SlideShare a Scribd company logo
1 of 26
LER/DORT



LER/DORT

LER/DORT
CONCEITO E DIFERENCIAÇÃO

   Segundo Varella (2012) LER (Lesões por Esforço Repetitivo)
    diz de uma síndrome que abrange um grupo de doenças,
    como: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome
    do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro
    torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias. Esta, afeta
    músculos, nervos e tendões, principalmente dos membros
    superiores e é responsável também por uma sobrecarga do
    sistema músculo-esquelético. Provoca dores e inflamação,
    podendo inclusive alterar a capacidade funcional da região
    acometida pelo distúrbio. Sua principal causa são os esforços
    repetitivos.
   Assim como LER, DORT (Distúrbio Osteomuscular
    Relacionado ao Trabalho) é caracterizada por esforços
    repetitivos, porém, trata-se de alterações que aparecem
    principalmente no pescoço, braços, punhos e demais membros
    superiores em decorrência do trabalho. A equiparação entre
    ambas está no fato da comprovação de que o trabalho foi à
    causa da doença e não outro fator. (MELLO, 2012).
Um exemplo de diferenciação :
 Considerando-se uma criança de 12 anos, aficionado
  por vídeo game e que possui um joy stick, em que
  utiliza com grande frequência a alavanca do polegar.
  Esta criança em seu período de férias chega a ficar 4 a
  5 horas jogando o seu vídeo game e em um período de
  1 semana desenvolve um quadro inflamatório de um
  tendão, um típico caso de LER que, no entanto, não é
  considerada DORT uma vez que trata-se de uma
  criança e que não trabalha.
  A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da
  doença LER tenha sido o trabalho e para tanto é
  imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para
  comprovar a existência da tríade – lesão – nexo e
  incapacidade.
CAUSAS DA LER - DORT
    Esses tipos de lesões são manifestações oriundas da
    utilização excessiva, imposta ao sistema músculo-
    esquelético, e da falta de tempo para recuperação.
    (LER..., 2010).
    Para a análise de cada caso deve-se considerar que os
    fatores de risco não são independentes, devendo ser
    analisados de forma integrada. Estes envolvem
    aspectos: biomecânicos, cognitivos, sensoriais, afetivos
    e de organização do trabalho.
    Dentre os fatores inclui-se:
    Posto de trabalho que submeta o trabalhador a
    adotar posturas, a suportar certas cargas e a proceder
    de forma a causar ou agravar afecções músculo-
    esqueléticas.
   Expor-se a vibrações de corpo inteiro, ou apenas do
    membro superior, que podem causar efeitos
    vasculares, musculares e neurológicos.
   Exposição a baixas temperaturas que produzem um
    efeito direto no tecido exposto e indireto quando há o
    uso de equipamentos de proteção individual (Ex.:
    Luvas).
   Exposição a ruído elevado, que produz mudança de
    comportamento.
   Pressão mecânica localizada, desencadeada pelo
    contato físico de cantos retos ou pontiagudos de
    objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de
    segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando
    compressões de estruturas moles do sistema músculo-
    esquelético.
   Em relação às posturas, três características podem
    aparecer simultaneamente:
   Posturas extremas que forçam os limites da
    amplitude das articulações.
