, o político, o administrador tome
a decisão com as informações já bem definidas. Não se pode perder tempo.

Vergueiro reconhece que, apesar de muitos esforços, a ECA-USP ainda está longe de
conseguir formar profissionais com esse perfil para o mercado. Esclarece que a própria
rotina universitária toma uma boa parte do tempo dos coordenadores como ele, sendo
que a formulação do programa de pós-graduação nessa área levou alguns anos. E que
o objetivo agora é investir na graduação para atender melhor esse mercado. Como
isso ainda deverá levar mais algum tempo, orienta que, atualmente, os profissionais
que têm interesse em investir em uma formação específica na área devem buscar os
cursos de especialização que atualmente são ofertados por várias instituições
educacionais.

E esclarece que, pelo fato do acesso à internet e aos meios de comunicação eletrônica
ter ficado muito fácil, desenvolveu-se uma idéia de que exercer o papel de mediador
nessa área é algo fácil e simples de se realizar. Porém, trata-se de uma idéia errônea.
Esse profissional precisa desenvolver determinadas habilidades e conhecimentos
específicos que só se recebe sistematicamente no ambiente acadêmico. Vergueiro
enfatiza que o fato de não haver hoje a oferta de um curso de graduação que municie
o aluno com o conhecimento sobre essas características, ele pode buscar um curso de
especialização ou mesmo um mestrado profissionalizante.




                                                                                    16
7) Publicações

Além da obra sobre HQ´s anteriormente citada, Vergueiro publicou também um livro
sobre o centenário da Revista Tico-Tico, completado no final do ano passado. Tem
mais dois livros no prelo que tratam sobre HQ´s, os quais já foram entregues aos
editores. Um deles fala especificamente sobre os quadrinhos no Brasil, o qual foi
desenvolvido numa parceria entre alguns pesquisadores do núcleo de quadrinhos e o
Vergueiro. Esclarece que vários dos capítulos desses livros já foram publicados no
exterior, inclusive na revista Latino-Americana de Estúdios da la storia, em Cuba.
Então, o grupo de autores decidiu traduzi-los para o português, acrescentar mais
algum conteúdo e publicar o livro, o qual já está na editora.

E acrescenta que publicou também 4 livros na área de ciências da informação, sobre
os seguintes tópicos: coleções, seleção, aquisição e qualidade em serviços da
informação. Isso sem falar das dezenas de artigos publicados em revistas científicas e
algumas centenas na internet.



8) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA ELABORAÇÃO DESTE TRABALHO:

BAETA, Agda Dias. Disney Pós-Moderna – A presença do discurso pós-moderno nas
histórias em quadrinhos da personagem Margarida. Monografia de curso de
Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e relações
públicas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede.7a. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Seqüencial. 3a. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. 7a. Ed. Rio de Janeiro:
Editora DP&A, 2003.

HUERGO, Jorge. Comunicación/Educación: itinerários transversales. In VALDERRAMA,
Carlos. Comunicación & Educación. Bogotá: Universidade Central, 2000, pg. 3-25.

KAPLÚN, Mario. Processos educativos e canais de comunicação, in Comunicação e
Educação, jan/abr, 1999, pg. 68-75.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – O futuro do pensamento na era da
informática. 15a. ed. São Paulo: Editora 34, 2006, pág. 131.




                                                                                   17
MARTIN-BARBERO, Jesús. Ensanchando territórios en comunicación/educación. In
VALDERRAMA, Carlos. Comunicación & Educación, Bogotá: Universidad Central, 2000,
pg. 101-113.

MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos Meios às Mediações – Comunicação, cultura e
hegemonia. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.

SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação, a emergência de um novo campo
e o perfil de seus profissionais, in Contato, Brasília, Ano I, N.I, jan/mar, 1999, pg.
19-74.

VERGUEIRO, Waldomiro; BARBOSA, Alexandre; RAMA, Angela; VILELA, Tulio. Como
usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula. 1a. Ed. São Paulo: Contexto, 2004.

VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um
relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da
Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. Ed. São Paulo: Paz e Terraz, 2000.



9) ORIENTAÇÕES


Orientações em andamento

Teses de Doutorado

Claudio Marcondes de Castro Filho. Interação nas Bibliotecas de Pós-raduação Stricto
Sensu nos Cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação.. Início: 2003. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo. (Orientador).

Valéria Aparecida Bari. O potencial das histórias em quadrinhos na formação de
leitores: busca de um contraponto entre os panoramas culturais brasileiro e europeu.
Início: 2003. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. (Orientador).

Gazy Andraus. As histórias em quadrinhos autorais adultas como veículo artístico-
comunicacional-científico de apoio educacional à universidade. Início: 2002. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico. (Orientador).

Orientações concluídas

Teses de Mestrado

Lucimar Ribeiro Mutarelli. Os quadrinhos autorais como meio de cultura e informação:
um enfoque em sua utilização educacional e como fonte de leitura. 2004. Dissertação


                                                                                         18
(Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Carmem Verônica Abdala. Critérios de qualidade do serviço de fornecimento de
documentos científicos sob a percepção do usuário final. 2003. Dissertação (Mestrado
em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Mery Piedad Z. Igami. A avaliação de desempenho na gestão das bibliotecas
especializadas nos institutos públicos de pesquisa. 2003. Dissertação (Mestrado em
Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Cláudio Marcondes de Castro Filho. Biblioteca no ensino e aprendizagem da língua
inglesa. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.

Maria Alice Romano Caputo. Histórias em Quadrinhos: Um potencial de informação
inexplorado. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.

Antonio Marcos Amorim. A globalização do mercado de periódicos científicos
eletrônicos e os consórcios de bibliotecas universitárias brasileiras: desafios à
democratização do conhecimento científico. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências
da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, .
Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Eliane Falcão Tuler Xavier. Qualidade nos serviços ao cliente: Um estudo de caso em
bibliotecas universitárias da área odontológica. 2001. Dissertação (Mestrado em
Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Nádia Maria dos Santos Hommerding. O profissional da informação e a gestão do
conhecimento nas empresas: Um novo espaço para atuação, com ênfase no processo
de mapeamento do conhecimento e disponibilização por meio da intranet. 2001.
Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Raquel Naschenveng Mattes. Informatização de bibliotecas iniversitárias: Parâmetros
para planejamento e avaliação. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de
Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Mary Julce Cornelsen. Gerência da Informação como Recurso Estratégico nas
Empresas: O caso Eliane Paraná. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento
de Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Valéria Martim Valls. O profissional da informação no sistema da qualidade nas
empresas: Um novo espaço para atuação com ênfase no controle de documentos .
1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de



                                                                                 19
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de
Castro Santos Vergueiro.

Elisa Campos Machado. Um estudo sobre as bibliotecas da Universidade de São Paulo.
1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de Biblioteconomia e
Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, .
Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Teses de doutorado

Valéria Martim Valls. Gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil:
estabelecimento de um modelo de referência baseado nas diretrizes da NBR ISO 9001.
2005. 247 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos
Vergueiro.

Nora Alicia Delgado Torres. Motivação no Trabalho e Clima Organizacional: Estudo nas
Bibliotecas Universitárias Brasileiras e Colombianas. 2004. 185 f. Tese (Doutorado em
Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador:
Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.

Márcia Silveira Kroeff. A pós-graduação em educação física no Brasil: Estudo das
características e tendências da produção científica dos professores doutores. 2000. 0 f.
Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior. Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro.


10)PRODUÇÃO LITERÁRIA DE WALDOMIRO VERGUEIRO

Artigos publicados em periódicos

VERGUEIRO, W. C. S. . A pesquisa em quadrinhos no Brasil: a contribuição da
universidade.. Cultura Pop Japonesa, São Paulo, v. 1, p. 15-26, 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. ; IGAMI, Mery P Zamudio ; SAMPAIO, Maria Immaculada
Cardoso . El uso del Servqual en la verificacion de la calidad de los servicios de
unidades de información: el caso de la biblioteca del IPEN.. Revista Interamericana de
Bibliotecologia, v. 28, n. 2, p. 177-191, 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . The Brazilian X-Men: How Brazilian Artists Have Created
Stories That Stan Lee Does Not Know About. International Journal Of Comic Art, v. 6,
n. 1, p. 221-235, 2004.

VERGUEIRO, W. C. S. ; LONGO, Rose Mary Juliano . Gestão da qualidade em serviços
de informação do setor público: características e dificuldades para sua implantação.
Revista Digital de Bibloteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 1, n. 1, p.
39-59, 2003.

VERGUEIRO, W. C. S. . Perfil de la lectora brasileña de historieta: Una investigación
participativa. Revista Latinoamericana de Estudios Sobre La Historieta, v. 3, n. 9, p.
41-60, 2003.



                                                                                     20
VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Programas de Calidad en las bibliotecas
brasileñas: panorama y perspectivas. Scire, ZARAGOZA, v. 9, p. 75-83, 2003.

VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Thais Aparecida . Gerenciamento de informações
para universidades corporativas. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo
Horizonte, v. 7, n. 1, p. 79-91, 2002.

VERGUEIRO, W. C. S. ; BRITO, G. F. . As Learning Organizations e os profissionais da
informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p.
249-260, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian pornographic comics: A view on the eroticism of a
Latin American culture in the work of artist Carlos Zéfiro. International Journal of
Comic Art, Drexel Hill, v. 3, n. 2, p. 70-78, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Em defesa das HQs: O Núcleo de Pesquisas de Histórias em
Quadrinhos da ECA-USP. Quadreca, São Paulo, n. 12, p. 61-63, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Desarrollo y perspectivas de la historieta infantil brasileña: las
incógnitas de um nuevo siglo. Revista Latinoamericana de Estúdios sobre la Historieta,
La Habana, v. 1, n. 1, p. 3-14, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Una visión del erotismo en la cultura latinoamericana en las
obras del artista Carlos Zéfiro. Revista Latinoamericana de Estúdios sobre la Historieta,
La Habana, v. 1, n. 3, p. 139-146, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Definição de indicadores de qualidade:
A visão dos administradores e clientes de bibliotecas universitárias. Perspectivas em
Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 27-40, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 1, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 2, 2001.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 3, 2001.

LEITÃO, B. J. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Using the focus group approch for evaluating
customer's opinions: the experience of a Brazilian academic library. New Library World,
Drexel Hill, v. 101, n. 1154, p. 60-65, 2000.

VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian superheroes in search of their own identities.
International Journal Of Comic Art, v. 101, n. 1154, p. 60-65, 2000.

VERGUEIRO, W. C. S. . Reféns do virtual: o anonimato na Internert. Informativo Jr,
São Paulo, v. 2, n. 7, 2000.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 2, n. 3, 2000.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 2, n. 4, 2000.




                                                                                      21
VERGUEIRO, W. C. S. . Reféns do virtual: o anonimato na Internet. Espiral: Revsita
eletrônica do Núcleo José Reis de Divukgação Cientíca. Espiral Revista Eletrônica do
Núcleo José Reis de Divulgação Científica, v. 1, n. 3, 2000.

VERGUEIRO, W. C. S. ; LEITÃO, B. J. . A utilização do grupo de foco para a avaliação
da opinião dos clientes: a experiência do Serviço de Biblioteca e DOcumentação da
ECA/USP.. Informação & Informação, Londrina, v. 4, n. 2, p. 95-104, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Children's comics in Brazil: From Chiquinho to Mônica, a
difficult journey. International Journal Of Comic Art, Drexell Hill, n. 1, p. 171-186,
1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . A odisséia dos quadrinhos infantins brasileiros: Parte 1:.
Agaquê, v. 2, n. 1, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . A odisséia dos quadrinhos infantis brasileiros. Agaquê, v. 2, n.
2, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 3, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 4, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 2, n. 1, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 2, n. 2, 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Information and technology transfer in Brazil: evolution and
perspectives.. New Library World, London, v. 99, n. 1141, p. 112-117, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil:
uma revisão da literatura. . Perspectiva Em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.
3, n. 1, p. 47-59, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . As bibliotecas, os centros de informação e o consumidor (ou vá
se queixar ao bispo antes que eu me esqueça!).. Palavra Chave, São Paulo., n. 10, p.
3-7, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Seleccion de recursos de informacion en Internet: el desafio
para bibliotecas y bibliotecarios de paises en desarrollo.. Boletin de La Asociación de
Bibliotecarios Profesionais de Rosario, Rosario., n. 9, p. 21-30, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Alguns aspectos da sociedade e da cultura brasileiras nas
histórias em quadrinhos. Agaquê, v. 1, n. 1, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 1, n. 1, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 2, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 1, 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliographic database quality improvement of a Brazilian
University's library system.. New Library World, Londres, n. 98, p. 98-105, 1997.




                                                                                    22
VERGUEIRO, W. C. S. . Collection development in Brazilian public libraries: evolution,
perspectives and difficulties for a systematic approach.. Collection Building, London, v.
16, n. 1, p. 4-11, 1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . O fortalecimento do cliente: alternativa para a valorização das
bibliotecas públicas em um ambiente de informação eletrônica.. Informação e
Informação, Londrina, 1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . O futuro das bibliotecas e o desenvolvimento de coleções:
pespectivas de atuação para uma realidade em efervescência.. Perpectivas Em
Ciências da Informação, Rio de Janeiro., v. 2, n. 1, p. 93-101, 1997.

   VERGUEIRO, W. C. S. . Quality Management: The Way To Improve Latin American
Public Libraries?. LIBRARY MANAGEMENT, v. 17, n. 1, p. 25-32, 1996.

VERGUEIRO, W. C. S. . Collection Development In Academic Libraries: A Brazilian
Library'S Experience. NEW LIBRARY WORLD, v. 97, n. 1128, p. 15-24, 1996.

VERGUEIRO, W. C. S. . Implicações éticas nos serviços de aquisição: algumas
reflexões a partir da realidade brasileira.. Cadernos de Biblioteconomia Arquivística e
Documentação, Lisboa, n. 1, p. 85-94, 1996.

VERGUEIRO, W. C. S. . Perspectives For Information Services In Developing Countries.
NEW LIBRARY WORLD, v. 96, n. 1118, p. 23-29, 1995.

VERGUEIRO, W. C. S. . Comic Book Collection In Brazilian Public Libraries: The
Gibitecas. NEW LIBRARY WORLD, v. 95, n. 1117, p. 14-18, 1994.

VERGUEIRO, W. C. S. . Etica Profissional Versus Etica Social: Uma Abordagem Sobre
Os Mitos da Biblioteconomia. PALAVRA-CHAVE, n. 8, p. 8-11, 1994.

POBLACION, D. A. ; VERGUEIRO, W. C. S. . El Agente de La Informacion En Brasil:
Perspectivas de Actuacion Para Asociaciones Profesionales. CIENCIAS DE LA
INFORMACION, CUBA, v. 24, n. 3, p. 147-153, 1993.

VERGUEIRO, W. C. S. . Desenvolvimento de Colecoes: Uma Nova Visao Para O
Planejamento de Recursos Informacionais. CIENCIA DA INFORMACAO, v. 22, n. 1, p.
13-21, 1993.

VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian Comic Artists In The United States. BRAZILIAN
COMMUNICATION RESEARCH YEARBOOK, v. 2, p. 99-106, 1993.

VERGUEIRO, W. C. S. . A Eca e As Historias Em Quadrinhos. COMUNICACOES E
ARTES, v. 16, n. 27, 1992.

VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecas Publicas e Mudanca Social: Algumas Reflexoes.
ANUARIO DE INOVACOES EM COMUNICACOES E ARTES, v. 2, p. 72-88, 1991.

VERGUEIRO, W. C. S. . Historias Em Quadrinhos e Identidade Nacional: O Caso Perere.
COMUNICACOES E ARTES, São Paulo, v. 15, n. 24, p. 21-26, 1990.

MARTUCCI, E. M. ; SACCHI JR, N. ; ALMEIDA JR, O. F. ; VERGUEIRO, W. C. S. .
Educacao Continua do Bibliotecario: Diagnostico das Necessidades de Informacao do



                                                                                      23
Bibliotecario Paulista. REVISTA DA ESCOLA ADE BIBLIOTECONOMIA DA UFMG, v. 19,
n. 1, p. 94-134, 1990.

VERGUEIRO, W. C. S. . Gibitecas: estrutura, organização e acervo.. Informação
Cultural, n. 10, p. 2-10, 1990.

VERGUEIRO, W. C. S. . A função social do Bibliotecário: uma questão nunca
suficientemente discutida.. Informação Cultural, v. 6, 1990.

VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecário e mudança social: por um bibliotecário ao lado do
povo.. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 16, n. 2, p. 207-215, 1988.

VERGUEIRO, W. C. S. . Estudos de usuários como instrumentos para diminuição da
incerteza bibliográfica. Revista da Escola de Biblioteconomia da Ufmg, Belo Horizonte,
v. 17, n. 12, p. 104-118, 1988.

POBLACIÓN, Dinah Aguiar ; CUNHA, I. M. F. ; KOBASHI, Nair Yumiko ; VERGUEIRO,
W. C. S. . O processo de implantação do currículo de Biblioteconomia na ECA-USP:
Uma experiência democrática. Cadenos de Biblioteconomia, n. 10, p. 106-114, 1988.

VERGUEIRO, W. C. S. . Censura e seleção de materiais em bibliotecas: o despreparo
dos bibliotecários brasileiros. Ciência da Informação, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 21-26,
1987.

VERGUEIRO, W. C. S. . Estabelecimento de políticas para o desenvolvimento de
coleções. Revista de Biblioteconomai de Brasília, Brasília, v. 15, n. 2, p. 193-202,
1987.

VERGUEIRO, W. C. S. . Os bibliotecários, as bibliotecas e a censura. Boletim da
Associação Paulista de Bibliotecários, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 2-3, 1986.

Principais livros publicados/ organizados ou edições

VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; RAMA, Angela (Org.) . Como usar as histórias em
quadrinhos na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2006. v. 1. 155 p.

VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) . Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula.
2. ed. São Paulo: Contexto, 2005. v. 1. 157 p.

VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; SANTOS, Roberto Elísio dos (Org.) . O Tico-Tico: 100
anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora,
2005. v. 1. 153 p.

VERGUEIRO, W. C. S. . Meu Brasil Mio. 1. ed. La Habana: Pablo de La Torriente, 2005.
v. 1. 50 p.

VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; RAMA, Ângela (Org.) . Como usar as histórias em
quadrinhos em sala de aula.. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2004. v. 1. 157 p.

VERGUEIRO, W. C. S. . Qualidade em serviços de informação. São Paulo: Arte e
Cultura, 2002. v. 1. 113 p.




                                                                                     24
VERGUEIRO, W. C. S. . Seleção de materiais de informação. 2. ed. Brasília:
Lemos Informação e Comunicação, 1997. v. 1. 118 p.

        ANDRADE, D. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Aquisição de Materiais de Informação. ,
1996.

VERGUEIRO, W. C. S. . Seleção de Materiais de Informação: Princípios e Técnicas. ,
1995.

        VERGUEIRO, W. C. S. . Desenvolvimento de Coleções. São Paulo: Associação
Paulista de Bibliotecários, 1989. v. 1. 106 p.

Capítulos de livros publicados

VERGUEIRO, W. C. S. ; RAMA, Angela . Uso das HQS no ensino. In: Waldomiro
Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula.. 3 ed. São
Paulo: Contexto, 2006, v. 1, p. 7-29.

VERGUEIRO, W. C. S. ; RAMA, Angela . A linguagem dos quadrinhos: uma
alfabetização necessária. In: Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como Usar as Histórias em
Quadrinhos na sala de aula. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2006, v. 1, p. 31-64.

VERGUEIRO, W. C. S. . Uso das HQs no ensino. In: Angela Rama; Waldomiro
Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 2 ed. São
Paulo: Contexto, 2005, v. , p. 7-29.

VERGUEIRO, W. C. S. . A linguagem dos quadrinhos:uma alfabetização necessária. In:
Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos em
sala de aula. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2005, v. , p. 31-64.

VERGUEIRO, W. C. S. ; ROSA, Franco de . O Almanaque do Tico-Tico.. In: Waldomiro
Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista
de quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p.
185-204.

VERGUEIRO, W. C. S. . A dimensão lúdica d'O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro;
Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de
quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 161-168.

VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . As dimensões educativa e moral
de O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-
Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera
Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 113-120.

VERGUEIRO, W. C. S. . O papel da mulher em O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro;
Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de
quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 175-180.

VERGUEIRO, W. C. S. . A publicidade em O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro;
Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de
quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera-Graphica, 2005, v. 1, p. 131-140.




                                                                                    25
VERGUEIRO, W. C. S. . O Tico-Tico e a expansão do escotismo no Brasil.. In:
Wladomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da
primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v.
1, p. 181-184.

VERGUEIRO, W. C. S. ; SOUZA, Worney Almeida de . O declínio da revista O Tico-
Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100
anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora,
2005, v. 1, p. 205-212.
VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . O Tico-Tico: uma avaliação
crítica.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100
anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora,
2005, v. 1, p. 213-219.

VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . Introdução. In: Waldomiro
Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista
de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 13-17.

VERGUEIRO, W. C. S. . Uso das HQs no ensino. In: Angela Rama; Waldomiro
Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 1 ed. São
Paulo: Contexto, 2004, v. , p. 7-29.

VERGUEIRO, W. C. S. . A linguagem dos quadrinhos: uma alfabetização necessária. In:
Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na
sala de aula. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2004, v. , p. 31-64.

VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Building customer-library relationship..
In: Dinesh K. Gupta; Ashok Jambhekar. (Org.). An integrated approach to services
marketing:. : , 2003, v. , p. 109-123.

VERGUEIRO, W. C. S. ; MORAES, Fábio . Jayme Cortez. In: Fernando Lemos; Rui
Moreira Leite. (Org.). A missão portuguesa: rotas entrecruzadas.. Editora UNESP;
Bauru: EDUSC, 2003, v. , p. -.

VERGUEIRO, W. C. S. . South América. In: Paul Sturges; John Feather. (Org.).
International encyclopedia of information and library science,. 2 ed. revised and
updated.. : , 2003, v. , p. -.

VERGUEIRO, W. C. S. . Amérique Centrale et Amérique du Sud, bibliothèques. In:
Pascal Fouché; Daniel Péchoin; Philippe Schuwer. (Org.). Dictionnaire encyclopédique
du livre. Paris: Electre - Editions du Cercle de La Libraire, 2002, v. 1, p. 75-76.

VERGUEIRO, W. C. S. . Divulgação científica e histórias em quadrinhos. In: Glória
Kreinz; Clodowaldo Pavan. (Org.). Ética e divulgação científica: os desafios no novo
século. São Paulo: Núcleo José Reis de Divulgação Científica, 2002, v. , p. 69-81.

VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Quality indicators and marketing: the
convergence between the providers and the customers point of views in Brazilian
university libraries. In: Rejean Savard. (Org.). Education and research for marketing
and quality management in libraries. Munchen: K. G. Saur, 2002, v. , p. -.

VERGUEIRO, W. C. S. . Publicações governamentais. In: CAMPELLO, Bernadete
Santos; CEDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Margueritte. (Org.). Fontes de



                                                                                    26
informações para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora da UFMG,
2000, v. , p. 110-119.

VERGUEIRO, W. C. S. . Ciência e quadrinhos. In: AJZENBERG, Elza. (Org.). Arte e
ciência. São Paulo: ECA/USP, 1999, v. , p. 107-108.

       VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos. In: CAMPELLO, Bernadete;
CALDEIRA, Paulo da Terra; MACEDO, Vera Amália Amarante. (Org.). Formas e
expressões do Conhecimento: introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: ,
1998, v. , p. 117-149.

VERGUEIRO, W. C. S. . South America. In: John Feather; Paul Sturges. (Org.).
International Encyclopedia of Information and Library Science. 1 ed. London:
Routledge, 1997, v. , p. 196-f197.

POBLACION, D. A. ; VERGUEIRO, W. C. S. . El Agente de La Informacion En Brasil:
Perspectivas de Actuacion Para Asociaciones Multiprofesionales. In: IDICT. (Org.).
Ciencias de la Información. La Habana: Instituto de Documentación en Información en
Ciencia y Tecnologia, 1995, v. , p. 61-67.

VERGUEIRO, W. C. S. . Disciplinas Componentes da Materia Formacao e
Desenvolvimento de Colecoes Nas Escolas do Estado de Sao Paulo: Algumas
Observacoes. In: Población, Dinah Aguiar. (Org.). Ensino de graduação em
biblioteconomia no Estado de São Paulo. 1 ed. São Paulo: Escola de Comunicações e
Artes, 1992, v. 1, p. 76-80.

Textos em jornais e revistas

VERGUEIRO, W. C. S. ; AMORIM, Antonio Marcos . Consórcio de bibliotecas: um
desafio à democretização do conhecimento.. Perspectivas em Ciência da Informação,
Belo Horizonte, v. 11, p. 32 - 47, 21 maio 2006.

VERGUEIRO, W. C. S. ; VALLS, Valéria Martin . A gestão da qualidade em serviços de
informação no Brasil: uma nova revisão de literatura, de 1997 a 2006.. Perspectiva em
Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, p. 118 - 137, 21 maio 2006.

VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos, uma apostila acadêmica?. Canal da
Imprensa, São Paulo, v. 0, p. 1 - 1, 18 maio 2006.

VERGUEIRO, W. C. S. . Sugestão de aula: ensino fundamental Histórias em
Quadrinhos.. Jornal da Tarde, São Paulo, v. 0, p. 16A - 16A, 14 maio 2006.

VERGUEIRO, W. C. S. . Arte Sequencial - A Imaginação toma forma no papel. JUSTIÇA
ETERNA, Vera Cruz - SP, v. 7, p. 9 - 10, 25 nov. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Quadrinhos viáveis.. Amae Educando, Belo Horizonte, v. 336,
p. 06 - 07, 01 nov. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Arte Sequencial - Uma Viagem Visual. JUSTIÇA ETERNA, Vera
Cruz - SP, v. 7, p. 1 - 2, 17 jun. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Ao 'mestle'com 'calinho'. Revista Kalunga ano 32 n.168, São
Paulo, p. 22 - 24, 05 abr. 2005.



                                                                                  27
VERGUEIRO, W. C. S. . Leitura dinâmica.. Revista Kalunga, ano 32, n.171, p. 130 -
132, 03 abr. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em quadrinhos e serviços de informação: um
relacionamento em fase de definição.. DataGramaZero: Revista de Ciência da
Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Aos 87 anos morre Will Einer, pai de 'Spirit'.. Folha de São
Paulo, 5 de jan.2005. Caderno mundo, p.A11., São Paulo, p. 08 - 11, 04 jan. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . A Nona Arte: pesquisas, arquivo, livro e tese. Pesquisa FAPESP,
N. 110, p. 86 - 89, 01 jan. 2005.

VERGUEIRO, W. C. S. . Origen, desarrollo y tendencias de las historietas brasileñas..
Revista Lationamericana de Estudios sobre la Historieta., v. 4, p. 193 - 214, 10 set.
2004.

VERGUEIRO, W. C. S. . La historieta en la educación popular en Brasil.. Revista
Latinoamericana de Estudios sobre la Historieta, v. 4, p. 169 - 180, 01 set. 2004.

SEKKEL, M. C. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Qualidade na educação infantil. Isto é Coseas,
São Paulo, 28 ago. 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . George Herriman. HQ Express, São Paulo, v. 2, p. 46 - 48, 17
ago. 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Nos confins de Brejo Seco. HQ Express, São Paulo, v. 2, p. 46 -
48, 02 ago. 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Winsor McCay e Little Nemo in Slumberland. HQ Express, São
Paulo, v. 4, p. 28 - 29, 09 jul. 1999.
VERGUEIRO, W. C. S. . Milton Caniff, o autor de Terry e os Piratas. HQ Express, São
Paulo, v. 1, p. 48 - 50, 04 jun. 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . Os Shmoos e a realidade brasileira. Quadreca, São Paulo, v.
10, p. 13 - 14, 07 mar. 1999.

VERGUEIRO, W. C. S. . A universidade e as histórias em quadrinhos. Como fazer Passo
a Passo: Curso prático de Desenho, São Paulo, v. 3, p. 50 - 51, 13 nov. 1998.

VERGUEIRO, W. C. S. . Paper Woman. Bad Girls, São Paulo, v. 1, p. 40 - 41, 06 set.
1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . Quem Veio primeiro. Showmix, São Paulo, v. 3, p. 42 - 43, 04
jun. 1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . Uma viagem visual. Showmix, São Paulo, v. 1, p. 36 - 37, 07
abr. 1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . A imaginação toma forma no papel. Showmix, São Paulo, v. 2,
p. 36 - 37, 01 abr. 1997.




                                                                                  28
VERGUEIRO, W. C. S. . E o Brasil descobriu os quadrinhos!. Top Comics, São Paulo, v.
1, p. 36 - 37, 07 jan. 1997.

VERGUEIRO, W. C. S. . O ano de 89 e os quadrinhos brasileiros. Folha de Pernambuco,
Recife, 08 fev. 1990.

VERGUEIRO, W. C. S. . Os quadrinhos quase catárticos. O Campo Grande, São Paulo,
01 fev. 1990.

VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos no Brasil. Jornal de Hoje, São Luís, p.
2 - 24, 24 set. 1989.

VERGUEIRO, W. C. S. . HQ: Culpada ou inocente?. A Tarde, Salvador, 01 set. 1989.

VERGUEIRO, W. C. S. . Arte ou mass media?. A Tarde, Salvador, p. 2 - 2, 01 set.
1989.

VERGUEIRO, W. C. S. . Expansão dos quadrinhos no Brasil. A Tarde, Salvador, 01 set.
1989.

VERGUEIRO, W. C. S. . Os quadrinhos, quase catárticos. A Tribuna, Santos, p. 2 - 12,
12 ago. 1989.

VERGUEIRO, W. C. S. . Jaspionmania invade o universo infantil. Isto é Senhor, São
Paulo, n.1040, p.50-2, ago. 1989, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Célebre personagem Batman aterrisou na Universidade de São
Paulo. Veja em São Paulo, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Visões do fim do mundo. Visão, v. 38, n. 45, p. 32-4, nov.
1989, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Na biblioteca, a informação de cada um.. Dirigente Municipal,
Rio de Janeiro,, Rio de Janeiro, v. 19, p. 28 - 31.

VERGUEIRO, W. C. S. . HQs viram pesquisa e pós na ECA.. Jornal do Campus, N. 104,
P.6, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Asociación Latinoamericana.. A União p. 10, 27 fev., João
Pessoa.

VERGUEIRO, W. C. S. . O fascínio de crianças e adultos de todas as gerações. Nova
Escola, Ano 6, n.47, p.24-28.

VERGUEIRO, W. C. S. . Linguagen dos gibis invade os currículos escolares.. Folha de
São Paulo, caderno 7: Folhateen, p 3, 27 de maio, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Waldomiro: el caso Brasil.. El Muñe, n. 5, p. 8-9, maio,
Havana.

VERGUEIRO, W. C. S. . USP cria primeira pós em quadrinhos do país. Folha de São
Paulo, Caderno D: Educação, p.10, 25 novembro, São Paulo.




                                                                                   29
VERGUEIRO, W. C. S. . Universidade de São Paulo cria curso de pós-graduação em
história em quadrinhos. Notícias da Bahia, p.10, julho, Feira de Santana.

VERGUEIRO, W. C. S. . Historietas cubanas en Brasil.. Gramma, 21 de novembro, La
Habana.

VERGUEIRO, W. C. S. . Publicarán          historietas   cubanas   en   Brasil.   Gramma
Internacional, 5 abril, La Habana.

VERGUEIRO, W. C. S. . Era da informação desafia o Brasil. O liberal, 8 de fevereiro,
Belém.

VERGUEIRO, W. C. S. . As bibliotecas. Unama Comunicado, n.16, 14 fevereiro, Belém.

VERGUEIRO, W. C. S. . Sobraram vagas para alunos de Biblioteconomia.. O Estado de
São Paulo, Caderno de Empregos, p.1-3, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Arte en los jeroglíficos encuadrados.. Gramma, 26 de fevereiro,
La Habana.

VERGUEIRO, W. C. S. . Quadreca será relançada em 99.. Jornal do Campus, n.205, 29
de outubro, p. 7, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . HQs negócio de gente grande. Editor, Ano2, n. 4, fev/mar,
p.41-6..

VERGUEIRO, W. C. S. . Quadrinhos ganham nova vida com a informática.. Diário
Popular, Ano115, n. 38201, 28 de setembro de 1999, Caderno Informática, p.8., São
Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Aulas que estão no Gibi.. Nova Escola, Ano 15, n.130, março,
Caderno de Atividade, p. 2-4..

VERGUEIRO, W. C. S. . Cidade pode virar pólo de produçao de HQs.. A Tribuna, 26 de
março, Caderno Cidades, p.5, São Vicente.

VERGUEIRO, W. C. S. . Empresa quijotesca: Heroes que defienden su lugar en el
mundo.. Bohemia, p.b56-b57, abril., La Habana.

VERGUEIRO, W. C. S. . As histórias em quadrinhos apresentaram uma evolução
inegável nos últimos vinte anos.. Recriando, Ano 0, n.1 janeiro, p. 6., Aracaju.

VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecário invade web. Galileu, Ano 10, n.120, p. 79, jul.,
São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Gestores da Informação. Diário Popular, 02 set, Cursos e
Concursos, p.3, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Gibis virtuais. Diário Popular, 27 mar, Informática, p.4., São
Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Adultos, em: eu quero ler gibi! . Claro! Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo p. 5 junho, São Paulo.



                                                                                     30
VERGUEIRO, W. C. S. . Coisa de gente grande.. Claro! Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo, p. 2. junho., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Um herói (quase) como a gente. Superinteressante, n. 177, p.
36-42, junho., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em quadrinhos da Universidade. . Jornal do Campus,
Ano 20, n. 264, 21 de novembro., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . HQs: retraro de uma época. . Claro! Escola de Comunicações e
a Artes da Universidade de São Paulo, junho p.3, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Pesquisadores da USP organizam acervo de quadrinhos no
Brasil.. O Estado de São Paulo Ano 17, n. 5.488, 16 de maio, Caderno 2, p. 1, São
Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Proibido para maiores.. Claro! Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo, junho, p. 4, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Santa ignorância, Batman!. Educação Ano 6, n. 256, p. 54-57.,
São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Todas as HQs em um só endereço.. Jornal da USP, Ano 17, n.
601, 17 1 23 junho, p. 14., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Classicos em quadrinhos. . Educação. Ano 7, n. 264, p. 12.,
São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Gerenciar a Informação é também missão do 'pastor'do livro..
Folha de São Paulo, Guia das Profissões, p. 16, 14 de setembro., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Doses Diárias de Humor. Claro! Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São Paulo, p. 6., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Pais ou heróis: no mundo das histórias em quadrinhos é
possível conciliar a família com uma vida de aventuras.. Isto é São Paulo. Edição
Especial Dia dos Pais. p.44-45, agosto., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . O que você vai ser quando. . . o mercado crescer?. Folha de
São Paulo, n.10, p. 10-15, 29 abril., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Sujar os dedos pode compensar.. Folha de São Paulo, Caderno
acontece, p.1 26 de janeiro., Rio de Janeiro.

