SlideShare a Scribd company logo
1 of 41
Download to read offline
TDAH DISLEXIA
AUTISMO E
O FENÔMENO BULLYING
"São alterações resultantes de limitações
sensoriais discretas ou de anomalias na
organização dinâmica dos circuitos
cerebrais responsáveis pela coordenação
vísuo-audio-motora. Os indivíduosvísuo-audio-motora. Os indivíduos
acometidos são portadores de diferenças
de aprendizagem específicas, não
tratando-se portanto de uma patologia e
sim de um modo diferente de pensar, não
uma incapacidade".
(Prof. Ian Smythe, especialista
internacional sobre dislexia)
O "nome" dislexia pode, muitas vezes,
rotular a criança, estigmatizando-a como
um problema a ser resolvido e, como
conseqüência, passa a enfrentar muitas
dificuldades, decorrentes desta
discriminação. Porém, todo e qualquer
rótulo é fruto da ignorância sobre o tema,rótulo é fruto da ignorância sobre o tema,
da falta de informação e interesse em
compreender o distúrbio e suas diversas
formas de abordá-lo.
Atualmente é unânime a constatação de que trata-se
de um distúrbio de origem neurológica, congênito e
hereditário, sendo comum apresentar-se em
parentes próximos. Quanto à predominância sexual,
há controvérsias, mas encontra-se mais publicações
referindo que há maior incidência no sexo masculinoreferindo que há maior incidência no sexo masculino
(7 meninos para 3 meninas).
As possíveis alterações emocionais ou
comportamentais apresentadas por crianças
disléxicas não são fatores etiológicos do problema e
sim conseqüências do mesmo, que não corretamente
diagnosticado e tratado, leva comumente às perdas
escolares e sociais, passíveis de causarem graves
conseqüências emocionais.
As condições sócio-financeiras da
família, bem como sua estabilidade
emocional não são fatores
etiológicos da dislexia, podendo, no
entanto, agravar o distúrbio, uma
vez que alteram a estabilidade evez que alteram a estabilidade e
promovem desarmonia no seio
familiar.
No quadro clínico encontram-se
eletroencefalograma normal; exame neurológico
normal; tomografia computadorizada encefálica
normal; possíveis atrasos ou alterações de fala;
dificuldades de aprendizagem; acuidade visual
normal; acuidade auditiva normal; alterações no
Processamento Auditivo Central ;InteligênciaProcessamento Auditivo Central ;Inteligência
normal ou acima da média.
Fica claro que uma equipe multidisciplinar faz-se
necessária para o diagnóstico da dislexia, que, é
de exclusão, uma vez que a maioria dos exames
clínicos convencionais apresentam resultados
dentro da normalidade. Esta equipe dará a
devida orientação e/ou continuidade ao
tratamento a ser realizado.
A dislexia é comumente descrita enfocando-se os
fatores fracos dos disléxicos, sua falhas ou
seqüelas, que são inúmeros quando comparados
às performances dos indivíduos ditos "normais". A
insistência em enfocar-se o lado "doente" dos
disléxicos faz-nos seres limitados, comparadosdisléxicos faz-nos seres limitados, comparados
ao seu brilhantismo, quando reabilitados.
Talvez pelo fato dos disléxicos lidarem com os dois
hemisférios cerebrais, direito e esquerdo,
simultaneamente, muitas vezes sem predomínio
de dominância cerebral, têm potencialmente,
desenvolvidas mais habilidades que os ditos
“normais”.
Quando reabilitados, conscientes de seu
potencial e ao mesmo tempo de suas
dificuldades, controlam a dispersão,
desenvolvem a atenção e a disciplina, que
são fatores fundamentais para o seu sucesso
e alcançam êxito nas habilidades de
linguagem.linguagem.
O enfoque, positivista do caso, tem sua
importância para pais, professores e para os
disléxicos em geral, pois lhes abre caminho
para o sucesso, em lugar de fechar-lhes as
portas.
ótimo nível intelectual, criatividade acima
do esperado, bom humor, fácil
socialização, sendo o "amigo de todos",
facilidade em quebrar paradigmas,
genialidade, inventividade, aptidõesgenialidade, inventividade, aptidões
intuitivas e artísticas, habilidade em lidar
com múltiplas situações ao mesmo
tempo, facilidade em desenvolver a
inteligência emocional, e em alguns
casos, maior facilidade com o cálculo
matemático.
Por tratar-se de uma patologia com
características sindrômicas, muitos
sintomas podem estar presentes nos
indivíduos disléxicos. Fica então claro que
a observância de apenas uma ou duasa observância de apenas uma ou duas
características não é evidência da
presença da patologia, que ressaltando
mais uma vez, deve ser avaliada por
especialista e equipe multidisciplinar.
Dislexia Predominantemente Visual:
inversões(letras, sílabas, palavras, frases).
Ex.: pra/par, sol/los, pedra/preda,
quebra/breca;
omissões (letras, sílabas, palavras, linhas).omissões (letras, sílabas, palavras, linhas).
Ex.: óculos/óclos, relógio/relógo,
entrada/etrada;
aglutinações de palavras na frase. Ex.:
/omeninopu loua cerca/,
não corta o /t/;
não pinga o /i/;
trocas espaciais (b/d, p/q, 2/5, 12/21, par/pra,
as/sa);
espelhamento resistente de números e letras;
não soletra, não analisa nem sintetiza a palavra,
decompondo-a em letras;
dificuldade na coordenação e ritmo;
confusões na leitura. Ex.: esguia/estria,
mamadeira/madeira, aflição/afiliação;
neografismos (cria letras que são a somatória deneografismos (cria letras que são a somatória de
duas ou mais, como /d/ cortado;
neologismos (na fala, inventa palavras. Ex.:
enfestado=arrumado para uma festa);
disgrafias (letra ilegível e irregular);
dificuldades na leitura de palavras
(decodificação, lê errado embora entenda o que
leu);
confusão de direita com esquerda;
falta de predomínio da dominância cerebral
(ambidestrismo?);
desajeitado, derruba tudo, às vezes
hiperativo;
dificuldade para dar laçadas;
dificuldades em memorizar nomes,
telefones;telefones;
dificuldades com memória imediata, repetir
em seguida, frases ouvidas;
dificuldades com fisionomias;
dificuldades ao vestir-se (avesso e direito);
dificuldades na compreensão leitura
(textos);
dificuldades na produção de textos com
seqüência lógica temporal e coerência;
confusão com antônimos (abrir/fechar,
/dentro/fora);
não memoriza matérias decorativas e
tabuadas;
confunde-se ao preencher formulários,
gabaritos e tabelas com linhas e colunas;gabaritos e tabelas com linhas e colunas;
confunde-se na seqüência das perguntas ao
responder questionários, gabaritos;
não gosta de ler, estudar e escrever;
dificuldade com línguas estrangeiras;
apresenta desatenção, dispersão;
apresenta resistência em atender ordens e
limites;
apresenta resistência ao conservadorismo,
método e rotina;
demonstra pouco asseio pessoal e higiene;
apresenta baixa auto-estima afetiva e
intelectual (acha-se "burro");
troca letras surdas/sonoras (p/b, t/d, k/g,
f/v, x/j, s/z);
troca arquifonemas (ar, an, as, al)
troca vogais (/a/ por /o/, /e/ por /i/, /o/
por /u/);por /u/);
troca nasais (n/m, ão/am, em/eim, ã/am);
troca grupos consonantais (pra/pla);
omissões (letras, sílabas, palavras, linhas);
comete muitos erros no ditado;
dificuldades com sinônimos;
