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BIODIESEL
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – CONCEITO
O Biodiesel é um biocombustível renovável e biodegradável, produzido através de uma reação química de um óleo
ou gordura de origem vegetal ou animal, com a adição de um álcool simples (etanol ou metanol) na presença de
um catalisador (normalmente o hidróxido de sódio - NaOH ou o hidróxido de potássio - KOH). Tal reação química é
chamada de transesterificação, cujos produtos principais são os ésteres etílicos ou metílicos de ácido graxo
(biodiesel) e o glicerol (glicerina) como subproduto, como mostrado abaixo:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/trans_1.gif
O Biodiesel também pode ser definido segundo os critérios abaixo:
- Definição Geral: Combustível natural usado em motores diesel, produzido através de fontes renováveis, que
atende as especificações da ANP.
- Definição Geral estendida: Combustível renovável derivado de óleos vegetais, como girassol, mamona, soja,
babaçu e demais oleaginosas, ou de gorduras animais, usado em motores a diesel, em qualquer concentração de
mistura com o diesel. Produzido através de um processo químico que remove a glicerina do óleo.
- Definição Técnica: Combustível composto de mono-alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de
óleos vegetais ou de gorduras animais e designado B100.
- Definição da Legislação Brasileira: Biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a
combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia,
que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.
1.2 – APLICAÇÕES
O biodiesel como um biocombustível, pode substituir parcialmente ou totalmente, o óleo diesel derivado de petróleo
nos motores de ciclo diesel automotivos (automóveis, caminhões, tratores, etc) ou de ciclo diesel estacionários
(geradores, etc).
Este produto pode ser misturado ao óleo diesel derivado de petróleo em qualquer proporção, pois possui
características físico químicas semelhantes, sem a necessidade de qualquer alteração mecânica nos motores
diesel existentes, exceto em alguns motores antigos.
Além disto, por ser um produto biodegradável, não-tóxico e praticamente livre de resíduos de enxofre e aromáticos,
é considerado um combustível ecológico.
Logo, como se trata de uma fonte de energia limpa não poluente, a sua aplicação em um motor diesel convencional
resulta, quando comparado com a queima do diesel mineral, numa redução substancial de monóxido de carbono e
de hidrocarbonetos não queimados, que são liberados para a atmosfera.
1.3 – VANTAGENS E DESVANTAGENS
Como todo biocombustível, o biodiesel apresenta uma série de vantagens e desvantagens, quanto a sua utilização
prática.
1.3.1 – VANTAGENS
O Biodiesel apresenta as seguintes vantagens:
- Fonte de energia renovável e ecológica.
- Produção não contribui para o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
- Queima eficaz contribui para a diminuição do efeito estufa, além de não gerar resíduos tóxicos.
- Contribui para a geração de empregos no setor primário, devido ao uso das oleaginosas.
- Ausência da necessidade de modificação nos motores diesel atuais, para misturas de biodiesel a 20 % com diesel
fóssil, sendo que percentuais superiores exigem avaliações mais elaboradas de desempenho do motor.
- Desempenho similar ao diesel fóssil em climas frios.
- Substituição gradativa do diesel fóssil ao longo dos anos.
- Redução da necessidade de importação do diesel fóssil.
- Viabilização da produção em regiões isoladas.
- Possibilidade de fortalecimento do setor de agronegócios, promovendo o crescimento regional sustentado.
- Quando misturado ao diesel fóssil tende a melhorar as características desse, otimizando a sua lubricidade, além
de reduzir o teor de enxofre e elevar o número de cetano.
- Pode aumentar a vida útil dos motores diesel, pois é um excelente lubrificante.
- Baixo risco de explosão, ocorrendo apenas em temperaturas acima de 150 °C.
- Facilidade e segurança para armazenamento e transporte.
- Favorecimento a rotação de culturas no setor primário, preservando o solo.
- Aceitação e uso cada vez maior o país.
- Possibilidade de uso dos créditos de carbono conforme o Protocolo de Kioto.
1.3.2 – DESVANTAGENS
O Biodiesel apresenta as seguintes desvantagens:
- Ligeiro temor do mercado quanto à utilização de toda a glicerina gerada como subproduto.
- Suspeitas não comprovadas sobre a acroleína ser cancerígena, gerada durante a queima parcial da glicerina.
- Possível impacto ambiental, pois os cultivos de algumas matérias primas estão invadindo florestas tropicais que
podem extinguir certas espécies de animais ou vegetais.
- Probabilidade de esgotamento do solo se a produção da matéria-prima for intensiva.
- O balanço de dióxido de carbono (CO2) do biodiesel não é totalmente neutro, se for considerada a energia para a
sua produção.
- Especulação quanto à probabilidade de aumento do custo de alguns alimentos, devido à demanda do biodiesel.
- Possível impacto no mercado sobre alguns produtos, devido à queda do custo da glicerina.
1.4 – CLASSIFICAÇÃO GERAL
O nome biodiesel muitas vezes é confundido com a mistura diesel + biodiesel, disponível em alguns postos de
combustíveis existentes no país. Logo, foi convencionada a adoção da expressão BXX, onde o B significa “Blend” e
XX a porcentagem deste produto misturado ao diesel fóssil, também conhecido como óleo diesel ou simplesmente
diesel.
Segundo esta convenção, a mistura de 2% de biodiesel junto ao diesel é chamada de B2 e assim sucessivamente,
até o biodiesel puro, chamado de B100.
Assim, a sigla B2 significa 2% de biodiesel e 98% de diesel e o B5 significa 5% de biodiesel e 95% de diesel. Tais
misturas estão aprovadas para uso no país e a sua produção deve respeitar as especificações técnicas definidas
pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Na prática, têm-se realizado diversos testes e uso do biodiesel nos níveis de concentração abaixo:
- Puro = B100.
- Misturas = B20 e B30.
- Aditivo = B5.
- Aditivo de lubricidade = B2.
Como dito acima, a utilização do biodiesel puro ainda está sendo testada, mas caso seja devidamente aprovada,
será chamado de B100. Por outro lado, as misturas em proporções volumétricas entre 5% e 20% são as mais
utilizadas, sendo que para a mistura B5, não é necessária nenhuma adaptação nos motores.
Atualmente, o biodiesel vendido nos postos de combustíveis do país possui 2% de biodiesel e 98% de diesel, isto é,
o biodiesel B2.
Convém lembrar que o biodiesel deve ser utilizado apenas em motores a diesel, e nunca em motores que utilizam
outros combustíveis diferentes.
1.5 – QUÍMICA DO BIODIESEL
A química dos ácidos graxos interfere bastante nas características do biodiesel. Será mostrado abaixo, a maneira
como as substâncias reagem quimicamente entre si.
Os ácidos graxos diferem entre si, devido a três características:
- o tamanho de sua cadeia hidrocarbônica;
- o número de insaturações;
- a presença de grupamentos químicos.
Quanto maior a cadeia hidrocarbônica da molécula, maior o número de cetano e a lubricidade do combustível,
assim como, maior o ponto de névoa e o ponto de entupimento. Logo, as moléculas muito grandes (ésteres
alquílicos do ácido erúcico, araquidônico ou eicosanóico) quando pré-aquecidas, tornam difícil o uso do combustível
em regiões com baixas temperaturas.
Quanto às insaturações, quanto menor o número de insaturações (duplas ligações) nas moléculas, maior o número
de cetano do combustível, melhorando a qualidade da combustão. Por outro lado, um maior número de
insaturações, torna as moléculas menos estáveis quimicamente, podendo ocasionar problemas de oxidações,
degradações e polimerizações do combustível.
Concluindo, tanto os ésteres alquílicos de ácidos graxos saturados (láurico, palmítico, esteárico) como os de poli-
insaturados (linoléico, linolênico) apresentam alguns inconvenientes. De uma forma geral, um biodiesel com
predominância de ácidos graxos combinados monoinsaturados (oléico, ricinoléico) são os que apresentam os
melhores resultados.
A apresentação abaixo, demonstra toda a química envolvida no processo do biodiesel, passo a passo:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodiesel-quimica.pps
1.6 – CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS
As características físicas e químicas do biodiesel são semelhantes entre si, independentemente de sua origem.
Essas características são quase idênticas, independente da natureza da matéria-prima e do agente de
transesterificação:
- Combustibilidade: é o grau de facilidade para a combustão em um dispositivo da forma desejada, para a produção
de energia mecânica adequada. Nos motores diesel, a combustibilidade se relaciona com o poder calorífico e o
índice de cetano.
- Viscosidade cinemática e tensão superficial: definem a qualidade de pulverização na injeção do combustível,
agindo também na qualidade da combustão.
- Impactos ambientais das emissões: referem-se aos teores de enxofre e de hidrocarbonetos aromáticos, além da
combustibilidade.
- Compatibilidade ao uso: refere-se a vida útil do motor através da lubricidade e pela corrosividade
- Compatibilidade ao manuseio: refere-se ao transporte, armazenamento e a distribuição do combustível, onde a
corrosividade, a toxidez e o ponto de fulgor são consideradas.
1.6.1 – PROPRIEDADES FÍSICAS
Seguem abaixo, as propriedades físicas do biodiesel:
- Ponto de Névoa e de Fluidez: é a temperatura em que o líquido quando refrigerado, começa a ficar turvo. O ponto
de fluidez é a temperatura em que o líquido não mais escoa livremente. Ambos variam segundo a matéria prima de
origem, e o álcool usado na reação.
- Ponto de Fulgor (Flash Point): é a temperatura em que o produto torna-se inflamável, quando completamente
isento de metanol ou etanol, sendo de 100 ºC sob condições normais de transporte, manuseio e armazenamento.
- Poder Calorífico: muito próximo do diesel, com uma diferença média à favor de 5%. Entretanto, com uma
combustão mais completa, o biodiesel possui um consumo específico equivalente ao diesel.
- Índice de Cetano (octanagem): tal índice é de 60 para o biodiesel e de 48 a 52 para o diesel, explicando o motivo
pelo qual, o biodiesel queima muito melhor num motor diesel do que o diesel.
1.6.2 – PROPRIEDADES QUÍMICAS
Seguem abaixo, as propriedades químicas do biodiesel:
- Teor de Enxofre: como os óleos vegetais e as gorduras de animais não possuem enxofre, o biodiesel é
completamente isento desse elemento contaminante.
- Poder de Solvência: por ser composto de uma mistura de ésteres de ácidos carboxílicos, solubiliza um grupo
muito grande de substâncias orgânicas.
