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MOLAS E COXINS DE BORRACHA
PARTE II
CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO, TIPOS DE
SOLICITAÇÃO E MONTAGEM
2
Conteúdo
Emprego e Vantagens de Molas de Borracha...........................................3
Forma de Obtenção e Fabricação........................................................3
Adesão de Borracha a Substratos...........................................................3
Moldes para Confecção de Molas de Borracha.........................................5
Montagem das Molas de Borracha..........................................................6
Tipos de Solicitação em Molas de Borracha.............................................6
Solicitações Compostas..........................................................................8
3
Emprego e Vantagens de Molas de Borracha
É crescente, a cada ano, a utilização e o emprego de peças de borracha
em suspensão de veículos e apoio de máquinas, principalmente como peças
destinadas a amortecer choques, vibrações e ruídos.
O emprego de Molas e Coxins de Borracha é de certo vantajoso, porque,
uma vez devidamente dimensionadas e dispostas, na montagem, permitem que
se obtenha graus de liberdade em várias direções, o que possibilita uma
perfeita combinação de molejo e amortecimento, sem a necessidade de
utilização de amortecedores adicionais.
Forma de Obtenção e Fabricação
Sendo a borracha facilmente moldável, esta permite ao engenheiro
desenvolver formas geométricas, das mais diversas possíveis nas peças, de
maneira que a mola ou qualquer outro artefato, atenda tanto no formato
quanto no tipo de borracha, a função a que se destina.
Normalmente, um molde de aço que contenha a forma negativa da peça
que se deseja, alimentado com o tipo de borracha definida, submetido à
pressão e temperatura adequada, em uma prensa apropriada, confecciona-se a
peça desejada.
Adesão de Borracha a Substratos
A possibilidade de unir-se diretamente por via química (adesão), da
borracha a outros materiais, tais como: aço, vidro, madeira, etc..., dão origem a
uma grande e notável simplificação na construção de elementos de máquinas
feitas com borracha.
Na construção de molas de borracha, em combinação com partes
metálicas, consegue-se uma união na adesão de valores que chegam até 8,0
Mpa, quando a solicitação é de cisalhamento.
A grande resistência que se consegue na adesão por meio de vulcanização
da borracha a substratos metálicos, possibilita a construção de molas e coxins
4
que admitem grandes solicitações de compressão e cisalhamento,
simultaneamente. Tais substratos metálicos constituem-se de: placas, buchas,
anéis, pinos, parafusos, etc..., conforme ilustrado nas figuras 1a, 1b, 1c e 1d,
nos quais é aderida e vulcanizada a borracha.
Figuras 1a ; 1b; 1c; 1d – Substratos metálicos aderidos e
vulcanizados em conjunto com a borracha.
5
Moldes para Confecção de Molas de Borracha
Quando da confecção de Molas e Coxins de Borracha aderidas ao metal
por meio de vulcanização, devemos sempre ter em conta as observações
abaixo:
a) No projeto de molas de borracha, deve-se observar que a construção
do molde não formem cavidades ou protuberâncias no corpo de trabalho da
mola.
b) Observar a perfeita disposição dos Substratos metálicos que integrarão
a mola, e serão unidos pela vulcanização à borracha, de forma a permitir certa
facilidade ao se extrair a peça do molde.
c) É de boa prática, sempre colocar primeiro o substrato metálico na
cavidade do molde, e em seguida alimentar com borracha para prensagem e
vulcanização; nunca proceder ao contrário.
d) Os substratos metálicos que integrarão a mola de borracha, não
deverão apresentar nenhuma aresta cortante, que venham provocar cortes à
borracha quando deste conjunto em funcionamento.
e) O molde deverá ser projetado e construído de tal forma que, no ato da
prensagem e vulcanização, não penetre borracha nas roscas ou partes que
comprometa a desmoldagem da peça pronta.
f) No projeto de uma Mola ou Coxim de Borracha, não se deve impedir a
contração natural que ocorre no resfriamento da peça após vulcanização, pois,
caso contrário, podem ocorrer elevadas tensões internas, que comprometam o
bom desempenho da mola ou coxim em seu funcionamento.
