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AS TICS COMO FATOR DE INOVAÇÕES E MELHORIA DA
QUALIDADE DE ENSINO

ANDRÉ AUGUSTO PAVAN
MARIA REJANE DA SILVA
PÉTIRA MARIA FERREIRA DOS SANTOS
SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

O termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) refere-se à
conjugação da tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das
telecomunicações. Quando estas tecnologias são usadas para fins educativos,
nomeadamente para apoiar e melhorar a aprendizagem dos alunos e desenvolver
ambientes de aprendizagens, podemos considerar as TICs como um subdomínio
da Tecnologia Educativa, O objetivo das TICs é de apoiar os professores e os
estudantes a iniciar ou melhorar as suas competências e conhecimentos nesta
área, desenvolver atitudes positivas face ao computador e à Internet e diminuir a
ansiedade face ao seu uso e aprendizagem. A educação tecnológica não é uma
disciplina técnica, é necessário mostrar como as tecnologias criam novos mundos,
para o bem e para o mal e os efeitos econômicos, sociais e psicológicos e ainda de
como elas refizeram o mundo e continuam a refazê-lo.

As tecnologias de ensino e aprendizagem e as razões

A primeira razão: vários estudos têm revelado que a maioria dos
professores consideram que os principais obstáculos ao uso das tecnologias nas
práticas pedagógicas são a falta de recursos e de formação.

A segunda razão: a integração inovadora das tecnologias exigem um
esforço de reflexão e de modificação de concepções e práticas de ensino, que
grande parte dos professores não está disponível para fazer. Esses aspectos são
tarefas fáceis, é necessário esforço, persistência e empenhamento. O problema
reside em que alguns professores têm uma concepção sobre os processos que
determinam

a

aprendizagem

e

a

construção

de

conhecimento

e
1
concomitantemente do uso das tecnologias no ato de ensinar e aprender. Pensam
que é suficiente colocar os computadores com algum software ligados à Internet
nas salas de aula que os alunos vão aprender e as práticas se vão alterar.

Essas tecnologias desenvolvem atividades desafiadoras e criativas, que
explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pela tecnologia. E para isto é
necessário que os professores as usem com os alunos como novos formalismos
para tratar e representar a informação, para apoiar os alunos a construir
conhecimento significativo, para desenvolver projetos, integrando e acrescentando
criativamente as novas tecnologias.

A investigação no âmbito da tecnologia educativa

O uso de tecnologias na escola pública brasileira foi iniciado timidamente
com projetos pilotos em escolas no final dos anos 80 do século XX. Nesses
projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades
disciplinares e muitas outras eram extracurriculares e aconteciam em horários
diferentes daqueles em que os alunos freqüentavam a escola.

É necessário que os professores as usem com os alunos como novos
formalismos para tratar e representar a informação, para apoiar os alunos a
construir conhecimento significativo, para desenvolver projetos, integrando e não
acrescentando criativamente as novas tecnologias.

Se o professor dominar estas novas ferramentas poderá apoiar os alunos a
explorar as potencialidades destes novos sistemas de tratamento e representação
da informação. A escrita pode exprimir‑se de um modo mais flexível e prático
quando se usa a tecnologia. As mudanças nos modos de aprender e de organizar
cognitivamente a informação não serão visíveis de imediato, pois todos os
processos de mudança mental são lentos, levam gerações. Uma aprendizagem
tecnológica implica que os novos conhecimentos são adquiridos com base nas
aprendizagens desenvolvidas através de estratégias de aprendizagem de modo a
adquirirem hábitos de estudo e de trabalho intelectual, e ainda padrões de correção
próprios.
2
Todas as disciplinas exigem este saber prévio da tecnologia. Há, contudo,
algumas que são mais cumulativas do que outras.O principal problema parece
advir da dificuldade em modificar as concepções que os alunos desenvolveram
para explicar diferentes fenômenos, antes de iniciar o seu estudo científico. Estes
conceitos espontâneos estão muitas vezes em contradição com os aceites pela
comunidade científica e, na maioria das vezes, dificultam mais do que facilitam a
aprendizagem. Segundo o autor Lemos 2005 a tecnologia traz a motivação para
os alunos alcançar os objetivos, garantindo uma maior capacidade de vencer os
obstáculos que se encontram em qualquer processo de aprendizagem.