fica no "mundo da lua";
apresenta lentidão ou imprecisão em dar
respostas;
dificuldades com a seqüência dos fatos ao
contar casos;
dificuldades com a leitura (decodificação, lê
errado embora entenda o que leu);
dificuldades na compreensão da leitura dedificuldades na compreensão da leitura de
textos;
dificuldades na produção de textos com
seqüência lógica temporal e coerência;
dificuldade em resumir idéias, textos;
confusão com antônimos (abrir/fechar,
dentro/fora);
falta de predomínio da dominância cerebral
(ambidestrismo?);
confusão de direita com esquerda;
não soletra (não analisa, não sintetiza,
decompondo-a em letras);
não memoriza matérias decorativas;
não memoriza tabuada;
dificuldade com línguas estrangeiras;
demora muito para responder ou respondedemora muito para responder ou responde
equivocadamente;
não gosta de ler, estudar e escrever;
apresenta baixa auto-estima afetiva e
intelectual;
é inseguro;
apresenta desatenção, dispersão;
Apresentam uma somatória ou a presença de
vários itens descritos anteriormente, sendo
mais trabalhosa sua reeducação.
Colocá-lo de frente e no centro da lousa,
preferencialmente na 1ª carteira.
Tê-lo sempre perto da professora, que
supervisiona seus trabalhos, principalmente na
organização e seqüência das atividades.organização e seqüência das atividades.
Escrever claro e espaçado na lousa, delimitando
as partes da lousa (duas ou três partes no
máximo) com uma linha divisória vertical bem
forte.
Escrever cada parte da lousa com uma cor de
giz. Ex.: à esquerda com branco, centro com
amarelo e à direita com azul claro.
Explicar que estas divisórias são feitas somente
na lousa, para facilitar a leitura e não devem ser
reproduzidas no caderno das crianças.
Exigir disciplina e concentração no conteúdo
abordado, permitindo interrupções e opiniões
espontâneas, desde que pertinentes ao assunto.
Dizer ao aluno caso sua colocação esteja fora de
contexto.contexto.
Valorizar sempre o conteúdo trabalhado e
“tolerar” as dificuldades gramaticais, como letra
maiúscula, parágrafo, pontuação, acentuação,
caligrafia irregular, etc. Diminuir a tolerância à
medida que os anos escolares se sucedem.
O disléxico geralmente tem dificuldade com a
orientação e organização espaciais. Pode, sem
perceber, pular folhas do caderno, pular linhas
indevidamente, escrever na apostila trocada, fazer
anotações em locais inadequados. Mostrar sempre
o certo, não punir o erro e não criticá-lo pela falta
de atenção. Diminuir a tolerância à medida que os
anos escolares se sucedem.anos escolares se sucedem.
O disléxico geralmente tem dificuldade em ficar
sentado na carteira por muito tempo seguido.
Permitir que levante-se, aponte o lápis, vá até a
lousa, ou outro movimento que o relaxe, exigindo
que retorne ao lugar em seguida.
Ser sempre clara e sucinta nas explicações das
ordens dadas oralmente, preferencialmente
dando exemplos e mostrando onde quer que faça
a atividade. Ex.: do lado direito superior da folha,
mostrar o lado e a orientação.
Em lugar de dizer o que não deve ser feito, diga
sempre o que é esperado que se faça e como é
para ser feito. Repetir a ordem se necessário.
Elaborar aulas com material visual, claro,Elaborar aulas com material visual, claro,
criativo, que chame atenção.
Usar sempre mais de um canal de aprendizagem
e informação, com diferentes recursos audio-
visuais. Ex.: entonação na voz, dramatização,
sons, desenhos, texturas, luzes, músicas,
descobertas, retroprojetor, data show, etc. além
da tradicional memorização de aulas expositivas.
Estar sempre em contato com o profissional que
atende a criança, sabendo quais as letras que já
foram trabalhadas para que possa ser exigido o
acerto.
Não trabalhar no limite, esperando que com o
tempo vai passar. Sempre entrar em contato com a
coordenação, com os pais, com os profissionais
que assistem o disléxico. O stress do professor só
piora o quadro, traz frustração e afeta apiora o quadro, traz frustração e afeta a
motivação de todos. Mantenha o bom humor e a
confiança de que haverá sucesso.
Trabalhar sempre com o erro como forma de
aprendizado e nunca como meio de punição. Ex.:
se trocou letras, mostrar o erro, ler o erro,
produzir o erro e estimular a classe a corrigi-lo,
sem estigmatizar o aluno
Produzir erros “de propósito” para que os
alunos descubram. Só aquele que aprendeu
pode corrigir.
Estimular atividades conjuntas, onde um
começa, o outro continua e vice-versa. Ex.:
troca de cadernos, o aluno é o professor, trocam
os lugares, ficam os cadernos, etc.
Não dar muitos exercícios repetidos. O
disléxico não aprende pela repetição, aodisléxico não aprende pela repetição, ao
contrário, cansa-se mais facilmente e
desmotiva-se.
Criar novas formas de ensinar a mesma coisa,
pedir que as crianças elaborem exercícios,
tornando-se co-autoras do aprendizado.
Em um texto espontâneo, valorizar as idéias, o
conteúdo. Dar notas separadas para a idéia e para
a escrita.
Em provas de outras disciplinas, como ciências,
história, etc., corrigir pelo conteúdo e não
descontar nota por erros de português. Aumentar a
exigência à medida que avançam os anos
escolares.
Em avaliações, sublinhar (se possível) o que se
está pedindo, destacando-se do enunciado da
pergunta. Ensinar a criança a destacar as palavras-pergunta. Ensinar a criança a destacar as palavras-
chave do texto.
Não exagerar na quantidade de tarefa e sim na
qualidade. Não permitir que os pais corrijam a
tarefa, para que o professor possa avaliar o nível
de aprendizado e reestruturar o conteúdo.
Delimitar em colunas os cálculos matemáticos,
para que não se confunda na orientação espacial.
Aceitar respostas objetivas, diretas, curtas,
desde que contenham a resposta solicitada.
Aumentar a exigência à medida que os anos
escolares avançam.
Os textos do disléxico tendem a ser
desorganizados, com falhas na seqüência dos
fatos e excesso de pronomes. Explicar e numerar
os parágrafos.os parágrafos.
A leitura do disléxico geralmente é muito ruim,
porém a compreensão pode estar preservada. Ele
pode ler palavras trocadas, de conteúdo
semântico semelhante. Ex.: /unir/ por /juntar/;
/beber/ por /tomar/. Tolerar, desde que a
compreensão seja preservada.
Se o professor não entendeu o que o aluno
escreveu, a letra, ou o que ele quis dizer, solicitar
que ele leia sua escrita, antes de corrigir.
Não privilegiar o disléxico em nada, apenas
compreender que suas dificuldades são reais e
neurológicas, que ele necessita tratamento
especializado para evoluir como os demais.
O disléxico é tão inteligente ou mais que osO disléxico é tão inteligente ou mais que os
outros alunos. Apresenta falhas de percepção de
origem neurológica. Ele não erra de propósito,
nem dispersa-se porque não está interessado.
Necessita de variedade e flexibilidade por parte
do professor, além de uma boa dose de paciência
e tolerância.
Disciplina, organização e criatividade são os
fatores chave para que um disléxico tenha