1.7 – INVESTIMENTO E PESSOAL
O investimento e o pessoal necessário para a implantação de um negócio para produção de biodiesel, dependerá
muito do porte da indústria ou usina, e do volume de produção almejado.
Contudo, a diferença entre as matérias-primas, assim como o porte da usina e a incidência tributária sobre o
produto final, pode resultar em grandes diferenças no custo de produção do biodiesel.
Assim como, os custos com as matérias- primas (óleo vegetal, sebo animal e álcool), catalisador, mão-de-obra,
energia, custos administrativos e financeiros (custos de capital), além da margem do produtor, também podem
gerar resultados contraditórios na comparação com o preço do diesel fóssil, tornando complexa a análise de
viabilidade.
Para facilitar o entendimento do custo total do biodiesel, pode-se separar a etapa agrícola e a etapa industrial.
Logo, reduzindo o custo da etapa agrícola do custo de produção, obtém-se dois custos distintos: o custo do óleo e
o custo de conversão.
O custo de distribuição envolve custos de pós-produção, tais como transporte, mistura com óleo diesel, estocagem
e revenda.
Por outro lado, a tributação pode ser decisiva para a implementação do negócio, capaz de tornar o custo final do
biodiesel inferior ao do diesel fóssil. Atualmente, os custos com matéria prima e produção fazem com que o preço
de venda do biodiesel seja relativamente alto.
Sugere-se o uso de processos contínuos e óleos crus, como opções para a redução dos custos, juntamente com a
recuperação da glicerina.
1.8 – LOCALIZAÇÃO
Recomenda-se, se possível, que um Empreendimento para produção de biodiesel seja montado próximo dos
fornecedores de matéria-prima. Além disso, deve-se levar em consideração também:
- Existência de uma área para resíduos que possam ser destinados para Empresas especializadas;
- Fornecimento de água potável com boa qualidade;
- Fornecimento estável de energia elétrica;
- Disponibilidade e facilidade de mão-de-obra;
- Infra-estrutura local para transportes;
- Espaço útil otimizado para melhor fluxo da produção;
- Áreas devidamente projetadas para a recepção das matérias primas, processos industriais e armazenamento.
1.9 – MERCADO
O mercado do biodiesel é praticamente dominado por empresas de grande porte, logo, já existe uma grande
concorrência no setor. Tais empresas dispõem de tecnologia avançada, tanto para pesquisa e produção como
qualidade e melhoria dos seus produtos, o que significa um alto investimento.
Contudo, existem fornecedores de soluções na forma de indústrias ou usinas de diversos portes e capacidades de
produção, para atender as demandas de energia alternativa renovável e outras necessidades, para os
Empreendedores localizados em regiões isoladas, principalmente na zona rural das cidades.
Por outro lado, os fatores ambientais e a elevação dos preços do petróleo favorecem a expansão do mercado de
produtos combustíveis derivados da biomassa no país, com destaque para o etanol para uso em automóveis, e o
biodiesel para caminhões, ônibus, tratores, transportes marítimos, aquaviários e em motores estacionários para a
produção de energia elétrica, onde o óleo diesel, é o combustível mais utilizado.
Assim, a produção do biodiesel pode favorecer o desenvolvimento econômico de diversas regiões do Brasil, uma
vez que é possível explorar a melhor alternativa de matéria-prima, seja de origem vegetal ou animal.
O consumo do biodiesel e de suas misturas BX pode ajudar o país de diversas formas, quanto à redução da
dependência do petróleo, contribuição para a redução da poluição atmosférica, além da geração de empregos em
áreas menos propícias para outras atividades econômicas, promovendo assim, a inclusão social.
O Brasil alcançou o posto de terceiro maior produtor de biodiesel do planeta com uma produção de 1,16 bilhões de
litros em 2008, ficando atrás da Alemanha e dos Estados Unidos. Trata-se de uma ótima colocação, considerando
que o programa brasileiro completou apenas quatro anos.
Desde janeiro de 2005 até dezembro de 2007, o país consumiu mais de 850 milhões de litros de biodiesel. A partir
de 2010, está prevista a vigoração da obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel (B5) ao diesel, logo, a
demanda deverá subir para 2,3 bilhões de litros anuais.
O gráfico abaixo, mostra a estimativa de demanda do biodiesel a partir do ano de 2007:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/demand.jpg
1.10 – SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL
Além de todas as vantagens econômicas e ambientais com a produção de biodiesel no Brasil, um dos pontos mais
debatidos sobre o programa é a inclusão social. Sendo assim, foi criado o Selo Combustível Social para incentivar
a participação dos Agricultores e de seus familiares.
Os resultados dos benefícios proporcionados pelo Selo, que dentre outros, determina que o Produtor de biodiesel
adquira parte das matérias-primas da agricultura familiar, adquirindo o direito de participar dos leilões de biodiesel,
ganhou destaque sendo hoje um dos apelos mais fortes do setor.
Já os benefícios para os Agricultores são muitos. Segundo estudos, para cada 1% de diesel substituído por
biodiesel, produzido com a participação da agricultura familiar podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no
campo. Assim, para cada emprego gerado no campo, são gerados 3 empregos na cidade, resultando em cerca de
180 mil empregos. Numa hipótese otimista, com 6 % de participação da agricultura familiar no mercado de
biodiesel, seriam gerados mais de 1 milhão de empregos.
Por outro lado, os Produtores que possuem o Selo têm acesso as alíquotas do PIS / Pasep e Cofins com os
coeficientes de redução diferenciados, acesso a melhores condições de financiamento junto ao BNDES e outras
instituições financeiras credenciadas.
O Selo Combustível Social será concedido ao Produtor de biodiesel que:
- Promover a inclusão social dos Agricultores familiares cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar - PRONAF, que lhe forneçam matéria-prima.
- Comprovar regularidade dentro do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.
Para promover a inclusão social dos Agricultores familiares, o Produtor deve:
- Adquirir de Agricultor familiar uma quantidade de matéria-prima, determinada pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário, para a produção de biodiesel.
- Firmar contratos com os Agricultores familiares, especificando as condições comerciais que garantam renda e
prazos compatíveis com a atividade, conforme requisitos fixados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
- Fornecer assistência e capacitação técnica aos Agricultores familiares.
Para o Produtor de biodiesel, o Selo confere:
- Direito a benefícios de políticas públicas específicas, voltadas para promoção da produção de combustíveis
renováveis, com inclusão social e desenvolvimento regional.
- Utilização para fins de promoção comercial de sua produção.
- Acesso livre para participação nos leilões de biodiesel.
O Selo Combustível Social somente será concedido para os Produtores que comprarem matéria-prima da
Agricultura familiar numa porcentagem mínima de:
- 50% - Região Nordeste e Semi-árido.
- 10% - Região Norte e Centro Oeste.
- 30% - Região Sudeste e Sul.
- Prazo de validade: o referido Selo terá validade de cinco anos, contados do dia 1º de janeiro do ano subseqüente
a sua concessão. O Produtor de biodiesel poderá solicitar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a renovação
da concessão de uso do Selo com antecedência mínima de cinco meses do término de sua validade.
1.11 – AUTOMAÇÃO
A automação industrial é uma inovação tecnológica cada vez mais presente atualmente nas fábricas, que favorece
um fluxo de trabalho otimizado na linha de produção, aumentando os índices de produtividade e qualidade.
Entretanto, devido aos custos mais elevados, tal recurso é normalmente utilizado por empresas de grande porte e
alto volume de produção.
2 – PROCESSO PRODUTIVO
2.1 – MATÉRIA PRIMA
O Brasil possui grandes vantagens do ponto de vista agrícola, por se tratar de um país tropical, com altas taxas de
luminosidade e temperaturas médias anuais, além de um solo muito fértil. Tudo isso, aliada a grande
disponibilidade hídrica e chuvas regulares, torna o país com imenso potencial para a produção de energia
renovável.
As matérias-primas para a produção de biodiesel são basicamente, os óleos vegetais, gordura animal, óleos e
gorduras residuais, como mostrado abaixo:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_1.jpg
- Quanto aos óleos vegetais ou de oleaginosas, podem ser utilizadas a baga de mamona, polpa do dendê,
amêndoa do coco de dendê, amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, amêndoa do coco de praia, caroço
de algodão, grão de amendoim, semente de canola (colza), semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de
oiticica, semente de linhaça, semente de tomate e de nabo forrajeiro, além do buriti, gergelim, jojoba, linhaça,
macaúba, palma, palmiste, pequi, pinhão manso, soja, tucumã, tungue, etc.
- Quanto às gorduras animais, destacam-se o sebo bovino, os óleos de peixes, o óleo de mocotó, a banha de
porco, etc, que podem ser obtidos nos curtumes e abatedouros de animais de médio e grande porte.
- Quanto aos óleos e gorduras residuais, aqueles resultantes do uso doméstico, comercial e industrial, como os
resíduos de estabelecimentos diversos, além dos esgotos, cuja nata sobrenadante é rica em matéria graxa, as
águas residuais de processos industrias, etc.
Encontra-se abaixo, um quadro mostrando algumas matérias-primas que podem ser usadas:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_2.jpg
Para a produção de biodiesel, recomenda-se conhecer a cadeia produtiva de cada matéria prima em potencial,
assim como, onde encontrar os respectivos fornecedores, qual o volume disponível ao longo do ano e a sua
viabilidade econômica. A partir da obtenção destas informações, pode-se contratar uma empresa para projetar a
indústria ou a usina, de acordo com as necessidades do Empreendedor.
Quanto as matérias-primas de origem vegetal, pode-se visualizar as ilustrações e mapas abaixo, para outras
referências:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_3.jpg
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_4.jpg
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_5.jpg
Notas:
- Cada tipo de cultura depende de diferentes condições de solo, clima, altitude, etc.
- Cada óleo vegetal tem diversos cuidados, produtividade, teor de óleo, etc
- Todos os óleos vegetais, classificados como óleos fixos ou triglicerídicos, podem ser transformados em biodiesel.
- Os óleos essenciais formam uma outra família de óleos vegetais, não podendo ser usados como matérias primas
para a produção de biodiesel, pois são voláteis e possuem misturas de terpenos, terpanos, fenóis e outras
substâncias aromáticas.
