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  CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO – NÍVEL ESPECIALIZAÇÃO – “Lato – Sensu”
  AÇÃO INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM EM
                    EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR




   DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO
                    ENSINO FUNDAMENTAL




DAIANA PAULA DE ÁVILA

CONCORDIA-SC

2012
1



                DAIANA PAULA DE ÁVILA




DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO
              ENSINO FUNDAMENTAL




             Monografia do Curso de Pós- Graduação apresentada as Faculdades
             Dom Bosco como parte dos requisitos para a obtenção do Título de
             Especialista na Ação Interdisciplinar no Processo Ensino-
             Aprendizagem em Educação Física Escolar.

              Orientador: Prof. Msc João Bet




                      CONCORDIA-SC
                             2012
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                         DAIANA PAULA DE ÁVILA




  DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO
                        ENSINO FUNDAMENTAL




              Monografia apresentada as Faculdades Dom Bosco e julgada adequada como
              parte dos requisitos para obtenção do título de especialização na Ação
              Interdisciplinar no Processo Ensino-Aprendizagem em Educação Física
              Escolar.

              Orientador: Prof. Msc João Bet.



CONCÓRDIA-SC _____/________2012.           NOTA:___     ________________
                                                              Orientador


                         _______________________
                              Orientador do Curso




                               CONCORDIA-SC
                                       2012
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                                 Dedicatória




       Dedico esta conquista aos meus pais Luiz e Rosani, a minha irmã Luana e

todos que contribuíram de uma forma ou de outra para que mais esta etapa da

minha formação pudesse ser concluída.
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                                  Agradecimentos




      Agradeço em primeiro lugar aos meus pais por terem me dado a oportunidade

de ser alguém de paz e bem no mundo, sempre dando carinho e educação, e em

nenhum momento deixaram de me incentivar aos estudos.

      Agradeço ao professor João Bet pela dedicação e tolerância à orientação

deste trabalho, e também aos demais professores pelo conhecimento repassado e

adquirido ao longo deste tempo.

      Agradeço aos amigos que me apoiaram e ajudaram sempre que possível, em

especial Luan, Jéssika, Lucas, Carla e Matheus.
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“Só lutamos por aquilo que amamos, só
amamos aquilo que respeitamos, só
respeitamos aquilo que conhecemos.”

                          (Adolf Hitler)
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    DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO
                             ENSINO FUNDAMENTAL


                                                                   Daiana Paula de Ávila1
RESUMO

A adolescência caracteriza-se por ser uma fase em que ocorre alterações
significativas, repentinas e desordenadas, favorecendo o aparecimento ou
acentuação dos desvios posturais, e hábitos corretos na infância são importantes
para evitar sobrecargas normais em ossos em crescimento. E as posturas
assumidas durante a fase escolar tornam-se permanentes durante a vida toda. A
função primária da coluna vertebral é dotar o corpo de rigidez longitudinal,
permitindo movimento entre suas partes. Secundariamente, constitui uma base firme
para sustentação de estruturas anatômicas contíguas, como costelas e músculos
abdominais, permitindo a manutenção de cavidades corporais com forma e tamanho
relativamente constantes. Entre 7 e 12 anos, a postura da criança sofre grande
transformação na busca do equilíbrio compatível com as novas proporções do seu
corpo. A escola e a família têm grande importância na construção e consolidação de
conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem como em
anormalidades músculo esqueléticas, preparando crianças e adolescentes para
cuidar da sua própria saúde e bem estar. Um dos agravantes a incidências de
desvio postural é o peso das mochilas. O peso carregado é por muitas vezes maior
do que o indicado. sentido é importante que se detecte problemas para uma possível
solução. Para tal existem profissionais e avaliações que podem ser realizadas
periodicamente nas escolas. Tendo este resultado, os profissionais de Educação
física atuantes em escolas terão condições de incluir em seu planejamento ações e
praticas para prevenir ou auxiliar no tratamento de tais doenças.


Palavras-Chave: desvio, postura, Educação Física, mochilas.




1
 Acadêmica das Faculdades Dom Bosco do Curso de Pós-Graduação, Especialização “Lato – Sensu”
em Ação Interdisciplinar no Processo Ensino/Aprendizagem.
7



           POSTURAL BIAS AND WEIGHT OF BACKPACKS FOR
                 ELEMENTARY SCHOOL STUDENTS
                                                                             Daiana Paula de Ávila2


ABSTRACT



Adolescence is characterized by a phase in which significant changes occur, sudden
and disorderly, favoring the emergence or intensification of postural deviations, and
correct habits in childhood are important to prevent overloads in normal bone growth.
And the positions taken during the school become permanent throughout life. The
primary function of the spinal column is to provide longitudinal stiffness of the body
allowing movement between the parts. Secondly, is a firm basis to support adjacent
anatomical structures such as ribs and abdominal muscles, allowing the maintenance
of body cavities with relatively constant shape and size. Between 7 and 12 years, the
child's posture undergoes major transformation in search of equilibrium compatible
with the new proportions of your body. The school and the family are of great
importance in the construction and consolidation of knowledge, able to act in the
prevention of diseases and abnormalities in skeletal muscle, preparing children for
their own health care and wellness. One of aggravating the incidence of postural
deviation is the weight of the backpacks. The load weight is many times greater than
that indicated. sense it is important to detect a possible solution to problems. For this
there are professionals and assessments can be conducted periodically in schools.
Having this result, the physical education professionals working in schools will be
able to include in their planning actions and practices to prevent or help treat such
diseases.


Key-words: deviation, posture, Physical Education, backpacks




2
 Academic of Faculdade Dom Bosco in the Course of Masters Degree, Broad Specialization " –LatuSensu " in
action Interdisciplinary in the Process Teach Learning.
8



                                                      SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
CAPÍTULO I .............................................................................................................. 12
CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ................................................. 12
 1 CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ............................................ 13
 1.1 Retrospectiva Histórica .................................................................................... 13
 1.2 A Educação Física No Brasil ........................................................................... 17
 1.3 A Atividade Física ou Prática Esportiva ........................................................... 17
CAPÍTULO II ............................................................................................................. 20
CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL ...................................... 20
 2 CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL................................ 21
 2.1 A Coluna Vertebral .......................................................................................... 21
 2.1.1 Regiões da Coluna Vertebral ........................................................................ 22
 2.1.2 Vértebras ...................................................................................................... 23
 2.1.3 Inervação da Coluna Vertebral ..................................................................... 26
 2.1.4 Biomecênica da Coluna Vertebral ................................................................ 26
 2.1.5 Movimentos da Coluna Vertebral .................................................................. 27
 2.2 Postura ............................................................................................................ 28
 2.2.1 Postura e ambiente escolar .......................................................................... 29
 2.3 Desvios Posturais ............................................................................................ 31
 2.3.1 Escoliose, Cifose e Lordose ......................................................................... 32
 2.3.2 Prevenção para desvios ............................................................................... 34
 2.3.3 O professor de Educação Física na prevenção dos desvios posturais ......... 35
 2.4 Dores Na Coluna ............................................................................................. 37
 2.6 Ergonomia ....................................................................................................... 37
 2.7 Peso Da Mochila .............................................................................................. 38
CAPÍTULO III ............................................................................................................ 40
 3 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................ 41
 3.1 Objetivos Gerais De Educação Física No Ensino Fundamental ...................... 41
 3.2 Competências e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Médio em
 Educação Física de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: ............. 42
 3.3 Proposta Curricular de Santa Catarina ............................................................ 44
 3.4 Metodologia A Ser Adotada Para Avaliar Os Desvios Posturais ..................... 46
 3.4.1 Etapas da aplicação da metodologia ............................................................ 46
 Primeira etapa – devem ser convidados os alunos que se dispuserem a avaliação
 para participarem da amostra; ............................................................................... 46
 Segunda etapa – deverá ser feita a coleta dos dados, avaliação postural e
 pesagem da mochila. ............................................................................................. 46
 3.4.2 Instrumentos de coleta.................................................................................. 46
 3.4.3 Tratamento estatístico: ................................................................................. 48
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 50
9



                                  INTRODUÇÃO




      A posição ereta bípede do homem resultou da evolução da espécie em

milhões de anos de seleção natural, segundo a concepção darwiniana, pela qual as

espécies que apresentam variações favoráveis são preservadas e as que

apresentam mudanças desfavoráveis tendem a ser destruídas. (KNOPLICH, 1989).

      As mudanças nos hábitos de vida do homem moderno, facilitadas pelo

avanço tecnológico, e a informatização globalizada, acabaram por predispor os

indivíduos a problemas de coluna vertebral, já que a grande maioria passa muito

tempo em uma mesma postura e de forma inativa (POLITANO, 2006).

      Estas mudanças de hábitos fazem parte também do cotidiano da criança e do

adolescente que permanecem sentados por muitas horas na escola e nas atividades

de lazer típicas dos dias atuais – tais como uso de vídeo-games ou computadores, e

com certeza em uma postura inadequada.

      Gracioli e Gatti (2005), afirmam que no período escolar, as chances de se

desenvolverem alterações posturais são maiores, principalmente para os que e

estão ingressando na 5ª série / 5º ano do ensino fundamental, devido as mudanças

que estão acontecendo no desenvolvimento do corpo e a grande quantidade de

materiais escolares que devem transportar para a escola.

      A forma como as crianças vivem, com excesso de tempo sentados (na escola,

em casa e em outros cursos) podem contribuir para ampliar os desvios posturais.

(GRACIOLI; GATTI, 2005).
10



         Os desvios de postura surgem cada vez mais cedo devido a má postura

adotada pelas crianças, quando na utilização de vídeo-games, TV, e inclusive do

inadequado mobiliário escolar.

         As políticas públicas deveriam dar mais atenção a este fato, na maioria das

vezes os desvios tendem a piorar. É necessária uma avaliação ergonométrica para

um móvel adequado e juntamente com orientações sobre a postura adequada,

buscar a prevenção de desvios (SCHMIT et al, 2009).

         Agravando estes fatores observa-se mochilas escolares excessivamente

pesadas, situações potenciais que podem desencadear alterações na postura

corporal, fazendo surgir inúmeras alterações na coluna vertebral, comprometendo as

condições de saúde das crianças e dos adolescentes na fase escolar (BIAVA; LIMA,

2009).

         Neste sentido é importante que se detecte problemas para uma possível

solução. Para tal existem profissionais e avaliações que podem ser realizadas

periodicamente nas escolas. Tendo este resultado, os profissionais de Educação

física atuantes em escolas terão condições de incluir em seu planejamento ações e

praticas para prevenir ou auxiliar no tratamento de tais doenças.

         Em relação ao desvio postural como problema de saúde, Santos (2007)

esclarece que é evidente que grande parte da população mundial sofre com dores

nas costas devido a problemas posturais, muitos deles adquiridos na escola, pois a

fase escolar é de grande importância na formação da criança, mas também pode vir

a comprometer sua saúde, por exemplo, ao passar muito tempo sentado em posição

inadequada, poderá vir a desenvolver distúrbios posturais futuros. A detecção

precoce e prevenção desses problemas, juntamente com a orientação quanto à
11



postura correta e a melhor forma de se exercitar são indispensáveis, já que devido a

boa flexibilidade a criança geralmente não apresenta dores.

      Em estudo feito por Mioranza (2007), em relação à quantidade de material

escolar conduzido, observaram que a grande maioria dos alunos (48%) conduzia

uma quantidade de material de 4,1 a 6 Kg e 33% dos alunos de 2,4 a 4,0 Kg e

apenas 19% conduziam a quantidade inferior a 2,3 Kg, passando aos 10% o peso

das mochilas o que poderá trazer grandes prejuízos à coluna vertebral.

      Num estudo com escolares, Pinto e Lópes (2001), verificaram que dentre os

205 alunos avaliados, 58,6% de desvios no dorso lombar.

      Em outro estudo realizado por Martelli e Traebert (2004), com uma amostra

de 344 alunos, constatou-se que a prevalência de alterações posturais de coluna

entre os escolares de Tangará, SC, foi de 28,2%. Os indivíduos mais baixos e com

menor peso corporal apresentaram mais alterações posturais em relação aos seus

colegas mais altos e com maior peso corporal.

      Rego e Scartoni (2007) realizaram um estudo onde os resultados apontam a

prevalência de dorsalgia na região da coluna vertebral e média de permanência na

posição sentada de +/- 2h/dia, bem como o hábito de conduzir mochilas com peso

excessivo. As alterações posturais de maior evidência detectadas foram à escoliose

e o desnivelamento de espinha ilíaca anterior superior em 51% dos alunos.

      Contriet al apud Barbosa (2010), em estudo realizado, com escolares do 2º ao

5º ano do Ensino Fundamental, destaca que eles são mantidos em sala de aula em

posições incômodas e inadequadas por longos períodos durante o dia, de semanas,

meses e anos, ficando suscetíveis a desenvolver padrões posturais não saudáveis.
12




                    CAPÍTULO I



CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR



   A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica
   deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura
   corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la e transformá-
   la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades
   rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício
   da qualidade da vida (BETTI, 2002, p.75).
13



1CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR



1.1 Retrospectiva Histórica



        Os povos primitivos tinham movimentos naturais para sua sobrevivência. A

exercitação intensa e os movimentos corporais diversos eram necessários para que

pudessem exercer atividades como pescar, fugir de animais ferozes, caçar. Esse

tipo de movimento é a principal característica de atividade física praticada por eles.

        Por ser um povo nômade e ter habilidades essenciais à sua sobrevivência,

os movimentos que executavam davam a eles força e vigor físico. Quando

começaram a viver de maneira sedentária, se fez necessário que dominassem

técnicas elementares de agricultura e domesticação de animais, o que foi

imprescindível à nova forma de organização social.

        Quando o povo se tornou sedentário, alguns grupos já estabelecidos

passaram a levar uma vida mais sedentária, começaram a perder os embates para

as hordas nômades possuidoras de maior resistência física.

        Quando os grupos sedentários perderam diversos embates, perceberam que

precisavam fazer algum tipo de atividade física organizada e constante, onde o

objetivo era se preparar para possíveis ataques futuros, e desse modo os

treinamentos passaram a ter finalidades específicas. Pode-se entender então que

nesta época a Educação Física foi estabelecida como preparação para confrontos,

tendo caráter militar e guerreiro.

        A efebia ateniense, que nasceu com a finalidade de preparar para a guerra,

torna-se escola também intelectual; o ginásio, destinado aos exercícios físicos a

serem praticados nus, torna-se também lugar de exercitações culturais, para os
14



filósofos. Os dois tipos de competição, as do corpo e as da mente andam juntas. Em

seguida, paulatinamente, apesar de um período de euforia da ginástica entre os

séculos II e III d. C., as exercitações intelectuais terão a prevalência e a antiga

unidade entre físico e intelectual estará definitivamente perdida. (MANACORDA,

2001, p. 69).

        A Educação Física sempre esteve presente na vida da grande maioria das

pessoas, de um modo geral o movimento corporal por elas realizado. Porém há

muita discordância sobre Educação Física e Esporte. Oliveira (2004, p. 51) nos

afirma que:



                      Afinal, o que é Educação Física? O que não se discute é o seu
                      compromisso em estudar o homem em movimento. O que também se aceita
                      é a ginástica, o jogo, o esporte e a dança como instrumentos para cumprir
                      os seus objetivos. Talvez o que esteja faltando seja a elaboração consciente
                      e adequada desses objetivos. E mais, como desenvolver essas atividades.
                      Não se discute, também, - independente do ângulo do observador, que a
                      Educação Física existe em função do homem, enquanto ser individual e
                      social. Nessa medida, é cultura no seu sentido mais amplo, fertilizando o
                      campo de manifestações individuais e coletivas. É transmissora de cultura,
                      mas pode ser acima de tudo, transformadora de cultura. Incorpora
                      conhecimentos da Medicina, mas ninguém será capaz de considerar o
                      professor de Educação Física como aquele que cura.



        No Brasil a história da Educação Física esteve ligada à política educacional,

sendo que ao longo de sua história, contou com a contribuição de setores

diferenciados da sociedade como os imigrantes e militares, em diferentes momentos

e partes do país, que com suas ações proporcionaram lazer, formação corporal e

disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e competições.

        Compreendendo a historia da Educação Física, Souza Junior (2005)

assegura que ela configura-se historicamente em quatro grandes momentos: o

primeiro caracterizado, por uma História dos ideários Pedagógicos, tendo como
15



grande proeminente Fernando de Azevedo (1960) e a obra “educação física: o que é

o que tem sido e o que deveria ser”.