VERGUEIRO, W. C. S. . Urbanoautoctonia.. Jornal do Campus, Ano 21, n. 274, p. 8, 21
agosto a 10 de setembro., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Aulas em quadrinhos: HQs ganham professores e mestres
árduos defensores. . Agitação, Ano 11, n. 55, p. 59-6, jan/fev, São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Da estante ao excel: a modernização afeta a biblioteconomia e
abre novos campos de trabalho.. Galileu, n. 152, p. 65, março., São Paulo.



                                                                                31
VERGUEIRO, W. C. S. . Gibis nas mesas universitárias. Jornal do Commércio, Caderno
C, Recife, 20 de janeiro., Recife.

VERGUEIRO, W. C. S. . La vida en quadritos.. La Jiribilla: revista digital da cultura
cubana, Ano 3, n. 145, 14-21 de Janeiro., La Habana.

VERGUEIRO, W. C. S. . HQs revelam amadurecimento. Folha de São Paulo, 14 de abril,
Especial Sinapse, p.8., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Nas HQs, a história conta outra história.. Folha de São Paulo,
22 setembro, folhateen, p. 12., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Além de diversão, HQ é fonte de informação. Folha de São
Paulo, 6 de outubro, folhateen, p. 12., São Paulo.

VERGUEIRO, W. C. S. . As HQs e seus gêneros. Argh, Editora Gráfica Arins Ltda., v. 0,
p. 06 - 07.

VERGUEIRO, W. C. S. . Adeus às estantes.. Folha de São Paulo. Revista Folha, ano 13
n. 621, p. 26-28, 23 de maio..

VERGUEIRO, W. C. S. . Hiatorieta: Hasta Cuándo La princesa será cenicienta?. El
Caiman Barbudo. Ano 37, edición 321, mar/abr..

VERGUEIRO, W. C. S. . Núcleo de Quadrinhos realiza reuniões mensais na USP.. En
Foca: Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da FIZO, Osasco, Faculdade
Integração Zona Oeste, Ano 2 n. 12, p. 3, abr/maio.

VERGUEIRO, W. C. S. . Salvar o planeta e divertir: o que as ciências do mundo real
têm a dizer sobre os fantásticos poderes dos heróis dos e do cinema.. Galileu, n. 156,
p. 42-47, jun. 2004., Ed. Globo.

VERGUEIRO, W. C. S. . Divulgação científica e histórias em quadrinhos.. Informativo
JR, São Paulo, Núcleo José Reis de Divulgação Científica, n.50, p. 11, jul./ago.

VERGUEIRO, W. C. S. . Educação também nos quadrinhos. Folha Dirigida/Suplemento
do Professor.

VERGUEIRO, W. C. S. . Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs.. Folha de São
Paulo, 26 out. Caderno Sinapse, n. 28, p. 12-13.



11)ANEXO 1: Íntegra da entrevista com o Prof. Dr. Waldmiro Vergueiro,
   realizada por Maria Izabel Leão, em Junho/2006.

Entrevista com Prof. Waldomiro Vergueiro.

Prof, o senhor me falar um pouco da sua trajetória acadêmica...quando o senhor
começou e qual a linha que o senhor seguiu nessa trajetória?




                                                                                   32
Eu me formei em biblioteconomia, mas sempre me interessei muito por histórias em
quadrinhos.... e depois que eu me formei na biblioteconomia e vim para a Eca para
fazer uma especialização na área de Comunicação mais especificamente em HQ.

Eu fiz o mestrado em HQ e depois deu certo de eu poder trabalhar na escola como
professor. Eu fui contratado como professor e daí que eu segui a carreira acadêmica.
Sempre trabalhando nos dois eixos, não? Na parte de informação no departamento de
biblioteconomia e especificamente com HQ na área de comunicação. Daí eu fiz o meu
mestrado sobre um aspecto da área de Biblioteconomia que me chamou muito a
atenção.é a questão das coleções e o aspecto das bibliotecas públicas, né! Destacando
o aspecto das bibliotecas públicas como centro de cultura, como um elemento de
informação para todas as camadas sociais. Depois fiz o meu pós-doutorado
trabalhando a questão da qualidade no serviço de informação e paralelo com isso eu
continuei sempre trabalhando com hq na área de comunicação.
Então em 1990 eu criei o Núcleo de Estudos de HQ, que é um centro de pesquisas, o
qual eu estou coordenando até os dias de hoje. E dentro desses núcleo de pesquisas
nós criamos várias linahs de pesquisa das hq, sendo que um deles é especificamente
hq e educação.

Ai agora recentemente com a mudança da pós graduação na ECA eu estou atuando na
pós-graduação. Tanto no programa de biblioteconomia, em ciências da informação,
como no programa de comunicação, trabalhando com histórias em quadrinhos.

Contribuindo com essa inter-relação da comunicação e educação

Eu tenho pensado nisso já há algum tempo. E a partir da criação do departamento de
uma linha de pesquisa em comunicação – e isso eu estou falando especificamente
junto à área de bibliotecononmia, nós criamos uma área que se chamava
comunicação, informação e educação, eu comecei a fazer essa ligação da informação
com a educação.

Trabalhando dentro da biblioteconomia, dentro da ciência da informação essa
aproximação, como que a informação se coloca a serviço da educação. Como que as 2
questões se interligam e dentro desse enfoque, eu escolhi como elemento de trabalho
as HQ, que foi a forma com a qual eu já tinha bastante familiaridade.

  Então, na Pós-graduação, ainda como ciência da comunicação mas na área de
concentração de biblioteconomia e documentação, eu apresentei uma disciplina há uns
4-5 anos atrás que era “HQ, Comunicação e Educação”. E dentro dessa disciplina eu
trabalhava exatamente esse aspecto da reflexão das HQ dentro do processo educativo:
como que ela afetava, como poderia contribuir, e tudo mais. E numa dessas
disciplinas, eu acho que foi na 2a ou 3a vez que eu apresentei, surgiu a idéia de
preparar um material específico. A gente, analisando a realidade, vimos a falta de um
material que pudesse ser instrumento para a atuação dos professores e junto com
meus alunos, nós desenvolvemos um livro que se chama “Como usar as HQ em sala de
aula” com os meus alunos. Ele foi publicado em 2004 e hoje já está em sua 2 a edição.
Acho que até o final do ano deve ir para 3a edição.

Então minha aproximação é nesse sentido: numa reflexão sobre formas de aplicar as
hq em sala de aula.

Núcleo de HQ, Educação e Comunicação




                                                                                  33
Sim, tem coisas relacionadas com educação. Tem várias. Uma boa parte dos membros
do núcleo são proefessores, né. E que trabalham nos vários níveis de ensino e que
utilizam hq em aula. Eu mesmo, vários dos meus orientandos, mais de mestrado do
que de doutorado, já desenvolveram e aplicaram hq em salas de aula. A discussão vai
sempre nesse nível. E a gente continua trabalhando. Até na próxima edição do livro,
nós pretendemos ampliar o espectro, o enfoque que foi feito. Na realidade nós
trabalhamos as hq primeiro numa visão geral sobre essa aplicação das hq e depois
pensando em áreas específicas: Geografia, língua portuguesa, história, artes, né...E
agora no futuro a gente pretende ampliar mais o livro acrescentando outros capítulos
específicos.

É fazendo uma coisa mais específica, não!



Sujeito receptor e processos de mediações nas HQs

Na realidade vc tem uma rede de consumidores, uma rede de pessoas que se
interessam por hq e que seria um universo leitor que se concentra basicamente num
período específico do desenvolvimento da pessoa. Ou seja, o grande grupo leitor de
hq, ele vai estar no início da adolescência até o começo da idade adulta. Entre os 11 e
25 anos. Ou seja, esse é o grande grupo leitor. É o que basicamente movimenta o
mercado. Mas hoje em dia a gente vê que há um interesse geral da própria sociedade,
do mercado, dos editores dos produtores de ampliar esse público. Então há uma
produção bastante grande de quadrinhos que está se dirigindo para públicos em outras
faixas etárias.



Cinema e HQs

O cinema está usando muito e a HQ estão sendo aceitas e comercializadas em
livrarias, que é uma cosia recente no Brasil. Você coloca aí uns 3 anos apenas que elas
começaram a ser vendida em livrarias. Antes o local de vendas das hq eram as bancas
de jornais. As livrarias eram um espaço de um material mais erudito, não?! Então, vc
tem uma produção para esse circuito, uma produção mais cuidada, utilizando a
linguagem de uma maneira mais inteligente produzindo um material mais crítico em
relação à sociedade em relação aos vários costumes sociais, com uma visão de mundo
mais contestadora, e isso faz com que as HQ sema vistas de outra forma. Tem até um
status um pouco diferenciado. Isso também em função da quebra de alguns
preconceitos contras as hq... principalmente que as hq eram coisas para crianças. E a
aceitação formal das hq como um objeto que pode contribuir para a educação formal.
Como material didático. Ou para-didático. O reconhecimento pelos PCN´s, pela Lei de
diretrizes e Bases da possibilidade da utilização das hq e inclusive o incentivo para que
isso seja feito. Esse é um momento bastante apropriado para trabalhar as hq na
educação. E nós sentimos, em nosso trabalho com os quadrinhos, nós sentimos que
não há, por parte dos educadores, resistência à utilização das hq em sala de aula. O
que há, pelo contrário, é muita curiosidade, muita vontade de utilizar, e muita
indecisão , muita incerteza sobre como fazer isso. Então é nesse sentido que nós
temos trabalhado dando oficinas, com livro, palestras e tudo mais.

Divulgação dos HQs




                                                                                      34
Sim, temos investido. Inclusive agora em agosto eu estou indo para a Bienal do Livro
de Fortaleza para falar sobre o livro, já demos oficinas sobre como utilizar.

E dentro dessa questão ainda das HQ o senhor acha que o conteúdo das hq pode
contribuir para a construção e desenvolvimento do imaginário dos seus leitores? Por
exemplo, dá para se trabalhar valores ?

Eu pessoalmente acho que não existe nenhum tema que as hq não possam trabalhar.
Não existe uma área do ensino que a HQ não possam ser aplicadas. Acredito que elas
podem ser aplicadas em qualquer área. Depende do professor encontrar a HQ, dele
identificar a hq que responde às necessidades dele e saber aplicar. TEr uma estratégia
para utilização em sala de aula. Eu nãov ejo limites para a utilização das Hq. Pode
utilizar em filosófica, ciências, física, geografia, história... em todas as áreas, eu não
vejo limites...e ampliando o imaginário e fazendo com que o processo didático seja
algo diferente, muito mais vivo e com uma participação muito maior.

Como surgiram os HQs: buscar informações sobre este tema

Vantagens da utilização do HQ: o que mais atrai

Na realidade as hq têm várias vantagens para serem utilizadas. Primeiro, fazem parte
do cotidiano. Então não é uma coisa que agride a realidade do aluno. Então, não é algo
qu está sendo trazido de fora com que o aluno não tem familiaridade, Isso pode
acontecer, por exemplo com um filme. Ou seja, o aluno não tem familiaridade com o
cinema. Se você pensar em periferia, as crianças não vão ao cinema com freqüência, é
algo que foge à realidade deles. Muitas vezes as hq estão muito mais presentes porque
você encontra em qualquer canto pois tem em bancas de jornal. Mesmo as famílias
mais humildes acabam tendo contato com hq. Seja na rua por acaso, seja no barbeiro,
no médico, em qualquer lugar. Então você encontra, elas fazem parte do cotidiano
porque é algo muito fácil de ser localizado e de ser trazido. Então, não agride o leitor
nesse sentido. Não é algo estranho que está entrando em seu universo que está
sendo forçado. Então, ela tem essa grande vantagem.

Tem a vantagem do custo, que é muito baixo, comparado com outras coisas. E tem
todas essa questão a imagem...principalmente num país onde a gente tem índices de
analfabetismo tão altos com grande dificuldade de compreensão d a palavra escrita.
Então, as Hq conseguem levar a mensagem de uma maneira muito mais efetiva. E se
você comparar com alguns outros meios, é uma linguagem bastante simples de ser
compreendida porque os principais códigos ou símbolos dos quadrinhos já são
familiares. Então qualquer criança sabe o que é um balão. A diferença entre um balão
de pensamento e um balão de fala. Sabe ler uma história. Sabe a ordem de como os
quadrinhos são lidos, da esquerda para direita,d e cima para baixo. Então, são cosias
que facilmente a criança desenvolve, que na sala de aula você pode desenvolver.

E os quadrinhos vc pode trabalhar tanto com eles já produzidos que existem no
mercado, buscando em jornais velhos em revistas ou comprando, dependendo do
poder aquisitivo...como vc pode desenvolver a própria linguagem dos quadrinhos,
desenvolver determinados temas utilizando a linguagem dos quadrinhos. A gente de
algumas iniciativas nesse sentido que foram muito bem sucedidas. E que os alunos
pediram até para fazer determinada descrição. Teve oc aso de uma aluna minha que
levou os alunos ao zoológico e depois ao final queria que os alunos cada um fizesse
uma redação sobre como tinha sido o passeio no zoológico. E vários alunos pediram
para ela: podemos fazer essa redação por meio das hqs? E saiu um resultado muito



                                                                                       35
bom com eles desenhando, colocando ...lógico, sem a preocupação com uma obra de
arte Ou seja, as hq como linguagem são um meio muito efetivo de informação, de
comunicação. Ele dá uma força para as professoras no processo educativo.

HQ´s e Indústria Cultural de Massas

Ela faz parte de um grande sistema de comunicação. Então, hoje em dia a gente não
pode pensar mais nos meios de comunicação de forma isolada. Eu acho que é um
grande sistema que abarca várias formas de manifestação. E que pensam os produtos
de uma forma aditiva. A hq é pesnada no contexto da comunicação de massas dessa
indústria como, no seu potencial , para extrapolar o produto quadrinhístico. Ela tem
que ser pensada dentro desse contexto como uma futuro desenho animado, um futuro
jogo de vídeo game, um futuro filme, uma futura série, e depois retornar novamente
ao quadrinho e realimentar. Ou seja, no sistema atual, não dá mais para pensar uma
hq por ela mesma. O produtor já tem que, quando cria a hq, pensando no modelo
industrial já ter em vista o seu potencial par aoutras mídias. A hq não se sustenta mais
por si só. Ela tem que ser pensada para todas as mídias. Então, você pensa num
personagem novo que não tem potencial para se transformar num brinquedo, ele
provavalemente vai se exaurir em poucos anos. Não vai ter permanência. Agora se
você pensar num personagem quepode se transformar num brinquedo, que pode se
transformar num jogo, que pode ir para o desenho animado, que pode ser vários
outros produtos, que ode ir para merchandising e tudo mais , ele tem uma longa
carreira pela frente. Pelo menos potencialmente.

Autores que norteiam o pensamento com relação à questão da educação e
comunicação para HQ e biblioteconomia

Eu trabalho muito com os teóricos do estudos culturais. Trabalho muito com Stuart
Hall, Raymond Williams, eu me considero na linha de estudo dos autores culturais
ingleses.

Influência dos Estudos Culturais nas 2 áreas

Eu acho que eles têm uma percepção da mídia e da contribuição social da mídia muito
mais avançada do que outras áreas. Eu acho que a percepção dos elementos, da
cultura que é já absorvendo todas as manifestações humanas, ele vai surgir com eles
já na década de 50 – 6-... e parece que a preocupação dos estudos culturais
continuam plenamente atuais. É onde eu tenho trabalhado mais           e vejo meu
pensamento muito alinhado com o desses teóricos.

Barbero, não?

Um pouco, muito pouco. Conheço muito pouco o Barbero mas eu tenho trabalhado
mais é com os ingleses mesmo.

Gestão do conhecimento e o profissional da área de informação

A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências
da informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser
apropriada pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é
você trabalhar a administração das questões de informação antes delas se tornarem
explícitas. Então, você parte do pressuposto que o conhecimento existe nas
organizações de uma forma explícita, ou seja, transcrito em documentos, estabelecido



                                                                                     36
HQs na Educação
HQs na Educação
HQs na Educação

More Related Content

What's hot

Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)
Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)
Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)Jader Windson
 
Tirinha, gêneros e tipologia textual - Alunos CEV 2015 1°C
Tirinha, gêneros e tipologia textual -  Alunos CEV 2015 1°CTirinha, gêneros e tipologia textual -  Alunos CEV 2015 1°C
Tirinha, gêneros e tipologia textual - Alunos CEV 2015 1°CJefferson Barroso
 
Gêneros textuais no ENEM: estatuto
Gêneros textuais no ENEM: estatutoGêneros textuais no ENEM: estatuto
Gêneros textuais no ENEM: estatutoma.no.el.ne.ves
 
Intertextualidade
Intertextualidade Intertextualidade
Intertextualidade Denise
 
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.Cláudia Heloísa
 
Conceitos básicos em análise semântica
Conceitos básicos em análise semânticaConceitos básicos em análise semântica
Conceitos básicos em análise semânticaMiquéias Vitorino
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasCláudia Heloísa
 
Trabalho fddi
Trabalho fddiTrabalho fddi
Trabalho fddiKeynom
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)GernciadeProduodeMat
 
Planificacao Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdf
Planificacao  Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdfPlanificacao  Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdf
Planificacao Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdfNuno Pereira
 
Preposição e coesão coerência textuais
Preposição e coesão coerência textuaisPreposição e coesão coerência textuais
Preposição e coesão coerência textuaisProfFernandaBraga
 
Ambiguidade proposital.pdf
Ambiguidade proposital.pdfAmbiguidade proposital.pdf
Ambiguidade proposital.pdfHelFlresBiscuitt
 
Coesão e Corência
Coesão e CorênciaCoesão e Corência
Coesão e CorênciaCaio Sanches
 
Frase oracao-periodo-aula
Frase oracao-periodo-aulaFrase oracao-periodo-aula
Frase oracao-periodo-aulaemanuelee
 
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdfFICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdfNatália Moura
 

What's hot (20)

Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)
Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)
Leitura e compreensão de texto (Jovem Candango)
 
Crase
Crase Crase
Crase
 
Tirinha, gêneros e tipologia textual - Alunos CEV 2015 1°C
Tirinha, gêneros e tipologia textual -  Alunos CEV 2015 1°CTirinha, gêneros e tipologia textual -  Alunos CEV 2015 1°C
Tirinha, gêneros e tipologia textual - Alunos CEV 2015 1°C
 
Gêneros textuais no ENEM: estatuto
Gêneros textuais no ENEM: estatutoGêneros textuais no ENEM: estatuto
Gêneros textuais no ENEM: estatuto
 
Intertextualidade
Intertextualidade Intertextualidade
Intertextualidade
 
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.
Figuras de linguagem: 25 propagandas. Exercício 2.
 
