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Literatura - Romantismo
Contexto histórico
Romantismo no Brasil
Contexto histórico
• Revolução francesa (1789):
▫ Ascensão da burguesia;
▫ Ideais iluministas;
▫ Igualdade, Liberdade, Fraternidade.
• Novo público leitor e produtor (pequena
burguesia):
▫ Necessidade de mudar padrões clássicos;
▫ Momento de grande rebeldia no meio intelectual.
• Individualismo e subjetivismo:
▫ Reação ao racionalismo do iluminismo.
• Liberalismo político.
Contexto histórico
• Os sofrimentos do jovem Werther – Goethe
(1774):
▫ Alemanha (tempestade e ímpeto);
▫ Subjetivismo e negação do racionalismo
(impressões do indivíduo e fuga da realidade);
• Romantismo → movimento de reação à
ideologia dominante na época:
▫ Expansão da imprensa;
▫ Literatura europeia: caráter inovador;
▫ Nacionalismo e fortalecimento do indivíduo;
▫ Rosseau: o mito do bom selvagem.
 Aquele que não sofreu as influências do mundo, o
verdadeiro nativo.
Características gerais
• Subjetivismo:
▫ Egocentrismo, impressões do indivíduo.
• Liberdade criadora:
▫ Procura libertar-se da rigidez das formas clássicas.
• Sentimentalismo:
▫ Exagero na expressão dos sentimentos do indivíduo.
• Evasão:
▫ Fuga da realidade.
• Idealização da mulher:
▫ Pura, virgem, inalcançável.
• Culto à natureza:
▫ Estado de espírito.
• Senso de mistério
• Morte
▫ Pessimismo, evasão na morte= solução.
Temas relacionados a
cemitérios, a ruínas e à
própria ideia da morte.
Contexto histórico e gerações românticas (poesia)
Contexto histórico
• 1808: Chegada da família real (corte portuguesa);
• 1822: Independência do Brasil;
• 1836: Publicação de Suspiros poéticos e Saudades,
de Gonçalves Magalhães.
• Gerações Românticas:
▫ 1ª geração: indianista, nacionalista;
▫ 2ª geração: ultrarromântica, mal do século;
▫ 3ª geração: condoreira, hugoana.
Nacionalismo + Indianismo
Busca pela consolidação
da pátria
Retorno às raízes
+ Padrões estéticos europeus
(Brasil → condição de país colonizado)
1ª Geração - Indianista
• Gonçalves Magalhães:
▫ “Introdutor” do Romantismo;
▫ Suspiros poéticos e Saudades → traços do
romantismo, religiosidade, subjetivismo;
▫ Indianista (Confederação dos Tamoios).
• Gonçalves Dias:
▫ Consolidou o Romantismo;
▫ Indianismo, natureza pátria, religiosidade,
sentimentalismo, nacionalismo.
 Lírica (subjetivismo, sofrimento);
 Nacionalista: Exalta a pátria distante, índio idealizado.
 Medieval (poemas em português arcaico, trovadorismo).
 Principais obras: Canção do Exílio, I-Juca Pirama.
Redobrando de força, qual redobra
A rapidez do corpo gravitante,
Vai discorrendo, e achando em seu arcanos
Novas respostas às razões ouvidas.
Mas a noite declina, e branda aragem
Começa a refrescar. Do céu os lumes
Perdem a nitidez desfalecendo.
Assim já frouxo o Pensamento do índio,
Entre a vigília e o sono vagueando,
Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha,
Como imóvel na casa entorpecida,
Clausurada a crisálida recobra
Outra vida em silêncio, e desenvolve
Essas ligeiras asas com que um dia
Esvoaçará nos ares perfumados,
Onde enquanto reptil não se elevara;
Assim a alma, no sono concentrada,
Nesse mistério que chamamos sonho,
Preludiando a vista do futuro,
A póstuma visão preliba às vezes!
Faculdade divina, inexplicável
A quem só da matéria as leis conhece.
Ele sonha... Alto moço se lhe antolha
De belo e santo aspecto, parecido
Com uma imagem que vira atada a um
tronco,
E de setas o corpo traspassado,
Num altar desse templo, onde estivera,
E que tanto na mente lhe ficara,
— "Vem!" lhe diz ele e ambos vão pelos ares.
Mais rápidos que o raio luminoso
Vibrado pelo sol no veloz giro,
E vão pousar no alcantilado monte,
Que curvado domina a Guanabara.
