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_______________________________________________________________________________________ 
Como identificar as formigas cortadeiras 
SAÚVAS: 
As saúvas possuem espinhos na região dorsal, em número de 03 pares facilmente visíveis com auxílio de lupa. 
Estes insetos apresentam coloração variável, mas em geral são maiores que as quenquéns. 
QUENQUÉNS: 
As quenquéns também possuem espinhos na região dorsal, em número de 04 pares, também facilmente visíveis com 
auxílio de lupa. Estes insetos apresentam coloração e tamanho variável mas em geral são menores que as 
saúvas. 
NINHOS 
A arquitetura externa do ninho é utilizada para identificar as saúvas e quenquéns. 
O ninho inicial de ATTA(saúvas) é identificada pela presença de um orifício circundado por pequenas esferas 
de terra que a içá retira do solo na construção do ninho. 
O ninho novo e adulto de alguns Acromyrmex (quenquéns) são diferentes dos ninhos iniciais de saúva por 
apresentarem pequenos grânulos de terra solta, distante e numa posição lateral ao orifício de entrada do 
mesmo. 
Ninhos mais velhos de Atta são formados por grande quantidade de terra solta, atingindo área maior que 100m². 
Ninhos de Acromyrmex podem ser formados por pequenas quantidades de terra solta quando comparada á saúva, ou 
somente por material seco (palha) sob o qual estão as panelas de fungo. 
Arquitetura Interna 
Ninhos pequenos 
O ninho inicial de Atta é pouco profundo, entre 15 e 25 cm. Tem poucas câmaras de fungo e jogam lixo sobre o 
monte de terra solta. 
O ninho inicial de Acromyrmex é muito superficial com até 10 cm de profundidade. 
Ninhos Grandes 
Ninhos de Atta, mais desenvolvidos,apresentam grandes dimensões, com até 8.000 câmaras de fungo alcançando 7m 
de profundidade. Constroem câmaras para cultivar fungo e depositar lixo, com formato e dimensão peculiares á 
cada espécie. 
Ninhos de Acromyrmex são pouco profundos quando comparado aos de Atta atingindo ao redor de 1,40m com cerca 
de 06 câmaras de fungo em algumas espécies, sendo menores do que as saúvas. 
Como são as Formigas 
s saúvas e quenquéns são insetos que possuem metamorfose completa, com as fases de ovo, larva, pupa e 
adulto. 
A 
Tanto em Atta quanto em Acromyrmex, os adultos são agrupados em diferentes tamanhos, constituindo diferentes 
tamanhos, diferentes castas que desempenham funções específicas na colônia, como cuidar do fungo, forragear 
ou garantir a segurança da colônia. 
Em Atta a casta é composta por operárias com tamanho de 02 a 15mm, com funções específicas sendo as menores 
responsáveis pela manutenção do fungo, as médias pelo forrageamento, e as maiores pelo patrulhamento da 
colônia. 
Em Acromyrmex há diferenciação menor quanto ao tamanho da operária, com diferentes castas realizando funções 
comuns. 
Classificação do inseto 
0* Classe= Insecta 
1* Ordem= Hymenoptera 
2* Família = Formicidae 
3* Sub-família = Myrnicinae 
4* Tribo= Attin i 
5* Gênero = Atta , saúva e Acromyrmex, quenquém 
Organização da população por Castas 
Casta permanente 
Forma Sexuada: 
Uma fêmea sem asas, fundadora do formigueiro,(içá,tanajura ou rainha). 
Formas estéreis: 
Operárias menores , (jardineiras ou cultivadeira ) 
Operárias médias (cortadeiras ou carregadeiras) 
Operárias grandes (soldados ou cabeçudos) 
FORMA SEXUADA 
Cada formigueiro é povoado por uma única fêmea, conhecida como rainha, içá ou tanajura. Ela é a fundadora do 
sauveiro e responsável pelo desenvolvimento em termos da renovação e manutenção da população ativa, haja 
vista que a rainha é a única forma reprodutiva da colônia, medem de 20-25 mm, possuem abdome volumoso, 
chegando a viver 21 anos. 
FORMAS ESTÉREIS 
Com exceção da rainha, toda casta permanente é constituída de formas estéreis que se dividem em categorias, 
caracterizadas principalmente pelo tamanho e função desenvolvida pelo indivíduo dentro da colônia, podendo um 
sauveiro adulto possuir de 3,5 a 12 milhões de espécimes. 
6* Jardineiras : 
São a menores operárias do sauveiro, (+/- 2mm de comprimento), responsáveis pelo cultivo de fungo, mantendo 
- o livre da infestação de fungos saprófitas e impedindo que o cogumelo frutifique, (forme chapéu), vivem em 
média 30 a 60 dias.
7* Cortadeiras : 
Ou carregadeiras, possuem tamanho médio entre 4 e 7 mm, encarregam - se de cortar e transportar material 
vegetal para o sauveiro e chegam a suportar uma carga de 13 vezes o seu próprio peso, vivem em média, 60 a 90 
dias. 
8* Soldados : 
Ou cabeçudos, responsáveis pela defesa da colônia, e em condições adversas podem assumir as tarefas de corte 
e transporte de material vegetal para o sauveiro. Medem em média 11mm podendo chegar a 15 mm em Atta 
laevigata, vivem em média 90 a 120 dias. 
Casta Temporária 
Centenas a milhares de fêmeas aladas (içás ou tanajuras). 
Centenas a milhares de machos alados (bitus ou içás - bitus). 
São as fêmeas e os machos alados que ocorrem quando o sauveiro atinge a fase adulta, por volta de 38 meses. 
Estes permanecem pouco tempo no sauveiro, em torno de 4 meses e, por ocasião da revoada, saem para realizar o 
vôo nupcial onde, depois de fecundada, cada fêmea iniciará a formação de um novo sauveiro. A quantidade 
destes indivíduos em um sauveiro é em média 3000 fêmeas para 14000 machos. 