2.1.1 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS MATÉRIAS-PRIMAS
Existem algumas matérias-primas que estão sendo pesquisadas e experimentadas por diversas Entidades e
Instituições, procurando oferecer fontes alternativas para a produção do biodiesel, tais como:
- Óleos Residuais de Frituras: existem certos problemas técnicos quanto à transformação desses óleos, devido à
heterogeneidade do grau de acidez, do teor de umidade e da presença de alguns contaminantes.
- Óleos e Gorduras Residuais de Esgotos: tal possibilidade confronta a abundância dessa matéria-prima, frente à
transformação desta matéria graxa em metano, que é um sério contribuinte para o efeito estufa.
- Sebo bovino: consiste numa matéria prima que possui uma grande oferta disponível no país, cerca de 600 mil ton
por ano, aliada ao seu baixo custo comparado com as demais matérias primas de origem vegetal.
2.2 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A seguir, são listadas as máquinas, equipamentos e acessórios típicos aplicados na produção do biodiesel:
- Balanças;
- Bombas dosadoras;
- Carro (trolley);
- Centrífugas;
- Clarificadores;
- Desaeradores;
- Desumidificadores;
- Destiladores;
- Filtros e/ou sistemas de filtragem;
- Moenga de recebimento;
- Processadores de biodiesel;
- Tanques de armazenagem;
- Tanques de decantação.
Além disso, existem fornecedores especializados que projetam, vendem e constroem as indústrias ou usinas
completas para a produção de biodiesel, para atender a diversos volumes de produção.
Nota: Existem no mercado, maquinários com capacidades diferentes, para atender as diversas necessidades !
2.3 – EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Para complementar o empreeendimento para produção do biodiesel, têm-se os equipamentos auxiliares:
- Bancadas de trabalho;
- Estantes para estoque e matéria-prima;
- Balcão de atendimento (se necessário);
- Móveis e utensílios para o escritório;
- Equipamentos de telefonia e informática;
- Veículo(s) para visita à clientes e entrega de produtos, etc.
2.4 – EPIs (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)
Devido a manipulação de diferentes produtos químicos sob temperaturas diversas, sendo processadas em
máquinas e equipamentos por vezes perigosos, é extremamente recomendado e obrigatório, a utilização dos
respectivos EPI’s para a preservação da integridade física e saúde dos funcionários envolvidos no processo:
- Capacete;
- Luvas de látex;
- Luvas térmicas;
- Máscara facial comum ou com filtragem apropriada;
- Óculos de proteção;
- Protetor auricular;
- Roupa térmica (conforme faixa de temperatura);
- Sapatos ou Botinas de segurança.
Nota: Para cada fase do processo produtivo, é necessário um determinado conjunto de EPIs !
2.5 – PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado de transesterificação, onde o óleo vegetal ou animal
é filtrado e processado com materiais alcalinos para a remoção do excesso de gorduras ácidas e da umidade.
Depois, é misturado com álcool e um catalisador. As reações formam ésteres (biodiesel) e glicerol (glicerina), que
são separados entre si, e também dos demais reagentes em excesso.
Geralmente, realiza-se tal separação em duas fases - primeiro, separa-se a glicerina via decantação ou
centrifugação, depois elimina-se os sabões, restos de catalisador de metanol ou etanol, por um processo de
lavagem com água e borbulhação, ou uso de silicato de magnésio, seguida de uma filtragem ou destilação.
Abaixo, seguem dois diagramas simplificados que mostram o processo produtivo do biodiesel:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/diapro_1.jpg
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/diapro_2.jpg
As unidades de medida aplicadas para a produção do biodiesel são:
- União Européia: toneladas métricas (tons metric).
- EUA: galões.
- Demais países: metros cúbicos (m³) e litros (l).
Podem ser utilizadas as seguintes unidades de conversão:
- Metros cúbicos = 1000 l = 880 tons metric = 0,26 galões (milhões).
- Toneladas métricas (tons metric) = 1,136 m³ = 0,30 galões (milhões).
- Galões = 3,333 tons metric = 3,788 m³
2.5.1 – FASES DE PRODUÇÃO
Segue abaixo, um fluxograma típico para a produção de biodiesel:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/flupro.gif
As diversas fases do processo podem ser descritas de forma básica, assim:
- Preparação da Matéria- Prima: os procedimentos aplicados nesta fase, visam criar as melhores condições para a
efetivação da reação de transesterificação, com a máxima taxa de conversão.
Primeiramente a matéria-prima, deve ter um mínimo de umidade e de acidez, através de um processo de
neutralização, com uma lavagem em uma solução alcalina de hidróxido de sódio ou de potássio, seguida de uma
operação de secagem ou desumidificação.
- Reação de Transesterificação: corresponde a fase de conversão do óleo ou gordura, em ésteres metílicos ou
etílicos de ácidos graxos, que compõem o biodiesel. A reação pode ser representada pela seguinte equação
química:
Óleo ou Gordura + Metanol => Ésteres Metílicos + Glicerol
Óleo ou Gordura + Etanol => Ésteres Etílicos + Glicerol
A primeira equação química representa a reação metílica, quando se utiliza o metanol (álcool metílico) como agente
de transesterificação, obtendo-se os ésteres metílicos (biodiesel) e o glicerol (glicerina).
A segunda equação química representa a reação etílica, quando se utiliza o etanol (álcool etílico) como agente de
transesterificação, obtendo-se os ésteres etílicos (biodiesel) e o glicerol (glicerina).
- Etílicos e a Glicerina: as reações químicas são equivalentes, pois tanto os ésteres metílicos como os ésteres
etílicos têm propriedades equivalentes como biocombustível, sendo ambos considerados como biodiesel.
Ambas as reações ocorrem com a presença de um catalisador, que pode ser o hidróxido de sódio (NaOH) ou o
hidróxido de potássio (KOH), usados em baixas proporções. No Brasil, o NaOH tem um custo muito mais baixo do
que o KOH, além da preferência pela reação etílica.
- Separação de Fases: a massa reacional final é composta por duas fases, separáveis por decantação ou por
centrifugação.
A fase mais pesada é formada por glicerina bruta, impregnada com excessos de álcool, de água, e de impurezas
inerentes a matéria-prima.
A fase menos densa, é formada por uma mistura de ésteres metílicos ou etílicos, conforme a natureza do álcool
adotado, também impregnado de excessos reacionais de álcool e de impurezas.
- Recuperação do Álcool da Glicerina: a fase pesada, que contém água e álcool, passa por um processo de
evaporação, eliminando-se da glicerina bruta estes componentes voláteis, cujos vapores são liquefeitos em um
condensador apropriado.
- Recuperação do Álcool dos Ésteres: o álcool residual é recuperado da fase mais leve, liberando para as fases
seguintes, os ésteres metílicos ou etílicos.
- Desidratação do Álcool: os excessos residuais de álcool, após os processos de recuperação, contém uma grande
quantidade de água, que é desidratada através de destilação.
No caso da desidratação do metanol, a destilação é muito simples, pois a volatilidade relativa dos componentes
dessa mistura é grande, além da inexistência do fenômeno de azeotropia que dificultaria a separação completa.
Porém, no caso da desidratação do etanol, existe a influência da azeotropia, juntamente com a volatilidade relativa
não tão acentuada, que ocorre na separação da mistura metanol - água.
- Purificação dos Ésteres: os ésteres são lavados por centrifugação e depois são desumidificados, resultando
finalmente no biodiesel, cujas características deverão atender as especificações das normas técnicas vigentes, no
que tangem ao uso do biodiesel como biocombustível para utilização em motores a diesel.
- Destilação da Glicerina: a glicerina bruta gerada como subproduto, mesmo com as suas impurezas, pode ser
purificada através de destilação a vácuo, resultando num produto límpido e transparente, chamada comercialmente
de glicerina destilada.
Nota: Quanto à obtenção de ésteres etílicos, o processamento mais indicado é a transesterificação com o uso da
soda cáustica (hidróxido de sódio) como catalisador, cujos produtos finais são o éster e o glicerol. Assim, para cada
1 % de catalisador aplicado, será originado cerca de 7% de sabões em reação com a matéria graxa, onde se pode
recuperar cerca de 6% em peso do total inicial de matéria graxa. Contudo, as instalações de recuperação de ácidos
graxos e de glicerina possuem um custo elevado, se comparada as instalações de transterificação semicontínua ou
descontínua.
2.6 – BIODIESEL DE SEBO ANIMAL
O sebo bovino é um resíduo gorduroso formado por triglicerídeos, que apresenta na sua composição os ácidos
oléico (45 %), palmítico (30%) e esteárico (20-25%). Para que seja utilizado como matéria-prima para a produção
de biodiesel, deve ter o mínimo de umidade e acidez possível, que pode ser obtido através de processos de
desumidificação por secagem e de neutralização por solução.
Quanto à acidez, esta pode ser reduzida através de lavagem com uma solução alcalina de hidróxido de sódio ou de
potássio, cujo processo é chamado de saponificação parcial. Depois, o produto final é lavado com salmoura (água
+ sal) dentro de misturadores.
As indústrias produtoras de biodiesel normalmente exigem dos seus fornecedores, o sebo animal já processado e
em condições ideais para ser usado como matéria-prima para o biodiesel, ou seja, deve ser entregue na forma
líquida, sendo que o transporte da graxaria até a indústria de biodiesel, deve possuir um sistema de aquecimento
adequado, pois o sebo solidifica-se a 45 ºC e congela-se a 12 ºC. Por isso, para tornar o processo mais acessível
faz-se a mistura com óleo de soja.
O biodiesel de sebo (gordura) animal já foi analisado pelos laboratórios credenciados pela Petrobrás e atendeu às
normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Contudo, não foi indicado para exportação pois precipita a gordura
numa temperatura menor do que 5°C.
2.7 – GLICERINA – GENERALIDADES E APLICAÇÕES
Como já foi apresentado anteriormente durante o processo de produção do biodiesel, obtém-se a glicerina como
subproduto. Abaixo seguem algumas generalidades sobre esta substância e as suas aplicações práticas.
2.7.1 – GENERALIDADES
Glicerina, ou glicerol ou propano 1,2,3-triol é um líquido viscoso, incolor, inodoro, higroscópico e com sabor
adocicado. Faz parte da família do triálcool e pode ser transformada em etanol através de processos químicos, cuja
viabilidade está sendo pesquisada. A sua molécula pode ser representada assim:
H2C - OH
|
HC - OH
|
H2C - OH
A mesma possui três grupos hidroxílicos (OH -) que são responsáveis por sua solubilidade em água, além de
absorção da água a partir do ar, sendo que o seu ponto de fusão é 178 °C e o seu ponto de evaporação com
decomposição é de 290 °C. Ainda é miscível com água e etanol.
