Investimentos na indústria 2011

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA
Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 3 Número 01 dezembro de 2011 www.cni.org.br

Investimentos realizados em 2011
Indústria investe cada vez mais com o objetivo
de aumentar sua competitividade
A necessidade de ganhar competitividade Execução dos planos de
orientou parte do investimento da indústria
em 2011. A melhoria do processo produtivo
investimento em 2011
foi o principal objetivo do investimento Participação (%) no total de respostas
para 28,0% das empresas. Além disso, o
investimento em inovação, para a introdução 0,6 1,3
57,8
de novos produtos e novos processos
produtivos, ganharam importância.
40,3
Nove em cada dez empresas brasileiras
investiram em 2011. Dessas, a maioria (57,8%)
teve êxito em seus planos de investimento.
Contudo, velhos problemas ainda prejudicam
o investidor. A incerteza econômica foi o Realizados como planejados Adiados para 2012
principal fator para a frustração dos planos de Realizados parcialmente Adiados para depois de 2012
investimento das empresas restantes. Outros ou cancelados
fatores, como o custo de obtenção do crédito,
a burocracia e a dificuldade de obtenção de
mão de obra também foram relevantes.

Investimentos previstos para 2012
Participação de produtos importados
no investimento deve aumentar
Mais de 86% das empresas pretendem Participação de importados no total de
comprar máquinas e equipamentos em
2012, sendo que, dessas, 45,9% deverão
compras de máquinas e equipamentos
comprar mais que em 2011. Contudo, Participação (%) no total de respostas
73,3% dessas empresas pretendem incluir
1,1 4,2
produtos importados nas suas compras de 34,0 16,7
máquinas e equipamentos. A expectativa é
que a participação de importados no total
de compras de máquinas e equipamentos
aumente em 2012.
43,9
Para 2012, a expectativa de orientação dos
investimentos para a inovação é ainda maior
Aumentar muito Reduzir-se
que em 2011. Para 18,3% das empresas o
Aumentar Reduzir-se muito
principal objetivo do investimento em 2011 foi
a introdução de novos produtos ou processos Manter-se inalteradas
produtivos; o percentual alcança 32,5% do
investimento previsto para 2012.

InvestImentos na IndústrIa
Ano 3, n.1, dezembro de 2011

Nove em cada dez empresas
Empresas que investiram em 2011 e brasileiras investiram em 2011
pretendem investir em 2012 Entre as empresas consultadas, 88,7%
Participação (%) no total de respostas, por porte investiram em 2011, percentual muito
próximo ao observado em 2010
(89,6%). Dessas empresas, 33,0%
94,6
afirmam que os investimentos se
92,0 destinaram a novos projetos, enquanto
88,7 88,1 que para as 67,0% restantes, os
86,6 investimentos são continuações de
83,7 projetos anteriores.
82,0
79,2
O percentual de empresas que pretende
investir em 2012 é semelhante:
86,6%. A maioria dessas intenções
Total Pequena Média Grande de investimento é também uma
Investiram em 2011 Pretendem investir em 2012 continuação de projetos anteriores
(60,1%), enquanto que para 39,9%,
eles representam novos projetos. Das
empresas que investiram em 2011,
91,2% pretendem fazê-lo também
em 2012, assim como metade das
empresas que não investiram.

Investimentos em 2011

Maioria das empresas teve êxito em
seus planos de investimento
Dentre as empresas industriais que
investiram em 2011, 57,8% desenvol-
Percentual dos investimentos veram seus projetos de investimento
realizados como planejados conforme planejado. Em 40,3% dos
Participação (%) no total de respostas
casos, os investimentos foram realiza-
dos parcialmente e para apenas 1,9% o
investimento foi adiado ou cancelado.
61,4
57,8 O percentual de empresas que execu-
52,9
taram seus planos de investimento tal
42,1
46,0 46,3
como planejado é inferior ao observa-
do em 2010 (naquele ano, 61,4% das
empresas que investiram completaram
seus projetos). Contudo, esse percen-
tual é o segundo maior desde 2006,
segundo os resultados de pesquisas
Investimentos na Indústria anteriores,
2006 2007 2008 2009 2010 2011 bem como os apurados em Sondagens
Especiais sobre investimento realizadas
entre 2005 e 2008.
Fonte das informações de 2006 a 2008: Sondagens Especiais de Investimento CNI,
considerando médias e grandes empresas.
Entre os diferentes portes de empresa
considerados, as grandes obtiveram o

