A Dinastia de Avis governou Portugal por quase duzentos anos, iniciando com D. João I, que derrotou Castela na Batalha de Aljubarrota e conquistou Ceuta. Seus sucessores, como D. Duarte I, D. Afonso V e D. João II, continuaram a expansão marítima portuguesa. D. Manuel I levou Portugal a novas conquistas na Índia e Brasil. D. Sebastião I morreu na Batalha de Alcácer Quibir, encerrando a Dinastia de Avis.
2. • D. João I foi o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O
de Boa Memória pelo legado que deixou. Filho ilegítimo do rei D. Pedro I e 3º Mestre da
Ordem de Avis (com sede em Avis), foi aclamado rei na sequência da crise de 1383-1385
que ameaçava a independência de Portugal. Com o apoio do condestável do reino Nuno
Álvares Pereira e aliados ingleses travou a batalha de Aljubarrota contra o Reino de
Castela, que invadira o país. A vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando bastantes
anos mais tarde por o reconhecer oficialmente como rei. Em 1415 conquistou de Ceuta,
iniciando assim expansão portuguesa.
3. D. Duarte I de Portugal foi o décimo primeiro Rei de Portugal, cognominado o
Eloquente ou o Rei - Filósofo pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que
escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi
preparado para reinar. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco
anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África.
4. D. Afonso V foi o décimo segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas
conquistas no Norte de África. Tinha apenas seis anos quando seu pai faleceu. No seu
testamento nomeava D. Duarte tutor do pequeno rei, e regente do reino a sua viúva.
Seguiram-se tumultos e incidentes, que terminaram por as Cortes tirarem a regência
a D. Leonor, confiando-a a seu cunhado, o infante D. Pedro, duque de Coimbra. D.
Afonso chegou à sua maioridade em 1446, assumindo o governo do reino.
5. D. João II foi o décimo terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe Perfeito pela
forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu
pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila. Enquanto D.
Afonso V enfrentava os castelhanos, o príncipe assumiu a direcção da expansão
marítima portuguesa iniciada pelo seu tio-avô Infante D. Henrique.
6. D. Manuel I foi o 14.º Rei de Portugal, cognominado O Venturoso, O Bem-Aventurado
ou O Afortunado, tanto pelos eventos felizes que o levaram ao trono, como pelos que
ocorreram no seu reinado. D. Manuel I ascendeu inesperadamente ao trono em 1495,
em circunstâncias excecionais, sucedendo ao seu primo direito João II, de quem se
tornara protegido. Prosseguiu as explorações portuguesas iniciadas pelos seus
antecessores, o que levou à descoberta do caminho marítimo para a Índia, do Brasil e
das ambicionadas "ilhas das especiarias", as Molucas, determinantes para a expansão
do império português. Foi o primeiro rei a assumir o título de Senhor do Comércio, da
Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia.
7. D. João III de Portugal foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou
O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei Manuel I, sucedeu-o em 1521, aos 19
anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e
oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil.
8. D. Sebastião I foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o
herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O
Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o
trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e
pelo Cardeal Henrique de Évora.
9. D. Sebastião partiu para Marrocos em 1578, e terá morrido na Batalha de Alcácer
Quibir no dia 4 de Agosto desse mesmo ano. Sucedeu-lhe o Cardeal D. Henrique
que reinaria durante mais dois anos.