A glicerina pode ser queimada, mas sob temperaturas entre 200 e 300°C, libera vapores tóxicos de acroleína.
2.7.2 – APLICAÇÕES
Atualmente, a glicerina possui diversas aplicações práticas na indústria:
- Indústria cosmética = 40%
- Indústria alimentícia = 24%
- Indústria química = 18%
- Indústria farmacêutica = 7%
- Outras = 11%
Onde:
- Cosméticos: por ser atóxica, não irritante, sem cheiro e sabor, tem sido aplicado como emoliente e umectante em
batons, cremes para a pele, desodorantes, loções pós barba, maquiagens, pastas de dente, sabonetes, etc.
- Alimentos e bebidas: pode ser usada como umectante e conservante para as balas, bolos, doces, pastas de carne
e de queijo, refrigerantes e demais produtos que utilizem o sorbitol. Por ser um componente estrutural de lipídeos,
pode ser usado para coberturas de doces, molhos para salada e sobremesas geladas.
- Químicos: na indústria plástica, pode ser usada para a síntese de matérias-primas como o propanodiol e a
dihidroxiacetona, além de auxiliar na produção do polimetileno tereftalato e poliuretanos. Na indústria de tintas, na
composição de resinas e pigmentos. Na indústria bélica, na produção de explosivos.
- Remédios: utilizada na composição de anestésicos, antibióticos, anti-sépticos, cápsulas, emolientes para cremes
e pomadas, supositórios e xaropes.
- Outros: pode ser usada na indústria do tabaco, para tornar as fibras do fumo mais resistentes, além da
composição dos filtros dos cigarros. Na indústria têxtil para amaciar e aumentar a flexibilidade das fibras têxteis.
2.8 – QUALIDADE DO PRODUTO
A produção do biodiesel sem o devido controle das características das matérias-primas, assim como, das fases do
processo produtivo, resultam certamente num produto com qualidade instável.
O Empreendedor que deseja melhorar a produtividade e atender as respectivas normas técnicas e demais
regulamentações, deve adotar um conjunto de ações visando a melhoria contínua da qualidade dos seus produtos,
ou seja:
- Controlar a recepção, armazenamento e uso das diversas matérias-primas;
- Monitorar e controlar todas as variáveis do processo de produção;
- Realizar ensaios técnicos pertinentes, tanto das matérias-primas, como dos produtos acabados;
- Monitorar e realizar a manutenção geral das máquinas, equipamentos e acessórios;
- Manter todo o pessoal envolvido, devidamente treinado e capacitado tecnicamente.
3 – FABRICANTES E FORNECEDORES DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Segue uma lista de alguns Fabricantes e Fornecedores, contendo informações para contato e as eventuais fases
de produção aplicáveis:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_maqeqptoaces.xls
4 – FORNECEDORES DE MATÉRIA- PRIMA E PRODUTOS SEMI ACABADOS
Segue uma lista de alguns Fornecedores de matéria-prima, contendo informações para contato e os seus
respectivos produtos:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_matpri.xls
5 – RECOMENDAÇÕES
5.1 – REGISTROS E OUTROS SERVIÇOS
Para fins legais de operação e manutenção da fábrica, perante os órgãos e entidades competentes, será
necessário todo um trâmite administrativo, jurídico, contábil e fiscal. Isto poderá ser realizado pelos respectivos
departamentos internos, ou mesmo por uma empresa de consultoria especializada, que prestará os seguintes
serviços:
- Atos constitutivos;
- Auxílio jurídico;
- Contabilidade;
- Controle fiscal;
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretaria da Receita Federal;
- Registro na Secretaria de Estado da Fazenda;
- Registro na Prefeitura do Município (Alvará de funcionamento);
- Registro no INSS;
- Registro no Sindicato Patronal;
- Cadastro na Caixa Econômica Federal (Conectividade Social);
5.2 – CONSULTORIAS – GESTÃO DE EMPRESAS
Para auxiliar o futuro Empreendedor segue abaixo, uma relação de algumas Empresas que prestam serviços
diversos de consultoria:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/cons_gesneg.xls
5.3 – REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA
5.3.1 – DECRETOS, INSTRUÇÕES NORMATIVAS, LEIS E PORTARIAS APLICÁVEIS
Para a produção do biodiesel, o Empreendedor deve ter conhecimento dos seguintes Decretos, Instruções
Normativas, Leis e Portarias que regulamentam o segmento do biodiesel:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_regtec.xls
5.3.2 – NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS – ABNT
A título informativo, segue abaixo uma pequena Relação das Normas Técnicas da ABNT, referentes ao biodiesel,
podendo ser aplicados nas diversas fases do processo produtivo e também no controle de qualidade:
http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/normas_abnt.xls
5.3.3 – RESPONSÁVEL TÉCNICO
Para a produção do biodiesel, são utilizadas diversas substâncias químicas, além de todo o processo de produção
em si, logo, recomenda-se que um engenheiro químico ou outro profissional da área atue como responsável
técnico, para garantir a segurança e a qualidade do produto final.
Contudo, isso não significa que o fabricante está totalmente isento da fiscalização dos órgãos competentes, pois há
a necessidade de inspeção periódica das instalações e condições gerais das matérias-primas, instalações, etc.
5.4 – OUTRAS INFORMAÇÕES
Recomenda-se ficar atento e atualizado frente ao mercado, além de conhecer novas tendências, tecnologias e
processos, linhas de crédito e financiamento, objetivando realizar parcerias e fazer bons negócios. Para isto,
existem diversas Entidades, Eventos, Feiras, Instituições, Revistas e demais meios de comunicação pertinentes.
5.4.1 – ENTIDADES
Segue abaixo uma lista de diversas Entidades que podem oferecer ao Empreendedor, uma série de informações e
orientações para a implantação do negócio de produção do biodiesel:
ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.
e-mail: abimaq@abimaq.org.br
site: http://www.abimaq.org.br
ABIODIESEL – Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel.
e-mail: abiodiesel@abiodiesel.org.br
site: http://www.abiodiesel.org.br
ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
site: http://www.abiove.com.br
ANBIO – Associação Nacional de Biossegurança.
site: http://www.anbio.org.br
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
site: http://www.anp.gov.br
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
site: http://www.sct.embrapa.br
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
site: http://www.agricultura.gov.br/
MCT – Ministério de Ciência e Tecnologia.
site: http://www.mct.gov.br
MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário.
Site: http://www.mda.gov.br
MME – Ministério de Minas e Energia.
site: http://www.mme.gov.br
PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A.
site: http://www.petrobras.com.br
Portal do Biodiesel.
Governo Federal.
site: http://www.biodiesel.gov.br
SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas.
site: http://sbrt.ibict.br
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Unidades em todo o Brasil.
site: http://www.sebrae.com.br
TECPAR / CERBIO – Centro de Referência em Biocombustíveis.
e-mail: cerbio@tecpar.br
site: http://www.tecpar.br/cerbio
5.4.2 – BANCOS
Segue abaixo, uma lista de diversas Instituições bancárias e afins que podem oferecer ao Empreendedor, uma
série de informações, orientações e serviços relativos a linhas de crédito ou financiamento para implantação de
uma indústria ou usina para produção de biodiesel:
BASA – Banco da Amazônia.
site: http://www.bancoamazonia.com.br
BB – Banco do Brasil.
site: http://www.bb.gov.br
BNB – Banco do Nordeste.
site: http://www.bnb.gov.br
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
site: http://www.bndes.gov.br
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos.
site: http://www.finep.gov.br
5.4.3 – FEIRAS E EVENTOS
Conferência Bioenergy - Fuels and Chemicals from Renewable Resources.
site: http://www.engconfintl.org/9af.html
BiodieselBR.
site: http://www.biodieselbr.com/eventos/biodiesel.htm
UBRAFE – União Brasileira de Feiras e Eventos.
site: http://www.ubrafe.com.br
5.4.4 – NOTÍCIAS
Revista Biodiesel.
site: http://www.revistabiodiesel.com.br
Revista BiodieselBr.
site: http://www.biodieselbr.com/revista.htm
BIODIESEL
Fontes consultadas
ARTIGOS TÉCNICOS:
BiodieselBR
site: http://www.biodieselbr.com
Revista Biodiesel
Fascículos - Por dentro do Biodiesel
site: http://www.revistabiodiesel.com.br/
CONCEITO DE BIODIESEL:
BiodieselBR
site: http://www.biodieselbr.com
Biodiesel
site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiesel
Revista Biodiesel
Fascículos - Por dentro do Biodiesel
site: http://www.revistabiodiesel.com.br/
ENTIDADES:
ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Av. Jabaquara, 2925 - São Paulo - SP - CEP: 04045-902
Tel: (11) 5582-6311 - Fax: (11) 5582-6312
e-mail: abimaq@abimaq.org.br
site: http://www.abimaq.org.br
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Rua Minas Gerais, 190 - Higienópolis - São Paulo - SP - CEP: 01244-010
Tel: (11) 3017-3600
Unidades também no DF, MG, RJ e RS
Postos de intermediação em todo o Brasil
e-mail: atendimento.sp@abnt.org.br
site: http://www.abnt.org.br
SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas
site: http://sbrt.ibict.br
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Unidades em todo o Brasil
site: http://www.sebrae.com.br
FABRICAÇÃO DE BIODIESEL:
BiodieselBR
site: http://www.biodieselbr.com
Dedini S/A Indústrias de Base
Catálogo Biodiesel
site: http://www.codistil.com.br
Permear – Rede de Permacultores
Apresentações: Biodiesel – Química e Biodiesel - Produção
Timmermann, Jorge
Vieira, Itamar
Santa Catarina - SC
site: http://www.permear.org.br
Petrobrás – Ministério das Minas e Energia
Cartilha: Biocombustíveis – O Que Você Precisa Saber Sobre Este Novo Mercado
site: http://www.petrobras.com.br
Revista Biodiesel
Fascículos - Por dentro do Biodiesel
site: http://www.revistabiodiesel.com.br
SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas
Arquivo sbrt1996 - Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool
Palavras chave: Ácido graxo; Biodiesel; Fabricação; Óleo vegetal
Arquivo sbrt6475 - Fabricação de biodiesel
Palavras chave: Biodiesel; Combustível; Gordura animal
site: http://sbrt.ibict.br
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Unidades em todo o Brasil
Cartilha SEBRAE - Biodiesel
site: http://www.sebrae.com.br
LEGISLAÇÃO E/OU NORMATIZAÇÃO:
ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos
Apresentação: Normalização para Biodiesel – ABNT / ONS – 34
M. Araújo, Rosângela
site: http://www.anp.gov.br
BiodieselBR
site: http://www.biodieselbr.com
Revista Biodiesel
Fascículos - Por dentro do Biodiesel
site: http://www.revistabiodiesel.com.br
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Unidades em todo o Brasil
Cartilha SEBRAE - Biodiesel
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Estudo referente ao Biodiesel

  • 1.
