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Prevenção Quaternária
Bianca Lazarini Forreque
Vitória, ES
2015
EMESCAM
Residência de Medicina de Família e Comunidade
Os Níveis de Prevenção – P1
 PREVENÇÃO PRIMÁRIA (P1)
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 PREVENÇÃO TERCIÁRIA (P3)
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 1988 – Bury propõe Prevenção Quaternária como cuidado
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 1995 – Aparece oficialmente em pôster da WONCA pelo Médico
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PACIENTEENFERMIDADE
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 A Prevenção Quaternária se aplica a todos os campos da
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considerar a P4 em cada estágio da atividade médica.
P1 P2
P3
PROFISSIONAL DOENÇA
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ENFERMIDADE
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Relação médico-paciente
 Anisedade do médico na procura pela doença
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Rastreamento
 Testes ou Exames diagnósticos
 População/pessoas assintomáticas
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 Falso-positivos
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ANSIEDADE
Como Agir
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na Pessoa
 Aceitar que há sintomas
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 A situação é preocupante. Essa paciente vem sendo acompanhada há um
longo tempo por câncer de mama. O primeiro erro foi solicitar CEA em vez
de CA 15-3. O marcador de CEA é muito alto, e a paciente, cujo marido
morreu de câncer no colo entende imediatamente que a situação é grave.
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controle teve resultado normal. Era um falso-positivo. Ela já sobreviveu a um
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sofrimento envolvido. Ela não acredita no médico, acha que ele adulterou
os números e pede outro exame. Levará várias consultas e muita paciência
e atenção para aplacar suas dúvidas e reconquistar sua confiança.
Referência Bibliográfica
 Gusso, G, Lopes, JMC – Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios,
formação e prática. Porto Alegre : Artmed, 2012
 Silva, AL – Prevenção Quaternária, I Seminário Brasileiro sobre Prevenção Quaternária na
Atenção Primária à Saúde – Curitiba, 2013
 Norman, AH, Tesser, CD - Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma
necessidade do Sistema Único de Saúde - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(9):2012-
2020, set, 2009
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SDR - síndrome do desconforto respiratorio
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Prevenção Quaternária

  • 1. Prevenção Quaternária Bianca Lazarini Forreque Vitória, ES 2015 EMESCAM Residência de Medicina de Família e Comunidade
  • 2. Os Níveis de Prevenção – P1  PREVENÇÃO PRIMÁRIA (P1)  Ação realizada para evitar ou remover a causa de um problema de saúde em um indivíduo ou população antes que ele se manifeste.  Ex.: Imunização / Educação
  • 3.
  • 4. Os Níveis de Prevenção – P2  PREVENÇÃO SECUNDÁRIA (P2)  Ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial em um indivíduo ou população, facilitando, dessa forma, a cura, ou reduzindo ou prevenindo que se espalhe ou cause efeitos de longo prazo.  Ex.: Triagem, Screening
  • 5.
  • 6. Os Níveis de Prevenção – P3  PREVENÇÃO TERCIÁRIA (P3)  Ação realizada para reduzir os efeitos crônicos de um problema de saúde em um indivíduo ou população, minimizando o prejuízo funcional em consequência de problema de saúde agudo ou crônico. Incluindo reabilitação.  Ex.: Cirurgia
  • 7.
  • 8. “ ” E a Prevenção Quaternária?
  • 9. Prevenção Quaternária – P4  1988 – Bury propõe Prevenção Quaternária como cuidado paliativo (visão cronológica).  1995 – Aparece oficialmente em pôster da WONCA pelo Médico de Família e Comunidade belga Jamoulle (visão relacional – tabela 2x2).
  • 10. Visão Cronológica Linha do Tempo Problema de Saúde Antes Depois Primário Secundário Terciário Quaternário Prevenção Triagem Curativo e Reabilitação Paliativo
  • 11. Visão Relacional P1 P2 P4 P3 PROFISSIONAL DOENÇA PACIENTEENFERMIDADE  Encaixa-se perfeitamente na definição de prevenção pela WONCA.
  • 12. “ ” Ação feita para identificar um paciente ou população em risco de supermedicalização, para protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir procedimentos científica e eticamente aceitáveis. PRIMUM NON NOCERE
  • 13. ATENÇÃO!  Excessos de medidas preventivas e diagnósticas em assintomáticos e doentes, tanto em adultos como crianças.  Nem todas as intervenções médicas beneficiam as pessoas da mesma forma e, quando excessivas ou desnecessárias, podem prejudicá-las. PRIMUM NON NOCERE
  • 15. “Onde se aplica?”  A Prevenção Quaternária se aplica a todos os campos da relação médico-paciente. Tendo em mente a profunda influência das atividades do médico e crenças do paciente e as interações de ambos os atores do cuidado, pode-se considerar a P4 em cada estágio da atividade médica.
  • 17. Relação médico-paciente  Anisedade do médico na procura pela doença  Informações erradas  Mal-entendidos  Falta de comunicação
  • 18. Rastreamento  Testes ou Exames diagnósticos  População/pessoas assintomáticas  Diagnóstico precoce ou identificação e controle de riscos.  Objetivo Final – Reduzir a morbidade e ou a mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado.
  • 19. Risco do excesso de Rastreamento  Pessoas assintomáticas catalogadas como doentes  Falso-positivos  Desconforto físico decorrente do exame diagnóstico  Sensação de estar doente apenas pela vivência dos atendimentos e exames
  • 20. Excesso de Medicalização  Medicalização excessiva  Estados pré-doença  Interesses da indústria farmacêutica  Mercantilização da medicina
  • 22.
  • 23.
  • 24. Como Agir  Praticar o Atendimento Centrado na Pessoa  Aceitar que há sintomas clinicamente inexplicáveis  Evitar pseudo-diagnósticos e rótulos  Trabalhar no reforço da relação médico-paciente (empatia!)  Envolver o paciente nas decisões
  • 25. Ferramentas • Continuidade do cuidado • Sintoma como diagnóstico – CIAP2 • Demora permitida • Habilidades de comunicação • Medicina baseada em evidências
  • 26. Caso Clínico  Elisabeth, 72 – natural da Bélgica  A situação é preocupante. Essa paciente vem sendo acompanhada há um longo tempo por câncer de mama. O primeiro erro foi solicitar CEA em vez de CA 15-3. O marcador de CEA é muito alto, e a paciente, cujo marido morreu de câncer no colo entende imediatamente que a situação é grave. O colo se mostra negativo na colonoscopia, e o exame de sangue para controle teve resultado normal. Era um falso-positivo. Ela já sobreviveu a um câncer de mama e cuidava do marido, portanto conhece o nível de sofrimento envolvido. Ela não acredita no médico, acha que ele adulterou os números e pede outro exame. Levará várias consultas e muita paciência e atenção para aplacar suas dúvidas e reconquistar sua confiança.
  • 27. Referência Bibliográfica  Gusso, G, Lopes, JMC – Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre : Artmed, 2012  Silva, AL – Prevenção Quaternária, I Seminário Brasileiro sobre Prevenção Quaternária na Atenção Primária à Saúde – Curitiba, 2013  Norman, AH, Tesser, CD - Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma necessidade do Sistema Único de Saúde - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(9):2012- 2020, set, 2009  Tesser, CD - Prevenção Quaternária para a humanização da Atenção Primária à Saúde - O Mundo da Saúde, São Paulo – 2012;36(3):416-426