É importante introduzir os computadores e a Internet nas escolas para se
começarem a obter resultados positivos na aprendizagem dos alunos. É ainda
necessário refletir sobre o que a torna efetiva e modificar a organização dos
espaços e das atividades curriculares de modo a que estas novas ferramentas
possam apoiar as tecnologias do conhecimento, sempre se fazendo de forma
inovadora.

A utilização educativa do som

Finalmente o som está chegando à sala de aula. E dele se esperam, como
em tecnologias anteriores, soluções imediatas para os problemas crônicos do
ensino-aprendizagem. O som ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não
modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do
cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana,
mas também introduz novas questões no processo educacional.

O som e os efeitos sonoros servem como, lembrança (de situações
passadas), de ilustração associados a personagens do presente, como nas
telenovelas e de criação de expectativas, antecipando reações e informações. O
som também é escrita. O som é sensorial, linguagem falada, linguagem musical e
escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não
separadas. Daí a sua força atingem todos os sentidos e de todas as maneiras. O
som seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no imaginário) em
outros tempos e espaços.
3
As mensagens dos meios do som exigem pouco esforço e envolvimento do
receptor. Este tem cada vez mais opções, mais possibilidades de escolha através
do controle remoto, canais por satélite, por cabo.

A som vem sendo cada vez mais valorizada no âmbito educacional, é um
elemento importante no processo de ensino e aprendizagem, pois desperta
emoções e sentimentos, facilitando a aprendizagem e a socialização do indivíduo,
proporcionando uma educação profunda e total. O som desenvolve a criatividade,
promove à autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética, criando um
terreno favorável para a imaginação quando desperta a criatividade de cada um.

Os materiais educacionais digitais têm aparecido sob a forma de objetos de
aprendizagem que podem ser imagens, sons, animações, aplicações, vídeos,
páginas web de forma isolada ou em combinação, com fins educacionais.

Muitos desses materiais digitais integram o som e/ou a música, portanto, é
de suma importância que o professor saiba escolher qual, como, onde e quando
inserir um som ou uma música em um material educacional digital, visando a
construção do conhecimento de maneira crítica e significativa.

A presença do som em materiais educacionais

Moreno & Mayer (2002) afirmam que a presença do som em interfaces
digitais deve ser contextualizada, ou seja, deve ter uma ligação com o conteúdo em
questão. Os autores também afirmam que na aprendizagem significativa os alunos
selecionam e organizam as informações verbais e não verbais, integrando-as e que
a apresentação multimídia não deve ter muitas palavras e sons irrelevantes ou
estranhos para não causar (confusão e distração).

A música e outras ferramentas de aprendizagem tem o poder de elevar o
aprendizado através do uso da imaginação.

O vídeo no ensino e na formação
4
Vídeo significa também uma forma de contar multilingüística, de
superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais
próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem
educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito.

Dentre as várias tecnologias que se tem destacado nos últimos anos, o
vídeo tem sido uma das mais populares, passando de grande novidade da década
de 70 a um aparelho de uso comum nos anos 80. As estratégias de ensino devem
favorecer uma aprendizagem que integre vários sentidos: imaginação, intuição,
colaboração e impactos emocionais. Os aspectos estéticos, tais como a fotografia,
o filme, a música, a dança, o teatro, a literatura e as artes plásticas agregam uma
sofisticação à relação ensino-aprendizagem, visto que proporcionam a vivência e a
interatividade, conectando sentidos, sentimentos e razão.

O vídeo como instrumento didático educativo

Embora o vídeo se tenha tornado um recurso de fácil acesso, o uso em
sala de aula somente se deu a partir da década de 90. Desde que se iniciou a
inserção de tal tecnologia no ambiente escolar, até hoje, muito pouco se investiu
em programas de formação que capacitassem os professores para uma melhor
utilização do vídeo e/ou visassem um real aproveitamento do potencial didático
educativo deste recurso.

Isso talvez explique o motivo pelo qual, em significativa parte das escolas,
a aquisição do videocassete não corresponde a uma utilização consciente, que
leve a uma prática reflexiva ou a uma exploração eficaz dessa nova linguagem. O
professor que reluta em adotar estratégias e tecnologias sintonizadas com as
transformações contemporâneas, cria em seu âmbito de ensino uma facilidade de
aprendizado, além disso, vídeo torna-se muito mais do que uma simples tecnologia
ele pode se encarado como um desafio.

