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FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: A REFORMA PROTESTANTE
ORIENTAÇÕES
O Slide aqui apresentado, tem como objetivo apresentar um
RESUMO do Livro estudo na Disciplina. Dessa forma:
1. Realize a leitura com total cuidado e oração.
2. Utilize a Bíblia, Dicionários e outras fontes teológicas para
acompanhamento das passagens mencionadas.
3. As imagens são meramente ilustrativas.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
1
Introdução
Durante a Idade Média, a Igreja
Católica foi objeto de diversos
movimentos que se propunham
a reformar suas estruturas,
corrigindo abusos do clero e
recuperando a pureza original do
Cristianismo.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
1
Introdução
Entretanto, todos os autores
dessas reformas - papas, bispos,
fundadores de ordens religiosas -
sempre foram pessoas
pertencentes aos quadros da
Igreja e incapazes de desligar-se
dessa instituição, por mais que
dela discordassem.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
1
Introdução
No final da Idade Média,
entretanto, as insatisfações
religiosas contra a Igreja
acumulam-se de tal maneira que
desembocaram num movimento
de ruptura: a Reforma do século
XVI.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
Introdução
As graves críticas apresentadas
contra a Igreja já não permitiam
apenas arrumar internamente a
casa. Os reformistas romperam
definitivamente com a Igreja
Católica, provocando a quebra
efetiva da unidade do
pensamento ocidental cristão.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
Introdução
A reforma representou um dos
movimentos históricos funda-
mentais que marcaram o início
dos tempos modernos, sendo
motivada por um complexo
conjunto de causas que ultra-
passaram os limites da mera
contestação religiosa à Igreja
Católica.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
Introdução
Isso porque o homem do século
XVI refletia, no plano da religião,
toda uma série de
descontentamentos que se
referiam às suas condições de
vida material, tanto no plano
político como no social ou no
econômico.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
7
As principais caudas da Reforma
Existe todo um conjunto de causas religiosas, sócio-econômicas e
políticas que ajudam a entender a Reforma.
Causas Religiosas
Um clima de reflexão crítica e de inquietação espiritual espalhou-
se entre diversos cristãos europeus. Com a utilização da imprensa,
aumentou o número de exemplares da Bíblia disponíveis aos
estudiosos.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
8
As principais caudas da Reforma
A divulgação da Bíblia e de outras obras religiosas contribuiu para a
formação de uma vontade mais pessoal de entender as verdades
divinas, sem a intermediação dos padres. Desse novo espírito de
interiorização e individualização da religião, que levou ao livre
exame das Escrituras, surgiram diferentes interpretações da
doutrina cristã.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
9
As principais caudas da Reforma
Nesse sentido, podemos citar, por exemplo, uma corrente religiosa
que, buscando apoio na obra de Santo Agostinho, afirmava que a
salvação do homem somente era alcançada pela fé. Essas idéias
opunham-se à posição oficial da Igreja, baseada em Santo Tomás
de Aquino, pela qual a salvação do homem era alcançada pela fé e
pelas boas obras.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
10
As principais caudas da Reforma
Além do comércio de relíquias sagradas, a Igreja passou a vender
indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Assim, mediante certo
pagamento destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam
comprar a sua salvação.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
11
As principais caudas da Reforma
Analisando o comportamento do clero, esses cristãos passaram a
condenar energicamente uma série de abusos e de corrupções que
estavam sendo praticados. O alto clero de Roma estimulava
inúmeros negócios envolvendo a religião, como, por exemplo, o
comércio de relíquias sagradas espinhos que coroaram a fronte de
Cristo, panos que embeberam o sangue de seu rosto, objetos
pessoais dos Santos etc).
