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Por Barcelos SobrinhoPor Barcelos Sobrinho
E SUAS BASES
NUTRICIONAIS
A antropometria tem sido usada por mais
de um século para avaliar o tamanho e as
proporções dos segmentos corporais
através da medição da circunferência e
comprimentos dos segmentos corporais.
Análise e controle da composição corporal
em praticantes de exercícios físicos
Identificar riscos à saúde associados a níveis
excessivamente altos ou baixos de gordura
corporal total;
Identificar riscos à saúde associados ao
acúmulo excessivo de gordura intra-
abdominal;
Monitorar mudanças na composição
corporal associadas a certas doenças;
Aplicações da composição corporal
Avaliar a eficiência de intervenções
nutricionais e de exercícios físicos na alteração
da composição corporal;
Estimar o peso corporal “ideal” de atletas e
não-atletas;
Formular recomendações dietéticas e
prescrições de exercícios físicos;
Monitorar mudanças na composição corporal
associadas ao crescimento, desenvolvimento,
maturação e idade.
Modelos de composição corporalModelos de composição corporal
MLG
Água EFC
Tecidos
moles
músculos
não
esqueléticos
Gordura GorduraGordura
Tecido
adiposo
Proteínas
ICS
Músculos
esqueléticos
ECS
ICF
OssosMinerais
Modelo 2-C
corpototal
Modelo 4-C
químico
Modelo
fluidos
metabólicos
Modelo 4-C
anatômico
Método de dobras cutâneasMétodo de dobras cutâneas
No início do século, a espessura do tecido
adiposo subcutâneo foi mensurada tomando-se
as medidas das dobras cutâneas-DOC (Brozek
e Keys, 1951). Os primeiros investigadores
relataram que, apesar de a espessura das DOC
variarem em diferentes pontos, havia uma
correlação de moderada a alta entre as
medidas de DOC (Brozek e Keys, 1951;
Franzen, 1929).
Pressupostos e princípios do método de
dobras cutâneas
A DOC é uma boa medida da gordura subcutânea;
A distribuição da gordura subcutânea e interna é similar
para todos os indivíduos do mesmo sexo;
Devido à existência de uma relação entre gordura
subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias dobras
cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal
total.
Há uma relação entre a somatória das DOC
(som.DOC) e a densidade corporal (DC).
A idade é uma variável de predição independente
da DC tanto para homens como para mulheres.
Uma fonte importante de erro de medida
para o método de DOC, é a habilidade do
avaliador em localizar e medir a DOC.
Seguir procedimentos padronizados irá
aumentar a exatidão e a precisão de medidas
de DOC.
Equações específicas a grupos populacionais,
são baseados em um modelo linear e
aplicáveis apenas a um indivíduo de um
subgrupo populacional específico.
Equações de DOC generalizadas são
baseadas em um modelo quadrático e
aplicáveis a indivíduos que variam muito em
idade e nível de gordura corporal.
Método antropométrico
A antropometria refere-se à medida do tamanho e da
proporção do corpo humano. Peso corporal e estatura
são medidas de tamanho do corpo humano e razoes
do peso corporal. Para avaliar o tamanho e as
proporções dos segmentos do corpo, podem ser
utilizados circunferências, espessuras de dobras
cutâneas, largura dos ossos e comprimento dos
segmentos.
Índices antropométricos, como índice de massa
corporal (IMC) e relação entre circunferência da
cintura e circunferência do quadril (RCQ), são
utilizados para identificar indivíduos em risco de
doença.
Este método é simples, barato e não requer um
alto grau de habilidade e treinamento do
avaliador.
Estas medidas são perfeitas para pesquisas
epidemiológicas de larga escala e propósitos
clínicos.
Pressupostos e princípios do método
antropométrico
circunferências são afetadas pela massa gorda,
massa muscular e tamanho ósseo; portanto, essas
medidas estão relacionadas à massa gorda e massa
corporal magra.
O tamanho ósseo é diretamente relacionado à massa
corporal magra.
Para estimar a gordura corporal total por meio de índices
de peso e altura, o índice deve ser altamente relacionada à
gordura corporal, mas independente da altura.
Classificação de obesidade baseada no
índice de massa corporal (IMC)
Fonte: the surgeon general’s report on the nutririon and health (U.S.
Departament of Health and Human Services, 1988, pág. 284)
NORMAL 24 - 27 23 - 26
MODERADAMENTE OBESO 28 - 31 27 - 32
SEVERAMENTE OBESO >31 >32
CLASSIFICAÇÃO HOMENS MULHERES
20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94
30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96
Homens 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00
50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02
60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03
20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82
30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84
Mulheres 40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87
50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88
60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90
Idade Baixo Moderado alto Muito
alto
R I S C O
Nota: adaptado de Bray and Gray (1988b; pág.
432)
Impedância bioelétricca
Não requer um alto grau de
habilidade do avaliador
Depende de grande colaboracao por
parte do avaliado
É confortável e não invasiva
Pode ser utilizada na avaliacao
da composição corporal de
indivíduos obesos
Possui equacoes específicas
para diferentes grupos
populacionais
Apresenta custo mais elevado que
outras técnicas duplamente indiretas
É altamente influenciado pelo
estado de hidratacao do avaliado
Nem sempre os equipamentos
dispoem das equacoes adequadas aos
individuos que pretendemos avaliar
VANTAGENS DESVANTAGENS
Composição corporal e crianças
O modelo de dois componentes é
especialmente limitado em crianças por
causa das mudanças nas proporções e
densidades dos componentes da MLG
devido ao crescimento e à maturação. Essas
mudanças na densidade da MLG em
crianças devem-se à diminuição da área
corporal total e ao aumento no conteúdo
mineral ósseo durante o crescimento e
desenvolvimento.