  • 2. BIODIESEL 1 – INTRODUÇÃO 1.1 – CONCEITO O Biodiesel é um biocombustível renovável e biodegradável, produzido através de uma reação química de um óleo ou gordura de origem vegetal ou animal, com a adição de um álcool simples (etanol ou metanol) na presença de um catalisador (normalmente o hidróxido de sódio - NaOH ou o hidróxido de potássio - KOH). Tal reação química é chamada de transesterificação, cujos produtos principais são os ésteres etílicos ou metílicos de ácido graxo (biodiesel) e o glicerol (glicerina) como subproduto, como mostrado abaixo: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/trans_1.gif O Biodiesel também pode ser definido segundo os critérios abaixo: - Definição Geral: Combustível natural usado em motores diesel, produzido através de fontes renováveis, que atende as especificações da ANP. - Definição Geral estendida: Combustível renovável derivado de óleos vegetais, como girassol, mamona, soja, babaçu e demais oleaginosas, ou de gorduras animais, usado em motores a diesel, em qualquer concentração de mistura com o diesel. Produzido através de um processo químico que remove a glicerina do óleo. - Definição Técnica: Combustível composto de mono-alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de óleos vegetais ou de gorduras animais e designado B100. - Definição da Legislação Brasileira: Biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil. 1.2 – APLICAÇÕES O biodiesel como um biocombustível, pode substituir parcialmente ou totalmente, o óleo diesel derivado de petróleo nos motores de ciclo diesel automotivos (automóveis, caminhões, tratores, etc) ou de ciclo diesel estacionários (geradores, etc). Este produto pode ser misturado ao óleo diesel derivado de petróleo em qualquer proporção, pois possui características físico químicas semelhantes, sem a necessidade de qualquer alteração mecânica nos motores diesel existentes, exceto em alguns motores antigos. Além disto, por ser um produto biodegradável, não-tóxico e praticamente livre de resíduos de enxofre e aromáticos, é considerado um combustível ecológico. Logo, como se trata de uma fonte de energia limpa não poluente, a sua aplicação em um motor diesel convencional resulta, quando comparado com a queima do diesel mineral, numa redução substancial de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados, que são liberados para a atmosfera. 1.3 – VANTAGENS E DESVANTAGENS Como todo biocombustível, o biodiesel apresenta uma série de vantagens e desvantagens, quanto a sua utilização prática. 1.3.1 – VANTAGENS O Biodiesel apresenta as seguintes vantagens: - Fonte de energia renovável e ecológica. - Produção não contribui para o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. - Queima eficaz contribui para a diminuição do efeito estufa, além de não gerar resíduos tóxicos. - Contribui para a geração de empregos no setor primário, devido ao uso das oleaginosas. - Ausência da necessidade de modificação nos motores diesel atuais, para misturas de biodiesel a 20 % com diesel fóssil, sendo que percentuais superiores exigem avaliações mais elaboradas de desempenho do motor. - Desempenho similar ao diesel fóssil em climas frios. - Substituição gradativa do diesel fóssil ao longo dos anos. - Redução da necessidade de importação do diesel fóssil. - Viabilização da produção em regiões isoladas.
  • 3. - Possibilidade de fortalecimento do setor de agronegócios, promovendo o crescimento regional sustentado. - Quando misturado ao diesel fóssil tende a melhorar as características desse, otimizando a sua lubricidade, além de reduzir o teor de enxofre e elevar o número de cetano. - Pode aumentar a vida útil dos motores diesel, pois é um excelente lubrificante. - Baixo risco de explosão, ocorrendo apenas em temperaturas acima de 150 °C. - Facilidade e segurança para armazenamento e transporte. - Favorecimento a rotação de culturas no setor primário, preservando o solo. - Aceitação e uso cada vez maior o país. - Possibilidade de uso dos créditos de carbono conforme o Protocolo de Kioto. 1.3.2 – DESVANTAGENS O Biodiesel apresenta as seguintes desvantagens: - Ligeiro temor do mercado quanto à utilização de toda a glicerina gerada como subproduto. - Suspeitas não comprovadas sobre a acroleína ser cancerígena, gerada durante a queima parcial da glicerina. - Possível impacto ambiental, pois os cultivos de algumas matérias primas estão invadindo florestas tropicais que podem extinguir certas espécies de animais ou vegetais. - Probabilidade de esgotamento do solo se a produção da matéria-prima for intensiva. - O balanço de dióxido de carbono (CO2) do biodiesel não é totalmente neutro, se for considerada a energia para a sua produção. - Especulação quanto à probabilidade de aumento do custo de alguns alimentos, devido à demanda do biodiesel. - Possível impacto no mercado sobre alguns produtos, devido à queda do custo da glicerina. 1.4 – CLASSIFICAÇÃO GERAL O nome biodiesel muitas vezes é confundido com a mistura diesel + biodiesel, disponível em alguns postos de combustíveis existentes no país. Logo, foi convencionada a adoção da expressão BXX, onde o B significa “Blend” e XX a porcentagem deste produto misturado ao diesel fóssil, também conhecido como óleo diesel ou simplesmente diesel. Segundo esta convenção, a mistura de 2% de biodiesel junto ao diesel é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o biodiesel puro, chamado de B100. Assim, a sigla B2 significa 2% de biodiesel e 98% de diesel e o B5 significa 5% de biodiesel e 95% de diesel. Tais misturas estão aprovadas para uso no país e a sua produção deve respeitar as especificações técnicas definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na prática, têm-se realizado diversos testes e uso do biodiesel nos níveis de concentração abaixo: - Puro = B100. - Misturas = B20 e B30. - Aditivo = B5. - Aditivo de lubricidade = B2. Como dito acima, a utilização do biodiesel puro ainda está sendo testada, mas caso seja devidamente aprovada, será chamado de B100. Por outro lado, as misturas em proporções volumétricas entre 5% e 20% são as mais utilizadas, sendo que para a mistura B5, não é necessária nenhuma adaptação nos motores. Atualmente, o biodiesel vendido nos postos de combustíveis do país possui 2% de biodiesel e 98% de diesel, isto é, o biodiesel B2. Convém lembrar que o biodiesel deve ser utilizado apenas em motores a diesel, e nunca em motores que utilizam outros combustíveis diferentes. 1.5 – QUÍMICA DO BIODIESEL A química dos ácidos graxos interfere bastante nas características do biodiesel. Será mostrado abaixo, a maneira como as substâncias reagem quimicamente entre si. Os ácidos graxos diferem entre si, devido a três características:
  • 4. - o tamanho de sua cadeia hidrocarbônica; - o número de insaturações; - a presença de grupamentos químicos. Quanto maior a cadeia hidrocarbônica da molécula, maior o número de cetano e a lubricidade do combustível, assim como, maior o ponto de névoa e o ponto de entupimento. Logo, as moléculas muito grandes (ésteres alquílicos do ácido erúcico, araquidônico ou eicosanóico) quando pré-aquecidas, tornam difícil o uso do combustível em regiões com baixas temperaturas. Quanto às insaturações, quanto menor o número de insaturações (duplas ligações) nas moléculas, maior o número de cetano do combustível, melhorando a qualidade da combustão. Por outro lado, um maior número de insaturações, torna as moléculas menos estáveis quimicamente, podendo ocasionar problemas de oxidações, degradações e polimerizações do combustível. Concluindo, tanto os ésteres alquílicos de ácidos graxos saturados (láurico, palmítico, esteárico) como os de poli- insaturados (linoléico, linolênico) apresentam alguns inconvenientes. De uma forma geral, um biodiesel com predominância de ácidos graxos combinados monoinsaturados (oléico, ricinoléico) são os que apresentam os melhores resultados. A apresentação abaixo, demonstra toda a química envolvida no processo do biodiesel, passo a passo: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodiesel-quimica.pps 1.6 – CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS As características físicas e químicas do biodiesel são semelhantes entre si, independentemente de sua origem. Essas características são quase idênticas, independente da natureza da matéria-prima e do agente de transesterificação: - Combustibilidade: é o grau de facilidade para a combustão em um dispositivo da forma desejada, para a produção de energia mecânica adequada. Nos motores diesel, a combustibilidade se relaciona com o poder calorífico e o índice de cetano. - Viscosidade cinemática e tensão superficial: definem a qualidade de pulverização na injeção do combustível, agindo também na qualidade da combustão. - Impactos ambientais das emissões: referem-se aos teores de enxofre e de hidrocarbonetos aromáticos, além da combustibilidade. - Compatibilidade ao uso: refere-se a vida útil do motor através da lubricidade e pela corrosividade - Compatibilidade ao manuseio: refere-se ao transporte, armazenamento e a distribuição do combustível, onde a corrosividade, a toxidez e o ponto de fulgor são consideradas. 1.6.1 – PROPRIEDADES FÍSICAS Seguem abaixo, as propriedades físicas do biodiesel: - Ponto de Névoa e de Fluidez: é a temperatura em que o líquido quando refrigerado, começa a ficar turvo. O ponto de fluidez é a temperatura em que o líquido não mais escoa livremente. Ambos variam segundo a matéria prima de origem, e o álcool usado na reação. - Ponto de Fulgor (Flash Point): é a temperatura em que o produto torna-se inflamável, quando completamente isento de metanol ou etanol, sendo de 100 ºC sob condições normais de transporte, manuseio e armazenamento. - Poder Calorífico: muito próximo do diesel, com uma diferença média à favor de 5%. Entretanto, com uma combustão mais completa, o biodiesel possui um consumo específico equivalente ao diesel. - Índice de Cetano (octanagem): tal índice é de 60 para o biodiesel e de 48 a 52 para o diesel, explicando o motivo pelo qual, o biodiesel queima muito melhor num motor diesel do que o diesel. 1.6.2 – PROPRIEDADES QUÍMICAS Seguem abaixo, as propriedades químicas do biodiesel: - Teor de Enxofre: como os óleos vegetais e as gorduras de animais não possuem enxofre, o biodiesel é completamente isento desse elemento contaminante. - Poder de Solvência: por ser composto de uma mistura de ésteres de ácidos carboxílicos, solubiliza um grupo
