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MÚSICA: AMOR VIRTUAL SAMPA CREW
Meu amor virtual. Como é que eu pude assim gostar de alguém, Que só vejo de longe e nunca beijei. Foi como uma luz forte atração, Foi como ver o sol em plena escuridão. Me deixa ver você, liga o computador. Me diz onde te encontrar que eu já vou. Me deixa ver você, dançar de novo pra mim. Vem cá, quero te conhecer. Deixa eu beijar você, deixa eu abraçar você, Meu amor virtual. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural, Meu amor virtual.
Abra sua cama, o seu coração,  me mostre todo o seu poder de sedução. Só te conheço assim, por computador,  me apaixonei e agora vivo essa dor. Queria te tocar, te acariciar,  chega de dizer, quero Conversar. Quem sabe te convencer, ao dizer, que não é virtual  o que eu sinto por você. O mundo hoje em dia até que tá legal, Ciberneticamente tudo natural. Mas namorar assim sem poder te tocar, Aí já é querer demais não dá pra agüentar.  Me deixa ver você, liga o computador. Me diz onde te encontrar que eu já vou. Me deixa ver você, dançar de novo pra mim, Vem cá, quero te conhecer.
Deixa eu beijar você, deixa eu abraçar você, Meu amor virtual. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural, Meu amor virtual. Essa história de amor, por computador, que era de prazer,  hoje é de dor. Posso sentir o perfume de sua pele, cada vez que pela cama você se mexe. Dançando e exibindo, toda sensualidade até parece que te tenho de verdade. Me manda um e-mail, vem fazer contato,  me faz sentir que realmente sou amado. Deixa eu abraçar você, deixa eu beijar você. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural,  Meu amor virtual,  meu amor virtual, Meu amor virtual.
Leia os textos abaixo e destaque as semelhanças e diferenças com relação a música Amor Virtual:
Atividade de leitura, análise e produção de texto. Texto 1 Amor na Internet: afinal, vale ou não vale a pena? Romances iniciados e vivenciados na Internet são um fato que ninguém mais pode negar. Alguns dão certo, outros não. Uns acontecem por acaso, entre pessoas que se cruzam casualmente na Via Láctea eletrônica, outros são fruto de uma busca intencional e persistente de parceiros adequados que estejam nas salas de chat, abertos para um envolvimento. O que está levando homens e mulheres de todas as idades a procurarem cada vez mais por este tipo de relacionamento? Até que ponto se pode obter satisfação emocional numa relação virtual? E o que acontece quando a emoção sai da telinha e tem que se confrontar com a realidade da vida? Quem afinal procura uma relação com alguém que nunca viu? A psicanalista Alice Bittencourt, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, viu tantos e tão interessantes casos de relacionamentos através da Internet que resolveu
escrever um livro sobre o assunto. Sua conclusão é a de que, de fato, este tipo de relacionamento pode ser uma solução positiva para muita gente que tem dificuldades de se aproximar de seres de carne e osso. Quando a coisa dá certo — segundo ela, numa proporção de mais ou menos 50% dos casos — bloqueios graves podem ser resolvidos, e ela já viu muitos ganharem uma confiança que não tinham antes e conseguirem se estabilizar afetivamente. Quando o tiro sai pela culatra, porém, e o engano se confirma, a decepção acontece e o sofrimento nada deixa a desejar a qualquer relacionamento do mundo real que termine em desilusão. As depressões acontecem da mesma forma quando existe perda e frustração. Portanto, é preciso ter cuidado e estar atento para todos os detalhes que compõem esta atraente faca de dois gumes que é a relação via Internet. Por um lado, quem entra nessa pode ganhar o prêmio de um encontro mais direto com os sentimentos verdadeiros de um possível parceiro.