   Situações em que a força da gravidade impõe aumento
    de carga sobre os músculos e outros tecidos.
   Posturas que alteram a geometria músculo-
    esquelética e que pode causar estresse sobre tendões,
    músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância
    dos tecidos.
   Carga mecânica músculo-esquelética, resultante de
    fatores como: a força, a repetitividade, a duração da
    carga, o tipo de preensão, a postura e o método de
    trabalho. A carga músculo-esquelética diz de uma
    carga mecânica exercida sobre tecidos, incluindo:
    tensão, pressão, fricção e irritação. (LER..., 2010).
DIAGNÓSTICO
       O Ministério da Saúde lança em 2001, uma
  cartilha, na qual aborda o diagnóstico, tratamento,
  reabilitação, prevenção e fisiopatologia das Ler/Dort.
a)história clínica detalhada (história da moléstia atual)
  colhida a queixa do cliente, a qual é composta pelos
  sintomas,      duração,     localização,   intensidade,
  momentos e formas de instalação, momentos e formas
  de instalação, fatores que influenciam na melhora ou
  piora, variação do tempo.
b) investigação dos diversos aparelhos
  Relacionada à importância de se averiguar outros
  sintomas e doenças.
c) comportamentos e hábitos relevantes
       Diz das atividades realizadas que possam
agravar o quadro patológico, como por exemplo, uso
excessivo de computador em casa, lavagem de
roupa manual, ato de passar grandes quantidades
de roupas.
d) antecedentes pessoais e e) antecedentes
familiares
       Envolvem a investigação dos acontecimentos
precedentes com a finalidade de identificar a
possível presença de traumas, luxações que podem
ter ocasionado a dor crônica, ou até mesmo
histórico de doenças hormonais na família.
f) anamnese ocupacional
      Tenta-se entender o ambiente de trabalho do
paciente, identificando possíveis contribuintes para
o desenvolvimento de Ler/Dort
g)exame físico detalhado
      são divididas em duas etapas a inspeção e a
palpação
h) exames complementares, se necessários.
      Os       exames       complementares:        a
ultrassonografia,      radiografia,       tomografia
computadorizada entre outras.
ESTATÍSTICA
 As informações transcritas abaixo foram
  retiradas do Anuário Estatístico da Previdência
  social, ano 2010.
 Durante o ano de 2010, foram registrados no
  INSS cerca de 701,5 mil acidentes do trabalho
  sendo que as doenças do trabalho representam
  3,0%. Quanto ao gênero 57,8% são do sexo
  masculino e42,2% feminino. A faixa de maior
  incidência foi a de 30 a 39 anos, com 32,3% do
  total de acidentes registrados. Em 2010, o
  subgrupo da CBO com maior número foi o
  ‘‘Trabalhadores de funções transversais’, com
  13,3%.
Quanto aos subsetores tem-se o ‘Comércio e
reparação de veículos automotores’, com
participação de 12,5% e ‘Produtos alimentícios e
bebidas’, com 11,0%.   Dentre os códigos de CID
com maior incidência nas doenças do trabalho
foram lesões no ombro (M75), sinovite e
tenossinovite (M65) e dorsalgia (M54), com
20,0%, 15,5% e 7,4%, do total. As partes do corpo
mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive
músculos dorsais, coluna e medula espinhal) e
Ouvido (Externo, Médio, Interno, Audição e
Equilíbrio, com 19,0%, 12,5% e 10,2%,
respectivamente.
TRATAMENTO
   O tratamento de pacientes acometidos por
    Ler/Dort deve objetivar a melhoria de sua
    qualidade de vida, propiciar alívio aos sintomas e
    recuperar sua capacidade de trabalho.