Cerrado nevoeiro se estendia
Sobre a vasta extensão de espaço em tôrno,
Cobertando o verdor da imensa várzea;
E o topo da montanha sobranceiro
Parecia um penedo no Oceano.
Trecho de poema de Gonçalves de Magalhães sobre a
Confederação dos Tamoios.
Trecho de I-Juca Pirama, de Golçalves Dias.
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
[...]
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado,
Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos,
Por ínvios caminhos,
Cobertos d’espinhos
Chegamos aqui!
O velho no entanto
Sofrendo já tanto
De fome e quebranto,
Só qu’ria morrer!
Não mais me contenho,
Nas matas me embrenho,
Das frechas que tenho
Me quero valer.
[...]
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Canção do Exílio, de Golçalves Dias.
2ª Geração – “Mal do século”
• Maior influência: Lord Byron (também
conhecida como geração byroniana);
• Subjetivismo/egocentrismo:
▫ Eu-lírico fecha-se, insatisfação com a realidade;
• Amor/morte;
• Existência:
▫ Tédio e melancolia;
• Evasão/devaneio:
▫ Evasão na natureza ou na morte
2ª Geração – Principais autores
• Fagundes Varella:
▫ Cântico do Calvário (obra ao filho que faleceu aos 3 meses
de idade);
• Junqueira Freire:
▫ Crise religiosa;
▫ Angústia;
▫ Morte → paz;
• Álvares de Azevedo:
▫ Mulher idealizada, inacessível (pureza e sensualidade);
▫ Evasão da realidade, mundo de fantasias;
▫ Tristeza, amargura, melancolia;
▫ Morte: temida, mas vista como alívio às angústias.
• Casimiro de Abreu:
▫ Temas: pátria e infância (saudosismo);
▫ Deus, natureza, morte,
▫ Linguagem simples e marcada pela musicalidade.
Cântico do Calvário
Fagundes Varela
Eras na vida a pomba predileta
O ramo da esperança. Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, a inspiração, a pátria,
O porvir de teu pai! – Ah! no entanto,
Pomba, – varou-te a flecha do destino!
Astro, – engoliu-te o temporal do norte!
Teto, – caíste! – Crença, já não vives!
[...]
A Freira – Junqueira Freire
Eu jovem freira, bem triste choro
Aqui cosida co'a cruz de Deus.
Aqui sozinha, ninguém não sabe
Dos meus desejos, dos males
meus.
Qual no deserto se praz a rola,
Cuidam que a freira seja feliz.
E a pobre freira, dentro da cela,
Ninguém não sabe que se maldiz.
Enquanto a vida não se desdobra,
E apenas rompe, róseo botão,
A freira insone prateia de astros,
Povoa de anjos sua solidão.
Uma palavra que ela profere
É sempre um ente que ela criou.
Uma florzinha que colhe acaso
É uma amiga que ela encontrou.
Conversa à noite co'a estrela vésper,
Ama o opaco de seu clarão.
E sente chamas que julga dores,
E o peito aperta co'a nívea mão.
Ela não sabe que a estrela vésper
Influi nas almas lascivo ardor:
Que, não sem causa, no tempo antigo,
A estrela vésper chamou-se — Amor.
A estrela vésper produz nas virgens
Estranho incêndio, vulcão fatal:
Quer seja freira — do Cristo filha,
Quer seja antiga pagã vestal.
A estrela vésper... Fugi, meninas,
Fugi dos raios do seu candor.
A estrela vésper influi volúpia,
A estrela vésper chama-se — Amor.
(...)
Do mar
Álvares de Azevedo
Les étoiles s’allument au ciel, et la brise du soir erre doucement parmi les fleurs:
rêvez, chantez et soupirez. - GEORGE SAND
Era de noite: — dormias,
Do sonho nas melodias,
Ao fresco da viração,
Embalada na falua,
Ao frio clarão da lua,
Aos ais do meu coração!
Ah! que véu de palidez
Da langue face na tez!
Como teus seios revoltos
Te palpitavam sonhando!
Como eu cismava beijando
Teus negros cabelos soltos!
Sonhavas? — eu não dormia;
A minh’alma se embebia
Em tua alma pensativa!
E tremias, bela amante,
A meus beijos, semelhante
Às folhas da sensitivas!
(...)