Mas, por outro lado, se arrisca a se apaixonar por um personagem que nunca existiu. Vale a pena tentar? Segundo Alice Bittencourt, “vale, desde que se saiba dosar. A Internet é como o álcool. É uma maravilha, mas só até o ponto em que começa a tirar você da realidade. É preciso saber a hora de parar. Até porque, se a pessoa perde a noção do limite, acaba caindo numa frustração. Nada substitui o toque, o cheiro, o olhar”. Para quem está decidido a explorar as possibilidades eletrônicas de encontrar um amor virtual, vale um mergulho nas águas que atraem navegantes de todas as espécies. (Virgínia Cavalcanti,www.educacional.com.br, 6/11/06)
Texto 2 Nada além de uma ilusão Teclada vai, teclada vem, e um encontro é marcado. Parece fácil, mas não é. A jornalista Alice Sampaio passou dois anos estudando como são os namoros via Internet. A notícia que ela trouxe não é nada animadora: “relacionando-se apenas pela rede, dificilmente você vai encontrar quem procura”. Atenção corações solitários: o amor é cego, mas quem se arrisca a buscar um namoro virtual deve ficar de olhos bem abertos. Como cupido, a Internet não é dos melhores. A constatação é da jornalista Alice Sampaio, autora de  Amor na Internet — Quando o Virtual Cai na Real  (Editora Record). De tanto ouvir falar em quem achou a cara-metade pela Internet e de ouvir maravilhas sobre o amor à primeira teclada, ela resolveu tirar essa história a limpo. E com seus próprios nicknames (apelidos).  Foram 16 meses navegando em salas de bate-papo e sites de encontro e mais um ano e meio de entrevistas com internautas.
Ao final da jornada, ela descobriu que a maioria dos relacionamentos termina como a famosa canção de Mário Lago começa: “Nada além de uma ilusão...” Se a Internet não faz milagres, erro maior é acreditar que um namoro pode ficar apenas no plano virtual. “É pior que amor platônico, pois, nestes, as pessoas pelo menos se apaixonavam por alguém que já tinham visto”, compara.  Segundo ela, “amor virtual é virtual mesmo, é uma fantasia absoluta”. Para azar dos tímidos, o único jeito é mesmo marcar um encontro, “cair na real, ver se o parceiro é o que diz ser”, recomenda. Mesmo cara a cara, os amores virtuais parecem mais fadados ao fracasso que ao final feliz. E, dessa vez, quem sofre são os românticos. “Como o físico é descoberto por último, acontece que um ou outro, na maioria das vezes, não gosta da imagem do parceiro e a coisa pára por aí”, explica. Se de santo casamenteiro a Internet não tem nada, os chats abrigam de tudo “Tem desde gente sincera e com boas intenções até gente desonesta, mentirosa e safada”, diz Alice.
Por isso, um coração partido ou ver o príncipe virar sapo não são os únicos riscos que os apaixonados correm. “Meu livro alerta pessoas de todas as idades de que a Internet não é inocente, pois sempre existe o risco de encontrar alguém perigoso”, adverte. O recado é sobretudo para adolescentes entre 12 e 17 anos, que respondem hoje por 20% dos acessos nas salas de bate-papo do maior provedor do país. Como acontece na vida real, eles usam a Internet para “ficar”. Com pressa e sem as devidas precauções, encontros fortuitos podem acabar em tragédia. Foi o caso da americana Christina Long, 13, assassinada pelo brasileiro Saul dos Reis, 25, com quem manteve contato através de uma sala de bate-papo. Aos mais afoitos, ela orienta: “Sala de bate-papo é boa para zoar, fazer amigos, teclar com gente que gosta das mesmas coisas, enfim, divertir-se. E ponto final”. (site:  www.educacional.com. br )
Após a leitura dos textos, reflita sobre as questões que seguem e escreva um texto ARGUMENTATIVO: • O que está levando homens e mulheres de todas as idades a procurarem cada vez mais por este tipo de relacionamento? • Até que ponto se pode obter satisfação emocional em uma relação virtual? • E o que acontece quando a emoção sai da telinha do computador e tem que confrontar a realidade da vida? • Quem afinal procura uma relação com alguém que nunca viu?