  • 5. muito grande de substâncias orgânicas. 1.7 – INVESTIMENTO E PESSOAL O investimento e o pessoal necessário para a implantação de um negócio para produção de biodiesel, dependerá muito do porte da indústria ou usina, e do volume de produção almejado. Contudo, a diferença entre as matérias-primas, assim como o porte da usina e a incidência tributária sobre o produto final, pode resultar em grandes diferenças no custo de produção do biodiesel. Assim como, os custos com as matérias- primas (óleo vegetal, sebo animal e álcool), catalisador, mão-de-obra, energia, custos administrativos e financeiros (custos de capital), além da margem do produtor, também podem gerar resultados contraditórios na comparação com o preço do diesel fóssil, tornando complexa a análise de viabilidade. Para facilitar o entendimento do custo total do biodiesel, pode-se separar a etapa agrícola e a etapa industrial. Logo, reduzindo o custo da etapa agrícola do custo de produção, obtém-se dois custos distintos: o custo do óleo e o custo de conversão. O custo de distribuição envolve custos de pós-produção, tais como transporte, mistura com óleo diesel, estocagem e revenda. Por outro lado, a tributação pode ser decisiva para a implementação do negócio, capaz de tornar o custo final do biodiesel inferior ao do diesel fóssil. Atualmente, os custos com matéria prima e produção fazem com que o preço de venda do biodiesel seja relativamente alto. Sugere-se o uso de processos contínuos e óleos crus, como opções para a redução dos custos, juntamente com a recuperação da glicerina. 1.8 – LOCALIZAÇÃO Recomenda-se, se possível, que um Empreendimento para produção de biodiesel seja montado próximo dos fornecedores de matéria-prima. Além disso, deve-se levar em consideração também: - Existência de uma área para resíduos que possam ser destinados para Empresas especializadas; - Fornecimento de água potável com boa qualidade; - Fornecimento estável de energia elétrica; - Disponibilidade e facilidade de mão-de-obra; - Infra-estrutura local para transportes; - Espaço útil otimizado para melhor fluxo da produção; - Áreas devidamente projetadas para a recepção das matérias primas, processos industriais e armazenamento. 1.9 – MERCADO O mercado do biodiesel é praticamente dominado por empresas de grande porte, logo, já existe uma grande concorrência no setor. Tais empresas dispõem de tecnologia avançada, tanto para pesquisa e produção como qualidade e melhoria dos seus produtos, o que significa um alto investimento. Contudo, existem fornecedores de soluções na forma de indústrias ou usinas de diversos portes e capacidades de produção, para atender as demandas de energia alternativa renovável e outras necessidades, para os Empreendedores localizados em regiões isoladas, principalmente na zona rural das cidades. Por outro lado, os fatores ambientais e a elevação dos preços do petróleo favorecem a expansão do mercado de produtos combustíveis derivados da biomassa no país, com destaque para o etanol para uso em automóveis, e o biodiesel para caminhões, ônibus, tratores, transportes marítimos, aquaviários e em motores estacionários para a produção de energia elétrica, onde o óleo diesel, é o combustível mais utilizado. Assim, a produção do biodiesel pode favorecer o desenvolvimento econômico de diversas regiões do Brasil, uma vez que é possível explorar a melhor alternativa de matéria-prima, seja de origem vegetal ou animal. O consumo do biodiesel e de suas misturas BX pode ajudar o país de diversas formas, quanto à redução da dependência do petróleo, contribuição para a redução da poluição atmosférica, além da geração de empregos em áreas menos propícias para outras atividades econômicas, promovendo assim, a inclusão social. O Brasil alcançou o posto de terceiro maior produtor de biodiesel do planeta com uma produção de 1,16 bilhões de
  • 6. litros em 2008, ficando atrás da Alemanha e dos Estados Unidos. Trata-se de uma ótima colocação, considerando que o programa brasileiro completou apenas quatro anos. Desde janeiro de 2005 até dezembro de 2007, o país consumiu mais de 850 milhões de litros de biodiesel. A partir de 2010, está prevista a vigoração da obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel (B5) ao diesel, logo, a demanda deverá subir para 2,3 bilhões de litros anuais. O gráfico abaixo, mostra a estimativa de demanda do biodiesel a partir do ano de 2007: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/demand.jpg 1.10 – SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL Além de todas as vantagens econômicas e ambientais com a produção de biodiesel no Brasil, um dos pontos mais debatidos sobre o programa é a inclusão social. Sendo assim, foi criado o Selo Combustível Social para incentivar a participação dos Agricultores e de seus familiares. Os resultados dos benefícios proporcionados pelo Selo, que dentre outros, determina que o Produtor de biodiesel adquira parte das matérias-primas da agricultura familiar, adquirindo o direito de participar dos leilões de biodiesel, ganhou destaque sendo hoje um dos apelos mais fortes do setor. Já os benefícios para os Agricultores são muitos. Segundo estudos, para cada 1% de diesel substituído por biodiesel, produzido com a participação da agricultura familiar podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no campo. Assim, para cada emprego gerado no campo, são gerados 3 empregos na cidade, resultando em cerca de 180 mil empregos. Numa hipótese otimista, com 6 % de participação da agricultura familiar no mercado de biodiesel, seriam gerados mais de 1 milhão de empregos. Por outro lado, os Produtores que possuem o Selo têm acesso as alíquotas do PIS / Pasep e Cofins com os coeficientes de redução diferenciados, acesso a melhores condições de financiamento junto ao BNDES e outras instituições financeiras credenciadas. O Selo Combustível Social será concedido ao Produtor de biodiesel que: - Promover a inclusão social dos Agricultores familiares cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, que lhe forneçam matéria-prima. - Comprovar regularidade dentro do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF. Para promover a inclusão social dos Agricultores familiares, o Produtor deve: - Adquirir de Agricultor familiar uma quantidade de matéria-prima, determinada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a produção de biodiesel. - Firmar contratos com os Agricultores familiares, especificando as condições comerciais que garantam renda e prazos compatíveis com a atividade, conforme requisitos fixados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. - Fornecer assistência e capacitação técnica aos Agricultores familiares. Para o Produtor de biodiesel, o Selo confere: - Direito a benefícios de políticas públicas específicas, voltadas para promoção da produção de combustíveis renováveis, com inclusão social e desenvolvimento regional. - Utilização para fins de promoção comercial de sua produção. - Acesso livre para participação nos leilões de biodiesel. O Selo Combustível Social somente será concedido para os Produtores que comprarem matéria-prima da Agricultura familiar numa porcentagem mínima de: - 50% - Região Nordeste e Semi-árido. - 10% - Região Norte e Centro Oeste. - 30% - Região Sudeste e Sul. - Prazo de validade: o referido Selo terá validade de cinco anos, contados do dia 1º de janeiro do ano subseqüente a sua concessão. O Produtor de biodiesel poderá solicitar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a renovação da concessão de uso do Selo com antecedência mínima de cinco meses do término de sua validade. 1.11 – AUTOMAÇÃO A automação industrial é uma inovação tecnológica cada vez mais presente atualmente nas fábricas, que favorece
  • 7. um fluxo de trabalho otimizado na linha de produção, aumentando os índices de produtividade e qualidade. Entretanto, devido aos custos mais elevados, tal recurso é normalmente utilizado por empresas de grande porte e alto volume de produção. 2 – PROCESSO PRODUTIVO 2.1 – MATÉRIA PRIMA O Brasil possui grandes vantagens do ponto de vista agrícola, por se tratar de um país tropical, com altas taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais, além de um solo muito fértil. Tudo isso, aliada a grande disponibilidade hídrica e chuvas regulares, torna o país com imenso potencial para a produção de energia renovável. As matérias-primas para a produção de biodiesel são basicamente, os óleos vegetais, gordura animal, óleos e gorduras residuais, como mostrado abaixo: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_1.jpg - Quanto aos óleos vegetais ou de oleaginosas, podem ser utilizadas a baga de mamona, polpa do dendê, amêndoa do coco de dendê, amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, amêndoa do coco de praia, caroço de algodão, grão de amendoim, semente de canola (colza), semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de oiticica, semente de linhaça, semente de tomate e de nabo forrajeiro, além do buriti, gergelim, jojoba, linhaça, macaúba, palma, palmiste, pequi, pinhão manso, soja, tucumã, tungue, etc. - Quanto às gorduras animais, destacam-se o sebo bovino, os óleos de peixes, o óleo de mocotó, a banha de porco, etc, que podem ser obtidos nos curtumes e abatedouros de animais de médio e grande porte. - Quanto aos óleos e gorduras residuais, aqueles resultantes do uso doméstico, comercial e industrial, como os resíduos de estabelecimentos diversos, além dos esgotos, cuja nata sobrenadante é rica em matéria graxa, as águas residuais de processos industrias, etc. Encontra-se abaixo, um quadro mostrando algumas matérias-primas que podem ser usadas: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_2.jpg Para a produção de biodiesel, recomenda-se conhecer a cadeia produtiva de cada matéria prima em potencial, assim como, onde encontrar os respectivos fornecedores, qual o volume disponível ao longo do ano e a sua viabilidade econômica. A partir da obtenção destas informações, pode-se contratar uma empresa para projetar a indústria ou a usina, de acordo com as necessidades do Empreendedor. Quanto as matérias-primas de origem vegetal, pode-se visualizar as ilustrações e mapas abaixo, para outras referências: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_3.jpg http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_4.jpg http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/matpri_5.jpg Notas: - Cada tipo de cultura depende de diferentes condições de solo, clima, altitude, etc. - Cada óleo vegetal tem diversos cuidados, produtividade, teor de óleo, etc - Todos os óleos vegetais, classificados como óleos fixos ou triglicerídicos, podem ser transformados em biodiesel. - Os óleos essenciais formam uma outra família de óleos vegetais, não podendo ser usados como matérias primas para a produção de biodiesel, pois são voláteis e possuem misturas de terpenos, terpanos, fenóis e outras substâncias aromáticas. 2.1.1 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS MATÉRIAS-PRIMAS Existem algumas matérias-primas que estão sendo pesquisadas e experimentadas por diversas Entidades e Instituições, procurando oferecer fontes alternativas para a produção do biodiesel, tais como: - Óleos Residuais de Frituras: existem certos problemas técnicos quanto à transformação desses óleos, devido à heterogeneidade do grau de acidez, do teor de umidade e da presença de alguns contaminantes. - Óleos e Gorduras Residuais de Esgotos: tal possibilidade confronta a abundância dessa matéria-prima, frente à transformação desta matéria graxa em metano, que é um sério contribuinte para o efeito estufa.