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
12
As principais caudas da Reforma
Causas Sócio-Econômicas
Além do comércio de relíquias sagradas, a Igreja passou a vender
indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Assim, mediante certo
pagamento destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam
comprar a sua salvação.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
13
As principais caudas da Reforma
Por isso, a teologia tradicional católica condenava a obtenção do
lucro excessivo, da usura, nas operações de comércio, defendendo
a prática do preço justo. Com o início dos tempos modernos,
desenvolveu-se a expansão marítima e comercial, e dentro desse
novo contexto a moral econômica da Igreja começou a entrar em
choque com a atividade da grande burguesia.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
14
As principais caudas da Reforma
Causas Políticas
O século XVI foi um período de fortalecimento das monarquias
nacionais. A Igreja Católica, com sede em Roma e falando latim,
apresentava-se como instituição de caráter universal, sendo um
fator de unidade do mundo cristão. Essas noções, entretanto,
perdiam força, na medida em que os sentimentos nacionais
desenvolviam-se com grande vigor.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
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As principais caudas da Reforma
Causas Políticas
O século XVI foi um período de fortalecimento das monarquias
nacionais. A Igreja Católica, com sede em Roma e falando latim,
apresentava-se como instituição de caráter universal, sendo um
fator de unidade do mundo cristão. Essas noções, entretanto,
perdiam força, na medida em que os sentimentos nacionais
desenvolviam-se com grande vigor.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
16
As principais caudas da Reforma
Causas Políticas
Cada Estado, com sua monarquia, sua língua, seu povo e suas
tradições, estava mais interessado em autoafirmar-se enquanto
nação do que em fazer parte de uma cristandade obediente à
Igreja. Opondo-se ao papado e ao comando centralizador da Igreja
Católica, a Reforma religiosa atendia aos anseios nacionalistas,
permitindo a autonomia de Igrejas nacionais.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
17
A Reforma de Martinho Lutero
Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Eisleben, na
Saxônia, sendo filho de um empreiteiro de minas que
atingiu certa prosperidade econômica. Influenciado
pelo pai, ingressou em 1501 na Universidade de
Erfurt, para estudar direito, mas seu temperamento
inclinava-o à vida religiosa, Em 1505, após quase ter
morrido em uma violenta tempestade, ingressou na
Ordem dos Monges Agostinianos, cumprindo
promessa feita a Santa Ana.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
18
A Reforma de Martinho Lutero
Estudioso sério, metódico e aplicado, Lutero
conquistou prestígio intelectual, tornando-se, em
1508, professor da Universidade de Wittenberg. Em
1510, viajou a Roma, de onde regressou
decepcionado com o clima de corrupção que
percebera no alto clero, Nos anos de 1511 a 1513,
aprofundou-se nos estudos teológicos, ate que
começaram a amadurecer em seu espirito as idéias
para a criação de uma nova doutrina religiosa.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
19
A Reforma de Martinho Lutero
Nas epístolas de São Paulo, encontrou uma frase
que lhe paraceu fundamental: “o justo se salvará
pela fé”. Concluiu Lutero que o homem,
corrompido em razão do pecado original, só
poderia salvar-se pela fé incondicional em Deus.
Somente a fé, e não as obras praticadas, seria o
único instrumento capaz de justificar os pecados e
de conduzir à salvação, graças à misericórdia
divina.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
20
A Reforma de Martinho Lutero
Em 1517, eclodiu o incidente que provocaria o
rompimento entre Lutero e a Igreja Católica,
girando em torno do episódio conhecido como
venda de indulgências. Tendo como o objetivo
arrecadar fundos para financiar a reconstrução da
Basílica de São Pedro, o Papa Leão X permitiu que
se concedem indulgências (perdão dos pecados) a
todos os fieis que contribuíssem financeiramente
com a Igreja.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
21
A Reforma de Martinho Lutero
Escandalizado com essa salvação comprada a dinheiro, Lutero afixou
na porta da greja de Wittenberg um manifesto público ( as 95 teses),
em que protestava contra a atitude do Papa e expunha os
elementos de sua doutrina. Iniciava-se, então, uma longa discussão
entre Lutero e as autoridades eclesiáticas, culminando com sua
excomunhão pelo Papa, em 1520. Demonstrando descaso e revolta
diante da Igreja, Lutero queimou em praça pública a bula Papal
Exsurge dimine, que o condenava.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
22
A Doutrina Luterana
Vejamos, rapidamente, uma síntese dos principais pontos da
doutrina luterana:
Igreja: proclamava a criação de Igrejas nacionais autônomas. O
trabalho religioso poderia ser feito por pessoas não obrigadas ao
celibato sacerdotal (obrigação de casar). Lutero aceitava a
dependência da Igreja ao Estado. O idioma das cerimônias religiosas
deveria ser aquele de cada nação e não o latim, que era o idioma
oficial das cerimônias católicas.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
23
A Doutrina Luterana
Rito Religioso: a cerimônia religiosa deveria obedecer a ritos mais
simples, reduzindo a pompa existente nos cultos católicos. Santos e
imagens foram abolidos.