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  • 2. Meu amor virtual. Como é que eu pude assim gostar de alguém, Que só vejo de longe e nunca beijei. Foi como uma luz forte atração, Foi como ver o sol em plena escuridão. Me deixa ver você, liga o computador. Me diz onde te encontrar que eu já vou. Me deixa ver você, dançar de novo pra mim. Vem cá, quero te conhecer. Deixa eu beijar você, deixa eu abraçar você, Meu amor virtual. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural, Meu amor virtual.
  • 3. Abra sua cama, o seu coração, me mostre todo o seu poder de sedução. Só te conheço assim, por computador, me apaixonei e agora vivo essa dor. Queria te tocar, te acariciar, chega de dizer, quero Conversar. Quem sabe te convencer, ao dizer, que não é virtual o que eu sinto por você. O mundo hoje em dia até que tá legal, Ciberneticamente tudo natural. Mas namorar assim sem poder te tocar, Aí já é querer demais não dá pra agüentar. Me deixa ver você, liga o computador. Me diz onde te encontrar que eu já vou. Me deixa ver você, dançar de novo pra mim, Vem cá, quero te conhecer.
  • 4. Deixa eu beijar você, deixa eu abraçar você, Meu amor virtual. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural, Meu amor virtual. Essa história de amor, por computador, que era de prazer, hoje é de dor. Posso sentir o perfume de sua pele, cada vez que pela cama você se mexe. Dançando e exibindo, toda sensualidade até parece que te tenho de verdade. Me manda um e-mail, vem fazer contato, me faz sentir que realmente sou amado. Deixa eu abraçar você, deixa eu beijar você. Quero sentir teu prazer, de um jeito natural, Meu amor virtual, meu amor virtual, Meu amor virtual.
  • 5. Leia os textos abaixo e destaque as semelhanças e diferenças com relação a música Amor Virtual:
  • 6. Atividade de leitura, análise e produção de texto. Texto 1 Amor na Internet: afinal, vale ou não vale a pena? Romances iniciados e vivenciados na Internet são um fato que ninguém mais pode negar. Alguns dão certo, outros não. Uns acontecem por acaso, entre pessoas que se cruzam casualmente na Via Láctea eletrônica, outros são fruto de uma busca intencional e persistente de parceiros adequados que estejam nas salas de chat, abertos para um envolvimento. O que está levando homens e mulheres de todas as idades a procurarem cada vez mais por este tipo de relacionamento? Até que ponto se pode obter satisfação emocional numa relação virtual? E o que acontece quando a emoção sai da telinha e tem que se confrontar com a realidade da vida? Quem afinal procura uma relação com alguém que nunca viu? A psicanalista Alice Bittencourt, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, viu tantos e tão interessantes casos de relacionamentos através da Internet que resolveu
  • 7. escrever um livro sobre o assunto. Sua conclusão é a de que, de fato, este tipo de relacionamento pode ser uma solução positiva para muita gente que tem dificuldades de se aproximar de seres de carne e osso. Quando a coisa dá certo — segundo ela, numa proporção de mais ou menos 50% dos casos — bloqueios graves podem ser resolvidos, e ela já viu muitos ganharem uma confiança que não tinham antes e conseguirem se estabilizar afetivamente. Quando o tiro sai pela culatra, porém, e o engano se confirma, a decepção acontece e o sofrimento nada deixa a desejar a qualquer relacionamento do mundo real que termine em desilusão. As depressões acontecem da mesma forma quando existe perda e frustração. Portanto, é preciso ter cuidado e estar atento para todos os detalhes que compõem esta atraente faca de dois gumes que é a relação via Internet. Por um lado, quem entra nessa pode ganhar o prêmio de um encontro mais direto com os sentimentos verdadeiros de um possível parceiro.