   O Ministério da Saúde, BRASIL (2001), aborda
    alguns itens dos quais dependem o sucesso
    terapêutico:
 Momento      do   diagnóstico   e   inicio   do
 tratamento
 Momento     do afastamento do paciente das
 condições causais ou agravantes:
 Gravidade   do quadro clínico
 Família   e círculo social do paciente
 Empresa    com políticas de prevenção
 Previdência   Social
 Serviços   de tratamento
 Processo   de reabilitação
   Não há um esquema padrão para o tratamento de
    Ler/Dort, entretanto percebe-se como ponto
    fundamental para o sucesso do tratamento e
    reabilitação do paciente a constituição de uma
    equipe para um trabalho multidisciplinar

   A partir daí, averigua-se a situação do paciente
    (sintomas, incapacidades e limitações, as
    situações enfrentadas, a dor) para estabelecer os
    objetivos do tratamento e da reabilitação, que
    devem ser de conhecimento do paciente de forma
    a valorizar cada ganho. (BRASIL, 2001)
De acordo com Brasil (2001), as atividades
  desenvolvidas pela Equipe incluem entre outras:
 Núcleo Informativo
 Sessões informativo-terapêuticas
 Sessões psicoterapêuticas
 Terapia corporal
 Fisioterapia
 Acupuntura
 Atividades aeróbicas
 Tratamento medicamentoso
 Estímulo a atividades lúdico-sociais
 Condicionamento físico
 Terapia ocupacional
 Tratamento cirúrgico
PREVENÇÃO
   Não há receitas miraculosas ou locais de trabalho
    perfeitos
   Deve-se compreender a multicausalidade que envolve as
    Ler/ Dort e a partir daí pode-se perceber a necessidade
    de uma abordagem global preventiva que avalie todos os
    elementos do sistema de trabalho: indivíduo, aspectos
    técnicos, ambiente físico e social, organização do
    trabalho e características da tarefa. (BRASIL, 2001)
   A prevenção primaria de Ler/Dort diz da redução de
    fatores de risco laborais ao melhorar as condições gerais
    do trabalho. Utilizando a ergonomia sistemática podem-
    se transformar as situações de trabalho adaptando às
    possibilidades e capacidades do trabalhador.
Formas de prevenção:
   Programas de supervisão no trabalho para gerar
    soluções em busca de melhorias
   Programas de discussão da problemática para
    conhecimento dos fatores de predisposição e
    desencadeamento de Ler/Dort.
   Alternância das tarefas e rotação nos postos de
    trabalho
   Pausas
   Redução da jornada de trabalho
   Revisão da produtividade e das formas de
    controle/supervisão dos trabalhadores
   Treinamento
   Acompanhamento de trabalhadores acometidos
   Exercícios
A VIDA DO TRABALHADOR ANTES E
APÓS A LER E DORT E A ATUAÇÃO DO
    PSICÓLOGO NO TRATAMENTO
   Segundo Barbosa, Santos e Trezza (2012), os
    pacientes que recebem esse diagnóstico ficam
    deprimidos, angustiados, sentindo-se inferiores,
    impotentes, muitos iniciam tratamento com
    vários medicamentos diários que muitas vezes
    não tem o efeito esperado e vão à procura de
    outros tratamentos exaustivos que resultam em
    longos períodos de afastamento.
   Os depoimentos colhidos pelas autoras mostra
    que as pessoas tinham uma vida tranquila e
    ativa, onde cuidavam de casa, praticavam
    esportes, tocavam instrumentos, e após o
    diagnóstico deixaram de realizar essas atividades
    por não poderem mais, ou até mesmo por se
    pouparem para conseguirem render no trabalho,
    ou seja, passaram a conviver com a dor diária e
    ter uma péssima qualidade de vida.
   A fala dos entrevistados sobre a vida após o
    diagnóstico é de que não são a mesma pessoa, que
    passaram a tomar antidepressivo, ter insônia e para
    as autoras essas falas refletem o comportamento dos
    pacientes acometidos por LER/DORT e por essa razão
    o apoio psicológico é tão necessário durante o
    tratamento.
   Quando diagnosticado com a LER/DORT, o indivíduo
    se vê como a possibilidade de não conseguir realizar
    seu trabalho como antes, além de também não
    conseguir mais realizar atividades da mesma forma
    que antes, como exercícios físicos, cuidar dos afazeres
    domésticos, entre outros. Sente então a cobrança por
    parte de seus chefes e de si. Seu estado emocional fica
    abalado, podendo se sentir culpado e incapacitado,
    além do medo de ser demitido.
   O acompanhamento psicológico pode contribuir
    com esses indivíduos uma vez que o psicólogo
    auxiliará seu paciente a encontrar formas para
    lidar com sua nova condição, de forma que ele
    possa seguir sua vida profissional e pessoal.
CONCLUSÃO

   Conclui-se que um diagnóstico bem feito da
    Ler/Dort, tem muito a contribuir para que para
    saúde física e mental do cliente, uma vez que
    será possível elaborar um prognóstico no qual
    ajudará o cliente na ressignificação da doença e
    ajustes em sua vida para que possa se adaptar a
    sua nova realidade.
REFERÊNCIAS
   BARBOSA, Maria do Socorro Alécio; SANTOS, Regina Maria dos;
    TREZZA, Maria Cristina Soares Figueiredo. A vida do trabalhador
    antes e após a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Doença
    Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT). Disponível em:
    <http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n5/v60n5a02.pdf.> Acesso em: 05 set.
    2012
   BRASIL. Ministério da Previdência Social. Instituto da Previdência Social.
    Instituto Nacional do Seguro Social. Empresa de Tecnologia e Informações
    da Previdência Social. Anuário Estatístico da Previdência Social.
    Brasília: MPS/DATAPREV, 2010. Disponível em:
    <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_111202-105619-646.pdf>
    Acesso em: 14 set. 2012.
   BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas e
    Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Diagnóstico,
    tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia das
    LER/DORT. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: <
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diag_tratamento_ler_dort.pdf>.
    Acesso em: 14 set. 2012.
   BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
    Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de
    Saúde do Trabalhador. Lesões por esforços Repetitivos;
    Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort);
    Dor relacionada ao trabalho, Protocolos de atenção integral à
    Saúde do trabalhador de complexidade diferenciada. Brasília:
    Ministério da Saúde, 2006. Disponível em:
    <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ler_dort.pdf>.
    Acesso em: 14 set. 2012,