  • 8. - Sebo bovino: consiste numa matéria prima que possui uma grande oferta disponível no país, cerca de 600 mil ton por ano, aliada ao seu baixo custo comparado com as demais matérias primas de origem vegetal. 2.2 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A seguir, são listadas as máquinas, equipamentos e acessórios típicos aplicados na produção do biodiesel: - Balanças; - Bombas dosadoras; - Carro (trolley); - Centrífugas; - Clarificadores; - Desaeradores; - Desumidificadores; - Destiladores; - Filtros e/ou sistemas de filtragem; - Moenga de recebimento; - Processadores de biodiesel; - Tanques de armazenagem; - Tanques de decantação. Além disso, existem fornecedores especializados que projetam, vendem e constroem as indústrias ou usinas completas para a produção de biodiesel, para atender a diversos volumes de produção. Nota: Existem no mercado, maquinários com capacidades diferentes, para atender as diversas necessidades ! 2.3 – EQUIPAMENTOS AUXILIARES Para complementar o empreeendimento para produção do biodiesel, têm-se os equipamentos auxiliares: - Bancadas de trabalho; - Estantes para estoque e matéria-prima; - Balcão de atendimento (se necessário); - Móveis e utensílios para o escritório; - Equipamentos de telefonia e informática; - Veículo(s) para visita à clientes e entrega de produtos, etc. 2.4 – EPIs (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) Devido a manipulação de diferentes produtos químicos sob temperaturas diversas, sendo processadas em máquinas e equipamentos por vezes perigosos, é extremamente recomendado e obrigatório, a utilização dos respectivos EPI’s para a preservação da integridade física e saúde dos funcionários envolvidos no processo: - Capacete; - Luvas de látex; - Luvas térmicas; - Máscara facial comum ou com filtragem apropriada; - Óculos de proteção; - Protetor auricular; - Roupa térmica (conforme faixa de temperatura); - Sapatos ou Botinas de segurança. Nota: Para cada fase do processo produtivo, é necessário um determinado conjunto de EPIs ! 2.5 – PROCESSOS DE PRODUÇÃO Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado de transesterificação, onde o óleo vegetal ou animal é filtrado e processado com materiais alcalinos para a remoção do excesso de gorduras ácidas e da umidade. Depois, é misturado com álcool e um catalisador. As reações formam ésteres (biodiesel) e glicerol (glicerina), que são separados entre si, e também dos demais reagentes em excesso.
  • 9. Geralmente, realiza-se tal separação em duas fases - primeiro, separa-se a glicerina via decantação ou centrifugação, depois elimina-se os sabões, restos de catalisador de metanol ou etanol, por um processo de lavagem com água e borbulhação, ou uso de silicato de magnésio, seguida de uma filtragem ou destilação. Abaixo, seguem dois diagramas simplificados que mostram o processo produtivo do biodiesel: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/diapro_1.jpg http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/diapro_2.jpg As unidades de medida aplicadas para a produção do biodiesel são: - União Européia: toneladas métricas (tons metric). - EUA: galões. - Demais países: metros cúbicos (m³) e litros (l). Podem ser utilizadas as seguintes unidades de conversão: - Metros cúbicos = 1000 l = 880 tons metric = 0,26 galões (milhões). - Toneladas métricas (tons metric) = 1,136 m³ = 0,30 galões (milhões). - Galões = 3,333 tons metric = 3,788 m³ 2.5.1 – FASES DE PRODUÇÃO Segue abaixo, um fluxograma típico para a produção de biodiesel: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/flupro.gif As diversas fases do processo podem ser descritas de forma básica, assim: - Preparação da Matéria- Prima: os procedimentos aplicados nesta fase, visam criar as melhores condições para a efetivação da reação de transesterificação, com a máxima taxa de conversão. Primeiramente a matéria-prima, deve ter um mínimo de umidade e de acidez, através de um processo de neutralização, com uma lavagem em uma solução alcalina de hidróxido de sódio ou de potássio, seguida de uma operação de secagem ou desumidificação. - Reação de Transesterificação: corresponde a fase de conversão do óleo ou gordura, em ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos, que compõem o biodiesel. A reação pode ser representada pela seguinte equação química: Óleo ou Gordura + Metanol => Ésteres Metílicos + Glicerol Óleo ou Gordura + Etanol => Ésteres Etílicos + Glicerol A primeira equação química representa a reação metílica, quando se utiliza o metanol (álcool metílico) como agente de transesterificação, obtendo-se os ésteres metílicos (biodiesel) e o glicerol (glicerina). A segunda equação química representa a reação etílica, quando se utiliza o etanol (álcool etílico) como agente de transesterificação, obtendo-se os ésteres etílicos (biodiesel) e o glicerol (glicerina). - Etílicos e a Glicerina: as reações químicas são equivalentes, pois tanto os ésteres metílicos como os ésteres etílicos têm propriedades equivalentes como biocombustível, sendo ambos considerados como biodiesel. Ambas as reações ocorrem com a presença de um catalisador, que pode ser o hidróxido de sódio (NaOH) ou o hidróxido de potássio (KOH), usados em baixas proporções. No Brasil, o NaOH tem um custo muito mais baixo do que o KOH, além da preferência pela reação etílica. - Separação de Fases: a massa reacional final é composta por duas fases, separáveis por decantação ou por centrifugação. A fase mais pesada é formada por glicerina bruta, impregnada com excessos de álcool, de água, e de impurezas inerentes a matéria-prima. A fase menos densa, é formada por uma mistura de ésteres metílicos ou etílicos, conforme a natureza do álcool adotado, também impregnado de excessos reacionais de álcool e de impurezas. - Recuperação do Álcool da Glicerina: a fase pesada, que contém água e álcool, passa por um processo de evaporação, eliminando-se da glicerina bruta estes componentes voláteis, cujos vapores são liquefeitos em um condensador apropriado.
  • 10. - Recuperação do Álcool dos Ésteres: o álcool residual é recuperado da fase mais leve, liberando para as fases seguintes, os ésteres metílicos ou etílicos. - Desidratação do Álcool: os excessos residuais de álcool, após os processos de recuperação, contém uma grande quantidade de água, que é desidratada através de destilação. No caso da desidratação do metanol, a destilação é muito simples, pois a volatilidade relativa dos componentes dessa mistura é grande, além da inexistência do fenômeno de azeotropia que dificultaria a separação completa. Porém, no caso da desidratação do etanol, existe a influência da azeotropia, juntamente com a volatilidade relativa não tão acentuada, que ocorre na separação da mistura metanol - água. - Purificação dos Ésteres: os ésteres são lavados por centrifugação e depois são desumidificados, resultando finalmente no biodiesel, cujas características deverão atender as especificações das normas técnicas vigentes, no que tangem ao uso do biodiesel como biocombustível para utilização em motores a diesel. - Destilação da Glicerina: a glicerina bruta gerada como subproduto, mesmo com as suas impurezas, pode ser purificada através de destilação a vácuo, resultando num produto límpido e transparente, chamada comercialmente de glicerina destilada. Nota: Quanto à obtenção de ésteres etílicos, o processamento mais indicado é a transesterificação com o uso da soda cáustica (hidróxido de sódio) como catalisador, cujos produtos finais são o éster e o glicerol. Assim, para cada 1 % de catalisador aplicado, será originado cerca de 7% de sabões em reação com a matéria graxa, onde se pode recuperar cerca de 6% em peso do total inicial de matéria graxa. Contudo, as instalações de recuperação de ácidos graxos e de glicerina possuem um custo elevado, se comparada as instalações de transterificação semicontínua ou descontínua. 2.6 – BIODIESEL DE SEBO ANIMAL O sebo bovino é um resíduo gorduroso formado por triglicerídeos, que apresenta na sua composição os ácidos oléico (45 %), palmítico (30%) e esteárico (20-25%). Para que seja utilizado como matéria-prima para a produção de biodiesel, deve ter o mínimo de umidade e acidez possível, que pode ser obtido através de processos de desumidificação por secagem e de neutralização por solução. Quanto à acidez, esta pode ser reduzida através de lavagem com uma solução alcalina de hidróxido de sódio ou de potássio, cujo processo é chamado de saponificação parcial. Depois, o produto final é lavado com salmoura (água + sal) dentro de misturadores. As indústrias produtoras de biodiesel normalmente exigem dos seus fornecedores, o sebo animal já processado e em condições ideais para ser usado como matéria-prima para o biodiesel, ou seja, deve ser entregue na forma líquida, sendo que o transporte da graxaria até a indústria de biodiesel, deve possuir um sistema de aquecimento adequado, pois o sebo solidifica-se a 45 ºC e congela-se a 12 ºC. Por isso, para tornar o processo mais acessível faz-se a mistura com óleo de soja. O biodiesel de sebo (gordura) animal já foi analisado pelos laboratórios credenciados pela Petrobrás e atendeu às normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Contudo, não foi indicado para exportação pois precipita a gordura numa temperatura menor do que 5°C. 2.7 – GLICERINA – GENERALIDADES E APLICAÇÕES Como já foi apresentado anteriormente durante o processo de produção do biodiesel, obtém-se a glicerina como subproduto. Abaixo seguem algumas generalidades sobre esta substância e as suas aplicações práticas. 2.7.1 – GENERALIDADES Glicerina, ou glicerol ou propano 1,2,3-triol é um líquido viscoso, incolor, inodoro, higroscópico e com sabor adocicado. Faz parte da família do triálcool e pode ser transformada em etanol através de processos químicos, cuja viabilidade está sendo pesquisada. A sua molécula pode ser representada assim: H2C - OH | HC - OH |