Livro Sagrado: A Bíblia era o livro sagrado do Luteranismo,
representando a única fonte da fé. Sua leitura e interpretação
deveriam se feitas por todos os cristãos. Lutero, em 1534, traduziu
para o alemão um original grego da Bíblia.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
24
A Doutrina Luterana
Salvação Humana: O homem salva-se pela fé em Deu e não pelas
obras que pratica.
Sacramentos: preservaram-se como sacramento básicos o batismo
e a eucaristia.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
25
A Reforma de Calvino
João Calvino (1509 - 1564) nasceu em Noyon, na
França, e desenvolveu nesse país seus estudos de
Teologia e de Direito. Influenciado por Guillaume
Farel, aderiu às idéias protestantes. Quando, em
1534, as autoridades católicas francesas
começaram a perseguir os suspeitos de heresias,
Calvino fugiu para a Suiça, onde o movimento
reformista já tinha se iniciado, sob a liderança de
Ulrich Zwingli (1484-1531).
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
26
A Reforma de Calvino
Em suas pregações, Zwingli dava maior
importância do que Lutero à crença na
predestinação dos homens para a salvação,
valorizando menos o aspecto da justificação pela
fé. Com seu espírito racionalista, Zwingli
conquistou o apoio da burguesia mercantil da
Suíça, que admirava a objetividade de suas ações
e o lado prático de suas idéias.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
27
A Reforma de Calvino
Seu trabalho religioso preparou o caminho para
que ali se desenvolvessem as idéias de João
Calvino. Em 1536, Calvino publicou sua principal
obra, a Instituição da Religião Cristã, na qual
afirmava que o ser humano estava predestinado
de modo absoluto a merecer o Céu ou o Inferno.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
28
A Reforma de Calvino
Explicava Calvino que, por culpa de Adão, todos os
homens já nasciam pecadores (pecado original),
mas, Deus tinha eleito algumas pessoas para
serem salvas, enquanto outras seriam condenadas
à maldição eterna. Portanto, nada que os homens
pudessem fazer em vida poderia alterar-lhes o
destino, já previamente traçado.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
29
A Reforma de Calvino
A fé, existente em algumas pessoas, poderia ser
interpretada como um sinal de que elas
pertenciam ao grupo dos eleitos por Deus à
salvação.
Tais pessoas, os eleitos, sentiriam dentro do seu
coração um irresistível desejo de combater o mal
que povoa o mundo, simplesmente para a glória
de Deus.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
30
A Reforma de Calvino
A prosperidade econômica de algumas pessoas,
sua riqueza material, também passou a ser
interpretada pelos seguidores de Calvino como
um sinal da salvação predestinada.
Em 1538, Calvino foi expulso da Suíça, devido aos
seus excessos de rigor e de autoritarismo.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
31
A Reforma de Calvino
Criou-se, com base no Calvinismo, um modelo
ideal de homem, religioso e trabalhador, par
quem o sucesso econômico e a conquista de
riquezas eram um sinal da predestinação divina ao
Paraíso. Essa ideologia foi muito bem aceita pela
burguesia mercantil, na medida em que sua
ganância pelo lucro era justificada pela ética
religiosa.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
32
A Reforma de Calvino
Identificando-se com a burguesia, o Calvinismo
espalhou-se por diversas regiões da Europa, como
França, Inglaterra, Escócia e Holanda – países
onde se expandia o capitalismo comercial.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
33
A Reforma Anglicana
Henrique VIII (1509-1547), rei da Inglaterra, tinha
sido, durante certo tempo, um fiel aliado do Papa,
recebendo deste o título de “Defensor da Fé”.