Conceitos básicos em análise semântica
Conceitos básicos em análise semânticaConceitos básicos em análise semântica
Conceitos básicos em análise semântica
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavras
 
Trabalho fddi
Trabalho fddiTrabalho fddi
Trabalho fddi
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 
O Universo do Haicai
O Universo do HaicaiO Universo do Haicai
O Universo do Haicai
 
Modalização do discurso
Modalização do discursoModalização do discurso
Modalização do discurso
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
 
Planificacao Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdf
Planificacao  Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdfPlanificacao  Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdf
Planificacao Anual TIC - 8º Ano 2021_22.pdf
 
Preposição e coesão coerência textuais
Preposição e coesão coerência textuaisPreposição e coesão coerência textuais
Preposição e coesão coerência textuais
 
Ambiguidade proposital.pdf
Ambiguidade proposital.pdfAmbiguidade proposital.pdf
Ambiguidade proposital.pdf
 
Coesão e Corência
Coesão e CorênciaCoesão e Corência
Coesão e Corência
 
Frase oracao-periodo-aula
Frase oracao-periodo-aulaFrase oracao-periodo-aula
Frase oracao-periodo-aula
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdfFICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
 

Similar to HQs na Educação

Maria de lourdes motter
Maria de lourdes motterMaria de lourdes motter
Maria de lourdes motterIsabel Santos
 
Maria de lourdes motter
Maria de lourdes motterMaria de lourdes motter
Maria de lourdes motterIsabel Santos
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...Gustavo Araújo
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...Gustavo Araújo
 
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...Gustavo Araújo
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...Gustavo Araújo
 
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM   QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM   QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...Tissiane Gomes
 
Enciclopedia intercom de comunicação
Enciclopedia intercom de comunicaçãoEnciclopedia intercom de comunicação
Enciclopedia intercom de comunicaçãoDouglas Gonçalves
 
181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhos181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhosOtavio Ferreira
 
Enciclopédia INTERCOM de Comunicação
Enciclopédia INTERCOM de ComunicaçãoEnciclopédia INTERCOM de Comunicação
Enciclopédia INTERCOM de ComunicaçãoSimone Carvalho
 
Linguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrLinguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrenzzomarques
 
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCO Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCEudaldo Jr.
 
História em quadrinhos
História em quadrinhosHistória em quadrinhos
História em quadrinhosntebrusque
 
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011Carolina Terra
 
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfComunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfSemônica Silva
 

Similar to HQs na Educação (20)

Sangiorgi e barco
Sangiorgi e barcoSangiorgi e barco
Sangiorgi e barco
 
Maria de lourdes motter
Maria de lourdes motterMaria de lourdes motter
Maria de lourdes motter
 
Maria de lourdes motter
Maria de lourdes motterMaria de lourdes motter
Maria de lourdes motter
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM OFICINAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA:...
 
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...
As histórias em quadrinhos na educação possibilidades de um recurso didático ...
 
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...
AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UM RECURSO DIDÁTICO...
 
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM   QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM   QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...
ARTIGO – O USO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA SALA DE AULA: OBSTÁCULOS, PRÁ...
 
Enciclopedia intercom de comunicação
Enciclopedia intercom de comunicaçãoEnciclopedia intercom de comunicação
Enciclopedia intercom de comunicação
 
181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhos181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhos
 
Enciclopédia INTERCOM de Comunicação
Enciclopédia INTERCOM de ComunicaçãoEnciclopédia INTERCOM de Comunicação
Enciclopédia INTERCOM de Comunicação
 
Linguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrLinguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogr
 
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCCO Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
O Muro é o meio (Documentário) Memorial Descritivo TCC
 
História em quadrinhos
História em quadrinhosHistória em quadrinhos
História em quadrinhos
 
181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhos181213historiaemquadrinhos
181213historiaemquadrinhos
 
Zine da Duca
Zine da DucaZine da Duca
Zine da Duca
 
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011
E book II Jornada Discente do PPGCOM USP_2011
 
Tc campo teorico da comunicação
Tc campo teorico da comunicaçãoTc campo teorico da comunicação
Tc campo teorico da comunicação
 
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfComunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdf
 
Você na tela
Você na telaVocê na tela
Você na tela
 

More from Isabel Santos

Heloisa dupas penteado
Heloisa dupas penteadoHeloisa dupas penteado
Heloisa dupas penteadoIsabel Santos
 
José coelho sobrinho
José coelho sobrinhoJosé coelho sobrinho
José coelho sobrinhoIsabel Santos
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelliIsabel Santos
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelliIsabel Santos
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelliIsabel Santos
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelliIsabel Santos
 
Maria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaMaria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaIsabel Santos
 
Maria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaMaria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaIsabel Santos
 
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Isabel Santos
 
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Isabel Santos
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Isabel Santos
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Isabel Santos
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Isabel Santos
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Isabel Santos
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Isabel Santos
 

More from Isabel Santos (20)

Elza dias pacheco
Elza dias pachecoElza dias pacheco
Elza dias pacheco
 
Mauro wilton
Mauro wiltonMauro wilton
Mauro wilton
 
Mauro wilton
Mauro wiltonMauro wilton
Mauro wilton
 
Heloisa dupas penteado
Heloisa dupas penteadoHeloisa dupas penteado
Heloisa dupas penteado
 
Cremilda medina
Cremilda medinaCremilda medina
Cremilda medina
 
Cremilda medina
Cremilda medinaCremilda medina
Cremilda medina
 
José coelho sobrinho
José coelho sobrinhoJosé coelho sobrinho
José coelho sobrinho
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelli
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelli
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelli
 
Brasilina passarelli
Brasilina passarelliBrasilina passarelli
Brasilina passarelli
 
Maria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaMaria aparecida baccega
Maria aparecida baccega
 
Maria aparecida baccega
Maria aparecida baccegaMaria aparecida baccega
Maria aparecida baccega
 
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
 
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
Angelopedropiovesanneto 100628131849-phpapp02
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
 
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
Adisoncitelle1 100628120047-phpapp02
 

Recently uploaded

ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 

Recently uploaded (20)

ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 

HQs na Educação

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Área: Interfaces Sociais da Comunicação Linha: Educomunicação Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares Waldomiro Vergueiro e as interfaces da Comunicação / Educação Autoras Luci Ferraz de Mello Maria Izabel Leão 1. Introdução: Formação Acadêmica / Experiência Profissional..................2 2. Atuação e Contribuições no Campo de Interfaces da Comunicação/Educação...................................................................3 2.1 História dos HQ´s: como surgiram..............................................3 2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais.......................5 2.3 Renovação da linguagem das HQ’s..............................................8 2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas...........................................8 2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação.........9 2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação...................................11 2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática..........12 3. Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs........................14 4. Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação........15 5. Perfil do profissional da informação...............................................15 6. Mudanças desse perfil.................................................................15 7. Publicações................................................................................16 8. Bibliografia consultada para elaboração deste trabalho.....................17 9. Orientações...............................................................................18 10. Produção literária de Waldomiro Vergueiro...................................20 1
  • 2. 11. Anexo 1 - Entrevista com Wladomiro Vergueiro.............................32 “Uma imagem fala mais do que mil palavras.” (Anônimo1) 1) INTRODUÇÃO: FORMAÇÃO ACADÊMICA/EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL O Professor Doutor Waldomiro Vergueiro possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1977), mestrado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1985), doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1990), pós-doutorado pela Loughborough University Of Technology (1995) e pós-doutorado pela Universidad Carlos III de Madrid (2004). Atualmente é professor titular do Departamento de Biblioteconomia da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Membro do Comitê Editorial y Científico da Universidad de Antioquia. Atua principalmente nos seguintes temas: Serviços de Informação - Qualidade. Depois de se graduar em Biblioteconomia, Vergueiro fez mestrado em Comunicação na área de HQ’s, estudando o seu papel na indústria da comunicação de massa. Após o curso, foi contratado como professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, quando decidiu seguir a carreira acadêmica, sempre trabalhando os dois eixos. Ou seja, na área de serviços de informação no departamento de Biblioteconomia e HQ na área de Comunicação. E, então, atendeu ao doutorado, quando estudou a temática das coleções e a forma como essas são trabalhadas nas bibliotecas públicas, estas últimas vistas como centro de cultura e elemento de informação para todas as camadas sociais. E seus pós-doutorados, na Inglaterra e na Espanha, foram sobre a questão da qualidade no serviço de informação, apesar de continuar trabalhando paralelamente a questão dos HQ´s na área de comunicação. 1 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto, 2006, pg. 09. 2
  • 3. Em 1990, criou o Núcleo de Estudos de Histórias em Quadrinhos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Trata-se de um centro de pesquisas sobre o tema a partir de diversas linhas de pesquisa das HQ’s, sendo que um deles é especificamente sobre HQ´s e sua utilização na Educação. 2) ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES NO CAMPO DE INTERFACES DA COMUNICAÇÃO/EDUCAÇÃO 2.1 História dos HQ´s: como surgiram Vergueiro se interessa pela leitura de Histórias em Quadrinhos desde pequeno, sendo que atualmente possui uma coleção particular de HQ’s, formada por cerca de 20 mil histórias. Ressalta que não possui predileção especial por nenhum tema, comprando e lendo de tudo. De fato, ainda brinca dizendo que, ao ter dedicado sua carreira ao estudo da comunicação nessa área, pode até se dar ao luxo de dizer que está trabalhando. Falar sobre a origem das Histórias em Quadrinhos é, como diz Vergueiro, incorrer no risco de desagradar algum dos grupos que as estuda. Isso porque há aqueles que defendem o seu surgimento no final do século XIX e outros que as consideram apenas como se apresentam hoje. Vergueiro reflete que as HQ’s vão de encontro às necessidades humanas, uma vez que utilizam a imagem gráfica, um elemento de comunicação que sempre esteve presente na história da humanidade. Lembra os desenhos do homem primitivo nas paredes das cavernas, com os registros de seu dia-a-dia como caçadas, animais selvagens existentes, indicação de seu paradeiro, entre outras informações. Pondera que, ao se fazer um exercício, imaginando esses relatos enquadrados, obtém-se algo muito similar às HQ’s atuais. O surgimento das HQ’s como meio de comunicação de massa se deu com a evolução da indústria tipográfica e o aparecimento das grandes cadeias jornalísticas, esses embasados em consistente tradição iconográfica, no final do século XIX. Apesar de sua presença em diversos países, observa-se que seu grande florescimento foi nos Estados Unidos da América, uma vez que todos os elementos sociais e tecnológicos ali já se haviam consolidado, fortalecendo o processo de transformação das HQ´s em um produto de consumo massivo. 3
  • 4. Iniciou nas páginas dominicais dos jornais voltados às populações de migrantes, apresentando temáticas predominantemente cômicas, “com desenhos satíricos e personagens caricaturais”2. Evoluiu às célebres “tiras” e diversificaram os conteúdos, discorrendo sobre protagonistas femininas, núcleos familiares e animais antropomorfizados, porém, ainda com abordagem mais cômica. Vergueiro destaca a interessante disseminação da cultura norte-americana através da disseminação desse meio de comunicação massivo, destacando que as HQ’s eram levadas “a todo mundo pelos syndicates, grandes organizações distribuidoras de notícias e material de entretenimento para jornais de todo o planeta, colaborando, conjuntamente com o cinema, para a globalização e cultura daquele país” 3. Ao final da década de 1920 observa-se uma nova tendência – a naturalista -, onde os desenhos passam a adotar uma apresentação mais fiel de pessoas e objetos, o que resultou na ampliação do impacto junto ao público. São os conhecidos “comic books”, nos EUA, ou “gibis”, no Brasil. A Segunda Grande Guerra também influencia diretamente os enredos das HQ´s, sendo que é nessa época que surgem as histórias dos super-heróis nos conflitos armamentistas, e seu consumo massivo se estende para os adolescentes norte-americanos principalmente. Vergueiro aponta Fredric Wertham, psiquiatra alemão radicado nos EUA, como grande responsável pela disseminação do ambiente de preconceito e desconfiança quanto aos efeitos que as HQ’s poderiam surtir nas crianças e adolescentes em seu processo de aprendizagem. Wertham chegou a publicar um livro, “A sedução dos inocentes”, onde apontava para os quadrinhos como os grandes responsáveis pelo surgimento de anomalias de comportamentos sociais desses públicos. Essas críticas foram seguidas de outras em vários países da Europa e mesmo no Brasil, especialmente por representantes das áreas cultural, educacional e científica. Esse movimento fez surgir algumas legislações restritivas quanto aos temas e forma de abordagem dos quadrinhos, que resultou na elaboração de um Código de Ética dos Quadrinhos nos EUA. Em entrevista a Eloyr Pacheco4, Vergueiro destaca que, nos EUA, o Código de Ética tem restringido os temas e a forma de abordagem dos quadrinhos. Especificamente no 2 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006, pg. 10. 3 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006, pg. 10. 4 PACHECO, Eloyr. Entrevista com Waldomiro Vergueiro, realizada em 18/11/2004 e publicada no site “O Bigorna”, em 03/07/2005. 4
  • 5. Brasil, seguindo a tendência dos grandes países industrializados, houve também a publicação de um Código de Ética para Quadrinhos, voltado a regular as atividades do setor. Ele destaca, porém, que o mesmo foi desenvolvido com tópicos expressos de maneira mais ampla. E observa que “talvez em virtude das próprias características da sociedade brasileira, bem menos vigilante em relação à norte-americana”, não há grande preocupação por parte dos autores e editores em respeitá-lo. Pondera que a produção nacional de quadrinhos parece ter sido muito mais afetada pela invasão de material do exterior e pelas condições de produção para manter o mercado frente a tal fluxo. 2.2 HQ´s, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais Vergueiro lembra que as últimas décadas do século XX trouxeram maiores esclarecimentos sobre os meios de comunicação, com análises de qualidade sobre sua especificidade e seu impacto sobre a cultura da sociedade. Destaca que isso ocorreu com todos eles, como cinema, rádio, televisão, jornais, entre outros. E atingiu também as HQ’s, que passaram a receber melhor atenção das elites intelectuais e a serem aceitas como “um elemento de destaque do sistema global de comunicação e como uma forma de manifestação artística com características próprias”5. Vergueiro6 ressalta que essa nova visão em relação aos quadrinhos trouxe uma renovação da sua imagem junto à sociedade como um todo, na medida que é a partir dessa nova abordagem que eles passam a ser encarados com especificidade narrativa, analisados sob uma ótica própria e mais positiva (v, 2006, pg 17). E que isso resultou no início da aceitação das HQ´s como elemento integrante de algumas práticas pedagógicas. Vergueiro lembra que esse processo foi lento em seu início, mas que esse já era um aspecto conhecido: “... a percepção de que as histórias em quadrinhos podiam ser utilizadas de forma eficiente para a transmissão de conhecimentos específicos, ou seja, desempenhando uma função utilitária e não apenas de entretenimento, já era corrente no meio “quadrinhístico” desde muito antes de seu “descobrimento” pelos estudiosos de comunicação. As primeiras revistas de quadrinhos de caráter educacional publicadas nos Estados Unidos, ..., editadas durante a 5 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006, pág. 17. 6 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006, 5
  • 6. década de 1940, traziam antologias de histórias em quadrinhos sobre personagens famosos da histórias, figuras, literárias e eventos históricos”.7 Os manuais foram uma das mais fortes utilizações das HQ’s. De fato, Vergueiro destaca que os quadrinhos são realmente muito didáticos para esse fim. Na época da Segunda Grande Guerra eles foram amplamente utilizados na elaboração de manuais para ensinar os soldados sobre como montar e desmontar metralhadoras, por exemplo. Já nesse período se constatara que a utilização de apenas um texto escrito não obtinha tanto sucesso em termos didáticos quanto a 2-3 páginas em quadrinhos conseguiam. Elas propiciam um entendimento muito mais rápido do processo. Daí ser até hoje utilizado na elaboração de manuais das mais variadas áreas de estudo. Importante esclarecer que os quadrinhos se utilizam de dois códigos distintos de transmissão de mensagem, o lingüístico e o pictórico. O lingüístico é aquele “presente nas palavras utilizadas nos elementos narrativos, na expressão dos diversos personagens e na representação de diversos sons”8. Já o pictórico é “constituído pela representação de pessoas objetos, meio ambiente, idéias abstratas e/ou esotéricas, etc”9. E Vergueiro complementa dizendo que: “além desses dois códigos, as histórias em quadrinhos desenvolveram também diversos elementos que lhes são hoje característicos e constituem elementos característicos de sua linguagem, como o balão, as onomatopéias, as parábolas visuais etc, todos eles concorrendo para a expressar uma narrativa, por mais breve que esta seja”10. Outro fato interessante que Vergueiro comenta refere-se exatamente ao uso que os próprios governos faziam das HQ's para educar o povo sobre as novas diretrizes do governo, como foi o caso, por exemplo do governo de Mao Tse-Tung, na China dos anos 50, que se utilizava deles para retratar o dia-a-dia de um soldado que trabalhava em defesa e apoio à sociedade chinesa. 7 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006, pg. 17. 8 SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. 9 SARACENI, Mario. The language of comics. London and New York: Routledge, 2003, in VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. 10 VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. 6
  • 7. Ainda sobre essa renovação das HQ’s, Vergueiro11 esclarece que eles: “ Resistiram aos novos meios de comunicação, utilizando a indústria em seu benefício, viraram filmes, desenhos animados, programas de rádio, jogos de videogames, RPG’s, romances, brinquedos, etc. Aos poucos, deixaram o mundo do entretenimento e invadiram as escolas, driblando os preconceitos de pais e educadores. Hoje, com a internet e os meios de comunicação eletrônicos, tentam se adaptar a uma situação ainda indefinida”. Além disso, com as modificações ocorridas nos últimos anos junto ao mercado editorial, inclusive com a abertura das chamadas “Grandes Livrarias / MegaStores” que apresentam diversos departamentos, elas já são aceitas e comercializadas com locais de destaque. De fato, algumas delas oferecem as HQ´s como coleções para públicos bem específicos. Antes disso, o local de venda das HQ´s eram as bancas de jornais, enquanto as livrarias eram voltadas a um material dito mais erudito. No Brasil é um fenômeno mais recente, com cerca de menos de dez anos, mas nos EUA e Europa já ocorre há mais tempo. Em seu texto sobre HQ´s e os serviços de informação 12, Vergueiro destaca a montagem da Gibiteca de Curitiba como um importante iniciativa para essa mudança, ainda que envolta por todo o estigma de ser uma leitura dita muitas vezes de menor valor: “A Gibiteca de Curitiba constituiu, durante um bom tempo, uma iniciativa isolada, fruto do interesse de um grupo de idealistas e amantes das histórias em quadrinhos. Embora ela jamais tenha estado inserida no âmbito de um serviço de informação tradicional e nem tenha contado com um profissional de informação para gerenciá-la, uma situação que ainda persiste, isso não impediu que se tornasse o ponto central de uma intensa atividade relacionada às histórias em quadrinhos, indo muito além de uma coleção especializada”13. Esses novos espaços de vendas fizeram com que surgisse uma produção específica para esse circuito, mais cuidada, a qual utiliza a linguagem trabalhada de forma mais 11 VERGUEIRO, Waldomiro. Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs. Publicado em 26/10/2004 na edição especial do site do jornal Folha de S.Paulo. 12 VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. 13 VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. 7
  • 8. inteligente e um material mais crítico em relação à sociedade e aos seus vários costumes sociais. Elas trazem uma visão de mundo mais contestadora e, exatamente por isso, as HQ´s passam a ser vistas de outra forma. Complementarmente a esse aumento de pontos de vendas das HQ´s, há o investimento significativo na divulgação do tema em feiras, workshops e outros eventos, como a Bienal do Livro de Fortaleza de 2006, onde Vergueiro ministrou inclusive algumas oficinas sobre a utilização das HQ´s em sala de aula. 2.3 Renovação da linguagem das HQ’s Ao aprofundar um pouco mais suas reflexões sobre a renovação da linguagem das HQ’s, Vergueiro concorda que houve uma renovação muito grande, destacando que os últimos dez anos foram muito importantes em termos de avanço. Passa-se a ter uma produção mais ambiciosa, com muito mais visibilidade, no sentido de se atingir o público. Vergueiro não mais as vê como meio de comunicação de massa, como ocorre com a televisão, por exemplo. Ele vê o seu futuro a partir de uma produção segmentada e não mais em grandes tiragens. Ou seja, HQ’s para adultos, HQ’s para mulher, HQ’s para trabalhador. Parecido com o que existe no Japão. Haverá poucas HQ’s voltadas ao grande público, muito provavelmente sendo algumas delas relacionadas com super- heróis. Talvez os super-heróis continuem por muito tempo buscando o grande público. Poderá haver também a produção infantil, como a “Mônica” do Maurício de Souza, mas sempre em paralelo a uma boa parcela da produção voltada para públicos específicos. Um exemplo atual é a “Maitena”, publicada na Argentina, que são HQ’s voltadas especificamente ao público feminino, apesar de haver homens que a lêem. Há histórias específicas, com fundo histórico e, inclusive, uma produção específica para educação. Vergueiro destaca que já existem vários trabalhos que são produzidos em quadrinhos, pensando na aplicação na educação formal. Como foi o caso da publicação recente de “Os Lusíadas” em quadrinhos, já pensando em uma utilização em educação. 2.4 HQ´s e Indústria Cultural de Massas Um outro campo que tem incentivado o mercado das HQ´s é exatamente o setor do cinema. As HQ’s fazem parte de um grande sistema de comunicação. Atualmente não se pode pensar nos meios de comunicação de forma isolada, sendo que Vergueiro defende que se trata de um grande sistema que abarca várias formas de manifestação e que pensam os produtos de uma forma aditiva. 8
  • 9. Especificamente no caso das HQ’s, ele destaca que elas são pensadas no contexto da comunicação de massas dessa indústria como no seu potencial para extrapolar o produto quadrinhístico. Ela precisa ser pensada dentro desse contexto mais complexo, como um futuro desenho animado, jogo de videogame ou mesmo série, para depois retornar aos quadrinhos e se realimentar. Ou seja, atualmente não dá para se pensar em HQ’s por ela mesma, pois elas já não se sustentam por si só. Seu produtor, ao criá-la, tem que fazê-lo pensando em todo um modelo industrial já considerando todo o seu potencial de replicação para outras mídias. Ele observa que pensar um personagem novo sem considerar todo esse potencial, é trabalhar em algo que muito rapidamente vai se exaurir. É fundamental para o ciclo de vida do personagem que ele possa se transformar num brinquedo, num jogo, ir para o desenho animado, que possa se transformar em vários outros produtos. Pelo menos potencialmente. 2.5 Contribuindo com a inter-relação da comunicação e educação Vergueiro comenta que há muito tempo reflete sobre a inter-relação das HQ’s como veículo de Comunicação e a Educação. Esclarece que foi a partir da criação no seu departamento de uma linha de pesquisa específica em Comunicação junto à área de Biblioteconomia – a área chamada Comunicação, Informação e Educação – que efetuou a ligação da informação com a educação. Ou seja, essa área trabalha essa aproximação a partir da Biblioteconomia enquanto ciência da informação e estuda como a informação se coloca a serviço da educação, e como essas duas questões se interligam. E, dentro desse enfoque, Vergueiro, como coordenador do núcleo, escolheu como elemento de trabalho as HQ’s, em função da grande familiaridade que tem com o tema. Vergueiro lembra que há cerca de 4-5 anos apresentou uma disciplina a ser ministrada no curso de pós-graduação sob o nome “HQ, Comunicação e Educação”, ainda como ciência da comunicação, mas na área de concentração de biblioteconomia e documentação. Nessa disciplina Vergueiro trabalhava exatamente esse aspecto de reflexão das HQ’s dentro do processo educativo. Ou seja, como as HQ’s afetavam o processo didático e como poderia contribuir, entre outros aspectos. Lembra que foi durante a sua segunda ou terceira turma que surgiu a idéia de preparar um material específico, pois se aperceberam da falta de um material que fosse instrumento para a atuação dos professores. Vergueiro, então, juntou-se com seus alunos para 9
  • 10. desenvolver o livro “Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula”14, o qual já está em sua terceira edição. Vergueiro enfatiza que sua aproximação com o tema é no sentido de refletir sobre formas de aplicar as HQ’s em sala de aula. Vergueiro defende que não há nenhum tema que não possa ser trabalhado através das HQ’s. Em função da sua abordagem lúdica, considera sua utilização muito apropriada em campanhas de educação popular, especialmente aquelas que visam a conscientização de um público mais simples, sem muita formação educacional, como campanhas de prevenção de AIDS , drogas, eleição e cidadania, entre outros temas. Sua maior vantagem é o baixo custo de produção em função da editoração eletrônica, frente aos demais veículos e formatos. Discorrendo especificamente sobre a área educacional, Vergueiro enfatiza que as HQ’s podem ser aplicadas em qualquer uma das disciplinas das áreas de exatas, humanas e biomédicas. E esclarece que o maior desafio é fazer com que o educador encontre e identifique as histórias em quadrinhos que se encaixem à área temática que deseja trabalhar: Filosofia, Ciências, Física, Geografia, História, entre outras. A utilização das HQ´s em qualquer dessas áreas amplia o imaginário e faz com que o processo didático se torne algo diferente, muito mais vivo e com uma maior participação dos alunos. Vergueiro lembra que o reconhecimento e aceitação formal da sua utilização como um objeto que pode contribuir para a educação formal, como material didático ou pára- didático, ocorreu com a liberação e incentivo ao seu uso em sala de aula pelos PCN´s, da Lei 9.394, de Diretrizes e Bases, promulgada em 199615. Por isso, Vergueiro considera que este é um momento muito apropriado para trabalha-las na área de Educação. Por outro lado, complementa ainda que através das pesquisas sobre essa interface entre as HQ’s e a Educação realizadas pelo NPHQ da ECA-USP, observa-se que não há resistência quanto a esse uso por parte dos educadores. Há, de um lado, muita curiosidade e vontade de utilizar e, de outro lado, muita indecisão e incerteza sobre como faze-lo. É em função dessa demanda que Vergueiro e seu grupo de pesquisadores do Núcleo estão organizando e ministrando oficinas, palestras e outros eventos, todos voltados ao esclarecimento sobre como fazer uso desse meio de comunicação em sala de aula. Foi com o objetivo de orientar esses educadores das mais diversas áreas que Vergueiro 14 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula. 3a. ed. São Paulo: Contexto: 2006. 15 Lei 9.394, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20/12/1996. 10