Organização social e suas funções: 
Formigueiro 
População permanente População Temporária 
Ápteros Alada / Sexuada 
Rainha Operárias Fêmeas Machos 
Icás/ 
Sexuada estéreis 
Tanajuras Bitus 
Jardineiras 
Generalistas 
Cortadeiras, Carregadeiras e Escoteiras 
Soldados 
Plantas Cortadas pelas saúvas e quenquéns 
As saúvas e quenquéns são consideradas polífagas, cortando vários tipos de plantas, mas não monófagas por se 
alimentarem basicamente do fungo que cultivam. 
Das plantas que estas formigas cortam, pode-se agrupá-las em monocotiledôneas, * plantas com folhas largas). 
Dentre as dicotiledôneas estão às plantas de citros, eucaliptos, acácias, soja, seringueira, entre outras. 
Dentre as monocotiledôneas estão às plantas de cana- de –açúcar, milho, gramas de pastagens, entre outras. 
Revoada ou vôo nupcial 
Fenômeno que acontece nos sauveiros adultos, a partir de três anos subseqüente, com a liberação de grande 
número de formigas sexuadas e aladas (içás e bitus). Após o vôo a fecundação das içás, o início da formação 
de novos sauveiros. Esta etapa se divide em duas fases distintas. 
Pré - revoada: 
Acontece de uma a cinco semanas antes da revoada e termina quando as formas aladas iniciam o vôo nupcial. É 
caracterizada pelo aspecto que se apresentam os canais logo abaixo dos mesmos, deixando - os limpos e de 
contornos bem delineados, estreitando - se na entrada. Próximo ao início da revoada propriamente dita e 
durante esta, nota - se um alvoroço muito grande das operárias e soldados. Estes ficam bastante agressivos, 
locomovem - se com rapidez e estão sempre prontos a atacar qualquer inimigo. 
Revoada 
Normalmente as primeiras içás surgem depois de já terem saído muitos bitus. 
Inicialmente as içás permanecem quase imóveis sobre o sauveiro e depois iniciam os vôos, utilizando - se de 
pontos mais elevados do terreno ou de arbustos próximos. Primeiramente uma fêmea levanta vôo, sendo seguida 
por vários bitus. 
Este fenômeno é acompanhado por outras fêmeas, em um ritmo cada vez mais freqüente, até se tornar continuo. A 
princípio, o vôo é vertical e a certa altura toma o sentido horizontal, rumo este quase sempre ditado pela
direção das correntes de ar. Cada içá é normalmente fecundada por mais de um bitu e acumula em sua 
espermateca, cerca de 300 milhões de espermatozóides. 
Após a fecundação a içá volta ao solo e escolhe um local para se instalar, de preferência livre de vegetação 
e com terra fofa. A revoada ocorre normalmente em dias claros, quentes e úmidos e pode acontecer que esta 
seja interrompida, caso ocorra algum fenômeno que possa afetar a sua realização. Neste caso as formas aladas 
voltam para o interior do sauveiro e transferem a mesma pra o dia seguinte, se este for princípio. 
Em MG, a revoada normalmente acontece a partir de outubro, podendo estender - se até dezembro. 
Sauveiro inicial 
Ao chegar ao solo a içá fecundada, livra - se das asas e passa a construir o seu sauveiro. Os machos não 
perdem as asas e morrem de exaustão no mesmo dia da realização da cópula. A içá passa então a escavar um 
canal vertical ou ligeiramente oblíquo, de aproximadamente 8 - 15 cm de profundidade por 9 - 12 mm de 
diâmetro. A partir daí, ela constrói a primeira do sauveiro, que possui dimensões aproximadas de 15 - 25 mm 
de altura por 30 - 45 mm de maior diâmetro e 27 - 40 mm de menor diâmetro. Com a terra retirada na construção 
da panela, a içá obstrui o canal. Esta tarefa de escavação dura de 6 a 10 horas ininterruptas de trabalho, e 
durante este período, a içá fica totalmente vulnerável aos seus inimigos naturais e condições climáticas 
adversas. Os sauveiros iniciais são facilmente perceptíveis, devido à presença de pelotinhas de terra em 
volta do canal construído, marcas estas, facilmente desfeitas se ocorrem chuvas. 
Chave para Identificação das Espécies de ATTA 
9* Atta sexdens rubropilosa (saúva limão) 
O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta) com ondulações, proporcionado pela deposição de terra solta pelas operárias. Este pode ser 
esparramado ou concentrado numa determinada área. Abaixo do murundu são construídas a câmaras de fungo e lixo. 
Corta principalmente as dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucaliptos. Já é provida de pelos rubros e quando esmagada exala odor 
semelhante ao de limão. 
Ocorre em quase todos os estados do Brasil. 
10* Atta laevigata(cabeça de vidro) 
O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta), convexo, proporcionado pela deposição de terra solta pelas operárias. 
Corta tanto as dicotiledôneas, como as plantas de Citros e Eucaliptos, quanto às monocotiledôneas como as plantas de cana-de-açúcar, milho e 
pastagens. 
A cabeça é brilhante e polida com pequena reentrância no ápice. 
Ocorre em quase todos os estados do Brasil. 
11*Atta capiguara (saúva parda) 
O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta) com ondulações semelhante ao da saúva limão e pequenos montes ao redor do monte 
maior. 
Corta principalmente monocotiledôneas como cana-de-açúcar, pastagens e milho, não causando danos econômicos em culturas de citros, 
eucaliptos, e outras dicotiledôneas. 
Cabeça com escultura grosseira de coloração parda e opaca. 
Ocorre em Sp, Ms, Mt, Go, Mg, e PR 
12* Atta capiguara ( saúva parda) 
O ninho possui o murundu (área de terra solta), com ondulações semelhantes ao de saúva limão e pequenos montes ao redor do monte maior. 
Corta principalmente monocotiledônea como plantas de cana-de-açúcar, pastagens, e milho, não causando danos econômicos em culturas de 
citros e eucalipto, e outras dicotiledôneas. 