           O segundo momento configurado como História Oficial e episódica, tem em

Marinho (1943), seu grande representante, com duas importantes obras:

Contribuição para a história da Educação Física no Brasil (1943) e História Geral da

Educação Física (1980). Essa história da educação Física faz estudos de longos

períodos a partir de documentos oficiais e coletados principalmente em um único

local: os arquivos da Biblioteca Nacional.

           No terceiro momento, a educação física se fundamenta na concepção de

História    Marxista,    tendo   como   autor e   como   obra   de   maior   destaque,

respectivamente, Lino Castellani Filho, com o trabalho Educação Física no Brasil: A

história que não se conta (1988). Essa historiografia da Educação Física procura

reescrever a história, a partir, principalmente, da identificação das relações

socioeconômicas, objetivando opor-se a uma narrativa que apenas descreve e

agrupa os acontecimentos, procurando interpretar os fatos diante de um movimento

de resistência da valorização da disciplina Educação Física nos currículos escolares

da época.

           Segundo Ferreira Neto (1995) “A história nessa perspectiva acontece e é

escrita como expressão das relações sociais que, por sua vez, são consideradas

reflexo do modo de produção da história da Educação e da Educação Física no

Brasil” (1995, p. 26).

           Sousa Júnior (2005) destaca o quarto momento no qual os trabalhos se

voltam para uma perspectiva da Nova História, reconhecendo que toda atividade

humana tem história. Escrever sobre História, seja de um determinado tema, objeto,
16



tempo ou mesmo a partir de determinadas fontes, implica sempre um recorte

intencional, principalmente em função da delimitação de um problema.

        Para Marinho (1980, p.17), a História é “o conhecimento do passado” que

tem como objeto o “fato histórico” – compreendido como todo fato humano que

possa ser entendido numa relação de causa e efeito e repercuta na sociedade. Para

o referido autor, o “método” consiste na ordenação e seriação dos dados de acordo

com as leis estabelecidas a partir de uma cadeia causal. Considera ainda a História

como “ciência moral”. Quanto às suas relações com a Educação Física, afirma que

“a história da Educação Física traduziu o estudo dos principais sucessos

relacionados aos exercícios físicos, considerados no tempo e no espaço”. No que

diz respeito à sua utilidade, o autor afirma:



                      [...] uma consciência de si mesmo. De sua força, de sua originalidade, e, por
                      isso é uma verdadeira memória coletiva, nos ensina o respeito pelo passado
                      e nos fornece um poderoso estimulante para o futuro, trazendo com isso
                      uma intenção ou contribuição de caráter nitidamente moral (MARINHO,
                      1980, p.17).



       Segundo Pagni (1995), a história da Educação Física vem se consolidando

nos últimos anos como uma disciplina e como um dos possíveis campos de

pesquisa, assim como vem sendo objeto de debates. Diante do crescente interesse

que a História da Educação Física vem suscitando, faz-se oportuno uma reflexão

sobre a sua construção dentro do contexto social, como disciplina curricular e sobre

sua produção acadêmica.

       Pagni (1995) afirma que mais do que relatar e mapear as publicações sobre a

História da Educação Física, é necessário problematizá-las diante de algumas

questões que afligem a atividade de pesquisa do historiador e a discussão

historiográfica em geral.
17




1.2 A Educação Física No Brasil



        A educação física no Brasil passou por diversos períodos que, por sua vez,

possuíam inúmeras concepções relacionadas à função da própria educação física,

da necessidade de evolução da formação do professor, bem como da maneira de

trabalhar e ver a disciplina no contexto escolar.

        O desenvolvimento moral e ético, a inclusão social de crianças e jovens

marginalizados pelas barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas, deficiência ou

outras discriminações podem ser proporcionados quando estes têm o acesso e a

participação na Educação Física e no esporte. (JOSÉ LUIS DALLA COSTA, PORTO

ALEGRE 2008).

        No Brasil segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), artigo 26,

        § 3º, a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa

ao aluno maior de 30 anos, que tenha prole, que trabalhe mais de seis horas diárias,

entre outras isenções. Assim sendo, em razão deste amparo legal, as atividades

necessitam ser prazerosas a fim de efetivarmos a participação nas mesmas pelo

nosso público.



1.3 A Atividade Física ou Prática Esportiva



        De acordo com TUBINO (1992), a atividade física ou prática esportiva é um

direito de todos.   Atualmente, as dimensões sociais do esporte abrangem três

formas de manifestação:
18



               Esporte-educação: vinculada a três áreas de atuação pedagógica:

integração social, desenvolvimento psicomotor e atividades físicas educativas e tem

como referência cinco princípios educativos: participação, cooperação, educação,

integração e a responsabilidade;

               O Esporte-participação apoia-se no lazer, no prazer lúdico e propicia a

integração social. Conhecido também como esporte popular ocorre em espaços

com o comprometimento de favorecer apenas o prazer, a descontração e o

divertimento para aqueles que o praticam;

               O Esporte-rendimento ou esporte-performance é pautado pelas regras

específicas de cada modalidade esportiva que dependem das confederações

nacionais e internacionais.



        O Ministério da Educação e do Desporto, através da Secretaria de Ensino

Fundamental, inspirado no modelo educacional espanhol, mobilizou a partir de 1994

um grupo de pesquisadores e professores no sentido de elaborar os Parâmetros

Curriculares Nacionais (Picuns). Em 1997, foram lançados os documentos referentes

aos 1o e 2o ciclos (1ªa 4ª séries do Ensino Fundamental) e no ano de 1998 os

relativos aos 3o e 4o ciclos (5ªa 8ª séries), incluindo um documento específico para

a área da Educação Física (Brasil, 1998a).

        O CREF7 (2006, p.13), define Educação Física e alguns tópicos:

               O conjunto das atividades físicas e desportivas;

               A profissão constituída pelo conjunto dos graduados e demais

habilitados no Sistema CONFEF/CREF, que ministram atividades físicas e/ou

desportivas;
19



             O comportamento curricular obrigatório em todos os níveis e

modalidades do ensino básico;

             Área de estudo e/ou disciplina no ensino superior;

             O corpo de conhecimento, entendido como o conjunto de conceitos,

teorias e procedimentos empregados para elucidar problemas teóricos e práticos,

relacionados à esfera profissional e ao empreendimento científico, na área

específica das atividades físicas, desportivo.
20




                      CAPÍTULO II




CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL



     [...] uma consciência de si mesmo. De sua força, de sua originalidade, e, por
     isso é uma verdadeira memória coletiva, nos ensina o respeito pelo passado
     e nos fornece um poderoso estimulante para o futuro, trazendo com isso
     uma intenção ou contribuição de caráter nitidamente moral (MARINHO,
     1980, p.17).
21



2CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL



2.1 A Coluna Vertebral



      A coluna vertebral é uma série de ossos individuais – as vértebras – que ao

serem articulados constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral

é flexível porque as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade depende

principalmente dos músculos e ligamentos. Embora seja uma entidade puramente

esquelética, do ponto de vista prático, quando nos referimos à “coluna vertebral”, na

verdade estamos também nos referindo ao seu conteúdo e aos seus anexos, que

são os músculos, nervos e vasos com ela relacionados. Seu comprimento é de

aproximadamente dois quintos da altura total do corpo. É constituída de 24 vértebras

móveis pré-sacrais (7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares). As cinco vértebras

imediatamente abaixo das lombares estão fundidas no adulto para formar o sacro.

As quatro vértebras mais inferiores também se fundem para formar o cóccix. As

vértebras tornam-se progressivamente maiores na direção inferior até o sacro,

tornando-se a partir daí sucessivamente menores. (VASCONCELOS, 2004).

      A coluna vertebral possui funções de suporte, proteção e locomoção. A região

cervical é muito móvel, enquanto a lombar é apenas suficientemente móvel,

concentrando a maioria dos movimentos entre a quinta e vértebra lombar e a

primeira vértebra sacra. A região torácica, por outro lado, é menos móvel porque as

costelas estão conectadas ás suas vértebras correspondentes. As regiões mais

móveis da coluna geralmente dão origem a mais problemas. (PETERSON;

RENSTRÖM, 2002 p. 207).
22



      O movimento da coluna vertebral tem lugar graças à ação coordenada do

sistema neuromuscular agonista que o produz e do agonista que o controla. O grau

de mobilidade é diferente segundo os distintos níveis de cada zona. Esta mobilidade

tem lugar graças à ação coordenada de vários segmentos que na região dorsal

estará limitada pela caixa torácica e em todo o tronco aumentada pela ação do

vascolejamento pélvico. (PERICÉ; RIAMBAU; PALOMA, 1989).



2.1.1 Regiões da Coluna Vertebral



      A coluna vertebral do adulto apresenta quatro curvaturas sagitais: cervical,

torácica, lombar e sacral. As curvaturas torácica e sacral, convexas posteriormente,

são denominadas primárias porque apresentam a mesma direção da coluna

vertebral fetal e decorrem da diferença de altura entre as partes anteriores e

posteriores dos corpos vertebrais. As curvaturas cervical e lombar, côncavas

posteriormente, formam-se após o nascimento e decorrem da diferença de

espessura entre as partes anteriores e posteriores dos discos intervertebrais.

(VASCONCELOS, 2004).

      Sendo assim, Vasconcelos (2004), define:



      I. Cervical: constitui o esqueleto axial do pescoço e suporte da cabeça.

      2. Torácica: suporta a cavidade torácica.

      3. Lombar: suporta a cavidade abdominal e permite mobilidade entre a parte

torácica do tronco e a pelve.

      4. Sacral: une a coluna vertebral à cintura pélvica.
23



      5. Coccigea: é uma estrutura rudimentar em humanos, mas possui função no

suporte do assoalho pélvico.




2.1.2 Vértebras



      De acordo com Verderi (2008), todas as vértebras apresentam uma estrutura

básica comum: um corpo e um arco, que limita o forame vertebral. Este, em virtude

da superposição das vértebras constitui o canal vertebral pelo qual passa a medula

espinhal.

      Vasconcelos (2004), afirma que apesar de as características anatômicas

vertebrais poderem apresentar variações regionais na coluna vertebral, as vértebras

possuem morfologia básica monótona. Uma vértebra típica é constituída de um

corpo, um arco e processos vertebrais.

      Vasconcelos (2004), falando das partes da vértebra, destaca a típica: o Corpo

e o Arco.

      O Corpo é a parte anterior da vértebra. Consiste basicamente de uma massa

cilíndrica de osso esponjoso, mas as bordas das superfícies superior e inferior são

compostas de osso compacto. É o elemento vertebral que suporta carga.

      O Arco fica em posição posterior ao corpo. É composto dos pedículos direito e

esquerdo e das lâminas direita e esquerda. Juntamente com a face posterior do

corpo vertebral, forma as paredes do forame vertebral que envolve e protege a

medula. O conjunto dos foramens vertebrais em toda a extensão da coluna forma o

canal vertebral.

      Vértebras Cervicais
24



      - O Atlas e o Áxis

      Verderi (2008) expõe sobre as vértebras cervicais: o atlas, a primeira vértebra

cervical, não apresenta corpo vertebral nem processo espinhoso, e seu forame é

uma grande losango. A segunda vértebra cervical, o áxeis, é assim chamada por

servir de eixo para a rotação do atlas com o crânio. Apresenta processo espinhoso

bifurcado, bífido, assemelhando-se às outras vértebras cervicais, que chamamos

vértebras típicas. Não há orifício de conjugação entre o áxis e o atlas. Podemos

dizer então que a primeira e a segunda vértebra são atípicas.

      -Terceira a sexta vértebras cervicais

      A partir da terceira vértebra, encontramos um corpo vertebral uniforme e

pequeno em relação ao arco posterior e ao orifício vertebral, este com forma

triangular. Nas apófises transversais, podemos encontrar um orifício pelo qual passa

a artéria vertebral. Os processos espinhosos são curtos e também se apresentam

bifurcados (VERDERI, 2008).

      - Sétima vértebra cervical

      A sétima vértebra, embora seja considerada vértebra típica, merece atenção

especial, havendo certas características que a distinguem das outras. Seu processo

espinhoso não é mais bifurcado, porém, mais longo que o das outras vértebras

cervicais. Quando fletimos a cabeça, a sétima vértebra é facilmente palpável. A

partir da segunda vértebra cervical encontramos o disco intervertebral, que

possibilita ao pescoço os movimentos de flexão e extensão lateral. Esta, porém, é

limitada pelos processos uncinados. (Verderi, 2008).

      Vértebras Torácicas

      Em número de doze, o tamanho delas permite diferenciar entre as cervicais e

as lombares. Os corpos vertebrais são menores de T1 a T3 e vão aumentando até a
25



T12, onde adquirem características do corpo vertebral e do disco intervertebral das

vértebras lombares. Nessa região, temos forames vertebrais circulares, de certa

forma pequenos e, também, temos a medula espinhal mais vulnerável a quaisquer

lesões pelo estreitamento do canal vertebral, principalmente, de T4 a T9. Além

disso, as vértebras torácicas possuem processos transversos maiores em relação às

outras e duas semifacetas no corpo vertebral para a articulação das costelas. As

facetas inclinam-se e, à medida que se aproximam da região lombar, vão adquirindo

certas características. Nesse movimento, os processos espinhosos, muito longos,

são dirigidos para trás e para baixo. (VERDERI, 2008).

      Em cada lado das vértebras torácicas, encontramos as costelas. De T1 a T7,

as costelas verdadeiras (conectadas ao esterno pelas cartilagens costais); T8 a T10,

as costelas falsas (unidas às cartilagens costais das costelas acima); T11 a T12,

costelas flutuantes (não se conectam anteriormente ao esterno). (VERDERI, 2008).

      Vértebras lombares

      Em número de cinco, são as maiores. A altura do corpo vertebral favorece o

orifício de conjugação entre um corpo e outro, possibilitando o contato da raiz

nervosa com o disco. Apresentam-se ligeiramente mais profundas na frente do que

atrás. O arco posterior forma o forame vertebral, que possui espaço maior em

relação à região cervical e menor na torácica. Com forma triangular, é formado por

pedículos,    processos   articulares   e   lâminas.   As   facetas   articulares   são

perpendiculares; as lâminas, muito amplas; e os processos espinhosos, mais curtos.

(VERDERI, 2008).

      Sacro

      - Constituição Geral
26



         O sacro é constituído inicialmente por cinco vértebras, que se fundem no

adulto em um único osso em forma de cunha. Articula-se superiormente com a

quinta vértebra lombar e lateralmente com os ossos do quadril (VASCONCELOS,

2004).

         Cóccix

         Como o sacro, o cóccix possui forma de cunha e apresenta uma base, um

ápice, faces dorsal e pelvina e bordas laterais. Consiste de quatro vértebras,

algumas vezes cinco e, ocasionalmente, três. A primeira possui dois cornos que se

articulam com os cornos sacrais. (VASCONCELOS 2004).



2.1.3 Inervação da Coluna Vertebral



         Os ramos meníngeos recorrentes (nervos sinuvertebrais ou de Lushka),

emitidos pelos nervos espinhais logo que emergem do forame intervertebral, suprem

as meninges e seus vasos, mas também dão filamentos para estruturas articulares e

ligamentares adjacentes. A camada externa do ânulo fibroso dos discos

intervertebrais parece receber filamentos desses nervos. A origem da chamada dor

discogênica ainda não é consensual na literatura. Os ramos mediais do ramo dorsal

dos nervos espinhais inervam o periósteo externo, facetas articulares, músculos e

ligamentos vertebrais. (VASCONCELOS 2004).



2.1.4 Biomecênica da Coluna Vertebral



         Para Vasconcellos (2004), a função primária da coluna vertebral é dotar o

corpo     de   rigidez   longitudinal,   permitindo   movimento   entre   suas   partes.
27



Secundariamente, constitui uma base firme para sustentação de estruturas

anatômicas contíguas, como costelas e músculos abdominais, permitindo a

manutenção de cavidades corporais com forma e tamanho relativamente constantes.

Embora muitos textos assinalem que a proteção da medula espinal é uma função

primária da coluna vertebral, tal assertiva não é correta. Sua função primária é

musculoesquelética e mecânica, constituindo-se apenas como uma rota fortuita e

conveniente para a medula espinhal ganhar acesso a partes distantes do tronco e

dos membros. Biomecânica é a disciplina que descreve a operação do sistema

musculoesquelético e possui importante aplicação no estudo funcional da coluna

vertebral.