   GOMES, Élida Pereira; FERREIRA, Keity Laira Dornier; MOREIRA,
    Nathalia Guimarães; CARDOSO, Pâmela Cristina; COELHO,
    Waldirene Lemos. A Atuação Do Psicólogo No Tratamento Da
    Ler/dort. Disponível em: <http://www.artigonal.com/psicologiaauto-
    ajuda-artigos/a-atuacao-do-psicologo-no-tratamento-da-lerdort-
    943105.html> Acesso em: 13 set. 2012

   LER – DORT. Banco de Saúde. Disponível em:
    <http://www.bancodesaude.com.br/ler-dort/ler-dort>. Acesso em: 12
    Set. 2012.
   MELLO, Denise. LER e DORT qual a diferença? Revista Viva Saúde.
    Escala. E. 113. 2012, Disponível em:
    <http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/noticias/ler-e-dort-
    qual-a-diferenca-151284-1.asp>. Acesso em: 12 Set. 2012.

   NOVAES, Dr. Antônio Carlos. A diferença entre LER e DORT.
    LER/DORT. 2012. Disponível em:
    <http://www.lerdort.com.br/diferencas.php?
    skey=1f676553ce70ca0a6c2c55e5f8d9044c>. Acesso em: 12 Set. 2012.

   VARELLA. Drauzio. Lesões por esforços repetitivos – L.E.R. / D.O.
    R. T. Dr. Drauzio Varella. 2012. Disponível em:
    <http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/lesoes-por-esforcos-
    repetitivos-l-e-r-d-o-r-t/>. Acesso em: 12 Set. 2012.
GRUPO
 Fábio Araújo Ferreira
 Leiliane Silva

 Natália Maria

 Natália Resende

More Related Content

What's hot (20)

Aula ergonomia
Aula ergonomia Aula ergonomia
Aula ergonomia
 
Ergonomia e Segurança no Trabalho
Ergonomia e Segurança no Trabalho Ergonomia e Segurança no Trabalho
Ergonomia e Segurança no Trabalho
 
ERGONOMIA
ERGONOMIA  ERGONOMIA
ERGONOMIA
 
Ergonomia e Fisiologia do Trabalho
Ergonomia e Fisiologia do TrabalhoErgonomia e Fisiologia do Trabalho
Ergonomia e Fisiologia do Trabalho
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 
DORT - ETEC
DORT - ETECDORT - ETEC
DORT - ETEC
 
Ler e Dort
Ler e DortLer e Dort
Ler e Dort
 
Aula 4 riscos ocupacionais
Aula 4   riscos ocupacionaisAula 4   riscos ocupacionais
Aula 4 riscos ocupacionais
 
Ergonomia apresentacao trabalho
Ergonomia apresentacao trabalho Ergonomia apresentacao trabalho
Ergonomia apresentacao trabalho
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dortErgonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
 
ERGONOMIA NO TRABALHO
ERGONOMIA NO TRABALHOERGONOMIA NO TRABALHO
ERGONOMIA NO TRABALHO
 
Lesão por esforço repetitivo
Lesão por esforço repetitivoLesão por esforço repetitivo
Lesão por esforço repetitivo
 
Seminário doenças ocupacionais
Seminário  doenças ocupacionaisSeminário  doenças ocupacionais
Seminário doenças ocupacionais
 
Ler dort
Ler dort Ler dort
Ler dort
 
Ergonomia (40h)
Ergonomia (40h)Ergonomia (40h)
Ergonomia (40h)
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Aula 1 - Ergonomia
Aula 1 - ErgonomiaAula 1 - Ergonomia
Aula 1 - Ergonomia
 
Ergonomia atua no NTEP e reduz o SAT
Ergonomia atua no NTEP e reduz o SATErgonomia atua no NTEP e reduz o SAT
Ergonomia atua no NTEP e reduz o SAT
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 

Similar to Como a LER/DORT afeta a vida do trabalhador e o papel do psicólogo no tratamento

Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalho
Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalhoDistúrbios orto musculares relacionados ao trabalho
Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalhoadrianomedico
 
Doencasacidentesdetrabalho lerdort
Doencasacidentesdetrabalho lerdortDoencasacidentesdetrabalho lerdort
Doencasacidentesdetrabalho lerdortSolange Montosa
 
conceito doenca ocupacional.pdf
conceito doenca ocupacional.pdfconceito doenca ocupacional.pdf
conceito doenca ocupacional.pdfAndreLuis202744
 