Cabeça com escultura grosseira de coloração parada e opaca. 
Ocorrem em SP, MS, MT, GO, MG, e PR 
13* Atta bisphaerica (saúva mata pasto) 
O ninho possui o murundu pouco convexo e uniforme. 
Corta principalmente monocotiledôneas, como plantas de cana-de-açúcar e pastagens, não causando danos econômicos às dicotiledôneas, com 
as plantas de citros, eucalipto e outras. 
A cabeça é bem dividida com reentrância profunda. 
Ocorre nos Estados de SP, MG, RJ, MS. 
CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE A CROMYRMEX 
14* Acromyrmex balzani 
O ninho possui característico desta espécie de quenquém é constituído por um tubo de palha na superfície do solo, 
podendo não ocorrer algumas épocas do ano. Possui ainda um pequeno monte de terra solta distante, 50cm do 
orifício. 
Corta principalmente monocotiledôneas, como gramíneas utilizadas em pastagens, arroz e milho, não causando
danos em dicotiledôneas, como plantas de citros, eucalipto, entre outras. 
Cabeça desprovida de grandes espinhos, arredondada e fosca. 
Espinho lateral e pronotal mediano na forma de tubérculos (espinhos pequenos). 
Distribuição geográfica: em muitos Estados do Brasil, ex. RS, CS, SP, MG, RJ, ES, BA, SE, AC, MS, entre 
outros. 
15* Acromyrmex disciger 
O ninho possui parcialmente subterrâneos e cobertos com cisco e terra solta. 
Cortam principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, entre outros. 
Operária com grande quantidade de pêlos (pubescência). 
Distribuição geográfica: SC, PR, SO, MG, RJ, ES. 
16* Acromyrmex aspersus 
Ninho subterrâneo, parcialmente subterrâneo ou próximo do sistema radicular de plantas. 
Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, causando pouco dano com pequena 
desfolha. 
Espinhos mesonotais, anteriores longos e robustos, sendo levemente dirigidos para frente. 
Distribuição geográfica: RS, SC, SP, MS, BA, MG, ES, RJ, PR 
17* Acromyrmex coronatus 
Ninhos de cisco construídos sobre a árvore, na superfície do solo e eventualmente subterrâneos. 
Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, podendo causar consideráveis. 
Prejuízos em plantas novas. 
Operária maior com tonalidade mais escura no gáster que o restante do corpo. 
Espinho pronotal lateral mais longo que o mesonotal anterior e dirigido para frente e para os lados. 
Distribuição geográfica: PA, MS, SP, SC, SP, MG, ES, BA, DF. 
18* Acromyrmex rugosus 
Ninhos subterrâneos, próximos do sistema radicular das plantas com pequenas câmaras e pouca quantidade de 
terra solta próximo ao orifício. 
Cortam principalmente dicotiledôneas como plantas de citros e Eucaliptos. Pode causar danos em plantas novas 
com grande desfolha. 
Tubérculos do gáster dispostos em 4 séries longitudinais, olhos convexos. 
Espinho mesonotal anterior com base muito mais grossa que a dos espinhos pronotal lateral, que é pouco 
alongado e do mesmo tamanho mesonotal anterior. 
Distribuição geográfica: RS, SP, MG, BA, MS, PA, SE, entre outros. 
19* Acromyrmex subterraneus 
Ninho subterrâneo, com até 4 câmaras grandes e normalmente localizados próximo ao sistema radicular da 
planta. 
Cortam principalmente dicotiledôneas, como Citros, Eucalipto, entre outras. Pode causar sérios danos em 
plantas novas, proporcionando grande desfolha. 
Tubérculos do gáster +/- dispostos em 4 de série longitudinal e operária com olhos grandes e convexos. 
Espinho mesonotal anterior de espessura aproximadamente igual a do pronotal lateral, que é pouco alongado. 
Espinho mesonotal anterior inferior reto e dirigido para frente. 
Distribuição geográfica: AM, MT, RS, SP SC, SP, BA, ES, RJ, entre outros. 
20* Acromyrmex niger 
Ninhos subterrâneos 
Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar sérios danos em plantas 
novas proporcionando grande desfolha. 
Cabeça com um grande par de espinhos supra ocular pouco desenvolvido e olhos pequenos. 
Tubérculos do gáster dispostos em 4 de série longitudinais. 
Distribuição geográfica: basicamente, SP e ES. 
21* Acromyrmex laticepts 
Ninho subterrâneo, ou parcialmente subterrâneo coberto por cisco e terra solta. 
Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar sérios danos em plantas 
novas, proporcionando grande desfolha. 
Tubérculos do gáster desordenados e mais numerosos. 
Cabeça grande alargada, com os lobos muito arredondados e arestas do vértex ausentes ou vestigiais. 
Distribuição geográfica: AM, PA, MT, RO, BA, MG, SP, SP, SC, SP, RS, PR entre outros. 
22* Acromyrmex crassispinus 
Ninhos na superfície do solo coberto de folha, eventualmente subterrâneos. Corta principalmente 
dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar graves em plantas novas proporcionando grande 
desfolha. 
Tubérculos do gáster desordenados e numerosos. 
Espinho mesonotal anterior mais espesso e mais longo que os espinhos laterais. 
Cabeça pouco alargada, com aresta do vértex bem definidos. 
Distribuição geográfica: RS, SC, PR, SP, GO, MG, RJ. 
Danos e prejuízos ocasionados pelas formigas cortadeiras 
Devido á ocorrência generalizada de formigas cortadeiras em várias culturas presentes na América Tropical, 
ocasionando grandes perdas ao setor agrícola, pode-se considerá-las como pragas de importância econômica. 
Esta importância é estimada em cerca de US$ 1 bilhão de perdas, nas áreas de Agricultura, Silvicultura e 
Pecuária. 
Prejuízos em Reflorestamentos 
A estimativas de perdas em culturas de Pinus e Eucaliptos pode aproximar-se de 14%, considerando a densidade 
de 4 colônias/ha .