sucesso em sala de aula. A rigidez e os modelos
pré-concebidos não se encaixam com este aluno.
As disciplinas que envolvem memorização são
dificilmente assimiladas. Use preferencialmente
cartazes com resumos, com cenas, figuras
alusivas ao tema, dramatizações, filmes, quealusivas ao tema, dramatizações, filmes, que
facilitem a associação com o conteúdo a ser
memorizado.
Ensinar o aluno a resumir, extrair as palavras-
chave da frase, do parágrafo, do texto.
Ensinar o aluno a parafrasear, isto é, dizer com
suas palavras o que entendeu, passando para a
escrita.
Ensinar o aluno a ler, parar e avaliar se
compreendeu. Não permitir que leia toda a
página para chegar a conclusão, no final, de
que não entendeu nada.
Sempre procurar literatura especializada,
orientação e metodologia adequadas.
DEFINIÇÕES
O autismo é um transtorno definido por
alterações presentes antes dos três anos de
idade e que se caracteriza por alterações
qualitativas na comunicação, na interaçãoqualitativas na comunicação, na interação
social e no uso da imaginação.
DEFINIÇÃO DA AUTISM SOCIETY OF
AMERICAN – ASA (1978)
Autism Society of American = Associação
Americana de Autismo.
O autismo é uma inadequacidade no
desenvolvimento que se manifesta de maneira
grave por toda a vida. É incapacitante e aparece
tipicamente nos três primeiros anos de vida.tipicamente nos três primeiros anos de vida.
Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos
e é quatro vezes mais comum no sexo masculino
do que no feminino. É encontrado em todo o
mundo e em famílias de qualquer configuração
racial, étnica e social. Não se conseguiu até
agora provar qualquer causa psicológica no meio
ambiente dessas crianças, que possa causar a
doença.
Segundo a ASA, os sintomas são causados por
disfunções físicas do cérebro, verificados pela
anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o
indivíduo. Incluem:
1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de
habilidades físicas, sociais e lingüísticas.
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas
mais afetadas são: visão, audição, tato, dor,
equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter oequilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o
corpo.
3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas
áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo
imaturo da fala, restrita compreensão de idéias. Uso
de palavras sem associação com o significado.
4. Relacionamento anormal com os objetivos, eventos
e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos e
crianças. Objetos e brinquedos não usados de maneira
devida
O Transtorno Autista consiste na presença
de um desenvolvimento comprometido ou
acentuadamente anormal da interação
social e da comunicação e um repertório
muito restrito de atividades e interesses.muito restrito de atividades e interesses.
As manifestações do transtorno variam
imensamente, dependendo do nível de
desenvolvimento e da idade cronológica
do indivíduo.
Autismo infantil: Transtorno global do
desenvolvimento caracterizado por: a) um
desenvolvimento anormal ou alterado,
manifestado antes da idade de três anos, e b)
apresentando uma perturbação característica doapresentando uma perturbação característica do
funcionamento em cada um dos três domínios
seguintes: interações sociais, comunicação,
comportamento focalizado e repetitivo. Além
disso, o transtorno se acompanha comumente de
numerosas outras manifestações inespecíficas,
por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da
alimentação, crises de birra ou agressividade
(auto-agressividade).
A etiologia do autismo ainda não foi definida.
Não existe uma etiologia básica fundamental
para todos os casos de autismo.
Estudos demonstram, indiscutivelmente, que
fatores biológicos estão implicados nafatores biológicos estão implicados na
etiologia do transtorno autista, embora não
tenha sido ainda identificado um marcador
biológico específico.
Atualmente, sabe-se que o autismo não pode
ser causado por fatores emocionais e/ ou
psicológicos.
Estudos sugerem que não há um dano físico
no Sistema Nervoso Central que desempenhe
um papel primário na etiologia do autismo.
Os fatores genéticos aparecem
substancialmente na etiologia do autismo.
Diversas linhas de investigação sugerem que
determinantes ambientais tambémdeterminantes ambientais também
desempenham um papel na gênese do
autismo.
As evidências apontam para a
multicausalidade.
Descobertas recentes apontam a
possibilidade de que o autismo possa ser
causado por uma interação gene-ambiente.
A gravidade do autismo oscila bastante, porque
as causas, não sendo as mesmas, podem
produzir significativas diferenças individuais
no quadro clínico. Desta forma, o tratamento
e o prognóstico variam de caso a caso.e o prognóstico variam de caso a caso.
Os indivíduos com autismo têm uma
expectativa de longevidade normal.
O transtorno autista é permanente, até o
presente momento, não tem cura.
O diagnóstico precoce do autismo permite a
indicação antecipada de tratamento
Um tratamento adequado é baseado na
consideração das co-morbidades para a realização
de atendimento apropriado em função das
características particulares do indivíduo.
A terapêutica pressupõe uma equipe multi- e
interdisciplinar – tratamento médico (pediatria,
neurologia, psiquiatria e odontologia) eneurologia, psiquiatria e odontologia) e
tratamento não-médico (psicologia,
fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional,
fisioterapia e orientação familiar),
profissionalizante e inclusão social, uma vez que a
intervenção apropriada resulta em considerável
melhora no prognóstico.
A base da terapêutica presume o envolvimento da
família.
A farmacoterapia continua sendo componente
importante em um programa de tratamento, porém
nem todos indivíduos necessitarão utilizar
medicamento.
Não existe medicação e nem tratamento específicos
para o transtorno autista.
O sucesso do tratamento depende exclusivamenteO sucesso do tratamento depende exclusivamente
do empenho e qualificação dos profissionais que se
dedicam ao atendimento destes indivíduos.
A demora no processo de diagnóstico e aceitação é
prejudicial ao tratamento, uma vez que a
identificação precoce deste transtorno global do
desenvolvimento permite um encaminhamento
adequado e influencia significativamente na
evolução da criança
Os atendimentos precoces e intensivos podem
fazer uma diferença importante no prognóstico
do autismo.
O quadro de autismo não é estático, alguns
sintomas modificam-se, outros podem amenizar-
se e vir a desaparecer, porém outras
características poderão surgir com a evolução docaracterísticas poderão surgir com a evolução do
indivíduo. Portanto se aconselham avaliações
sistemáticas e periódicas.
É fundamental o investimento no SER HUMANO
com autismo, toda a intervenção produzirá
benefícios significativos e duradouros.
Nunca deixe de acreditar no potencial do
indivíduo com autismo.