A integração do vídeo ao cotidiano da sala de aula não muda a relação
ensino e aprendizagem. Serve, no entanto, para aproximar o ambiente educacional
das relações cotidianas, das linguagens e dos códigos da sociedade urbana,
levantando novas questões durante o processo.
5
Embora haja muitas experiências positivas, vale ressaltar que o uso
inapropriado do vídeo pode ser desastroso para a aprendizagem, devido os
possíveis usos inadequados que a escola e o professor possam vir a fazer de tal
tecnologia.

O vídeo pode ser utilizado inversamente aos critérios recomendados.
Nesse caso, haveria uma distorção altamente prejudicial do aproveitamento das
potencialidades educativas e criativas do meio, as quais seriam o vídeo como tapaburaco que é utilizado exclusivamente para preencher o tempo vago do aluno; o
video-enrolação utilização da mídia sem vinculá-la aos assuntos estudados; vídeodeslumbramento muitas vezes, a fascinação pelo meio leva o professor a esquecer
das outras tecnologias e dinâmicas de condução de seu programa, limitando-se ao
vídeo e, por conseqüência, empobrecendo suas aulas; video-perfeição permanece
na tendência a questionar todos os vídeos como imperfeitos, tanto o conteúdo,
quanto os prováveis defeitos técnicos e estéticos; e o só-vídeo na exibição do
vídeo pelo vídeo, sem a necessária discussão e integração com outros momentos
da aula. Estes desvios ou vícios na utilização do vídeo estão associados a um fator
muito importante para a prática didática cotidiana do professor, com implicações
negativas sérias para o processo de ensino e aprendizagem, pois, o uso
inadequado compromete tanto a credibilidade do recurso, quanto a credibilidade do
trabalho do docente.

BIBLIOGRAFIA

Televisão e Educação. São Paulo: Artes Médicas (Artmed), 1996. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/filosofia/dogmatismo.htm. Acessado em 19/O7/2013

MORENO, Roxana & MAYER, Richard. A Learner-Centered Approach to
Multimedia Explanations: Deriving Instructional Design Principles from Cognitive
Theory. University New Mexico and University of Carolina Santa Barbara, 2002.
Disponível em: http://imej.wfu.edu/articles/2000/2/05/index.asp. Acesso em: 07/01
2014.
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TICS NA EDUCAÇÃO