Isso baseando-se no fato de que uma colônia de formiga cortadeira , com 
mais de 3 anos de idade, consome ao redor de 01 tonelada de matéria vegetal fresca por ano, equivalente á 
perda de 86 árvores de eucaliptos. Dada a importância da formiga cortadeira em áreas de reflorestamento, 
emprega-se mais de 75% dos custos e tempo dedicado ao controle de pragas que ocorrem nesta cultura e cerca de 
30% dos gastos com a cultura até o final do ciclo. 
As formigas cortadeiras do gênero Acromyrmex, (quenquéns) também ocasionam expressivo prejuízos ao 
reflorestamento, sendo que em plantações de Eucaliptos, com 200 ninhos/há ocasiona perdas ao redor de 30%. 
Controle: 
Medição do Sauveiro 
Cálculo de dose: 
Medir o maior comprimento e a maior largura do monte de terra solta. Multiplicar a área de terra solta 
calculada por *10g de isca. (*variável de cada empresa, e/ou recomendações) 
Exemplo: 
Um sauveiro de comprimento de 6m por 5m de largura, tem área de terra igual á 30m². 
6 x 5= 30m² 
A dose de isca recomendada por metro quadrado de terra solta é de 10gr portanto a dose a ser aplicada é igual 
a 300g. 
30m² x 10g/m²= 300g de isca 
Formas de aplicação 
A isca deve ser distribuída nos carreiros ou trilhos, diretamente do dosador, sendo o costal ou ainda Micro 
porta isca(MIPIS). 
Precauções no ato da aplicação 
ISCAS GRANULADAS e MIPIS 
23* Não aplicar em dias chuvosos, ou com previsões de chuva. 
24* Não colocar as iscas sobre o solo úmido. 
25* Nunca armazenar juntamente com outros produtos químicos. 
26* Aplicar o produto nas horas mais frescas do dia. 
27* Nunca tocar as isca, ou MIPIS com as mãos, o cheiro,funciona como um "repelente", para as formigas. 
Outros métodos conhecidos 
28* PÓ SECO 
29* TERMONEBUZAÇÃO 
30* BROMETO DE METILA 
Procedimentos para uso correto de formicidas 
Todo Defensivo Agrícola deve ser usado de maneira segura para evitar danos ao usuário e ao meio ambiente. 
Para isso, deve-se proceder da seguinte maneira. 
31* A aquisição do produto deve ser feita somente com o Receituário Agronômico emitido por profissional legalmente habilitado. 
32* Transporte não deve ser feito com produtos alimentícios, ração animal, forragem ou materiais que se destinem à embalagem tais 
produtos. 
33* No veículo de transporte deve sempre haver um kit de emergência como EPI, sinalizadores e cordas para isolar o local, caso ocorra 
acidente. 
34* Armazenar os defensivos em local próprio, de fácil acesso e protegidos de ventos, mantendo - os longe de crianças, animais, máquinas 
e alimentos. 
35* O depósito deve ser inspecionado periodicamente para detectar possíveis falhas. 
36* A isca formicida não deve ser armazenada junto com outros produtos químicos para não prejudicar a atratividade. 
37* Durante o manuseio e/ou aplicação do produto, não é permitido fumar, beber e comer, pois contaminará o aplicador. 
38* Deve - se evitar contatos com pele, olhos e as roupas, prevenindo assim a contaminação. 
39* Pó ou partículas que se desprendem dos produtos não podem ser respirados, já que são tóxicos. 
40* Pessoas menores de idade não podem manusear ou aplicar o produto, conforme preconiza a legislação. 
41* A aplicação, só pode ser feita com equipamentos recomendados. 
42* Deve - se usar diariamente EPI's limpos, nunca reutiliza - los sem a devida descontaminação pela lavagem.
43* Após a aplicação não se deve comer ou beber sem antes tomar banho, para a retirada de possíveis resíduos tóxicos. 
44* Só pessoas treinadas devem aplicar o produto, pois são capazes de fazê - los com segurança, sem risco para elas, para terceiros e para 
o meio ambiente. 
45* As embalagens vazias, os EPI's descartáveis o resto de caldas de aplicação, os líquidos de lavagem dos equipamentos de aplicação e 
de proteção individual devem ser devidamente descartados, em áreas especiais na propriedade, com dimensões e topografia adequada, 
selecionada com a orientação de um engenheiro agrônomo. 
Classificação toxicológica dos defensivos agrícolas 
46* Classe I- tarja vermelha=> Extremamente t ó xico 
47* Classe II- tarja amarela => Altamente t ó xico 
48* Classe III- tarja azul => mediamente t ó xico 
49* Classe IV- tarja verde => pouco t ó xico 
EPI's necessários na aplicação de formicidas, e formulação em pó seco 
50* Macacão de mangas compridas 
51* Luvas de PVC 
52* Máscaras 
53* Viseiras 
54* Botas de borracha 
55* Chapéu 
EPI's necessários na aplicação de formicidas, iscas granuladas 
56* Botas ou botinas 
57* Luvas de PVC 
58* Calça e camisa de mangas curtas 
EPI's necessários na aplicação de formicidas, termonebulização 
59* Macacão 
60* Luvas de nitrila 
61* Boné 
62* Viseira 
63* Máscara 
64* Botas de borracha 
Fontes: 
*Biologia, danos e controle das formigas cortadeiras no Brasil 
**Guia prático de controle de saúvas e quenquéns 
***Folha Florestal 
Obs.: 
* Rhone - Poulenc Agro 
**Tec plus, Agroceres 
***Manejo de formigas cortadeiras 
_____________________________________________________________________________________________________________
Modelo de ação da isca formicida dentro de um formigueiro 
Transporte da isca e 
distribuição no Distribuição uniforme na colônia 
jardim de fungo 
Seguram os Pellets 
pendurados no 
jardim 
de fungo 
Em seguida lambem 
os Pellets antes que Início da ingestão de 
se tornem 
hidratados inseticida pelas operárias 
Os Pellets se 
tornam 
hidratados e as 
operárias retiram 
pequenos pedaços 
Inicio de 
incorporação 
06h após a oferta 
até 50 á 70% de operárias contaminadas 
18h, depois 
Do 3º ao 4º dia as 
operárias deixam de 
cortar. Grande 
mortali- Não se observa atividade 
dade de operárias e de formigas no campo. 
jardineiras. Não se constata folhas cortadas 
Após o 4º dia ocorre 
a 
desorganização da 
cultura de fungo 
A partir do 13º dia, 
somente a rainha 
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viva, e pode viver 
até 
40 dias.