  • 11. e um grupo de pesquisadores publicou a obra “Como usar as Histórias em Quadrinhos em sala de aula”, a qual já está em sua terceira edição. Vergueiro lembra que é fundamental que trace uma estratégia para essa utilização. E destaca que as HQ’s devem ser inseridas dentro do contexto de aula enquanto uma das ferramentas de aprendizagem a serem utilizadas. Ressalta que os educadores não devem passar a impressão de que se trata de um mero passatempo ou mesmo fazer com que toda sua didática se baseie exclusivamente nas HQ’s. Isso pode fazer com que o aluno desconfie da ferramenta e do meio, deixando de interagir com o meio de comunicação, o que resultaria no não atingimento de seu objetivo didático16. 2.6 Núcleo de HQ’s, Educação e Comunicação Vergueiro esclarece que o Núcleo de Pesquisas sobre HQ’s tem vários aspectos relacionados com a área de educação. Lembra que boa parte de seus membros são professores que trabalham nos diversos níveis de ensino e que já se utilizam das HQ’s em aula. Ele mesmo e vários de seus orientandos – mais de mestrado do que de doutorado – já desenvolveram e aplicaram HQ’s em sala de aula, sendo esta a linha de discussão. Vergueiro e seus colegas autores do livro17 pretendem ampliar o enfoque que foi feito no mesmo. Em suas primeiras edições já publicadas, as HQ’s são trabalhadas primeiro a partir de uma visão geral de suas aplicações. E numa segunda parte é que se faz a ligação de seu uso com áreas específicas como Geografia, Língua Portuguesa, História e Artes, entre outras. Para a próxima edição, pensam em acrescentar outros capítulos específicos. Com relação aos estudos desenvolvidos pelo Núcleo, Vergueiro destaca ainda aqueles que trabalham a questão das temáticas tratadas em várias das HQ’s voltadas ao consumo massivo e suas ligações com o conteúdo cultural ali inserido. Revela que trabalha muito essa área de estudo a partir de teóricos como Stuart Hall e Raymond Williams, demonstrando a forte influência inglesa que tem em suas pesquisas. De fato, ao discorrer sobre os aspectos culturais na atual sociedade da informação, Williams18 destaca as mudanças que estão ocorrendo, pois não só o nível de consumo cultural está bastante ampliado, apresentando uma mudança qualitativa quando 16 VERGUEIRO, Waldomiro et al. 2006 17 VERGUEIRO, Waldomiro et al. Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. 18 WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 11
  • 12. comparada com formas anteriores mais limitadas e mais ocasionais, como também se observa essa transformação ao nível de formas de produção e distribuição cultural. Quanto a Hall19, ele aponta que as velhas identidades que simbolizaram a estabilidade do mundo social por tanto tempo estão em declínio. E ressalta o surgimento de novas identidades, as quais estão tornando o indivíduo, antes voltado ao consumo massivo, fragmentado. Ele observa que a “crise da modernidade” está inserida num processo mais amplo de mudança, o qual está provocando o deslocamento das estruturas e processos centrais das sociedades modernas e, conseqüentemente, abalando os quadros referenciais que propiciavam ao homem uma referência, uma ancoragem estável no mundo social. Um trabalho muito interessante desenvolvido recentemente sobre a utilização dos quadrinhos como reflexo dos aspectos culturais e suas mudanças na pós-modernidade foi a monografia da estudante Agda Dias Baeta, sob o título Disney Pós-Moderna – A presença do discurso pós-moderno nas histórias em quadrinhos da personagem Margarida. Seu trabalho trata da personagem Margarida, da Disney e a mudança cultural de seu personagem ocorrida a partir dos anos 60, com o movimento da emancipação feminina. A personagem abandona a imagem de dona-de-casa e assume um papel de jornalista, juntamente com o Donald e Peninha, sendo que, em alguns episódios dos HQ´s, é considerada a melhor profissional do jornal onde os três trabalham. Ela passa a assumir a postura / imagem de uma “patinha / mulher” independente, que tem sua vida, seu dinheiro, e ainda opta por ter um namorado com quem se encontra regularmente, o Donald. Sempre mantendo sua feminilidade e independência. Vergueiro aponta que a percepção dos elementos culturais e conseqüente absorção de várias manifestações humanas surge já na década de 1950, sendo que a preocupação com a continuidade desses estudos continua plenamente atual. Esses dois autores parecem ter uma percepção da mídia e de sua contribuição social junto aos aspectos culturais da sociedade muito mais avançada que em outras áreas. É exatamente a partir dessa abordagem que Vergueiro trabalha a questão da cultura. 2.7 HQ´s: as vantagens de se adotar como ferramenta didática Vergueiro comenta sobre as vantagens da utilização das HQ’s e o quais os aspectos que mais atraem seu público leitor. Destaca que elas fazem parte do cotidiano das 19 HALL, Stuart. 7a. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 12
  • 13. crianças e adolescentes, o que faz com que não agrida a realidade do aluno. Ou seja, é algo com que ele já está familiarizado. Vergueiro destaca como exemplo o cinema. Ou seja, nem todos os alunos têm familiaridade com o cinema, especialmente aqueles que vivem nas pequenas cidades ou mesmo na periferia dos grandes centros urbanos. Elas não vão ao cinema com freqüência. Já no caso das HQ’s, o cenário é diferente. Elas estão muito mais presentes já que podem ser encontradas em diferentes locais, como bancas de jornal. Ele esclarece que mesmo as famílias mais humildes acabam tendo contato com os quadrinhos. O encontro se dá até por acaso, na rua, no barbeiro, no médico, ou seja, em qualquer lugar. É nesse sentido que Vergueiro defende que não agridem o leitor, uma vez que fazem parte do seu cotidiano por serem muito fáceis de localizar e serem transportadas. Não é algo estranho que está entrando forçosamente em seu universo. Uma outra vantagem é seu custo de aquisição que é muito baixo, comparado com outras coisas, como entretenimentos e até meios de comunicação. Além disso, tem a questão da imagem desenhada associada à linguagem escrita, que propiciam uma série de benefícios, como o estímulo à criatividade e ampliação da compreensão do conteúdo a ser transmitido, entre outros aspectos cognitivos. E falar de um meio de comunicação que desenvolva todas essas capacidades num país que apresenta uma população com altos índices de analfabetismo, aliado a grande dificuldade de compreensão da palavra escrita, é algo para ser analisado com carinho e atenção. As HQ’s conseguem efetivamente levar a mensagem de uma maneira muito mais efetiva. Ao compara-la com alguns outros meios de comunicação, observa-se que sua linguagem é bastante simples de ser compreendida, pois seus principais códigos ou símbolos já são familiares a seus leitores. Qualquer criança sabe o que é um balão de pensamento e um balão de fala, sabe ler uma história, sabe a ordem de como os quadrinhos são lidos (da esquerda para a direita e de cima para baixo, nos países ocidentais, por exemplo). Ou seja, são coisas que a criança facilmente desenvolve e, conseqüentemente, são coisas que o educador pode desenvolver em sala de aula. Há várias opções para se trabalhar com os quadrinhos. Tanto se pode utilizar aqueles já produzidos no mercado, buscando em jornais velhos, revistas ou mesmo comprando, dependendo do poder aquisitivo, como pode desenvolver com os alunos determinados temas utilizando a própria linguagem dos quadrinhos. Vergueiro aponta 13
  • 14. que há algumas iniciativas muito bem sucedidas nesse sentido, sendo que os alunos até pediram para fazer determinada descrição. Lembra do caso de uma aluna sua que levou os próprios alunos ao zoológico e, ao final, pediu a eles que fizessem uma redação sobre a visita. E, para sua surpresa, vários deles pediram para montar HQ’s, narrando o passeio ao zoológico. Ele esclarece que, nesse caso, a preocupação estava na narrativa aliada à lógica dos desenhos e não no desenvolvimento de uma obra de arte. Ou seja, as HQ’s como linguagem se apresentam como um meio muito efetivo de informação e comunicação. Elas ajudam os educadores no processo educativo. Finalizando, Vergueiro resume como principais vantagens de sua utilização os tópicos que seguem: - os estudantes querem ler os quadrinhos; - palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente; - existe um alto nível de informação nos quadrinhos; - as possibilidades de comunicação são enriquecidas pela familiaridade com as histórias em quadrinhos; - os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura; - eles enriquecem o vocabulário dos estudantes; - o caráter elíptico da linguagem quadrinhística obriga o leitor a pensar e imaginar; - têm um caráter globalizador; - podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema.20 3) Sujeito receptor e o processo de mediações nas HQs Ao tratar da questão do sujeito receptor e do processo de mediações nas HQ’s, Vergueiro aponta que há uma rede de consumidores que se interessam por HQ’s, sendo que esse universo de leitores se concentra basicamente num período específico do desenvolvimento da pessoa. A princípio, o grande grupo de leitores de HQ’s se concentra entre o início da adolescência até o começo da idade adulta, ou seja, entre os 11 e 25 anos. É o público dessa faixa etária que movimenta o mercado. E ressalta que, contudo, observa-se atualmente um interesse geral da própria sociedade, do mercado, dos editores, dos produtores, em ampliar esse público, sendo que, 20 VERGUEIRO, Waldomiro. Pgs 21-25. 14
  • 15. conseqüentemente, há uma produção bastante grande de quadrinhos voltada a outros perfis de faixa etária. Ele complementa dizendo que o desenvolvimento de novos mercados de HQ’s passa necessariamente pelo conteúdo das mesmas, pela qualidade dos desenhos apresentados e pelo perfil dos heróis representados, qualidade impressão e acabamento da peça, entre outros aspectos pertinentes. Portanto, há que se pensar e analisar exatamente no perfil do público com o qual se deseja falar para se desenvolver HQ’s específicas para eles. 4) Gestão de Conhecimento e o Profissional da área de Informação A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências da informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser apropriada pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é trabalhar a administração das questões de informação antes delas se tornarem explícitas. Parte-se do pressuposto que o conhecimento existe nas organizações de uma forma explícita, ou seja, transcrito em documentos, estabelecido em manuais, em livros, em todas as manifestações físicas, existindo também de forma tática, na cabeça das pessoas que estão atuando nessas organizações. A gestão do conhecimento vai se preocupar exatamente com o gerenciamento do conhecimento tático/prático e do conhecimento explícito. E o trabalho que Vergueiro tem feito na área da informação é exatamente no sentido de que o profissional da informação tenha uma contribuição a dar nessa área. Porque a técnica de gerenciamento do conhecimento já é dominada e pode contribuir bastante nesse sentido. Atualmente a empresa bem-sucedida é aquela que sabe administrar bem o seu capital intelectual, o conhecimento dos funcionários. Isso dá rapidez de resposta, habilidade de analisar corretamente as tendências de mercado, e tudo mais. Também faz com que os trabalhadores se sintam motivados pela organização. Segundo Vergueiro, esse tema tem sido trabalhado pelos pesquisadores na área de ciências da informação. 5) Perfil do profissional da informação Para Vergueiro o profissional da informação com boa formação para trabalhar na gestão da informação pode ser um bibliotecário, um administrador de um centro de informações, um administrador de um museu, de um arquivo. São pessoas que têm conhecimento e informação para administrar toda a produção registrada. Tanto é o bibliotecário tradicional que está trabalhando na biblioteca pública, na biblioteca 15
  • 16. escolar como é o gerente de informações de uma empresa que está trabalhando num serviço de informação de ponta, apenas identificando novos produtos, novas estratégias, novas linhas de atuação dos concorrentes das empresas. É o que se chama de datamind, por exemplo. 6) Mudanças desse perfil Vergueiro destaca que o perfil do profissional de informação está mudando muito. Ele tem que ter o domínio das tecnologias, ser muito mais pró-ativo, ir além daquilo que se espera dele. Antes se pensava esse profissional deveria ser um educador no sentido de educar os usuários a utilizar os meios de comunicação, os produtos de informação, as fontes de referência e tudo mais. Hoje em dia o cliente corporativo não tem tempo para aprender. Ele busca um profissional que já traga as respostas. É nesse sentido que o profissional tem que ser muito mais do que um fornecedor de informação, mais que um sintetizador do que existe no mercado e trazer a informação mastigada, trabalhada e analisada, para que o dono da empresa, o político, o administrador tome a decisão com as informações já bem definidas. Não se pode perder tempo. Vergueiro reconhece que, apesar de muitos esforços, a ECA-USP ainda está longe de conseguir formar profissionais com esse perfil para o mercado. Esclarece que a própria rotina universitária toma uma boa parte do tempo dos coordenadores como ele, sendo que a formulação do programa de pós-graduação nessa área levou alguns anos. E que o objetivo agora é investir na graduação para atender melhor esse mercado. Como isso ainda deverá levar mais algum tempo, orienta que, atualmente, os profissionais que têm interesse em investir em uma formação específica na área devem buscar os cursos de especialização que atualmente são ofertados por várias instituições educacionais. E esclarece que, pelo fato do acesso à internet e aos meios de comunicação eletrônica ter ficado muito fácil, desenvolveu-se uma idéia de que exercer o papel de mediador nessa área é algo fácil e simples de se realizar. Porém, trata-se de uma idéia errônea. Esse profissional precisa desenvolver determinadas habilidades e conhecimentos específicos que só se recebe sistematicamente no ambiente acadêmico. Vergueiro enfatiza que o fato de não haver hoje a oferta de um curso de graduação que municie o aluno com o conhecimento sobre essas características, ele pode buscar um curso de especialização ou mesmo um mestrado profissionalizante. 16
  • 17. 7) Publicações Além da obra sobre HQ´s anteriormente citada, Vergueiro publicou também um livro sobre o centenário da Revista Tico-Tico, completado no final do ano passado. Tem mais dois livros no prelo que tratam sobre HQ´s, os quais já foram entregues aos editores. Um deles fala especificamente sobre os quadrinhos no Brasil, o qual foi desenvolvido numa parceria entre alguns pesquisadores do núcleo de quadrinhos e o Vergueiro. Esclarece que vários dos capítulos desses livros já foram publicados no exterior, inclusive na revista Latino-Americana de Estúdios da la storia, em Cuba. Então, o grupo de autores decidiu traduzi-los para o português, acrescentar mais algum conteúdo e publicar o livro, o qual já está na editora. E acrescenta que publicou também 4 livros na área de ciências da informação, sobre os seguintes tópicos: coleções, seleção, aquisição e qualidade em serviços da informação. Isso sem falar das dezenas de artigos publicados em revistas científicas e algumas centenas na internet. 8) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA ELABORAÇÃO DESTE TRABALHO: BAETA, Agda Dias. Disney Pós-Moderna – A presença do discurso pós-moderno nas histórias em quadrinhos da personagem Margarida. Monografia de curso de Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e relações públicas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede.7a. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003. EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Seqüencial. 3a. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. 7a. Ed. Rio de Janeiro: Editora DP&A, 2003. HUERGO, Jorge. Comunicación/Educación: itinerários transversales. In VALDERRAMA, Carlos. Comunicación & Educación. Bogotá: Universidade Central, 2000, pg. 3-25. KAPLÚN, Mario. Processos educativos e canais de comunicação, in Comunicação e Educação, jan/abr, 1999, pg. 68-75. LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – O futuro do pensamento na era da informática. 15a. ed. São Paulo: Editora 34, 2006, pág. 131. 17
  • 18. MARTIN-BARBERO, Jesús. Ensanchando territórios en comunicación/educación. In VALDERRAMA, Carlos. Comunicación & Educación, Bogotá: Universidad Central, 2000, pg. 101-113. MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos Meios às Mediações – Comunicação, cultura e hegemonia. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003. SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação, a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais, in Contato, Brasília, Ano I, N.I, jan/mar, 1999, pg. 19-74. VERGUEIRO, Waldomiro; BARBOSA, Alexandre; RAMA, Angela; VILELA, Tulio. Como usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula. 1a. Ed. São Paulo: Contexto, 2004. VERGUEIRO, Waldomiro. Histórias em Quadrinhos e o serviço de informação: um relacionamento em fase de definição. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2a. Ed. São Paulo: Paz e Terraz, 2000. 9) ORIENTAÇÕES Orientações em andamento Teses de Doutorado Claudio Marcondes de Castro Filho. Interação nas Bibliotecas de Pós-raduação Stricto Sensu nos Cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação.. Início: 2003. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. (Orientador). Valéria Aparecida Bari. O potencial das histórias em quadrinhos na formação de leitores: busca de um contraponto entre os panoramas culturais brasileiro e europeu. Início: 2003. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. (Orientador). Gazy Andraus. As histórias em quadrinhos autorais adultas como veículo artístico- comunicacional-científico de apoio educacional à universidade. Início: 2002. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. (Orientador). Orientações concluídas Teses de Mestrado Lucimar Ribeiro Mutarelli. Os quadrinhos autorais como meio de cultura e informação: um enfoque em sua utilização educacional e como fonte de leitura. 2004. Dissertação 18
  • 19. (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Carmem Verônica Abdala. Critérios de qualidade do serviço de fornecimento de documentos científicos sob a percepção do usuário final. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Mery Piedad Z. Igami. A avaliação de desempenho na gestão das bibliotecas especializadas nos institutos públicos de pesquisa. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Cláudio Marcondes de Castro Filho. Biblioteca no ensino e aprendizagem da língua inglesa. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Maria Alice Romano Caputo. Histórias em Quadrinhos: Um potencial de informação inexplorado. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Antonio Marcos Amorim. A globalização do mercado de periódicos científicos eletrônicos e os consórcios de bibliotecas universitárias brasileiras: desafios à democratização do conhecimento científico. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Eliane Falcão Tuler Xavier. Qualidade nos serviços ao cliente: Um estudo de caso em bibliotecas universitárias da área odontológica. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Nádia Maria dos Santos Hommerding. O profissional da informação e a gestão do conhecimento nas empresas: Um novo espaço para atuação, com ênfase no processo de mapeamento do conhecimento e disponibilização por meio da intranet. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Raquel Naschenveng Mattes. Informatização de bibliotecas iniversitárias: Parâmetros para planejamento e avaliação. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Mary Julce Cornelsen. Gerência da Informação como Recurso Estratégico nas Empresas: O caso Eliane Paraná. 1999. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Valéria Martim Valls. O profissional da informação no sistema da qualidade nas empresas: Um novo espaço para atuação com ênfase no controle de documentos . 1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de 19
