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Enfermeira Magda R. Matos
Catástrofes
Nova Friburgo RJ - Enchente 2011
Nova Friburgo RJ - Enchente 2011
Japão - Tsunami 2011
Nova Jersey (USA) - Furacão
Sandy 2012
Incêndio -Campo Grande MS
07/05/2013
Catástrofe
 Pela Organização Mundial de Saúde, catástrofe é um
fenômeno ecológico súbito de magnitude suficiente para
necessitar de ajuda externa.
 SEDEC classifica: Grande desgraça, acontecimento
funesto e lastimoso. Desastre de grandes proporções,
envolvendo alto número de vítimas e/ou danos severos.
Desastres
 Desastre é definido como resultado de eventos adversos,
naturais ou provocados pelo homem, sobre um
ecossistema, causando danos humanos, materiais e/ou
ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais
Castro (1998).
 Os desastres são quantificados, em função dos danos e
prejuízos, em termos de intensidade, enquanto que os
eventos adversos são quantificados em termos de
magnitude.
Desastres Naturais
 São aqueles provocados por fenômenos e desequilíbrios
da natureza e produzidos por fatores de origem externa
que atuam independentemente da ação humana.
Desastres Humanos
 São aqueles provocados por ações ou omissões humanas.
Relacionam-se com o próprio homem, enquanto agente e
autor. Por isso, são produzidos por fatores de origem
interna. Esses desastres podem produzir situações capazes
de gerar grandes danos à natureza, aos habitats humanos e
ao próprio homem, enquanto espécie. Normalmente os
desastres humanos são conseqüência de ações
desajustadas geradoras de desequilíbrios sócioeconômicos
e políticos entre os homens e de profundas e prejudiciais
alterações de seu ambiente ecológico.
Desastres Mistos
 Ocorrem quando as ações ou omissões humanas contribuem
para intensificar, complicar e/ou agravar desastres naturais.
Caracterizam-se, também, por intercorrências de fenômenos
adversos naturais que atuam sobre condições ambientais
degradadas pelo homem, provocando desastres.
Desastres no Brasil
 Os desastres naturais, no mundo e no Brasil, vem
aumentando sistematicamente, segundo o Departamento
para a Redução dos Desastres das Nações Unidas (ONU)
o Brasil em 2008 foi o 13º país mais afetado, já no ano de
2009 foi o sexto país. Um aumento de aproximadamente
95% de um ano para outro. As inundações e as
tempestades foram as catástrofes naturais mais frequentes
no ano de 2009.
Você sabe o que fazer em uma
situação de catástrofe?
Enfermagem nas Catástrofes
 Para Morton e Fontaine (2011, p.213), na ocorrência de
um desastre, o papel da enfermagem nos cuidados críticos
é fundamental. Ressalta a dependência deste em relação
ao impacto do desastre sobre as estruturas das instituições,
o meio ambiente e o número de profissionais disponíveis.
Entidades de atendimento
em situações de catástrofes
 Públicas (ou externas):
 Defesa civil
 Comandos Militares
 SAMU
 Bombeiros
 Empresas privadas de Resgate
 Central de Regulação
 Outros recursos de apoio
 Institucionais (ou internas):
 Emergência
 Plano de contingência para Atendimento à múltiplas
vítimas
 Os princípios básicos no atendimento dessas situações
são: triagem, tratamento e transporte.
 Para que estes três princípios básicos sejam plenamente
atendidos é necessário que haja comando, comunicação e
controle, indispensáveis para o sucesso do atendimento.
Protocolos
 Pré-hospitalar:
 Start
 Hospitalar:
 Classificação de risco – CRAMP
Atendimento Pré-Hospitalar
 No atendimento pré-hospitalar, catástrofe é aquela
situação em que as necessidades de atendimento, excedem
os recursos materiais e humanos imediatamente
disponíveis, havendo necessidade de medidas
extraordinárias e coordenadas para se manter a qualidade
básica ou mínima de atendimento.