Manual formigas

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Manual formigas

  • 1. _______________________________________________________________________________________ Como identificar as formigas cortadeiras SAÚVAS: As saúvas possuem espinhos na região dorsal, em número de 03 pares facilmente visíveis com auxílio de lupa. Estes insetos apresentam coloração variável, mas em geral são maiores que as quenquéns. QUENQUÉNS: As quenquéns também possuem espinhos na região dorsal, em número de 04 pares, também facilmente visíveis com auxílio de lupa. Estes insetos apresentam coloração e tamanho variável mas em geral são menores que as saúvas. NINHOS A arquitetura externa do ninho é utilizada para identificar as saúvas e quenquéns. O ninho inicial de ATTA(saúvas) é identificada pela presença de um orifício circundado por pequenas esferas de terra que a içá retira do solo na construção do ninho. O ninho novo e adulto de alguns Acromyrmex (quenquéns) são diferentes dos ninhos iniciais de saúva por apresentarem pequenos grânulos de terra solta, distante e numa posição lateral ao orifício de entrada do mesmo. Ninhos mais velhos de Atta são formados por grande quantidade de terra solta, atingindo área maior que 100m². Ninhos de Acromyrmex podem ser formados por pequenas quantidades de terra solta quando comparada á saúva, ou somente por material seco (palha) sob o qual estão as panelas de fungo. Arquitetura Interna Ninhos pequenos O ninho inicial de Atta é pouco profundo, entre 15 e 25 cm. Tem poucas câmaras de fungo e jogam lixo sobre o monte de terra solta. O ninho inicial de Acromyrmex é muito superficial com até 10 cm de profundidade. Ninhos Grandes Ninhos de Atta, mais desenvolvidos,apresentam grandes dimensões, com até 8.000 câmaras de fungo alcançando 7m de profundidade. Constroem câmaras para cultivar fungo e depositar lixo, com formato e dimensão peculiares á cada espécie. Ninhos de Acromyrmex são pouco profundos quando comparado aos de Atta atingindo ao redor de 1,40m com cerca de 06 câmaras de fungo em algumas espécies, sendo menores do que as saúvas. Como são as Formigas s saúvas e quenquéns são insetos que possuem metamorfose completa, com as fases de ovo, larva, pupa e adulto. A Tanto em Atta quanto em Acromyrmex, os adultos são agrupados em diferentes tamanhos, constituindo diferentes tamanhos, diferentes castas que desempenham funções específicas na colônia, como cuidar do fungo, forragear ou garantir a segurança da colônia. Em Atta a casta é composta por operárias com tamanho de 02 a 15mm, com funções específicas sendo as menores responsáveis pela manutenção do fungo, as médias pelo forrageamento, e as maiores pelo patrulhamento da colônia. Em Acromyrmex há diferenciação menor quanto ao tamanho da operária, com diferentes castas realizando funções comuns. Classificação do inseto 0* Classe= Insecta 1* Ordem= Hymenoptera 2* Família = Formicidae 3* Sub-família = Myrnicinae 4* Tribo= Attin i 5* Gênero = Atta , saúva e Acromyrmex, quenquém Organização da população por Castas Casta permanente Forma Sexuada: Uma fêmea sem asas, fundadora do formigueiro,(içá,tanajura ou rainha). Formas estéreis: Operárias menores , (jardineiras ou cultivadeira ) Operárias médias (cortadeiras ou carregadeiras) Operárias grandes (soldados ou cabeçudos) FORMA SEXUADA Cada formigueiro é povoado por uma única fêmea, conhecida como rainha, içá ou tanajura. Ela é a fundadora do sauveiro e responsável pelo desenvolvimento em termos da renovação e manutenção da população ativa, haja vista que a rainha é a única forma reprodutiva da colônia, medem de 20-25 mm, possuem abdome volumoso, chegando a viver 21 anos. FORMAS ESTÉREIS Com exceção da rainha, toda casta permanente é constituída de formas estéreis que se dividem em categorias, caracterizadas principalmente pelo tamanho e função desenvolvida pelo indivíduo dentro da colônia, podendo um sauveiro adulto possuir de 3,5 a 12 milhões de espécimes. 6* Jardineiras : São a menores operárias do sauveiro, (+/- 2mm de comprimento), responsáveis pelo cultivo de fungo, mantendo - o livre da infestação de fungos saprófitas e impedindo que o cogumelo frutifique, (forme chapéu), vivem em média 30 a 60 dias.