More Related Content

What's hot

What's hot (20)

Adaptação curricular - EE PROFESSORA JADYR G. CASTRO
Adaptação curricular - EE PROFESSORA JADYR G. CASTROAdaptação curricular - EE PROFESSORA JADYR G. CASTRO
Adaptação curricular - EE PROFESSORA JADYR G. CASTRO
 
Mensagem De Boas Vindas
Mensagem De Boas VindasMensagem De Boas Vindas
Mensagem De Boas Vindas
 
Vida e obra de Monteiro Lobato
Vida e obra de Monteiro LobatoVida e obra de Monteiro Lobato
Vida e obra de Monteiro Lobato
 
Palestra Autismo
Palestra AutismoPalestra Autismo
Palestra Autismo
 
Jogos e Dinâmicas de Grupo - Pessoa com Deficiência
Jogos e Dinâmicas de Grupo - Pessoa com DeficiênciaJogos e Dinâmicas de Grupo - Pessoa com Deficiência
Jogos e Dinâmicas de Grupo - Pessoa com Deficiência
 
Familia e autismo
Familia e autismoFamilia e autismo
Familia e autismo
 
Psicopedagogia institucional
Psicopedagogia institucional Psicopedagogia institucional
Psicopedagogia institucional
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
AEE
AEEAEE
AEE
 
Mensagem a águia
Mensagem   a águiaMensagem   a águia
Mensagem a águia
 
Capacitação de educadores e cuidadores Educação Inclusiva
Capacitação de educadores e cuidadores Educação InclusivaCapacitação de educadores e cuidadores Educação Inclusiva
Capacitação de educadores e cuidadores Educação Inclusiva
 
Slide Autismo
Slide   AutismoSlide   Autismo
Slide Autismo
 
Pedagogia hospitalar multiencontros ufc
Pedagogia hospitalar   multiencontros ufcPedagogia hospitalar   multiencontros ufc
Pedagogia hospitalar multiencontros ufc
 
Conselho de classe
Conselho de classeConselho de classe
Conselho de classe
 
Deficiência Intelectual
Deficiência IntelectualDeficiência Intelectual
Deficiência Intelectual
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
 
Autismo inclusão
Autismo inclusãoAutismo inclusão
Autismo inclusão
 
Relatorio final pronto!
Relatorio final pronto!Relatorio final pronto!
Relatorio final pronto!
 

Viewers also liked

Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHceciliaconserva
 
Etiologia do Autismo
Etiologia do AutismoEtiologia do Autismo
Etiologia do AutismoMarco Leão
 
3. retraso mental.
3. retraso mental.3. retraso mental.
3. retraso mental.safoelc
 
Retardo Mental Psiquiatria Infantil
Retardo Mental Psiquiatria InfantilRetardo Mental Psiquiatria Infantil
Retardo Mental Psiquiatria InfantilJuan David Palacio O
 
Autismo e hiperatividade
Autismo e hiperatividadeAutismo e hiperatividade
Autismo e hiperatividadeSolange Leite
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownLiviamandelli
 
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...Natália Lima
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosSimoneHelenDrumond
 
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...EFIGÊNIA NERES
 
Transtornos de atenção e de aprendizagem
Transtornos de atenção e de aprendizagemTranstornos de atenção e de aprendizagem
Transtornos de atenção e de aprendizagemCaio Grimberg
 
Caderno1 reforço escolar
Caderno1 reforço escolarCaderno1 reforço escolar
Caderno1 reforço escolarIsa ...
 
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaEstratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaMagda Ferreira
 

Viewers also liked (18)

Síndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAHSíndrome de Down e TDAH
Síndrome de Down e TDAH
 
Etiologia do Autismo
Etiologia do AutismoEtiologia do Autismo
Etiologia do Autismo
 
Dia do saresp - DE - CENTRO
Dia do saresp - DE - CENTRODia do saresp - DE - CENTRO
Dia do saresp - DE - CENTRO
 
Oligofrenia
OligofreniaOligofrenia
Oligofrenia
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
3. retraso mental.
3. retraso mental.3. retraso mental.
3. retraso mental.
 