Entretanto, uma série de fatores políticos e
econômicos levaram também Henrique VIII a
romper com a Igreja Católica e a fundar uma
Igreja nacional na Inglaterra, isso é, a Igreja
Anglicana.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
34
A Reforma Anglicana
Entre os principais fatores que provocaram a
Reforma Anglicana, podemos destacar os
seguintes:
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
35
A Reforma Anglicana
* Fortalecimento da monarquia: a Igreja Católica
exercia grande influência política dentro da
Inglaterra, pois era dona de grande parte das
terras e monopolizava o comércio de objetos
sagrados. Para fortalecer o poder da monarquia
inglesa, Henrique VIII teria que reduzir a influência
do Papa dentro da Inglaterra;
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
36
A Reforma Anglicana
* A posse das terras da Igreja: a nobreza
capitalista inglesa tinha grande interesse
econômico em apossar-se das terras da Igreja.
Para que isso acontecesse era preciso unir-se em
torno do rei, a fim de que os poderes da Igreja
Católica se enfraquecessem;
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
37
A Reforma Anglicana
* O pedido de divórcio do rei Henrique VIII:
casado com a princesa espanhola Catarina de
Aragão, Henrique VIII teve com ela uma filha para
sucedê-lo no trono. Entretanto, o rei estava
bastante descontente com seu casamento.
Primeiro, devido à origem espanhola de sua
esposa, já que a Espanha era inimiga da Inglaterra.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
38
A Reforma Católica
Diante dos movimentos protestantes, a reação inicial e imediata da
Igreja Católica foi a de punir os líderes rebeldes, na esperança de
que as idéias dos reformadores não se propagassem e o mundo
cristão recuperasse a unidade perdida. Essa tática, entretanto, não
deu bons resultados, já que o movimento protestante avançou pela
Europa, conquistando crescente número de seguidores. Era forçoso,
assim, reconhecer a ruptura protestante.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
39
A Reforma Católica
Diante disso, ganhou força dentro do Catolicismo um amplo
movimento de moralização do clero e reorganização das estruturas
administrativas da Igreja. Esse movimento de reformulação da
Igreja Católica ficou conhecido como Reforma Católica ou Contra-
Reforma. Seus principais líderes foram os Papas Paulo III (1534-
1549, Paulo IV (1555-1559), Pio V (1566-1572) e Xisto V (1585-
1590).
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
40
A Reforma e a Palavra de Deus
Na ocasião da Reforma, a tradição da igreja já havia se incorporado
aos padrões determinantes de comportamento e doutrina e, na
realidade, já havia superado as prescrições das Escrituras. A Bíblia
era conservada distante e afastada da compreensão dos devotos.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
41
A Reforma e a Palavra de Deus
Era considerada um livro só para os entendidos, obscuro e até
perigoso para as massas. Os reformadores redescobriram e
levantaram bem alto o único padrão de fé e prática: a Palavra de
Deus, e por este padrão aferiram tanto as autoridades como as
práticas religiosas em vigor.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
42
A Reforma e a Palavra de Deus
O sacerdócio individual do crente foi uma outra doutrina resgatada.
Ela apresenta a pessoa de Cristo como único mediador entre Deus e
os homens, concedendo a cada salvo "acesso direto ao trono" por
intermédio do sacrifício de Cristo na cruz e pela operação do
Espírito Santo no "homem interior."
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
43
A Reforma e a Palavra de Deus
O ensinamento bíblico, transmitido pela Reforma, eliminava os
vários intermediários que haviam surgido ao longo dos séculos
entre o Deus que salva e o pecador redimido. Na ocasião, esse era
um ensinamento totalmente estranho à Igreja de Roma, que
sempre se apresentou como tendo a palavra final de autoridade e
interpretação das Escrituras.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
44
Conclusão
Devemos reconhecer a Reforma como um movimento operado por
homens falíveis, mas poderosamente utilizados pelo Espírito Santo
de Deus para resgatar suas verdades e preservar a sua igreja.
FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL
DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
45
Conclusão
Não devemos endeusar os reformadores nem a Reforma, mas não
podemos deixá-la esquecida e nem deixar de proclamar a sua
mensagem, que reflete o ensinamento da Palavra de Deus aos dias
de hoje.
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DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE
46
Conclusão
A natureza humana continua a mesma, submersa em pecado. Os
problemas e situações tendem a repetir-se, até no seio da igreja. O
Deus da Reforma fala ao mundo hoje, com a mesma mensagem
eterna. Devemos, em oração e temor, ter a coragem de proclamá-la
à nossa igreja.