       Analisando a biomecânica, Vasconcellos (2004) aponta que a cinemática,

descreve as amplitudes e os padrões de movimento da coluna vertebral e a cinética

estuda as forças que causam e resistem a esses movimentos. Somente movimentos

limitados são possíveis entre vértebras adjacentes, mas a soma desses movimentos

confere considerável amplitude de mobilidade na coluna vertebral como um todo.

Movimentos de flexão, extensão, lateralização, rotação e circundação são todos

possíveis, sendo essas ações de maior amplitude nos segmentos cervical e lombar

que no torácico. Isso ocorre porque os discos intervertebrais cervicais e lombares

apresentam maior espessura, não sofrem o efeito de contenção da caixa torácica,

seus processos espinhosos são mais curtos e seus processos articulares

apresentam forma e arranjo espacial diferente dos torácicos. A flexão é o mais

pronunciado movimento da coluna vertebral.



2.1.5 Movimentos da Coluna Vertebral
28



      1. Plano sagital

      – Flexão

      – Extensão

      2. Plano coronal

      – Lateralização direita

      – Lateralização esquerda

      3. Plano longitudinal

      – Rotação ou circundação. (VASCONCELLOS, 2004).



2.2 Postura



      Para COURY apud Delgado (2004), define postura como a posição que o

indivíduo assume no espaço, em função de um equilíbrio estático ou dinâmico,

usando para isso seu arcabouço osteomusculoesquelético no desempenho de

funções.

      Destaca-se a definição de Knoplich (1989, p. 36), para postura corporal- “A

postura dinâmica é a posição que o corpo assume na preparação do próximo

movimento. A posição de pé, estática, não seria uma verdadeira postura”.

       Postura   envolve      o   conceito   de   balanço   (equilíbrio),   coordenação

neuromuscular e adaptação e deve ser aplicado a um determinado momento

corporal e para uma determinada circunstância - postura para andar, postura para

jogar tênis ou dar a partida para uma disputa de natação. (KNOPLICH, 1989).

       Como afirma Knoplich (1989), a posição do corpo no espaço é a que dá um

bom relacionamento entre as partes com o menor esforço, evitando a fadiga. É óbvio

que, com isso, pode-se admitir que existam posturas melhores, mas uma ideal. Mas
29



esses padrões variam muito até os 10 anos de idade, quando as crianças estão

constantemente testando novas maneiras de reagir à gravidade. Existem padrões

culturais e mentais que influem na postura.

      Para Back e Lima (2006), postura é o estado de equilíbrio dos músculos e

ossos, para proteção das demais estruturas do corpo humano de traumatismos, seja

na posição em pé, sentada ou deitada. Um bom controle postural, com a solicitação

de poucos músculos e baixo gasto de energia leva à boa postura.

      Neste sentido, o porte, a atitude e a pose, que são às vezes usados como

sinônimos de postura são eventos transitórios e podem ser diferenciados. O porte

significa o modo de andar, a pose é a postura forçada para uma foto, ou até de

exibicionismo, e a atitude postural está mais ligada com estados emocionais, tais

como medo, cólera, euforia. (KNOPLICH, 1989).

      A postura no adulto é mais que estes itens. É um hábito permanente de

colocar o corpo no espaço, posição a que o indivíduo sempre volta depois do

exercício e do descanso. É característica do indivíduo e, provavelmente, depende da

"imagem" que a própria pessoa faz do seu corpo. (KNOPLICH, 1989).

      De acordo com TribastoneapudMoura et al, (2009),“alguma posição incorreta

assumida pelo indivíduo pode causar a expressão de esquemas motores errados e

estes, por sua vez, a anunciação de movimentos incorretos.”.



2.2.1 Postura e ambiente escolar



      Conforme aborda Moura, Fonseca e Paixão (2009), as crianças e os

adolescentes passam em média de 4 a 6 horas no ambiente escolar e sentados de

forma inadequada como aponta Moro (2000): as crianças sentam-se na maior parte
30



do tempo com o tronco flexionado e a maioria apresenta queixas na região do

pescoço e da cabeça e utilizam o uso da mão sobre o queixo durante as atividades

na carteira escolar na tentativa de aliviar o peso da cabeça.

       Para Contriet al. apud Barbosa (2010), “é evidente que o meio escolar tem

grande influência nas alterações posturais das crianças”.

       A postura sentada é a mais utilizada pelos alunos que ficam em média 4

horas nesta posição. Isto acarreta uma sobrecarga nos músculos e articulações que

formam a coluna vertebral, além de um aumento da pressão nos discos

intervertebrais.

       Entre 7 e 12 anos, a postura da criança sofre grande transformação na busca

do equilíbrio compatível com as novas proporções do seu corpo. As crianças na fase

escolar podem apresentar problemas posturais, pois passam várias horas em uma

posição sentada e, muitas vezes, em carteiras e cadeiras inadequadas a sua

estatura. (PEREIRA; ÁVILA, 2004).

       Deste modo a postura mantida e os maus hábitos posturais podem influenciar

e alterar a morfologia de algumas estruturas ósseas, durante a infância e a

adolescência. Estas alterações e esses hábitos posturais geram, na vida adulta,

diversas complicações em níveis funcionais, ortopédicos, respiratórios e outros, além

de dores musculares devido a compensações do organismo (MORO 2000).

       Knoplich (1985) destaca que os hábitos posturais incorretos são adotados

desde o ensino fundamental, são motivos de grandes preocupações, pois são

crianças, e não adultos, o seu corpo está em fase de desenvolvimento e formação,

onde    se    tornam    mais    susceptíveis    a    deformações    nas    estruturas

musculoesqueléticas, apresentando menor suportabilidade à carga.
31



      Para BACK (2006), “a escola apresenta-se como o local ideal para prevenir e

orientar os escolares com relação aos desequilíbrios posturais, informando e

conscientizando a comunidade escolar sobre a importância da prevenção.”.



2.3 Desvios Posturais



      O defeito postural é uma deformidade que surge inicialmente em crianças,

cuja coluna está crescendo. O reconhecimento precoce desses defeitos resultará na

diminuição do número de cirurgias, da evolução para grandes deformidades e até

mesmo da incapacidade física acentuada. Os programas de avaliação escolar e em

comunidades foram frequentes nos últimos anos e colaboraram muito na detecção e

encaminhamento precoce para a confirmação dos defeitos posturais e tratamento

(FERREIRA, 2004).

      Como diz Ferreira, (2004): as alterações posturais podem ser classificadas

em:

                    Vícios Posturais ou Atitudes Viciosas: O defeito está fora da

      coluna vertebral, situando-se na musculatura, no quadril ou nos membros

      inferiores. Tem como característica importante o fato de poder ser corrigido

      pela vontade do paciente.

                    Defeitos Posturais: O defeito está na coluna. São alterações

      definitivas da postura que independem da vontade do paciente, só podendo

      ser corrigidas através de tratamento cirúrgico ou não cirúrgico (conservador).

      Estes defeitos podem apresentar-se compensados ou descompensados,

      sendo classificados em escoliose, cifose e lordose.
32



         Barbosa (2010) discorre que a definição de “boa” postura é a que melhor

ajusta o sistema músculo esquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço das

nossas atividades diárias, sobrecarregando da menor maneira possível cada uma de

suas partes e a “má” postura aquela que gera compensações em diversos grupos

musculares, comprometendo as várias funções exercidas pelos mesmos.

         Segundo Kendall, McCreary e Provance (1995), a postura é definida como a

posição que o corpo assume na preparação do próximo movimento. A boa postura é

o estado de equilíbrio muscular e esquelético que protege as estruturas de suporte

do corpo contra lesão ou deformidade progressiva, independentemente da atitude

nas quais essas estruturas estejam trabalhando em repouso. A má postura é uma

relação defeituosa entre várias partes do corpo, que produz uma maior tensão sobre

as estruturas de suporte, sobre as quais ocorre um equilíbrio menos eficiente do

corpo.



2.3.1 Escoliose, Cifose e Lordose.



         Back; Lima (2006) compara os escolares de ambos os gêneros, e afirmam

que as alterações posturais se apresentam em todas as idades, e não há diferença

significativa entre meninos e meninas.

         Sendo assim, pode-se desenvolver em qualquer idade alguma alteração

postural, dentre as quais mencionaremos:

         Escoliose

         Devido aos maus hábitos posturais as pessoas estão sujeitas a deformidades,

por vezes gerando alterações das curvas da coluna.
33



      Como descreve Ferreira, 2004: “Há três tipos básicos de deformidade

vertebral: escoliose, cifose e lordose, cuja ocorrência pode ser simples ou

combinada.”.

      A má postura geralmente é adquirida na infância e estende-se na

adolescência, se não corrigida perdura até o final da vida adulta. Sendo assim

Verderi 2008 pág. 33 define:

      O aumento da curvatura cifótica promove certas alterações anatômicas, como

dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral, podendo haver déficit

respiratório, pela redução da capacidade de sustentação da coluna vertebral e,

também, pela diminuição da expansibilidade torácica.

      A escoliose é um sintoma e não uma doença. Afirma (KNOPLICH, 2003)

      Pericé (1989, p. 100), propõe: “Denomina-se escoliose toda curva ou desvio

lateral da coluna vertebral”. Se existem curvas fisiológicas no plano anteroposterior

da coluna vertebral (a cifose torácica de convexidade dorsal e as lordoses cervical e

lombar, de convexidade ventral), qualquer curva vertebral pode ser considerada

anormal.

      A Escoliose Estrutural Idiopática É a mais frequente das escolioses,

responsável por aproximadamente 80% de todos os casos. (FERREIRA 2004).

      Lordose

      A lordose é a curva que se observa no perfil de uma coluna vertebral, na

convexidade da região cervical e da região lombar. Mas o uso fez com que se

associe a ideia da lordose ao aumento da curva na região lombar. KNOPLICH 2003.

      Farfanapudknoplich demonstrou que a lordose lombar está diretamente

relacionada com a obliquidade pélvica, que deve estar em torno de 20 graus. Se ela

for superior a esse valor haverá um aumento de lordose e haverá um
34



consequentedeslocamento do centro de gravidade e realinhamento de todas as

curvas para uma compensação.

       Harrison   e     colapud   Knoplich   2003   correlacionaram   com   modelos

biomecânicos (matemáticos0 a lordose cervical e a lordose lombar). O centro de

gravidade da cabeça está localizado na sela túrcica e o centro de gravidade do

corpo está na coluna lombar. Realizaram simulações alterando a curva da coluna

cervical e constataram que, quando a curva da cervical fica cifótica, as forças de

tensão sobre a lombar que agem sobre a margem vertebral anterior mudam (cerca

de 6 a 10 vezes mais intensas) para forças de compressão, dando origem aos

osteófitos.

       Cifose

       De acordo com Knoplich 2003, uma das deformidades mais negligenciadas

no tratamento da coluna são as cifoses rotuladas de posturais da adolescência, mas

que podem ser sinal de alguma patologia mais complexa. Apresenta também o tipo

mais comum, que é a cifose postural, a qual é conhecida pela denominação de

dorso curvo postural.

       Que e colapud Knoplich, 2003, evidenciam que as posições adotadas pelas

pessoas ou os ângulos que as articulações assumem no espaço são confortáveis

para o indivíduo, no período de tempo de um minuto, mas é inadequadas para a

própria estrutura da articulação em longo prazo, o que sempre ocasiona problemas

futuros.



2.3.2 Prevenção para desvios
35



      É evidente que a escola e a família têm grande importância na construção e

consolidação de conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem

como em anormalidades músculoesqueléticas, preparando crianças e adolescentes

para cuidar da sua própria saúde e bem estar. Sendo assim, o profissional capaz de

atuar na prevenção (educador físico) e reabilitação (fisioterapeuta), têm o papel de

repassar de forma simples algumas das diversas condutas profiláticas aos meios

familiar e escolar. (MOURA; FONSECA; PAIXÃO; 2009).

      De acordo com Knoplich (1986), os hábitos posturais incorretos, que são

adotados desde o ensino fundamental, são motivos de grandes preocupações, pois

são crianças, e não adultos, o seu corpo está em fase de desenvolvimento e

formação, e por isso tornam mais susceptíveis a deformações nas estruturas

musculoesqueléticas, apresentando menor suportabilidade à carga.

      Assim o educador físico poderá orientar, e aplicar em suas aulas atividades

que ajudam na prevenção de possíveis desvios posturais.

      De acordo com Delgado (2004), a maneira correta de se sentar é com a

cabeça ereta, sentado sobre a musculatura isquiática, costas apoiadas no encosto

da cadeira, estendendo delicadamente as partes posteriores das costas, levantando

o tórax, os ombros devem ser levados para trás e para baixo, de encontro ao

encosto da cadeira. Deve-se evitar o colapso-caracterizado por uma curvatura

torácica exagerada e queda da cabeça.



2.3.3 O professor de Educação Física na prevenção dos desvios posturais



      A escola e a família têm grande importância na construção e consolidação de

conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem como em
36



anormalidades musculoesqueléticas, preparando crianças e adolescentes para

cuidar da sua própria saúde e bem estar. (MOURA FONSECA E PAIXÃO, 2009).

      Nos currículos de formação de professores de Educação Física Escolar

(Cursos de Licenciatura) fazem parte disciplinas como anatomia, cinesiologia,

avaliação e medidas, fisiologia humana, fisiologia do exercício, aprendizagem

motora, antropologia, prática de ensino, metodologia de ensino, história, biologia,

socorros de urgência, ginástica, natação, entre outras, é possível perceber que o

professor de Educação Física Escolar é um profissional qualificado para lidar com os

conteúdos aqui defendidos para o Ensino Fundamental, especialmente com relação

ao conhecimento sobre o corpo, prevenção dos problemas posturais, aquisição de

novos hábitos e reeducação motora de padrões posturais. (BARBOSA, 2010).

      Segundo Achourapud Moraes (2007), o educador físico pode propor

exercícios de alongamento no próprio banco escolar para poder ser compensada as

posturas inadequadas. Propõe ainda que a interrupção de determinada atividade ao

se experimentar já no ambiente escolar um estilo de vida mais ativo.

      Verderi (2008), a prevenção deve ser feita o quanto antes seja através de

exercícios visando alongar e fortalecer a musculatura envolvida seja através da

eliminação dos maus hábitos, através de orientação postural, ou ambos.

      Para Barbosa (2010), o professor de Educador Física Escolar, comprometido

com as questões posturais, deve ter uma participação mais ativa nos processos

decisórios da escola, participando da elaboração do Projeto Político Pedagógico,

com a finalidade de incluir o tema ao plano de ensino, buscando o envolvimento de

toda a comunidade escolar, sensibilizando-a para sua efetiva participação em

projetos e programas de conscientização sobre a importância da educação postural,

assim como ele próprio a possui.
37



      Diante do que foi exposto até agora se pode entender que as aulas de

educação física se ministradas sem alguns cuidados podem contribuir para o

agravamento desses desvios e futuras dores nas costas, o trabalho proposto pelo

profissional de educação física deve vir de encontro às necessidades das crianças

com que trabalha, já que exercícios feitos de forma inadequada provocam efeitos

contrários. O trabalho do profissional de educação física deve englobar também a

informação aos pais da ocorrência de desvios posturais em seus filhos, palestras

educativas, e o trabalho interdisciplinar com os demais professores. (SANTOS E

AINHAGNE, 2007).



2.4 Dores Na Coluna



      Por carregar peso demasiado em suas mochilas, os alunos por vezes sofrem

de dor na coluna. Isso pode prejudicar sua postura e futuramente agravando

problemas na mesma. Knoplich, 1989 descreve a respeito que, há uma alteração na

coluna que é um escorregamento de vértebra; ela surge a partir dos 15 anos e o

jovem apresenta dor semelhante à ciática. Um tumor benigno, muito raro, pode

causar escoliose com dor; é caso que deve ser acompanhado pelo médico.



2.6 Ergonomia



      Etimologicamente a palavra vem do grego erg (trabalho) e nomos (leis); isto

é, ergonomia trata das leis que regem o trabalho. (KNOPLICH, 2003).

      De acordo com Carvalho apud Siqueira et al, cadeiras inadequadas induzem

a posturas erradas, que podem desencadear problemas na coluna lombar e cervical,
38



e em membros superiores, além de causar deficiências circulatórias nos membros

inferiores. Para este autor, as cadeiras com melhores qualidades ergonômicas

permitem a adaptação da cadeira ao aluno e não o inverso. Além disso, promovem

alternância postural e ao mesmo tempo são capazes de evitar o desconforto da

posição sentada por períodos mais longos.



