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A LENDA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
A HISTÓRIA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
No início do século XIX chegou ao porto de Imbetiba em Macaé
um escravo moçambicano, baixo, corcunda, manco da perna esquerda,
com o nome de Carukango. Ficou conhecido no navio por seus dotes de
líder espiritual, ou nos dizeres da época: feiticeiro.
Carukango foi vendido ao fazendeiro Francisco Pinto, cuja
família era muito numerosa e poderosa na região. As suas fazendas
ficavam na Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita,
atualmente parte do município de Macaé, que na época pertencia à
cidade de Cabo Frio.
O QUILOMBO
O Quilombo de Carukango era um desses agrupamentos que
ameaçavam a ordem da Colônia. Situava-se mais precisamente num platô
localizado na Serra do Deitado, entre Macaé e Conceição de Macabu.
Constituindo-se em uma das maiores comunidades quilombolas do Estado
do Rio de Janeiro, o quilombo desenvolvia diversas atividades agrícolas,
além da caça e da pesca.
E resistiu por mais de 2 décadas.
MORTE DE CARUKANGO
Existem duas versões sobre a morte de Carukango e a
destruição do Quilombo .
Versão mais popular
A mais conhecida, e que muitos historiadores garantem se
tratar de uma lenda, conta que, ao chegar no Quilombo de
Carukando o coronel Antônio Coelho Antão de Vasconcellos e seus
soldados se depararam com centenas de escravos, armados de
foices, lanças e algumas armas de fogo, prontos para se
defenderem.
Ao perceber a luta desproporcional que havia iniciado,
Carukango surge no meio de todos, paralisando a briga. Usando um
manto branco religioso e com um crucifixo no peito, se aproximou do
grupo invasor dando a entender que ia se render mas, de repente,
sacou uma pistola que estava escondida embaixo do manto e dispara
contra o filho mais novo de Francisco Pinto. Imediatamente
Carukango foi linchado e ao ver o seu líder morto, os quilombolas
que não haviam sido atingidos se suicidaram, jogando-se dos
penhascos.
VERSÃO DOS HISTORIADORES
A versão dos historiadores, que tem como base o documento
intitulado “Livro de Registros de Óbitos da Freguesia de Nossa Senhora
das Neves e Santa Rita/1808-1847″, no relato do Vigário João
Bernardo da Costa Resende, o ataque ao ”Quilombo do pé do Rio
Macabú” ocorreu no dia 01/04/1831, uma Sexta Feira Santa.
Ele conta que, Carukango negociou a sua rendição, dizendo aos
soldados que se entregaria em troca de pouparem a sua vida e de seus
companheiros do quilombo.
O comandante deu sua palavra, aceitando os termos da negociação e
após todos se entregarem, o soldado José Nunes do Barreto atirou no líder
quilombola, quando Carukango caiu de joelhos, outro soldado atirou pelas
costas matando-o. Após os combates, todos os guerreiros ainda vivos foram
degolados e seus corpos atirados nos penhascos, junto com mortos e feridos.
Somente as mulheres foram poupadas e devolvidas aos seus donos.
O grande quilombo e todas as plantações foram queimados.
E Carukango, teve seu corpo retalhado e exposto nas fazendas da região.
Sua cabeça foi espetada numa lança e colocada na estrada de maior
movimento até a sua completa decomposição para que servisse de exemplo
aos demais escravos.
Referências Bibliográficas:http://macaetips.com/carukango-o-principe-quilombola-de-macae/
http://acervo.avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/o-quilombo-de-carukango
https://averdade.org.br/2012/12/carukango-negro-e-guerreiro/
Curiosidades: Alunos do Colégio Municipal Ivete Santana Drumond de
Aguiar, situado no Frade (Macaé), sob a coordenação da professora Rossana
Nunes em 2013 lançaram o livro : “O quilombo do Carucango” uma obra produzida
por cerca de 50 alunos dos 6º e 8º anos.
*Carukango é homenageado em Conceição de Macabu com nome de uma localidade,
um rio e uma serra. Já no município de Macaé com o nome de uma rua.