Retardo Mental Psiquiatria Infantil
Retardo Mental Psiquiatria InfantilRetardo Mental Psiquiatria Infantil
Retardo Mental Psiquiatria Infantil
 
Autismo e hiperatividade
Autismo e hiperatividadeAutismo e hiperatividade
Autismo e hiperatividade
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
 
Powerpoint tdah
Powerpoint tdahPowerpoint tdah
Powerpoint tdah
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...
Transtornos Psicologicos_ Dislexia; discalculia; hiperatividade; impulsividad...
 
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicosA dislexia e as dificuldades de disléxicos
A dislexia e as dificuldades de disléxicos
 
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...
Estrategias de suporte para os transtornos ou dificuldades de leitura e escri...
 
Transtornos de atenção e de aprendizagem
Transtornos de atenção e de aprendizagemTranstornos de atenção e de aprendizagem
Transtornos de atenção e de aprendizagem
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
Caderno1 reforço escolar
Caderno1 reforço escolarCaderno1 reforço escolar
Caderno1 reforço escolar
 
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexiaEstratégias para trabalhar com alunos com dislexia
Estratégias para trabalhar com alunos com dislexia
 

Similar to Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais

Dislexia como trabalhar com o aluno
Dislexia como trabalhar com o alunoDislexia como trabalhar com o aluno
Dislexia como trabalhar com o alunounidadebetinho
 
Jeif tarde de 21 de julho a 29 de julho
Jeif tarde de  21 de julho a 29 de julhoJeif tarde de  21 de julho a 29 de julho
Jeif tarde de 21 de julho a 29 de julhoClaudia Valério
 
Dislexia~Disgrafia~Disortografia
Dislexia~Disgrafia~DisortografiaDislexia~Disgrafia~Disortografia
Dislexia~Disgrafia~DisortografiaCassia Dias
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownLiviamandelli
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemFAPA
 
Dificuldades De Aprendizagem
Dificuldades De AprendizagemDificuldades De Aprendizagem
Dificuldades De AprendizagemMaristela Couto
 
Apresentação distúrbios da linguagem
Apresentação distúrbios da linguagemApresentação distúrbios da linguagem
Apresentação distúrbios da linguagemSheilinha1
 
Psicomotricidade e Dificuldade de Aprendizagem
Psicomotricidade e Dificuldade de AprendizagemPsicomotricidade e Dificuldade de Aprendizagem
Psicomotricidade e Dificuldade de AprendizagemInstituto Consciência GO
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDeisiane Cazaroto
 
Dificuldadesdeaprendizagem
DificuldadesdeaprendizagemDificuldadesdeaprendizagem
DificuldadesdeaprendizagemVanessa Lavado
 

Similar to Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais (20)

Dislexia como trabalhar com o aluno
Dislexia como trabalhar com o alunoDislexia como trabalhar com o aluno
Dislexia como trabalhar com o aluno
 
Jeif tarde de 21 de julho a 29 de julho
Jeif tarde de  21 de julho a 29 de julhoJeif tarde de  21 de julho a 29 de julho
Jeif tarde de 21 de julho a 29 de julho
 
TDAH, Dislexia e Discalculia
TDAH, Dislexia e DiscalculiaTDAH, Dislexia e Discalculia
TDAH, Dislexia e Discalculia
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
Dislexia~Disgrafia~Disortografia
Dislexia~Disgrafia~DisortografiaDislexia~Disgrafia~Disortografia
Dislexia~Disgrafia~Disortografia
 
Dislexia guia
Dislexia   guiaDislexia   guia
Dislexia guia
 
DislexiaDiagnósticoIntervenção
DislexiaDiagnósticoIntervençãoDislexiaDiagnósticoIntervenção
DislexiaDiagnósticoIntervenção
 
dislexia
dislexiadislexia
dislexia
 
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, DownPalestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
Palestra Dislexia, Tdah, Autismo, Down
 
Os dis da cognição
Os dis da cogniçãoOs dis da cognição
Os dis da cognição
 
Artigo de dislexia
Artigo de dislexiaArtigo de dislexia
Artigo de dislexia
 
Dislexia
DislexiaDislexia
Dislexia
 
Dif. aprendizagem
Dif. aprendizagemDif. aprendizagem
Dif. aprendizagem
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem
 
Dificuldades De Aprendizagem
Dificuldades De AprendizagemDificuldades De Aprendizagem
Dificuldades De Aprendizagem
 
Apresentação distúrbios da linguagem
Apresentação distúrbios da linguagemApresentação distúrbios da linguagem
Apresentação distúrbios da linguagem
 
Psicomotricidade e Dificuldade de Aprendizagem
Psicomotricidade e Dificuldade de AprendizagemPsicomotricidade e Dificuldade de Aprendizagem
Psicomotricidade e Dificuldade de Aprendizagem
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem
 
Disturbios de aprendizagem
Disturbios de aprendizagemDisturbios de aprendizagem
Disturbios de aprendizagem
 
Dificuldadesdeaprendizagem
DificuldadesdeaprendizagemDificuldadesdeaprendizagem
Dificuldadesdeaprendizagem
 

More from Maria Bárbara Floriano

Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Maria Bárbara Floriano
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeMaria Bárbara Floriano
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoMaria Bárbara Floriano
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa Maria Bárbara Floriano
 

More from Maria Bárbara Floriano (18)

Alfabetário
AlfabetárioAlfabetário
Alfabetário
 
Livro ancestralidade
Livro ancestralidadeLivro ancestralidade
Livro ancestralidade
 
Projeto índios
Projeto índiosProjeto índios
Projeto índios
 
Livrinho animais
Livrinho animaisLivrinho animais
Livrinho animais
 
Livro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilãoLivro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilão
 
Espaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e IdentidadesEspaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e Identidades
 
Ministério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a InfânciaMinistério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a Infância
 
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
 
Artigo constituir se professor
Artigo constituir se professorArtigo constituir se professor
Artigo constituir se professor
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
 
Histórico Ed Infantil
Histórico Ed InfantilHistórico Ed Infantil
Histórico Ed Infantil
 
Políticas Sociais Ed Especial
 Políticas Sociais Ed Especial Políticas Sociais Ed Especial
Políticas Sociais Ed Especial
 