SEQUÊNCIA DE TRIAGEM
 Triagem Inicial
 Normalmente é realizada na própria zona quente, porém
caso haja risco iminente que possa ameaçar as equipes de
resgate, as vítimas devem ser removidas prontamente de
modo aleatório, para a zona fria. As vítimas são
identificadas com os cartões de triagem.
Triagem Secundária
 Pode ser efetuada na entrada da área de Tratamento,
quando houver recursos humanos suficientes para a
função. Os pacientes são recategorizados ou não, caso sua
condição clinica tenha se modificado. As vitimas são
então agrupadas em lonas coloridas de acordo com as
cores dos cartões de triagem. Esta técnica de triagem é
conhecida mundialmente como START.
Técnica START
 START (Simple Triage And Rapid Treatment) Triagem
Simples E Tratamento Rápido por ser um método simples,
que se baseia na avaliação da respiração, circulação e
nível de consciência, dividindo as vítimas em quatro
prioridades e utiliza cartões coloridos para definir cada
uma das prioridades. A Prioridade de Atendimento às
Vítimas
 obedece a seguinte ordem:
Cartão Vermelho
 Vítimas que apresentam risco imediato de vida;
apresentam respiração somente após manobras de abertura
de vias aéreas ou a respiração está maior que 30
movimentos respiratórios por minuto; necessitam de
algum tratamento médico antes de um transporte rápido ao
hospital; necessitam ser transportadas rapidamente ao
hospital para cirurgia.
 São os pacientes com:
 Choque;
 Amputações.
 Lesões arteriais;
 Hemorragia Severa;
 Lesões por inalação;
 Queimaduras em face;
 Lesão de face e olhos;
 Lesões intra-abdominais;
 Insuficiência Respiratória;
 Pneumotórax Hipertensivo
 Lesões extensas de partes moles;
 Queimaduras de 2º grau maior que 20% a 40%,ou de 3º grau
maior que 10 a 30%;
Cartão Amarelo
 Vítimas que não apresentam risco de vida imediato;
necessitam de algum tipo de tratamento no local enquanto
aguardam transporte ao hospital.
 São os pacientes com:
 Fraturas;
 TCE leve, moderado;
 Queimaduras menores;
 Traumatismos abdominais e torácicos;
 Ferimentos com sangramento que necessitam suturas.
Cartão Verde
 Vítimas com capacidade para andar; não necessitam de
tratamento médico ou transporte imediato, possuem lesões
sem risco de vida.
 São os pacientes com:
 contusões;
 hematomas;
 escoriações;
 pequenos ferimentos.
Prioridade Preto
 Vítimas em óbito ou que não tenham chance de
sobreviver; não respiram, mesmo após manobras simples
de abertura da via aérea.
 múltiplos traumas graves;
 queimaduras de 2 e 3 grau extensas.
Atendimento Hospitalar
 Em situações de desastres e incidentes com múltiplas
vítimas a capacidade depende especialmente no número
de médicos disponíveis para atendimento, cirurgiões,
anestesistas, enfermagem, número de salas cirúrgicas,
número de ventiladores disponíveis, leitos de terapia
intensiva disponível e local adequado para realizar o 1º
atendimento.
 Outros pontos críticos são a capacidade da central de
material em manter o abastecimento, incluindo a
esterilização, o setor de radiologia conseguir realizar todos
os exames. Também, se sabe que numa situação de
desastre o pico de chegada de vítimas no hospital ocorre
na 1º hora após inicio da ocorrência, e que em torno de
40%, necessitam de procedimento cirúrgico.
Método CRAMP
 A sigla surgiu da reunião das iniciais das seguintes
palavras:
C circulação
R respiração
A abdome
M motor ou movimento
P psiquismo ou palavra
Realizado em cinco estágios
 Ao término de cada um desses estágios e, em função do
estado geral caracterizado, pontua-se da seguinte forma:
 exame normal: dois pontos
 exame alterado: um ponto
 exame grave: zero ponto
 Ao término do exame geral, a somação da pontuação de
cada um dos estágios do método define o escore de
prioridades de atendimento.