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A Lenda do Quilombo de Carukango

  • 1. A LENDA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
  • 2. A HISTÓRIA DO QUILOMBO DE CARUKANGO No início do século XIX chegou ao porto de Imbetiba em Macaé um escravo moçambicano, baixo, corcunda, manco da perna esquerda, com o nome de Carukango. Ficou conhecido no navio por seus dotes de líder espiritual, ou nos dizeres da época: feiticeiro. Carukango foi vendido ao fazendeiro Francisco Pinto, cuja família era muito numerosa e poderosa na região. As suas fazendas ficavam na Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita, atualmente parte do município de Macaé, que na época pertencia à cidade de Cabo Frio.
  • 3. O QUILOMBO O Quilombo de Carukango era um desses agrupamentos que ameaçavam a ordem da Colônia. Situava-se mais precisamente num platô localizado na Serra do Deitado, entre Macaé e Conceição de Macabu. Constituindo-se em uma das maiores comunidades quilombolas do Estado do Rio de Janeiro, o quilombo desenvolvia diversas atividades agrícolas, além da caça e da pesca. E resistiu por mais de 2 décadas.
  • 4. MORTE DE CARUKANGO Existem duas versões sobre a morte de Carukango e a destruição do Quilombo . Versão mais popular A mais conhecida, e que muitos historiadores garantem se tratar de uma lenda, conta que, ao chegar no Quilombo de Carukando o coronel Antônio Coelho Antão de Vasconcellos e seus soldados se depararam com centenas de escravos, armados de foices, lanças e algumas armas de fogo, prontos para se defenderem.
  • 5. Ao perceber a luta desproporcional que havia iniciado, Carukango surge no meio de todos, paralisando a briga. Usando um manto branco religioso e com um crucifixo no peito, se aproximou do grupo invasor dando a entender que ia se render mas, de repente, sacou uma pistola que estava escondida embaixo do manto e dispara contra o filho mais novo de Francisco Pinto. Imediatamente Carukango foi linchado e ao ver o seu líder morto, os quilombolas que não haviam sido atingidos se suicidaram, jogando-se dos penhascos.
  • 6. VERSÃO DOS HISTORIADORES A versão dos historiadores, que tem como base o documento intitulado “Livro de Registros de Óbitos da Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita/1808-1847″, no relato do Vigário João Bernardo da Costa Resende, o ataque ao ”Quilombo do pé do Rio Macabú” ocorreu no dia 01/04/1831, uma Sexta Feira Santa. Ele conta que, Carukango negociou a sua rendição, dizendo aos soldados que se entregaria em troca de pouparem a sua vida e de seus companheiros do quilombo.
  • 7. O comandante deu sua palavra, aceitando os termos da negociação e após todos se entregarem, o soldado José Nunes do Barreto atirou no líder quilombola, quando Carukango caiu de joelhos, outro soldado atirou pelas costas matando-o. Após os combates, todos os guerreiros ainda vivos foram degolados e seus corpos atirados nos penhascos, junto com mortos e feridos. Somente as mulheres foram poupadas e devolvidas aos seus donos. O grande quilombo e todas as plantações foram queimados. E Carukango, teve seu corpo retalhado e exposto nas fazendas da região. Sua cabeça foi espetada numa lança e colocada na estrada de maior movimento até a sua completa decomposição para que servisse de exemplo aos demais escravos.
  • 8. Referências Bibliográficas:http://macaetips.com/carukango-o-principe-quilombola-de-macae/ http://acervo.avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/o-quilombo-de-carukango https://averdade.org.br/2012/12/carukango-negro-e-guerreiro/ Curiosidades: Alunos do Colégio Municipal Ivete Santana Drumond de Aguiar, situado no Frade (Macaé), sob a coordenação da professora Rossana Nunes em 2013 lançaram o livro : “O quilombo do Carucango” uma obra produzida por cerca de 50 alunos dos 6º e 8º anos. *Carukango é homenageado em Conceição de Macabu com nome de uma localidade, um rio e uma serra. Já no município de Macaé com o nome de uma rua.