Trecho de poema da primeira parte
de “A lira dos vinte anos”
Meu sonho
Álvares de Azevedo
EU
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sanguenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? — O remorso?
Do corcel te debruças no dorso…
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Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?…
Tu escutas… Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?
Cavaleiro, quem és? que mistério…
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
O FANTASMA
Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!…
Meus oito anos
Casimiro de Abreu
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Como são belos os dias
Do despontar da existência !
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !
3ª Geração – Condoreira / Hugoana
• Condor (ave) → símbolo da liberdade;
• Influência de Victor Hugo;
• Poesia social e libertária.
• Sousândrade:
▫ Nativo americano: herói sacrificado pelos
conquistadores;
▫ Simpatia pelas lutas anticoloniais;
▫ Denuncia as contradições do capitalismo;
▫ Problemática internacional.
▫ Guesa errante: poema épico.
 Lenda do povo Inca;
 Índio destinado à peregrinação;
 Mistura línguas nativas e inglês americano.
3ª Geração – Condoreira / Hugoana
• Castro Alves:
▫ Características do romantismo + universalização;
▫ Amor, mulher, morte, sonho, “eu”;
▫ República, abolicionismo, igualdade, luta de
classes;
▫ Concretização da mulher;
▫ Poesia social e influências internacionais:
 Pensamento republicano;
 Decadência da monarquia;
 Socialismo;
 Positivosmo.
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
[...]
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela
proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
O navio negreiro
Castro Alves
[...]
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que
horror!
[...]
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
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Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
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Onde estás, Senhor Deus?... [...]
A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...
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Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã!...
Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
Enflora-lhe a cerviz.
Universo após ela — doudo amante
Segue cativo o passo delirante
Da grande meretriz.
Vozes d’Africa
Castro Alves
Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
— Estatuário de colossos —
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
"Vai, Colombo, abre a cortina
"Da minha eterna oficina...
"Tira a América de lá". [...]
Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar. [...]
Olivroealocomotiva
CastroAlves
Vós, que o templo das idéias
Largo — abris às multidões,
Pra o batismo luminoso
Das grandes revoluções,
Agora que o trem de ferro
Acorda o tigre no cerro
E espanta os caboclos nus,
Fazei desse "rei dos ventos"
— Ginete dos pensamentos,
— Arauto da grande luz! ...
Bravo! a quem salva o futuro
Fecundando a multidão! ...
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.
Como Goethe moribundo
Brada "Luz!" o Novo Mundo
Num brado de Briaréu...
Luz! pois, no vale e na serra...
Que, se a luz rola na terra,
Deus colhe gênios no céu!...
A criação fatal, tudo se erguendo
Segundo as circunstâncias? Oh, inferno
Da obscura razão — mofa, ludíbrio
Com que Deus pisa o homem! Um Deus fez tudo!
Um Deus... palavra abstrata, incompreensível...
Mas a sinto tão ampla, que me perde!
— E então, quem aos mares suspendidos
A verdura defende, e que se atirem
Uns astros sobre os outros? Deus...um Deus
Ao sol dá cetro e luz, asas ao vento,
Leito às águas dormir, delírio ao homem
Quando queira abraçá-lo. Dorme o infante
Sob os pés de sua mãe, que ama e não sabe:
A natureza ao Criador se humilhe.
Não tenho alma infinita, porque é cega
À verdade imortal: visse ela o eterno —
Quanto eu amara! quanto — Eu sou bastardo,
Não sei quem são meus pais... se amar não posso,
A existência me enfada: enjeito-a, e morro!
HARPA XXXV
Sousândrade
(Traços da 2ª Geração)
Que ressentiu-se, verdejante e válido,
O floripôndio em flor; e quando o vento
Mugindo estorce-o doloroso, pálido,
Gemidos se ouvem no amplo firmamento!
"E o Sol, que resplandece na montanha
As noivas não encontra, não se abraçam
No puro amor; e os fanfarrões d'Espanha,
Em sangue edêneo os pés lavando, passam (...)
Lindas loas boiantes; o selvagem
Cala-se, evoca doutro tempo um sonho,
E curva a fronte... Deus, como é tristonho
Seu vulto sem porvir em pé na margem!
Talvez a amante, a filha haja descido,
Qual esse tronco, para sempre o rio —
Ele abana a cabeça co'o sombrio
Riso do íris da noite entristecido. (...)