Equação de dobras cutâneas para
crianças
Equações específicas à idade e raça para estimar
a % GC de crianças foram desenvolvidas po
Slaughter et al (1988), usando medidas de
referência de modelos multicomponentes. Essas
equações usam a somatória de duas dobras
cutâneas (DOC do tríceps + subescapular ou
tríceps + panturrilha) para predizer a % GC.
Essas equações podem ser usadas para
avaliar a composição corporal de meninos e
meninas negros e brancos, de oito a
dezessete anos de idade.
DOC (som.)
tríceps +
panturrilha
DOC (som.)
tríceps +
panturrilha
Negros e brancos
(I) Meninos (todas as idades)
(II) Meninas (todas as idades)
Negros e brancos
(I) Meninos (todas as idades)
(II) Meninas (todas as idades)
(I) 1 .
%GC = 0,735 (som.DOC) + 1,0
(II) 2 .
%GC = 0,610 (som.DOC) + 5,1
(I) 1 .
%GC = 0,735 (som.DOC) + 1,0
(II) 2 .
%GC = 0,610 (som.DOC) + 5,1
Método Etnia/sexo
Equação
Mudanças nas proporções e densidades dos
componentes da MLG, devidas ao
envelhecimento, limitam a utilidade do
modelo de dois componentes para estimar a
gordura corporal relativa em indivíduos
mais velhos.
Composição corporal e idosos
Com o envelhecimento, o
conteúdo mineral relativo da
MLG diminui
aproximadamente 1% ao
ano entre os 50 e 70 anos.
Com essas mudanças, a
densidade da MLG na
velhice, particularmente em
mulheres idosas, é menor
que o valor assumido (1,10
g/cm³) pelo modelo de dois
componentes.
Mudanças na água,
ossos e músculos
associados à anorexia
nervosa afetam a
composição da MLG e
a estimativa da gordura
corporal através da
densidade corporal
total.
Composição corporal e mulheres
anoréxicas
Comparadas às mulheres normais, as anoréxicas
têm gordura corporal extremamente baixa (7,7%
GC a 13% GC), aumento na área corporal total
devido à expansão do volume de água
extracelular (32% do peso corporal), alguns
sinais de perda muscular (massa livre de gordura
média = 39 kg) e menos conteúdos mineral ósseo
e densidade óssea - 1,92 kg e 0,99 g/cm³.
Vaisman, Rossi et al (1988) relataram que a
densidade mineral óssea da coluna de mulheres
anoréxicas de 18 a 27 anos de idade era
equivalente à de mulheres de 70 anos de idade.
Equação de predição para anoréxicas
% GC = [(5,20 / DC) - 4,83)] x 100
Soma 3 DOC em mm --> tríceps + coxa + supra ilíacaSoma 3 DOC em mm --> tríceps + coxa + supra ilíaca
Mudanças na água, músculo esquelético e
massa óssea associadas à obesidade afetam
a composição e a densidade da massa livre
de gordura (MLG) e a estimativa da
gordura corporal relativa (%GC) a partir
da DC.
Composição corporal e obesos
Pesquisas indicam que a
hidratação relativa da
MLG aumenta com a
gordura corporal. Níveis
de hidratação em homens
(74,2%) e mulheres (76 a
77% GC. Obesos são
mais altos do que em
homens (72,6% GC) e
mulheres (73 a 74% GC)
mais magros (Albu et al,
1989).
O aumento na água corporal total (ACT)
com a obesidade não é proporcionalmente
distribuído entre os compartimentos de
fluido intracelular e extracelular. Waki et al
(1991) notaram um aumento relativamente
maior na água extracelular comparada à
água intracelular em mulheres obesas.
Equações de predição para indivíduos
obesos
Mulheres
(20 a 60 anos) (Weltman et al. 1987)
Homens
(24 a 68 anos) (Weltman et al. 1987)
%GC = 0,11077 (cab) – 0,17666 (al) + 0,14354 (pc) + 51,03301%GC = 0,11077 (cab) – 0,17666 (al) + 0,14354 (pc) + 51,03301
%GC = 0,31457 (cab) – 0,10969 (pc) + 10,8336%GC = 0,31457 (cab) – 0,10969 (pc) + 10,8336
Para atletas é desejável um nível de gordura
relativamente baixo para otimizar a
performance física em esportes que necessitam
saltar e correr. Uma grande massa muscular
melhora a performance em atividades de força
e potência. O ACSM recomenda fixar em 5%
GC o peso corporal mínimo de lutadores.
Composição corporal e atletas
Para mulheres, Lohman (1992) sugere
valores de gordura entre 12%GC e 16%GC,
dependendo do esporte. Em níveis menores
de 16%GC, algumas mulheres tornam-se
amenorréicas (menos de 3 menstruações por
ano), o que pode levar à perda de mineral
ósseo ao longo de períodos prolongados de
tempo. A equação de Polock e Jackson 7Doc,
mostra-se válida para estimsr a gordura
corporal de atletas masculinos, e a de
Forsyth e Sinning para mulheres.
