2014 dimensões da sustentabilidade - Casa Ecológica Gaia Terranova

Gaia Terranova: um experimento teórico-prático-
vivencial
Dimensões da
Sustentabilidade
Evandro Sanguinetto - 2014

Desenvolvimento Sustentável
Relatório Brundtland (1987):
 Aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras
atenderem as suas próprias necessidades.

DS x Sustentabilidade
Moles et al. (2008):
 Desenvolvimento Sustentável: processo
pelo qual nos movemos do presente
status quo para um futuro desejável
 Sustentabilidade: situação futura
desejável

Triple bottom line
Equilíbrio entre:
 Viabilidade econômica
 Justiça social
 Responsabilidade ambiental
 (Diversidade cultural)
 Mas... Como chegaremos lá?

Economia tradicional
(fase inicial)

MATÉRIA-
PRIMA E
ENERGIA
PROCESSO
PRODUTIVO
PRODUTO
FINAL E
CONSUMO
RESÍDUOS???
(EXTERNALIDADES)

Economia emergente
(fase de transição)

MATÉRIA-
PRIMA E
ENERGIA
PROCESSO
PRODUTIVO
PRODUTO
FINAL E
CONSUMO
CUSTOS
Meio Ambiente
RESÍDUOS???
(EXTERNALIDADES)

(In)Sustentabilidade
 Esse modelo de economia está
ultrapassado, dá sinais de colapso e se
mostra insustentável
 Precisamos evoluir para modelos que sejam
sustentáveis
 Mas... Se vivemos em uma sociedade
insustentável, onde vamos aprender sobre
sustentabilidade?
 Escolas?
 Universidades?
 Indústrias?
 Agricultura?
 Onde?

Vivência corporal
 Entendendo corporalmente a
sustentabilidade

Vida planetária
 A Vida existe em nosso planeta há
3,8 bilhões de anos
 Ao menos 5 grandes eventos cósmicos
eliminaram boa parte dos seres vivos
 A Vida superou outros grandes desafios:
sobreviver com oxigênio, trocar
informações genéticas, cooperar,
coevoluir, ciclar nutrientes, etc

Eco-Economia
(fase madura)

Economia Ecológica
 Costanza, 1989:
 Campo de pesquisa acadêmica
transdisciplinar
 Busca a interdependência e coevolução
das economias humanas e dos
ecosistemas naturais ao longo do espaço
e do tempo
 Distinta de economia ambiental: análise
econômica do meio ambiente

PROCESSO
PRODUTIVO
PRODUTO
FINAL E
CONSUMO
RESÍDUOS
(EXTERNALI
DADES)
MATÉRIA-
PRIMA
E ENERGIA

Ciclos

Hiperciclos

PADRÕES

Níveis de organização
Células Tecidos Órgãos
SistemasOrganismos
Populações Ecossistemas
BiosferaCosmosfera
CiclosRedes

Cotidiano
 E como trazer todo esse conhecimento
para o cotidiano pessoal, familiar,
empresarial, produtivo, etc.?

GAIA TERRANOVA
Incorporando conhecimentos vivos no
planejamento de assentamentos humanos
sustentáveis

DESIGN ECOLÓGICO

Design Ecológico (ecodesign)
 Observação, estudo, compreensão e
reprodução de padrões naturais no
cotidiano humano.

Bases conceituais
 Bennyus (2003):
◦ Biomimética: a Natureza como modelo;
a Natureza como medida; a Natureza como
mentora.
 Hawken, Lovins e Lovins (2004):
◦ Capitalismo Natural: muitos setores, empresas e
indivíduos estão percebendo, valorando e
incorporando o ambiente natural, os ecossistemas e
a vida planetária como bases sobre as quais se
assentam a produção de bens e riquezas, de modo
que, comprometidas as bases, compromete-se a
própria continuidade do sistema e da civilização
como a conhecemos atualmente.

Design macro
Gaia Terranova

Design macro
 Refere a uma etapa de planejamento
e design mais ampla no espaço e
tempo – microbacia hidrográfica,
uso e ocupação do solo, características
sócio-culturais locais, etc., onde se busca:
◦ Levantar as características microrregionais que
interfiram e/ou se beneficiem do projeto;
◦ Integrar a área ao ecossistema local;
◦ Identificar e minimizar impactos negativos e
otimizar impactos positivos;
◦ Adequar as soluções ao em torno social,
cultural, ambiental e ecológico microrregional.

Bacia Hidrográfica

Chuvas

Brisa

Sol de inverno

Sol de verão

Estradas

Hidrografia

Matas

Urbano

Pasto

Várzea

Rodovias

Rio Sapucaí

Urbano próximo

Design micro
Gaia Terranova

Design micro
 Refere a uma etapa de planejamento
e design mais limitada no espaço e
tempo – um terreno, residência ou
quintal em torno de uma dada construção,
onde se busca:
◦ Levantar as características locais que interfiram
e/ou se beneficiem do projeto;
◦ Integrar casa, terreno e tecnologias vivas;
◦ Identificar e minimizar impactos negativos e
otimizar impactos positivos;
◦ Adequar as soluções ao em torno social,
cultural, ambiental e ecológico local.