Doencas e acidentes de trabalho lerdort
Doencas e acidentes de trabalho lerdortDoencas e acidentes de trabalho lerdort
Doencas e acidentes de trabalho lerdortEdnaChristovao
 
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort Catalogo Fácil Agro Mecânica Tatuí
 
V60n5a02 osteomusculares
V60n5a02 osteomuscularesV60n5a02 osteomusculares
V60n5a02 osteomuscularesGustavo Lima
 
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDA
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDACONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDA
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDAAndreLuis202744
 
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoSíndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoadrianomedico
 
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Ana Thais Souza
 
Estresse policial militar efeitos psicossociais
Estresse policial militar efeitos psicossociaisEstresse policial militar efeitos psicossociais
Estresse policial militar efeitos psicossociaisAdemir Amaral
 
Lesão por Esforço Repetitivo Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
Lesão por Esforço RepetitivoDistúrbio Osteomuscular Relacionado ao TrabalhoLesão por Esforço RepetitivoDistúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
Lesão por Esforço Repetitivo Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao TrabalhoEversonLima23
 
Ergonomia cinesiologia e bio - podologia
Ergonomia  cinesiologia e bio - podologiaErgonomia  cinesiologia e bio - podologia
Ergonomia cinesiologia e bio - podologiafatima borges silva
 
Riscos ergonômicos (Call Center)
Riscos ergonômicos (Call Center)Riscos ergonômicos (Call Center)
Riscos ergonômicos (Call Center)Ana Leticia Cunha
 
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Ana Thais Souza
 

Similar to Como a LER/DORT afeta a vida do trabalhador e o papel do psicólogo no tratamento (20)

Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalho
Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalhoDistúrbios orto musculares relacionados ao trabalho
Distúrbios orto musculares relacionados ao trabalho
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Cartilha ler dort
Cartilha ler dortCartilha ler dort
Cartilha ler dort
 
Doencasacidentesdetrabalho lerdort
Doencasacidentesdetrabalho lerdortDoencasacidentesdetrabalho lerdort
Doencasacidentesdetrabalho lerdort
 
conceito doenca ocupacional.pdf
conceito doenca ocupacional.pdfconceito doenca ocupacional.pdf
conceito doenca ocupacional.pdf
 
Doencas e acidentes de trabalho lerdort
Doencas e acidentes de trabalho lerdortDoencas e acidentes de trabalho lerdort
Doencas e acidentes de trabalho lerdort
 
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort
Do site Prevenção On Line - Doencas acidentes de trabalho lerdort
 
Cartilha ler dort
Cartilha ler dortCartilha ler dort
Cartilha ler dort
 
Ler dor
Ler dorLer dor
Ler dor
 
V60n5a02 osteomusculares
V60n5a02 osteomuscularesV60n5a02 osteomusculares
V60n5a02 osteomusculares
 
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDA
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDACONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDA
CONCEITO SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO PTTDA
 
Dor orofacial
Dor orofacialDor orofacial
Dor orofacial
 
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêuticoSíndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
Síndrome do túnel do carpo aspectos do tratamento fisioterapêutico
 
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
 
Estresse policial militar efeitos psicossociais
Estresse policial militar efeitos psicossociaisEstresse policial militar efeitos psicossociais
Estresse policial militar efeitos psicossociais
 
Lesão por Esforço Repetitivo Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
Lesão por Esforço RepetitivoDistúrbio Osteomuscular Relacionado ao TrabalhoLesão por Esforço RepetitivoDistúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
Lesão por Esforço Repetitivo Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
 
Ergonomia cinesiologia e bio - podologia
Ergonomia  cinesiologia e bio - podologiaErgonomia  cinesiologia e bio - podologia
Ergonomia cinesiologia e bio - podologia
 
Riscos ergonômicos (Call Center)
Riscos ergonômicos (Call Center)Riscos ergonômicos (Call Center)
Riscos ergonômicos (Call Center)
 
Distúrbios osteomusculares em fisioterapeutas
Distúrbios osteomusculares em fisioterapeutasDistúrbios osteomusculares em fisioterapeutas
Distúrbios osteomusculares em fisioterapeutas
 
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
Trabalho pós ergonomia aplicação da ferramenta ocra em análise ergonômica do ...
 