Gordura corporal média de atletas masculinos e femininos
Basquete 13 - 20 8 - 14
Fisculturismo 9 - 13 6 - 9
Futebol 10
Natação 14 - 24 9 - 12
Tênis 20 15 - 16
Vôlei 16 - 25 11 - 12
Triatlo 7 - 17 5 - 11
Atletismo/velocidade 11 - 19 8 - 16
Atletismo/saltos 8 - 14 7 - 8
Ciclismo 15 8 - 10
Esporte %GC Feminina %GC MasculinaEsporte %GC Feminina %GC Masculina
Dados de Fleck e Wilmore (1983)
A produção de energia nos exercícios
físicos
Os carboidratos oriundos da dieta são
armazenados em nosso organismo na forma de
glicogênio. Existem dois estoques principais desse
substrato, um no fígado e outro na musculatura
esquelética, o glicogênio hepático tem como função
manter a glicemia durante o repouso e o exercício,
liberando glicose na corrente sangüínea à
proporção que ela é retirada do sangue pelos
diversos tecidos.
Os lipídios consumidos na dieta
são armazenados em nosso
organismo no chamado tecido
adiposo e também entre as
fibras, na forma de
triacilglicerol. Essa é a maior
reserva de energia em nosso
organismo. Quando hidrolisados
os triacilgliceróis são
degradados em glicerol (um
álcool) e em ácidos graxos. Tais
produtos são lançados na
circulação e são oxidados nos
diversos tecidos, com a função
de fornecer energia para a
ressíntese de ATP.
Classificação de suplementos
esportivos
Não existe uma classificação para
suplementos esportivos que seja
adotada de modo unânime entre os
diversos pesquisadores. Alguns
classificam os produtos de acordo
com o principal nutriente neles
presente(carboidratos,
multivitamínicos, etc.). Outros
preferem classificá-los de acordo
com o propósito com o qual são
comercializados(fat burners,
anticatabólicos, etc.). !
Burke e Read propuseram um critério original
e extremamente útil para classificar os
suplementos esportivos, dividindo os inúmeros
tipos de suplementos em duas grandes
categorias: suplementos dietéticos e
auxiliadores ergogênicos. A distinção entre as
duas categorias é feita a partir de uma série de
características que devem estar presentes nos
produtos.
Assim, para que um produto possa ser
classificado como suplemento dietético, ele
precisa apresentar as seguintes características:
Conter em linhas gerais, nutrientes em
quantidades similares aos níveis
recomendados por entidades reconhecidas e
similares àquelas encontradas nos alimentos.
Fornecer um meio conveniente ou prático
para a ingestão desses nutrientes,
particularmente, durante a prática de
exercícios/competições.
Permitir ou auxiliar a obtenção de uma dieta
que atenda às necessidades nutricionais do
atleta.
Alternativamente, conter nutrientes em
quantidade que seja suficiente para reverter um
estado de deficiência nutricional(quando este
estiver presente).
As substâncias presentes no produto devem
atender às necessidades fisiológicas e
nutricionais específicas, induzidas pela prática
de exercício, as quais, uma vez atendidas,
podem melhorar a performance.
Que a eficácia do uso corrente do suplemento
seja reconhecida por fisiologistas do exercício e
especialistas em nutrição esportiva.
A intenção dos autores não foi criar uma definição
nova para suplementos esportivos, essa definição é
dada pelo DSHEA de 1994.
Utilizando esse sistema de classificação, foram
considerados suplemento s dietéticos, os seguintes
produtos:
- Os drinks (bebidas contendo carboidratos/eletrólitos);
- Os suplementos com alto conteúdo de carboidratos (CHO);
- Os vitamínicos/multivitamínicos e suplementos minerais;
- Refeições líquidas;
- Suplementos à base de cálcio.
Os produtos cujas características não
vão ao encontro dos critérios acima
foram por exclusão classificados como
auxiliares ergogênicos.
Burke e Read também distinguiram
suplementos dietéticos de
auxiliadores ergogênicos, segundo
sua forma de atuação.
No que se refere à atuação, os suplementos
dietéticos, por si, não promoveriam melhorias. Na
verdade, o resultado positivo na performance seria
uma conseqüência da capacidade do suplemento
conseguir atender à demanda nutricional
decorrente do exercício. Isso implica o fato de o
suplemento só poder ser benéfico em certas
situações em que o seu uso atende a uma
necessidade de nutrientes imposta pelo exercício.
Um exemplo da situação acima
seria a capacidade de
suplementos contendo
carboidratos atrasarem a
ocorrência da fadiga em
situações de exercício intenso e
prolongado. Esse efeito está
amplamente certificado por
inúmeros estudos científicos
rigorosos. Na verdade muitos
desses suplementos dietéticos
foram desenvolvidos em resposta
à identificação de uma demanda
fisiológica no exercício e/ou
competição.
No caso dos auxiliadores ergogênicos, os
possíveis benefícios da performance não
estariam associados ao ajuste de uma condição
fisiológica e/ou demanda nutricional
promovidas pelo exercício. Esses benefícios
estariam ligados a um efeito do suplemento,
por si, em nosso organismo. Ou seja,
independente do fato de o organismo
apresentar uma carência promovida pelo
exercício, o auxiliador ergogênico teria a
capacidade de aumentar a performance.