 Com o aumento das catástrofes são indispensáveis
medidas qualitativas para enfrentar tais eventos. Somente
com a integração de vários sistemas e órgãos podem-se
criar estratégias para prevenção e recuperação dos danos
materiais, sociais, econômicos e ambientais causados
pelos desastres.
 A Enfermagem é elo da comunidade com os serviços de
classificação de risco, conhecendo suas necessidades e
deficiências no dia a dia.
 Assim sendo permite um olhar mais profundo e sensível
dos fatores de risco, e o acesso a comunidade de forma
mais individual, o que facilita na criação de planos de
atuação e resposta em situações de catástrofes.
 É da natureza do Enfermeiro trabalhar com o individuo e
o coletivo para que possa prevenir, minimizar e evitar
agravos a saúde de todas as naturezas.
Referências Bibliográficas
 Desastres e Incidentes com Múltiplas Vítimas Plano de Atendimento - Preparação Hospitalar
Secretaria de Estado da Saúde Governo do Estado de São Paulo 2012.
 GLOSSÁRIO DE DEFESA CIVIL ESTUDOS DE RISCOS E MEDICINA DE DESASTRES 5ª
Edição Antônio Luiz Coimbra de Castro- Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC.
 Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR
 MATOS, Magda Ronizze; CARNEIRO, Maria Claudia Riato; SANTOS, Tânia dos. DESASTRES. 2011.
Vol. 01. Labor Course Completion Bachelor, in Nursing - Faculdade Anhanguera de Campo Grande,
Anhanguera Educacional S.A., Campo Grande, 2011.
 MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados Críticos de Enfermagem: uma abordagem holística. 9.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
 Plano de Contingência para o Atendimento de Múltiplas Vítimas 2011 Hospital Geral de Itapecerica da
Serra HGIS SECONCI OSS.
Muito Obrigado

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  • 1.
  • 4. Nova Friburgo RJ - Enchente 2011
  • 5. Nova Friburgo RJ - Enchente 2011
  • 7. Nova Jersey (USA) - Furacão Sandy 2012
  • 8. Incêndio -Campo Grande MS 07/05/2013
  • 9. Catástrofe  Pela Organização Mundial de Saúde, catástrofe é um fenômeno ecológico súbito de magnitude suficiente para necessitar de ajuda externa.  SEDEC classifica: Grande desgraça, acontecimento funesto e lastimoso. Desastre de grandes proporções, envolvendo alto número de vítimas e/ou danos severos.
  • 10. Desastres  Desastre é definido como resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema, causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais Castro (1998).  Os desastres são quantificados, em função dos danos e prejuízos, em termos de intensidade, enquanto que os eventos adversos são quantificados em termos de magnitude.
  • 11.
  • 12. Desastres Naturais  São aqueles provocados por fenômenos e desequilíbrios da natureza e produzidos por fatores de origem externa que atuam independentemente da ação humana.
  • 13. Desastres Humanos  São aqueles provocados por ações ou omissões humanas. Relacionam-se com o próprio homem, enquanto agente e autor. Por isso, são produzidos por fatores de origem interna. Esses desastres podem produzir situações capazes de gerar grandes danos à natureza, aos habitats humanos e ao próprio homem, enquanto espécie. Normalmente os desastres humanos são conseqüência de ações desajustadas geradoras de desequilíbrios sócioeconômicos e políticos entre os homens e de profundas e prejudiciais alterações de seu ambiente ecológico.
  • 14. Desastres Mistos  Ocorrem quando as ações ou omissões humanas contribuem para intensificar, complicar e/ou agravar desastres naturais. Caracterizam-se, também, por intercorrências de fenômenos adversos naturais que atuam sobre condições ambientais degradadas pelo homem, provocando desastres.