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  • 1.
  • 2. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: A REFORMA PROTESTANTE ORIENTAÇÕES O Slide aqui apresentado, tem como objetivo apresentar um RESUMO do Livro estudo na Disciplina. Dessa forma: 1. Realize a leitura com total cuidado e oração. 2. Utilize a Bíblia, Dicionários e outras fontes teológicas para acompanhamento das passagens mencionadas. 3. As imagens são meramente ilustrativas.
  • 3. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 1 Introdução Durante a Idade Média, a Igreja Católica foi objeto de diversos movimentos que se propunham a reformar suas estruturas, corrigindo abusos do clero e recuperando a pureza original do Cristianismo.
  • 4. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 1 Introdução Entretanto, todos os autores dessas reformas - papas, bispos, fundadores de ordens religiosas - sempre foram pessoas pertencentes aos quadros da Igreja e incapazes de desligar-se dessa instituição, por mais que dela discordassem.
  • 5. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 1 Introdução No final da Idade Média, entretanto, as insatisfações religiosas contra a Igreja acumulam-se de tal maneira que desembocaram num movimento de ruptura: a Reforma do século XVI.
  • 6. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE Introdução As graves críticas apresentadas contra a Igreja já não permitiam apenas arrumar internamente a casa. Os reformistas romperam definitivamente com a Igreja Católica, provocando a quebra efetiva da unidade do pensamento ocidental cristão.
  • 7. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE Introdução A reforma representou um dos movimentos históricos funda- mentais que marcaram o início dos tempos modernos, sendo motivada por um complexo conjunto de causas que ultra- passaram os limites da mera contestação religiosa à Igreja Católica.
  • 8. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE Introdução Isso porque o homem do século XVI refletia, no plano da religião, toda uma série de descontentamentos que se referiam às suas condições de vida material, tanto no plano político como no social ou no econômico.
  • 9. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 7 As principais caudas da Reforma Existe todo um conjunto de causas religiosas, sócio-econômicas e políticas que ajudam a entender a Reforma. Causas Religiosas Um clima de reflexão crítica e de inquietação espiritual espalhou- se entre diversos cristãos europeus. Com a utilização da imprensa, aumentou o número de exemplares da Bíblia disponíveis aos estudiosos.
  • 10. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 8 As principais caudas da Reforma A divulgação da Bíblia e de outras obras religiosas contribuiu para a formação de uma vontade mais pessoal de entender as verdades divinas, sem a intermediação dos padres. Desse novo espírito de interiorização e individualização da religião, que levou ao livre exame das Escrituras, surgiram diferentes interpretações da doutrina cristã.
  • 11. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 9 As principais caudas da Reforma Nesse sentido, podemos citar, por exemplo, uma corrente religiosa que, buscando apoio na obra de Santo Agostinho, afirmava que a salvação do homem somente era alcançada pela fé. Essas idéias opunham-se à posição oficial da Igreja, baseada em Santo Tomás de Aquino, pela qual a salvação do homem era alcançada pela fé e pelas boas obras.
  • 12. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 10 As principais caudas da Reforma Além do comércio de relíquias sagradas, a Igreja passou a vender indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Assim, mediante certo pagamento destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a sua salvação.
  • 13. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 11 As principais caudas da Reforma Analisando o comportamento do clero, esses cristãos passaram a condenar energicamente uma série de abusos e de corrupções que estavam sendo praticados. O alto clero de Roma estimulava inúmeros negócios envolvendo a religião, como, por exemplo, o comércio de relíquias sagradas espinhos que coroaram a fronte de Cristo, panos que embeberam o sangue de seu rosto, objetos pessoais dos Santos etc).
  • 14. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 12 As principais caudas da Reforma Causas Sócio-Econômicas Além do comércio de relíquias sagradas, a Igreja passou a vender indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Assim, mediante certo pagamento destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a sua salvação.
  • 15. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 13 As principais caudas da Reforma Por isso, a teologia tradicional católica condenava a obtenção do lucro excessivo, da usura, nas operações de comércio, defendendo a prática do preço justo. Com o início dos tempos modernos, desenvolveu-se a expansão marítima e comercial, e dentro desse novo contexto a moral econômica da Igreja começou a entrar em choque com a atividade da grande burguesia.