2.7 Peso Da Mochila



      Um dos agravantes a incidências de desvio postural é o peso das mochilas. O

peso carregado é por muitas vezes maior do que o indicado.

      De acordo com a lei 10.759 de 16 de junho, dispõe sobre o peso máximo

tolerável do material escolar transportado diariamente por alunos do Pré-Escolar e 1º

Grau da Rede Escolar Pública e Privada do Estado de Santa Catarina



      Art. 1º O peso máximo total do material escolar transportado diariamente por

alunos do pré-escolar e 1º grau em mochilas, pastas e similares não poderá

ultrapassar:

      I - 5% do peso da criança do pré-escolar;

      II - 10% do peso do aluno do 1º grau.



      Art. 2º Caberá à escola, através de seus coordenadores, a definição do

material

      Escolar a ser transportado diariamente.
39



      Art. 3º O material que exceder o peso máximo permitido deverá ficar

guardado em armários fechados individuais ou coletivos.

      § 1º No caso dos armários coletivos será designado pela escola um

responsável

      Pela abertura do mesmo no início das aulas, e seu fechamento ao final das

mesmas.

      § 2º Não poderá ser feito nenhum tipo de cobrança pela guarda do material.



      Art. 4º O desrespeito ao limites de peso previsto nesta Lei implicará na

atribuição das seguintes penalidades à escola transgressora:

      I - advertência;

      II - multa de 40 UFIRs por aluno com excesso de material escolar.

      Parágrafo único. No caso dos estabelecimentos públicos de ensino, a multa

poderá ser substituída por punição ao coordenador responsável e à direção da

escola nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis.



      Art. 5º É obrigatória à afixação das normas contidas nesta Lei em local visível

      Aos alunos, pais e docentes.



      Art. 6º A execução da presente Lei fica a cargo da Secretaria de Estado da

Educação e do Desporto.



      Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



      Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
40




                                  CAPÍTULO III



OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA A SER ADOTADA PARA
                   AVALIAR OS DESVIOS POSTURAIS


            [...] a liberdade para o desenvolvimento de atividades intelectuais, religiosas,
            políticas, econômicas; a igualdade perante a lei, isto é, a igualdade civil já que
            individual ou socialmente não é possível; o direito natural do indivíduo à
            propriedade; a convicção de que cada pessoa tem aptidões e talentos próprios
            (individualismo) que podem e deve ser desenvolvidos ao Máximo e finalmente, a
            democracia como forma de governo mais adequada e a participação coletiva
            através de representantes de livre escolha de cada um (PORTO, 1987, p. 37).
41



3OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA



3.1 Objetivos Gerais De Educação Física No Ensino Fundamental




       De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) espera-se que

ao final do ensino fundamental os alunos sejam capazes de:

       • participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de

desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características

pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

       • adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações

lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

       • conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de

cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a

integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

       • reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os

efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde

coletiva;

       • solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando

e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando

que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem

de perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
42



      • reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de

crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros,

reivindicando condições de vida dignas;

      • conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que

existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da

cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela

mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

      • conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um direito do

cidadão.



3.2 Competências e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Médio em

Educação Física de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais:



      Representação e comunicação

      - Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como

capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias

manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos

conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal.

      - Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da

importância delas na vida do cidadão.

      - Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as

diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os

objetivos a que se propôs.
43



      - Reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras eficazes de

crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática

sobre diferentes pontos de vista postos em debate.

      - Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física,

enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de trabalho

promissor.



      Investigação e compreensão



      - Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a

reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de

suas aptidões físicas.



      - Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e frequência,

aplicando-as em suas práticas corporais.

      - Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz

de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura

autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição

de saúde.



      Contextualização sociocultural



      -     Compreender   as   diferentes   manifestações   da   cultura   corporal,

reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.
44



      Em relação no que se dizem respeito ao Ensino Médio, os Parâmetros

Curriculares Nacionais nos afirmam que:



                    O presente documento não tem a intenção de indicar um único caminho a
                    ser seguido pelos profissionais, mas propor, de maneira objetiva, formas de
                    atuação que proporcionarão o desenvolvimento da totalidade dos alunos e
                    não só o dos mais habilidosos. Aproximar o aluno do Ensino Médio
                    novamente à Educação Física, de forma lúdica, educativa e contributiva
                    para o processo de aprofundamento dos conhecimentos, é o objetivo do
                    que aqui será exposto.



3.3 Proposta Curricular de Santa Catarina



      De acordo com a Proposta Curricular de Santa Catarina, a Educação Física

Escolar, por ser parte do conhecimento acumulado e transmitido às novas gerações,

deve reunir o que for mais significativo ligado ao movimento humano, para ser

vivida, compreendida e, via reelaboração, contribuir na formação do cidadão. Este

componente curricular, portanto, é um direito de todos que passarem pela escola.

      Deste modo, alguns fatores devem ser mais bem considerados para

consubstanciar tal intenção de formação, através da ação pedagógica. Sendo eles:

   A produção histórica do conhecimento – todos os temas da Educação Física

   Escolar devem serentendidos na perspectiva histórica.

   O desenvolvimento do aluno como ser social – independente de serem “mais ou

   menos dotado” (visão Inatista), todos os alunos são capazes de aprender a partir

   da mediação do professor e dos demais participantes do grupo.

   O movimento humano – é o que nos diz respeito. Orienta a ação do professor de

   Educação Física através das diferentes formas de manifestação.

   A seleção dos conteúdos e metodologias como meio educacional – Os

   conteúdos não devem ser trabalhados a partir de uma teorização abstrata ou de
45



    um pratíssimo que nos remeta a velhas receitas ou regras imutáveis geradas

    fora da escola.

    3.3.1 Definições

    Corporeidade

    Se dá a definição de Corporeidade, pela Proposta Curricular de Santa Catarina

    como:

                       A existência do homem no mundo e seu processo de humanização não é
                       possível sem a presença corporal: o corpo ao se movimentar, expressa
                       ideias, sentimentos, valores, emoções. Sendo assim, para compreendermos
                       melhor a corporeidade também é necessário considerarmos o mundo do
                       abstrato e das emoções, transcendendo, desta forma, a simples
                       classificação e conceituação das ciência físicas e biológicas em relação ao
                       corpo ou a mera mensuração, quantificação do movimento humano.
                       Corporeidade é presença no mundo via corpo que sente, que pensa, que
                       age, corpo que, ao expressar-se na história, traz suas marcas, desvelando-
                       as.



      Temas da Educação Física:

      a)     JOGO

      O jogo corriqueiramente é considerado uma atividade em que a criança se

exercita e se distrai, de forma alegre e quase sempre prazerosa, proporcionando

liberação de energias acumuladas, além de contribuir para o desenvolvimento de

aspectos importantes na formação da personalidade.

      O jogo nada mais é que a representação de fenômenos sociais e podemos

citar como exemplo o jogo de xadrez, que mostra claramente através de suas peças

e movimentação, as relações de poder que aí se estabelecem. É no seu grupo social

que a criança aprende os jogos e práticas de uma época ou a utilização de objetos

que perduram por muitas épocas. Por exemplo, a boneca pode trazer os significados

passados como também pode representar a projeção para o futuro, interpretando

diferentes papéis sociais.
46



       b)     ESPORTE

       O esporte é um fenômeno social que exerce em homens e mulheres uma

forte atração, independentemente de raça, sexo ou ideologia. Desde a antiguidade,

sua prática está atrelada a “tempo livre” dos homens e mulheres, onde o lazer era

um privilégio de poucos abastados, e não dos trabalhadores, do campo ou da

cidade, estabelecendo sutilmente a distinção de classes. Pois que utilizar o “tempo

livre” para a prática de esportes significa ter, além de um tempo livre, condições

financeiras para tal.

       O esporte escolar tem um fim educativo. Portanto, é necessário sermos

críticos ao trabalhar a produção de seus valores, tais como: enfatizar sempre que

não jogamos contra, jogamos com; vitória e derrota são fatores interdependentes.

Se quisermos uma sociedade igualitária, produzida no coletivo, deveremos trabalhar

a questão do vencer, e do perder, e não o princípio de apenas sobrepujar.



3.4 Metodologia A Ser Adotada Para Avaliar Os Desvios Posturais



3.4.1 Etapas da aplicação da metodologia


Primeira etapa – devem ser convidados os alunos que se dispuserem a avaliação

para participarem da amostra;

Segunda etapa – deverá ser feita a coleta dos dados, avaliação postural e pesagem

da mochila.



3.4.2 Instrumentos de coleta
47



      Para a Pesagem das mochilas:

Pode ser utilizada uma balança comum, de preferência que esteja adequadamente

calibrada e com certificada com selo de qualidade do Inmetro



      Avaliação postural: feita através de um posturógrafo caseiro que pode ser

confeccionado com os seguintes materiais: duas folhas de isopor, um pincel atômico

e uma régua. Onde devem ser feitas marcações de 5cm na extensão da largura e do

comprimento das folhas de isopor, onde as linhas serão traçadas de uma lado ao

outro (vertical e horizontal). O posturógrafo auxiliará na visualização dos desvios

posturais.




       
       Figura 1- posturógrafo caseiro
       Fonte: (Catablogandosaberes, Brasil)




      Os alunos devem ser avaliados em pé, na posição normal. Visualizando em

três faces: vista posterior, vista lateral e vista frontal.

      Podem ser capturadas imagens dos alunos nas três faces, de modo que não

será mostrado sua identidade (utilizando tarja preta nos olhos).

      Com o auxílio de um acadêmico de fisioterapia será utilizado a ficha de

avaliação de Liposcki, Rosa Neto e Savall, 2007 (ANEXO E), para a observação dos

desvios.
48




3.4.3 Tratamento estatístico:



      Após coletas dos dados, pode ser feita uma análise pela estatística

paramétrica, analisados individualmente e por media, e ser apresentados através de

tabelas e gráficos. Podendo ser assim encaminhado à um especialista, os alunos em

que for contastado o desvio postural, também através dos gráficos é possível fazer

um trabalho de conscientização com todos os alunos.

      Conforme a resolução 196 de outubro de 1996 feita pelo Plenário do

Conselho Nacional de Saúde, as pesquisas envolvendo seres humanos devem

atender às exigências éticas e científicas fundamentais. Sendo assim, para realizar a

pesquisa/coleta de dados, o profissional de Educação Física deve estar dentro da

eticidade, e deve então:

             Realizar as avaliações posturais utilizando-se de uma sala iluminada

             localizada na própria escola, onde os alunos possam ser avaliados

             individualmente por meio da observação do nível de assimetrias,

             desvios e desníveis posturais.

             Desse modo, para a realização do exame físico específico, será

             solicitado aos alunos o uso de traje de banho – sunga para meninos e

             biquíni ou maiô para as meninas. Nesta ocasião deve haver sempre

             duas pessoas no local para a realização do exame. E não pode ser

             divulgado nenhum dado pessoal do aluno.
49



                             CONSIDERAÇÕES FINAIS



       Hábitos posturais incorretos adotados na infância podem ser no futuro

resultado de distúrbios da coluna vertebral, o diagnóstico precoce dos desvios da

coluna é fundamental, pois este período é o mais eficaz para qualquer intervenção

sendo possível corrigir e realinhar alterações posturais.

       A Educação Física, por ser a disciplina que envolve corpo e mente, vem

auxiliar e muito esta questão de desvio postural, principalmente através do

profissional de Educação Física, o professor, que ao fazer análises comparativas de

desvio postural em seus alunos pode estar prevenindo deformidades na coluna dos

mesmos, sendo possível assim encaminhar os alunos que necessitarem à um

especialista e desta maneira, o desvio pode ser corrigido antes que se torne

irreversível a correção.

       Entretanto, o papel do professor de Educação Física não deve ser apenas de

identificar os alunos com desvio postural, mas também o de alertar os alunos quanto

as posições inadequadas, ao excesso de materiais nas mochilas escolares, sendo

que mostrar os resultados da pesquisa para seus alunos também é uma maneira de

prevenir futuros desvios posturais nos alunos, conscientizando-os.

       A coluna vertebral é um importante conjunto de ossos do corpo humano, e

que na velhice é praticamente impossível fazer algum tipo de correção na mesma.

Por isso é importante que o quanto antes os jovens e crianças entender a

importância de se cuidar da coluna, menor será o índice de problemas relacionados

à coluna irão ter.
50



                         REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




BACK, Cristina Mari Zanella; LIMA, Inês Alessandra Xavier. FISIOTERAPIA NA
ESCOLA: AVALIAÇÃO POSTURAL.Artigo original 2006 disponível em:
<http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/06b/cristinaback/artigocristina.pdf>. Acesso em: 01
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BARBOSA ,Lydia Maria Furtado De Mendonça Guerreiro. EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO PARA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS
POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL. São Paulo, 2010. Monografia.
Universidade Nove de Julho

BETTI, M. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas.
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.1, n. 1, p.75, 2002.

BIAVA, Jaqueline Maria Schiffl; LIMA, Dartel Ferrari de. EDUCAÇÃO POSTURAL
NA ESCOLA; UMA ABORDAGEM INTEGRADORA DO PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE. Paraná 2009. Disponível
em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2371-
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BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.

BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares
Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Educação Física / Secretaria de Ensino
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998a.

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996.
Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisas envolvendo
seres humanos. Bioética. 1996;4(2):15-25.

COSTA, José Luis Dalla. A EDUCÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE
ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE ERECHIM-RS. Porto Alegre, 2008.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

DELGADO, Leonardo de Arruda. Análise Postural. São Luis, 2004. Licenciatura em
Educação Física. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO.

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51



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Paulo: ETCeterea, 2004.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa . 4. ed.São Paulo: Atlas,
2002.

GRACIOLI, Andreza Solué; GATTI, Virgínia Lacau. A INFLUÊNCIA DO PESO DO
MATERIAL ESCOLAR SOBRE OS DESVIOS POSTURAIS EM ESCOLARES DE
09 A 17 ANOS NA CIDADE DE PORTO ALEGRE. Porto Alegre, 2005. Universidade
Gama Filho. Disponível em:
<http://www.programapostural.com.br/artigos/gama_filho.pdf>. Acesso em : 05 abr.
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______ .Enfermidades da Coluna Vertebral.3. ed. São Paulo: Robe Editorial,
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______ .Enfermidades da Coluna Vertebral. 2. ed. São Paulo: Panamed, 1986.

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MORAES, Roberta Ricardo de. Atuação do educador físico no ambiente escolar
perante a postura da coluna vertebral de crianças e adolescentes – revisão de
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MORO, Antonio Renato Pereira. Análise biomecânica da postura sentada: uma
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DA CRIANÇA E SUAS POSSÍVEIS ALTERAÇÕES POSTURAIS E ALGIAS. Belém
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SALAS DE AULA EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO RECIFE-PE.2008
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<http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=40821104>. Acesso em: 03
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educação: algumas reflexões. Recife: EDUPE, 2005

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básicos. 2. Ed. São Paulo: ETCeterea, 2004.