  • 15. Desastres no Brasil  Os desastres naturais, no mundo e no Brasil, vem aumentando sistematicamente, segundo o Departamento para a Redução dos Desastres das Nações Unidas (ONU) o Brasil em 2008 foi o 13º país mais afetado, já no ano de 2009 foi o sexto país. Um aumento de aproximadamente 95% de um ano para outro. As inundações e as tempestades foram as catástrofes naturais mais frequentes no ano de 2009.
  • 16. Você sabe o que fazer em uma situação de catástrofe?
  • 17. Enfermagem nas Catástrofes  Para Morton e Fontaine (2011, p.213), na ocorrência de um desastre, o papel da enfermagem nos cuidados críticos é fundamental. Ressalta a dependência deste em relação ao impacto do desastre sobre as estruturas das instituições, o meio ambiente e o número de profissionais disponíveis.
  • 18. Entidades de atendimento em situações de catástrofes  Públicas (ou externas):  Defesa civil  Comandos Militares  SAMU  Bombeiros  Empresas privadas de Resgate  Central de Regulação  Outros recursos de apoio
  • 19.  Institucionais (ou internas):  Emergência  Plano de contingência para Atendimento à múltiplas vítimas
  • 20.  Os princípios básicos no atendimento dessas situações são: triagem, tratamento e transporte.  Para que estes três princípios básicos sejam plenamente atendidos é necessário que haja comando, comunicação e controle, indispensáveis para o sucesso do atendimento.
  • 21. Protocolos  Pré-hospitalar:  Start  Hospitalar:  Classificação de risco – CRAMP
  • 22. Atendimento Pré-Hospitalar  No atendimento pré-hospitalar, catástrofe é aquela situação em que as necessidades de atendimento, excedem os recursos materiais e humanos imediatamente disponíveis, havendo necessidade de medidas extraordinárias e coordenadas para se manter a qualidade básica ou mínima de atendimento.
  • 23. SEQUÊNCIA DE TRIAGEM  Triagem Inicial  Normalmente é realizada na própria zona quente, porém caso haja risco iminente que possa ameaçar as equipes de resgate, as vítimas devem ser removidas prontamente de modo aleatório, para a zona fria. As vítimas são identificadas com os cartões de triagem.
  • 24. Triagem Secundária  Pode ser efetuada na entrada da área de Tratamento, quando houver recursos humanos suficientes para a função. Os pacientes são recategorizados ou não, caso sua condição clinica tenha se modificado. As vitimas são então agrupadas em lonas coloridas de acordo com as cores dos cartões de triagem. Esta técnica de triagem é conhecida mundialmente como START.
  • 25. Técnica START  START (Simple Triage And Rapid Treatment) Triagem Simples E Tratamento Rápido por ser um método simples, que se baseia na avaliação da respiração, circulação e nível de consciência, dividindo as vítimas em quatro prioridades e utiliza cartões coloridos para definir cada uma das prioridades. A Prioridade de Atendimento às Vítimas  obedece a seguinte ordem:
  • 26.
  • 27. Cartão Vermelho  Vítimas que apresentam risco imediato de vida; apresentam respiração somente após manobras de abertura de vias aéreas ou a respiração está maior que 30 movimentos respiratórios por minuto; necessitam de algum tratamento médico antes de um transporte rápido ao hospital; necessitam ser transportadas rapidamente ao hospital para cirurgia.
  • 28.  São os pacientes com:  Choque;  Amputações.  Lesões arteriais;  Hemorragia Severa;  Lesões por inalação;  Queimaduras em face;  Lesão de face e olhos;  Lesões intra-abdominais;  Insuficiência Respiratória;  Pneumotórax Hipertensivo  Lesões extensas de partes moles;  Queimaduras de 2º grau maior que 20% a 40%,ou de 3º grau maior que 10 a 30%;
  • 29. Cartão Amarelo  Vítimas que não apresentam risco de vida imediato; necessitam de algum tipo de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao hospital.  São os pacientes com:  Fraturas;  TCE leve, moderado;  Queimaduras menores;  Traumatismos abdominais e torácicos;  Ferimentos com sangramento que necessitam suturas.
