O documento descreve as características e cultivo do umbuzeiro, uma árvore nativa do semiárido brasileiro. O texto detalha a descrição botânica, cruzamentos, propagação, clima e solo adequados, adubação, plantio, tratamentos culturais, pragas e doenças, colheita e usos do umbuzeiro.
2. • Spondias tuberosa ;
• No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu e
ombu do tupi-guarani y-mb-u que significa
“arvore que dá de beber”
• É uma árvore xerófita endêmica do semiárido
brasileiro, pois ela possui um mecanismo de
fechamento dos estômatos nas hs mais quentes
do dia, e queda das folhas durante a estação
seca.
3. Aspectos Botânicos:
• Dicotiledônea, da família Anacardiaceae ;
• Árvore de pequeno porte com 4m a 8m de
altura, e copa umbiliforme de 10 a 15 m de
diâmetro;
• Caule apresenta casca externa morta de cor
cinza-claro a preta, e uma casca interna viva
avermelhada;
• Sistema radicular longas espalhadas
horizontalmente, possuindo túberas encontradas
entre 10 e 30 cm de profundidade;
4. • As folhas são pecioladas, com folíolos curtos;
• As flores são brancas e estão reunidas em
inflorescência, onde 50% são flores
hermafroditas e 50% masculina;
• Sendo polinizada, pelas abelhas onde as
principais visitantes são Frieseomelitta lânguida
e Trigona spinipes.
• O fruto possui um epicarpo de espessura
variável e de cor amarelo-esverdeado,
mesocarpo de sabor adocicando e endocarpo de
tamanho variado;
• A semente juntamente com o endocarpo formam
o caroço.
5.
6. Cruzamentos:
• O umbu-cajá é resultante do cruzamento natural
entre cajá e umbu.
• O Umbuguela é o resultado do cruzamento do
Umbu com a Seriguela.
7. Propagação:
• Sementes: Utilizadas para produção de porta-enxertos,
para enxertia(quebra de dormência);
Germinação ocorre entre 9 e 210 dias.
• Estaquia: Difícil enraizamento, e devem ser
tratadas com ácido indolbutírico;
• Alporquia: Apresenta índice de pega 80%;
9. Clima e Solo
• Pluviosidade anual que varia de menos de 400 a
800 mm, requer clima quente com temperatura
entre 13 e 38°, UR entre 30 a 80% e insolação de
2000 a 3000 horas por ano;
• O umbuzeiro desenvolve-se nos mais variados tipos
de solos do nordeste brasileiro onde há uma maior
ocorrência de luvissolos e argissolos;
• Durante a estação seca suas folhas entram em
senescência e a planta permanece em estado de
dormência;
10. Adubação:
• É possível recomendar 45 g de P2 O5 (fósforo) ,
48g de K2 O (potássio) e 5 L húmus de minhoca,
ou 15 L de esterco de curral curtido, misturado a
primeira camada de terra da superfície e
colocados no fundo da cova;
• Deve-se fazer uma bacia ao redor da cova do
umbuzeiro, no período das chuvas.
11. Plantio:
• Pode ser feito numa área desmatada ou área com
cobertura vegetal;
• Deve-se traçar curvas de nível nas linhas do plantio;
• Sulcos para armazenar água;
• As covas devem ficar na parte inferior dos sulcos;
• Espaçamentos de 8 x 8m;
• Para reduzir custos de implantação, plantar culturas
anuais entre as linhas. Ex: Feijão-de-corda, feijão-guandu
e sorgo.
12. Tratos Culturais:
• Poda de formação: Eliminar dominância apical e
ramos laterais próximos ao solo;
• Capinas: Ao redor da bacia de captação de água,
e sempre que necessário reformá-las;
• Cobertura morta na área das bacias.
13. Principais Pragas:
• COLEOPTERA: SCARABAEIDAE
Conhecido como cascudo ataca os ramos novos dos
umbuzeiros, destruindo as inflorescências e as folhas
novas, em algumas plantas provoca a queda dos
pequenos frutos ou causa lesões em sua casca;
• COLEOPTERA: BRUCHIDAE
Seus danos são decorrentes da alimentação das larvas
no interior das sementes provocando lesões ao
embrião, que resulta em redução ou perda total do
poder germinativo.
15. Colheita:
• Feita manualmente;
• Devem ser colhidos no seu estádio de maturação
(inchado), para facilitar o transporte;
• São colocados em sacos ou caixas e levados para
os centros consumidores.
16. Produtos:
• Bastante apreciado in natura;
• Polpa;
• Sorvete;
• Doce;
• Geléia ;
• Sucos engarrafados;
• Vinho;
• Vinagre;
• Acetona ;
• Salada das folhas.
É uma árvore xerófita endêmica do semiárido brasileiro, pois ela possui um mecanismo de fechamento dos estômatos nas hs mais quentes do dia, e queda das folhas durante a estação seca.