Recently uploaded

Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOMayaraDayube
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdClivyFache
 
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoWilliamdaCostaMoreir
 

Recently uploaded (6)

Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
 
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
 
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
 

Como a LER/DORT afeta a vida do trabalhador e o papel do psicólogo no tratamento

  • 2. CONCEITO E DIFERENCIAÇÃO  Segundo Varella (2012) LER (Lesões por Esforço Repetitivo) diz de uma síndrome que abrange um grupo de doenças, como: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias. Esta, afeta músculos, nervos e tendões, principalmente dos membros superiores e é responsável também por uma sobrecarga do sistema músculo-esquelético. Provoca dores e inflamação, podendo inclusive alterar a capacidade funcional da região acometida pelo distúrbio. Sua principal causa são os esforços repetitivos.  Assim como LER, DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) é caracterizada por esforços repetitivos, porém, trata-se de alterações que aparecem principalmente no pescoço, braços, punhos e demais membros superiores em decorrência do trabalho. A equiparação entre ambas está no fato da comprovação de que o trabalho foi à causa da doença e não outro fator. (MELLO, 2012).
  • 3. Um exemplo de diferenciação :  Considerando-se uma criança de 12 anos, aficionado por vídeo game e que possui um joy stick, em que utiliza com grande frequência a alavanca do polegar. Esta criança em seu período de férias chega a ficar 4 a 5 horas jogando o seu vídeo game e em um período de 1 semana desenvolve um quadro inflamatório de um tendão, um típico caso de LER que, no entanto, não é considerada DORT uma vez que trata-se de uma criança e que não trabalha. A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da doença LER tenha sido o trabalho e para tanto é imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para comprovar a existência da tríade – lesão – nexo e incapacidade.
  • 4. CAUSAS DA LER - DORT Esses tipos de lesões são manifestações oriundas da utilização excessiva, imposta ao sistema músculo- esquelético, e da falta de tempo para recuperação. (LER..., 2010). Para a análise de cada caso deve-se considerar que os fatores de risco não são independentes, devendo ser analisados de forma integrada. Estes envolvem aspectos: biomecânicos, cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho. Dentre os fatores inclui-se:  Posto de trabalho que submeta o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas e a proceder de forma a causar ou agravar afecções músculo- esqueléticas.
  • 5. Expor-se a vibrações de corpo inteiro, ou apenas do membro superior, que podem causar efeitos vasculares, musculares e neurológicos.  Exposição a baixas temperaturas que produzem um efeito direto no tecido exposto e indireto quando há o uso de equipamentos de proteção individual (Ex.: Luvas).  Exposição a ruído elevado, que produz mudança de comportamento.  Pressão mecânica localizada, desencadeada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando compressões de estruturas moles do sistema músculo- esquelético.
  • 6. Em relação às posturas, três características podem aparecer simultaneamente:  Posturas extremas que forçam os limites da amplitude das articulações.  Situações em que a força da gravidade impõe aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.  Posturas que alteram a geometria músculo- esquelética e que pode causar estresse sobre tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos tecidos.  Carga mecânica músculo-esquelética, resultante de fatores como: a força, a repetitividade, a duração da carga, o tipo de preensão, a postura e o método de trabalho. A carga músculo-esquelética diz de uma carga mecânica exercida sobre tecidos, incluindo: tensão, pressão, fricção e irritação. (LER..., 2010).
  • 7. DIAGNÓSTICO O Ministério da Saúde lança em 2001, uma cartilha, na qual aborda o diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia das Ler/Dort. a)história clínica detalhada (história da moléstia atual) colhida a queixa do cliente, a qual é composta pelos sintomas, duração, localização, intensidade, momentos e formas de instalação, momentos e formas de instalação, fatores que influenciam na melhora ou piora, variação do tempo. b) investigação dos diversos aparelhos Relacionada à importância de se averiguar outros sintomas e doenças.