  • 11. H2C - OH A mesma possui três grupos hidroxílicos (OH -) que são responsáveis por sua solubilidade em água, além de absorção da água a partir do ar, sendo que o seu ponto de fusão é 178 °C e o seu ponto de evaporação com decomposição é de 290 °C. Ainda é miscível com água e etanol. A glicerina pode ser queimada, mas sob temperaturas entre 200 e 300°C, libera vapores tóxicos de acroleína. 2.7.2 – APLICAÇÕES Atualmente, a glicerina possui diversas aplicações práticas na indústria: - Indústria cosmética = 40% - Indústria alimentícia = 24% - Indústria química = 18% - Indústria farmacêutica = 7% - Outras = 11% Onde: - Cosméticos: por ser atóxica, não irritante, sem cheiro e sabor, tem sido aplicado como emoliente e umectante em batons, cremes para a pele, desodorantes, loções pós barba, maquiagens, pastas de dente, sabonetes, etc. - Alimentos e bebidas: pode ser usada como umectante e conservante para as balas, bolos, doces, pastas de carne e de queijo, refrigerantes e demais produtos que utilizem o sorbitol. Por ser um componente estrutural de lipídeos, pode ser usado para coberturas de doces, molhos para salada e sobremesas geladas. - Químicos: na indústria plástica, pode ser usada para a síntese de matérias-primas como o propanodiol e a dihidroxiacetona, além de auxiliar na produção do polimetileno tereftalato e poliuretanos. Na indústria de tintas, na composição de resinas e pigmentos. Na indústria bélica, na produção de explosivos. - Remédios: utilizada na composição de anestésicos, antibióticos, anti-sépticos, cápsulas, emolientes para cremes e pomadas, supositórios e xaropes. - Outros: pode ser usada na indústria do tabaco, para tornar as fibras do fumo mais resistentes, além da composição dos filtros dos cigarros. Na indústria têxtil para amaciar e aumentar a flexibilidade das fibras têxteis. 2.8 – QUALIDADE DO PRODUTO A produção do biodiesel sem o devido controle das características das matérias-primas, assim como, das fases do processo produtivo, resultam certamente num produto com qualidade instável. O Empreendedor que deseja melhorar a produtividade e atender as respectivas normas técnicas e demais regulamentações, deve adotar um conjunto de ações visando a melhoria contínua da qualidade dos seus produtos, ou seja: - Controlar a recepção, armazenamento e uso das diversas matérias-primas; - Monitorar e controlar todas as variáveis do processo de produção; - Realizar ensaios técnicos pertinentes, tanto das matérias-primas, como dos produtos acabados; - Monitorar e realizar a manutenção geral das máquinas, equipamentos e acessórios; - Manter todo o pessoal envolvido, devidamente treinado e capacitado tecnicamente. 3 – FABRICANTES E FORNECEDORES DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS Segue uma lista de alguns Fabricantes e Fornecedores, contendo informações para contato e as eventuais fases de produção aplicáveis: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_maqeqptoaces.xls 4 – FORNECEDORES DE MATÉRIA- PRIMA E PRODUTOS SEMI ACABADOS Segue uma lista de alguns Fornecedores de matéria-prima, contendo informações para contato e os seus respectivos produtos: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_matpri.xls 5 – RECOMENDAÇÕES 5.1 – REGISTROS E OUTROS SERVIÇOS Para fins legais de operação e manutenção da fábrica, perante os órgãos e entidades competentes, será
  • 12. necessário todo um trâmite administrativo, jurídico, contábil e fiscal. Isto poderá ser realizado pelos respectivos departamentos internos, ou mesmo por uma empresa de consultoria especializada, que prestará os seguintes serviços: - Atos constitutivos; - Auxílio jurídico; - Contabilidade; - Controle fiscal; - Registro na Junta Comercial; - Registro na Secretaria da Receita Federal; - Registro na Secretaria de Estado da Fazenda; - Registro na Prefeitura do Município (Alvará de funcionamento); - Registro no INSS; - Registro no Sindicato Patronal; - Cadastro na Caixa Econômica Federal (Conectividade Social); 5.2 – CONSULTORIAS – GESTÃO DE EMPRESAS Para auxiliar o futuro Empreendedor segue abaixo, uma relação de algumas Empresas que prestam serviços diversos de consultoria: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/cons_gesneg.xls 5.3 – REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA 5.3.1 – DECRETOS, INSTRUÇÕES NORMATIVAS, LEIS E PORTARIAS APLICÁVEIS Para a produção do biodiesel, o Empreendedor deve ter conhecimento dos seguintes Decretos, Instruções Normativas, Leis e Portarias que regulamentam o segmento do biodiesel: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/biodie_regtec.xls 5.3.2 – NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS – ABNT A título informativo, segue abaixo uma pequena Relação das Normas Técnicas da ABNT, referentes ao biodiesel, podendo ser aplicados nas diversas fases do processo produtivo e também no controle de qualidade: http://www.abimaq.org.br/solucoes_tecnicas_imagens/biodiesel/normas_abnt.xls 5.3.3 – RESPONSÁVEL TÉCNICO Para a produção do biodiesel, são utilizadas diversas substâncias químicas, além de todo o processo de produção em si, logo, recomenda-se que um engenheiro químico ou outro profissional da área atue como responsável técnico, para garantir a segurança e a qualidade do produto final. Contudo, isso não significa que o fabricante está totalmente isento da fiscalização dos órgãos competentes, pois há a necessidade de inspeção periódica das instalações e condições gerais das matérias-primas, instalações, etc. 5.4 – OUTRAS INFORMAÇÕES Recomenda-se ficar atento e atualizado frente ao mercado, além de conhecer novas tendências, tecnologias e processos, linhas de crédito e financiamento, objetivando realizar parcerias e fazer bons negócios. Para isto, existem diversas Entidades, Eventos, Feiras, Instituições, Revistas e demais meios de comunicação pertinentes. 5.4.1 – ENTIDADES Segue abaixo uma lista de diversas Entidades que podem oferecer ao Empreendedor, uma série de informações e orientações para a implantação do negócio de produção do biodiesel: ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. e-mail: abimaq@abimaq.org.br site: http://www.abimaq.org.br ABIODIESEL – Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel. e-mail: abiodiesel@abiodiesel.org.br site: http://www.abiodiesel.org.br
  • 13. ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. site: http://www.abiove.com.br ANBIO – Associação Nacional de Biossegurança. site: http://www.anbio.org.br ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. site: http://www.anp.gov.br EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. site: http://www.sct.embrapa.br MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. site: http://www.agricultura.gov.br/ MCT – Ministério de Ciência e Tecnologia. site: http://www.mct.gov.br MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário. Site: http://www.mda.gov.br MME – Ministério de Minas e Energia. site: http://www.mme.gov.br PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A. site: http://www.petrobras.com.br Portal do Biodiesel. Governo Federal. site: http://www.biodiesel.gov.br SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas. site: http://sbrt.ibict.br SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Unidades em todo o Brasil. site: http://www.sebrae.com.br TECPAR / CERBIO – Centro de Referência em Biocombustíveis. e-mail: cerbio@tecpar.br site: http://www.tecpar.br/cerbio 5.4.2 – BANCOS Segue abaixo, uma lista de diversas Instituições bancárias e afins que podem oferecer ao Empreendedor, uma série de informações, orientações e serviços relativos a linhas de crédito ou financiamento para implantação de uma indústria ou usina para produção de biodiesel: BASA – Banco da Amazônia. site: http://www.bancoamazonia.com.br BB – Banco do Brasil. site: http://www.bb.gov.br BNB – Banco do Nordeste. site: http://www.bnb.gov.br BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. site: http://www.bndes.gov.br FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. site: http://www.finep.gov.br 5.4.3 – FEIRAS E EVENTOS Conferência Bioenergy - Fuels and Chemicals from Renewable Resources. site: http://www.engconfintl.org/9af.html BiodieselBR.
  • 14. site: http://www.biodieselbr.com/eventos/biodiesel.htm UBRAFE – União Brasileira de Feiras e Eventos. site: http://www.ubrafe.com.br 5.4.4 – NOTÍCIAS Revista Biodiesel. site: http://www.revistabiodiesel.com.br Revista BiodieselBr. site: http://www.biodieselbr.com/revista.htm
  • 15. BIODIESEL Fontes consultadas ARTIGOS TÉCNICOS: BiodieselBR site: http://www.biodieselbr.com Revista Biodiesel Fascículos - Por dentro do Biodiesel site: http://www.revistabiodiesel.com.br/ CONCEITO DE BIODIESEL: BiodieselBR site: http://www.biodieselbr.com Biodiesel site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiesel Revista Biodiesel Fascículos - Por dentro do Biodiesel site: http://www.revistabiodiesel.com.br/ ENTIDADES: ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Av. Jabaquara, 2925 - São Paulo - SP - CEP: 04045-902 Tel: (11) 5582-6311 - Fax: (11) 5582-6312 e-mail: abimaq@abimaq.org.br site: http://www.abimaq.org.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Rua Minas Gerais, 190 - Higienópolis - São Paulo - SP - CEP: 01244-010 Tel: (11) 3017-3600 Unidades também no DF, MG, RJ e RS Postos de intermediação em todo o Brasil e-mail: atendimento.sp@abnt.org.br site: http://www.abnt.org.br SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas site: http://sbrt.ibict.br SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Unidades em todo o Brasil site: http://www.sebrae.com.br FABRICAÇÃO DE BIODIESEL: BiodieselBR site: http://www.biodieselbr.com Dedini S/A Indústrias de Base Catálogo Biodiesel site: http://www.codistil.com.br Permear – Rede de Permacultores Apresentações: Biodiesel – Química e Biodiesel - Produção Timmermann, Jorge Vieira, Itamar Santa Catarina - SC site: http://www.permear.org.br Petrobrás – Ministério das Minas e Energia
  • 16. Cartilha: Biocombustíveis – O Que Você Precisa Saber Sobre Este Novo Mercado site: http://www.petrobras.com.br Revista Biodiesel Fascículos - Por dentro do Biodiesel site: http://www.revistabiodiesel.com.br SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas Arquivo sbrt1996 - Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool Palavras chave: Ácido graxo; Biodiesel; Fabricação; Óleo vegetal Arquivo sbrt6475 - Fabricação de biodiesel Palavras chave: Biodiesel; Combustível; Gordura animal site: http://sbrt.ibict.br SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Unidades em todo o Brasil Cartilha SEBRAE - Biodiesel site: http://www.sebrae.com.br LEGISLAÇÃO E/OU NORMATIZAÇÃO: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos Apresentação: Normalização para Biodiesel – ABNT / ONS – 34 M. Araújo, Rosângela site: http://www.anp.gov.br BiodieselBR site: http://www.biodieselbr.com Revista Biodiesel Fascículos - Por dentro do Biodiesel site: http://www.revistabiodiesel.com.br SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Unidades em todo o Brasil Cartilha SEBRAE - Biodiesel site: http://www.sebrae.com.br