  • 8. Mas, por outro lado, se arrisca a se apaixonar por um personagem que nunca existiu. Vale a pena tentar? Segundo Alice Bittencourt, “vale, desde que se saiba dosar. A Internet é como o álcool. É uma maravilha, mas só até o ponto em que começa a tirar você da realidade. É preciso saber a hora de parar. Até porque, se a pessoa perde a noção do limite, acaba caindo numa frustração. Nada substitui o toque, o cheiro, o olhar”. Para quem está decidido a explorar as possibilidades eletrônicas de encontrar um amor virtual, vale um mergulho nas águas que atraem navegantes de todas as espécies. (Virgínia Cavalcanti,www.educacional.com.br, 6/11/06)
  • 9. Texto 2 Nada além de uma ilusão Teclada vai, teclada vem, e um encontro é marcado. Parece fácil, mas não é. A jornalista Alice Sampaio passou dois anos estudando como são os namoros via Internet. A notícia que ela trouxe não é nada animadora: “relacionando-se apenas pela rede, dificilmente você vai encontrar quem procura”. Atenção corações solitários: o amor é cego, mas quem se arrisca a buscar um namoro virtual deve ficar de olhos bem abertos. Como cupido, a Internet não é dos melhores. A constatação é da jornalista Alice Sampaio, autora de Amor na Internet — Quando o Virtual Cai na Real (Editora Record). De tanto ouvir falar em quem achou a cara-metade pela Internet e de ouvir maravilhas sobre o amor à primeira teclada, ela resolveu tirar essa história a limpo. E com seus próprios nicknames (apelidos). Foram 16 meses navegando em salas de bate-papo e sites de encontro e mais um ano e meio de entrevistas com internautas.
  • 10. Ao final da jornada, ela descobriu que a maioria dos relacionamentos termina como a famosa canção de Mário Lago começa: “Nada além de uma ilusão...” Se a Internet não faz milagres, erro maior é acreditar que um namoro pode ficar apenas no plano virtual. “É pior que amor platônico, pois, nestes, as pessoas pelo menos se apaixonavam por alguém que já tinham visto”, compara. Segundo ela, “amor virtual é virtual mesmo, é uma fantasia absoluta”. Para azar dos tímidos, o único jeito é mesmo marcar um encontro, “cair na real, ver se o parceiro é o que diz ser”, recomenda. Mesmo cara a cara, os amores virtuais parecem mais fadados ao fracasso que ao final feliz. E, dessa vez, quem sofre são os românticos. “Como o físico é descoberto por último, acontece que um ou outro, na maioria das vezes, não gosta da imagem do parceiro e a coisa pára por aí”, explica. Se de santo casamenteiro a Internet não tem nada, os chats abrigam de tudo “Tem desde gente sincera e com boas intenções até gente desonesta, mentirosa e safada”, diz Alice.
  • 11. Por isso, um coração partido ou ver o príncipe virar sapo não são os únicos riscos que os apaixonados correm. “Meu livro alerta pessoas de todas as idades de que a Internet não é inocente, pois sempre existe o risco de encontrar alguém perigoso”, adverte. O recado é sobretudo para adolescentes entre 12 e 17 anos, que respondem hoje por 20% dos acessos nas salas de bate-papo do maior provedor do país. Como acontece na vida real, eles usam a Internet para “ficar”. Com pressa e sem as devidas precauções, encontros fortuitos podem acabar em tragédia. Foi o caso da americana Christina Long, 13, assassinada pelo brasileiro Saul dos Reis, 25, com quem manteve contato através de uma sala de bate-papo. Aos mais afoitos, ela orienta: “Sala de bate-papo é boa para zoar, fazer amigos, teclar com gente que gosta das mesmas coisas, enfim, divertir-se. E ponto final”. (site: www.educacional.com. br )
  • 12. Após a leitura dos textos, reflita sobre as questões que seguem e escreva um texto ARGUMENTATIVO: • O que está levando homens e mulheres de todas as idades a procurarem cada vez mais por este tipo de relacionamento? • Até que ponto se pode obter satisfação emocional em uma relação virtual? • E o que acontece quando a emoção sai da telinha do computador e tem que confrontar a realidade da vida? • Quem afinal procura uma relação com alguém que nunca viu?