6
Montagem das Molas de Borracha
Como a borracha é praticamente incompressível, o volume físico
pertencente à mola, deverá ter espaço livre para movimentar-se, pois, caso
contrário, se esta for limitada de seus movimentos em todos os lados,
praticamente atuará como corpo rígido perdendo assim completamente a
função a que se destina; ver fig. 2 a e 2 b, abaixo.
Tipos de Solicitação em Molas de Borracha
Geralmente as molas e coxins de borracha são mais empregadas quando
as solicitações são de compreensão, torção e cisalhamento, ver figuras 3 a , 3 b
e 3 c, abaixo.
7
Solicitação de tração em molas de borracha, raramente acontecem,
somente em casos extremamente especiais, e de menor responsabilidade
técnica, nesses casos usa-se normalmente cordões trançados de borracha.
8
Solicitações Compostas
É muito comum, em molas e coxins de borracha, acontecerem em
montagem, diversos tipos de solicitações simultaneamente, por exemplo,
solicitação de compressão e torção, ao mesmo tempo; chamamos a este
fenômeno de solicitações compostas, ver fig. 4.
Geralmente as solicitações componentes de uma solicitação composta,
apresentam valores distintos de tensão na borracha, onde, é comum e de boa
prática, o Tecnologista de Borracha e o Engenheiro da mola, partir sempre o
dimensionamento pela carga solicitante de maior intensidade, seja a que mais
severamente atuará sobre o conjunto.
Toda tensão de solicitação aplicada à mola ou coxim de borracha,
corresponderá a curvas características diferentes, estas dependem das
variações da secção transversal da mola, das resistências opostas às
deformações pelo atrito ou pelas fixações da borracha ao substrato (adesão e
vulcanização).
As curvas características correspondentes ao descarregamento da tensão
aplicada, apresentam menores ordenadas, que as correspondente ao
9
carregamento, isto se dá devido aos atritos internos das moléculas da borracha,
e à diferença de energia é chamada de HISTERESE, veremos adiante.

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Molas coxins

  • 1. 1 MOLAS E COXINS DE BORRACHA PARTE II CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO, TIPOS DE SOLICITAÇÃO E MONTAGEM
  • 2. 2 Conteúdo Emprego e Vantagens de Molas de Borracha...........................................3 Forma de Obtenção e Fabricação........................................................3 Adesão de Borracha a Substratos...........................................................3 Moldes para Confecção de Molas de Borracha.........................................5 Montagem das Molas de Borracha..........................................................6 Tipos de Solicitação em Molas de Borracha.............................................6 Solicitações Compostas..........................................................................8
  • 3. 3 Emprego e Vantagens de Molas de Borracha É crescente, a cada ano, a utilização e o emprego de peças de borracha em suspensão de veículos e apoio de máquinas, principalmente como peças destinadas a amortecer choques, vibrações e ruídos. O emprego de Molas e Coxins de Borracha é de certo vantajoso, porque, uma vez devidamente dimensionadas e dispostas, na montagem, permitem que se obtenha graus de liberdade em várias direções, o que possibilita uma perfeita combinação de molejo e amortecimento, sem a necessidade de utilização de amortecedores adicionais. Forma de Obtenção e Fabricação Sendo a borracha facilmente moldável, esta permite ao engenheiro desenvolver formas geométricas, das mais diversas possíveis nas peças, de maneira que a mola ou qualquer outro artefato, atenda tanto no formato quanto no tipo de borracha, a função a que se destina. Normalmente, um molde de aço que contenha a forma negativa da peça que se deseja, alimentado com o tipo de borracha definida, submetido à pressão e temperatura adequada, em uma prensa apropriada, confecciona-se a peça desejada. Adesão de Borracha a Substratos A possibilidade de unir-se diretamente por via química (adesão), da borracha a outros materiais, tais como: aço, vidro, madeira, etc..., dão origem a uma grande e notável simplificação na construção de elementos de máquinas feitas com borracha. Na construção de molas de borracha, em combinação com partes metálicas, consegue-se uma união na adesão de valores que chegam até 8,0 Mpa, quando a solicitação é de cisalhamento. A grande resistência que se consegue na adesão por meio de vulcanização da borracha a substratos metálicos, possibilita a construção de molas e coxins
  • 4. 4 que admitem grandes solicitações de compressão e cisalhamento, simultaneamente. Tais substratos metálicos constituem-se de: placas, buchas, anéis, pinos, parafusos, etc..., conforme ilustrado nas figuras 1a, 1b, 1c e 1d, nos quais é aderida e vulcanizada a borracha. Figuras 1a ; 1b; 1c; 1d – Substratos metálicos aderidos e vulcanizados em conjunto com a borracha.