  • 2. 7* Cortadeiras : Ou carregadeiras, possuem tamanho médio entre 4 e 7 mm, encarregam - se de cortar e transportar material vegetal para o sauveiro e chegam a suportar uma carga de 13 vezes o seu próprio peso, vivem em média, 60 a 90 dias. 8* Soldados : Ou cabeçudos, responsáveis pela defesa da colônia, e em condições adversas podem assumir as tarefas de corte e transporte de material vegetal para o sauveiro. Medem em média 11mm podendo chegar a 15 mm em Atta laevigata, vivem em média 90 a 120 dias. Casta Temporária Centenas a milhares de fêmeas aladas (içás ou tanajuras). Centenas a milhares de machos alados (bitus ou içás - bitus). São as fêmeas e os machos alados que ocorrem quando o sauveiro atinge a fase adulta, por volta de 38 meses. Estes permanecem pouco tempo no sauveiro, em torno de 4 meses e, por ocasião da revoada, saem para realizar o vôo nupcial onde, depois de fecundada, cada fêmea iniciará a formação de um novo sauveiro. A quantidade destes indivíduos em um sauveiro é em média 3000 fêmeas para 14000 machos. Organização social e suas funções: Formigueiro População permanente População Temporária Ápteros Alada / Sexuada Rainha Operárias Fêmeas Machos Icás/ Sexuada estéreis Tanajuras Bitus Jardineiras Generalistas Cortadeiras, Carregadeiras e Escoteiras Soldados Plantas Cortadas pelas saúvas e quenquéns As saúvas e quenquéns são consideradas polífagas, cortando vários tipos de plantas, mas não monófagas por se alimentarem basicamente do fungo que cultivam. Das plantas que estas formigas cortam, pode-se agrupá-las em monocotiledôneas, * plantas com folhas largas). Dentre as dicotiledôneas estão às plantas de citros, eucaliptos, acácias, soja, seringueira, entre outras. Dentre as monocotiledôneas estão às plantas de cana- de –açúcar, milho, gramas de pastagens, entre outras. Revoada ou vôo nupcial Fenômeno que acontece nos sauveiros adultos, a partir de três anos subseqüente, com a liberação de grande número de formigas sexuadas e aladas (içás e bitus). Após o vôo a fecundação das içás, o início da formação de novos sauveiros. Esta etapa se divide em duas fases distintas. Pré - revoada: Acontece de uma a cinco semanas antes da revoada e termina quando as formas aladas iniciam o vôo nupcial. É caracterizada pelo aspecto que se apresentam os canais logo abaixo dos mesmos, deixando - os limpos e de contornos bem delineados, estreitando - se na entrada. Próximo ao início da revoada propriamente dita e durante esta, nota - se um alvoroço muito grande das operárias e soldados. Estes ficam bastante agressivos, locomovem - se com rapidez e estão sempre prontos a atacar qualquer inimigo. Revoada Normalmente as primeiras içás surgem depois de já terem saído muitos bitus. Inicialmente as içás permanecem quase imóveis sobre o sauveiro e depois iniciam os vôos, utilizando - se de pontos mais elevados do terreno ou de arbustos próximos. Primeiramente uma fêmea levanta vôo, sendo seguida por vários bitus. Este fenômeno é acompanhado por outras fêmeas, em um ritmo cada vez mais freqüente, até se tornar continuo. A princípio, o vôo é vertical e a certa altura toma o sentido horizontal, rumo este quase sempre ditado pela
  • 3. direção das correntes de ar. Cada içá é normalmente fecundada por mais de um bitu e acumula em sua espermateca, cerca de 300 milhões de espermatozóides. Após a fecundação a içá volta ao solo e escolhe um local para se instalar, de preferência livre de vegetação e com terra fofa. A revoada ocorre normalmente em dias claros, quentes e úmidos e pode acontecer que esta seja interrompida, caso ocorra algum fenômeno que possa afetar a sua realização. Neste caso as formas aladas voltam para o interior do sauveiro e transferem a mesma pra o dia seguinte, se este for princípio. Em MG, a revoada normalmente acontece a partir de outubro, podendo estender - se até dezembro. Sauveiro inicial Ao chegar ao solo a içá fecundada, livra - se das asas e passa a construir o seu sauveiro. Os machos não perdem as asas e morrem de exaustão no mesmo dia da realização da cópula. A içá passa então a escavar um canal vertical ou ligeiramente oblíquo, de aproximadamente 8 - 15 cm de profundidade por 9 - 12 mm de diâmetro. A partir daí, ela constrói a primeira do sauveiro, que possui dimensões aproximadas de 15 - 25 mm de altura por 30 - 45 mm de maior diâmetro e 27 - 40 mm de menor diâmetro. Com a terra retirada na construção da panela, a içá obstrui o canal. Esta tarefa de escavação dura de 6 a 10 horas ininterruptas de trabalho, e durante este período, a içá fica totalmente vulnerável aos seus inimigos naturais e condições climáticas adversas. Os sauveiros iniciais são facilmente perceptíveis, devido à presença de pelotinhas de terra em volta do canal construído, marcas estas, facilmente desfeitas se ocorrem chuvas. Chave para Identificação das Espécies de ATTA 9* Atta sexdens rubropilosa (saúva limão) O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta) com ondulações, proporcionado pela deposição de terra solta pelas operárias. Este pode ser esparramado ou concentrado numa determinada área. Abaixo do murundu são construídas a câmaras de fungo e lixo. Corta principalmente as dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucaliptos. Já é provida de pelos rubros e quando esmagada exala odor semelhante ao de limão. Ocorre em quase todos os estados do Brasil. 10* Atta laevigata(cabeça de vidro) O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta), convexo, proporcionado pela deposição de terra solta pelas operárias. Corta tanto as dicotiledôneas, como as plantas de Citros e Eucaliptos, quanto às monocotiledôneas como as plantas de cana-de-açúcar, milho e pastagens. A cabeça é brilhante e polida com pequena reentrância no ápice. Ocorre em quase todos os estados do Brasil. 