2. ESTRUTURAS E ALTERAÇÕES OBSERVADAS:
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• A equipa do Goiás tem uma estrutura muito idêntica à nossa forma de jogar com sistema tático de 1:4:3:3 com 2 meias e 1 volante, tendo mudado para a variante de 2
volantes e 1 meia após estar em inferioridade numérica. A linha defensiva é muito bem coordenada na variação de corredor de jogo com os laterais a fecharem bem o
corredor quando não tem a posse da bola, apesar de em alguns momento sofrerem de arrastamento na marcação individual dos beiradas do cruzeiro. Em processo
ofensivo, são bastante ofensivos. Potenciando a subida de apenas 1 lateral a cada ataque. A dupla de Zagueiros é forte fisicamente e com boas noções de marcação,
apesar de preferirem uma marcação muito individualizada, seguindo o jogador em questão. Defensivamente muito prático e com grande níveis de eficácia no desarme.
No setor médio, existe um equilíbrio defensivo face à estratégia ofensiva da equipa, sendo o volante e capitão o pilar da transição defensiva/ofensiva, servindo como
equilibrador deste processo. Os dois meias foram mais apoios aos beiradas do que desequilíbrio, sendo que detém de capacidade para o executarem. A linha avançada
é o setor mais criativo do Goiás, detém jogadores muito rápidos, principalmente n.º 11 e o n.º 7 que jogam pela beirada. A equipa potencia muito estes jogadores
passando toda a lógica da equipa por este jogadores. A referência avançada da equipa potencia várias situações manter a posse de bola de costas para o ataque para
servir de suporte aos beiradas e meias. Sendo que em vários momento quando teve oportunidade potenciou movimento de progressão.
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3. Organização Ofensiva:
• A equipa do Goiás organiza-se num sistema tático de 1:4:3:3 ( com 1 volante e 2 meias). Após ter sofrido o golo alterou a variante
do sistema tático para 2 volantes e 1 meia). Demonstraram uma iniciativa de jogo variável, sendo que privilegiaram sempre mais o
contra ataque/ataque rápido do que a organização (face à grande posse do cruzeiro). No entanto demonstra uma boa
compactidade do bloco ofensivo, jogando em ¾ de campo com um equilíbrio defensivo.
• Privilegiam com grande frequência o ataque pelos corredores laterais com uma boa qualidade, face à velocidade e qualidade
técnica dos beiradas. A equipa quando ataca pelos corredores laterais consegue realizar boas alterações de ritmo de jogo.
• 1ª Fase de construção – A equipa privilegia construção longa através do Zagueiros//Laterais com referência o avançado/beirada.
Em alguns momentos, alteraram a lógica com construção pelo 1º volante e laterais com construção curta. Demonstra uma boa
segurança e boa velocidade de circulação de bola neste momento. Na saída de pressão a opção mais frequente é a referência da
linha avançada, optando pela grande maioria, os beiradas. Na progressão para a 2ª fase, muita solicitação dos laterais e beiradas,
alternado conforme a pressão do adversário com jogo interior.
• 2ª fase construção – A equipa revela boa capacidade de posse de bola, apesar da frequência neste jogo não ter sido muito
relevante. No entanto, a capacidade técnica e os movimentos dos jogadores do sector médio demonstram que é possível que
possam realizar mais posse contra nós. Revelam neste momento objetividade, principalmente os beiradas quando baixam para a
construção do ataque e os meias quando solicitam o avançado ou os beiradas em diagonais ofensivas. A equipa realizou algumas
variações de corredor de jogo, no entanto não teve grande qualidade neste processo. Porque os beiradas muitas das vezes jogam
muito fechados e não potenciam a largura na variação do corredor de jogo.
• Criação – Não tiveram grande frequência neste momento, pois a estratégia face ao adversário era potenciar a transição ofensiva.
Mas revelam grande opção por jogadas individuais através dos beiradas, convergindo para o corredor central e pouca utilização da
linha de fundo e cruzamento. Em alguns momentos, houve cruzamentos mas com o desdobramento do lateral nas costas do
beirada. Revelam grande capacidade de criação de situações de finalização, privilegiam a tomada de decisão de risco à de
segurança.
• Finalização: A frequência que a equipa completou todo o processo foi muito reduzida. No entanto, pode-se prever que tenham
uma ocupação das zonas de finalização aceitável, ficando só por preencher possivelmente a zona do 1º/2º poste face ao
posicionamento do avançado. Visto que o beirada muitas vezes procura espaços mais interiores. Não revelaram grande eficácia
neste momento, mas a frequência não foi significativa.