  • 5. 5 Moldes para Confecção de Molas de Borracha Quando da confecção de Molas e Coxins de Borracha aderidas ao metal por meio de vulcanização, devemos sempre ter em conta as observações abaixo: a) No projeto de molas de borracha, deve-se observar que a construção do molde não formem cavidades ou protuberâncias no corpo de trabalho da mola. b) Observar a perfeita disposição dos Substratos metálicos que integrarão a mola, e serão unidos pela vulcanização à borracha, de forma a permitir certa facilidade ao se extrair a peça do molde. c) É de boa prática, sempre colocar primeiro o substrato metálico na cavidade do molde, e em seguida alimentar com borracha para prensagem e vulcanização; nunca proceder ao contrário. d) Os substratos metálicos que integrarão a mola de borracha, não deverão apresentar nenhuma aresta cortante, que venham provocar cortes à borracha quando deste conjunto em funcionamento. e) O molde deverá ser projetado e construído de tal forma que, no ato da prensagem e vulcanização, não penetre borracha nas roscas ou partes que comprometa a desmoldagem da peça pronta. f) No projeto de uma Mola ou Coxim de Borracha, não se deve impedir a contração natural que ocorre no resfriamento da peça após vulcanização, pois, caso contrário, podem ocorrer elevadas tensões internas, que comprometam o bom desempenho da mola ou coxim em seu funcionamento.
  • 6. 6 Montagem das Molas de Borracha Como a borracha é praticamente incompressível, o volume físico pertencente à mola, deverá ter espaço livre para movimentar-se, pois, caso contrário, se esta for limitada de seus movimentos em todos os lados, praticamente atuará como corpo rígido perdendo assim completamente a função a que se destina; ver fig. 2 a e 2 b, abaixo. Tipos de Solicitação em Molas de Borracha Geralmente as molas e coxins de borracha são mais empregadas quando as solicitações são de compreensão, torção e cisalhamento, ver figuras 3 a , 3 b e 3 c, abaixo.
  • 7. 7 Solicitação de tração em molas de borracha, raramente acontecem, somente em casos extremamente especiais, e de menor responsabilidade técnica, nesses casos usa-se normalmente cordões trançados de borracha.
  • 8. 8 Solicitações Compostas É muito comum, em molas e coxins de borracha, acontecerem em montagem, diversos tipos de solicitações simultaneamente, por exemplo, solicitação de compressão e torção, ao mesmo tempo; chamamos a este fenômeno de solicitações compostas, ver fig. 4. Geralmente as solicitações componentes de uma solicitação composta, apresentam valores distintos de tensão na borracha, onde, é comum e de boa prática, o Tecnologista de Borracha e o Engenheiro da mola, partir sempre o dimensionamento pela carga solicitante de maior intensidade, seja a que mais severamente atuará sobre o conjunto. Toda tensão de solicitação aplicada à mola ou coxim de borracha, corresponderá a curvas características diferentes, estas dependem das variações da secção transversal da mola, das resistências opostas às deformações pelo atrito ou pelas fixações da borracha ao substrato (adesão e vulcanização). As curvas características correspondentes ao descarregamento da tensão aplicada, apresentam menores ordenadas, que as correspondente ao
  • 9. 9 carregamento, isto se dá devido aos atritos internos das moléculas da borracha, e à diferença de energia é chamada de HISTERESE, veremos adiante.