De acordo com Burke e Read, os
auxiliadores ergogênicos são na sua
maioria aqueles cuja eficácia está pouco
ilustrada por estudos científicos.
Butterfield utilizou um sistema diferente e
classificou todos os tipos de suplementos
esportivos como ergogênicos. Essa autora
identificou quatro categorias gerais:
1. Produtos representando substratos metabólicos
(carboidrato, lactato, polilactato e lipídios).
4. Substâncias que podem aumentar a recuperação
(fluidos, eletrólitos e produtos herbáceos).
3. Produtos contendo substâncias anabólicas capazes de
aumentar a performance por meio da mudança da
composição corporal (proteína, energia,cromo, picolinato
de cromo e vanádio).
2. Produtos que podem estar limitados no organismo,
sendo, portanto, capazes de comprometer a performance
(creatina, creatina fosfato, carnitina e as várias
vitaminas).
Apesar das importantes contribuições de diversos
autores no sentido de fornecer modos mais racionais de
classificar os suplementos esportivos, outros fatores
contribuem negativamente nesse sentido. Recentemente,
o ACSM (American College of Sports Medicine) lançou
um documento sugerindo que o FDA (Food e Drug
Administration) deveria revisar o conceito de
suplementos esportivos. De acordo com esse documento ,
muito médicos acreditam que alguns tipos de
suplementos deveriam ser classificados, na verdade,
como drogas, pois esses produtos possuem “substâncias
ativas”, contrariamente aos nutrientes presentes nos
suplementos, que possuem pouco ou nenhum efeito
fisiológico.
É certo que a forma pela qual a argumentação é exposta torna-a
confusa. O que se quis dizer com substância ativa que apresenta
papel fisiológico seria, na verdade , algum elemento capaz de
atuar em processos metabólicos/genéticos de modo diferenciado
aos nutrientes normalmente presentes em
alimentos/suplementos esportivos tradicionais.
..
Assim essas substâncias ativas seriam aquelas capazes de, por
si só, estimular importantes processos como a síntese protéica,
independente da tradicional relação nutriente/resposta
hormonal que pode estar modulando o processo(controlando
e/ou intervindo nos processos). Ou seja, no caso dos nutrientes
oriundos da alimentação convencional, a maioria participa e
influencia nesse tipo de processo, mas não o controla.
O ACSM não forneceu a lista completa das substâncias que
considerou incluídas na classe de ativas , mas citou alguns,
tais como ß-hidroxi-ß-metilbutirato (HMB) e a creatina.
!
Além desses nutrientes e/ou derivados metabólicos, existe
ainda nos suplementos substâncias que normalmente são
classificadas como drogas. Como por exemplo, temos a
efedrina e androstenediona.
!
Assim tanto a presença de alguns nutrientes, que se acredita
terem efeitos usuais, e/ou quanto a presença de drogas em
suplementos esportivos tornam mais difíceis os esforços de
criar uma classificação mais homogênea/segura.
Além de todos os aspectos relacionados a questões de
classificação, a presença de drogas em suplementos
esportivos também entra no âmbito do doping. Dessa
forma, quem consome suplementos e compete em
modalidades esportivas também deve estar ciente da
composição desses produtos. Caso contrário, tais
indivíduos podem ser condenados pelo uso de
substâncias não aprovadas em competições.
Além da necessidade de definir e classificar os
suplementos esportivos, como já mencionamos, existem
outras questões que precisam ser respondidas a fim de
se obter um conhecimento mais sólido sobre o assunto.
♦Qual a necessidade de utilização de suplementos?Qual a necessidade de utilização de suplementos?
♦Em que situações eles podem ser utilizados?Em que situações eles podem ser utilizados?
♦Tais produtos devem ser classificados como drogas?Tais produtos devem ser classificados como drogas?
♦A utilização de tais produtos é segura?A utilização de tais produtos é segura?
♦A eficácia deles é comprovada?A eficácia deles é comprovada?
Ao contrário do que ocorre em carboidratos e
lipídios, não existe um estoque de proteínas
em nosso organismo. A principal função das
proteínas em nossa fisiologia é servir como
elemento estrutural e não como fonte de
energia. Porém, em algumas condições, entre
elas, o exercício prolongado e o jejum, esse
nutriente pode ser oxidado para promover a
ressíntese de ATP.
Reservas de energia no homem padrão
(homem com 12% de gordura corporal)
Reserva de energia Qtde em gramas Qtde em caloriasReserva de energia Qtde em gramas Qtde em calorias
Triacilglicerol no T.A 9000 80622
Glicogênio - fígado 90 359
Glicogênio - muscular 350 1435
Glicose (plasma/extracelular) 20 76,5
Proteína corporal 8800 35885,76
Adaptado de Newshdme e Leech
Tipos de exercício e utilização de
nutrientes
Exercícios moderados
Até 20 minutos --> glicogênio dos músculos ativos
De 20 a 40 minutos --> glicogênio hepático e muscular 40
a 50%, mecanismos das gorduras e pouca proteína
Acima de 40 minutos --> glicose sangüínea e maior
quantidade de gorduras
Características das fibras musculares
Característica Tipo I lenta Tipo IIA Tipo IIB
. oxidativa
rápida/ rápida/ .