Transição Ofensiva:
• 1º Momento – O Goiás com recuperação de posse de bola no sector Defensivo/Médio privilegia a
construção curta explorando os corredores laterais, com a solicitação dos Beiradas (Os Beiradas são
jogadores muito rápidos e com bons pormenores técnicos).
• Revelam boa capacidade e bons automatismos na criação de linhas de passe ao portador da bola (sejam de
apoio ou progressão) para a transição ofensivas em contra ataque ou ataque rápido. Demonstram boa
capacidade na segurança no 1º passe, privilegiando passes seguros e muito lateralizados. Grande
frequência na construção dos ataque pelo jogo exterior, com grande frequência pelo corredor esquerdo
(onde jogou o numero 11, jogador muito rápido e forte, mas de estatura baixa). Por fim, demonstraram boa
capacidade de variar o corredor de jogo após recuperação da posse de bola quando o adversário
pressionava de imediato, mas a grande frequência face ao comportamento do adversário foi progredir pelo
mesmo corredor da recuperação.
• 2º Momento – A equipa revelou pouca disponibilidade para saída em ataque rápido ou contra ataque e
passar para uma postura de ataque organizado. Desta forma, não criaram hipóteses de transição para a
posse, privilegiando a rápida transição com poucos jogadores a acompanhar a progressão. A equipa neste
momento ficava distribuída em dois blocos, principalmente quando a recuperação era feita no setor
defensivo. Quando a recuperação era realizada num setor intermediário, e a equipa estava mais compacta
havia um bom desdobramento dos laterais e dos meias. A criação era predominantemente individual com a
exploração da velocidade dos beiradas, em situações de 1x1 ou mesmo 1x2. Na finalização não tiveram
eficácia, mas os movimentos eram predominantes no 1º poste, face à pouca densidade ocupacional deste
momento.
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4. Organização Defensiva:
• O Goiás organiza-se em 3 linhas defensivas, potenciando a pressão em bloco médio com coordenação
entre sectores. Executam bem a concentração defensiva, com coberturas efetuadas pelo volante/meias no
corredor central. Após alteração do sistema para 2 volantes a equipa ficou mais compacta, defendo melhor
o corredor central. A marcação era mista (individual/zona), no entanto é neste ponto que podemos tirar
vantagem. O Goiás privilegia mais a individual, acompanhado o jogador sempre, realizando poucas
permutas. E em zonas mais perigosas realizam a entreajuda mas sem compensação (2 golos sofridos
devido a esse facto)
• Início da Pressão – A linha avançada pressiona numa posição média. A equipa deixa jogar com alguma
facilidade no setor da 1ª fase de construção, no entanto quando se aproximam da zona do meio campo
saem na pressão com movimentos agressivos. A atitude dos beiradas é muito agressiva na procura na
recuperação da posse mas com pouca continuidade no processo.
• Intensificação da Pressão – a linha média realiza um bom suporte ao inicio da pressão pela linha
avançada, saindo para pressão sempre o meia do lado da bola. Quando o sistema alterou para apenas 1
meia ficou um processo mais de espectativa/ passivo. Revelam grande agressividade/combatividade na
conquista da 2º bola, não desistindo da mesma com facilidade. A linha defensiva apoia com grande eficácia
este momento, eliminando espaços entrelinhas para exploração do adversário.
• Defesa da baliza – É uma equipa muito forte nos duelos individuais ( aéreos; cargas), principalmente n.º 3
(Forte fisicamente, bom tecnicamente e muito agressivo). No entanto, revelam poucas ações de contenção
preferindo sempre um desarme no momento, o que num jogador mais criativo cria mais faltas e mais
desequilíbrios. Atenção que os Zagueiros fazem poucas coberturas neste momento.
Transição Defensiva: Imagem 2º Momento
Transição Defensiva
• Revela ser o momento mais frágil do Goiás, pelo facto de colocar sempre muitos jogadores
em organização ofensiva. Apesar de deter jogadores rápidos na linha avançada e nos
Meias não são muito disciplinados neste momento.