Bullying
 Bullying Bullying
Bullying
 
Aula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animalAula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animal
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
 
Avaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolarAvaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolar
 
Guia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizadorGuia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizador
 

Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais

  • 1. TDAH DISLEXIA AUTISMO E O FENÔMENO BULLYING
  • 2. "São alterações resultantes de limitações sensoriais discretas ou de anomalias na organização dinâmica dos circuitos cerebrais responsáveis pela coordenação vísuo-audio-motora. Os indivíduosvísuo-audio-motora. Os indivíduos acometidos são portadores de diferenças de aprendizagem específicas, não tratando-se portanto de uma patologia e sim de um modo diferente de pensar, não uma incapacidade". (Prof. Ian Smythe, especialista internacional sobre dislexia)
  • 3. O "nome" dislexia pode, muitas vezes, rotular a criança, estigmatizando-a como um problema a ser resolvido e, como conseqüência, passa a enfrentar muitas dificuldades, decorrentes desta discriminação. Porém, todo e qualquer rótulo é fruto da ignorância sobre o tema,rótulo é fruto da ignorância sobre o tema, da falta de informação e interesse em compreender o distúrbio e suas diversas formas de abordá-lo.
  • 4. Atualmente é unânime a constatação de que trata-se de um distúrbio de origem neurológica, congênito e hereditário, sendo comum apresentar-se em parentes próximos. Quanto à predominância sexual, há controvérsias, mas encontra-se mais publicações referindo que há maior incidência no sexo masculinoreferindo que há maior incidência no sexo masculino (7 meninos para 3 meninas). As possíveis alterações emocionais ou comportamentais apresentadas por crianças disléxicas não são fatores etiológicos do problema e sim conseqüências do mesmo, que não corretamente diagnosticado e tratado, leva comumente às perdas escolares e sociais, passíveis de causarem graves conseqüências emocionais.
  • 5. As condições sócio-financeiras da família, bem como sua estabilidade emocional não são fatores etiológicos da dislexia, podendo, no entanto, agravar o distúrbio, uma vez que alteram a estabilidade evez que alteram a estabilidade e promovem desarmonia no seio familiar.
  • 6. No quadro clínico encontram-se eletroencefalograma normal; exame neurológico normal; tomografia computadorizada encefálica normal; possíveis atrasos ou alterações de fala; dificuldades de aprendizagem; acuidade visual normal; acuidade auditiva normal; alterações no Processamento Auditivo Central ;InteligênciaProcessamento Auditivo Central ;Inteligência normal ou acima da média. Fica claro que uma equipe multidisciplinar faz-se necessária para o diagnóstico da dislexia, que, é de exclusão, uma vez que a maioria dos exames clínicos convencionais apresentam resultados dentro da normalidade. Esta equipe dará a devida orientação e/ou continuidade ao tratamento a ser realizado.
  • 7. A dislexia é comumente descrita enfocando-se os fatores fracos dos disléxicos, sua falhas ou seqüelas, que são inúmeros quando comparados às performances dos indivíduos ditos "normais". A insistência em enfocar-se o lado "doente" dos disléxicos faz-nos seres limitados, comparadosdisléxicos faz-nos seres limitados, comparados ao seu brilhantismo, quando reabilitados. Talvez pelo fato dos disléxicos lidarem com os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, simultaneamente, muitas vezes sem predomínio de dominância cerebral, têm potencialmente, desenvolvidas mais habilidades que os ditos “normais”.
  • 8. Quando reabilitados, conscientes de seu potencial e ao mesmo tempo de suas dificuldades, controlam a dispersão, desenvolvem a atenção e a disciplina, que são fatores fundamentais para o seu sucesso e alcançam êxito nas habilidades de linguagem.linguagem. O enfoque, positivista do caso, tem sua importância para pais, professores e para os disléxicos em geral, pois lhes abre caminho para o sucesso, em lugar de fechar-lhes as portas.
  • 9. ótimo nível intelectual, criatividade acima do esperado, bom humor, fácil socialização, sendo o "amigo de todos", facilidade em quebrar paradigmas, genialidade, inventividade, aptidõesgenialidade, inventividade, aptidões intuitivas e artísticas, habilidade em lidar com múltiplas situações ao mesmo tempo, facilidade em desenvolver a inteligência emocional, e em alguns casos, maior facilidade com o cálculo matemático.
  • 10. Por tratar-se de uma patologia com características sindrômicas, muitos sintomas podem estar presentes nos indivíduos disléxicos. Fica então claro que a observância de apenas uma ou duasa observância de apenas uma ou duas características não é evidência da presença da patologia, que ressaltando mais uma vez, deve ser avaliada por especialista e equipe multidisciplinar.
  • 11. Dislexia Predominantemente Visual: inversões(letras, sílabas, palavras, frases). Ex.: pra/par, sol/los, pedra/preda, quebra/breca; omissões (letras, sílabas, palavras, linhas).omissões (letras, sílabas, palavras, linhas). Ex.: óculos/óclos, relógio/relógo, entrada/etrada; aglutinações de palavras na frase. Ex.: /omeninopu loua cerca/, não corta o /t/; não pinga o /i/;
  • 12. trocas espaciais (b/d, p/q, 2/5, 12/21, par/pra, as/sa); espelhamento resistente de números e letras; não soletra, não analisa nem sintetiza a palavra, decompondo-a em letras; dificuldade na coordenação e ritmo; confusões na leitura. Ex.: esguia/estria, mamadeira/madeira, aflição/afiliação; neografismos (cria letras que são a somatória deneografismos (cria letras que são a somatória de duas ou mais, como /d/ cortado; neologismos (na fala, inventa palavras. Ex.: enfestado=arrumado para uma festa); disgrafias (letra ilegível e irregular); dificuldades na leitura de palavras (decodificação, lê errado embora entenda o que leu);
  • 13. confusão de direita com esquerda; falta de predomínio da dominância cerebral (ambidestrismo?); desajeitado, derruba tudo, às vezes hiperativo; dificuldade para dar laçadas; dificuldades em memorizar nomes, telefones;telefones; dificuldades com memória imediata, repetir em seguida, frases ouvidas; dificuldades com fisionomias; dificuldades ao vestir-se (avesso e direito); dificuldades na compreensão leitura (textos);