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Desvio postural e peso das mochilas de alunos do ensino fundamental

  • 1. 0 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO – NÍVEL ESPECIALIZAÇÃO – “Lato – Sensu” AÇÃO INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DAIANA PAULA DE ÁVILA CONCORDIA-SC 2012
  • 2. 1 DAIANA PAULA DE ÁVILA DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Monografia do Curso de Pós- Graduação apresentada as Faculdades Dom Bosco como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Especialista na Ação Interdisciplinar no Processo Ensino- Aprendizagem em Educação Física Escolar. Orientador: Prof. Msc João Bet CONCORDIA-SC 2012
  • 3. 2 DAIANA PAULA DE ÁVILA DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Monografia apresentada as Faculdades Dom Bosco e julgada adequada como parte dos requisitos para obtenção do título de especialização na Ação Interdisciplinar no Processo Ensino-Aprendizagem em Educação Física Escolar. Orientador: Prof. Msc João Bet. CONCÓRDIA-SC _____/________2012. NOTA:___ ________________ Orientador _______________________ Orientador do Curso CONCORDIA-SC 2012
  • 4. 3 Dedicatória Dedico esta conquista aos meus pais Luiz e Rosani, a minha irmã Luana e todos que contribuíram de uma forma ou de outra para que mais esta etapa da minha formação pudesse ser concluída.
  • 5. 4 Agradecimentos Agradeço em primeiro lugar aos meus pais por terem me dado a oportunidade de ser alguém de paz e bem no mundo, sempre dando carinho e educação, e em nenhum momento deixaram de me incentivar aos estudos. Agradeço ao professor João Bet pela dedicação e tolerância à orientação deste trabalho, e também aos demais professores pelo conhecimento repassado e adquirido ao longo deste tempo. Agradeço aos amigos que me apoiaram e ajudaram sempre que possível, em especial Luan, Jéssika, Lucas, Carla e Matheus.
  • 6. 5 “Só lutamos por aquilo que amamos, só amamos aquilo que respeitamos, só respeitamos aquilo que conhecemos.” (Adolf Hitler)
  • 7. 6 DESVIO POSTURAL E PESO DAS MOCHILAS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Daiana Paula de Ávila1 RESUMO A adolescência caracteriza-se por ser uma fase em que ocorre alterações significativas, repentinas e desordenadas, favorecendo o aparecimento ou acentuação dos desvios posturais, e hábitos corretos na infância são importantes para evitar sobrecargas normais em ossos em crescimento. E as posturas assumidas durante a fase escolar tornam-se permanentes durante a vida toda. A função primária da coluna vertebral é dotar o corpo de rigidez longitudinal, permitindo movimento entre suas partes. Secundariamente, constitui uma base firme para sustentação de estruturas anatômicas contíguas, como costelas e músculos abdominais, permitindo a manutenção de cavidades corporais com forma e tamanho relativamente constantes. Entre 7 e 12 anos, a postura da criança sofre grande transformação na busca do equilíbrio compatível com as novas proporções do seu corpo. A escola e a família têm grande importância na construção e consolidação de conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem como em anormalidades músculo esqueléticas, preparando crianças e adolescentes para cuidar da sua própria saúde e bem estar. Um dos agravantes a incidências de desvio postural é o peso das mochilas. O peso carregado é por muitas vezes maior do que o indicado. sentido é importante que se detecte problemas para uma possível solução. Para tal existem profissionais e avaliações que podem ser realizadas periodicamente nas escolas. Tendo este resultado, os profissionais de Educação física atuantes em escolas terão condições de incluir em seu planejamento ações e praticas para prevenir ou auxiliar no tratamento de tais doenças. Palavras-Chave: desvio, postura, Educação Física, mochilas. 1 Acadêmica das Faculdades Dom Bosco do Curso de Pós-Graduação, Especialização “Lato – Sensu” em Ação Interdisciplinar no Processo Ensino/Aprendizagem.
  • 8. 7 POSTURAL BIAS AND WEIGHT OF BACKPACKS FOR ELEMENTARY SCHOOL STUDENTS Daiana Paula de Ávila2 ABSTRACT Adolescence is characterized by a phase in which significant changes occur, sudden and disorderly, favoring the emergence or intensification of postural deviations, and correct habits in childhood are important to prevent overloads in normal bone growth. And the positions taken during the school become permanent throughout life. The primary function of the spinal column is to provide longitudinal stiffness of the body allowing movement between the parts. Secondly, is a firm basis to support adjacent anatomical structures such as ribs and abdominal muscles, allowing the maintenance of body cavities with relatively constant shape and size. Between 7 and 12 years, the child's posture undergoes major transformation in search of equilibrium compatible with the new proportions of your body. The school and the family are of great importance in the construction and consolidation of knowledge, able to act in the prevention of diseases and abnormalities in skeletal muscle, preparing children for their own health care and wellness. One of aggravating the incidence of postural deviation is the weight of the backpacks. The load weight is many times greater than that indicated. sense it is important to detect a possible solution to problems. For this there are professionals and assessments can be conducted periodically in schools. Having this result, the physical education professionals working in schools will be able to include in their planning actions and practices to prevent or help treat such diseases. Key-words: deviation, posture, Physical Education, backpacks 2 Academic of Faculdade Dom Bosco in the Course of Masters Degree, Broad Specialization " –LatuSensu " in action Interdisciplinary in the Process Teach Learning.
  • 9. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9 CAPÍTULO I .............................................................................................................. 12 CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ................................................. 12 1 CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ............................................ 13 1.1 Retrospectiva Histórica .................................................................................... 13 1.2 A Educação Física No Brasil ........................................................................... 17 1.3 A Atividade Física ou Prática Esportiva ........................................................... 17 CAPÍTULO II ............................................................................................................. 20 CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL ...................................... 20 2 CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL................................ 21 2.1 A Coluna Vertebral .......................................................................................... 21 2.1.1 Regiões da Coluna Vertebral ........................................................................ 22 2.1.2 Vértebras ...................................................................................................... 23 2.1.3 Inervação da Coluna Vertebral ..................................................................... 26 2.1.4 Biomecênica da Coluna Vertebral ................................................................ 26 2.1.5 Movimentos da Coluna Vertebral .................................................................. 27 2.2 Postura ............................................................................................................ 28 2.2.1 Postura e ambiente escolar .......................................................................... 29 2.3 Desvios Posturais ............................................................................................ 31 2.3.1 Escoliose, Cifose e Lordose ......................................................................... 32 2.3.2 Prevenção para desvios ............................................................................... 34 2.3.3 O professor de Educação Física na prevenção dos desvios posturais ......... 35 2.4 Dores Na Coluna ............................................................................................. 37 2.6 Ergonomia ....................................................................................................... 37 2.7 Peso Da Mochila .............................................................................................. 38 CAPÍTULO III ............................................................................................................ 40 3 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................ 41 3.1 Objetivos Gerais De Educação Física No Ensino Fundamental ...................... 41 3.2 Competências e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Médio em Educação Física de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: ............. 42 3.3 Proposta Curricular de Santa Catarina ............................................................ 44 3.4 Metodologia A Ser Adotada Para Avaliar Os Desvios Posturais ..................... 46 3.4.1 Etapas da aplicação da metodologia ............................................................ 46 Primeira etapa – devem ser convidados os alunos que se dispuserem a avaliação para participarem da amostra; ............................................................................... 46 Segunda etapa – deverá ser feita a coleta dos dados, avaliação postural e pesagem da mochila. ............................................................................................. 46 3.4.2 Instrumentos de coleta.................................................................................. 46 3.4.3 Tratamento estatístico: ................................................................................. 48 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 49 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 50
  • 10. 9 INTRODUÇÃO A posição ereta bípede do homem resultou da evolução da espécie em milhões de anos de seleção natural, segundo a concepção darwiniana, pela qual as espécies que apresentam variações favoráveis são preservadas e as que apresentam mudanças desfavoráveis tendem a ser destruídas. (KNOPLICH, 1989). As mudanças nos hábitos de vida do homem moderno, facilitadas pelo avanço tecnológico, e a informatização globalizada, acabaram por predispor os indivíduos a problemas de coluna vertebral, já que a grande maioria passa muito tempo em uma mesma postura e de forma inativa (POLITANO, 2006). Estas mudanças de hábitos fazem parte também do cotidiano da criança e do adolescente que permanecem sentados por muitas horas na escola e nas atividades de lazer típicas dos dias atuais – tais como uso de vídeo-games ou computadores, e com certeza em uma postura inadequada. Gracioli e Gatti (2005), afirmam que no período escolar, as chances de se desenvolverem alterações posturais são maiores, principalmente para os que e estão ingressando na 5ª série / 5º ano do ensino fundamental, devido as mudanças que estão acontecendo no desenvolvimento do corpo e a grande quantidade de materiais escolares que devem transportar para a escola. A forma como as crianças vivem, com excesso de tempo sentados (na escola, em casa e em outros cursos) podem contribuir para ampliar os desvios posturais. (GRACIOLI; GATTI, 2005).
  • 11. 10 Os desvios de postura surgem cada vez mais cedo devido a má postura adotada pelas crianças, quando na utilização de vídeo-games, TV, e inclusive do inadequado mobiliário escolar. As políticas públicas deveriam dar mais atenção a este fato, na maioria das vezes os desvios tendem a piorar. É necessária uma avaliação ergonométrica para um móvel adequado e juntamente com orientações sobre a postura adequada, buscar a prevenção de desvios (SCHMIT et al, 2009). Agravando estes fatores observa-se mochilas escolares excessivamente pesadas, situações potenciais que podem desencadear alterações na postura corporal, fazendo surgir inúmeras alterações na coluna vertebral, comprometendo as condições de saúde das crianças e dos adolescentes na fase escolar (BIAVA; LIMA, 2009). Neste sentido é importante que se detecte problemas para uma possível solução. Para tal existem profissionais e avaliações que podem ser realizadas periodicamente nas escolas. Tendo este resultado, os profissionais de Educação física atuantes em escolas terão condições de incluir em seu planejamento ações e praticas para prevenir ou auxiliar no tratamento de tais doenças. Em relação ao desvio postural como problema de saúde, Santos (2007) esclarece que é evidente que grande parte da população mundial sofre com dores nas costas devido a problemas posturais, muitos deles adquiridos na escola, pois a fase escolar é de grande importância na formação da criança, mas também pode vir a comprometer sua saúde, por exemplo, ao passar muito tempo sentado em posição inadequada, poderá vir a desenvolver distúrbios posturais futuros. A detecção precoce e prevenção desses problemas, juntamente com a orientação quanto à
  • 12. 11 postura correta e a melhor forma de se exercitar são indispensáveis, já que devido a boa flexibilidade a criança geralmente não apresenta dores. Em estudo feito por Mioranza (2007), em relação à quantidade de material escolar conduzido, observaram que a grande maioria dos alunos (48%) conduzia uma quantidade de material de 4,1 a 6 Kg e 33% dos alunos de 2,4 a 4,0 Kg e apenas 19% conduziam a quantidade inferior a 2,3 Kg, passando aos 10% o peso das mochilas o que poderá trazer grandes prejuízos à coluna vertebral. Num estudo com escolares, Pinto e Lópes (2001), verificaram que dentre os 205 alunos avaliados, 58,6% de desvios no dorso lombar. Em outro estudo realizado por Martelli e Traebert (2004), com uma amostra de 344 alunos, constatou-se que a prevalência de alterações posturais de coluna entre os escolares de Tangará, SC, foi de 28,2%. Os indivíduos mais baixos e com menor peso corporal apresentaram mais alterações posturais em relação aos seus colegas mais altos e com maior peso corporal. Rego e Scartoni (2007) realizaram um estudo onde os resultados apontam a prevalência de dorsalgia na região da coluna vertebral e média de permanência na posição sentada de +/- 2h/dia, bem como o hábito de conduzir mochilas com peso excessivo. As alterações posturais de maior evidência detectadas foram à escoliose e o desnivelamento de espinha ilíaca anterior superior em 51% dos alunos. Contriet al apud Barbosa (2010), em estudo realizado, com escolares do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental, destaca que eles são mantidos em sala de aula em posições incômodas e inadequadas por longos períodos durante o dia, de semanas, meses e anos, ficando suscetíveis a desenvolver padrões posturais não saudáveis.
  • 13. 12 CAPÍTULO I CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la e transformá- la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida (BETTI, 2002, p.75).
  • 14. 13 1CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 1.1 Retrospectiva Histórica Os povos primitivos tinham movimentos naturais para sua sobrevivência. A exercitação intensa e os movimentos corporais diversos eram necessários para que pudessem exercer atividades como pescar, fugir de animais ferozes, caçar. Esse tipo de movimento é a principal característica de atividade física praticada por eles. Por ser um povo nômade e ter habilidades essenciais à sua sobrevivência, os movimentos que executavam davam a eles força e vigor físico. Quando começaram a viver de maneira sedentária, se fez necessário que dominassem técnicas elementares de agricultura e domesticação de animais, o que foi imprescindível à nova forma de organização social. Quando o povo se tornou sedentário, alguns grupos já estabelecidos passaram a levar uma vida mais sedentária, começaram a perder os embates para as hordas nômades possuidoras de maior resistência física. Quando os grupos sedentários perderam diversos embates, perceberam que precisavam fazer algum tipo de atividade física organizada e constante, onde o objetivo era se preparar para possíveis ataques futuros, e desse modo os treinamentos passaram a ter finalidades específicas. Pode-se entender então que nesta época a Educação Física foi estabelecida como preparação para confrontos, tendo caráter militar e guerreiro. A efebia ateniense, que nasceu com a finalidade de preparar para a guerra, torna-se escola também intelectual; o ginásio, destinado aos exercícios físicos a serem praticados nus, torna-se também lugar de exercitações culturais, para os
  • 15. 14 filósofos. Os dois tipos de competição, as do corpo e as da mente andam juntas. Em seguida, paulatinamente, apesar de um período de euforia da ginástica entre os séculos II e III d. C., as exercitações intelectuais terão a prevalência e a antiga unidade entre físico e intelectual estará definitivamente perdida. (MANACORDA, 2001, p. 69). A Educação Física sempre esteve presente na vida da grande maioria das pessoas, de um modo geral o movimento corporal por elas realizado. Porém há muita discordância sobre Educação Física e Esporte. Oliveira (2004, p. 51) nos afirma que: Afinal, o que é Educação Física? O que não se discute é o seu compromisso em estudar o homem em movimento. O que também se aceita é a ginástica, o jogo, o esporte e a dança como instrumentos para cumprir os seus objetivos. Talvez o que esteja faltando seja a elaboração consciente e adequada desses objetivos. E mais, como desenvolver essas atividades. Não se discute, também, - independente do ângulo do observador, que a Educação Física existe em função do homem, enquanto ser individual e social. Nessa medida, é cultura no seu sentido mais amplo, fertilizando o campo de manifestações individuais e coletivas. É transmissora de cultura, mas pode ser acima de tudo, transformadora de cultura. Incorpora conhecimentos da Medicina, mas ninguém será capaz de considerar o professor de Educação Física como aquele que cura. No Brasil a história da Educação Física esteve ligada à política educacional, sendo que ao longo de sua história, contou com a contribuição de setores diferenciados da sociedade como os imigrantes e militares, em diferentes momentos e partes do país, que com suas ações proporcionaram lazer, formação corporal e disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e competições. Compreendendo a historia da Educação Física, Souza Junior (2005) assegura que ela configura-se historicamente em quatro grandes momentos: o primeiro caracterizado, por uma História dos ideários Pedagógicos, tendo como