  • 20. Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Elisa Campos Machado. Um estudo sobre as bibliotecas da Universidade de São Paulo. 1998. 0 f. Dissertação (Mestrado em Departamento de Biblioteconomia e Documentação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Teses de doutorado Valéria Martim Valls. Gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: estabelecimento de um modelo de referência baseado nas diretrizes da NBR ISO 9001. 2005. 247 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, . Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Nora Alicia Delgado Torres. Motivação no Trabalho e Clima Organizacional: Estudo nas Bibliotecas Universitárias Brasileiras e Colombianas. 2004. 185 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Márcia Silveira Kroeff. A pós-graduação em educação física no Brasil: Estudo das características e tendências da produção científica dos professores doutores. 2000. 0 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. 10)PRODUÇÃO LITERÁRIA DE WALDOMIRO VERGUEIRO Artigos publicados em periódicos VERGUEIRO, W. C. S. . A pesquisa em quadrinhos no Brasil: a contribuição da universidade.. Cultura Pop Japonesa, São Paulo, v. 1, p. 15-26, 2005. VERGUEIRO, W. C. S. ; IGAMI, Mery P Zamudio ; SAMPAIO, Maria Immaculada Cardoso . El uso del Servqual en la verificacion de la calidad de los servicios de unidades de información: el caso de la biblioteca del IPEN.. Revista Interamericana de Bibliotecologia, v. 28, n. 2, p. 177-191, 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . The Brazilian X-Men: How Brazilian Artists Have Created Stories That Stan Lee Does Not Know About. International Journal Of Comic Art, v. 6, n. 1, p. 221-235, 2004. VERGUEIRO, W. C. S. ; LONGO, Rose Mary Juliano . Gestão da qualidade em serviços de informação do setor público: características e dificuldades para sua implantação. Revista Digital de Bibloteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 1, n. 1, p. 39-59, 2003. VERGUEIRO, W. C. S. . Perfil de la lectora brasileña de historieta: Una investigación participativa. Revista Latinoamericana de Estudios Sobre La Historieta, v. 3, n. 9, p. 41-60, 2003. 20
  • 21. VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Programas de Calidad en las bibliotecas brasileñas: panorama y perspectivas. Scire, ZARAGOZA, v. 9, p. 75-83, 2003. VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Thais Aparecida . Gerenciamento de informações para universidades corporativas. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 79-91, 2002. VERGUEIRO, W. C. S. ; BRITO, G. F. . As Learning Organizations e os profissionais da informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 249-260, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian pornographic comics: A view on the eroticism of a Latin American culture in the work of artist Carlos Zéfiro. International Journal of Comic Art, Drexel Hill, v. 3, n. 2, p. 70-78, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Em defesa das HQs: O Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP. Quadreca, São Paulo, n. 12, p. 61-63, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Desarrollo y perspectivas de la historieta infantil brasileña: las incógnitas de um nuevo siglo. Revista Latinoamericana de Estúdios sobre la Historieta, La Habana, v. 1, n. 1, p. 3-14, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Una visión del erotismo en la cultura latinoamericana en las obras del artista Carlos Zéfiro. Revista Latinoamericana de Estúdios sobre la Historieta, La Habana, v. 1, n. 3, p. 139-146, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Definição de indicadores de qualidade: A visão dos administradores e clientes de bibliotecas universitárias. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 27-40, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 1, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 2, 2001. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 3, n. 3, 2001. LEITÃO, B. J. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Using the focus group approch for evaluating customer's opinions: the experience of a Brazilian academic library. New Library World, Drexel Hill, v. 101, n. 1154, p. 60-65, 2000. VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian superheroes in search of their own identities. International Journal Of Comic Art, v. 101, n. 1154, p. 60-65, 2000. VERGUEIRO, W. C. S. . Reféns do virtual: o anonimato na Internert. Informativo Jr, São Paulo, v. 2, n. 7, 2000. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 2, n. 3, 2000. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 2, n. 4, 2000. 21
  • 22. VERGUEIRO, W. C. S. . Reféns do virtual: o anonimato na Internet. Espiral: Revsita eletrônica do Núcleo José Reis de Divukgação Cientíca. Espiral Revista Eletrônica do Núcleo José Reis de Divulgação Científica, v. 1, n. 3, 2000. VERGUEIRO, W. C. S. ; LEITÃO, B. J. . A utilização do grupo de foco para a avaliação da opinião dos clientes: a experiência do Serviço de Biblioteca e DOcumentação da ECA/USP.. Informação & Informação, Londrina, v. 4, n. 2, p. 95-104, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Children's comics in Brazil: From Chiquinho to Mônica, a difficult journey. International Journal Of Comic Art, Drexell Hill, n. 1, p. 171-186, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . A odisséia dos quadrinhos infantins brasileiros: Parte 1:. Agaquê, v. 2, n. 1, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . A odisséia dos quadrinhos infantis brasileiros. Agaquê, v. 2, n. 2, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 3, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 4, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 2, n. 1, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 2, n. 2, 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Information and technology transfer in Brazil: evolution and perspectives.. New Library World, London, v. 99, n. 1141, p. 112-117, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: uma revisão da literatura. . Perspectiva Em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 47-59, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . As bibliotecas, os centros de informação e o consumidor (ou vá se queixar ao bispo antes que eu me esqueça!).. Palavra Chave, São Paulo., n. 10, p. 3-7, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Seleccion de recursos de informacion en Internet: el desafio para bibliotecas y bibliotecarios de paises en desarrollo.. Boletin de La Asociación de Bibliotecarios Profesionais de Rosario, Rosario., n. 9, p. 21-30, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Alguns aspectos da sociedade e da cultura brasileiras nas histórias em quadrinhos. Agaquê, v. 1, n. 1, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, v. 1, n. 1, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 2, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Editorial. Agaquê, São Paulo, v. 1, n. 1, 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliographic database quality improvement of a Brazilian University's library system.. New Library World, Londres, n. 98, p. 98-105, 1997. 22
  • 23. VERGUEIRO, W. C. S. . Collection development in Brazilian public libraries: evolution, perspectives and difficulties for a systematic approach.. Collection Building, London, v. 16, n. 1, p. 4-11, 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . O fortalecimento do cliente: alternativa para a valorização das bibliotecas públicas em um ambiente de informação eletrônica.. Informação e Informação, Londrina, 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . O futuro das bibliotecas e o desenvolvimento de coleções: pespectivas de atuação para uma realidade em efervescência.. Perpectivas Em Ciências da Informação, Rio de Janeiro., v. 2, n. 1, p. 93-101, 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . Quality Management: The Way To Improve Latin American Public Libraries?. LIBRARY MANAGEMENT, v. 17, n. 1, p. 25-32, 1996. VERGUEIRO, W. C. S. . Collection Development In Academic Libraries: A Brazilian Library'S Experience. NEW LIBRARY WORLD, v. 97, n. 1128, p. 15-24, 1996. VERGUEIRO, W. C. S. . Implicações éticas nos serviços de aquisição: algumas reflexões a partir da realidade brasileira.. Cadernos de Biblioteconomia Arquivística e Documentação, Lisboa, n. 1, p. 85-94, 1996. VERGUEIRO, W. C. S. . Perspectives For Information Services In Developing Countries. NEW LIBRARY WORLD, v. 96, n. 1118, p. 23-29, 1995. VERGUEIRO, W. C. S. . Comic Book Collection In Brazilian Public Libraries: The Gibitecas. NEW LIBRARY WORLD, v. 95, n. 1117, p. 14-18, 1994. VERGUEIRO, W. C. S. . Etica Profissional Versus Etica Social: Uma Abordagem Sobre Os Mitos da Biblioteconomia. PALAVRA-CHAVE, n. 8, p. 8-11, 1994. POBLACION, D. A. ; VERGUEIRO, W. C. S. . El Agente de La Informacion En Brasil: Perspectivas de Actuacion Para Asociaciones Profesionales. CIENCIAS DE LA INFORMACION, CUBA, v. 24, n. 3, p. 147-153, 1993. VERGUEIRO, W. C. S. . Desenvolvimento de Colecoes: Uma Nova Visao Para O Planejamento de Recursos Informacionais. CIENCIA DA INFORMACAO, v. 22, n. 1, p. 13-21, 1993. VERGUEIRO, W. C. S. . Brazilian Comic Artists In The United States. BRAZILIAN COMMUNICATION RESEARCH YEARBOOK, v. 2, p. 99-106, 1993. VERGUEIRO, W. C. S. . A Eca e As Historias Em Quadrinhos. COMUNICACOES E ARTES, v. 16, n. 27, 1992. VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecas Publicas e Mudanca Social: Algumas Reflexoes. ANUARIO DE INOVACOES EM COMUNICACOES E ARTES, v. 2, p. 72-88, 1991. VERGUEIRO, W. C. S. . Historias Em Quadrinhos e Identidade Nacional: O Caso Perere. COMUNICACOES E ARTES, São Paulo, v. 15, n. 24, p. 21-26, 1990. MARTUCCI, E. M. ; SACCHI JR, N. ; ALMEIDA JR, O. F. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Educacao Continua do Bibliotecario: Diagnostico das Necessidades de Informacao do 23
  • 24. Bibliotecario Paulista. REVISTA DA ESCOLA ADE BIBLIOTECONOMIA DA UFMG, v. 19, n. 1, p. 94-134, 1990. VERGUEIRO, W. C. S. . Gibitecas: estrutura, organização e acervo.. Informação Cultural, n. 10, p. 2-10, 1990. VERGUEIRO, W. C. S. . A função social do Bibliotecário: uma questão nunca suficientemente discutida.. Informação Cultural, v. 6, 1990. VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecário e mudança social: por um bibliotecário ao lado do povo.. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 16, n. 2, p. 207-215, 1988. VERGUEIRO, W. C. S. . Estudos de usuários como instrumentos para diminuição da incerteza bibliográfica. Revista da Escola de Biblioteconomia da Ufmg, Belo Horizonte, v. 17, n. 12, p. 104-118, 1988. POBLACIÓN, Dinah Aguiar ; CUNHA, I. M. F. ; KOBASHI, Nair Yumiko ; VERGUEIRO, W. C. S. . O processo de implantação do currículo de Biblioteconomia na ECA-USP: Uma experiência democrática. Cadenos de Biblioteconomia, n. 10, p. 106-114, 1988. VERGUEIRO, W. C. S. . Censura e seleção de materiais em bibliotecas: o despreparo dos bibliotecários brasileiros. Ciência da Informação, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 21-26, 1987. VERGUEIRO, W. C. S. . Estabelecimento de políticas para o desenvolvimento de coleções. Revista de Biblioteconomai de Brasília, Brasília, v. 15, n. 2, p. 193-202, 1987. VERGUEIRO, W. C. S. . Os bibliotecários, as bibliotecas e a censura. Boletim da Associação Paulista de Bibliotecários, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 2-3, 1986. Principais livros publicados/ organizados ou edições VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; RAMA, Angela (Org.) . Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2006. v. 1. 155 p. VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) . Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2005. v. 1. 157 p. VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; SANTOS, Roberto Elísio dos (Org.) . O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005. v. 1. 153 p. VERGUEIRO, W. C. S. . Meu Brasil Mio. 1. ed. La Habana: Pablo de La Torriente, 2005. v. 1. 50 p. VERGUEIRO, W. C. S. (Org.) ; RAMA, Ângela (Org.) . Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula.. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2004. v. 1. 157 p. VERGUEIRO, W. C. S. . Qualidade em serviços de informação. São Paulo: Arte e Cultura, 2002. v. 1. 113 p. 24
  • 25. VERGUEIRO, W. C. S. . Seleção de materiais de informação. 2. ed. Brasília: Lemos Informação e Comunicação, 1997. v. 1. 118 p. ANDRADE, D. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Aquisição de Materiais de Informação. , 1996. VERGUEIRO, W. C. S. . Seleção de Materiais de Informação: Princípios e Técnicas. , 1995. VERGUEIRO, W. C. S. . Desenvolvimento de Coleções. São Paulo: Associação Paulista de Bibliotecários, 1989. v. 1. 106 p. Capítulos de livros publicados VERGUEIRO, W. C. S. ; RAMA, Angela . Uso das HQS no ensino. In: Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula.. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2006, v. 1, p. 7-29. VERGUEIRO, W. C. S. ; RAMA, Angela . A linguagem dos quadrinhos: uma alfabetização necessária. In: Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como Usar as Histórias em Quadrinhos na sala de aula. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2006, v. 1, p. 31-64. VERGUEIRO, W. C. S. . Uso das HQs no ensino. In: Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2005, v. , p. 7-29. VERGUEIRO, W. C. S. . A linguagem dos quadrinhos:uma alfabetização necessária. In: Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2005, v. , p. 31-64. VERGUEIRO, W. C. S. ; ROSA, Franco de . O Almanaque do Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 185-204. VERGUEIRO, W. C. S. . A dimensão lúdica d'O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 161-168. VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . As dimensões educativa e moral de O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico- Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 113-120. VERGUEIRO, W. C. S. . O papel da mulher em O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 175-180. VERGUEIRO, W. C. S. . A publicidade em O Tico-Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. 1 ed. São Paulo: Opera-Graphica, 2005, v. 1, p. 131-140. 25
  • 26. VERGUEIRO, W. C. S. . O Tico-Tico e a expansão do escotismo no Brasil.. In: Wladomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 181-184. VERGUEIRO, W. C. S. ; SOUZA, Worney Almeida de . O declínio da revista O Tico- Tico.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos;. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 205-212. VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . O Tico-Tico: uma avaliação crítica.. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 213-219. VERGUEIRO, W. C. S. ; SANTOS, Roberto Elísio dos . Introdução. In: Waldomiro Vergueiro; Roberto Elísio dos Santos. (Org.). O Tico-Tico: 100 anos da primeira revista de quadrinhos brasileira.. São Paulo: Opera Graphica Editora, 2005, v. 1, p. 13-17. VERGUEIRO, W. C. S. . Uso das HQs no ensino. In: Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2004, v. , p. 7-29. VERGUEIRO, W. C. S. . A linguagem dos quadrinhos: uma alfabetização necessária. In: Angela Rama; Waldomiro Vergueiro. (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2004, v. , p. 31-64. VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Building customer-library relationship.. In: Dinesh K. Gupta; Ashok Jambhekar. (Org.). An integrated approach to services marketing:. : , 2003, v. , p. 109-123. VERGUEIRO, W. C. S. ; MORAES, Fábio . Jayme Cortez. In: Fernando Lemos; Rui Moreira Leite. (Org.). A missão portuguesa: rotas entrecruzadas.. Editora UNESP; Bauru: EDUSC, 2003, v. , p. -. VERGUEIRO, W. C. S. . South América. In: Paul Sturges; John Feather. (Org.). International encyclopedia of information and library science,. 2 ed. revised and updated.. : , 2003, v. , p. -. VERGUEIRO, W. C. S. . Amérique Centrale et Amérique du Sud, bibliothèques. In: Pascal Fouché; Daniel Péchoin; Philippe Schuwer. (Org.). Dictionnaire encyclopédique du livre. Paris: Electre - Editions du Cercle de La Libraire, 2002, v. 1, p. 75-76. VERGUEIRO, W. C. S. . Divulgação científica e histórias em quadrinhos. In: Glória Kreinz; Clodowaldo Pavan. (Org.). Ética e divulgação científica: os desafios no novo século. São Paulo: Núcleo José Reis de Divulgação Científica, 2002, v. , p. 69-81. VERGUEIRO, W. C. S. ; CARVALHO, Telma de . Quality indicators and marketing: the convergence between the providers and the customers point of views in Brazilian university libraries. In: Rejean Savard. (Org.). Education and research for marketing and quality management in libraries. Munchen: K. G. Saur, 2002, v. , p. -. VERGUEIRO, W. C. S. . Publicações governamentais. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CEDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette Margueritte. (Org.). Fontes de 26
  • 27. informações para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000, v. , p. 110-119. VERGUEIRO, W. C. S. . Ciência e quadrinhos. In: AJZENBERG, Elza. (Org.). Arte e ciência. São Paulo: ECA/USP, 1999, v. , p. 107-108. VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos. In: CAMPELLO, Bernadete; CALDEIRA, Paulo da Terra; MACEDO, Vera Amália Amarante. (Org.). Formas e expressões do Conhecimento: introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: , 1998, v. , p. 117-149. VERGUEIRO, W. C. S. . South America. In: John Feather; Paul Sturges. (Org.). International Encyclopedia of Information and Library Science. 1 ed. London: Routledge, 1997, v. , p. 196-f197. POBLACION, D. A. ; VERGUEIRO, W. C. S. . El Agente de La Informacion En Brasil: Perspectivas de Actuacion Para Asociaciones Multiprofesionales. In: IDICT. (Org.). Ciencias de la Información. La Habana: Instituto de Documentación en Información en Ciencia y Tecnologia, 1995, v. , p. 61-67. VERGUEIRO, W. C. S. . Disciplinas Componentes da Materia Formacao e Desenvolvimento de Colecoes Nas Escolas do Estado de Sao Paulo: Algumas Observacoes. In: Población, Dinah Aguiar. (Org.). Ensino de graduação em biblioteconomia no Estado de São Paulo. 1 ed. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes, 1992, v. 1, p. 76-80. Textos em jornais e revistas VERGUEIRO, W. C. S. ; AMORIM, Antonio Marcos . Consórcio de bibliotecas: um desafio à democretização do conhecimento.. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, p. 32 - 47, 21 maio 2006. VERGUEIRO, W. C. S. ; VALLS, Valéria Martin . A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: uma nova revisão de literatura, de 1997 a 2006.. Perspectiva em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, p. 118 - 137, 21 maio 2006. VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos, uma apostila acadêmica?. Canal da Imprensa, São Paulo, v. 0, p. 1 - 1, 18 maio 2006. VERGUEIRO, W. C. S. . Sugestão de aula: ensino fundamental Histórias em Quadrinhos.. Jornal da Tarde, São Paulo, v. 0, p. 16A - 16A, 14 maio 2006. VERGUEIRO, W. C. S. . Arte Sequencial - A Imaginação toma forma no papel. JUSTIÇA ETERNA, Vera Cruz - SP, v. 7, p. 9 - 10, 25 nov. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Quadrinhos viáveis.. Amae Educando, Belo Horizonte, v. 336, p. 06 - 07, 01 nov. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Arte Sequencial - Uma Viagem Visual. JUSTIÇA ETERNA, Vera Cruz - SP, v. 7, p. 1 - 2, 17 jun. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Ao 'mestle'com 'calinho'. Revista Kalunga ano 32 n.168, São Paulo, p. 22 - 24, 05 abr. 2005. 27
  • 28. VERGUEIRO, W. C. S. . Leitura dinâmica.. Revista Kalunga, ano 32, n.171, p. 130 - 132, 03 abr. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em quadrinhos e serviços de informação: um relacionamento em fase de definição.. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação. v.6, n.2, abr., São Paulo, v. 1, p. 12 - 14, 03 abr. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Aos 87 anos morre Will Einer, pai de 'Spirit'.. Folha de São Paulo, 5 de jan.2005. Caderno mundo, p.A11., São Paulo, p. 08 - 11, 04 jan. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . A Nona Arte: pesquisas, arquivo, livro e tese. Pesquisa FAPESP, N. 110, p. 86 - 89, 01 jan. 2005. VERGUEIRO, W. C. S. . Origen, desarrollo y tendencias de las historietas brasileñas.. Revista Lationamericana de Estudios sobre la Historieta., v. 4, p. 193 - 214, 10 set. 2004. VERGUEIRO, W. C. S. . La historieta en la educación popular en Brasil.. Revista Latinoamericana de Estudios sobre la Historieta, v. 4, p. 169 - 180, 01 set. 2004. SEKKEL, M. C. ; VERGUEIRO, W. C. S. . Qualidade na educação infantil. Isto é Coseas, São Paulo, 28 ago. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . George Herriman. HQ Express, São Paulo, v. 2, p. 46 - 48, 17 ago. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Nos confins de Brejo Seco. HQ Express, São Paulo, v. 2, p. 46 - 48, 02 ago. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Winsor McCay e Little Nemo in Slumberland. HQ Express, São Paulo, v. 4, p. 28 - 29, 09 jul. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Milton Caniff, o autor de Terry e os Piratas. HQ Express, São Paulo, v. 1, p. 48 - 50, 04 jun. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . Os Shmoos e a realidade brasileira. Quadreca, São Paulo, v. 10, p. 13 - 14, 07 mar. 1999. VERGUEIRO, W. C. S. . A universidade e as histórias em quadrinhos. Como fazer Passo a Passo: Curso prático de Desenho, São Paulo, v. 3, p. 50 - 51, 13 nov. 1998. VERGUEIRO, W. C. S. . Paper Woman. Bad Girls, São Paulo, v. 1, p. 40 - 41, 06 set. 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . Quem Veio primeiro. Showmix, São Paulo, v. 3, p. 42 - 43, 04 jun. 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . Uma viagem visual. Showmix, São Paulo, v. 1, p. 36 - 37, 07 abr. 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . A imaginação toma forma no papel. Showmix, São Paulo, v. 2, p. 36 - 37, 01 abr. 1997. 28