2


maior êxito quanto à realização de seus
investimentos como planejado: 63,5%, Razões para a não realização dos
ante 53,2% entre as médias e 55,2% investimentos como planejado
entre as pequenas.
Percentual (%) de empresas

Incerteza econômica ganha
importância entre principais 58,9
Incerteza econômica 36,2
dificuldades para investir 75,3
A incerteza econômica voltou a ser a
principal razão para a frustração dos Reavaliação da demanda/
42,6
planos de investimento das empresas ociosidade elevada 39,9
48,7
industriais brasileiras em 2011. O
item foi assinalado por 58,9% dos
empresários. O percentual supera 28,9
Custo do crédito / financiamento 26,1
o registrado em 2010 (quando essa
28,0
era a segunda principal razão, com
36,2% das assinalações), mas é inferior
20,3
ao observado em 2009, quando o
Dificuldades com burocracia 31,9
percentual alcançou 75,3%. Isso se 16,0
explica pela crise de 2008-2009, que
surpreendeu boa parte da indústria. A
19,8
incerteza econômica é a principal razão Dificuldade de obtenção
15,2
de mão de obra
para a não realização dos investimentos 9,3
para todos os portes de empresa
considerados. 18,3
Dificuldade de obtenção de crédito/
financiamento 22,5
A reavaliação da demanda / 33,3
ociosidade elevada foi apontada por
42,6% das empresas. É o segundo item 15,2
Aumento inesperado no custo
mais assinalado pela indústria como previsto do investimento 14,5
um todo. 11,3

A terceira principal razão para a não 12,7
realização dos investimentos como Outros 16,7
planejado em 2011 foi o custo do 9,3
crédito / financiamento. O percentual
de assinalações alcançou 28,9%. O 12,2
problema é especialmente grave para Deficiência da infraestrutura 10,1
as pequenas empresas. Para essas 8,0
empresas, a assinalação alcançou 41,0%
dos respondentes. Dificuldade de obtenção de
7,1
matéria-prima 6,5
Em seguida tem-se a dificuldade com 4,7
a burocracia, assinalada por 20,3%
das empresas. Embora relevante, a 6,6
Dificuldades tecnológicas
assinalação é inferior a registrada em 12,3
6,0
2010, quando alcançou 31,9% das 2011
respostas. 2010
4,1
Restrições relacionadas ao 2009
A dificuldade de obtenção de mão meio ambiente 15,9
5,3
de obra foi assinalada por 19,8% das
empresas. O problema vem ganhando
A soma dos percentuais supera 100% devido a possibilidade
importância desde 2009 (quando era de múltiplas respostas.

apenas o sétimo principal problema,

3


assinalado por 9,3% das empresas).
Razões para a não realização dos Entre as pequenas, a assinalação alcança
investimentos como planejado 28,2%.