  • 16. 15 grande proeminente Fernando de Azevedo (1960) e a obra “educação física: o que é o que tem sido e o que deveria ser”. O segundo momento configurado como História Oficial e episódica, tem em Marinho (1943), seu grande representante, com duas importantes obras: Contribuição para a história da Educação Física no Brasil (1943) e História Geral da Educação Física (1980). Essa história da educação Física faz estudos de longos períodos a partir de documentos oficiais e coletados principalmente em um único local: os arquivos da Biblioteca Nacional. No terceiro momento, a educação física se fundamenta na concepção de História Marxista, tendo como autor e como obra de maior destaque, respectivamente, Lino Castellani Filho, com o trabalho Educação Física no Brasil: A história que não se conta (1988). Essa historiografia da Educação Física procura reescrever a história, a partir, principalmente, da identificação das relações socioeconômicas, objetivando opor-se a uma narrativa que apenas descreve e agrupa os acontecimentos, procurando interpretar os fatos diante de um movimento de resistência da valorização da disciplina Educação Física nos currículos escolares da época. Segundo Ferreira Neto (1995) “A história nessa perspectiva acontece e é escrita como expressão das relações sociais que, por sua vez, são consideradas reflexo do modo de produção da história da Educação e da Educação Física no Brasil” (1995, p. 26). Sousa Júnior (2005) destaca o quarto momento no qual os trabalhos se voltam para uma perspectiva da Nova História, reconhecendo que toda atividade humana tem história. Escrever sobre História, seja de um determinado tema, objeto,
  • 17. 16 tempo ou mesmo a partir de determinadas fontes, implica sempre um recorte intencional, principalmente em função da delimitação de um problema. Para Marinho (1980, p.17), a História é “o conhecimento do passado” que tem como objeto o “fato histórico” – compreendido como todo fato humano que possa ser entendido numa relação de causa e efeito e repercuta na sociedade. Para o referido autor, o “método” consiste na ordenação e seriação dos dados de acordo com as leis estabelecidas a partir de uma cadeia causal. Considera ainda a História como “ciência moral”. Quanto às suas relações com a Educação Física, afirma que “a história da Educação Física traduziu o estudo dos principais sucessos relacionados aos exercícios físicos, considerados no tempo e no espaço”. No que diz respeito à sua utilidade, o autor afirma: [...] uma consciência de si mesmo. De sua força, de sua originalidade, e, por isso é uma verdadeira memória coletiva, nos ensina o respeito pelo passado e nos fornece um poderoso estimulante para o futuro, trazendo com isso uma intenção ou contribuição de caráter nitidamente moral (MARINHO, 1980, p.17). Segundo Pagni (1995), a história da Educação Física vem se consolidando nos últimos anos como uma disciplina e como um dos possíveis campos de pesquisa, assim como vem sendo objeto de debates. Diante do crescente interesse que a História da Educação Física vem suscitando, faz-se oportuno uma reflexão sobre a sua construção dentro do contexto social, como disciplina curricular e sobre sua produção acadêmica. Pagni (1995) afirma que mais do que relatar e mapear as publicações sobre a História da Educação Física, é necessário problematizá-las diante de algumas questões que afligem a atividade de pesquisa do historiador e a discussão historiográfica em geral.
  • 18. 17 1.2 A Educação Física No Brasil A educação física no Brasil passou por diversos períodos que, por sua vez, possuíam inúmeras concepções relacionadas à função da própria educação física, da necessidade de evolução da formação do professor, bem como da maneira de trabalhar e ver a disciplina no contexto escolar. O desenvolvimento moral e ético, a inclusão social de crianças e jovens marginalizados pelas barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas, deficiência ou outras discriminações podem ser proporcionados quando estes têm o acesso e a participação na Educação Física e no esporte. (JOSÉ LUIS DALLA COSTA, PORTO ALEGRE 2008). No Brasil segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), artigo 26, § 3º, a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno maior de 30 anos, que tenha prole, que trabalhe mais de seis horas diárias, entre outras isenções. Assim sendo, em razão deste amparo legal, as atividades necessitam ser prazerosas a fim de efetivarmos a participação nas mesmas pelo nosso público. 1.3 A Atividade Física ou Prática Esportiva De acordo com TUBINO (1992), a atividade física ou prática esportiva é um direito de todos. Atualmente, as dimensões sociais do esporte abrangem três formas de manifestação:
  • 19. 18 Esporte-educação: vinculada a três áreas de atuação pedagógica: integração social, desenvolvimento psicomotor e atividades físicas educativas e tem como referência cinco princípios educativos: participação, cooperação, educação, integração e a responsabilidade; O Esporte-participação apoia-se no lazer, no prazer lúdico e propicia a integração social. Conhecido também como esporte popular ocorre em espaços com o comprometimento de favorecer apenas o prazer, a descontração e o divertimento para aqueles que o praticam; O Esporte-rendimento ou esporte-performance é pautado pelas regras específicas de cada modalidade esportiva que dependem das confederações nacionais e internacionais. O Ministério da Educação e do Desporto, através da Secretaria de Ensino Fundamental, inspirado no modelo educacional espanhol, mobilizou a partir de 1994 um grupo de pesquisadores e professores no sentido de elaborar os Parâmetros Curriculares Nacionais (Picuns). Em 1997, foram lançados os documentos referentes aos 1o e 2o ciclos (1ªa 4ª séries do Ensino Fundamental) e no ano de 1998 os relativos aos 3o e 4o ciclos (5ªa 8ª séries), incluindo um documento específico para a área da Educação Física (Brasil, 1998a). O CREF7 (2006, p.13), define Educação Física e alguns tópicos: O conjunto das atividades físicas e desportivas; A profissão constituída pelo conjunto dos graduados e demais habilitados no Sistema CONFEF/CREF, que ministram atividades físicas e/ou desportivas;
  • 20. 19 O comportamento curricular obrigatório em todos os níveis e modalidades do ensino básico; Área de estudo e/ou disciplina no ensino superior; O corpo de conhecimento, entendido como o conjunto de conceitos, teorias e procedimentos empregados para elucidar problemas teóricos e práticos, relacionados à esfera profissional e ao empreendimento científico, na área específica das atividades físicas, desportivo.
  • 21. 20 CAPÍTULO II CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL [...] uma consciência de si mesmo. De sua força, de sua originalidade, e, por isso é uma verdadeira memória coletiva, nos ensina o respeito pelo passado e nos fornece um poderoso estimulante para o futuro, trazendo com isso uma intenção ou contribuição de caráter nitidamente moral (MARINHO, 1980, p.17).
  • 22. 21 2CONCEITOS E CONCEPÇÕES DO DESVIO POSTURAL 2.1 A Coluna Vertebral A coluna vertebral é uma série de ossos individuais – as vértebras – que ao serem articulados constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral é flexível porque as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade depende principalmente dos músculos e ligamentos. Embora seja uma entidade puramente esquelética, do ponto de vista prático, quando nos referimos à “coluna vertebral”, na verdade estamos também nos referindo ao seu conteúdo e aos seus anexos, que são os músculos, nervos e vasos com ela relacionados. Seu comprimento é de aproximadamente dois quintos da altura total do corpo. É constituída de 24 vértebras móveis pré-sacrais (7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares). As cinco vértebras imediatamente abaixo das lombares estão fundidas no adulto para formar o sacro. As quatro vértebras mais inferiores também se fundem para formar o cóccix. As vértebras tornam-se progressivamente maiores na direção inferior até o sacro, tornando-se a partir daí sucessivamente menores. (VASCONCELOS, 2004). A coluna vertebral possui funções de suporte, proteção e locomoção. A região cervical é muito móvel, enquanto a lombar é apenas suficientemente móvel, concentrando a maioria dos movimentos entre a quinta e vértebra lombar e a primeira vértebra sacra. A região torácica, por outro lado, é menos móvel porque as costelas estão conectadas ás suas vértebras correspondentes. As regiões mais móveis da coluna geralmente dão origem a mais problemas. (PETERSON; RENSTRÖM, 2002 p. 207).
  • 23. 22 O movimento da coluna vertebral tem lugar graças à ação coordenada do sistema neuromuscular agonista que o produz e do agonista que o controla. O grau de mobilidade é diferente segundo os distintos níveis de cada zona. Esta mobilidade tem lugar graças à ação coordenada de vários segmentos que na região dorsal estará limitada pela caixa torácica e em todo o tronco aumentada pela ação do vascolejamento pélvico. (PERICÉ; RIAMBAU; PALOMA, 1989). 2.1.1 Regiões da Coluna Vertebral A coluna vertebral do adulto apresenta quatro curvaturas sagitais: cervical, torácica, lombar e sacral. As curvaturas torácica e sacral, convexas posteriormente, são denominadas primárias porque apresentam a mesma direção da coluna vertebral fetal e decorrem da diferença de altura entre as partes anteriores e posteriores dos corpos vertebrais. As curvaturas cervical e lombar, côncavas posteriormente, formam-se após o nascimento e decorrem da diferença de espessura entre as partes anteriores e posteriores dos discos intervertebrais. (VASCONCELOS, 2004). Sendo assim, Vasconcelos (2004), define: I. Cervical: constitui o esqueleto axial do pescoço e suporte da cabeça. 2. Torácica: suporta a cavidade torácica. 3. Lombar: suporta a cavidade abdominal e permite mobilidade entre a parte torácica do tronco e a pelve. 4. Sacral: une a coluna vertebral à cintura pélvica.
  • 24. 23 5. Coccigea: é uma estrutura rudimentar em humanos, mas possui função no suporte do assoalho pélvico. 2.1.2 Vértebras De acordo com Verderi (2008), todas as vértebras apresentam uma estrutura básica comum: um corpo e um arco, que limita o forame vertebral. Este, em virtude da superposição das vértebras constitui o canal vertebral pelo qual passa a medula espinhal. Vasconcelos (2004), afirma que apesar de as características anatômicas vertebrais poderem apresentar variações regionais na coluna vertebral, as vértebras possuem morfologia básica monótona. Uma vértebra típica é constituída de um corpo, um arco e processos vertebrais. Vasconcelos (2004), falando das partes da vértebra, destaca a típica: o Corpo e o Arco. O Corpo é a parte anterior da vértebra. Consiste basicamente de uma massa cilíndrica de osso esponjoso, mas as bordas das superfícies superior e inferior são compostas de osso compacto. É o elemento vertebral que suporta carga. O Arco fica em posição posterior ao corpo. É composto dos pedículos direito e esquerdo e das lâminas direita e esquerda. Juntamente com a face posterior do corpo vertebral, forma as paredes do forame vertebral que envolve e protege a medula. O conjunto dos foramens vertebrais em toda a extensão da coluna forma o canal vertebral. Vértebras Cervicais
  • 25. 24 - O Atlas e o Áxis Verderi (2008) expõe sobre as vértebras cervicais: o atlas, a primeira vértebra cervical, não apresenta corpo vertebral nem processo espinhoso, e seu forame é uma grande losango. A segunda vértebra cervical, o áxeis, é assim chamada por servir de eixo para a rotação do atlas com o crânio. Apresenta processo espinhoso bifurcado, bífido, assemelhando-se às outras vértebras cervicais, que chamamos vértebras típicas. Não há orifício de conjugação entre o áxis e o atlas. Podemos dizer então que a primeira e a segunda vértebra são atípicas. -Terceira a sexta vértebras cervicais A partir da terceira vértebra, encontramos um corpo vertebral uniforme e pequeno em relação ao arco posterior e ao orifício vertebral, este com forma triangular. Nas apófises transversais, podemos encontrar um orifício pelo qual passa a artéria vertebral. Os processos espinhosos são curtos e também se apresentam bifurcados (VERDERI, 2008). - Sétima vértebra cervical A sétima vértebra, embora seja considerada vértebra típica, merece atenção especial, havendo certas características que a distinguem das outras. Seu processo espinhoso não é mais bifurcado, porém, mais longo que o das outras vértebras cervicais. Quando fletimos a cabeça, a sétima vértebra é facilmente palpável. A partir da segunda vértebra cervical encontramos o disco intervertebral, que possibilita ao pescoço os movimentos de flexão e extensão lateral. Esta, porém, é limitada pelos processos uncinados. (Verderi, 2008). Vértebras Torácicas Em número de doze, o tamanho delas permite diferenciar entre as cervicais e as lombares. Os corpos vertebrais são menores de T1 a T3 e vão aumentando até a
  • 26. 25 T12, onde adquirem características do corpo vertebral e do disco intervertebral das vértebras lombares. Nessa região, temos forames vertebrais circulares, de certa forma pequenos e, também, temos a medula espinhal mais vulnerável a quaisquer lesões pelo estreitamento do canal vertebral, principalmente, de T4 a T9. Além disso, as vértebras torácicas possuem processos transversos maiores em relação às outras e duas semifacetas no corpo vertebral para a articulação das costelas. As facetas inclinam-se e, à medida que se aproximam da região lombar, vão adquirindo certas características. Nesse movimento, os processos espinhosos, muito longos, são dirigidos para trás e para baixo. (VERDERI, 2008). Em cada lado das vértebras torácicas, encontramos as costelas. De T1 a T7, as costelas verdadeiras (conectadas ao esterno pelas cartilagens costais); T8 a T10, as costelas falsas (unidas às cartilagens costais das costelas acima); T11 a T12, costelas flutuantes (não se conectam anteriormente ao esterno). (VERDERI, 2008). Vértebras lombares Em número de cinco, são as maiores. A altura do corpo vertebral favorece o orifício de conjugação entre um corpo e outro, possibilitando o contato da raiz nervosa com o disco. Apresentam-se ligeiramente mais profundas na frente do que atrás. O arco posterior forma o forame vertebral, que possui espaço maior em relação à região cervical e menor na torácica. Com forma triangular, é formado por pedículos, processos articulares e lâminas. As facetas articulares são perpendiculares; as lâminas, muito amplas; e os processos espinhosos, mais curtos. (VERDERI, 2008). Sacro - Constituição Geral
  • 27. 26 O sacro é constituído inicialmente por cinco vértebras, que se fundem no adulto em um único osso em forma de cunha. Articula-se superiormente com a quinta vértebra lombar e lateralmente com os ossos do quadril (VASCONCELOS, 2004). Cóccix Como o sacro, o cóccix possui forma de cunha e apresenta uma base, um ápice, faces dorsal e pelvina e bordas laterais. Consiste de quatro vértebras, algumas vezes cinco e, ocasionalmente, três. A primeira possui dois cornos que se articulam com os cornos sacrais. (VASCONCELOS 2004). 2.1.3 Inervação da Coluna Vertebral Os ramos meníngeos recorrentes (nervos sinuvertebrais ou de Lushka), emitidos pelos nervos espinhais logo que emergem do forame intervertebral, suprem as meninges e seus vasos, mas também dão filamentos para estruturas articulares e ligamentares adjacentes. A camada externa do ânulo fibroso dos discos intervertebrais parece receber filamentos desses nervos. A origem da chamada dor discogênica ainda não é consensual na literatura. Os ramos mediais do ramo dorsal dos nervos espinhais inervam o periósteo externo, facetas articulares, músculos e ligamentos vertebrais. (VASCONCELOS 2004). 2.1.4 Biomecênica da Coluna Vertebral Para Vasconcellos (2004), a função primária da coluna vertebral é dotar o corpo de rigidez longitudinal, permitindo movimento entre suas partes.
  • 28. 27 Secundariamente, constitui uma base firme para sustentação de estruturas anatômicas contíguas, como costelas e músculos abdominais, permitindo a manutenção de cavidades corporais com forma e tamanho relativamente constantes. Embora muitos textos assinalem que a proteção da medula espinal é uma função primária da coluna vertebral, tal assertiva não é correta. Sua função primária é musculoesquelética e mecânica, constituindo-se apenas como uma rota fortuita e conveniente para a medula espinhal ganhar acesso a partes distantes do tronco e dos membros. Biomecânica é a disciplina que descreve a operação do sistema musculoesquelético e possui importante aplicação no estudo funcional da coluna vertebral. Analisando a biomecânica, Vasconcellos (2004) aponta que a cinemática, descreve as amplitudes e os padrões de movimento da coluna vertebral e a cinética estuda as forças que causam e resistem a esses movimentos. Somente movimentos limitados são possíveis entre vértebras adjacentes, mas a soma desses movimentos confere considerável amplitude de mobilidade na coluna vertebral como um todo. Movimentos de flexão, extensão, lateralização, rotação e circundação são todos possíveis, sendo essas ações de maior amplitude nos segmentos cervical e lombar que no torácico. Isso ocorre porque os discos intervertebrais cervicais e lombares apresentam maior espessura, não sofrem o efeito de contenção da caixa torácica, seus processos espinhosos são mais curtos e seus processos articulares apresentam forma e arranjo espacial diferente dos torácicos. A flexão é o mais pronunciado movimento da coluna vertebral. 2.1.5 Movimentos da Coluna Vertebral