  • 29. VERGUEIRO, W. C. S. . E o Brasil descobriu os quadrinhos!. Top Comics, São Paulo, v. 1, p. 36 - 37, 07 jan. 1997. VERGUEIRO, W. C. S. . O ano de 89 e os quadrinhos brasileiros. Folha de Pernambuco, Recife, 08 fev. 1990. VERGUEIRO, W. C. S. . Os quadrinhos quase catárticos. O Campo Grande, São Paulo, 01 fev. 1990. VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em Quadrinhos no Brasil. Jornal de Hoje, São Luís, p. 2 - 24, 24 set. 1989. VERGUEIRO, W. C. S. . HQ: Culpada ou inocente?. A Tarde, Salvador, 01 set. 1989. VERGUEIRO, W. C. S. . Arte ou mass media?. A Tarde, Salvador, p. 2 - 2, 01 set. 1989. VERGUEIRO, W. C. S. . Expansão dos quadrinhos no Brasil. A Tarde, Salvador, 01 set. 1989. VERGUEIRO, W. C. S. . Os quadrinhos, quase catárticos. A Tribuna, Santos, p. 2 - 12, 12 ago. 1989. VERGUEIRO, W. C. S. . Jaspionmania invade o universo infantil. Isto é Senhor, São Paulo, n.1040, p.50-2, ago. 1989, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Célebre personagem Batman aterrisou na Universidade de São Paulo. Veja em São Paulo, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Visões do fim do mundo. Visão, v. 38, n. 45, p. 32-4, nov. 1989, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Na biblioteca, a informação de cada um.. Dirigente Municipal, Rio de Janeiro,, Rio de Janeiro, v. 19, p. 28 - 31. VERGUEIRO, W. C. S. . HQs viram pesquisa e pós na ECA.. Jornal do Campus, N. 104, P.6, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Asociación Latinoamericana.. A União p. 10, 27 fev., João Pessoa. VERGUEIRO, W. C. S. . O fascínio de crianças e adultos de todas as gerações. Nova Escola, Ano 6, n.47, p.24-28. VERGUEIRO, W. C. S. . Linguagen dos gibis invade os currículos escolares.. Folha de São Paulo, caderno 7: Folhateen, p 3, 27 de maio, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Waldomiro: el caso Brasil.. El Muñe, n. 5, p. 8-9, maio, Havana. VERGUEIRO, W. C. S. . USP cria primeira pós em quadrinhos do país. Folha de São Paulo, Caderno D: Educação, p.10, 25 novembro, São Paulo. 29
  • 30. VERGUEIRO, W. C. S. . Universidade de São Paulo cria curso de pós-graduação em história em quadrinhos. Notícias da Bahia, p.10, julho, Feira de Santana. VERGUEIRO, W. C. S. . Historietas cubanas en Brasil.. Gramma, 21 de novembro, La Habana. VERGUEIRO, W. C. S. . Publicarán historietas cubanas en Brasil. Gramma Internacional, 5 abril, La Habana. VERGUEIRO, W. C. S. . Era da informação desafia o Brasil. O liberal, 8 de fevereiro, Belém. VERGUEIRO, W. C. S. . As bibliotecas. Unama Comunicado, n.16, 14 fevereiro, Belém. VERGUEIRO, W. C. S. . Sobraram vagas para alunos de Biblioteconomia.. O Estado de São Paulo, Caderno de Empregos, p.1-3, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Arte en los jeroglíficos encuadrados.. Gramma, 26 de fevereiro, La Habana. VERGUEIRO, W. C. S. . Quadreca será relançada em 99.. Jornal do Campus, n.205, 29 de outubro, p. 7, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . HQs negócio de gente grande. Editor, Ano2, n. 4, fev/mar, p.41-6.. VERGUEIRO, W. C. S. . Quadrinhos ganham nova vida com a informática.. Diário Popular, Ano115, n. 38201, 28 de setembro de 1999, Caderno Informática, p.8., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Aulas que estão no Gibi.. Nova Escola, Ano 15, n.130, março, Caderno de Atividade, p. 2-4.. VERGUEIRO, W. C. S. . Cidade pode virar pólo de produçao de HQs.. A Tribuna, 26 de março, Caderno Cidades, p.5, São Vicente. VERGUEIRO, W. C. S. . Empresa quijotesca: Heroes que defienden su lugar en el mundo.. Bohemia, p.b56-b57, abril., La Habana. VERGUEIRO, W. C. S. . As histórias em quadrinhos apresentaram uma evolução inegável nos últimos vinte anos.. Recriando, Ano 0, n.1 janeiro, p. 6., Aracaju. VERGUEIRO, W. C. S. . Bibliotecário invade web. Galileu, Ano 10, n.120, p. 79, jul., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Gestores da Informação. Diário Popular, 02 set, Cursos e Concursos, p.3, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Gibis virtuais. Diário Popular, 27 mar, Informática, p.4., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Adultos, em: eu quero ler gibi! . Claro! Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo p. 5 junho, São Paulo. 30
  • 31. VERGUEIRO, W. C. S. . Coisa de gente grande.. Claro! Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, p. 2. junho., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Um herói (quase) como a gente. Superinteressante, n. 177, p. 36-42, junho., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Histórias em quadrinhos da Universidade. . Jornal do Campus, Ano 20, n. 264, 21 de novembro., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . HQs: retraro de uma época. . Claro! Escola de Comunicações e a Artes da Universidade de São Paulo, junho p.3, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Pesquisadores da USP organizam acervo de quadrinhos no Brasil.. O Estado de São Paulo Ano 17, n. 5.488, 16 de maio, Caderno 2, p. 1, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Proibido para maiores.. Claro! Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, junho, p. 4, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Santa ignorância, Batman!. Educação Ano 6, n. 256, p. 54-57., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Todas as HQs em um só endereço.. Jornal da USP, Ano 17, n. 601, 17 1 23 junho, p. 14., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Classicos em quadrinhos. . Educação. Ano 7, n. 264, p. 12., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Gerenciar a Informação é também missão do 'pastor'do livro.. Folha de São Paulo, Guia das Profissões, p. 16, 14 de setembro., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Doses Diárias de Humor. Claro! Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, p. 6., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Pais ou heróis: no mundo das histórias em quadrinhos é possível conciliar a família com uma vida de aventuras.. Isto é São Paulo. Edição Especial Dia dos Pais. p.44-45, agosto., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . O que você vai ser quando. . . o mercado crescer?. Folha de São Paulo, n.10, p. 10-15, 29 abril., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Sujar os dedos pode compensar.. Folha de São Paulo, Caderno acontece, p.1 26 de janeiro., Rio de Janeiro. VERGUEIRO, W. C. S. . Urbanoautoctonia.. Jornal do Campus, Ano 21, n. 274, p. 8, 21 agosto a 10 de setembro., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Aulas em quadrinhos: HQs ganham professores e mestres árduos defensores. . Agitação, Ano 11, n. 55, p. 59-6, jan/fev, São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Da estante ao excel: a modernização afeta a biblioteconomia e abre novos campos de trabalho.. Galileu, n. 152, p. 65, março., São Paulo. 31
  • 32. VERGUEIRO, W. C. S. . Gibis nas mesas universitárias. Jornal do Commércio, Caderno C, Recife, 20 de janeiro., Recife. VERGUEIRO, W. C. S. . La vida en quadritos.. La Jiribilla: revista digital da cultura cubana, Ano 3, n. 145, 14-21 de Janeiro., La Habana. VERGUEIRO, W. C. S. . HQs revelam amadurecimento. Folha de São Paulo, 14 de abril, Especial Sinapse, p.8., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Nas HQs, a história conta outra história.. Folha de São Paulo, 22 setembro, folhateen, p. 12., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . Além de diversão, HQ é fonte de informação. Folha de São Paulo, 6 de outubro, folhateen, p. 12., São Paulo. VERGUEIRO, W. C. S. . As HQs e seus gêneros. Argh, Editora Gráfica Arins Ltda., v. 0, p. 06 - 07. VERGUEIRO, W. C. S. . Adeus às estantes.. Folha de São Paulo. Revista Folha, ano 13 n. 621, p. 26-28, 23 de maio.. VERGUEIRO, W. C. S. . Hiatorieta: Hasta Cuándo La princesa será cenicienta?. El Caiman Barbudo. Ano 37, edición 321, mar/abr.. VERGUEIRO, W. C. S. . Núcleo de Quadrinhos realiza reuniões mensais na USP.. En Foca: Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da FIZO, Osasco, Faculdade Integração Zona Oeste, Ano 2 n. 12, p. 3, abr/maio. VERGUEIRO, W. C. S. . Salvar o planeta e divertir: o que as ciências do mundo real têm a dizer sobre os fantásticos poderes dos heróis dos e do cinema.. Galileu, n. 156, p. 42-47, jun. 2004., Ed. Globo. VERGUEIRO, W. C. S. . Divulgação científica e histórias em quadrinhos.. Informativo JR, São Paulo, Núcleo José Reis de Divulgação Científica, n.50, p. 11, jul./ago. VERGUEIRO, W. C. S. . Educação também nos quadrinhos. Folha Dirigida/Suplemento do Professor. VERGUEIRO, W. C. S. . Caminho das Pedras: a vida adulta das HQs.. Folha de São Paulo, 26 out. Caderno Sinapse, n. 28, p. 12-13. 11)ANEXO 1: Íntegra da entrevista com o Prof. Dr. Waldmiro Vergueiro, realizada por Maria Izabel Leão, em Junho/2006. Entrevista com Prof. Waldomiro Vergueiro. Prof, o senhor me falar um pouco da sua trajetória acadêmica...quando o senhor começou e qual a linha que o senhor seguiu nessa trajetória? 32
  • 33. Eu me formei em biblioteconomia, mas sempre me interessei muito por histórias em quadrinhos.... e depois que eu me formei na biblioteconomia e vim para a Eca para fazer uma especialização na área de Comunicação mais especificamente em HQ. Eu fiz o mestrado em HQ e depois deu certo de eu poder trabalhar na escola como professor. Eu fui contratado como professor e daí que eu segui a carreira acadêmica. Sempre trabalhando nos dois eixos, não? Na parte de informação no departamento de biblioteconomia e especificamente com HQ na área de comunicação. Daí eu fiz o meu mestrado sobre um aspecto da área de Biblioteconomia que me chamou muito a atenção.é a questão das coleções e o aspecto das bibliotecas públicas, né! Destacando o aspecto das bibliotecas públicas como centro de cultura, como um elemento de informação para todas as camadas sociais. Depois fiz o meu pós-doutorado trabalhando a questão da qualidade no serviço de informação e paralelo com isso eu continuei sempre trabalhando com hq na área de comunicação. Então em 1990 eu criei o Núcleo de Estudos de HQ, que é um centro de pesquisas, o qual eu estou coordenando até os dias de hoje. E dentro desses núcleo de pesquisas nós criamos várias linahs de pesquisa das hq, sendo que um deles é especificamente hq e educação. Ai agora recentemente com a mudança da pós graduação na ECA eu estou atuando na pós-graduação. Tanto no programa de biblioteconomia, em ciências da informação, como no programa de comunicação, trabalhando com histórias em quadrinhos. Contribuindo com essa inter-relação da comunicação e educação Eu tenho pensado nisso já há algum tempo. E a partir da criação do departamento de uma linha de pesquisa em comunicação – e isso eu estou falando especificamente junto à área de bibliotecononmia, nós criamos uma área que se chamava comunicação, informação e educação, eu comecei a fazer essa ligação da informação com a educação. Trabalhando dentro da biblioteconomia, dentro da ciência da informação essa aproximação, como que a informação se coloca a serviço da educação. Como que as 2 questões se interligam e dentro desse enfoque, eu escolhi como elemento de trabalho as HQ, que foi a forma com a qual eu já tinha bastante familiaridade. Então, na Pós-graduação, ainda como ciência da comunicação mas na área de concentração de biblioteconomia e documentação, eu apresentei uma disciplina há uns 4-5 anos atrás que era “HQ, Comunicação e Educação”. E dentro dessa disciplina eu trabalhava exatamente esse aspecto da reflexão das HQ dentro do processo educativo: como que ela afetava, como poderia contribuir, e tudo mais. E numa dessas disciplinas, eu acho que foi na 2a ou 3a vez que eu apresentei, surgiu a idéia de preparar um material específico. A gente, analisando a realidade, vimos a falta de um material que pudesse ser instrumento para a atuação dos professores e junto com meus alunos, nós desenvolvemos um livro que se chama “Como usar as HQ em sala de aula” com os meus alunos. Ele foi publicado em 2004 e hoje já está em sua 2 a edição. Acho que até o final do ano deve ir para 3a edição. Então minha aproximação é nesse sentido: numa reflexão sobre formas de aplicar as hq em sala de aula. Núcleo de HQ, Educação e Comunicação 33
  • 34. Sim, tem coisas relacionadas com educação. Tem várias. Uma boa parte dos membros do núcleo são proefessores, né. E que trabalham nos vários níveis de ensino e que utilizam hq em aula. Eu mesmo, vários dos meus orientandos, mais de mestrado do que de doutorado, já desenvolveram e aplicaram hq em salas de aula. A discussão vai sempre nesse nível. E a gente continua trabalhando. Até na próxima edição do livro, nós pretendemos ampliar o espectro, o enfoque que foi feito. Na realidade nós trabalhamos as hq primeiro numa visão geral sobre essa aplicação das hq e depois pensando em áreas específicas: Geografia, língua portuguesa, história, artes, né...E agora no futuro a gente pretende ampliar mais o livro acrescentando outros capítulos específicos. É fazendo uma coisa mais específica, não! Sujeito receptor e processos de mediações nas HQs Na realidade vc tem uma rede de consumidores, uma rede de pessoas que se interessam por hq e que seria um universo leitor que se concentra basicamente num período específico do desenvolvimento da pessoa. Ou seja, o grande grupo leitor de hq, ele vai estar no início da adolescência até o começo da idade adulta. Entre os 11 e 25 anos. Ou seja, esse é o grande grupo leitor. É o que basicamente movimenta o mercado. Mas hoje em dia a gente vê que há um interesse geral da própria sociedade, do mercado, dos editores dos produtores de ampliar esse público. Então há uma produção bastante grande de quadrinhos que está se dirigindo para públicos em outras faixas etárias. Cinema e HQs O cinema está usando muito e a HQ estão sendo aceitas e comercializadas em livrarias, que é uma cosia recente no Brasil. Você coloca aí uns 3 anos apenas que elas começaram a ser vendida em livrarias. Antes o local de vendas das hq eram as bancas de jornais. As livrarias eram um espaço de um material mais erudito, não?! Então, vc tem uma produção para esse circuito, uma produção mais cuidada, utilizando a linguagem de uma maneira mais inteligente produzindo um material mais crítico em relação à sociedade em relação aos vários costumes sociais, com uma visão de mundo mais contestadora, e isso faz com que as HQ sema vistas de outra forma. Tem até um status um pouco diferenciado. Isso também em função da quebra de alguns preconceitos contras as hq... principalmente que as hq eram coisas para crianças. E a aceitação formal das hq como um objeto que pode contribuir para a educação formal. Como material didático. Ou para-didático. O reconhecimento pelos PCN´s, pela Lei de diretrizes e Bases da possibilidade da utilização das hq e inclusive o incentivo para que isso seja feito. Esse é um momento bastante apropriado para trabalhar as hq na educação. E nós sentimos, em nosso trabalho com os quadrinhos, nós sentimos que não há, por parte dos educadores, resistência à utilização das hq em sala de aula. O que há, pelo contrário, é muita curiosidade, muita vontade de utilizar, e muita indecisão , muita incerteza sobre como fazer isso. Então é nesse sentido que nós temos trabalhado dando oficinas, com livro, palestras e tudo mais. Divulgação dos HQs 34
  • 35. Sim, temos investido. Inclusive agora em agosto eu estou indo para a Bienal do Livro de Fortaleza para falar sobre o livro, já demos oficinas sobre como utilizar. E dentro dessa questão ainda das HQ o senhor acha que o conteúdo das hq pode contribuir para a construção e desenvolvimento do imaginário dos seus leitores? Por exemplo, dá para se trabalhar valores ? Eu pessoalmente acho que não existe nenhum tema que as hq não possam trabalhar. Não existe uma área do ensino que a HQ não possam ser aplicadas. Acredito que elas podem ser aplicadas em qualquer área. Depende do professor encontrar a HQ, dele identificar a hq que responde às necessidades dele e saber aplicar. TEr uma estratégia para utilização em sala de aula. Eu nãov ejo limites para a utilização das Hq. Pode utilizar em filosófica, ciências, física, geografia, história... em todas as áreas, eu não vejo limites...e ampliando o imaginário e fazendo com que o processo didático seja algo diferente, muito mais vivo e com uma participação muito maior. Como surgiram os HQs: buscar informações sobre este tema Vantagens da utilização do HQ: o que mais atrai Na realidade as hq têm várias vantagens para serem utilizadas. Primeiro, fazem parte do cotidiano. Então não é uma coisa que agride a realidade do aluno. Então, não é algo qu está sendo trazido de fora com que o aluno não tem familiaridade, Isso pode acontecer, por exemplo com um filme. Ou seja, o aluno não tem familiaridade com o cinema. Se você pensar em periferia, as crianças não vão ao cinema com freqüência, é algo que foge à realidade deles. Muitas vezes as hq estão muito mais presentes porque você encontra em qualquer canto pois tem em bancas de jornal. Mesmo as famílias mais humildes acabam tendo contato com hq. Seja na rua por acaso, seja no barbeiro, no médico, em qualquer lugar. Então você encontra, elas fazem parte do cotidiano porque é algo muito fácil de ser localizado e de ser trazido. Então, não agride o leitor nesse sentido. Não é algo estranho que está entrando em seu universo que está sendo forçado. Então, ela tem essa grande vantagem. Tem a vantagem do custo, que é muito baixo, comparado com outras coisas. E tem todas essa questão a imagem...principalmente num país onde a gente tem índices de analfabetismo tão altos com grande dificuldade de compreensão d a palavra escrita. Então, as Hq conseguem levar a mensagem de uma maneira muito mais efetiva. E se você comparar com alguns outros meios, é uma linguagem bastante simples de ser compreendida porque os principais códigos ou símbolos dos quadrinhos já são familiares. Então qualquer criança sabe o que é um balão. A diferença entre um balão de pensamento e um balão de fala. Sabe ler uma história. Sabe a ordem de como os quadrinhos são lidos, da esquerda para direita,d e cima para baixo. Então, são cosias que facilmente a criança desenvolve, que na sala de aula você pode desenvolver. E os quadrinhos vc pode trabalhar tanto com eles já produzidos que existem no mercado, buscando em jornais velhos em revistas ou comprando, dependendo do poder aquisitivo...como vc pode desenvolver a própria linguagem dos quadrinhos, desenvolver determinados temas utilizando a linguagem dos quadrinhos. A gente de algumas iniciativas nesse sentido que foram muito bem sucedidas. E que os alunos pediram até para fazer determinada descrição. Teve oc aso de uma aluna minha que levou os alunos ao zoológico e depois ao final queria que os alunos cada um fizesse uma redação sobre como tinha sido o passeio no zoológico. E vários alunos pediram para ela: podemos fazer essa redação por meio das hqs? E saiu um resultado muito 35
  • 36. bom com eles desenhando, colocando ...lógico, sem a preocupação com uma obra de arte Ou seja, as hq como linguagem são um meio muito efetivo de informação, de comunicação. Ele dá uma força para as professoras no processo educativo. HQ´s e Indústria Cultural de Massas Ela faz parte de um grande sistema de comunicação. Então, hoje em dia a gente não pode pensar mais nos meios de comunicação de forma isolada. Eu acho que é um grande sistema que abarca várias formas de manifestação. E que pensam os produtos de uma forma aditiva. A hq é pesnada no contexto da comunicação de massas dessa indústria como, no seu potencial , para extrapolar o produto quadrinhístico. Ela tem que ser pensada dentro desse contexto como uma futuro desenho animado, um futuro jogo de vídeo game, um futuro filme, uma futura série, e depois retornar novamente ao quadrinho e realimentar. Ou seja, no sistema atual, não dá mais para pensar uma hq por ela mesma. O produtor já tem que, quando cria a hq, pensando no modelo industrial já ter em vista o seu potencial par aoutras mídias. A hq não se sustenta mais por si só. Ela tem que ser pensada para todas as mídias. Então, você pensa num personagem novo que não tem potencial para se transformar num brinquedo, ele provavalemente vai se exaurir em poucos anos. Não vai ter permanência. Agora se você pensar num personagem quepode se transformar num brinquedo, que pode se transformar num jogo, que pode ir para o desenho animado, que pode ser vários outros produtos, que ode ir para merchandising e tudo mais , ele tem uma longa carreira pela frente. Pelo menos potencialmente. Autores que norteiam o pensamento com relação à questão da educação e comunicação para HQ e biblioteconomia Eu trabalho muito com os teóricos do estudos culturais. Trabalho muito com Stuart Hall, Raymond Williams, eu me considero na linha de estudo dos autores culturais ingleses. Influência dos Estudos Culturais nas 2 áreas Eu acho que eles têm uma percepção da mídia e da contribuição social da mídia muito mais avançada do que outras áreas. Eu acho que a percepção dos elementos, da cultura que é já absorvendo todas as manifestações humanas, ele vai surgir com eles já na década de 50 – 6-... e parece que a preocupação dos estudos culturais continuam plenamente atuais. É onde eu tenho trabalhado mais e vejo meu pensamento muito alinhado com o desses teóricos. Barbero, não? Um pouco, muito pouco. Conheço muito pouco o Barbero mas eu tenho trabalhado mais é com os ingleses mesmo. Gestão do conhecimento e o profissional da área de informação A gestão do conhecimento é uma teoria que tem crescido muito na área de ciências da informação. Na verdade, ela vai surgir na administração, e depois vai ser apropriada pela ciência da informação. Ou seja, a idéia da gestão do conhecimento é você trabalhar a administração das questões de informação antes delas se tornarem explícitas. Então, você parte do pressuposto que o conhecimento existe nas organizações de uma forma explícita, ou seja, transcrito em documentos, estabelecido 36