Percentual (%) de empresas, por porte
Empresários dependem de seus
próprios recursos para investir
66,7
Incerteza econômica 56,3 Os recursos próprios são, por uma boa
57,7 margem, a principal fonte de capital
dos investimentos industriais, como
41,0 já detectado em pesquisas anteriores.
Reavaliação da demanda/
ociosidade elevada 41,4 Em 2011 não foi diferente: 58,2% do
45,1 valor do investimento foi financiado
com recursos próprios das empresas –
Custo do crédito/
41,0 realidade que pouco se altera entre os
financiamento 31,0 diferentes portes considerados.
19,7
A segunda principal fonte de
Dificuldade de obtenção
28,2 financiamento utilizada pelas empresas
de mão de obra 14,9 – independentemente do porte – foram
21,1 os bancos oficiais de desenvolvimento,
como o BNDES. Sua importância
23,1 foi bem menor: 21,8% dos recursos
financiamento 14,9 utilizados.
19,7
Em terceiro lugar estão os bancos co-
Aumento inesperado no custo 17,9 merciais. Os bancos comerciais priva-
previsto do investimento 13,8 dos foram fonte de 9,8% dos recursos
15,5
da indústria e são a terceira principal
fonte para médias e grandes empre-
7,7 sas (para as quais o percentual alcança
Dificuldades com burocracia 20,7
10,6%). Os bancos comerciais públicos
26,8
(como a Caixa Econômica Federal e o
Banco do Brasil) foram responsáveis por
7,7
Deficiência da infraestrutura
7,8% dos recursos dos investimentos da
16,1
9,9 indústria e são a terceira principal fonte
para as pequenas empresas.
7,7
Dificuldade de obtenção Nenhuma empresa afirmou ter utilizado
de matéria-prima 4,6
9,9 emissão de ações ou entrada de novos
sócios.
5,1
Outros Os empresários utilizaram mais recur-
16,1
12,7 sos próprios em 2011 do que previam
em 2010. Na pesquisa Investimentos na
2,6
Indústria de 2010, as empresas afirma-
Dificuldades tecnológicas 5,7 ram que pretendiam financiar, em média,
9,9 Pequena 55,6% do valor investido com recursos
Média próprios. O uso de bancos comerciais
0,0 foi próximo ao previsto e o restante,
Grande
Restrições relacionadas ao
8,0 inferior. Esse contexto de alta dependên-
meio ambiente
1,4 cia do investimento à disponibilidade de
recursos próprios dificulta o crescimento
de múltiplas respostas.
e a inovação na indústria.

4


Indústria investiu em 2011 para
aumentar competitividade
Fontes de recursos dos investimentos
de 2011 planejadas e efetivas
Um terço dos investimentos realizados
em 2011 teve como principal objetivo Percentual médio (%)
a melhoria do processo produtivo.
Planejadas* Efetivas
Em seguida, tem-se o aumento da
capacidade da linha atual, com 28,0% Recursos próprios 55,6 58,2
Bancos oficiais de desenvolvimento (BNDES,
de assinalações. 23,2 21,8
Banco do Nordeste, etc).
Bancos comerciais privados 9,1 9,8
Trata-se de uma inversão da importância
Bancos comerciais públicos (Banco do Brasil,
dos objetivos dos investimentos de 7,8 7,8
Caixa Econômica Federal, etc).
2010. Naquele ano, 33,4% investiram
Financiamento externo 3,2 1,7
com o objetivo de suprir a demanda
Construção de parcerias / joint ventures 0,4 0,3
crescente, enquanto 28,2% investiram
Emissão de ações e entrada de novos sócios 0,2 0,0
com o objetivo de melhorar o processo Outros 0,6 0,5
produtivo.
* Fontes de recursos dos investimentos em 2011 previstas em 2010.

A introdução de novos produtos e de
novos processos produtivos ganhou
maior importância em 2011 (passou,
conjuntamente, de 15,4% para 18,3% do
total de assinalações).

Investimentos em 2012

Capacidade produtiva atual é
adequada para atender a demanda
prevista para 2012
Dentre as empresas pesquisadas,
17,7% acreditam que irão operar com
capacidade ociosa, pois sua capacidade
Adequação da capacidade instalada
é superior à adequada para atender à
demanda prevista. para atender a demanda prevista para
2012
Quase dois terços da indústria (65,9%)
acreditam que sua capacidade
produtiva é adequada para atender
a demanda prevista para 2012. Já
4,4 0,7 15,7
16,4% das empresas afirmam que a 13,3
capacidade produtiva atual é inferior 65,9
à adequada para atender a demanda
prevista para 2012. Dessas empresas,
97,6% pretendem investir em 2012.

Para fazer comparações entre os di-
ferentes anos e portes de empresas, Muito pouco adequada Mais do que adequada

calculou-se, a partir dos percentuais de Pouco adequada Muito mais do que adequada

resposta, índice de difusão para medir Adequada

a adequação da capacidade instalada à

5


demanda prevista do ano que se inicia.
Adequação da capacidade instalada Valores acima de 50 indicam que a
para atender a demanda prevista para capacidade é mais que adequada, en-
o ano que se inicia quanto valores abaixo de 50 mostram
Índice de difusão* que a capacidade é inferior à adequada.