O Guesa (trechos)
Sousândrade
(3ª Geração)
— Os primeiros fizeram
As escravas de nós;
Nossas filhas roubavam,
Logravam
E vendiam após. (...)
(Coro dos Índios:)
— Mas os tempos mudaram,
Já não se anda mais nu:
Hoje o padre que folga,
Que empolga,
Vem conosco ao tatu. (...)
A dor foi longa, viu-se a pausa que houve —
E continua a Guesa, tristemente
A fronte a alevantar, que tão pendente
Taciturna caía —
O Guesa (trechos)
Sousândrade
(3ª Geração)
-O Inferno de Wall Street
(O GUESA, tendo atravessado as
ANTILHAS, crê-se livre dos
XEQUES e penetra em NEW-YORK-
STOCK-EXCHANGE; a Voz dos
desertos:)
1
— Orfeu, Dante, Enéias, ao inferno
Desceram, o Inca há de subir...
— Ogni sp'ranza lasciate,
Che entrate...
— Swedenborg, há mundo porvir?
2
(Xeques surgindo risonhos e
disfarçados em Railroad-
managers, Stockjobbers, Pimpbrokers,
etc., etc.,
apregoando
— Harlem! Erie! Central!
Pennsylvania!
— Milhão! cem milhões!! mil
milhões!!!
— Young é Grant! Jackson.
Atkinson!
Vanderbilts, Jay Goulds, anões!
3
(A Voz mal ouvida dentre a
trovoada:)
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Romantismo

  • 1. Literatura - Romantismo Contexto histórico Romantismo no Brasil
  • 2. Contexto histórico • Revolução francesa (1789): ▫ Ascensão da burguesia; ▫ Ideais iluministas; ▫ Igualdade, Liberdade, Fraternidade. • Novo público leitor e produtor (pequena burguesia): ▫ Necessidade de mudar padrões clássicos; ▫ Momento de grande rebeldia no meio intelectual. • Individualismo e subjetivismo: ▫ Reação ao racionalismo do iluminismo. • Liberalismo político.
  • 3. Contexto histórico • Os sofrimentos do jovem Werther – Goethe (1774): ▫ Alemanha (tempestade e ímpeto); ▫ Subjetivismo e negação do racionalismo (impressões do indivíduo e fuga da realidade); • Romantismo → movimento de reação à ideologia dominante na época: ▫ Expansão da imprensa; ▫ Literatura europeia: caráter inovador; ▫ Nacionalismo e fortalecimento do indivíduo; ▫ Rosseau: o mito do bom selvagem.  Aquele que não sofreu as influências do mundo, o verdadeiro nativo.
  • 4. Características gerais • Subjetivismo: ▫ Egocentrismo, impressões do indivíduo. • Liberdade criadora: ▫ Procura libertar-se da rigidez das formas clássicas. • Sentimentalismo: ▫ Exagero na expressão dos sentimentos do indivíduo. • Evasão: ▫ Fuga da realidade. • Idealização da mulher: ▫ Pura, virgem, inalcançável. • Culto à natureza: ▫ Estado de espírito. • Senso de mistério • Morte ▫ Pessimismo, evasão na morte= solução. Temas relacionados a cemitérios, a ruínas e à própria ideia da morte.
  • 5. Contexto histórico e gerações românticas (poesia)
  • 6. Contexto histórico • 1808: Chegada da família real (corte portuguesa); • 1822: Independência do Brasil; • 1836: Publicação de Suspiros poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães. • Gerações Românticas: ▫ 1ª geração: indianista, nacionalista; ▫ 2ª geração: ultrarromântica, mal do século; ▫ 3ª geração: condoreira, hugoana. Nacionalismo + Indianismo Busca pela consolidação da pátria Retorno às raízes + Padrões estéticos europeus (Brasil → condição de país colonizado)
  • 7. 1ª Geração - Indianista • Gonçalves Magalhães: ▫ “Introdutor” do Romantismo; ▫ Suspiros poéticos e Saudades → traços do romantismo, religiosidade, subjetivismo; ▫ Indianista (Confederação dos Tamoios). • Gonçalves Dias: ▫ Consolidou o Romantismo; ▫ Indianismo, natureza pátria, religiosidade, sentimentalismo, nacionalismo.  Lírica (subjetivismo, sofrimento);  Nacionalista: Exalta a pátria distante, índio idealizado.  Medieval (poemas em português arcaico, trovadorismo).  Principais obras: Canção do Exílio, I-Juca Pirama.