Gaia Terranova

Chuva

HABITAT SUSTENTÁVEL
Unidade básica de ocupação do solo na bacia

Evandro Sanguinetto - 2014Junho 2007

Instalação de curvas de nível

Gaia Terranova e curvas de nível

Cobertura morta

Policultivo

Horta orgânica e SAF
 Cuidar da terra
 Zonemento permacultural
 Recuperar solo degradado
 Promover a vida ampliando a
biodiversidade local
 Estocar energia, água, carbono e
nutrientes
 Produzir alimentos saudáveis, sem
agroquímicos
 Sistema de irrigação por micro-aspersão

Compostagem e minhocário
 Reaproveitamento de nutrientes
 Destinação adequada de resíduos
orgânicos
 Produção de composto orgânico e húmus
de minhoca

Espiral de ervas
 Beleza e harmonia no ambiente
 Vários nichos em pequenos espaços
 Produção de fitoterápicos, condimentos,
flores, perfumes, beleza

Avaliação visual de áreas
 Erosão, compactação, fauna do solo
 Índice de cobertura, índice de diversidade,
porte/estratificação, vigor da vegetação,
sucessão na vegetação, composição da
serrapilheira, decomposição da
serrapilheira, incorporação no solo, fauna.

Avaliação visual Gaia Terranova
41,9
14,3
15,9
30,0
88,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Mata* Pasto degr. Gaia 2007 Gaia 2010
Média ponderada das notas Superávit Gaia 2010/2007 (%)

2007

2010

Agosto 2012

CASA ECOLÓGICA
Fechando ciclos e formando redes

Planejamento
 Design ecológoco como base para
sistemas integrados - casa e
terreno reproduzindo a organização e
estrutura dos seres vivos.
 Design e planejamento: eficiência energética,
iluminação passiva, ventilação cruzada,
resíduos zero com uso de tijolos de
solocimento (ecológicos).
 Ecotecnologias: captação de águas da chuva,
tratamento de efluentes e reúso das águas,
produção orgânica de alimentos, SAF.

2008

2012

Tijolo ecológico
 Não emite CO2 no fabrico
 Equilíbrio termo-acústico
 Bom acabamento
 Sem quebras para tubulações e fiações
 Economia em tempo, madeiras, cimento,
mão-de-obra

Captação de água de chuva
 Área de 11m2 de captação direta
 15.400 litros/ano
 Suficiente para mais de 2 meses de uso
 Expectativa de utilizar apenas água de
chuva de novembro/dezembro a
fevereiro/março

Reaproveitamento de materiais
 Aumentar a vida útil de materiais diversos
 Investir em pessoas
 Resgatar e valorizar o trabalho de
gerações precedentes
 Economizar recursos naturais (energia,
ferro, madeira, aço, alumínio, etc) e
econômicos
 Recuperar portas, vitrôs, janelas,
madeiras
 Peroba rosa no telhado: 50% economia

Revestimento biocomposto
 Resgate de tradições culturais
 Resgate de processos construtivos
tradicionais
 Aproveitamento de resíduos
 Redução de custos
 Testagem de alternativas de
bioconstrução

TECNOLOGIAS VIVAS
Tratamento biológico de efluentes residenciais com
separação e reuso de águas pretas e cinzas

Águas pretas

Águas pretas
 Águas pretas - águas residuárias
oriundas de vasos sanitários.
◦ Contém basicamente água, fezes e urina.
◦ Efluentes portadores de microrganismos
potencialmente danosos à saúde.

Decanto-digestor, banhado e
linha de bananeiras
 Cuidar da água, cuidar da terra, cuidar
das pessoas.
 Microrganismos e plantas como parceiros.
 Aproveitar a água e nutrientes na produção
de alimentos: linha de bananeiras, cereais,
árvores frutíferas.
 Transformação de poluentes e contaminantes
em adubo.
 Manutenção da qualidade de corpos d’água
locais (rios, represas, minas, lençóis
freáticos)
 Assunção de responsabilidade pelos resíduos
gerados.

Águas cinzas

Águas cinzas
 Águas Cinzas - águas residuárias
oriundas de pias, tanques,
máquinas de lavar, chuveiros,
banheiras.
 Contém substâncias como sabões,
detergentes, xampus, urina, cabelos,
restos de comida, produtos de limpeza,
etc.

Piloto de banhado
construído

Banhado construído (wetland)
 Reprodução de ecossistemas naturais de
terras úmidas (brejos, várzeas, pântanos,
banhados) para o tratamento de esgotos.
◦ Tratamento e filtragem de efluentes;
◦ Remoção de nutrientes;
◦ Evapotranspiração promovendo ciclos
hidrológicos e ampliação da umidade relativa
do ar;
◦ Produção de biomassa para compostagem e
produção de adubo;
◦ Ampliação da biodiversidade local e atração de
fauna.

Filtro, banhado
construído e lagoa
multifuncioal

Filtro e lagoa multifuncional
 Filtro - função de retenção de material
particulado maior, como restos de
alimentos, areia, solo, cabelos, etc.
 Lagoa multifuncional - tratamento
secundário ou polimento do efluente que
passou pelo banhado:
◦ Produção de biomassa para compostagem
◦ Diversificação de ambientes e nichos
◦ Reservação de água

Lagoas multifuncionais

Lagoas multifuncionais
 Polimento final do efluente.
 Reservação de água e reutilização para
irrigação de culturas e recuperação de
áreas degradadas.
 Criatório de peixes.
 Mesocosmo de ecossistemas locais de
terras úmidas.
 Ampliação da diversidade local.

Resultados

Contatos
 Evandro Sanguinetto
◦ Institucional:
evandro.sanguinetto@muz.ifsuldeminas.edu.br
◦ Site: www.gaiaterranova.com.br
◦ Facebook:
◦ https://www.facebook.com/evandrosanguinetto
e
◦ https://www.facebook.com/gaiaterranova2017
◦ Blog:
http://www.gaiaterranova.blogspot.com.br/
◦ Email pessoal:
evandro@gaiaterranova.com.br
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