  • 29. 28 1. Plano sagital – Flexão – Extensão 2. Plano coronal – Lateralização direita – Lateralização esquerda 3. Plano longitudinal – Rotação ou circundação. (VASCONCELLOS, 2004). 2.2 Postura Para COURY apud Delgado (2004), define postura como a posição que o indivíduo assume no espaço, em função de um equilíbrio estático ou dinâmico, usando para isso seu arcabouço osteomusculoesquelético no desempenho de funções. Destaca-se a definição de Knoplich (1989, p. 36), para postura corporal- “A postura dinâmica é a posição que o corpo assume na preparação do próximo movimento. A posição de pé, estática, não seria uma verdadeira postura”. Postura envolve o conceito de balanço (equilíbrio), coordenação neuromuscular e adaptação e deve ser aplicado a um determinado momento corporal e para uma determinada circunstância - postura para andar, postura para jogar tênis ou dar a partida para uma disputa de natação. (KNOPLICH, 1989). Como afirma Knoplich (1989), a posição do corpo no espaço é a que dá um bom relacionamento entre as partes com o menor esforço, evitando a fadiga. É óbvio que, com isso, pode-se admitir que existam posturas melhores, mas uma ideal. Mas
  • 30. 29 esses padrões variam muito até os 10 anos de idade, quando as crianças estão constantemente testando novas maneiras de reagir à gravidade. Existem padrões culturais e mentais que influem na postura. Para Back e Lima (2006), postura é o estado de equilíbrio dos músculos e ossos, para proteção das demais estruturas do corpo humano de traumatismos, seja na posição em pé, sentada ou deitada. Um bom controle postural, com a solicitação de poucos músculos e baixo gasto de energia leva à boa postura. Neste sentido, o porte, a atitude e a pose, que são às vezes usados como sinônimos de postura são eventos transitórios e podem ser diferenciados. O porte significa o modo de andar, a pose é a postura forçada para uma foto, ou até de exibicionismo, e a atitude postural está mais ligada com estados emocionais, tais como medo, cólera, euforia. (KNOPLICH, 1989). A postura no adulto é mais que estes itens. É um hábito permanente de colocar o corpo no espaço, posição a que o indivíduo sempre volta depois do exercício e do descanso. É característica do indivíduo e, provavelmente, depende da "imagem" que a própria pessoa faz do seu corpo. (KNOPLICH, 1989). De acordo com TribastoneapudMoura et al, (2009),“alguma posição incorreta assumida pelo indivíduo pode causar a expressão de esquemas motores errados e estes, por sua vez, a anunciação de movimentos incorretos.”. 2.2.1 Postura e ambiente escolar Conforme aborda Moura, Fonseca e Paixão (2009), as crianças e os adolescentes passam em média de 4 a 6 horas no ambiente escolar e sentados de forma inadequada como aponta Moro (2000): as crianças sentam-se na maior parte
  • 31. 30 do tempo com o tronco flexionado e a maioria apresenta queixas na região do pescoço e da cabeça e utilizam o uso da mão sobre o queixo durante as atividades na carteira escolar na tentativa de aliviar o peso da cabeça. Para Contriet al. apud Barbosa (2010), “é evidente que o meio escolar tem grande influência nas alterações posturais das crianças”. A postura sentada é a mais utilizada pelos alunos que ficam em média 4 horas nesta posição. Isto acarreta uma sobrecarga nos músculos e articulações que formam a coluna vertebral, além de um aumento da pressão nos discos intervertebrais. Entre 7 e 12 anos, a postura da criança sofre grande transformação na busca do equilíbrio compatível com as novas proporções do seu corpo. As crianças na fase escolar podem apresentar problemas posturais, pois passam várias horas em uma posição sentada e, muitas vezes, em carteiras e cadeiras inadequadas a sua estatura. (PEREIRA; ÁVILA, 2004). Deste modo a postura mantida e os maus hábitos posturais podem influenciar e alterar a morfologia de algumas estruturas ósseas, durante a infância e a adolescência. Estas alterações e esses hábitos posturais geram, na vida adulta, diversas complicações em níveis funcionais, ortopédicos, respiratórios e outros, além de dores musculares devido a compensações do organismo (MORO 2000). Knoplich (1985) destaca que os hábitos posturais incorretos são adotados desde o ensino fundamental, são motivos de grandes preocupações, pois são crianças, e não adultos, o seu corpo está em fase de desenvolvimento e formação, onde se tornam mais susceptíveis a deformações nas estruturas musculoesqueléticas, apresentando menor suportabilidade à carga.
  • 32. 31 Para BACK (2006), “a escola apresenta-se como o local ideal para prevenir e orientar os escolares com relação aos desequilíbrios posturais, informando e conscientizando a comunidade escolar sobre a importância da prevenção.”. 2.3 Desvios Posturais O defeito postural é uma deformidade que surge inicialmente em crianças, cuja coluna está crescendo. O reconhecimento precoce desses defeitos resultará na diminuição do número de cirurgias, da evolução para grandes deformidades e até mesmo da incapacidade física acentuada. Os programas de avaliação escolar e em comunidades foram frequentes nos últimos anos e colaboraram muito na detecção e encaminhamento precoce para a confirmação dos defeitos posturais e tratamento (FERREIRA, 2004). Como diz Ferreira, (2004): as alterações posturais podem ser classificadas em: Vícios Posturais ou Atitudes Viciosas: O defeito está fora da coluna vertebral, situando-se na musculatura, no quadril ou nos membros inferiores. Tem como característica importante o fato de poder ser corrigido pela vontade do paciente. Defeitos Posturais: O defeito está na coluna. São alterações definitivas da postura que independem da vontade do paciente, só podendo ser corrigidas através de tratamento cirúrgico ou não cirúrgico (conservador). Estes defeitos podem apresentar-se compensados ou descompensados, sendo classificados em escoliose, cifose e lordose.
  • 33. 32 Barbosa (2010) discorre que a definição de “boa” postura é a que melhor ajusta o sistema músculo esquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço das nossas atividades diárias, sobrecarregando da menor maneira possível cada uma de suas partes e a “má” postura aquela que gera compensações em diversos grupos musculares, comprometendo as várias funções exercidas pelos mesmos. Segundo Kendall, McCreary e Provance (1995), a postura é definida como a posição que o corpo assume na preparação do próximo movimento. A boa postura é o estado de equilíbrio muscular e esquelético que protege as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou deformidade progressiva, independentemente da atitude nas quais essas estruturas estejam trabalhando em repouso. A má postura é uma relação defeituosa entre várias partes do corpo, que produz uma maior tensão sobre as estruturas de suporte, sobre as quais ocorre um equilíbrio menos eficiente do corpo. 2.3.1 Escoliose, Cifose e Lordose. Back; Lima (2006) compara os escolares de ambos os gêneros, e afirmam que as alterações posturais se apresentam em todas as idades, e não há diferença significativa entre meninos e meninas. Sendo assim, pode-se desenvolver em qualquer idade alguma alteração postural, dentre as quais mencionaremos: Escoliose Devido aos maus hábitos posturais as pessoas estão sujeitas a deformidades, por vezes gerando alterações das curvas da coluna.
  • 34. 33 Como descreve Ferreira, 2004: “Há três tipos básicos de deformidade vertebral: escoliose, cifose e lordose, cuja ocorrência pode ser simples ou combinada.”. A má postura geralmente é adquirida na infância e estende-se na adolescência, se não corrigida perdura até o final da vida adulta. Sendo assim Verderi 2008 pág. 33 define: O aumento da curvatura cifótica promove certas alterações anatômicas, como dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral, podendo haver déficit respiratório, pela redução da capacidade de sustentação da coluna vertebral e, também, pela diminuição da expansibilidade torácica. A escoliose é um sintoma e não uma doença. Afirma (KNOPLICH, 2003) Pericé (1989, p. 100), propõe: “Denomina-se escoliose toda curva ou desvio lateral da coluna vertebral”. Se existem curvas fisiológicas no plano anteroposterior da coluna vertebral (a cifose torácica de convexidade dorsal e as lordoses cervical e lombar, de convexidade ventral), qualquer curva vertebral pode ser considerada anormal. A Escoliose Estrutural Idiopática É a mais frequente das escolioses, responsável por aproximadamente 80% de todos os casos. (FERREIRA 2004). Lordose A lordose é a curva que se observa no perfil de uma coluna vertebral, na convexidade da região cervical e da região lombar. Mas o uso fez com que se associe a ideia da lordose ao aumento da curva na região lombar. KNOPLICH 2003. Farfanapudknoplich demonstrou que a lordose lombar está diretamente relacionada com a obliquidade pélvica, que deve estar em torno de 20 graus. Se ela for superior a esse valor haverá um aumento de lordose e haverá um
  • 35. 34 consequentedeslocamento do centro de gravidade e realinhamento de todas as curvas para uma compensação. Harrison e colapud Knoplich 2003 correlacionaram com modelos biomecânicos (matemáticos0 a lordose cervical e a lordose lombar). O centro de gravidade da cabeça está localizado na sela túrcica e o centro de gravidade do corpo está na coluna lombar. Realizaram simulações alterando a curva da coluna cervical e constataram que, quando a curva da cervical fica cifótica, as forças de tensão sobre a lombar que agem sobre a margem vertebral anterior mudam (cerca de 6 a 10 vezes mais intensas) para forças de compressão, dando origem aos osteófitos. Cifose De acordo com Knoplich 2003, uma das deformidades mais negligenciadas no tratamento da coluna são as cifoses rotuladas de posturais da adolescência, mas que podem ser sinal de alguma patologia mais complexa. Apresenta também o tipo mais comum, que é a cifose postural, a qual é conhecida pela denominação de dorso curvo postural. Que e colapud Knoplich, 2003, evidenciam que as posições adotadas pelas pessoas ou os ângulos que as articulações assumem no espaço são confortáveis para o indivíduo, no período de tempo de um minuto, mas é inadequadas para a própria estrutura da articulação em longo prazo, o que sempre ocasiona problemas futuros. 2.3.2 Prevenção para desvios
  • 36. 35 É evidente que a escola e a família têm grande importância na construção e consolidação de conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem como em anormalidades músculoesqueléticas, preparando crianças e adolescentes para cuidar da sua própria saúde e bem estar. Sendo assim, o profissional capaz de atuar na prevenção (educador físico) e reabilitação (fisioterapeuta), têm o papel de repassar de forma simples algumas das diversas condutas profiláticas aos meios familiar e escolar. (MOURA; FONSECA; PAIXÃO; 2009). De acordo com Knoplich (1986), os hábitos posturais incorretos, que são adotados desde o ensino fundamental, são motivos de grandes preocupações, pois são crianças, e não adultos, o seu corpo está em fase de desenvolvimento e formação, e por isso tornam mais susceptíveis a deformações nas estruturas musculoesqueléticas, apresentando menor suportabilidade à carga. Assim o educador físico poderá orientar, e aplicar em suas aulas atividades que ajudam na prevenção de possíveis desvios posturais. De acordo com Delgado (2004), a maneira correta de se sentar é com a cabeça ereta, sentado sobre a musculatura isquiática, costas apoiadas no encosto da cadeira, estendendo delicadamente as partes posteriores das costas, levantando o tórax, os ombros devem ser levados para trás e para baixo, de encontro ao encosto da cadeira. Deve-se evitar o colapso-caracterizado por uma curvatura torácica exagerada e queda da cabeça. 2.3.3 O professor de Educação Física na prevenção dos desvios posturais A escola e a família têm grande importância na construção e consolidação de conhecimento, capazes de atuar na prevenção de doenças, bem como em
  • 37. 36 anormalidades musculoesqueléticas, preparando crianças e adolescentes para cuidar da sua própria saúde e bem estar. (MOURA FONSECA E PAIXÃO, 2009). Nos currículos de formação de professores de Educação Física Escolar (Cursos de Licenciatura) fazem parte disciplinas como anatomia, cinesiologia, avaliação e medidas, fisiologia humana, fisiologia do exercício, aprendizagem motora, antropologia, prática de ensino, metodologia de ensino, história, biologia, socorros de urgência, ginástica, natação, entre outras, é possível perceber que o professor de Educação Física Escolar é um profissional qualificado para lidar com os conteúdos aqui defendidos para o Ensino Fundamental, especialmente com relação ao conhecimento sobre o corpo, prevenção dos problemas posturais, aquisição de novos hábitos e reeducação motora de padrões posturais. (BARBOSA, 2010). Segundo Achourapud Moraes (2007), o educador físico pode propor exercícios de alongamento no próprio banco escolar para poder ser compensada as posturas inadequadas. Propõe ainda que a interrupção de determinada atividade ao se experimentar já no ambiente escolar um estilo de vida mais ativo. Verderi (2008), a prevenção deve ser feita o quanto antes seja através de exercícios visando alongar e fortalecer a musculatura envolvida seja através da eliminação dos maus hábitos, através de orientação postural, ou ambos. Para Barbosa (2010), o professor de Educador Física Escolar, comprometido com as questões posturais, deve ter uma participação mais ativa nos processos decisórios da escola, participando da elaboração do Projeto Político Pedagógico, com a finalidade de incluir o tema ao plano de ensino, buscando o envolvimento de toda a comunidade escolar, sensibilizando-a para sua efetiva participação em projetos e programas de conscientização sobre a importância da educação postural, assim como ele próprio a possui.
  • 38. 37 Diante do que foi exposto até agora se pode entender que as aulas de educação física se ministradas sem alguns cuidados podem contribuir para o agravamento desses desvios e futuras dores nas costas, o trabalho proposto pelo profissional de educação física deve vir de encontro às necessidades das crianças com que trabalha, já que exercícios feitos de forma inadequada provocam efeitos contrários. O trabalho do profissional de educação física deve englobar também a informação aos pais da ocorrência de desvios posturais em seus filhos, palestras educativas, e o trabalho interdisciplinar com os demais professores. (SANTOS E AINHAGNE, 2007). 2.4 Dores Na Coluna Por carregar peso demasiado em suas mochilas, os alunos por vezes sofrem de dor na coluna. Isso pode prejudicar sua postura e futuramente agravando problemas na mesma. Knoplich, 1989 descreve a respeito que, há uma alteração na coluna que é um escorregamento de vértebra; ela surge a partir dos 15 anos e o jovem apresenta dor semelhante à ciática. Um tumor benigno, muito raro, pode causar escoliose com dor; é caso que deve ser acompanhado pelo médico. 2.6 Ergonomia Etimologicamente a palavra vem do grego erg (trabalho) e nomos (leis); isto é, ergonomia trata das leis que regem o trabalho. (KNOPLICH, 2003). De acordo com Carvalho apud Siqueira et al, cadeiras inadequadas induzem a posturas erradas, que podem desencadear problemas na coluna lombar e cervical,
  • 39. 38 e em membros superiores, além de causar deficiências circulatórias nos membros inferiores. Para este autor, as cadeiras com melhores qualidades ergonômicas permitem a adaptação da cadeira ao aluno e não o inverso. Além disso, promovem alternância postural e ao mesmo tempo são capazes de evitar o desconforto da posição sentada por períodos mais longos. 2.7 Peso Da Mochila Um dos agravantes a incidências de desvio postural é o peso das mochilas. O peso carregado é por muitas vezes maior do que o indicado. De acordo com a lei 10.759 de 16 de junho, dispõe sobre o peso máximo tolerável do material escolar transportado diariamente por alunos do Pré-Escolar e 1º Grau da Rede Escolar Pública e Privada do Estado de Santa Catarina Art. 1º O peso máximo total do material escolar transportado diariamente por alunos do pré-escolar e 1º grau em mochilas, pastas e similares não poderá ultrapassar: I - 5% do peso da criança do pré-escolar; II - 10% do peso do aluno do 1º grau. Art. 2º Caberá à escola, através de seus coordenadores, a definição do material Escolar a ser transportado diariamente.
  • 40. 39 Art. 3º O material que exceder o peso máximo permitido deverá ficar guardado em armários fechados individuais ou coletivos. § 1º No caso dos armários coletivos será designado pela escola um responsável Pela abertura do mesmo no início das aulas, e seu fechamento ao final das mesmas. § 2º Não poderá ser feito nenhum tipo de cobrança pela guarda do material. Art. 4º O desrespeito ao limites de peso previsto nesta Lei implicará na atribuição das seguintes penalidades à escola transgressora: I - advertência; II - multa de 40 UFIRs por aluno com excesso de material escolar. Parágrafo único. No caso dos estabelecimentos públicos de ensino, a multa poderá ser substituída por punição ao coordenador responsável e à direção da escola nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis. Art. 5º É obrigatória à afixação das normas contidas nesta Lei em local visível Aos alunos, pais e docentes. Art. 6º A execução da presente Lei fica a cargo da Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
  • 41. 40 CAPÍTULO III OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA A SER ADOTADA PARA AVALIAR OS DESVIOS POSTURAIS [...] a liberdade para o desenvolvimento de atividades intelectuais, religiosas, políticas, econômicas; a igualdade perante a lei, isto é, a igualdade civil já que individual ou socialmente não é possível; o direito natural do indivíduo à propriedade; a convicção de que cada pessoa tem aptidões e talentos próprios (individualismo) que podem e deve ser desenvolvidos ao Máximo e finalmente, a democracia como forma de governo mais adequada e a participação coletiva através de representantes de livre escolha de cada um (PORTO, 1987, p. 37).