  • 14. dificuldades na produção de textos com seqüência lógica temporal e coerência; confusão com antônimos (abrir/fechar, /dentro/fora); não memoriza matérias decorativas e tabuadas; confunde-se ao preencher formulários, gabaritos e tabelas com linhas e colunas;gabaritos e tabelas com linhas e colunas; confunde-se na seqüência das perguntas ao responder questionários, gabaritos; não gosta de ler, estudar e escrever; dificuldade com línguas estrangeiras; apresenta desatenção, dispersão;
  • 15. apresenta resistência em atender ordens e limites; apresenta resistência ao conservadorismo, método e rotina; demonstra pouco asseio pessoal e higiene; apresenta baixa auto-estima afetiva e intelectual (acha-se "burro");
  • 16. troca letras surdas/sonoras (p/b, t/d, k/g, f/v, x/j, s/z); troca arquifonemas (ar, an, as, al) troca vogais (/a/ por /o/, /e/ por /i/, /o/ por /u/);por /u/); troca nasais (n/m, ão/am, em/eim, ã/am); troca grupos consonantais (pra/pla); omissões (letras, sílabas, palavras, linhas); comete muitos erros no ditado; dificuldades com sinônimos;
  • 17. fica no "mundo da lua"; apresenta lentidão ou imprecisão em dar respostas; dificuldades com a seqüência dos fatos ao contar casos; dificuldades com a leitura (decodificação, lê errado embora entenda o que leu); dificuldades na compreensão da leitura dedificuldades na compreensão da leitura de textos; dificuldades na produção de textos com seqüência lógica temporal e coerência; dificuldade em resumir idéias, textos; confusão com antônimos (abrir/fechar, dentro/fora);
  • 18. falta de predomínio da dominância cerebral (ambidestrismo?); confusão de direita com esquerda; não soletra (não analisa, não sintetiza, decompondo-a em letras); não memoriza matérias decorativas; não memoriza tabuada; dificuldade com línguas estrangeiras; demora muito para responder ou respondedemora muito para responder ou responde equivocadamente; não gosta de ler, estudar e escrever; apresenta baixa auto-estima afetiva e intelectual; é inseguro; apresenta desatenção, dispersão;
  • 19. Apresentam uma somatória ou a presença de vários itens descritos anteriormente, sendo mais trabalhosa sua reeducação.
  • 20. Colocá-lo de frente e no centro da lousa, preferencialmente na 1ª carteira. Tê-lo sempre perto da professora, que supervisiona seus trabalhos, principalmente na organização e seqüência das atividades.organização e seqüência das atividades. Escrever claro e espaçado na lousa, delimitando as partes da lousa (duas ou três partes no máximo) com uma linha divisória vertical bem forte. Escrever cada parte da lousa com uma cor de giz. Ex.: à esquerda com branco, centro com amarelo e à direita com azul claro.
  • 21. Explicar que estas divisórias são feitas somente na lousa, para facilitar a leitura e não devem ser reproduzidas no caderno das crianças. Exigir disciplina e concentração no conteúdo abordado, permitindo interrupções e opiniões espontâneas, desde que pertinentes ao assunto. Dizer ao aluno caso sua colocação esteja fora de contexto.contexto. Valorizar sempre o conteúdo trabalhado e “tolerar” as dificuldades gramaticais, como letra maiúscula, parágrafo, pontuação, acentuação, caligrafia irregular, etc. Diminuir a tolerância à medida que os anos escolares se sucedem.
  • 22. O disléxico geralmente tem dificuldade com a orientação e organização espaciais. Pode, sem perceber, pular folhas do caderno, pular linhas indevidamente, escrever na apostila trocada, fazer anotações em locais inadequados. Mostrar sempre o certo, não punir o erro e não criticá-lo pela falta de atenção. Diminuir a tolerância à medida que os anos escolares se sucedem.anos escolares se sucedem. O disléxico geralmente tem dificuldade em ficar sentado na carteira por muito tempo seguido. Permitir que levante-se, aponte o lápis, vá até a lousa, ou outro movimento que o relaxe, exigindo que retorne ao lugar em seguida.
  • 23. Ser sempre clara e sucinta nas explicações das ordens dadas oralmente, preferencialmente dando exemplos e mostrando onde quer que faça a atividade. Ex.: do lado direito superior da folha, mostrar o lado e a orientação. Em lugar de dizer o que não deve ser feito, diga sempre o que é esperado que se faça e como é para ser feito. Repetir a ordem se necessário. Elaborar aulas com material visual, claro,Elaborar aulas com material visual, claro, criativo, que chame atenção. Usar sempre mais de um canal de aprendizagem e informação, com diferentes recursos audio- visuais. Ex.: entonação na voz, dramatização, sons, desenhos, texturas, luzes, músicas, descobertas, retroprojetor, data show, etc. além da tradicional memorização de aulas expositivas.
  • 24. Estar sempre em contato com o profissional que atende a criança, sabendo quais as letras que já foram trabalhadas para que possa ser exigido o acerto. Não trabalhar no limite, esperando que com o tempo vai passar. Sempre entrar em contato com a coordenação, com os pais, com os profissionais que assistem o disléxico. O stress do professor só piora o quadro, traz frustração e afeta apiora o quadro, traz frustração e afeta a motivação de todos. Mantenha o bom humor e a confiança de que haverá sucesso. Trabalhar sempre com o erro como forma de aprendizado e nunca como meio de punição. Ex.: se trocou letras, mostrar o erro, ler o erro, produzir o erro e estimular a classe a corrigi-lo, sem estigmatizar o aluno
  • 25. Produzir erros “de propósito” para que os alunos descubram. Só aquele que aprendeu pode corrigir. Estimular atividades conjuntas, onde um começa, o outro continua e vice-versa. Ex.: troca de cadernos, o aluno é o professor, trocam os lugares, ficam os cadernos, etc. Não dar muitos exercícios repetidos. O disléxico não aprende pela repetição, aodisléxico não aprende pela repetição, ao contrário, cansa-se mais facilmente e desmotiva-se. Criar novas formas de ensinar a mesma coisa, pedir que as crianças elaborem exercícios, tornando-se co-autoras do aprendizado. Em um texto espontâneo, valorizar as idéias, o conteúdo. Dar notas separadas para a idéia e para a escrita.
  • 26. Em provas de outras disciplinas, como ciências, história, etc., corrigir pelo conteúdo e não descontar nota por erros de português. Aumentar a exigência à medida que avançam os anos escolares. Em avaliações, sublinhar (se possível) o que se está pedindo, destacando-se do enunciado da pergunta. Ensinar a criança a destacar as palavras-pergunta. Ensinar a criança a destacar as palavras- chave do texto. Não exagerar na quantidade de tarefa e sim na qualidade. Não permitir que os pais corrijam a tarefa, para que o professor possa avaliar o nível de aprendizado e reestruturar o conteúdo. Delimitar em colunas os cálculos matemáticos, para que não se confunda na orientação espacial.