  • 8. c) comportamentos e hábitos relevantes Diz das atividades realizadas que possam agravar o quadro patológico, como por exemplo, uso excessivo de computador em casa, lavagem de roupa manual, ato de passar grandes quantidades de roupas. d) antecedentes pessoais e e) antecedentes familiares Envolvem a investigação dos acontecimentos precedentes com a finalidade de identificar a possível presença de traumas, luxações que podem ter ocasionado a dor crônica, ou até mesmo histórico de doenças hormonais na família.
  • 9. f) anamnese ocupacional Tenta-se entender o ambiente de trabalho do paciente, identificando possíveis contribuintes para o desenvolvimento de Ler/Dort g)exame físico detalhado são divididas em duas etapas a inspeção e a palpação h) exames complementares, se necessários. Os exames complementares: a ultrassonografia, radiografia, tomografia computadorizada entre outras.
  • 10. ESTATÍSTICA  As informações transcritas abaixo foram retiradas do Anuário Estatístico da Previdência social, ano 2010.  Durante o ano de 2010, foram registrados no INSS cerca de 701,5 mil acidentes do trabalho sendo que as doenças do trabalho representam 3,0%. Quanto ao gênero 57,8% são do sexo masculino e42,2% feminino. A faixa de maior incidência foi a de 30 a 39 anos, com 32,3% do total de acidentes registrados. Em 2010, o subgrupo da CBO com maior número foi o ‘‘Trabalhadores de funções transversais’, com 13,3%.
  • 11. Quanto aos subsetores tem-se o ‘Comércio e reparação de veículos automotores’, com participação de 12,5% e ‘Produtos alimentícios e bebidas’, com 11,0%. Dentre os códigos de CID com maior incidência nas doenças do trabalho foram lesões no ombro (M75), sinovite e tenossinovite (M65) e dorsalgia (M54), com 20,0%, 15,5% e 7,4%, do total. As partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive músculos dorsais, coluna e medula espinhal) e Ouvido (Externo, Médio, Interno, Audição e Equilíbrio, com 19,0%, 12,5% e 10,2%, respectivamente.
  • 12. TRATAMENTO  O tratamento de pacientes acometidos por Ler/Dort deve objetivar a melhoria de sua qualidade de vida, propiciar alívio aos sintomas e recuperar sua capacidade de trabalho.  O Ministério da Saúde, BRASIL (2001), aborda alguns itens dos quais dependem o sucesso terapêutico:
  • 13.  Momento do diagnóstico e inicio do tratamento  Momento do afastamento do paciente das condições causais ou agravantes:  Gravidade do quadro clínico  Família e círculo social do paciente  Empresa com políticas de prevenção  Previdência Social  Serviços de tratamento  Processo de reabilitação
  • 14. Não há um esquema padrão para o tratamento de Ler/Dort, entretanto percebe-se como ponto fundamental para o sucesso do tratamento e reabilitação do paciente a constituição de uma equipe para um trabalho multidisciplinar  A partir daí, averigua-se a situação do paciente (sintomas, incapacidades e limitações, as situações enfrentadas, a dor) para estabelecer os objetivos do tratamento e da reabilitação, que devem ser de conhecimento do paciente de forma a valorizar cada ganho. (BRASIL, 2001)
  • 15. De acordo com Brasil (2001), as atividades desenvolvidas pela Equipe incluem entre outras:  Núcleo Informativo  Sessões informativo-terapêuticas  Sessões psicoterapêuticas  Terapia corporal  Fisioterapia  Acupuntura  Atividades aeróbicas  Tratamento medicamentoso  Estímulo a atividades lúdico-sociais  Condicionamento físico  Terapia ocupacional  Tratamento cirúrgico
  • 16. PREVENÇÃO  Não há receitas miraculosas ou locais de trabalho perfeitos  Deve-se compreender a multicausalidade que envolve as Ler/ Dort e a partir daí pode-se perceber a necessidade de uma abordagem global preventiva que avalie todos os elementos do sistema de trabalho: indivíduo, aspectos técnicos, ambiente físico e social, organização do trabalho e características da tarefa. (BRASIL, 2001)  A prevenção primaria de Ler/Dort diz da redução de fatores de risco laborais ao melhorar as condições gerais do trabalho. Utilizando a ergonomia sistemática podem- se transformar as situações de trabalho adaptando às possibilidades e capacidades do trabalhador.
  • 17. Formas de prevenção:  Programas de supervisão no trabalho para gerar soluções em busca de melhorias  Programas de discussão da problemática para conhecimento dos fatores de predisposição e desencadeamento de Ler/Dort.  Alternância das tarefas e rotação nos postos de trabalho  Pausas  Redução da jornada de trabalho  Revisão da produtividade e das formas de controle/supervisão dos trabalhadores  Treinamento  Acompanhamento de trabalhadores acometidos  Exercícios
