A Mata Atlântica é um bioma de floresta tropical localizado na costa leste do Brasil, abrigando grande biodiversidade e espécies endêmicas, porém sofreu intenso desmatamento nos últimos séculos, restando menos de 10% de sua cobertura original.
2. A Mata Atlântica é um bioma de floresta tropical que abrange a costa leste, sudeste e sul do
Brasil, leste do Paraguai e a província de Misiones, na Argentina. É uma das mais importantes
florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade. A partir da colonização
européia, e principalmente, no século XX, a Mata Atlântica passou por intenso desmatamento,
restando menos de 10% da cobertura vegetal original. É um grande centro de endemismo e
suas formações vegetais são extremamente heterogêneas, indo desde campos abertos em
regiões montanhosas até florestas chuvosas perenes nas terras baixas do litoral. A fauna abriga
diversas espécies endêmicas, e muitas são carismáticas, como o mico-leão-dourado e a onça-
pintada. O WWF dividiu a Mata Atlântica em 15 ecorregiões, visando manter ações mais
regionalizadas na conservação, já que o grau de desmatamento e as ações conservacionistas
são específicas para cada região abrangida pelo bioma. Atualmente, menos de 10% da
cobertura original existe, a maior parte em pequenos fragmentos de floresta secundária. No
Brasil, restam cerca de 7% a maior parte na Serra do Mar, no Paraguai, cerca de 15% e na
Argentina, 45% da vegetação.
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5. A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais Florestas: Ombrófila
Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta e
ecossistemas associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se
estendiam originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território
brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua
cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7%
estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. É um Hotspot mundial, ou seja,
uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta. Vive na Mata
Atlântica atualmente quase 72% da população brasileira, com base nas estimativas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística em 2014. São mais de 145 milhões de habitantes em 3.429
municípios, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando
importantíssimos serviços ambientais.
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7. • Presença de árvores de médio e grande porte,
formando uma floresta fechada e densa;
• Rica biodiversidade, com presença de diversas
espécies animais e vegetais;
• As árvores de grande porte formam um
microclima na mata, gerando sombra e umidade;
• Fauna rica com presença de diversas espécies de
mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e
répteis;
• Na região da Serra do Mar, forma-se na Mata
Atlântica uma constante neblina.
8. A Mata Atlântica possui uma grande riqueza em sua
fauna e flora abrigando centenas de espécies, sendo
muitas endêmicas, isto é, que são apenas encontradas
em seu território. O bioma possui atualmente cerca de
20 mil espécies de plantas 8 mil delas são endêmicas,
849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200
espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350
espécies de peixes. O Brasil possui 633 espécies de
animais que estão em pleno risco de extinção e deste
número 383 estão presentes na Mata Atlântica, dentre
elas podemos destacar:
• Mico-leão-dourado,
• Onça Pintada,
• Tamanduá bandeira,
• Arara-azul-pequena,
• Tatu canastra e Bugio.
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10. É fácil entender, portanto, porque a Mata Atlântica apresenta estruturas e composições
florísticas tão diferenciadas. Uma das florestas mais ricas em biodiversidade no Planeta, a Mata
Atlântica detém o recorde de plantas lenhosas angiospermas por hectare 450 espécies no Sul
da Bahia, cerca de 20 mil espécies vegetais, sendo 8 mil delas endêmicas, além de recordes de
quantidade de espécies e endemismo em vários outros grupos de plantas. Dentre as plantas
podemos citar:
• Pau-brasil,
• Bromélias,
• Palmeiras,
• Figueiras,
• Jacarandá,
• Peroba,
• Jequitibá rosa,
• Cipós,
• Begônias e outras centenas de espécies.
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12. Desde a extração do pau-brasil até o vertiginoso crescimento urbano-industrial brasileiro, não
temos muito o que comemorar: estatísticas atuais dão conta que 90% da floresta, que se
estendia no Rio Grande do Sul, já foi destruída. Além disso, os pontos remanescentes estão
localizados em locais de difícil acesso. As cidades e a necessidades de terras para o cultivo de
cana-de-açúcar, cacau e café causaram a derrubada da mata original. Os principais impactos
ambientais decorrentes dessa destruição foram: poluição das águas fluviais e subterrâneas,
contaminação e erosão do solo e poluição do ar atmosférico. Além das cidades e regiões
metropolitanas, o espaço ocupado antigamente pela mata Atlântica abriga hoje as grandes
regiões industriais, os complexos petrolíferos e os maiores portos do país. Suas maiores áreas
preservadas estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, nas
serras do Mar e da Mantiqueira, em virtude do relevo acidentado que torna difícil a ocupação
humana. Quanto à mata da Araucária, a retirada da madeira – para a produção de móveis e de
papel de jornal – e a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada. Da
década de 1930 até hoje 100 mil pinheiros foram derrubados.