  • 16. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 14 As principais caudas da Reforma Causas Políticas O século XVI foi um período de fortalecimento das monarquias nacionais. A Igreja Católica, com sede em Roma e falando latim, apresentava-se como instituição de caráter universal, sendo um fator de unidade do mundo cristão. Essas noções, entretanto, perdiam força, na medida em que os sentimentos nacionais desenvolviam-se com grande vigor.
  • 17. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 15 As principais caudas da Reforma Causas Políticas O século XVI foi um período de fortalecimento das monarquias nacionais. A Igreja Católica, com sede em Roma e falando latim, apresentava-se como instituição de caráter universal, sendo um fator de unidade do mundo cristão. Essas noções, entretanto, perdiam força, na medida em que os sentimentos nacionais desenvolviam-se com grande vigor.
  • 18. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 16 As principais caudas da Reforma Causas Políticas Cada Estado, com sua monarquia, sua língua, seu povo e suas tradições, estava mais interessado em autoafirmar-se enquanto nação do que em fazer parte de uma cristandade obediente à Igreja. Opondo-se ao papado e ao comando centralizador da Igreja Católica, a Reforma religiosa atendia aos anseios nacionalistas, permitindo a autonomia de Igrejas nacionais.
  • 19. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 17 A Reforma de Martinho Lutero Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Eisleben, na Saxônia, sendo filho de um empreiteiro de minas que atingiu certa prosperidade econômica. Influenciado pelo pai, ingressou em 1501 na Universidade de Erfurt, para estudar direito, mas seu temperamento inclinava-o à vida religiosa, Em 1505, após quase ter morrido em uma violenta tempestade, ingressou na Ordem dos Monges Agostinianos, cumprindo promessa feita a Santa Ana.
  • 20. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 18 A Reforma de Martinho Lutero Estudioso sério, metódico e aplicado, Lutero conquistou prestígio intelectual, tornando-se, em 1508, professor da Universidade de Wittenberg. Em 1510, viajou a Roma, de onde regressou decepcionado com o clima de corrupção que percebera no alto clero, Nos anos de 1511 a 1513, aprofundou-se nos estudos teológicos, ate que começaram a amadurecer em seu espirito as idéias para a criação de uma nova doutrina religiosa.
  • 21. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 19 A Reforma de Martinho Lutero Nas epístolas de São Paulo, encontrou uma frase que lhe paraceu fundamental: “o justo se salvará pela fé”. Concluiu Lutero que o homem, corrompido em razão do pecado original, só poderia salvar-se pela fé incondicional em Deus. Somente a fé, e não as obras praticadas, seria o único instrumento capaz de justificar os pecados e de conduzir à salvação, graças à misericórdia divina.
  • 22. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 20 A Reforma de Martinho Lutero Em 1517, eclodiu o incidente que provocaria o rompimento entre Lutero e a Igreja Católica, girando em torno do episódio conhecido como venda de indulgências. Tendo como o objetivo arrecadar fundos para financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro, o Papa Leão X permitiu que se concedem indulgências (perdão dos pecados) a todos os fieis que contribuíssem financeiramente com a Igreja.
  • 23. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 21 A Reforma de Martinho Lutero Escandalizado com essa salvação comprada a dinheiro, Lutero afixou na porta da greja de Wittenberg um manifesto público ( as 95 teses), em que protestava contra a atitude do Papa e expunha os elementos de sua doutrina. Iniciava-se, então, uma longa discussão entre Lutero e as autoridades eclesiáticas, culminando com sua excomunhão pelo Papa, em 1520. Demonstrando descaso e revolta diante da Igreja, Lutero queimou em praça pública a bula Papal Exsurge dimine, que o condenava.
  • 24. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 22 A Doutrina Luterana Vejamos, rapidamente, uma síntese dos principais pontos da doutrina luterana: Igreja: proclamava a criação de Igrejas nacionais autônomas. O trabalho religioso poderia ser feito por pessoas não obrigadas ao celibato sacerdotal (obrigação de casar). Lutero aceitava a dependência da Igreja ao Estado. O idioma das cerimônias religiosas deveria ser aquele de cada nação e não o latim, que era o idioma oficial das cerimônias católicas.