  • 1. AS TICS COMO FATOR DE INOVAÇÕES E MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO ANDRÉ AUGUSTO PAVAN MARIA REJANE DA SILVA PÉTIRA MARIA FERREIRA DOS SANTOS SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN O termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) refere-se à conjugação da tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações. Quando estas tecnologias são usadas para fins educativos, nomeadamente para apoiar e melhorar a aprendizagem dos alunos e desenvolver ambientes de aprendizagens, podemos considerar as TICs como um subdomínio da Tecnologia Educativa, O objetivo das TICs é de apoiar os professores e os estudantes a iniciar ou melhorar as suas competências e conhecimentos nesta área, desenvolver atitudes positivas face ao computador e à Internet e diminuir a ansiedade face ao seu uso e aprendizagem. A educação tecnológica não é uma disciplina técnica, é necessário mostrar como as tecnologias criam novos mundos, para o bem e para o mal e os efeitos econômicos, sociais e psicológicos e ainda de como elas refizeram o mundo e continuam a refazê-lo. As tecnologias de ensino e aprendizagem e as razões A primeira razão: vários estudos têm revelado que a maioria dos professores consideram que os principais obstáculos ao uso das tecnologias nas práticas pedagógicas são a falta de recursos e de formação. A segunda razão: a integração inovadora das tecnologias exigem um esforço de reflexão e de modificação de concepções e práticas de ensino, que grande parte dos professores não está disponível para fazer. Esses aspectos são tarefas fáceis, é necessário esforço, persistência e empenhamento. O problema reside em que alguns professores têm uma concepção sobre os processos que determinam a aprendizagem e a construção de conhecimento e 1
  • 2. concomitantemente do uso das tecnologias no ato de ensinar e aprender. Pensam que é suficiente colocar os computadores com algum software ligados à Internet nas salas de aula que os alunos vão aprender e as práticas se vão alterar. Essas tecnologias desenvolvem atividades desafiadoras e criativas, que explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pela tecnologia. E para isto é necessário que os professores as usem com os alunos como novos formalismos para tratar e representar a informação, para apoiar os alunos a construir conhecimento significativo, para desenvolver projetos, integrando e acrescentando criativamente as novas tecnologias. A investigação no âmbito da tecnologia educativa O uso de tecnologias na escola pública brasileira foi iniciado timidamente com projetos pilotos em escolas no final dos anos 80 do século XX. Nesses projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades disciplinares e muitas outras eram extracurriculares e aconteciam em horários diferentes daqueles em que os alunos freqüentavam a escola. É necessário que os professores as usem com os alunos como novos formalismos para tratar e representar a informação, para apoiar os alunos a construir conhecimento significativo, para desenvolver projetos, integrando e não acrescentando criativamente as novas tecnologias. Se o professor dominar estas novas ferramentas poderá apoiar os alunos a explorar as potencialidades destes novos sistemas de tratamento e representação da informação. A escrita pode exprimir‑se de um modo mais flexível e prático quando se usa a tecnologia. As mudanças nos modos de aprender e de organizar cognitivamente a informação não serão visíveis de imediato, pois todos os processos de mudança mental são lentos, levam gerações. Uma aprendizagem tecnológica implica que os novos conhecimentos são adquiridos com base nas aprendizagens desenvolvidas através de estratégias de aprendizagem de modo a adquirirem hábitos de estudo e de trabalho intelectual, e ainda padrões de correção próprios. 2
  • 3. Todas as disciplinas exigem este saber prévio da tecnologia. Há, contudo, algumas que são mais cumulativas do que outras.O principal problema parece advir da dificuldade em modificar as concepções que os alunos desenvolveram para explicar diferentes fenômenos, antes de iniciar o seu estudo científico. Estes conceitos espontâneos estão muitas vezes em contradição com os aceites pela comunidade científica e, na maioria das vezes, dificultam mais do que facilitam a aprendizagem. Segundo o autor Lemos 2005 a tecnologia traz a motivação para os alunos alcançar os objetivos, garantindo uma maior capacidade de vencer os obstáculos que se encontram em qualquer processo de aprendizagem. É importante introduzir os computadores e a Internet nas escolas para se começarem a obter resultados positivos na aprendizagem dos alunos. É ainda necessário refletir sobre o que a torna efetiva e modificar a organização dos espaços e das atividades curriculares de modo a que estas novas ferramentas possam apoiar as tecnologias do conhecimento, sempre se fazendo de forma inovadora. A utilização educativa do som Finalmente o som está chegando à sala de aula. E dele se esperam, como em tecnologias anteriores, soluções imediatas para os problemas crônicos do ensino-aprendizagem. O som ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional. O som e os efeitos sonoros servem como, lembrança (de situações passadas), de ilustração associados a personagens do presente, como nas telenovelas e de criação de expectativas, antecipando reações e informações. O som também é escrita. O som é sensorial, linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força atingem todos os sentidos e de todas as maneiras. O som seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no imaginário) em outros tempos e espaços. 3