  • 30. Cartão Verde  Vítimas com capacidade para andar; não necessitam de tratamento médico ou transporte imediato, possuem lesões sem risco de vida.  São os pacientes com:  contusões;  hematomas;  escoriações;  pequenos ferimentos.
  • 31. Prioridade Preto  Vítimas em óbito ou que não tenham chance de sobreviver; não respiram, mesmo após manobras simples de abertura da via aérea.  múltiplos traumas graves;  queimaduras de 2 e 3 grau extensas.
  • 32. Atendimento Hospitalar  Em situações de desastres e incidentes com múltiplas vítimas a capacidade depende especialmente no número de médicos disponíveis para atendimento, cirurgiões, anestesistas, enfermagem, número de salas cirúrgicas, número de ventiladores disponíveis, leitos de terapia intensiva disponível e local adequado para realizar o 1º atendimento.
  • 33.  Outros pontos críticos são a capacidade da central de material em manter o abastecimento, incluindo a esterilização, o setor de radiologia conseguir realizar todos os exames. Também, se sabe que numa situação de desastre o pico de chegada de vítimas no hospital ocorre na 1º hora após inicio da ocorrência, e que em torno de 40%, necessitam de procedimento cirúrgico.
  • 34. Método CRAMP  A sigla surgiu da reunião das iniciais das seguintes palavras: C circulação R respiração A abdome M motor ou movimento P psiquismo ou palavra
  • 35. Realizado em cinco estágios  Ao término de cada um desses estágios e, em função do estado geral caracterizado, pontua-se da seguinte forma:  exame normal: dois pontos  exame alterado: um ponto  exame grave: zero ponto  Ao término do exame geral, a somação da pontuação de cada um dos estágios do método define o escore de prioridades de atendimento.
  • 36.
  • 37.  Com o aumento das catástrofes são indispensáveis medidas qualitativas para enfrentar tais eventos. Somente com a integração de vários sistemas e órgãos podem-se criar estratégias para prevenção e recuperação dos danos materiais, sociais, econômicos e ambientais causados pelos desastres.  A Enfermagem é elo da comunidade com os serviços de classificação de risco, conhecendo suas necessidades e deficiências no dia a dia.
  • 38.  Assim sendo permite um olhar mais profundo e sensível dos fatores de risco, e o acesso a comunidade de forma mais individual, o que facilita na criação de planos de atuação e resposta em situações de catástrofes.  É da natureza do Enfermeiro trabalhar com o individuo e o coletivo para que possa prevenir, minimizar e evitar agravos a saúde de todas as naturezas.
  • 39. Referências Bibliográficas  Desastres e Incidentes com Múltiplas Vítimas Plano de Atendimento - Preparação Hospitalar Secretaria de Estado da Saúde Governo do Estado de São Paulo 2012.  GLOSSÁRIO DE DEFESA CIVIL ESTUDOS DE RISCOS E MEDICINA DE DESASTRES 5ª Edição Antônio Luiz Coimbra de Castro- Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC.  Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR  MATOS, Magda Ronizze; CARNEIRO, Maria Claudia Riato; SANTOS, Tânia dos. DESASTRES. 2011. Vol. 01. Labor Course Completion Bachelor, in Nursing - Faculdade Anhanguera de Campo Grande, Anhanguera Educacional S.A., Campo Grande, 2011.  MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados Críticos de Enfermagem: uma abordagem holística. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.  Plano de Contingência para o Atendimento de Múltiplas Vítimas 2011 Hospital Geral de Itapecerica da Serra HGIS SECONCI OSS.