  • 8. Redobrando de força, qual redobra A rapidez do corpo gravitante, Vai discorrendo, e achando em seu arcanos Novas respostas às razões ouvidas. Mas a noite declina, e branda aragem Começa a refrescar. Do céu os lumes Perdem a nitidez desfalecendo. Assim já frouxo o Pensamento do índio, Entre a vigília e o sono vagueando, Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha, Como imóvel na casa entorpecida, Clausurada a crisálida recobra Outra vida em silêncio, e desenvolve Essas ligeiras asas com que um dia Esvoaçará nos ares perfumados, Onde enquanto reptil não se elevara; Assim a alma, no sono concentrada, Nesse mistério que chamamos sonho, Preludiando a vista do futuro, A póstuma visão preliba às vezes! Faculdade divina, inexplicável A quem só da matéria as leis conhece. Ele sonha... Alto moço se lhe antolha De belo e santo aspecto, parecido Com uma imagem que vira atada a um tronco, E de setas o corpo traspassado, Num altar desse templo, onde estivera, E que tanto na mente lhe ficara, — "Vem!" lhe diz ele e ambos vão pelos ares. Mais rápidos que o raio luminoso Vibrado pelo sol no veloz giro, E vão pousar no alcantilado monte, Que curvado domina a Guanabara. Cerrado nevoeiro se estendia Sobre a vasta extensão de espaço em tôrno, Cobertando o verdor da imensa várzea; E o topo da montanha sobranceiro Parecia um penedo no Oceano. Trecho de poema de Gonçalves de Magalhães sobre a Confederação dos Tamoios.
  • 9. Trecho de I-Juca Pirama, de Golçalves Dias. Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. [...] Meu pai a meu lado Já cego e quebrado, De penas ralado, Firmava-se em mi: Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui! O velho no entanto Sofrendo já tanto De fome e quebranto, Só qu’ria morrer! Não mais me contenho, Nas matas me embrenho, Das frechas que tenho Me quero valer. [...]
  • 10. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossas flores têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Canção do Exílio, de Golçalves Dias.
  • 11. 2ª Geração – “Mal do século” • Maior influência: Lord Byron (também conhecida como geração byroniana); • Subjetivismo/egocentrismo: ▫ Eu-lírico fecha-se, insatisfação com a realidade; • Amor/morte; • Existência: ▫ Tédio e melancolia; • Evasão/devaneio: ▫ Evasão na natureza ou na morte
  • 12. 2ª Geração – Principais autores • Fagundes Varella: ▫ Cântico do Calvário (obra ao filho que faleceu aos 3 meses de idade); • Junqueira Freire: ▫ Crise religiosa; ▫ Angústia; ▫ Morte → paz; • Álvares de Azevedo: ▫ Mulher idealizada, inacessível (pureza e sensualidade); ▫ Evasão da realidade, mundo de fantasias; ▫ Tristeza, amargura, melancolia; ▫ Morte: temida, mas vista como alívio às angústias. • Casimiro de Abreu: ▫ Temas: pátria e infância (saudosismo); ▫ Deus, natureza, morte, ▫ Linguagem simples e marcada pela musicalidade.
  • 13. Cântico do Calvário Fagundes Varela Eras na vida a pomba predileta O ramo da esperança. Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro. Eras a messe de um dourado estio. Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, a inspiração, a pátria, O porvir de teu pai! – Ah! no entanto, Pomba, – varou-te a flecha do destino! Astro, – engoliu-te o temporal do norte! Teto, – caíste! – Crença, já não vives! [...]
  • 14. A Freira – Junqueira Freire Eu jovem freira, bem triste choro Aqui cosida co'a cruz de Deus. Aqui sozinha, ninguém não sabe Dos meus desejos, dos males meus. Qual no deserto se praz a rola, Cuidam que a freira seja feliz. E a pobre freira, dentro da cela, Ninguém não sabe que se maldiz. Enquanto a vida não se desdobra, E apenas rompe, róseo botão, A freira insone prateia de astros, Povoa de anjos sua solidão. Uma palavra que ela profere É sempre um ente que ela criou. Uma florzinha que colhe acaso É uma amiga que ela encontrou. Conversa à noite co'a estrela vésper, Ama o opaco de seu clarão. E sente chamas que julga dores, E o peito aperta co'a nívea mão. Ela não sabe que a estrela vésper Influi nas almas lascivo ardor: Que, não sem causa, no tempo antigo, A estrela vésper chamou-se — Amor. A estrela vésper produz nas virgens Estranho incêndio, vulcão fatal: Quer seja freira — do Cristo filha, Quer seja antiga pagã vestal. A estrela vésper... Fugi, meninas, Fugi dos raios do seu candor. A estrela vésper influi volúpia, A estrela vésper chama-se — Amor. (...)