  • 27. Aceitar respostas objetivas, diretas, curtas, desde que contenham a resposta solicitada. Aumentar a exigência à medida que os anos escolares avançam. Os textos do disléxico tendem a ser desorganizados, com falhas na seqüência dos fatos e excesso de pronomes. Explicar e numerar os parágrafos.os parágrafos. A leitura do disléxico geralmente é muito ruim, porém a compreensão pode estar preservada. Ele pode ler palavras trocadas, de conteúdo semântico semelhante. Ex.: /unir/ por /juntar/; /beber/ por /tomar/. Tolerar, desde que a compreensão seja preservada.
  • 28. Se o professor não entendeu o que o aluno escreveu, a letra, ou o que ele quis dizer, solicitar que ele leia sua escrita, antes de corrigir. Não privilegiar o disléxico em nada, apenas compreender que suas dificuldades são reais e neurológicas, que ele necessita tratamento especializado para evoluir como os demais. O disléxico é tão inteligente ou mais que osO disléxico é tão inteligente ou mais que os outros alunos. Apresenta falhas de percepção de origem neurológica. Ele não erra de propósito, nem dispersa-se porque não está interessado. Necessita de variedade e flexibilidade por parte do professor, além de uma boa dose de paciência e tolerância.
  • 29. Disciplina, organização e criatividade são os fatores chave para que um disléxico tenha sucesso em sala de aula. A rigidez e os modelos pré-concebidos não se encaixam com este aluno. As disciplinas que envolvem memorização são dificilmente assimiladas. Use preferencialmente cartazes com resumos, com cenas, figuras alusivas ao tema, dramatizações, filmes, quealusivas ao tema, dramatizações, filmes, que facilitem a associação com o conteúdo a ser memorizado. Ensinar o aluno a resumir, extrair as palavras- chave da frase, do parágrafo, do texto. Ensinar o aluno a parafrasear, isto é, dizer com suas palavras o que entendeu, passando para a escrita.
  • 30. Ensinar o aluno a ler, parar e avaliar se compreendeu. Não permitir que leia toda a página para chegar a conclusão, no final, de que não entendeu nada. Sempre procurar literatura especializada, orientação e metodologia adequadas.
  • 31. DEFINIÇÕES O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interaçãoqualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
  • 32. DEFINIÇÃO DA AUTISM SOCIETY OF AMERICAN – ASA (1978) Autism Society of American = Associação Americana de Autismo. O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida.tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.
  • 33. Segundo a ASA, os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro, verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem: 1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas. 2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter oequilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo. 3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de idéias. Uso de palavras sem associação com o significado. 4. Relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos e crianças. Objetos e brinquedos não usados de maneira devida
  • 34. O Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses.muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.
  • 35. Autismo infantil: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica doapresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).
  • 36. A etiologia do autismo ainda não foi definida. Não existe uma etiologia básica fundamental para todos os casos de autismo. Estudos demonstram, indiscutivelmente, que fatores biológicos estão implicados nafatores biológicos estão implicados na etiologia do transtorno autista, embora não tenha sido ainda identificado um marcador biológico específico. Atualmente, sabe-se que o autismo não pode ser causado por fatores emocionais e/ ou psicológicos.
  • 37. Estudos sugerem que não há um dano físico no Sistema Nervoso Central que desempenhe um papel primário na etiologia do autismo. Os fatores genéticos aparecem substancialmente na etiologia do autismo. Diversas linhas de investigação sugerem que determinantes ambientais tambémdeterminantes ambientais também desempenham um papel na gênese do autismo. As evidências apontam para a multicausalidade. Descobertas recentes apontam a possibilidade de que o autismo possa ser causado por uma interação gene-ambiente.
  • 38. A gravidade do autismo oscila bastante, porque as causas, não sendo as mesmas, podem produzir significativas diferenças individuais no quadro clínico. Desta forma, o tratamento e o prognóstico variam de caso a caso.e o prognóstico variam de caso a caso. Os indivíduos com autismo têm uma expectativa de longevidade normal. O transtorno autista é permanente, até o presente momento, não tem cura. O diagnóstico precoce do autismo permite a indicação antecipada de tratamento
  • 39. Um tratamento adequado é baseado na consideração das co-morbidades para a realização de atendimento apropriado em função das características particulares do indivíduo. A terapêutica pressupõe uma equipe multi- e interdisciplinar – tratamento médico (pediatria, neurologia, psiquiatria e odontologia) eneurologia, psiquiatria e odontologia) e tratamento não-médico (psicologia, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e orientação familiar), profissionalizante e inclusão social, uma vez que a intervenção apropriada resulta em considerável melhora no prognóstico.
  • 40. A base da terapêutica presume o envolvimento da família. A farmacoterapia continua sendo componente importante em um programa de tratamento, porém nem todos indivíduos necessitarão utilizar medicamento. Não existe medicação e nem tratamento específicos para o transtorno autista. O sucesso do tratamento depende exclusivamenteO sucesso do tratamento depende exclusivamente do empenho e qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos. A demora no processo de diagnóstico e aceitação é prejudicial ao tratamento, uma vez que a identificação precoce deste transtorno global do desenvolvimento permite um encaminhamento adequado e influencia significativamente na evolução da criança
  • 41. Os atendimentos precoces e intensivos podem fazer uma diferença importante no prognóstico do autismo. O quadro de autismo não é estático, alguns sintomas modificam-se, outros podem amenizar- se e vir a desaparecer, porém outras características poderão surgir com a evolução docaracterísticas poderão surgir com a evolução do indivíduo. Portanto se aconselham avaliações sistemáticas e periódicas. É fundamental o investimento no SER HUMANO com autismo, toda a intervenção produzirá benefícios significativos e duradouros. Nunca deixe de acreditar no potencial do indivíduo com autismo.