• 1º Momento – A equipa detém ações muito opostas, os jogadores que estão junto ao centro de
jogo efetuam uma rápida mudança de atitude, principalmente nos Esquemas táticos
ofensivos(Bolas paradas). No entanto, a linha média e avançada não reage com uma atitude
dinâmica, preferindo reposicionar à posterior. A qualidade da 1ª pressão é inconstante, sendo que
quando a realizam obtiveram sucesso. É importante, que neste momento a nossa equipa seja
muito objetiva e prática, podendo explorar a fraca transição dos jogadores da linha avançada. Exploração Espaço p/ transição OO
• 2º Momento – A reposição da equipa é feita com uma intensidade baixa, preferindo atrasar o
posicionamento para a recuperação da posse de bola por parte da linha defensiva para nova
transição ofensiva rápida. A equipa tem boa qualidade na linha defensiva para assumir poucos
jogadores em processo defensivo. E neste momento, a nossa equipa terá que potenciar a posse
de bola em ataque continuo do gol. Não podemos transitar com qualidade e face ao
posicionamento adversário perder a posse de bola com a nossa equipa ainda em transição
ofensiva.
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5. Análise Individual Destaques:
- Linha Defensiva:
• N.º 3 – Zagueiro - Jogador com estatura alta, fisicamente forte, rápido e técnicamente bom . Demonstra uma
liderança forte da equipa no setor defensivo. É forte no jogo aéreo em processo defensivo e demonstrou boa
capacidade na transição defensiva. O jogador sempre que interviu nos desarme realizou-os com sucesso e
com agressividade. Nota importante, o jogador não interviu nos lances de bola parada. Ficando sempre como
jogador de equilíbrio defensivo no meio campo.
• Linha Média:
• N.º 10 – Meia – Jogador com estatura média, fisicamente forte e técnicamente muito bom. Representa o
armador da equipa, com boa qualidade de passe curto e longo. Privilegiou sempre a construção de jogo para
os seus companheiros da beirada, servindo como elo de ligação entre o processo defensivo e ofensivo.
Realizou alguns movimentos de progressão nas costas dos beiradas mas não foram representativos para a
forma da equipa jogar.
• N.º 8 – Volante – Jogador com estatura média/baixa, fisicamente forte e técnicamente bom. É o jogador pilar
da equipa, quando atou como o único volante demonstrou boa capacidade da ocupação dos espaços
interiores bem como uma boa capacidade de desarme e transição para ataque. Após a alteração do sistema
ficou mais apático, não interferindo da mesma forma no jogo. Realiza boas transições defensivas criando
boas soluções/ajudas para a linha defensiva.
• Linha Avançada:
• N.º 11 – Beirada – Jogador com estatura baixa, fisicamente muito forte e técnicamente bom. É o jogador
referência no processo ofensivo (ataque) da equipa. Nas transições ofensivas a escolha recai principalmente
neste jogador para transição. Sendo muito rápido e objetivo. Em processo defensivo não intervém muito,
criando alguns problemas ao lateral do seu lado.
• N.º 7 – Beirada – Jogador com estatura baixa, fisicamente forte e técnicamente bom. É um jogador muito à
imagem do anterior, no entanto menos participativo no ataque ( a equipa potencia-o menos que o anterior).
Defensivamente demonstra a mesma atitude que n.º 11.
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6. Rotinas de Jogo e Combinações Ofensivas:
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• Principalmente rotina da equipa mesmo na 1ª fase de • 2ª rotina, quando a construção é através do lateral tem • Movimento de criação predominante pelos beiradas, com
construção, é solicitação do beirada para progressão como referência o beirada, ou caso esteja disponível o movimento de progressão e tomada de decisão face ao
ataque. E com o apoio do n.º 10 e o lateral n.º 6 meia para progressão, Pode também optar pelo passe de adversário.
VCJ solicitando o volante.
• A equipa após alteração do sistema, privilegiou mais a
consistência defensiva com a liberdade maior do meia
criando linha de passe no espaço entrelinhas.
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7. Esquemas Tácticos Ofensivos:
Pontapé Frontal Pontapé de Canto
• Livre executadopé esquerdo (Ivo) cruzamento ao solicitação do 2º postes.directos dos
• Corredor direito pelo n.º 10, pé destro com 2º poste com movimentos Todos os • Livre executado pelo n.º 10, pé destro comdireito (Gonçalo ou Romário) cruzamento para
• Sinal com 2 braços,Corredor esquerdo pé trajetória a desviar do gol. O movimentos dos
movimentos são muito diretos, apenas tempo dejogador faz um movimento em direção ao
jogadores de frente para a baliza com o último entrada diferentes. jogadores é padronizado procurandomais um as referências mais altas.
a zona do 2º poste. Acrescentaram sempre jogador à entrada da grande área. Existe 1
rebote. movimento de ruptura do homem do 2 poste de aproximação, mas a bola entra na zona
que ele deixou livre.