O índice para a indústria em 2012 situa-
55,8 se em 51,2 pontos, o que sugere que
Mais que a capacidade instalada ao fim de 2011
adequada
está adequada para atender a demanda
50 51,1 51,1 51,2
50,7
50,0 prevista para 2012. Os índices para
Menos que
adequada 48,1 as pequenas (49,6 pontos) e médias
47,3
46,6 empresas (50,7 pontos) estão muito
próximos à linha divisória de 50 pontos,
sugerindo adequação da capacidade
instalada. Já o índice das grandes
2003 2004 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
empresas é de 52,7 pontos, indicando
Ano que se inicia capacidade superior à adequada.
* Índice varia de 0 a 100. Índices acima de 50 pontos indicam que capacidade instalada no ano é
mais do que adequada para atender a demanda do ano seguinte.
Fonte das informações de 2003 a 2009: Sondagens Especiais de Investimento CNI, considerando
médias e grandes empresas. Compras de máquinas e
equipamentos devem aumentar
em 2012
As compras de máquinas e
equipamentos deverão aumentar
em 2012, na comparação com o
ano corrente. Do total de empresas
consultadas, 86,6% pretendem
comprar máquinas e equipamentos em
2012. Para 45,9% dessas empresas,
as compras serão maiores que em
Expectativa de compra de máquinas e 2011. Para 19,6%, as compras serão
equipamentos menores.
A partir dos percentuais de resposta,
calculou-se índice de difusão de
expectativa de compras de máquinas
43,9
2,0 5,5
14,1 e equipamentos para o próximo ano.
O índice varia entre 0 e 100 pontos.
Valores acima de 50 pontos indicam
34,5 perspectivas de aumento das compras
no ano seguinte, na comparação com
o ano corrente. Valores abaixo de 50
pontos sugerem queda.
Aumentar muito Reduzir-se
Aumentar Reduzir-se muito O índice de difusão para esse quesito
Manter-se inalteradas alcançou 55,7 pontos em 2012, bem
acima dos 50 pontos, mas inferior
ao registrado em 2010 e 2011, que

6


superaram 60 pontos. Os índices de
pequenas e médias empresas são 57,2 e
Expectativa de compras de máquinas
57,0 pontos, respectivamente, enquanto e equipamentos
o índice das grandes situa-se em 53,8 Índice de difusão*
pontos, sugerindo crescimento menos
expressivo.

As empresas com capacidade Aumento 58,9
61,2 60,3
56,3
insuficiente para atender a demanda 50
55,7
51,4 51,9
esperada para o próximo ano são Redução
50,2

as mais propensas a aumentar
as compras de máquinas e
35,9
equipamentos. Entre essas empresas,
72,2% pretendem aumentar suas
compras. Para as empresas nas quais
a capacidade instalada é mais do que 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

adequada para atender a demanda * Índice varia de 0 a 100. Índices acima de 50 pontos indicam que compras de máquinas e
equipamentos serão maiores na comparação com o ano anterior.
esperada, esse percentual se reduz Fonte das informações de 2004 a 2009: Sondagens Especiais de Investimento CNI, considerando
médias e grandes empresas.
para 28,6%.

Participação de importados no
total das compras de máquinas e
equipamentos deve aumentar
Grande parte das máquinas e
equipamentos que a indústria pretende
adquirir em 2012 será importada.
Das empresas consultadas, 62,7%
pretendem comprar máquinas e
equipamentos fabricados no exterior.
Considerando somente as empresas
que afirmaram que pretendem comprar
máquinas e equipamentos em 2012, o
percentual alcança 73,3%.

A participação dos importados no
total das compras deve aumentar. Compras de máquinas e adequação de
Dos empresários que pretendem capacidade
comprar máquinas e equipamentos Participação (%) de respostas por adequação da
importados, 35,1% acreditam que capacidade
aumentarão a participação dos
importados no total das compras de Adequação da Compras de equipamentos em 2012
máquinas e equipamentos. Para 21%, capacidade Reduzir ou não
Igual Aumentar
a participação de importados deverá instalada vai comprar
se reduzir. Menos que adequada 18,5 9,3 72,2
Adequada 32,5 14,8 52,7
Com os percentuais, calculou-se
índice de expectativa da evolução Mais que adequada 57,1 14,3 28,6
da participação de importados no

7


total de compras de máquinas e
Expectativa de evolução da equipamentos. Valores acima de
participação de importados no total de 50 pontos indicam perspectivas de
compras de máquinas e equipamentos crescimento da participação dos
importados. Valores abaixo de 50
Índice de difusão*
pontos sugerem queda.