oxidativa glicolíticavelocidade de contração lenta rápida rápida
capacidade anaeróbia baixa moderada alta
capaciddade oxidativa alta moderada baixa
estoque triacilgliceróis alto moderado baixo
estoque glicogênio moderado moderado alto
qtd. de mitocôndrias grande moderada pequena
enzimas oxidativas alta moderada baixa
enzimas glicolíticas baixa moderada alta
capilaridade elevada moderada reduzida
adaptado de Saltin e colaboradores Apude Bacural F.R. (2001)

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Atividade fisica e suas bases nutricionais

  • 1. Por Barcelos SobrinhoPor Barcelos Sobrinho E SUAS BASES NUTRICIONAIS
  • 2. A antropometria tem sido usada por mais de um século para avaliar o tamanho e as proporções dos segmentos corporais através da medição da circunferência e comprimentos dos segmentos corporais. Análise e controle da composição corporal em praticantes de exercícios físicos
  • 3. Identificar riscos à saúde associados a níveis excessivamente altos ou baixos de gordura corporal total; Identificar riscos à saúde associados ao acúmulo excessivo de gordura intra- abdominal; Monitorar mudanças na composição corporal associadas a certas doenças; Aplicações da composição corporal
  • 4. Avaliar a eficiência de intervenções nutricionais e de exercícios físicos na alteração da composição corporal; Estimar o peso corporal “ideal” de atletas e não-atletas; Formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios físicos; Monitorar mudanças na composição corporal associadas ao crescimento, desenvolvimento, maturação e idade.
  • 5. Modelos de composição corporalModelos de composição corporal MLG Água EFC Tecidos moles músculos não esqueléticos Gordura GorduraGordura Tecido adiposo Proteínas ICS Músculos esqueléticos ECS ICF OssosMinerais Modelo 2-C corpototal Modelo 4-C químico Modelo fluidos metabólicos Modelo 4-C anatômico
  • 6. Método de dobras cutâneasMétodo de dobras cutâneas No início do século, a espessura do tecido adiposo subcutâneo foi mensurada tomando-se as medidas das dobras cutâneas-DOC (Brozek e Keys, 1951). Os primeiros investigadores relataram que, apesar de a espessura das DOC variarem em diferentes pontos, havia uma correlação de moderada a alta entre as medidas de DOC (Brozek e Keys, 1951; Franzen, 1929).
  • 7. Pressupostos e princípios do método de dobras cutâneas A DOC é uma boa medida da gordura subcutânea; A distribuição da gordura subcutânea e interna é similar para todos os indivíduos do mesmo sexo; Devido à existência de uma relação entre gordura subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias dobras cutâneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal total.
  • 8. Há uma relação entre a somatória das DOC (som.DOC) e a densidade corporal (DC). A idade é uma variável de predição independente da DC tanto para homens como para mulheres.
  • 9. Uma fonte importante de erro de medida para o método de DOC, é a habilidade do avaliador em localizar e medir a DOC. Seguir procedimentos padronizados irá aumentar a exatidão e a precisão de medidas de DOC.
  • 10. Equações específicas a grupos populacionais, são baseados em um modelo linear e aplicáveis apenas a um indivíduo de um subgrupo populacional específico. Equações de DOC generalizadas são baseadas em um modelo quadrático e aplicáveis a indivíduos que variam muito em idade e nível de gordura corporal.
  • 11. Método antropométrico A antropometria refere-se à medida do tamanho e da proporção do corpo humano. Peso corporal e estatura são medidas de tamanho do corpo humano e razoes do peso corporal. Para avaliar o tamanho e as proporções dos segmentos do corpo, podem ser utilizados circunferências, espessuras de dobras cutâneas, largura dos ossos e comprimento dos segmentos.
  • 12. Índices antropométricos, como índice de massa corporal (IMC) e relação entre circunferência da cintura e circunferência do quadril (RCQ), são utilizados para identificar indivíduos em risco de doença. Este método é simples, barato e não requer um alto grau de habilidade e treinamento do avaliador. Estas medidas são perfeitas para pesquisas epidemiológicas de larga escala e propósitos clínicos.
  • 13. Pressupostos e princípios do método antropométrico circunferências são afetadas pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo; portanto, essas medidas estão relacionadas à massa gorda e massa corporal magra.
  • 14. O tamanho ósseo é diretamente relacionado à massa corporal magra. Para estimar a gordura corporal total por meio de índices de peso e altura, o índice deve ser altamente relacionada à gordura corporal, mas independente da altura.
  • 15. Classificação de obesidade baseada no índice de massa corporal (IMC) Fonte: the surgeon general’s report on the nutririon and health (U.S. Departament of Health and Human Services, 1988, pág. 284) NORMAL 24 - 27 23 - 26 MODERADAMENTE OBESO 28 - 31 27 - 32 SEVERAMENTE OBESO >31 >32 CLASSIFICAÇÃO HOMENS MULHERES
  • 16. 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 Homens 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 Mulheres 40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90 Idade Baixo Moderado alto Muito alto R I S C O Nota: adaptado de Bray and Gray (1988b; pág. 432)
  • 17. Impedância bioelétricca Não requer um alto grau de habilidade do avaliador Depende de grande colaboracao por parte do avaliado É confortável e não invasiva Pode ser utilizada na avaliacao da composição corporal de indivíduos obesos Possui equacoes específicas para diferentes grupos populacionais Apresenta custo mais elevado que outras técnicas duplamente indiretas É altamente influenciado pelo estado de hidratacao do avaliado Nem sempre os equipamentos dispoem das equacoes adequadas aos individuos que pretendemos avaliar VANTAGENS DESVANTAGENS
  • 18. Composição corporal e crianças O modelo de dois componentes é especialmente limitado em crianças por causa das mudanças nas proporções e densidades dos componentes da MLG devido ao crescimento e à maturação. Essas mudanças na densidade da MLG em crianças devem-se à diminuição da área corporal total e ao aumento no conteúdo mineral ósseo durante o crescimento e desenvolvimento.