11*Atta capiguara (saúva parda) O ninho adulto possui o murundu (área de terra solta) com ondulações semelhante ao da saúva limão e pequenos montes ao redor do monte maior. Corta principalmente monocotiledôneas como cana-de-açúcar, pastagens e milho, não causando danos econômicos em culturas de citros, eucaliptos, e outras dicotiledôneas. Cabeça com escultura grosseira de coloração parda e opaca. Ocorre em Sp, Ms, Mt, Go, Mg, e PR 12* Atta capiguara ( saúva parda) O ninho possui o murundu (área de terra solta), com ondulações semelhantes ao de saúva limão e pequenos montes ao redor do monte maior. Corta principalmente monocotiledônea como plantas de cana-de-açúcar, pastagens, e milho, não causando danos econômicos em culturas de citros e eucalipto, e outras dicotiledôneas. Cabeça com escultura grosseira de coloração parada e opaca. Ocorrem em SP, MS, MT, GO, MG, e PR 13* Atta bisphaerica (saúva mata pasto) O ninho possui o murundu pouco convexo e uniforme. Corta principalmente monocotiledôneas, como plantas de cana-de-açúcar e pastagens, não causando danos econômicos às dicotiledôneas, com as plantas de citros, eucalipto e outras. A cabeça é bem dividida com reentrância profunda. Ocorre nos Estados de SP, MG, RJ, MS. CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE A CROMYRMEX 14* Acromyrmex balzani O ninho possui característico desta espécie de quenquém é constituído por um tubo de palha na superfície do solo, podendo não ocorrer algumas épocas do ano. Possui ainda um pequeno monte de terra solta distante, 50cm do orifício. Corta principalmente monocotiledôneas, como gramíneas utilizadas em pastagens, arroz e milho, não causando
  • 4. danos em dicotiledôneas, como plantas de citros, eucalipto, entre outras. Cabeça desprovida de grandes espinhos, arredondada e fosca. Espinho lateral e pronotal mediano na forma de tubérculos (espinhos pequenos). Distribuição geográfica: em muitos Estados do Brasil, ex. RS, CS, SP, MG, RJ, ES, BA, SE, AC, MS, entre outros. 15* Acromyrmex disciger O ninho possui parcialmente subterrâneos e cobertos com cisco e terra solta. Cortam principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, entre outros. Operária com grande quantidade de pêlos (pubescência). Distribuição geográfica: SC, PR, SO, MG, RJ, ES. 16* Acromyrmex aspersus Ninho subterrâneo, parcialmente subterrâneo ou próximo do sistema radicular de plantas. Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, causando pouco dano com pequena desfolha. Espinhos mesonotais, anteriores longos e robustos, sendo levemente dirigidos para frente. Distribuição geográfica: RS, SC, SP, MS, BA, MG, ES, RJ, PR 17* Acromyrmex coronatus Ninhos de cisco construídos sobre a árvore, na superfície do solo e eventualmente subterrâneos. Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros, Eucalipto, podendo causar consideráveis. Prejuízos em plantas novas. Operária maior com tonalidade mais escura no gáster que o restante do corpo. Espinho pronotal lateral mais longo que o mesonotal anterior e dirigido para frente e para os lados. Distribuição geográfica: PA, MS, SP, SC, SP, MG, ES, BA, DF. 18* Acromyrmex rugosus Ninhos subterrâneos, próximos do sistema radicular das plantas com pequenas câmaras e pouca quantidade de terra solta próximo ao orifício. Cortam principalmente dicotiledôneas como plantas de citros e Eucaliptos. Pode causar danos em plantas novas com grande desfolha. Tubérculos do gáster dispostos em 4 séries longitudinais, olhos convexos. Espinho mesonotal anterior com base muito mais grossa que a dos espinhos pronotal lateral, que é pouco alongado e do mesmo tamanho mesonotal anterior. Distribuição geográfica: RS, SP, MG, BA, MS, PA, SE, entre outros. 19* Acromyrmex subterraneus Ninho subterrâneo, com até 4 câmaras grandes e normalmente localizados próximo ao sistema radicular da planta. Cortam principalmente dicotiledôneas, como Citros, Eucalipto, entre outras. Pode causar sérios danos em plantas novas, proporcionando grande desfolha. Tubérculos do gáster +/- dispostos em 4 de série longitudinal e operária com olhos grandes e convexos. Espinho mesonotal anterior de espessura aproximadamente igual a do pronotal lateral, que é pouco alongado. Espinho mesonotal anterior inferior reto e dirigido para frente. Distribuição geográfica: AM, MT, RS, SP SC, SP, BA, ES, RJ, entre outros. 20* Acromyrmex niger Ninhos subterrâneos Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar sérios danos em plantas novas proporcionando grande desfolha. Cabeça com um grande par de espinhos supra ocular pouco desenvolvido e olhos pequenos. Tubérculos do gáster dispostos em 4 de série longitudinais. Distribuição geográfica: basicamente, SP e ES. 21* Acromyrmex laticepts Ninho subterrâneo, ou parcialmente subterrâneo coberto por cisco e terra solta. Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar sérios danos em plantas novas, proporcionando grande desfolha. Tubérculos do gáster desordenados e mais numerosos. Cabeça grande alargada, com os lobos muito arredondados e arestas do vértex ausentes ou vestigiais. Distribuição geográfica: AM, PA, MT, RO, BA, MG, SP, SP, SC, SP, RS, PR entre outros. 22* Acromyrmex crassispinus Ninhos na superfície do solo coberto de folha, eventualmente subterrâneos. Corta principalmente dicotiledôneas, como plantas de Citros e Eucalipto. Pode causar graves em plantas novas proporcionando grande desfolha. Tubérculos do gáster desordenados e numerosos. Espinho mesonotal anterior mais espesso e mais longo que os espinhos laterais. Cabeça pouco alargada, com aresta do vértex bem definidos. Distribuição geográfica: RS, SC, PR, SP, GO, MG, RJ. Danos e prejuízos ocasionados pelas formigas cortadeiras Devido á ocorrência generalizada de formigas cortadeiras em várias culturas presentes na América Tropical, ocasionando grandes perdas ao setor agrícola, pode-se considerá-las como pragas de importância econômica. Esta importância é estimada em cerca de US$ 1 bilhão de perdas, nas áreas de Agricultura, Silvicultura e Pecuária. Prejuízos em Reflorestamentos A estimativas de perdas em culturas de Pinus e Eucaliptos pode aproximar-se de 14%, considerando a densidade de 4 colônias/ha .