  • 4. As mensagens dos meios do som exigem pouco esforço e envolvimento do receptor. Este tem cada vez mais opções, mais possibilidades de escolha através do controle remoto, canais por satélite, por cabo. A som vem sendo cada vez mais valorizada no âmbito educacional, é um elemento importante no processo de ensino e aprendizagem, pois desperta emoções e sentimentos, facilitando a aprendizagem e a socialização do indivíduo, proporcionando uma educação profunda e total. O som desenvolve a criatividade, promove à autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética, criando um terreno favorável para a imaginação quando desperta a criatividade de cada um. Os materiais educacionais digitais têm aparecido sob a forma de objetos de aprendizagem que podem ser imagens, sons, animações, aplicações, vídeos, páginas web de forma isolada ou em combinação, com fins educacionais. Muitos desses materiais digitais integram o som e/ou a música, portanto, é de suma importância que o professor saiba escolher qual, como, onde e quando inserir um som ou uma música em um material educacional digital, visando a construção do conhecimento de maneira crítica e significativa. A presença do som em materiais educacionais Moreno & Mayer (2002) afirmam que a presença do som em interfaces digitais deve ser contextualizada, ou seja, deve ter uma ligação com o conteúdo em questão. Os autores também afirmam que na aprendizagem significativa os alunos selecionam e organizam as informações verbais e não verbais, integrando-as e que a apresentação multimídia não deve ter muitas palavras e sons irrelevantes ou estranhos para não causar (confusão e distração). A música e outras ferramentas de aprendizagem tem o poder de elevar o aprendizado através do uso da imaginação. O vídeo no ensino e na formação 4
  • 5. Vídeo significa também uma forma de contar multilingüística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito. Dentre as várias tecnologias que se tem destacado nos últimos anos, o vídeo tem sido uma das mais populares, passando de grande novidade da década de 70 a um aparelho de uso comum nos anos 80. As estratégias de ensino devem favorecer uma aprendizagem que integre vários sentidos: imaginação, intuição, colaboração e impactos emocionais. Os aspectos estéticos, tais como a fotografia, o filme, a música, a dança, o teatro, a literatura e as artes plásticas agregam uma sofisticação à relação ensino-aprendizagem, visto que proporcionam a vivência e a interatividade, conectando sentidos, sentimentos e razão. O vídeo como instrumento didático educativo Embora o vídeo se tenha tornado um recurso de fácil acesso, o uso em sala de aula somente se deu a partir da década de 90. Desde que se iniciou a inserção de tal tecnologia no ambiente escolar, até hoje, muito pouco se investiu em programas de formação que capacitassem os professores para uma melhor utilização do vídeo e/ou visassem um real aproveitamento do potencial didático educativo deste recurso. Isso talvez explique o motivo pelo qual, em significativa parte das escolas, a aquisição do videocassete não corresponde a uma utilização consciente, que leve a uma prática reflexiva ou a uma exploração eficaz dessa nova linguagem. O professor que reluta em adotar estratégias e tecnologias sintonizadas com as transformações contemporâneas, cria em seu âmbito de ensino uma facilidade de aprendizado, além disso, vídeo torna-se muito mais do que uma simples tecnologia ele pode se encarado como um desafio. A integração do vídeo ao cotidiano da sala de aula não muda a relação ensino e aprendizagem. Serve, no entanto, para aproximar o ambiente educacional das relações cotidianas, das linguagens e dos códigos da sociedade urbana, levantando novas questões durante o processo. 5
  • 6. Embora haja muitas experiências positivas, vale ressaltar que o uso inapropriado do vídeo pode ser desastroso para a aprendizagem, devido os possíveis usos inadequados que a escola e o professor possam vir a fazer de tal tecnologia. O vídeo pode ser utilizado inversamente aos critérios recomendados. Nesse caso, haveria uma distorção altamente prejudicial do aproveitamento das potencialidades educativas e criativas do meio, as quais seriam o vídeo como tapaburaco que é utilizado exclusivamente para preencher o tempo vago do aluno; o video-enrolação utilização da mídia sem vinculá-la aos assuntos estudados; vídeodeslumbramento muitas vezes, a fascinação pelo meio leva o professor a esquecer das outras tecnologias e dinâmicas de condução de seu programa, limitando-se ao vídeo e, por conseqüência, empobrecendo suas aulas; video-perfeição permanece na tendência a questionar todos os vídeos como imperfeitos, tanto o conteúdo, quanto os prováveis defeitos técnicos e estéticos; e o só-vídeo na exibição do vídeo pelo vídeo, sem a necessária discussão e integração com outros momentos da aula. Estes desvios ou vícios na utilização do vídeo estão associados a um fator muito importante para a prática didática cotidiana do professor, com implicações negativas sérias para o processo de ensino e aprendizagem, pois, o uso inadequado compromete tanto a credibilidade do recurso, quanto a credibilidade do trabalho do docente. BIBLIOGRAFIA Televisão e Educação. São Paulo: Artes Médicas (Artmed), 1996. Disponível em: http://www.brasilescola.com/filosofia/dogmatismo.htm. Acessado em 19/O7/2013 MORENO, Roxana & MAYER, Richard. A Learner-Centered Approach to Multimedia Explanations: Deriving Instructional Design Principles from Cognitive Theory. University New Mexico and University of Carolina Santa Barbara, 2002. Disponível em: http://imej.wfu.edu/articles/2000/2/05/index.asp. Acesso em: 07/01 2014. 6