  • 42. 41 3OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 3.1 Objetivos Gerais De Educação Física No Ensino Fundamental De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) espera-se que ao final do ensino fundamental os alunos sejam capazes de: • participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais; • adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência; • conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais; • reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva; • solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
  • 43. 42 • reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições de vida dignas; • conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito; • conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão. 3.2 Competências e habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Médio em Educação Física de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Representação e comunicação - Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal. - Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da importância delas na vida do cidadão. - Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs.
  • 44. 43 - Reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate. - Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de trabalho promissor. Investigação e compreensão - Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões físicas. - Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e frequência, aplicando-as em suas práticas corporais. - Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição de saúde. Contextualização sociocultural - Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.
  • 45. 44 Em relação no que se dizem respeito ao Ensino Médio, os Parâmetros Curriculares Nacionais nos afirmam que: O presente documento não tem a intenção de indicar um único caminho a ser seguido pelos profissionais, mas propor, de maneira objetiva, formas de atuação que proporcionarão o desenvolvimento da totalidade dos alunos e não só o dos mais habilidosos. Aproximar o aluno do Ensino Médio novamente à Educação Física, de forma lúdica, educativa e contributiva para o processo de aprofundamento dos conhecimentos, é o objetivo do que aqui será exposto. 3.3 Proposta Curricular de Santa Catarina De acordo com a Proposta Curricular de Santa Catarina, a Educação Física Escolar, por ser parte do conhecimento acumulado e transmitido às novas gerações, deve reunir o que for mais significativo ligado ao movimento humano, para ser vivida, compreendida e, via reelaboração, contribuir na formação do cidadão. Este componente curricular, portanto, é um direito de todos que passarem pela escola. Deste modo, alguns fatores devem ser mais bem considerados para consubstanciar tal intenção de formação, através da ação pedagógica. Sendo eles: A produção histórica do conhecimento – todos os temas da Educação Física Escolar devem serentendidos na perspectiva histórica. O desenvolvimento do aluno como ser social – independente de serem “mais ou menos dotado” (visão Inatista), todos os alunos são capazes de aprender a partir da mediação do professor e dos demais participantes do grupo. O movimento humano – é o que nos diz respeito. Orienta a ação do professor de Educação Física através das diferentes formas de manifestação. A seleção dos conteúdos e metodologias como meio educacional – Os conteúdos não devem ser trabalhados a partir de uma teorização abstrata ou de
  • 46. 45 um pratíssimo que nos remeta a velhas receitas ou regras imutáveis geradas fora da escola. 3.3.1 Definições Corporeidade Se dá a definição de Corporeidade, pela Proposta Curricular de Santa Catarina como: A existência do homem no mundo e seu processo de humanização não é possível sem a presença corporal: o corpo ao se movimentar, expressa ideias, sentimentos, valores, emoções. Sendo assim, para compreendermos melhor a corporeidade também é necessário considerarmos o mundo do abstrato e das emoções, transcendendo, desta forma, a simples classificação e conceituação das ciência físicas e biológicas em relação ao corpo ou a mera mensuração, quantificação do movimento humano. Corporeidade é presença no mundo via corpo que sente, que pensa, que age, corpo que, ao expressar-se na história, traz suas marcas, desvelando- as. Temas da Educação Física: a) JOGO O jogo corriqueiramente é considerado uma atividade em que a criança se exercita e se distrai, de forma alegre e quase sempre prazerosa, proporcionando liberação de energias acumuladas, além de contribuir para o desenvolvimento de aspectos importantes na formação da personalidade. O jogo nada mais é que a representação de fenômenos sociais e podemos citar como exemplo o jogo de xadrez, que mostra claramente através de suas peças e movimentação, as relações de poder que aí se estabelecem. É no seu grupo social que a criança aprende os jogos e práticas de uma época ou a utilização de objetos que perduram por muitas épocas. Por exemplo, a boneca pode trazer os significados passados como também pode representar a projeção para o futuro, interpretando diferentes papéis sociais.
  • 47. 46 b) ESPORTE O esporte é um fenômeno social que exerce em homens e mulheres uma forte atração, independentemente de raça, sexo ou ideologia. Desde a antiguidade, sua prática está atrelada a “tempo livre” dos homens e mulheres, onde o lazer era um privilégio de poucos abastados, e não dos trabalhadores, do campo ou da cidade, estabelecendo sutilmente a distinção de classes. Pois que utilizar o “tempo livre” para a prática de esportes significa ter, além de um tempo livre, condições financeiras para tal. O esporte escolar tem um fim educativo. Portanto, é necessário sermos críticos ao trabalhar a produção de seus valores, tais como: enfatizar sempre que não jogamos contra, jogamos com; vitória e derrota são fatores interdependentes. Se quisermos uma sociedade igualitária, produzida no coletivo, deveremos trabalhar a questão do vencer, e do perder, e não o princípio de apenas sobrepujar. 3.4 Metodologia A Ser Adotada Para Avaliar Os Desvios Posturais 3.4.1 Etapas da aplicação da metodologia Primeira etapa – devem ser convidados os alunos que se dispuserem a avaliação para participarem da amostra; Segunda etapa – deverá ser feita a coleta dos dados, avaliação postural e pesagem da mochila. 3.4.2 Instrumentos de coleta
  • 48. 47  Para a Pesagem das mochilas: Pode ser utilizada uma balança comum, de preferência que esteja adequadamente calibrada e com certificada com selo de qualidade do Inmetro  Avaliação postural: feita através de um posturógrafo caseiro que pode ser confeccionado com os seguintes materiais: duas folhas de isopor, um pincel atômico e uma régua. Onde devem ser feitas marcações de 5cm na extensão da largura e do comprimento das folhas de isopor, onde as linhas serão traçadas de uma lado ao outro (vertical e horizontal). O posturógrafo auxiliará na visualização dos desvios posturais.  Figura 1- posturógrafo caseiro Fonte: (Catablogandosaberes, Brasil)  Os alunos devem ser avaliados em pé, na posição normal. Visualizando em três faces: vista posterior, vista lateral e vista frontal.  Podem ser capturadas imagens dos alunos nas três faces, de modo que não será mostrado sua identidade (utilizando tarja preta nos olhos).  Com o auxílio de um acadêmico de fisioterapia será utilizado a ficha de avaliação de Liposcki, Rosa Neto e Savall, 2007 (ANEXO E), para a observação dos desvios.
  • 49. 48 3.4.3 Tratamento estatístico: Após coletas dos dados, pode ser feita uma análise pela estatística paramétrica, analisados individualmente e por media, e ser apresentados através de tabelas e gráficos. Podendo ser assim encaminhado à um especialista, os alunos em que for contastado o desvio postural, também através dos gráficos é possível fazer um trabalho de conscientização com todos os alunos. Conforme a resolução 196 de outubro de 1996 feita pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde, as pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticas e científicas fundamentais. Sendo assim, para realizar a pesquisa/coleta de dados, o profissional de Educação Física deve estar dentro da eticidade, e deve então: Realizar as avaliações posturais utilizando-se de uma sala iluminada localizada na própria escola, onde os alunos possam ser avaliados individualmente por meio da observação do nível de assimetrias, desvios e desníveis posturais. Desse modo, para a realização do exame físico específico, será solicitado aos alunos o uso de traje de banho – sunga para meninos e biquíni ou maiô para as meninas. Nesta ocasião deve haver sempre duas pessoas no local para a realização do exame. E não pode ser divulgado nenhum dado pessoal do aluno.
  • 50. 49 CONSIDERAÇÕES FINAIS Hábitos posturais incorretos adotados na infância podem ser no futuro resultado de distúrbios da coluna vertebral, o diagnóstico precoce dos desvios da coluna é fundamental, pois este período é o mais eficaz para qualquer intervenção sendo possível corrigir e realinhar alterações posturais. A Educação Física, por ser a disciplina que envolve corpo e mente, vem auxiliar e muito esta questão de desvio postural, principalmente através do profissional de Educação Física, o professor, que ao fazer análises comparativas de desvio postural em seus alunos pode estar prevenindo deformidades na coluna dos mesmos, sendo possível assim encaminhar os alunos que necessitarem à um especialista e desta maneira, o desvio pode ser corrigido antes que se torne irreversível a correção. Entretanto, o papel do professor de Educação Física não deve ser apenas de identificar os alunos com desvio postural, mas também o de alertar os alunos quanto as posições inadequadas, ao excesso de materiais nas mochilas escolares, sendo que mostrar os resultados da pesquisa para seus alunos também é uma maneira de prevenir futuros desvios posturais nos alunos, conscientizando-os. A coluna vertebral é um importante conjunto de ossos do corpo humano, e que na velhice é praticamente impossível fazer algum tipo de correção na mesma. Por isso é importante que o quanto antes os jovens e crianças entender a importância de se cuidar da coluna, menor será o índice de problemas relacionados à coluna irão ter.
  • 51. 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACK, Cristina Mari Zanella; LIMA, Inês Alessandra Xavier. FISIOTERAPIA NA ESCOLA: AVALIAÇÃO POSTURAL.Artigo original 2006 disponível em: <http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/06b/cristinaback/artigocristina.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2011. BARBOSA ,Lydia Maria Furtado De Mendonça Guerreiro. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO PARA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL. São Paulo, 2010. Monografia. Universidade Nove de Julho BETTI, M. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.1, n. 1, p.75, 2002. BIAVA, Jaqueline Maria Schiffl; LIMA, Dartel Ferrari de. EDUCAÇÃO POSTURAL NA ESCOLA; UMA ABORDAGEM INTEGRADORA DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE. Paraná 2009. Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2371- 8.pdf?PHPSESSID=2010012708223041>. Acesso em: 01 abr. 2011. BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Educação Física / Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998a. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisas envolvendo seres humanos. Bioética. 1996;4(2):15-25. COSTA, José Luis Dalla. A EDUCÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE ERECHIM-RS. Porto Alegre, 2008. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). DELGADO, Leonardo de Arruda. Análise Postural. São Luis, 2004. Licenciatura em Educação Física. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. FERREIRA NETO, Amarílio, ( org). Pesquisa histórica na Educação Física Brasileira. Vitória: UFES Centro de Educação Física e Desporto, 1996. FERREIRA, Wanda Heloisa Rodrigues. Escolioses e alterações Posturais. In:
  • 52. 51 NATOUR, Jamil.(Org). Coluna Vertebral: conhecimentos básicos. 2. Ed. São Paulo: ETCeterea, 2004. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa . 4. ed.São Paulo: Atlas, 2002. GRACIOLI, Andreza Solué; GATTI, Virgínia Lacau. A INFLUÊNCIA DO PESO DO MATERIAL ESCOLAR SOBRE OS DESVIOS POSTURAIS EM ESCOLARES DE 09 A 17 ANOS NA CIDADE DE PORTO ALEGRE. Porto Alegre, 2005. Universidade Gama Filho. Disponível em: <http://www.programapostural.com.br/artigos/gama_filho.pdf>. Acesso em : 05 abr. 2011. KENDALL, F. P.; MCCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos, provas e funções. São Paulo: Manole, 1995. KNOPLICH, José. Endireite as Costas: desvios da coluna, exercícios e prevenção. São Paulo: IBRASA, 1989. ______ .Enfermidades da Coluna Vertebral.3. ed. São Paulo: Robe Editorial, 2003. ______ .Enfermidades da Coluna Vertebral. 2. ed. São Paulo: Panamed, 1986. LIPOSCKI, D. B.; ROSA NETO, F; SAVALL, A. C. Validação do conteúdo do instrumento de avaliação postural – IAP. Revista Digital, Buenos Aires, v. 12, n. 109, p. 1-7, jun. 2007. MANACORDA, Mario Alighiero. História da Educação da Antiguidade aos Nossos Dias. São Paulo: Cortez, 2001. MARINHO, I. P. Contribuição para a História da Educação Física no Brasil. São Paulo: Cia. Brasil, 1943. MARTELLI, Raquel Cristina; TRAEBERT, Jefferson. Estudo descritivo das alterações posturais de coluna vertebral em escolares de 10 a 16 anos de idade. Tangará-SC, 2004. J. RevBrasEpidemiol 2006; 9(1): 87-93 MORAES, Roberta Ricardo de. Atuação do educador físico no ambiente escolar perante a postura da coluna vertebral de crianças e adolescentes – revisão de literatura. Jacareí 2007. Monografia. Universidade do Vale do Paraíba. MIORANZA, Giovana. O uso da mochila escolar e as possíveis implicações posturais nos alunos do colégio estadual desembragador Antônio franco ferreira da costa ensino de 1º e 2º grau. Cascavel 2007. Monografia. Faculdade Assis Gurgaz. MORO, Antonio Renato Pereira. Análise biomecânica da postura sentada: uma abordagem ergonômica do mobiliário escolar. 2000. Tese (Doutorado em
  • 53. 52 Educação Física) . Programa de Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano. UFSM, Santa Maria. MOURA, Bruna Morais de; FONSECA, Charlene de Oliveira; PAIXÃO, Taynã Feliz. RELAÇÃO QUANTITATIVA ENTRE O PESO DA MOCHILA ESCOLAR X O PESO DA CRIANÇA E SUAS POSSÍVEIS ALTERAÇÕES POSTURAIS E ALGIAS. Belém 2009. Monografia. Universidade da Amazônia. NATOUR, Jamil.(Org). Coluna Vertebral: conhecimentos básicos. 2. Ed. São Paulo: ETCeterea, 2004. OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense, 2004. PAGNI, PEDRO. História da Educação Física no Brasil - notas para uma avaliação. In: FERREIRA NETO, Amarílioetalli. As ciências do esporte no Brasil. Campinas: Autores Associados, 1995. PEREIRA, MM; MOULIN, AFV. Educação Física para o Profissional Provisionado. Brasília: CREF7, 2006 PEREIRA, V.; ÁVILA, V. A. C. Análise Biomecânica da Postura Sentada em Escolares. Disponível em: <http://fisiomagazine.fisioterapiasalgado.com.br/artigos/fm2/fm2_analisedapostura.ht m>. Acesso em 30 mar. 2011. PERICÉ, Ramón Viladot; RIAMBAU, OriolCohí; PALOMA, Salvador Clavell. COLUNA VERTEBRAL: Órtese e prótese do aparelho locomotor. 1. Ed. Santos: Livraria Santos Editora, 1989. PETERSON, Lars; Renström, Per. LESÕES DO ESPORTE: Prevenção e Tratamento. 3. Ed. Barueri: Manole, 2002. PINTO, Heloiza Helena Costa; LÓPES, Ramón F. Alonso. PROBLEMAS POSTURAIS EM ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO MÉDIO 01 PARANOÁ - BRASILIA DF1. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 7 - N° 42 - Novembro de 2001 POLITANO, Regina Célia. LEVANTAMENTO DOS DESVIOS POSTURAIS EM ADOLESCENTES DE 11 A 15 ANOS EM ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE CACOAL – RO. Brasília, 2006. Dissertação (Mestre em Ciências da Saúde) – Universidade de Brasília – UnB. PORTO, Maria do R, S. Função social da escola. In: FISCHMANN, Roseli (org.). Escola brasileira: temas e estudos. São Paulo, SP: Atlas, 1987. REGO, Adriana Ribeiro de Oliveira Napoleão do; SCARTONI, Fabiana Rodrigues. Alterações posturais de alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental. Colégio Brasileiro de Atividade Física Saúde e Esporte. 2007. Disponível em:
  • 54. 53 <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415- 790X2006000100011&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 12 mai. 2011. SALOMON, Délcio Vieira. Como Fazer uma Monografia. 10. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. SANTA CATARINA, (Estado). Lei promulgada nº 10.759, de 16 de junho de 1998. Dispõe sobre o peso máximo tolerável do material escolar transportado diariamente por alunos do Pré-Escolar e 1º Grau da Rede Escolar Pública e Privada do Estado de Santa Catarina. Ministério Público do Estado de Santa Catarina. Santa Catarina, 2011. SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas curriculares. - - Florianópolis: COGEN, 1998. SANTOS, Cléia C. dos; AINHAGNE, Mônica. O profissional de Educação Física na detecção de desvios posturais em crianças do ensino fundamental. 2007 Faculdades Integradas Stella Maris de Andradina - Curso de Educação Física. SCHMIT, Fernanda Vianna; PREUSS, Fernanda Klose; PETRI, Fernanda Calil; DUARTE, Marta M.M.F. DESVIOS POSTURAIS EM CRIANÇAS NA IDADE ESCOLAR RELACIONADOS AO MODO DE SENTAR. Jornada de pesquisa e extensão 2009. ULBRA – Santa Maria. SIQUEIRA, Gisela Rocha de; OLIVEIRA, Aline Bezerra de; VIEIRA, Ricardo Alexandre Guerra. INADEQUAÇÃO ERGONÔMICA E DESCONFORTO DAS SALAS DE AULA EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO RECIFE-PE.2008 Artigo disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=40821104>. Acesso em: 03 abr. 2011. SOUZA JUNIOR, Marcílio. História das disciplinas escolares e história da educação: algumas reflexões. Recife: EDUPE, 2005 TOMASI, Neusa Garcia Segura; YAMAMOTO, Rita Miako. Metodologia da Pesquisa em Saúde. 1 ed. Curitiba: As autoras, 1999. TUBINO, Manoel José Gomes. Dimensões Sociais do Esporte. São Paulo: Cortez, 1992. VASCONCELLOS, José Tupinambá Sousa. Anatomia aplicada e biomecânica da coluna vertebral.In: NATOUR, Jamil.(Org). Coluna Vertebral: conhecimentos básicos. 2. Ed. São Paulo: ETCeterea, 2004. VERDERI, Érica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2008.