  • 19. Equação de dobras cutâneas para crianças Equações específicas à idade e raça para estimar a % GC de crianças foram desenvolvidas po Slaughter et al (1988), usando medidas de referência de modelos multicomponentes. Essas equações usam a somatória de duas dobras cutâneas (DOC do tríceps + subescapular ou tríceps + panturrilha) para predizer a % GC.
  • 20. Essas equações podem ser usadas para avaliar a composição corporal de meninos e meninas negros e brancos, de oito a dezessete anos de idade. DOC (som.) tríceps + panturrilha DOC (som.) tríceps + panturrilha Negros e brancos (I) Meninos (todas as idades) (II) Meninas (todas as idades) Negros e brancos (I) Meninos (todas as idades) (II) Meninas (todas as idades) (I) 1 . %GC = 0,735 (som.DOC) + 1,0 (II) 2 . %GC = 0,610 (som.DOC) + 5,1 (I) 1 . %GC = 0,735 (som.DOC) + 1,0 (II) 2 . %GC = 0,610 (som.DOC) + 5,1 Método Etnia/sexo Equação
  • 21. Mudanças nas proporções e densidades dos componentes da MLG, devidas ao envelhecimento, limitam a utilidade do modelo de dois componentes para estimar a gordura corporal relativa em indivíduos mais velhos. Composição corporal e idosos
  • 22. Com o envelhecimento, o conteúdo mineral relativo da MLG diminui aproximadamente 1% ao ano entre os 50 e 70 anos. Com essas mudanças, a densidade da MLG na velhice, particularmente em mulheres idosas, é menor que o valor assumido (1,10 g/cm³) pelo modelo de dois componentes.
  • 23. Mudanças na água, ossos e músculos associados à anorexia nervosa afetam a composição da MLG e a estimativa da gordura corporal através da densidade corporal total. Composição corporal e mulheres anoréxicas
  • 24. Comparadas às mulheres normais, as anoréxicas têm gordura corporal extremamente baixa (7,7% GC a 13% GC), aumento na área corporal total devido à expansão do volume de água extracelular (32% do peso corporal), alguns sinais de perda muscular (massa livre de gordura média = 39 kg) e menos conteúdos mineral ósseo e densidade óssea - 1,92 kg e 0,99 g/cm³. Vaisman, Rossi et al (1988) relataram que a densidade mineral óssea da coluna de mulheres anoréxicas de 18 a 27 anos de idade era equivalente à de mulheres de 70 anos de idade.
  • 25. Equação de predição para anoréxicas % GC = [(5,20 / DC) - 4,83)] x 100 Soma 3 DOC em mm --> tríceps + coxa + supra ilíacaSoma 3 DOC em mm --> tríceps + coxa + supra ilíaca
  • 26. Mudanças na água, músculo esquelético e massa óssea associadas à obesidade afetam a composição e a densidade da massa livre de gordura (MLG) e a estimativa da gordura corporal relativa (%GC) a partir da DC. Composição corporal e obesos
  • 27. Pesquisas indicam que a hidratação relativa da MLG aumenta com a gordura corporal. Níveis de hidratação em homens (74,2%) e mulheres (76 a 77% GC. Obesos são mais altos do que em homens (72,6% GC) e mulheres (73 a 74% GC) mais magros (Albu et al, 1989).
  • 28. O aumento na água corporal total (ACT) com a obesidade não é proporcionalmente distribuído entre os compartimentos de fluido intracelular e extracelular. Waki et al (1991) notaram um aumento relativamente maior na água extracelular comparada à água intracelular em mulheres obesas.
  • 29. Equações de predição para indivíduos obesos Mulheres (20 a 60 anos) (Weltman et al. 1987) Homens (24 a 68 anos) (Weltman et al. 1987) %GC = 0,11077 (cab) – 0,17666 (al) + 0,14354 (pc) + 51,03301%GC = 0,11077 (cab) – 0,17666 (al) + 0,14354 (pc) + 51,03301 %GC = 0,31457 (cab) – 0,10969 (pc) + 10,8336%GC = 0,31457 (cab) – 0,10969 (pc) + 10,8336
  • 30. Para atletas é desejável um nível de gordura relativamente baixo para otimizar a performance física em esportes que necessitam saltar e correr. Uma grande massa muscular melhora a performance em atividades de força e potência. O ACSM recomenda fixar em 5% GC o peso corporal mínimo de lutadores. Composição corporal e atletas
  • 31. Para mulheres, Lohman (1992) sugere valores de gordura entre 12%GC e 16%GC, dependendo do esporte. Em níveis menores de 16%GC, algumas mulheres tornam-se amenorréicas (menos de 3 menstruações por ano), o que pode levar à perda de mineral ósseo ao longo de períodos prolongados de tempo. A equação de Polock e Jackson 7Doc, mostra-se válida para estimsr a gordura corporal de atletas masculinos, e a de Forsyth e Sinning para mulheres.