  • 15. Do mar Álvares de Azevedo Les étoiles s’allument au ciel, et la brise du soir erre doucement parmi les fleurs: rêvez, chantez et soupirez. - GEORGE SAND Era de noite: — dormias, Do sonho nas melodias, Ao fresco da viração, Embalada na falua, Ao frio clarão da lua, Aos ais do meu coração! Ah! que véu de palidez Da langue face na tez! Como teus seios revoltos Te palpitavam sonhando! Como eu cismava beijando Teus negros cabelos soltos! Sonhavas? — eu não dormia; A minh’alma se embebia Em tua alma pensativa! E tremias, bela amante, A meus beijos, semelhante Às folhas da sensitivas! (...) Trecho de poema da primeira parte de “A lira dos vinte anos”
  • 16. Meu sonho Álvares de Azevedo EU Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Por que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração? Cavaleiro, quem és? — O remorso? Do corcel te debruças no dorso… E galopas do vale através… Oh! da estrada acordando as poeiras Não escutas gritar as caveiras E morder-te o fantasma nos pés? Onde vais pelas trevas impuras, Cavaleiro das armas escuras, Macilento qual morto na tumba?… Tu escutas… Na longa montanha Um tropel teu galope acompanha? E um clamor de vingança retumba? Cavaleiro, quem és? que mistério… Quem te força da morte no império Pela noite assombrada a vagar? O FANTASMA Sou o sonho de tua esperança, Tua febre que nunca descansa, O delírio que te há de matar!…
  • 17. Meus oito anos Casimiro de Abreu Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais ! Como são belos os dias Do despontar da existência ! – Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor ! Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar ! O céu bordado d’estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar ! Oh ! dias de minha infância ! Oh ! meu céu de primavera ! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã ! Em vez de mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã !
  • 18. 3ª Geração – Condoreira / Hugoana • Condor (ave) → símbolo da liberdade; • Influência de Victor Hugo; • Poesia social e libertária. • Sousândrade: ▫ Nativo americano: herói sacrificado pelos conquistadores; ▫ Simpatia pelas lutas anticoloniais; ▫ Denuncia as contradições do capitalismo; ▫ Problemática internacional. ▫ Guesa errante: poema épico.  Lenda do povo Inca;  Índio destinado à peregrinação;  Mistura línguas nativas e inglês americano.
  • 19. 3ª Geração – Condoreira / Hugoana • Castro Alves: ▫ Características do romantismo + universalização; ▫ Amor, mulher, morte, sonho, “eu”; ▫ República, abolicionismo, igualdade, luta de classes; ▫ Concretização da mulher; ▫ Poesia social e influências internacionais:  Pensamento republicano;  Decadência da monarquia;  Socialismo;  Positivosmo.
  • 20. 'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas Ao quente arfar das virações marinhas, Veleiro brigue corre à flor dos mares, Como roçam na vaga as andorinhas... Donde vem? onde vai? Das naus errantes Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? Neste saara os corcéis o pó levantam, Galopam, voam, mas não deixam traço. [...] Homens do mar! ó rudes marinheiros, Tostados pelo sol dos quatro mundos! Crianças que a procela acalentara No berço destes pélagos profundos! Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta selvagem, livre poesia Orquestra — é o mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas cordas assobia... .......................................................... O navio negreiro Castro Alves
  • 21. [...] Desce do espaço imenso, ó águia do oceano! Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano Como o teu mergulhar no brigue voador! Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras! É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ... Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror! [...] Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!