  • 18. A VIDA DO TRABALHADOR ANTES E APÓS A LER E DORT E A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO TRATAMENTO  Segundo Barbosa, Santos e Trezza (2012), os pacientes que recebem esse diagnóstico ficam deprimidos, angustiados, sentindo-se inferiores, impotentes, muitos iniciam tratamento com vários medicamentos diários que muitas vezes não tem o efeito esperado e vão à procura de outros tratamentos exaustivos que resultam em longos períodos de afastamento.
  • 19. Os depoimentos colhidos pelas autoras mostra que as pessoas tinham uma vida tranquila e ativa, onde cuidavam de casa, praticavam esportes, tocavam instrumentos, e após o diagnóstico deixaram de realizar essas atividades por não poderem mais, ou até mesmo por se pouparem para conseguirem render no trabalho, ou seja, passaram a conviver com a dor diária e ter uma péssima qualidade de vida.
  • 20. A fala dos entrevistados sobre a vida após o diagnóstico é de que não são a mesma pessoa, que passaram a tomar antidepressivo, ter insônia e para as autoras essas falas refletem o comportamento dos pacientes acometidos por LER/DORT e por essa razão o apoio psicológico é tão necessário durante o tratamento.  Quando diagnosticado com a LER/DORT, o indivíduo se vê como a possibilidade de não conseguir realizar seu trabalho como antes, além de também não conseguir mais realizar atividades da mesma forma que antes, como exercícios físicos, cuidar dos afazeres domésticos, entre outros. Sente então a cobrança por parte de seus chefes e de si. Seu estado emocional fica abalado, podendo se sentir culpado e incapacitado, além do medo de ser demitido.
  • 21. O acompanhamento psicológico pode contribuir com esses indivíduos uma vez que o psicólogo auxiliará seu paciente a encontrar formas para lidar com sua nova condição, de forma que ele possa seguir sua vida profissional e pessoal.
  • 22. CONCLUSÃO  Conclui-se que um diagnóstico bem feito da Ler/Dort, tem muito a contribuir para que para saúde física e mental do cliente, uma vez que será possível elaborar um prognóstico no qual ajudará o cliente na ressignificação da doença e ajustes em sua vida para que possa se adaptar a sua nova realidade.
  • 23. REFERÊNCIAS  BARBOSA, Maria do Socorro Alécio; SANTOS, Regina Maria dos; TREZZA, Maria Cristina Soares Figueiredo. A vida do trabalhador antes e após a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT). Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n5/v60n5a02.pdf.> Acesso em: 05 set. 2012  BRASIL. Ministério da Previdência Social. Instituto da Previdência Social. Instituto Nacional do Seguro Social. Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. Anuário Estatístico da Previdência Social. Brasília: MPS/DATAPREV, 2010. Disponível em: <http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_111202-105619-646.pdf> Acesso em: 14 set. 2012.  BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia das LER/DORT. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diag_tratamento_ler_dort.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012.
  • 24. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Lesões por esforços Repetitivos; Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort); Dor relacionada ao trabalho, Protocolos de atenção integral à Saúde do trabalhador de complexidade diferenciada. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ler_dort.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012,  GOMES, Élida Pereira; FERREIRA, Keity Laira Dornier; MOREIRA, Nathalia Guimarães; CARDOSO, Pâmela Cristina; COELHO, Waldirene Lemos. A Atuação Do Psicólogo No Tratamento Da Ler/dort. Disponível em: <http://www.artigonal.com/psicologiaauto- ajuda-artigos/a-atuacao-do-psicologo-no-tratamento-da-lerdort- 943105.html> Acesso em: 13 set. 2012  LER – DORT. Banco de Saúde. Disponível em: <http://www.bancodesaude.com.br/ler-dort/ler-dort>. Acesso em: 12 Set. 2012.
  • 25. MELLO, Denise. LER e DORT qual a diferença? Revista Viva Saúde. Escala. E. 113. 2012, Disponível em: <http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/noticias/ler-e-dort- qual-a-diferenca-151284-1.asp>. Acesso em: 12 Set. 2012.  NOVAES, Dr. Antônio Carlos. A diferença entre LER e DORT. LER/DORT. 2012. Disponível em: <http://www.lerdort.com.br/diferencas.php? skey=1f676553ce70ca0a6c2c55e5f8d9044c>. Acesso em: 12 Set. 2012.  VARELLA. Drauzio. Lesões por esforços repetitivos – L.E.R. / D.O. R. T. Dr. Drauzio Varella. 2012. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/lesoes-por-esforcos- repetitivos-l-e-r-d-o-r-t/>. Acesso em: 12 Set. 2012.
  • 26. GRUPO  Fábio Araújo Ferreira  Leiliane Silva  Natália Maria  Natália Resende