  • 32. Gordura corporal média de atletas masculinos e femininos Basquete 13 - 20 8 - 14 Fisculturismo 9 - 13 6 - 9 Futebol 10 Natação 14 - 24 9 - 12 Tênis 20 15 - 16 Vôlei 16 - 25 11 - 12 Triatlo 7 - 17 5 - 11 Atletismo/velocidade 11 - 19 8 - 16 Atletismo/saltos 8 - 14 7 - 8 Ciclismo 15 8 - 10 Esporte %GC Feminina %GC MasculinaEsporte %GC Feminina %GC Masculina Dados de Fleck e Wilmore (1983)
  • 33. A produção de energia nos exercícios físicos Os carboidratos oriundos da dieta são armazenados em nosso organismo na forma de glicogênio. Existem dois estoques principais desse substrato, um no fígado e outro na musculatura esquelética, o glicogênio hepático tem como função manter a glicemia durante o repouso e o exercício, liberando glicose na corrente sangüínea à proporção que ela é retirada do sangue pelos diversos tecidos.
  • 34. Os lipídios consumidos na dieta são armazenados em nosso organismo no chamado tecido adiposo e também entre as fibras, na forma de triacilglicerol. Essa é a maior reserva de energia em nosso organismo. Quando hidrolisados os triacilgliceróis são degradados em glicerol (um álcool) e em ácidos graxos. Tais produtos são lançados na circulação e são oxidados nos diversos tecidos, com a função de fornecer energia para a ressíntese de ATP.
  • 35. Classificação de suplementos esportivos Não existe uma classificação para suplementos esportivos que seja adotada de modo unânime entre os diversos pesquisadores. Alguns classificam os produtos de acordo com o principal nutriente neles presente(carboidratos, multivitamínicos, etc.). Outros preferem classificá-los de acordo com o propósito com o qual são comercializados(fat burners, anticatabólicos, etc.). !
  • 36. Burke e Read propuseram um critério original e extremamente útil para classificar os suplementos esportivos, dividindo os inúmeros tipos de suplementos em duas grandes categorias: suplementos dietéticos e auxiliadores ergogênicos. A distinção entre as duas categorias é feita a partir de uma série de características que devem estar presentes nos produtos. Assim, para que um produto possa ser classificado como suplemento dietético, ele precisa apresentar as seguintes características:
  • 37. Conter em linhas gerais, nutrientes em quantidades similares aos níveis recomendados por entidades reconhecidas e similares àquelas encontradas nos alimentos. Fornecer um meio conveniente ou prático para a ingestão desses nutrientes, particularmente, durante a prática de exercícios/competições. Permitir ou auxiliar a obtenção de uma dieta que atenda às necessidades nutricionais do atleta.
  • 38. Alternativamente, conter nutrientes em quantidade que seja suficiente para reverter um estado de deficiência nutricional(quando este estiver presente). As substâncias presentes no produto devem atender às necessidades fisiológicas e nutricionais específicas, induzidas pela prática de exercício, as quais, uma vez atendidas, podem melhorar a performance. Que a eficácia do uso corrente do suplemento seja reconhecida por fisiologistas do exercício e especialistas em nutrição esportiva.
  • 39. A intenção dos autores não foi criar uma definição nova para suplementos esportivos, essa definição é dada pelo DSHEA de 1994. Utilizando esse sistema de classificação, foram considerados suplemento s dietéticos, os seguintes produtos: - Os drinks (bebidas contendo carboidratos/eletrólitos); - Os suplementos com alto conteúdo de carboidratos (CHO); - Os vitamínicos/multivitamínicos e suplementos minerais; - Refeições líquidas; - Suplementos à base de cálcio.
  • 40. Os produtos cujas características não vão ao encontro dos critérios acima foram por exclusão classificados como auxiliares ergogênicos. Burke e Read também distinguiram suplementos dietéticos de auxiliadores ergogênicos, segundo sua forma de atuação.
  • 41. No que se refere à atuação, os suplementos dietéticos, por si, não promoveriam melhorias. Na verdade, o resultado positivo na performance seria uma conseqüência da capacidade do suplemento conseguir atender à demanda nutricional decorrente do exercício. Isso implica o fato de o suplemento só poder ser benéfico em certas situações em que o seu uso atende a uma necessidade de nutrientes imposta pelo exercício.
  • 42. Um exemplo da situação acima seria a capacidade de suplementos contendo carboidratos atrasarem a ocorrência da fadiga em situações de exercício intenso e prolongado. Esse efeito está amplamente certificado por inúmeros estudos científicos rigorosos. Na verdade muitos desses suplementos dietéticos foram desenvolvidos em resposta à identificação de uma demanda fisiológica no exercício e/ou competição.
  • 43. No caso dos auxiliadores ergogênicos, os possíveis benefícios da performance não estariam associados ao ajuste de uma condição fisiológica e/ou demanda nutricional promovidas pelo exercício. Esses benefícios estariam ligados a um efeito do suplemento, por si, em nosso organismo. Ou seja, independente do fato de o organismo apresentar uma carência promovida pelo exercício, o auxiliador ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance.