  • 5. Isso baseando-se no fato de que uma colônia de formiga cortadeira , com mais de 3 anos de idade, consome ao redor de 01 tonelada de matéria vegetal fresca por ano, equivalente á perda de 86 árvores de eucaliptos. Dada a importância da formiga cortadeira em áreas de reflorestamento, emprega-se mais de 75% dos custos e tempo dedicado ao controle de pragas que ocorrem nesta cultura e cerca de 30% dos gastos com a cultura até o final do ciclo. As formigas cortadeiras do gênero Acromyrmex, (quenquéns) também ocasionam expressivo prejuízos ao reflorestamento, sendo que em plantações de Eucaliptos, com 200 ninhos/há ocasiona perdas ao redor de 30%. Controle: Medição do Sauveiro Cálculo de dose: Medir o maior comprimento e a maior largura do monte de terra solta. Multiplicar a área de terra solta calculada por *10g de isca. (*variável de cada empresa, e/ou recomendações) Exemplo: Um sauveiro de comprimento de 6m por 5m de largura, tem área de terra igual á 30m². 6 x 5= 30m² A dose de isca recomendada por metro quadrado de terra solta é de 10gr portanto a dose a ser aplicada é igual a 300g. 30m² x 10g/m²= 300g de isca Formas de aplicação A isca deve ser distribuída nos carreiros ou trilhos, diretamente do dosador, sendo o costal ou ainda Micro porta isca(MIPIS). Precauções no ato da aplicação ISCAS GRANULADAS e MIPIS 23* Não aplicar em dias chuvosos, ou com previsões de chuva. 24* Não colocar as iscas sobre o solo úmido. 25* Nunca armazenar juntamente com outros produtos químicos. 26* Aplicar o produto nas horas mais frescas do dia. 27* Nunca tocar as isca, ou MIPIS com as mãos, o cheiro,funciona como um "repelente", para as formigas. Outros métodos conhecidos 28* PÓ SECO 29* TERMONEBUZAÇÃO 30* BROMETO DE METILA Procedimentos para uso correto de formicidas Todo Defensivo Agrícola deve ser usado de maneira segura para evitar danos ao usuário e ao meio ambiente. Para isso, deve-se proceder da seguinte maneira. 31* A aquisição do produto deve ser feita somente com o Receituário Agronômico emitido por profissional legalmente habilitado. 32* Transporte não deve ser feito com produtos alimentícios, ração animal, forragem ou materiais que se destinem à embalagem tais produtos. 33* No veículo de transporte deve sempre haver um kit de emergência como EPI, sinalizadores e cordas para isolar o local, caso ocorra acidente. 34* Armazenar os defensivos em local próprio, de fácil acesso e protegidos de ventos, mantendo - os longe de crianças, animais, máquinas e alimentos. 35* O depósito deve ser inspecionado periodicamente para detectar possíveis falhas. 36* A isca formicida não deve ser armazenada junto com outros produtos químicos para não prejudicar a atratividade. 37* Durante o manuseio e/ou aplicação do produto, não é permitido fumar, beber e comer, pois contaminará o aplicador. 38* Deve - se evitar contatos com pele, olhos e as roupas, prevenindo assim a contaminação. 39* Pó ou partículas que se desprendem dos produtos não podem ser respirados, já que são tóxicos. 40* Pessoas menores de idade não podem manusear ou aplicar o produto, conforme preconiza a legislação. 41* A aplicação, só pode ser feita com equipamentos recomendados. 42* Deve - se usar diariamente EPI's limpos, nunca reutiliza - los sem a devida descontaminação pela lavagem.
  • 6. 43* Após a aplicação não se deve comer ou beber sem antes tomar banho, para a retirada de possíveis resíduos tóxicos. 44* Só pessoas treinadas devem aplicar o produto, pois são capazes de fazê - los com segurança, sem risco para elas, para terceiros e para o meio ambiente. 45* As embalagens vazias, os EPI's descartáveis o resto de caldas de aplicação, os líquidos de lavagem dos equipamentos de aplicação e de proteção individual devem ser devidamente descartados, em áreas especiais na propriedade, com dimensões e topografia adequada, selecionada com a orientação de um engenheiro agrônomo. Classificação toxicológica dos defensivos agrícolas 46* Classe I- tarja vermelha=> Extremamente t ó xico 47* Classe II- tarja amarela => Altamente t ó xico 48* Classe III- tarja azul => mediamente t ó xico 49* Classe IV- tarja verde => pouco t ó xico EPI's necessários na aplicação de formicidas, e formulação em pó seco 50* Macacão de mangas compridas 51* Luvas de PVC 52* Máscaras 53* Viseiras 54* Botas de borracha 55* Chapéu EPI's necessários na aplicação de formicidas, iscas granuladas 56* Botas ou botinas 57* Luvas de PVC 58* Calça e camisa de mangas curtas EPI's necessários na aplicação de formicidas, termonebulização 59* Macacão 60* Luvas de nitrila 61* Boné 62* Viseira 63* Máscara 64* Botas de borracha Fontes: *Biologia, danos e controle das formigas cortadeiras no Brasil **Guia prático de controle de saúvas e quenquéns ***Folha Florestal Obs.: * Rhone - Poulenc Agro **Tec plus, Agroceres ***Manejo de formigas cortadeiras _____________________________________________________________________________________________________________
  • 7. Modelo de ação da isca formicida dentro de um formigueiro Transporte da isca e distribuição no Distribuição uniforme na colônia jardim de fungo Seguram os Pellets pendurados no jardim de fungo Em seguida lambem os Pellets antes que Início da ingestão de se tornem hidratados inseticida pelas operárias Os Pellets se tornam hidratados e as operárias retiram pequenos pedaços Inicio de incorporação 06h após a oferta até 50 á 70% de operárias contaminadas 18h, depois Do 3º ao 4º dia as operárias deixam de cortar. Grande mortali- Não se observa atividade dade de operárias e de formigas no campo. jardineiras. Não se constata folhas cortadas Após o 4º dia ocorre a desorganização da cultura de fungo A partir do 13º dia, somente a rainha está viva, e pode viver até 40 dias.