Pontapé de Canto Pontapé Livre Frontal
• Sinal 2 Braços, Corredor direito – pé esquerdo (Ivo) canto curto com cruzamento para a
zona da pequena área.
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8. Esquemas Tácticos Defensivos:
Pontapé de Canto Pontapé Livre Lateral
• Canto executado sobre o lado esquerdo. A equipa organiza-se numa marcação • Livre lateral executado sobre o lado direito. A equipa organiza-se numa marcação
individual com 4 jogadores dentro da área +1 jogador na zona do 2º poste em marcação individual. 1 jogador da zona do da entrada de área e 1 na frente para contra ataque.
individual também. 1 jogador da zona do 1º poste com marcação zona e 2 jogadores na
entra da área. Deixando 2 jogadores na frente de ataque.
Pontapé Livre Lateral
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9. NOTAS ESTRATÉGICAS:
Organização Ofensiva Organização Defensiva
• Elevada segurança na construção, evitando correr riscos (muito importante • Além dos aspectos de organização, vai ser fundamental atitude de
não PPB no CC no SM). Na 1.ª fase privilegiar construção pelos DCs e Lat, superação e espírito de entreajuda os duelos individuais vão ser
exteriorizando o jogo na 2.ª fase (considerar também opção do apoio decisivos, mas devemos evitá-los, procurando sempre SUP NUM no CJ.
entrelinhas do PL). Importante que a equipa tenha posse de bola, retirando
iniciativa ao ADV. • Intensificar pressão no SMO, orientando jogo preferencialmente p/ o CLe
do ADV Evitar que os beiradas possam receber a bola à vontade,
• Fundamental largura no jogo e frequentes VCJ p/ despistar pressão do ADV.
sempre pressionados
• Na criação privilegiar movimentos de progressão com bola aproveitando a
marcação individualizada. Em alternativa, privilegiar jogo exterior p/ CRZ c/ • Muito importante compactação e coordenação do bloco. Evitar que o
envolvimento de Meias e LATs facilmente conseguiremos situações de ADV consiga IGU ou SUP NUM nos CLs.
IGU/SUP NUM após VCJ. • Estabilidade na coordenação da LD p/ impedir ruptura do ADV no espaço
• Privilegiar CRZ p/ 2.º poste e atrasados p/ zona da GP ou entrada da GA. profundo acção do GR também vai ser importante na gestão deste
espaço.
Transição Ofensiva Transição Defensiva
• O comportamento da equipa neste momento vai ser fundamental: ADV • Este momento é fundamental que seja o mais equilibrado possível,
desequilibra-se c/ maior frequência em TD; importante que equipa tenha porque o adversário irá explorar muito este momento, onde são muito
capacidade p/ jogar em Ataque apoiado se não for possível iniciar rápidos e objetivos. Desta forma, penso que seja muito importante
CA/AR. manter os dois volantes no apoio aos lateral e beiradas.
• Na saída de pressão (onde temos de ser rápidos) privilegiar • Evitar conceder muito espaço em profundidade se não existir pressão
verticalidade, c/ aproveitamento do espaço profundo, sobretudo nos na bola.
CLs utilização do apoio do PL no CC p/ posterior exteriorização ou • No 2.º momento reorganizar rapidamente p/ distância curta entre e
colocação em profundidade pode ser opção a considerar p/ jogo interior. intralinhas privilegiando reorganização no CC. Se houver
• Desdobramento exterior de Volantes, Meias e LATs importante p/ temporização da acção do ADV em posse de bola evitar
permitir VCJ na saída de pressão se não for possível verticalizar o jogo reposicionamento p/ zonas baixas, o que deverá permitir que a equipa
passando p/ AP. inicie pressão no SM zona de construção do ADV.
Esquemas Tácticos Ofensivos Esquemas Tácticos Defensivos
• Bolas tensas para a zona da pequena área e realizar o escanteio • Muita atenção p/ colocação da bola na zona do 2.º poste
combinado, pois irá ter bloqueio – E desta forma o jogador poderá movimentos muito agressivos e permuta neste sentido.
aparecer na zona do 2º poste livre. • Concentração elevada face a possibilidade de saída curta e de
• Muita atenção às transições ofensivas do adversário, porque são muito reposições rápidas da bola em jogo.
rápidos neste momento e criam grandes desequilíbrios. Em alguns
momentos deveremos para o ataque rápido.