  • 22. Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes Embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... [...] A Europa é sempre Europa, a gloriosa!... A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã. Artista — corta o mármor de Carrara; Poetisa — tange os hinos de Ferrara, No glorioso afã!... Sempre a láurea lhe cabe no litígio... Ora uma c'roa, ora o barrete frígio Enflora-lhe a cerviz. Universo após ela — doudo amante Segue cativo o passo delirante Da grande meretriz. Vozes d’Africa Castro Alves
  • 23. Talhado para as grandezas, Pra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos músculos Sente a seiva do porvir. — Estatuário de colossos — Cansado doutros esboços Disse um dia Jeová: "Vai, Colombo, abre a cortina "Da minha eterna oficina... "Tira a América de lá". [...] Por isso na impaciência Desta sede de saber, Como as aves do deserto As almas buscam beber... Oh! Bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar! O livro caindo n'alma É germe — que faz a palma, É chuva — que faz o mar. [...] Olivroealocomotiva CastroAlves Vós, que o templo das idéias Largo — abris às multidões, Pra o batismo luminoso Das grandes revoluções, Agora que o trem de ferro Acorda o tigre no cerro E espanta os caboclos nus, Fazei desse "rei dos ventos" — Ginete dos pensamentos, — Arauto da grande luz! ... Bravo! a quem salva o futuro Fecundando a multidão! ... Num poema amortalhada Nunca morre uma nação. Como Goethe moribundo Brada "Luz!" o Novo Mundo Num brado de Briaréu... Luz! pois, no vale e na serra... Que, se a luz rola na terra, Deus colhe gênios no céu!...
  • 24. A criação fatal, tudo se erguendo Segundo as circunstâncias? Oh, inferno Da obscura razão — mofa, ludíbrio Com que Deus pisa o homem! Um Deus fez tudo! Um Deus... palavra abstrata, incompreensível... Mas a sinto tão ampla, que me perde! — E então, quem aos mares suspendidos A verdura defende, e que se atirem Uns astros sobre os outros? Deus...um Deus Ao sol dá cetro e luz, asas ao vento, Leito às águas dormir, delírio ao homem Quando queira abraçá-lo. Dorme o infante Sob os pés de sua mãe, que ama e não sabe: A natureza ao Criador se humilhe. Não tenho alma infinita, porque é cega À verdade imortal: visse ela o eterno — Quanto eu amara! quanto — Eu sou bastardo, Não sei quem são meus pais... se amar não posso, A existência me enfada: enjeito-a, e morro! HARPA XXXV Sousândrade (Traços da 2ª Geração)
  • 25. Que ressentiu-se, verdejante e válido, O floripôndio em flor; e quando o vento Mugindo estorce-o doloroso, pálido, Gemidos se ouvem no amplo firmamento! "E o Sol, que resplandece na montanha As noivas não encontra, não se abraçam No puro amor; e os fanfarrões d'Espanha, Em sangue edêneo os pés lavando, passam (...) Lindas loas boiantes; o selvagem Cala-se, evoca doutro tempo um sonho, E curva a fronte... Deus, como é tristonho Seu vulto sem porvir em pé na margem! Talvez a amante, a filha haja descido, Qual esse tronco, para sempre o rio — Ele abana a cabeça co'o sombrio Riso do íris da noite entristecido. (...) O Guesa (trechos) Sousândrade (3ª Geração)
  • 26. — Os primeiros fizeram As escravas de nós; Nossas filhas roubavam, Logravam E vendiam após. (...) (Coro dos Índios:) — Mas os tempos mudaram, Já não se anda mais nu: Hoje o padre que folga, Que empolga, Vem conosco ao tatu. (...) A dor foi longa, viu-se a pausa que houve — E continua a Guesa, tristemente A fronte a alevantar, que tão pendente Taciturna caía — O Guesa (trechos) Sousândrade (3ª Geração)
  • 27. -O Inferno de Wall Street (O GUESA, tendo atravessado as ANTILHAS, crê-se livre dos XEQUES e penetra em NEW-YORK- STOCK-EXCHANGE; a Voz dos desertos:) 1 — Orfeu, Dante, Enéias, ao inferno Desceram, o Inca há de subir... — Ogni sp'ranza lasciate, Che entrate... — Swedenborg, há mundo porvir? 2 (Xeques surgindo risonhos e disfarçados em Railroad- managers, Stockjobbers, Pimpbrokers, etc., etc., apregoando — Harlem! Erie! Central! Pennsylvania! — Milhão! cem milhões!! mil milhões!!! — Young é Grant! Jackson. Atkinson! Vanderbilts, Jay Goulds, anões! 3 (A Voz mal ouvida dentre a trovoada:) — Fulton's Folly, Codezo's Forgery... Fraude é o clamor da nação! Não entendem odes Railroads; Paralela Wall-Street à Chattám...