  • 25. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 23 A Doutrina Luterana Rito Religioso: a cerimônia religiosa deveria obedecer a ritos mais simples, reduzindo a pompa existente nos cultos católicos. Santos e imagens foram abolidos. Livro Sagrado: A Bíblia era o livro sagrado do Luteranismo, representando a única fonte da fé. Sua leitura e interpretação deveriam se feitas por todos os cristãos. Lutero, em 1534, traduziu para o alemão um original grego da Bíblia.
  • 26. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 24 A Doutrina Luterana Salvação Humana: O homem salva-se pela fé em Deu e não pelas obras que pratica. Sacramentos: preservaram-se como sacramento básicos o batismo e a eucaristia.
  • 27. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 25 A Reforma de Calvino João Calvino (1509 - 1564) nasceu em Noyon, na França, e desenvolveu nesse país seus estudos de Teologia e de Direito. Influenciado por Guillaume Farel, aderiu às idéias protestantes. Quando, em 1534, as autoridades católicas francesas começaram a perseguir os suspeitos de heresias, Calvino fugiu para a Suiça, onde o movimento reformista já tinha se iniciado, sob a liderança de Ulrich Zwingli (1484-1531).
  • 28. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 26 A Reforma de Calvino Em suas pregações, Zwingli dava maior importância do que Lutero à crença na predestinação dos homens para a salvação, valorizando menos o aspecto da justificação pela fé. Com seu espírito racionalista, Zwingli conquistou o apoio da burguesia mercantil da Suíça, que admirava a objetividade de suas ações e o lado prático de suas idéias.
  • 29. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 27 A Reforma de Calvino Seu trabalho religioso preparou o caminho para que ali se desenvolvessem as idéias de João Calvino. Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, a Instituição da Religião Cristã, na qual afirmava que o ser humano estava predestinado de modo absoluto a merecer o Céu ou o Inferno.
  • 30. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 28 A Reforma de Calvino Explicava Calvino que, por culpa de Adão, todos os homens já nasciam pecadores (pecado original), mas, Deus tinha eleito algumas pessoas para serem salvas, enquanto outras seriam condenadas à maldição eterna. Portanto, nada que os homens pudessem fazer em vida poderia alterar-lhes o destino, já previamente traçado.
  • 31. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 29 A Reforma de Calvino A fé, existente em algumas pessoas, poderia ser interpretada como um sinal de que elas pertenciam ao grupo dos eleitos por Deus à salvação. Tais pessoas, os eleitos, sentiriam dentro do seu coração um irresistível desejo de combater o mal que povoa o mundo, simplesmente para a glória de Deus.
  • 32. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 30 A Reforma de Calvino A prosperidade econômica de algumas pessoas, sua riqueza material, também passou a ser interpretada pelos seguidores de Calvino como um sinal da salvação predestinada. Em 1538, Calvino foi expulso da Suíça, devido aos seus excessos de rigor e de autoritarismo.
  • 33. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 31 A Reforma de Calvino Criou-se, com base no Calvinismo, um modelo ideal de homem, religioso e trabalhador, par quem o sucesso econômico e a conquista de riquezas eram um sinal da predestinação divina ao Paraíso. Essa ideologia foi muito bem aceita pela burguesia mercantil, na medida em que sua ganância pelo lucro era justificada pela ética religiosa.
  • 34. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 32 A Reforma de Calvino Identificando-se com a burguesia, o Calvinismo espalhou-se por diversas regiões da Europa, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda – países onde se expandia o capitalismo comercial.
  • 35. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 33 A Reforma Anglicana Henrique VIII (1509-1547), rei da Inglaterra, tinha sido, durante certo tempo, um fiel aliado do Papa, recebendo deste o título de “Defensor da Fé”. Entretanto, uma série de fatores políticos e econômicos levaram também Henrique VIII a romper com a Igreja Católica e a fundar uma Igreja nacional na Inglaterra, isso é, a Igreja Anglicana.