56,3 O índice para o total da indústria
55,9
situa-se em 52,8 pontos. Os índices
Aumento
52,8 para pequenas e médias empresas
50
encontram-se em torno dos 56
Redução 48,9 pontos, sugerindo grande aumento da
participação de importados no total das
compras de máquinas e equipamentos
da empresa. O índice das grandes
empresas, por sua vez, encontra-se em
Total Pequena Média Grande 48,9 pontos e sugere uma queda dessa
* Índice varia de 0 a 100. Índices acima de 50 pontos indicam que participação de importados nas participação.
compras de máquinas e equipamentos irão aumentar na comparação com o ano anterior.

Empresários esperam reduzir o uso
de recursos próprios
Novamente, as empresas acreditam
que a principal fonte de recursos dos
investimentos planejados para 2012
continuará a ser o capital próprio.
Todavia, as empresas pretendem
reduzir o uso de recursos próprios
e aumentar a parcela oriunda dos
bancos oficiais de desenvolvimento,
assim como haviam tentado em anos
anteriores. Caso as expectativas dos
empresários se confirmem, a parcela
dos recursos próprios se reduziria
de 58,2% para 52,9%, enquanto a
Intenção de fontes de recursos dos participação dos bancos oficiais de
investimentos planejados desenvolvimento passaria de 21,8%
Percentual médio (%) para 29,3% dos recursos totais. O uso
de bancos comerciais (públicos ou
2012
privados) iria se reduzir de 17,6% para
Recursos próprios 52,9
Bancos oficiais de desenvolvimento (BNDES, Banco do 15,3%. A parcela de outras fontes –
29,3
Nordeste, etc) somadas – não alcançaria 3%.
Bancos comerciais privados 8,3
Bancos comerciais públicos (Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal, etc)
7,0 Indústria pretende intensificar o
Financiamento externo 1,3 investimento em inovação
Construção de parcerias / joint ventures 0,6
Para 2012 o principal objetivo dos
Emissão de ações e entrada de novos sócios 0,0
investimentos é o aumento da
Outros 0,5
capacidade instalada, seguido pela

8


melhoria do processo produtivo. Os
percentuais são próximos: 28,1% e
Objetivo do investimento em 2011
27,4%, respectivamente. e 2012
Há uma expectativa de reorientação
das estratégias de investimento em 28,0
favor de inovações de processos e/ Aumento da capacidade
da linha atual 28,1
ou produtos. Em 2011, apenas 12%
das empresas apontaram a introdução
de novos produtos como principal Melhoria do processo
33,4

objetivo de seus investimentos. Para produtivo atual 27,4
2012, o percentual sobe para 20,9%.
No caso da introdução de novos 12,0
Introdução de novos
processos produtivos, o percentual produtos 20,9
passa de 6,3% para 11,6%. Destaca-
se que, entre as pequenas empresas,
6,3
esse percentual alcança 13,6% (ante Introdução de novos
processos produtivos
12,7% entre as médias e apenas 9,6% 11,6

entre as grandes).
19,5
Manutenção da
Investimento orientado para o capacidade produtiva 10,6
mercado doméstico
2011
0,7
Apenas 3,7% das empresas afirmam
Outros objetivos 2012*
que os investimentos previstos para 1,5
2012 têm como objetivo atender
* Planejado
principalmente ou exclusivamente
o mercado externo. Por outro lado,
74,6% das empresas afirmam que os
investimentos planejados têm como
objetivo atender principalmente ou
exclusivamente o mercado doméstico
(sendo que 29,7% exclusivamente). Mercado alvo do investimento
Índice de difusão*
Apesar de prioritariamente orientado
para o mercado doméstico, as 50
Externo

intenções de investimento da indústria Interno
para 2012 são um pouco menos
direcionadas que em 2011, conforme
identificado pelos índices de difusão
de mercado alvo dos investimentos. 35,0 35,2
O índice varia de 0 a 100 pontos, 31,6 32,5
29,2
quanto mais próximo de zero, mais 28,4
25,5
direcionado para o mercado interno é o 22,5
25,0

investimento. 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Esse indicador vinha apresentando * Índice varia de 0 a 100. Índices acima de 50 pontos indicam que investimentos tem como objetivo
atender principalmente o mercado externo.
uma tendência de aumento no Fonte das informações de 2004 a 2009: Sondagens Especiais de Investimento CNI, considerando
médias e grandes empresas.
direcionamento para o mercado