  • 44. De acordo com Burke e Read, os auxiliadores ergogênicos são na sua maioria aqueles cuja eficácia está pouco ilustrada por estudos científicos. Butterfield utilizou um sistema diferente e classificou todos os tipos de suplementos esportivos como ergogênicos. Essa autora identificou quatro categorias gerais:
  • 45. 1. Produtos representando substratos metabólicos (carboidrato, lactato, polilactato e lipídios). 4. Substâncias que podem aumentar a recuperação (fluidos, eletrólitos e produtos herbáceos). 3. Produtos contendo substâncias anabólicas capazes de aumentar a performance por meio da mudança da composição corporal (proteína, energia,cromo, picolinato de cromo e vanádio). 2. Produtos que podem estar limitados no organismo, sendo, portanto, capazes de comprometer a performance (creatina, creatina fosfato, carnitina e as várias vitaminas).
  • 46. Apesar das importantes contribuições de diversos autores no sentido de fornecer modos mais racionais de classificar os suplementos esportivos, outros fatores contribuem negativamente nesse sentido. Recentemente, o ACSM (American College of Sports Medicine) lançou um documento sugerindo que o FDA (Food e Drug Administration) deveria revisar o conceito de suplementos esportivos. De acordo com esse documento , muito médicos acreditam que alguns tipos de suplementos deveriam ser classificados, na verdade, como drogas, pois esses produtos possuem “substâncias ativas”, contrariamente aos nutrientes presentes nos suplementos, que possuem pouco ou nenhum efeito fisiológico.
  • 47. É certo que a forma pela qual a argumentação é exposta torna-a confusa. O que se quis dizer com substância ativa que apresenta papel fisiológico seria, na verdade , algum elemento capaz de atuar em processos metabólicos/genéticos de modo diferenciado aos nutrientes normalmente presentes em alimentos/suplementos esportivos tradicionais. .. Assim essas substâncias ativas seriam aquelas capazes de, por si só, estimular importantes processos como a síntese protéica, independente da tradicional relação nutriente/resposta hormonal que pode estar modulando o processo(controlando e/ou intervindo nos processos). Ou seja, no caso dos nutrientes oriundos da alimentação convencional, a maioria participa e influencia nesse tipo de processo, mas não o controla.
  • 48. O ACSM não forneceu a lista completa das substâncias que considerou incluídas na classe de ativas , mas citou alguns, tais como ß-hidroxi-ß-metilbutirato (HMB) e a creatina. ! Além desses nutrientes e/ou derivados metabólicos, existe ainda nos suplementos substâncias que normalmente são classificadas como drogas. Como por exemplo, temos a efedrina e androstenediona. ! Assim tanto a presença de alguns nutrientes, que se acredita terem efeitos usuais, e/ou quanto a presença de drogas em suplementos esportivos tornam mais difíceis os esforços de criar uma classificação mais homogênea/segura.
  • 49. Além de todos os aspectos relacionados a questões de classificação, a presença de drogas em suplementos esportivos também entra no âmbito do doping. Dessa forma, quem consome suplementos e compete em modalidades esportivas também deve estar ciente da composição desses produtos. Caso contrário, tais indivíduos podem ser condenados pelo uso de substâncias não aprovadas em competições.
  • 50. Além da necessidade de definir e classificar os suplementos esportivos, como já mencionamos, existem outras questões que precisam ser respondidas a fim de se obter um conhecimento mais sólido sobre o assunto. ♦Qual a necessidade de utilização de suplementos?Qual a necessidade de utilização de suplementos? ♦Em que situações eles podem ser utilizados?Em que situações eles podem ser utilizados? ♦Tais produtos devem ser classificados como drogas?Tais produtos devem ser classificados como drogas? ♦A utilização de tais produtos é segura?A utilização de tais produtos é segura? ♦A eficácia deles é comprovada?A eficácia deles é comprovada?
  • 51. Ao contrário do que ocorre em carboidratos e lipídios, não existe um estoque de proteínas em nosso organismo. A principal função das proteínas em nossa fisiologia é servir como elemento estrutural e não como fonte de energia. Porém, em algumas condições, entre elas, o exercício prolongado e o jejum, esse nutriente pode ser oxidado para promover a ressíntese de ATP.
  • 52. Reservas de energia no homem padrão (homem com 12% de gordura corporal) Reserva de energia Qtde em gramas Qtde em caloriasReserva de energia Qtde em gramas Qtde em calorias Triacilglicerol no T.A 9000 80622 Glicogênio - fígado 90 359 Glicogênio - muscular 350 1435 Glicose (plasma/extracelular) 20 76,5 Proteína corporal 8800 35885,76 Adaptado de Newshdme e Leech
  • 53. Tipos de exercício e utilização de nutrientes Exercícios moderados Até 20 minutos --> glicogênio dos músculos ativos De 20 a 40 minutos --> glicogênio hepático e muscular 40 a 50%, mecanismos das gorduras e pouca proteína Acima de 40 minutos --> glicose sangüínea e maior quantidade de gorduras
  • 54. Características das fibras musculares Característica Tipo I lenta Tipo IIA Tipo IIB . oxidativa rápida/ rápida/ . oxidativa glicolíticavelocidade de contração lenta rápida rápida capacidade anaeróbia baixa moderada alta capaciddade oxidativa alta moderada baixa estoque triacilgliceróis alto moderado baixo estoque glicogênio moderado moderado alto qtd. de mitocôndrias grande moderada pequena enzimas oxidativas alta moderada baixa enzimas glicolíticas baixa moderada alta capilaridade elevada moderada reduzida adaptado de Saltin e colaboradores Apude Bacural F.R. (2001)