  • 36. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 34 A Reforma Anglicana Entre os principais fatores que provocaram a Reforma Anglicana, podemos destacar os seguintes:
  • 37. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 35 A Reforma Anglicana * Fortalecimento da monarquia: a Igreja Católica exercia grande influência política dentro da Inglaterra, pois era dona de grande parte das terras e monopolizava o comércio de objetos sagrados. Para fortalecer o poder da monarquia inglesa, Henrique VIII teria que reduzir a influência do Papa dentro da Inglaterra;
  • 38. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 36 A Reforma Anglicana * A posse das terras da Igreja: a nobreza capitalista inglesa tinha grande interesse econômico em apossar-se das terras da Igreja. Para que isso acontecesse era preciso unir-se em torno do rei, a fim de que os poderes da Igreja Católica se enfraquecessem;
  • 39. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 37 A Reforma Anglicana * O pedido de divórcio do rei Henrique VIII: casado com a princesa espanhola Catarina de Aragão, Henrique VIII teve com ela uma filha para sucedê-lo no trono. Entretanto, o rei estava bastante descontente com seu casamento. Primeiro, devido à origem espanhola de sua esposa, já que a Espanha era inimiga da Inglaterra.
  • 40. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 38 A Reforma Católica Diante dos movimentos protestantes, a reação inicial e imediata da Igreja Católica foi a de punir os líderes rebeldes, na esperança de que as idéias dos reformadores não se propagassem e o mundo cristão recuperasse a unidade perdida. Essa tática, entretanto, não deu bons resultados, já que o movimento protestante avançou pela Europa, conquistando crescente número de seguidores. Era forçoso, assim, reconhecer a ruptura protestante.
  • 41. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 39 A Reforma Católica Diante disso, ganhou força dentro do Catolicismo um amplo movimento de moralização do clero e reorganização das estruturas administrativas da Igreja. Esse movimento de reformulação da Igreja Católica ficou conhecido como Reforma Católica ou Contra- Reforma. Seus principais líderes foram os Papas Paulo III (1534- 1549, Paulo IV (1555-1559), Pio V (1566-1572) e Xisto V (1585- 1590).
  • 42. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 40 A Reforma e a Palavra de Deus Na ocasião da Reforma, a tradição da igreja já havia se incorporado aos padrões determinantes de comportamento e doutrina e, na realidade, já havia superado as prescrições das Escrituras. A Bíblia era conservada distante e afastada da compreensão dos devotos.
  • 43. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 41 A Reforma e a Palavra de Deus Era considerada um livro só para os entendidos, obscuro e até perigoso para as massas. Os reformadores redescobriram e levantaram bem alto o único padrão de fé e prática: a Palavra de Deus, e por este padrão aferiram tanto as autoridades como as práticas religiosas em vigor.
  • 44. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 42 A Reforma e a Palavra de Deus O sacerdócio individual do crente foi uma outra doutrina resgatada. Ela apresenta a pessoa de Cristo como único mediador entre Deus e os homens, concedendo a cada salvo "acesso direto ao trono" por intermédio do sacrifício de Cristo na cruz e pela operação do Espírito Santo no "homem interior."
  • 45. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 43 A Reforma e a Palavra de Deus O ensinamento bíblico, transmitido pela Reforma, eliminava os vários intermediários que haviam surgido ao longo dos séculos entre o Deus que salva e o pecador redimido. Na ocasião, esse era um ensinamento totalmente estranho à Igreja de Roma, que sempre se apresentou como tendo a palavra final de autoridade e interpretação das Escrituras.
  • 46. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 44 Conclusão Devemos reconhecer a Reforma como um movimento operado por homens falíveis, mas poderosamente utilizados pelo Espírito Santo de Deus para resgatar suas verdades e preservar a sua igreja.
  • 47. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 45 Conclusão Não devemos endeusar os reformadores nem a Reforma, mas não podemos deixá-la esquecida e nem deixar de proclamar a sua mensagem, que reflete o ensinamento da Palavra de Deus aos dias de hoje.
  • 48. FACULDADE E SEMINÁRIOS TEOLÓGICO NACIONAL DISCIPLINA: REFORMA PROTESTANTE 46 Conclusão A natureza humana continua a mesma, submersa em pecado. Os problemas e situações tendem a repetir-se, até no seio da igreja. O Deus da Reforma fala ao mundo hoje, com a mesma mensagem eterna. Devemos, em oração e temor, ter a coragem de proclamá-la à nossa igreja.