9


doméstico, o que foi interrompido em
Riscos ao investimento 2012. O indicador relativo a 2012 é de
Participação (%) no total de respostas 25,0 pontos, superior ao registrado em
2011 (22,5 pontos), mas muito inferior
ao registrado em 2005 (35,2 pontos).
75,7
Incerteza econômica 59,1
69,8 Percepção de incerteza econômica
em 2012 é superior aos de anos
Reavaliação da demanda/
51,6 anteriores
ociosidade elevada 48,2
49,1 A incerteza econômica é, na percepção
dos empresários industriais, o principal
34,1
Aumento inesperado no custo
32,2
risco ao investimento em 2012. O fator
previsto do investimento
29,3 foi assinalado por 75,7% das empresas.
O percentual é superior ao registrado
33,1 em 2009, sobre os investimentos
Custo do crédito / financiamento 36,9 previstos para o ano seguinte (69,8%
41,8
das respostas), e em 2010, com relação
25,3 aos investimentos previstos para
financiamento 25,6 2011 (59,1%). A indústria aponta a
35,3 reavaliação da demanda / ociosidade
elevada como segundo principal risco
22,4
Dificuldade de obtenção de
20,9
(51,6% do total).
mão de obra
10,3
Em seguida, os principais riscos ao
20,2
investimento para 2012 são aumento
Dificuldades com burocracia 27,2 inesperado no custo de investimento
20,3 (34,1%) e custo de crédito /
financiamento (33,1%).
12,7
Deficiência da infraestrutura 13,0 Destaca-se que dificuldades com
13,8
a burocracia perdeu importância
7,5
(recuando de 27,2% de assinalações,
Restrições relacionadas ao
meio ambiente 10,0 em quinto lugar, para 20,2%, em
11,6 sétimo lugar). A dificuldade de
obtenção de mão de obra permanece
6,3
Dificuldade de obtenção de ganhando importância (após passar
matéria-prima 11,3
9,1 de 10,3% de assinalações em 2009
para 20,9% em 2010, alcançou 22,4%
5,8 das respostas em 2011). O problema
Dificuldades tecnológicas 10,0 Em 2012 é especialmente preocupante para
3,4 Em 2011 as pequenas empresas, para as
Em 2010
5,1
quais o percentual alcança 38,6%
Outros 5,6 e é o terceiro principal risco ao
6,0 investimento.
de múltiplas respostas.

10


FICHA TÉCNICA
Abrangência da pesquisa: Nacional.
População objetivo: Empresas da indústria de transformação com 35 ou mais empregados.
Método de amostragem: Amostragem probabilística, com peso maior para as grandes empresas.
Período de Coleta: 14 de outubro a 14 de novembro de 2011.
Perfil da amostra efetiva: 592 empresas.

Porte
Número de empresas
(número de empregados)
35 a 99 128
100 a 250 127
251 a 499 109
500 a 1.000 120
Acima de 1.000 108

Margem de erro: 2,7% com 95% de confiança.

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA | Publicação da Confederação Nacional da Indústria - CNI | Unidade de Política Econômica - PEC | Gerente-executivo:
Flávio Castelo Branco | Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento - PAD | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Equipe técnica: Marcelo
Azevedo, Edson Velloso, Thiago Silva, Tomas Moura da Veiga e Taryane Perne | Informações técnicas: (61) 3317-9468 Fax: (61) 3317-9456 | Supervisão
Gráfica: DIRCOM | Normalização Bibliográfica: ASCORP/GEDIN | Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente Fone: (61) 3317-9989 sac@cni.org.br
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